no carnaval pós-moderno negro não tem vez - ikeda

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No Carnaval Pós-Moderno Negro Não Tem Vez - Ikeda - cultura popular

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  • \,1t

    0t

    Ds

    O ESTAIII) DE S. PAULO

    Nm caffiEeveE pos-Hmode1ggs jEBegF& sefro tem vei,

    ,rr l-r -

    _

    Titulo original: ,,Um Carnaval pds_Moderno,,

  • o2

    No msm.entp d,e stut ruri/JrW6agm$.o, d.6f.les dns

    ,.ambs d,e sum.ba alliqtn: .sals criadmw orfumls

    ALBERTO T. IKEDA

    , , E ?*t"l

    t-I carnaval 6 o ciclo fesri-t f vo-profano mais dinamico'v e importante do Brasil,pillo menos desde a d6cada de

    7S,' geranrjo intensa movimenta_gh '..J^li-- --_:'\;u Lurisuca naciutiai e interna_

    cional, mobilizando uma econo_fiis propria de milhoes de d6la_res- Os adeptos da folia estd.oseodo transformados, cada vezmais, em consumidores do carna-vral, das mercadorias e seMgosciz economia carnavalesca: CDsdas escolas de samba e outrasagremiagoes carnavalescas, in-gressos para os desfiles e bailes,fant:sias, pacotes de viagens, be_bidas e outros servigos i produ.r(N[ tara a maioria dos que po-dffr pagar, n-o entanto, isio pou-colmporta_ E o prego do prler,oa.alegna e do prestigio pessoal.Sob o amparo dos Oeuses Momo,?":o o." Dionisio, a ordem (oudes-ordem) da festa e dada e osfolides procuraln cumpri-la inte-grdlmente. T\rdo devel se desdo_trrar em risos, ritmos, coloriclos,danga e sensuaiidade, permitin_do-se at6 extravagancias rituali_zd.las que nd.o se verificam emoilfras 6pocas do ano. Se bem, 6verdade, que na sociedade ditap5's-moderna tudo se espetacula-riA, se carnavaliza e se permitenotcoUdiano-;-lDmbora ainda se pratique ematgirns pontos do pais o tipo Oe'?firnaval participagi,o" lpr6_ca-pftAlista), popular, nas ruas, co-r$6'em Recife e Salvador, a grandemi.tlia tem lalorizado sobretudo ocanralral dos desfiles; oficializa_dr*j, das escolas de sambE segun_

    - 19. r exemplo carioca, onde o in_dlfiduo participa desfilando ouqSqlstindo das arquibancadas, ou_qDserv? p as,sivamente pel a telerri _

    sao. O grande .,rodelo 6 o popular_

    mente denon,inado samb6dromo,ina,ugurado em 19g4, "o* *"Ribiores escolas de samba do Riode Janeiro, classificadas como

    9*po Especial, que em nfmerode l6 se apreftntam em duas noi_res: A,li, a passarela do samba set.ransforma em uma imensa c"sade espetaculo, abngando milha_.f

    _d" turistas esfrangeiros e bra-sYtAros, al6m de elementos da po_puiagao local que podem p"g",pelo ingresso. por sua vez, do litlode fora, nos arre-

    grande dxtase e beleza, de muitariqueza. pelo menos aparente, dolado externo o que preiralece e arealidade, a mesma do cotidianode pobreza de milhares de pes_s.oas das perilerias e dos morrosda cidade. Essa realidade podeser percebida com bastante clare_za no desfile de 19g6, quandouma das escolas de samba dosgrupos menores, a Mocidade Uni_da de Jacarepagua se apresentoude uma lorma das ntai5 t^6..q.^-

    dores, circula umapbirulaqdo muitort{dior, durante anbite toda, conten_tafrdo-se apenasem ouvir, por meiodas potentes cai-xiis de som, o can_t'ci daqueles queddbfilam e dos que:/$istem aos corte-jos.'Sao na maioriajovens, negros emulatos, que naop6ilem desfilar emvff{ude do precodUi fantasias e

    Qru poDERrAREPRESENTAR AMORTE DE 70

    PessonsDiANTE DO

    CAPITAL

    INVESTIDO?

