nocoes de criminologia

44
NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA Origem da palavra: - crimino,is o crime - logos estudo/palavra - ia sufixo formador de substantivo Conceito: ciência ligada ao Direito e que estuda o crime em todos os seus aspectos: pessoal, social, etiológico, repressivo, clínico etc.

Upload: nei-winchester

Post on 11-Sep-2015

241 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Noções de criminologia

TRANSCRIPT

  • NOES DE CRIMINOLOGIAOrigem da palavra: crimino,is o crime logos estudo/palavra ia sufixo formador de substantivoConceito: cincia ligada ao Direito e que estuda o crime em todos os seus aspectos: pessoal, social, etiolgico, repressivo, clnico etc.

  • TICA DE CRIMINOLOGIASobre o crime:Incidncia massiva na populao;Incidncia aflitiva do fato;Persistncia espao-temporal do fato;Consenso inequvoco sobre etiologia tcnica de interveno

  • OBJETO (FOCO) DA CRIMINOLOGIA

    DELITO;DELINQUENTE;VTIMA;CONTROLE SOCIAL

  • DELITO

    CONDUTA ANTISSOCIAL;CAUSAS GERADORAS;TRATAMENTO DADO AO DELINQUENTE;FALHAS NA PROFILAXIA PREVENTIVA.

  • DELINQUENTE

    ESCOLA POSITIVA: ser atvico (hereditariedade remota)ESCOLA MARXISTA: vtimas da estrutura econmicaATUALMENTE: h aproveitamento de todas as escolas.

  • VTIMAEstuda os efeitos e a estrutura do delito sobre a vtima:a) Aspectos - moral; - psicolgico; - jurdico; - econmico, etc.b) Nveis de vitimizao.

  • NVEIS DE VITIMIZAOVITIMIZAO PRIMRIA atingida diretamente pela conduta.

    VITIMIZAO SECUNDRIA atingida pela inrcia (burocratizao) do Estado na busca de Justia.

    VITIMIZAO TERCIRIA atingida pela estigmatizao da sociedade (cifra negra).

  • CONTROLE SOCIAL

    CONTROLE INFORMAL (famlia, escola, profisso, clubes)

    CONTROLE FORMAL (Polcia ostensiva, Foras Armadas, Justia, Ministrio Pblico)

  • MTODO E FINALIDADE DA CRIMINOLOGIA

    MTODOS Psicolgico Sociolgico

    FIM informar a sociedade (geral e poderes constitudos) sobre crime, criminoso, vtima, controle e preveno.

  • HISTRIA DA CRIMINOLOGIA Criminologia como cinciaExpoentes:

    CESARE LOMBROSO, 1876, O Homem Delinquente.PAUL TOPINARD, 1879, empregou pela 1 vez o termo criminologia.RAFAEL GARFALO, 1885, criminologia.ADOLPHE QUETELET, 1835, Ensaio de Fsica Social.

  • A HISTRIA DA CRIMINOLOGIA - DIVISESPrimeiro perodo: Antiguidade (sem foco)

    Segundo perodo: Antropologia Criminal

    Terceiro perodo: Sociologia Criminal

    Quarto perodo: Poltica Criminal

  • ANTIGUIDADE (1 PERODO)Perodo at o sculo XVCdigo Hamurabi previa a punio de alguns delitos.Confcio previa a dificuldade de corrigir atravs da pena.Alcmeon de Cretona sc. VI a.C.Dissecou animais e seres humanos;O homem composto de animal e Deus;A vida o equilbrio dessas foras;O crime breve desequilbrio;A morte desequilbrio total.

  • HIPCRATES (Pai da Medicina)Crime fruto da loucuraA irresponsabilidade (inimputabilidade) do insanoSCRATESdeve-se ensinar os criminosos a no reincidiremDar formao de carter

  • PLATO (discpulo de Scrates)A riqueza (o ouro) o motivo de todos os malesOnde h pobres e desesperados haver patifes, viles, etc.SNECA

    A ira a mola propulsora do crime.

