nº 6 a uerj e as cotas - caiac · foi emocionante, mesmo parecendo pequenas coisas, eu as vejo...

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro - SR1 - CAIAC - Proiniciar A UERJ e as Cotas 1º Circuito PROINICIAR: mostra de oficinas A edição de número seis do PROINICIARCOMUNICA, apresenta o depoimento do diretor do Centro de Ciências Sociais, Professor Léo da Rocha Ferreira, da Faculdade de Ciências Econômicas, sobre o Sistema de Reserva de Vagas. Página 2 Veja na página 4 algumas oficinas que serão oferecidas pelo PROINICIAR para o primeiro semestre de 2013. Acesse www.proiniciar.uerj.br a partir da segunda quinzena de abril. Escolha, increva-se e participe! Abril de 2013 - Ano I nº 6 O 1º Circuito PROINICIAR: Mostra de Oficinas foi muito bom! Quem participou, surpreendeu-se com uma tarde diferente, relaxante e, definitivamente, saiu revigorado e com gostinho de quero mais. As apresentações foram belas e leves e, em alguns casos, como no Ritmos, no Viagem do Brasil e na Yoga, a plateia, ao ser convidada, participou com prazer e alegria!! Tudo transcorreu em clima de descontração e com sorrisos nos lábios. As Princesas do Nilo trouxeram cor e sensualidade ao Evento; Construindo Autonomia na Produção que, além da professora, contou com relatos de três alunos que atestaram como sua participação na Oficina mudou suas vidas; a Informática no Cotidiano Acadêmico nos deu algumas dicas facilitadoras para o dia a dia; a apresentação no curta “Adro”, no Cine Debate em Ação nos fez refletir sobre questões delicadas; Caminhos do Corpo foi uma surpresa; Jazz Dance apresentou meninas felizes numa apresentação leve e solta e Viagem pelo Brasil emocionou ao mostrar nossa dança, música e ritmos através das várias regiões de nosso país continental. Além de tudo isto, foi enriquecedor passear pela exposição de máscaras, fantoches (Construção de Fantoches e Máscaras), pinturas (Pintura Livre), desenhos (Desenho e Customização) e de saber mais sobre a Oficina de Italiano, através de seu pôster. Os comentários do público foram bastante positivos e ele pede que haja outras Mostras em algum tempo. Enfim, deixamos aqui registrado alguns momentos que marcaram o Evento. Proiniciar Divulgação Biblioteca de Ciências Sociais B CCS/B | Rodrigo Nascimento

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro - SR1 - CAIAC - Proiniciar

A UERJ e as Cotas

1º Circuito PROINICIAR:mostra de oficinas

A edição de número seis do PROINICIARCOMUNICA, apresenta o depoimento do diretor do Centro de Ciências Sociais, Professor Léo da Rocha Ferreira, da Faculdade de Ciências Econômicas, sobre o Sistema de Reserva de Vagas. Página 2

Veja na página 4 algumas oficinas que serão oferecidas pelo PROINICIAR para o primeiro semestre de 2013.Acesse www.proiniciar.uerj.br a partir da segunda quinzena de abril. Escolha, increva-se e participe!

Abril de 2013 - Ano I ♦ nº 6

O 1º Circuito PROINICIAR: Mostra de Oficinas foi muito bom! Quem participou, surpreendeu-se com uma tarde diferente, relaxante e, definitivamente, saiu revigorado e com gostinho de quero mais. As apresentações foram belas e leves e, em alguns casos, como no Ritmos, no Viagem do Brasil e na Yoga, a plateia, ao ser convidada, participou com prazer e alegria!! Tudo transcorreu em clima de descontração e com sorrisos nos lábios. As Princesas do Nilo trouxeram cor e sensualidade ao Evento; Construindo Autonomia na Produção que, além da professora, contou com relatos de três alunos que atestaram como sua participação na Oficina mudou suas vidas; a Informática no Cotidiano Acadêmico nos deu algumas dicas facilitadoras para o dia a dia; a apresentação no curta “Adro”, no Cine Debate em Ação nos fez refletir sobre questões delicadas; Caminhos do Corpo foi uma surpresa; Jazz Dance apresentou meninas felizes numa apresentação leve e solta e Viagem pelo Brasil emocionou ao mostrar nossa dança, música e ritmos através das várias regiões de nosso país continental. Além de tudo isto, foi enriquecedor passear pela exposição de máscaras, fantoches (Construção de Fantoches e Máscaras), pinturas (Pintura Livre), desenhos (Desenho e Customização) e de saber mais sobre a Oficina de Italiano, através de seu pôster. Os comentários do público foram bastante positivos e ele pede que haja outras Mostras em algum tempo. Enfim, deixamos aqui registrado alguns momentos que marcaram o Evento.