    na historia do car-nava! carioca: al_guns poucos ihte_grantes atrave-ssa_ram a passarela,sem qualquer fan-tasia, ao som damarcaqdo i.soladade um surdo, comosinal de luto e pro_te-stc pela ntortede muitos inte_grantes oaquelaagremiagao, da re_g:rio de Jacarepa_gud. A tragediaaconteceu nas se_

    ndttr conseguem comprar ingressopeha torcer pela escola do seulatrrl ou de sua predilegio.eu^ando muito, rem o dinhLirocontado da condugAo e talvez ain-da reste algum trocado suhcienteapenas para uma cerveja A mul-tlttBo 6 tanta, circulando espremi_dd;. sem destino aparente, emmqlo ao forte cheiro de urina e doIixo acumulado, que praticamen_te.neo se consegue andar pelo lo_cal (pelo menos foi essa a vivn_.11.1"" tive em 1996). Enquanroddhtro da passarela se vive umaexperi6ncia quase m6.gica, de

    manas que antece_.luTr os desfiles, quando o Riooe Janerro est.eve sob fones tem_pestades de verao, com desliza-mentos e enchentes. que ocasio_nararn a morte de pelo menos 7Opessoas, principalnrente (la re_giio onde se localiza a t-sr_,ola.lVlas, evidentemente, os tlesfilesnao foram suspensos. Afinal,diant.e dos milhares de tl6laresque tinham sido investidos eprincipalmente do que se obte.iacomo retorno financeiro atravesdos.desfiles, o que poderio

    ."p."-sentar a morte de 70 pessoas daperiferia? Nunca se pode precisar

  • G4

    o montante, mas, como nos anosanteriores, a receita alcanQadacom o reinado de Momo loi bemexpressiva, tante para Os cofrespublicos (aLrav6s dos impostosgerados com a dinamizaEao co_mercial do periodo), quanto paraos v6.nos setores do sisrema pro_dutivo convencional ligados dire_ta ou indiretamente ao Carnara.l(indfstrias de produtos e imple.mentos de epoca" como m6.scaras,confetes, bisnagas de d,gra, con-iecEoes de fzrntasias; indristrias debebidas, tecelagem e materlaispl6.sticos; o comercio enr geral; ascompanhias de turismo, aviagao eviagao; a rede hoteleira; e a-6.reade serviEos em geral. A-hl E verda-de, niio se pode esquecer do ex-pressivo aumento no consumo de9?g* e das apostas no jogo dobicho, alm dos ganhos das esco_lrs^ds ral.nSa de grande porte).,

    O paradoxo maior, no entanto,C: i;ansfcr;lagit, cios desfiies dasescolas de samba em megaeventoartistico

    que toda essa dinami_zag5o do ciclo carnavalesco cario-ca, conseguida atrav6s da suamercantilizagao, est6 baseadanas atividades coreograjico_musi-

    o samba, organizado em'escolas'

    -

    criadas e desenvolrri-das historicamente pela popula_Sao rregra do Rio de Janeiro, e es_sas comunidades vm sendo, pau_latinamente, a.lijadas desses des_fiies,_

    -conforme j6 estudado pelas_o^ciologa Ana Maria Rodrigues(Samb a Negro, Espotiigd.oBranca, lgS4).

    Para as geraEoes mais,iovens eos estrangeiros que passaram aconhecer os grandes desfiles janos anos mais recentes, por meiodas transmissoes de televisao, po-

    de ficar a indagagao: ser6 mesmoque as escolas de samba foramcriadas pelos negros? Allnal. ela-snao sao os exemplos maiores tiacuitura brasileira, de d.mbito na_cional, de norte a sul.e de leste aoeste? A dfirida se faz realmentecabivel, pois ultimamente se vcada vez menos negros desiilandono samb6dromo carioca, nos diasprincipais. Onde estao eles? Umagrande parte, conforme j6 apon_tado, esta circulando nos arredol