    SO TOMS DE AQUINO

    Justia distributiva: a pobreza gera o roubo.Institui o crime famlico (summa theologica)

  • SANTO AGOSTINHOConsiderava a pena de Talio (olho por olho, dente por dente) a Justia dos injustos.A pena deve ter carter de proteo social.Deve contribuir para a regenerao do infrator.

  • SURGIMENTO DAS CINCIAS OCULTASFISIOGNOMIA traos fisionmicos determinariam a conduta. Surge:- a Frenologia (XIX): estudo do formato do crnio e da face;- Metoposcopia: estudo da fronte .

    DEMOLOGIA estudos dos demnios que possuam o delinquente. Fez surgirem a psiquiatria e os tribunais da Inquisio.- Boudelaire afirmava que o ardil do diabo fazer crer que no existe.

    QUIROMANCIA estudo da linha da mo.

    ASTROLOGIA relao dos astros com as condutas.

  • ANTROPOLOGIA (2 PERODO)Perodo do sculo XV at 1875Caractersticas principais do incio do perodo:1 - encontrar as causas verdadeiras do delito (no s o diabo);2 - humanizar as penas;3 - legalizar as leis e os julgamentos.

    PENSADORES: Thomas Morus (utopia), Erasmode Roterd, Martinho Lutero, Montesquieu (oEsprito das Leis), Jean Jaques Rosseau (oControle Social),Voltaire e principalmente Beccaria.

  • BECCARIAPrincipal obra: Dos Delitos e Das Penas.Caractersticas: atacar as arbitrariedades da Justia Criminal.Tpicos da obra:A atrocidade das penas se ope ao interesse pblico;Aos juzes no ser dado interpretar a lei;

  • As acusaes no podem ser secretas;As penas devem ser proporcionais ao delito;No se pode admitir a tortura durante o processo;O objetivo da pena no atormentar o acusado e, sim, faz-lo corrigir-se;As penas devem ser previstas em lei; melhor prevenir do que punir;- No se deve aplicar a pena de morte nem de banimento (pois nunca seria possvel provar a inocncia).

  • CESARE LOMBROSO

    Considerado o Pai da Criminologia por tersido o primeiro a pesquisar cientificamente amatria (concretismo, verificaes objetivas,estatsticas, etc.)Caracterizou o criminoso como um homosapiens sui generis por possuir sinais(estigmas) fsicos e psquicos.

  • ESTIGMAS FSICOSForma da calota craniana;Forma da face e da fronte;Detalhes do maxilar inferior;Molares proeminentes;Orelhas grandes;Grande envergadura de braos e pernas;Dissimetria corporal.

  • ESTIGMAS PSQUICOSInsensibilidade dor (motivo das tatuagens)CrueldadeLeviandadeAverso ao trabalhoVaidadeTendncia a superstiesPrecocidade sexual

  • CLASSIFICAO DO CRIMINOSO(Lombroso)

    Criminoso nato

    Falso delinquente (ocasional)

    Criminalide (louco ou fronteirio)

  • KRETSCHMERDesenvolveu o pensamento de Lombrosocriando a Biotipologia (tipo fsicodeterminante da conduta).Pcnico indivduo de pequeno porte vertical.( pequenas fraudes )Atltico um tipo intermedirio, de comportamento normal.(agresses)Leptossomtico alto, magro, introvertido e violento (c. sexuais).

  • SOCIOLOGIA CRIMINAL(3 perodo)ENRI FERRI (1856 1929) considerado opai da Sociologia Criminal. Deu relevo aosfatores:Biolgicos (fatores endgenos)Sociolgicos (fatores exgenos)Etiolgicos (herana gentica)(Trinmio Causal do Delito)A ele tambm se atribui a Lei da Saturao (guamuito aquecida, ferve).