Proiniciar Divulgação

Biblioteca de Ciências Sociais B CCS/B | Rodrigo Nascimento

Infelizmente, as pessoas não nascem iguais no mundo em que vivemos. São do gênero masculino ou feminino; nascem pretos, índios ou brancos; nascem na cidade ou no meio rural; com dois, três ou quatro quilos e comprimentos diversos. Isto sem falar em outros aspectos familiares como: diferente nível de renda, cultural, religioso, etc. Tudo isso faz com que as oportunidades de vida de cada indivíduo sejam distintas e injustas.Obviamente, o ideal seria que todos nascessem iguais em termos de oportunidades de vida. Contudo, a realidade é bem diferente, e deste modo, cabe ao Estado fornecer as oportunidades míninas para que os seus cidadãos possam almejar uma vida melhor na perseguição da felicidade. Neste sentido, a educação e a saúde passam a ser, prioritariamente, dever do Estado.A educação é considerada um bem semi-público, pois pode ser tanto pública quanto privada. Contudo, exige altos investimentos. Se for privada os donos poderão cobrar mensalidades para cobrir os seus custos e obter lucros. No caso da educação pública, os seus custos serão cobertos pelos impostos. Grande parte dos benefícios, mesmo que seja resultado da educação privada não serão apropriadas pelos donos das escolas, pois além do lucro, há os benefícios gerados pela educação para toda a sociedade que são muito mais amplos. Ao produzir cidadãos mais educados e preparados a educação estará reduzindo desigualdades e promovendo a inclusão social. Deste modo, a educação pública de qualidade ganha maior importância no Brasil.A inércia da política pública com relação aos desníveis sociais no Brasil nas últimas décadas, vem motivando ações isoladas em relação à inclusão social, não dando a devida importância à educação como um todo. Por isso, ações de política afirmativa vão sendo implementadas aos poucos.

Sobre o Sistema de Reserva de Vagas UERJ Professor Léo da Rocha Ferreira

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Léo da Rocha Ferreira | Foto fornecida pelo entrevistado

A UERJ foi a pioneira no estabelecimento de políticas afirmativas nas universidade brasileiras, com a lei estadual datada de 4 de setembro de 2003, que estabeleceu um sistema de reservas de vagas

criando cotas para: negros, alunos oriundos da rede pública de ensino e portadores de necessidades especiais. Com essa decisão a nossa universidade procurou reproduzir no país, políticas afirmativas implementadas nos Estados Unidos, nos anos setenta, onde a questão da inclusão social continua até os dias de hoje.Embora a UERJ tenha enfrentado o desafio da inclusão em um país historicamente desigual, os investimentos

públicos teriam um melhor retorno com a inversão da ação afirmativa, ou seja, a ampliação da educação para todos. O ideal seria investir na educação fundamental e no ensino médio do país como um todo. Garantindo desta forma, um nível mínimo de qualidade educacional para todos os brasileiros.Mesmo porque os resultados dos investimentos em educação são demorados. Os retornos levam anos, talvez décadas. Contudo, são necessários. O investimento em capital humano é vital para o processo de desenvolvimento de um país, e em consequência, no meu entendimento, toda avaliação no ensino deve ser feita pelo mérito acadêmico.

O Centro de Ciências Sociais congrega as Faculdades de Administração e Finanças, Ciências Econômicas, Direito, Serviço Social, e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas que engloba os cursos de História, Filosofia, e Ciências Sociais. Além de coordenar as unidades acadêmicas, o CCS tem três programas de estudos: o PROAFRO, que é um Programa de Estudos e Debates dos Povos Africanos, o PROEALC, Programa de Estudos da América Latina, e o PROEPER, Programa de Estudos e Pesquisa das Religiões.