    de 20 e nos anos 30, e. ainda saoos elelnelltos tlcsses {,nntingentp;a base de idenrificagdo dessasagremiagoes no rlia_a rlia. no riecorrer do ano. Nelas o samba sem-pre se constituiu como fator desociabilidade, lazer e identidatles.ocial. tigada d propria ancestralrdade racial negra_ por interme_dio do samba reuniam_se os fami_liares, os amigos e os rizinhos darlra ou do bairro, num exercicioprazeroso de busca e manutengeo

    dos lagos da i

  • o5

    em cortejos ao som dos sarnpd$,acompanhados de lnstrumentUsde percussao (bateria). No'eii-tanto, ji de alguns uno., quiri[os. as,siste os desfiles do samb6-cromo, percebe-se que os neffii.ssAo neles minoria_ De fato, Ulfi:mamente, na apresentacao .tlHsgrandes escolas, um olhai atenttopode perceber com clareza o pie.dominio num6rico dos elemen't'olbrancos- Em estimariva r6pi['i]sem maiores rigores, pode_se,Cdfcular que em muitas cielas p_N1dmenos 70% (ou mais) dos dgsfi:lantes sao brancos. Os negroj eiitao mais restritos a alguns s{d3lres b6sicos, como a bateria 6'lTg-rrmas alas denonri n acias " dd, ttjfmunidade", a ala das baian'a3-ddas crianqas. Estdo preser{ttrstamtr6m nas fungoes de p.y1g_bandeira e mestre-sata, puxici6ido samba enredo, passistas(ma-sculinos e femininos), dife;tor de bateria e

    -

    quando pre_sentes

    -

    na ala dos compos{q_res e da velha guarda_ E evidergeque, no que toca is escolas, esn6sAo posigoes-chave, a p16pria es-s6ncia artistica das escolas- Mas.nos demais setores e alas (nume-ricamente bem superiores e'QOemais se destacarn visualme-nlepeias fantasias), h6 o predogti_nio dos brancos, a comegar pblisduas posigoes mais importiniespolitica e economicamente: apresidEncia e d carnavalesco, quedeterminam toda a conduqao claescola. Ainda, invariavelmentg,as madrinhas da bateria e asZogdestaques nos carros aleg6riceisio tamb6m dos segmentos so-ciais mais privilegiados. E{c,e,_'goes, claro, ocorrem, algumad.#6,_zes, com a prasenga de pessoA(negras nesses carros, notada:mente quando o enredo assirri oexige ou quando sao artistaJ?'e'grande projegdo. Essas obse'rv'i'_'goes podem ser facilmentp-Cdi-13'itatadas, ainda, quando se atdilfipara os registros fotogr6ficos IrUSjornais e rerristas da 6poca, nasquais, na maioria dadestacam o, *oanroi lil,?;Ft '

    "socialites", aparecendo uma ououtra personalidade negra. .demaior notoriedade. n..u i"p.ClJ

    se.confirma, por slla !,e2, na pf6rpria exisrdncia da chamaoa liiada comunidacle", crrjas fr;;.;i.;tm preEos mais icessir."il'tZmuitas vezes sao ,toaaas pe)*diretorias das escolas oo, *b.ii_bros da coletir.idade onde se,St:,tua a agremiagao, pois a maiorTAnao tem a possibilidade rte llaglrpor elas. 4.]6m disso, comumente,por uma especie de mea cutpa, aiescolas .doam" tamb6m ufg"*u-i,fantasias das alas mais carls,,iiiiitroca de um ou outro senlfQ,b,prestado gratu itamente-

    Assim, essas agremiacoes desamba que eram consijerada.i-pelos setores hegem6ni"o", piibmenos at6 a dEcada de 50, ;coisade negro, sem valor artisticd-t,de 'mau gosto", transformara]ffrse em acontecimento dos nltrislmportantes no cenario da cuitrr_ra

    _ brasileira contemp".aoii.

    Passaram a ser disputiOis.imi\por'pessoas das classes m6tliiA"e.das elites, que buscam ali, ,3d1,mente nos dias dos dtsfilcs ;ii?i,_,:I_eiis, ou no periodo u* ,oaf,.O.oestes. a manutengao e/ou o a.f_Tulo .do proprio prestigio social't capttal simb6lico", no dizer,d'd1".T" Bou rdieu). Observe_se riii'd"p?r l incorporaEdo Oos Oesfl'le3na indfstria do entretenimen[6,,!lilip^11^"nte depois au oera_da de 60, o conejo, que se fazld..9* r. maioria dos parricipaniessttuados em um mesrno 1rf"r.tu,horizontal, no chio, sofreu" acci\_ltuada verticalizagao, coln os ca,ii,ros alegoricos ( posigdo mais,aljta. destacada em relagao aos tlg_mais componentes), nos quaii lg.veem poucos negros.