  • ENRI FERRI classificou os delinquentes em:

    O nato (segundo Lombroso): MacbethO louco: HamletO habitualO passional: Otelo

  • PRINCIPAIS ESCOLASEscola Clssica ou MetafsicaEscola Positivista deterministaNuova Scuola (Escola Antropolgica)Escola Crtica (Ecltica ou Terza Scuola)Escola NeoclssicaEscola Neopositiva

  • ESCOLA CLSSICACrime: uma infraoPena: repressoO livre arbtrio determina o crime.

    ESCOLA POSITIVACrime: ao antissocialPena: intimidao e correo

  • NUOVA ESCUOLACrime: resultado de uma anomaliaPena: tratamento

    ESCOLA CRTICA(a sociedade tem os criminosos quemerece)Crime: produto das condies sociaisPena: regulao da conduta moral

  • ESCOLA NEOCLSSICACrime: ato ilegal. o ilcito jurdicoPena: intimidao geral e repressoocasional

    ESCOLA NEOPOSITIVISTACrime: ato biossocialPena: proteo da sociedade

  • POLTICA CRIMINAL(4 Perodo)FRANZ VON LISZT Pai da PolticaCriminal publicou Princpios de PolticaCriminal (1889).Conceito: conjunto sistemtico dePrincpios segundo os quais o Estado e aSociedade devem organizar a luta contra ocrime.

  • CRIMINOLOGIA X POLTICA CRIMINALA Criminologia focaliza o fenmeno docrime investigando as causas (fato social,indivduo, vtima).A Poltica Criminal tem como objetivoencontrar processos eficazes de combater ocrime e seus reflexos na sociedade e nodelinquente.

  • VITIMOLOGIAConceito: ramo da criminologia que estuda ocomportamento da vtima como causa exgena dodelito. Principais autores:MENDELSOHN um novo horizonte na cinciabiopsicossocial 1947JIMENEZ DE ASUA La Llamada Victimologia 1961LOLA ANIYAR DE CASTRO Vitimologia 1969

  • CLASSIFICAO DA VTIMA (Mendelsohn)Ponto de vista moral e jurdico:Vtima que colaboraVtima que no colaboraVtima por ignornciaVtima que pratica o crime

  • Do ponto de vista psicossocial(Mendelsonh):a) Vtima em cuja conduta est a origem dodelitob) Vtima que resulta de consensoc) Vtima de coincidncia Do ponto de vista relacional:Vtima de crimesVtimas de si mesmas

  • CLASSIFICAO DE JIMENESVtima indiferente (ocasional)

    Vtima determinante (passional)

    Vtima resistente

    d) Vtima coadjuvante

  • CLASSIFICAO DE LOLA ANIYAR

    Vtima coletiva / vtima singularVtima de crimes alheios / de si mesmaVtima por tendncia, reincidente, habitualVtima inconsciente, consciente e com dolo.

  • O ESTADO DEMOCRTICO E A PREVENO DA INFRAOFundamento:O crime no doena, mas um grave problema que a sociedade tem de resolver.

    PREVENO X AO X REAO

  • PREVENOPrimria ataca a raiz do conflito (educao,emprego, moradia, segurana, etc.)Secundria destina aes a setores dasociedade (policiamento, programas de apoiosocial, controle das comunicaes,investigaes, etc.)Terciria voltada ao recluso para que noreincida (laborterapia, liberdade assistida, servioscomunitrios e reintegrao ao mercado detrabalho.

  • REAO: A PENAFundamento:A ao criminosa gera uma reao no meiosocial. Esta reao deve ser proporcionalquela, legal e racional.Funes (modelos) da pena:DissuasrioRessocializadorRestaurador

  • MODELO DISSUASRIOO crime no compensa

    Gera castigo

    S se pune imputveis e semi-imputveis

    Inimputveis recebem tratamento psiquitrico

  • MODELO RESSOCIALIZADORH interveno na vida do infrator

    Funes de assistncia social

    O apoio da sociedade importante para evitar estigma

  • MODELO RESTAURADORProcura o status quo ante

    Reeduca o infrator

    D assistncia vtima

    Tenta reparar o dano causado

  • CURURU CURURAU....