Meu nome é kelvin Teixeira dos Santos, tenho vinte e seis anos de idade, e curso o sexto período de licenciatura em Artes Visuais. Com minha família sendo pobre sempre estudei em escolas públicas, no ensino fundamental em dois CIEPs, e no ensino médio no Colégio Estadual Barão do Rio Branco.Sempre gostei de estudar e quando criança me empolgava em aprender coisas novas, mas no final do ensino fundamental e durante o ensino médio fui ficando cada vez mais desmotivado; ao final do ensino fundamental ouvia sobre aprovação automática, que só o ensino médio não garantia emprego para ninguém e que o ensino público não era o bastante para passar no vestibular, e era “zoado” de CDF pelos colegas, e fui ficando desestimulado. Assim, fui me interessando cada vez mais em “matar aula” para ficar à toa com meus outros amigos, além de começar a beber, fumar e sair à noite. Terminei o meu ensino médio com as notas mínimas necessárias, isso no fim de 2004. Tenham certeza de que não sou vítima. Com o fim do meu ensino médio estava farto de escola que passara a ser para mim uma obrigação chata. O ano seguinte foi totalmente ocioso. Mas não consegui me manter nessa situação por muito mais tempo; no fundo não queria aquilo prá mim, apenas estava com raiva da vida, das limitações, da falta de perspectivas, e a universidade estava longe de meus planos, mas queria mudar e comecei a trabalhar de maneira informal, ficando assim por mais ou menos três anos. Comecei a namorar “sério” uma menina, e por comentários dela e de seus pais percebi que precisava melhorar minha situação. Foi quando comecei a pensar em fazer faculdade. Nessa época eu estudava inglês por conta própria e comecei a pensar em cursar uma faculdade de inglês. Meu namoro já tinha acabado, mas a ideia de melhorar de vida através do ensino superior persistia, e acabei encontrando um pré-vestibular comunitário; devo admitir que ainda estava sem muita determinação, e não estudei a sério, mas foi importante para mim o contato com os professores, os outros alunos, todos com objetivos a serem alcançados. No final do curso, tentei vestibular para História na UNIRIO, mas não passei. Sem coragem de pedir uma segunda chance no pré-vestibular, pois não havia me aplicado e achava que estava tirando a chance de alguém que realmente merecia. Minha determinação estava maior que antes em entrar na faculdade, e resolvi estudar por conta própria. No ano seguinte só trabalhava e estudava, dia e noite. Consegui me inscrever no vestibular da UERJ pelo sistema de cotas. Nessa época havia conhecido uma mulher e fui morar com ela na casa de sua mãe. Seu apoio foi muito importante. Chegou a hora do vestibular. Estava bem nervoso, pois sabia

Nossos Alunos Contam Sua HistóriaFazendo História

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kelvin Teixeira dos Santos | Maria Fátima de Mattos

que o resultado determinaria meu futuro, mas consegui passar para Artes Visuais. Além de optar pela licenciatura, pois queria me formar para ter uma profissão. E assim comecei minha vida acadêmica.Com efeito, posso dizer que para mim, não poderia ter feito melhor opção que Artes Visuais, além do conhecimento geral da faculdade, o conteúdo cultural com que temos contato no curso é transformador: visitas a museus, exposições, conhecimento da história da arte, contato com as teorias da arte, da filosofia, da antropologia e da estética, acredito que mudou a forma que vejo o mundo. Também participo da iniciação científica voluntária, o que me tem dado contato com a produção acadêmica. Desde o primeiro período da graduação me inscrevi na oficina de Produção de Textos Acadêmicos, que muito me ajudou a realizar os trabalhos pedidos nas outras matérias, mesmo confessando que ainda tenho dificuldades em realizá-los e que preciso de um aprofundamento nessa área agora que estou próximo de finalizar meu curso. Agora regressei, pelo PROINICIAR, na oficina