  • o6

    SABADO, s DE FTEREIRO DE I997

    -

    d,4,-.{ i,!i i:

    nI

    O ESTADC DE S PAULO . D

    ) E fato, por outro lado, que o car-nava.l possibilita- nor$.io de Janeiroe em outras cidadel brasileiras, ageraqeo de empregos, alg,.rns fixos,na maioria temporfrios, dandomargem arc para a ascensao social.lp zlguns poucos elementos neg.rosque Se destacam por meio das ati-virla.ds. arristicas iigadas ao sambae ac'lcarnalal. Entretanto, a grandemaioria ocupa nessas atividades asmesmas funEoes e posigoes suba.l_ternas e mal-remuneradas do coti-diane. Mu11. da lucratividade dosdtpfles se d6 pela erploragao "do4{po." dos componentes pela "ca_4lp,q da exola", e, pelo inrestimen_;^ l-

    --!yu;*qLJ,Ls que, ern troca de um:llP-ost? Pretigio pessoal, pagamcgro pelas fancasias. Fora isso, difi-ctJfrente haveria como se produzirr_lI}l,,espet6.culo de tao elevadoc.Uf;to, leyando-se em consideraEaoJYg,tuao se prepara para algunsolas somente, ou, na maioria dos3:os, paraapenas g0 minutos, quee e tempo de passagem de rrma es_c.ola dc samba rra -a,,-enida.. Semd_,f"Fq o espeticulo dos desfilestegg' seguramente, um dos custosrp"]f, elevados do mundo, .o.pr.u-tlvj{nente a ourros ripos de piocJu-gao_do campo anistico. eue'magaff !:- que um indirirluo cje ciassenedi4 por exemplo, sem maioresgtf);glvimentos com o mundo coti_4i33o Ao samba" se predisponha a8gtflar entre pg$ 200 a.100 ou mais

    (pregos mais comuns nos anos de199-6 e lgg7), por uma roupa ques.er5. usada apenas em um rinicodesfiie de g0 minutos? Some_se aicc^ ^..^-r,,JJU. r{ddiluu a pessoa reSiCie fOrado Rio de Janeiro, outras despesas,como o transporte, a esbdia a ali_menuga.o e oulros gastos, que poclem chegar a pelo menos nS iOOou 800. Claro, isso se d6 pelo gla-mour construido pela indris*iacarrrawlesca em torno do evento.Poder dizer aos amigos que desfi_lou no sambodromo carioca, e,mais ainda, ter uma remota possi_bilidade de aparecer nas telinhasdas tevs, por alguns seguhdos ouesel.a.r ou ser visto supostamente pormilhares de pessoas da_s arquiUan_cadas e dos camarotes vips, e algoque pal-a muitos riale qualquer pre_qo. Elidentemente, nao se pode ne.gar que tambem pode ser bastantepra.zeroso o simples ato de desfilarao ritmo do samba_

    Esses sao alguns dos elementosque alijam mais e maj.s dns deshleso.s seus criadores originais. jusr.:r-mente no momento de sua consa_graEao maxima O elemento negroesr.:, assim, margtnalizado da s"uapropria cultura ancestral. O meca-nismo seletivo dos inleressados,lastreado no poder aquisito,

    oprincipal fator desse verdadeiroexpurgo dos 3d. socialmente e quo-tidianamente excluidos. Nesse sen-tido, nao se pode esquecer que du_

    rante o ano de 1995 cenrenas deeventos se realizaram, por todo oBrasil,. relativos aos jl|XJ ,rnn= doassa^ssinato do lider neg.ro Zumbfidos Palmares, nos quais os proble_1a1 dos negros no Brasil lorarn aronica_ Tem-se a impressao, entre_tanb, que tudo f

  • of

    tes se inserem. Exemplos e visoescriticas de lideres anistas, do portede Candeia (Antonio Candera Fl_lho, l93Sl9Z8), paulinho da !,iol4teci Brandao, Nei l,opes e ourrol

    . assim coirro de membros de aigunsblocos afros Ca Bahia (a

    "*"ripfodo Il Aiye), no que toca i quesiaodo rcsgate da auto,estim. u du ula_lonz.atAo do negro, neces.sitam deconstante arejamenm.