de Cine Debate sobre crianças em situação de vulnerabilidade social; interessei-me pelo curso justamente pelo fato de cursar licenciatura e estar mais próximo de me tornar professor, o que para mim é uma responsabilidade enorme. Senti que deveria me preparar mais para esse desafio e mesmo cursando as matérias da licenciatura, não acho suficiente. Então o curso veio suprir parte dessa minha necessidade. Conheci, então, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), filmes, documentários e curtas, onde são debatidas situações de vulnerabilidade social em que muitas crianças se encontram. Além disso, tive contato com

algumas ideias de Paulo Freire sobre educação e alfabetização de adultos.Minha participação no 1º Circuito PROINICIAR: mostra de oficinas serviu para consolidar essas ideias e ver as pessoas se apresentando, mostrando seus progressos e conquistas foi emocionante, mesmo parecendo pequenas coisas, eu as vejo como detalhes fundamentais da vida acadêmica. As apresentações e o clima de festa que senti nesse evento me trouxe muita alegria. Gostaria de ter me engajado mais na minha vida acadêmica, participado de mais atividades, mas sei que não podemos fazer tudo, e sim ir fazendo escolhas que formam o caminho que trilhamos. Agora, contando minha história e olhando para trás, estou muito feliz pelas transformações que consegui promover na minha vida, e espero dar continuidade aos meus planos, passar em um concurso público e iniciar uma nova etapa da minha vida, no magistério.

Inaugurado em 1965, o Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, conhecido por Aterro do Flamengo ou, simplesmente, Aterro, é um oásis no meio de nossa cidade já tão abençoada por tantas belezas naturais.

O responsável pelo bom gosto do paisagismo é Roberto Burle Marx que selecionou, principalmente, espécies nativas, enriquecendo a flora do local, atraindo, assim, muitas aves.O Aterro encanta os olhos. É uma verdadeira pintura e suas autopistas ligadas por passarelas levemente arredondadas e por passagens subterrâneas são toques especiais. De lá se vê o Pão de Açúcar, a Praia do Flamengo, e, dependendo de

onde estejamos, pode-se ver, até mesmo, o Theatro Municipal e a Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro. O Parque cobre área muito grande e lá se encontram o Aeroporto Santos Dumont, O Museu de Arte Moderna, o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra, a Marina da Glória. Além disto, é um complexo de lazer, com quadras de

tênis, futebol e basquete; espaço para as práticas de skate e aeromodelismo, para o atletismo e ciclismo e tem até mesmo, uma cidadezinha das crianças, na altura da Rua Buarque de Macedo. Não é frequente a ocorrência de shows pelo cuidado das pessoas que temem pela depredação de espaço tão belo. Bem, esta é nossa sugestão de entretenimento, contato com a natureza, com monumentos históricos e com o próprio Aterro do Flamengo que, em si, já é uma viagem!! Aproveitem!!!!

Reitor: Ricardo Vieiralves Vice-reitor: Paulo Roberto Volpato SR1: Lená Medeiros de Menezes CAIAC/PROINICIAR: Maricelia BispoEdição de texto: Maria Fátima de Mattos Reportagem: Maria Fátima de Mattos Projeto Gráfico e Editoração: Rodrigo NascimentoFotografia: Flavia Pereira, Janaína Pires, Ludo Lopes, Rodrigo Ferreira e Maria Fátima de Mattos Tiragem: 600 exemplaresImpressão: Gráfica Uerj Contato: (21)2334-0970 e [email protected] Página da CAIAC: www.caiac.uerj.brPROINICIARcomunica é uma produção da Coordenadoria de Articulação e Iniciação Acadêmicas - CAIAC

Sugestões de entretenimento:

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Sugestões para o 1º semestre de 2013 - Jazz, Informática, Yoga, Línguas Estrangeiras, Construção de Máscaras, Ritmos, Cine Debate, Fantoche, Dança do Ventre, Desenho e Customização, Saúde da Voz e Expressão, Teatro, Promoção da Saúde Bucal (on line), Linguagem em Aquarela, Português Instrumental, Música em Inglês.Acesse www.proiniciar.uerj.br a partir da segunda quinzena de abril, escolha, inscreva-se e aproveite!!

Oficinas PROINICIAR:Escolha e participe!

Monumento aos Mortos da Segunda Guerra

Aterro do Flamengo | Maria Fátima de Mattos

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