    Por uma questao etica e de direi_, to historico, e preciso que todas as

    . alas e as fungoesdas escolas de sam-ba possam conti-nuar sendo .da co_munidade", pelomenos em percen_fual ma.is expressi_vo e nao como lavorou ato de beneme_rncia das suas di-retorias Fara aque.les cujos ances[rais

    cnaram originalmente as escolasde samba" o nivel de participagao: arua.lmenE possivel no" O""nie",pelas razoes j6 expost.*, ndo ri sufi-. crente, cenamente. pensar_se, por

    :ua:ez, de forma generalizada, emlnstlfuir como quesito de avaliaEaodos desfiles a presenEa de um nt_, mero minimo de individuos negros,

    em todas as alas, seria basti.ntecomplexo e de ditrcii aferigao, mes-mo porque algumas esrnolas atuais.;a surgiram como resullado do in_

    teresse de elementos das classesmedias, artistas e intelectuair, t;;_1o

    -0.r9" a tundagao a presenEamenor de pessoas negras, como soc.aso da escola Tradigio. O qu" po_de ocorrer mesmo e uma posnlramais stiqs e menos mercantilistapor parte das diretorias das esco-las, lelzndo_se em consider.qao ahist6na de cada instituiEao L, aJmesmo tempo, o desenrolar dos1"":.t*l^:ntos da pmpria cidadego fo de Janeiro, no que toca aosdesfiles.

    As reflexoes aqui erpostas naose fazem sob a perspecti da in_versao do prDcesso de exclu.si,o ra_cia.l, onde brancos, turistas

    "

    our-1segmentos etnicos da sociedade ve.nham a nao ter o direito a" p.eti*e usu_fruio. do samba u Ao. O.ni",carnayalescos, o que, de igual mo_3o.'_ T.u. P.""onceituoso e proble_ll:*r E necessario, sim, que seresgate e se resgua-rde o direiio dascomuru.dades negras, pois que vemse oando um processo de verdadei-ra expropriaEio dessas popula_goes, ap6s a insergao ttos'aesntesna economia carnavalesca_ Bomexemplo de luta e conquistas 6 o::" 9*^mulheres, que consegui-rzun, no Congresso, o direim ae"umpercentual minimo de 2O",4

    "on"o._rendo aos cargos eletivos nos parti-dos politicos..Di1nt9 do signi-ficado cuirural eprincipalmente econOmico do car-

    naval para o pais e nol.l(lantelltepara o Rio de Janeiro. e de se espe_rar, aind4 que essas populaqoesonde. estao sediadas as insiituiEoesligadas aos desfiies possam terlrma ccntrapartida minima, emtermos de invesfimentos publicus_ne:s,as localidades. que garantarrr4metnona da qualidaCe de suas yi-das. As escolas de samba pcxlen.Por outm lado, se voltar tambempara as questoes ligadas ao bem.esrar social e i formaqao dersasPoPulagoes, conforme ocorre entllrumas. delas, como

    " B.,U; ;i";.';lvranguelra. a Mocitlade tndepn-n_

    lenje Ae h.dre [tigucl. a (,1,11y6s11iedo Bris (de Sao dutot e nos blcx11 atros da Bahia lte AiyF, Olooum.e outms. No encanto, creio, tu_do. devg ocorrer rnesmo poi_ con-:-uista desses grupos e nao por orr_torg4 conforme se deu ccm o I J -clemaio.

    Ao nao se criarem mecanismos1j!9:t em principios eticos. hl,mantsticos, que suprem o proces:so oe concorrFncia aos desfiies combase na capacidacle nn,,".l"io. ,rr_do continuara na senda do poliir,:1I:.r" incorreto, t1ue.