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n.º 4 | 2010 | trimestral Segurança nos trabalhos em altura. Análise de riscos e montagem de andaimes. Expropriações por Utilidade Pública Projecto de Expropriações (II Parte) Os Mistérios do Universo Possibilidades de ultrapassar a velocidade da Luz Nota Técnica Projecto de sistema de extinção de incêndio tipo húmido

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Page 1: n.º 4 | 2010 | trimestral trabalho - nomeadamente de acidentes mortais sofri-dos pelos trabalhadores que operam em altura. Em geral, as medidas de protecção colectiva destinadas

n.º 4 | 2010 | trimestral

Segurança nos trabalhos em altura. Análise de riscos e montagem de andaimes.

Expropriações por Utilidade Pública Projecto de Expropriações (II Parte)

Os Mistérios do Universo Possibilidades de ultrapassar a velocidade da Luz

Nota Técnica Projecto de sistema de extinção de incêndio tipo húmido

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O Engenheiro

A luz, o sol, o ar livre envolvem o sonho do engenheiro. O engenheiro sonha coisas claras: superfícies, ténis, um copo de água. O lápis, o esquadro, o papel; o desenho, o projecto, o número: o engenheiro pensa o mundo justo, mundo que nenhum véu encobre. (Em certas tardes nós subíamos ao edifício. A cidade diária, como um jornal que todos liam, ganhava um pulmão de cimento e vidro). A água, o vento, a claridade de um lado o rio, no alto as nuvens, situavam na natureza o edifício crescendo de suas forças simples.

João Cabral de Melo Neto, poeta com alma de engenheiro (Recife 1920 – Rio de Janeiro 1999)

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ficha técnica | sumário

engenho | n.º 4 | 2010 | trimestral

Editor e Proprietário Sindicato Nacional dos Engenheiros

Rua Jardim do Regedor, 37 - 2º Telefone 213 240 800 / 213 428 860

Fax: 213 240 806email : [email protected]

Director António Marques

[email protected]

Subdirectora Isabel Almeida

Administração, Redacção e Publicidade

Angelina Santos

Rua Jardim do Regedor, 37 - 2º Telefone 213 240 800 / 213 428 860

Fax: 213 240 [email protected]

ColaboradoresRui Cardoso, Inês Alves, Jorge Ramos,

José Gomes, José Delgado, Sérgio Correia, António Marques, Luis Cabaça

GrafismosJosé António Correia

Paginaçãopré&press

Impressão Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas SA

Rua Consiglieri Pedroso, N.º 90 Casal de Sta. Leopoldina

2745 - 553 Barcarena

Publicação Trimestral

Depósito Legal: 15644/87

Instituto da Comunicação Social Nº 109698

Tiragem 7 000 exemplares

Preço 2,50 Euros

Venda por assinatura anualPortugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,00 EurosEuropa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,50 EurosOutros Países . . . . . . . . . . . . . . . . .17,50 Euros

Distribuição gratuita aos sócios do SNE, Sindicato Nacional dos Engenheiros e a entidades públicas e privadas nacionais e estrangeiras

nº 4/2010/Dezembro - Desde 1946

S u m á r i o2 O Engenheiro

João Cabral de Melo Neto

5 Editorial

7 Segurança nos trabalhos em altura Análise de riscos e montagem de andaimes

19 Os Mistérios do Universo

22 Expropriações por Utilidade Pública Projecto de Expropriações (II parte)

35 Nota Técnica Projecto de sistema automático de extinção de incêndios do tipo húmido

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António Marques *

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editorial

engenho | n.º 2/3 | 2010 | trimestral

Temos assistido ultimamente e a pretexto da crise que abala as nossas, cronicamente frágeis finanças, ao repisar da necessidade de uma urgen-te revisão das nossas leis laborais. Esta necessidade assenta umas vezes na flexibilização do mercado do trabalho, outras vezes, diz-se que a revisão se deve centrar no montante das indemnizações a pagar aos trabalha-dores em caso de despedimento individual. Outras vezes ainda, na necessidade de melhorar a produtividade e competitividade.Argumenta-se que é necessário rever o Código do Trabalho, um docu-mento que foi revisto pela Lei nº7/2009, de 12 de Fevereiro, esque-cendo-se que esta revisão foi realizada já nos pressupostos que agora se pretendem de novo rever e que se transpôs para a ordem jurídica interna, total ou parcialmente, as seguintes directivas comunitárias:a) Directiva do Conselho n.º 91/533/CEE, de 14 de Outubro, relativa à obriga-

ção de a entidade patronal informar o trabalhador sobre as condições aplicáveis ao contrato ou à relação de trabalho;

b) Directiva n.º 92/85/CEE, do Conselho, de 19 de Outubro, relativa à imple-mentação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde das trabalhadoras grávidas, puérperas ou lactantes no trabalho;

c) Directiva n.º 94/33/CE, do Conselho, de 22 de Junho, relativa à protecção dos jovens no trabalho;

d) Directiva n.º 96/34/CE, do Conselho, de 3 de Junho, relativa ao acordo quadro sobre a licença parental celebrado pela União das Confederações da Indústria e dos Empregadores da Europa (UNICE), pelo Centro Europeu das Empresas Públicas (CEEP) e pela Confederação Europeia dos Sindicatos (CES);

e) Directiva n.º 96/71/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, relativa ao destacamento de trabalhadores no âmbito de uma prestação de serviços;

f) Directiva n.º 97/81/CE, do Conselho, de 15 de Dezembro, respeitante ao acordo quadro relativo ao trabalho a tempo parcial celebrado pela UNICE, pelo CEEP e pela CES;

g) Directiva n.º 98/59/CE, do Conselho, de 20 de Julho, relativa à aproximação das legislações dos Estados membros respeitantes aos despedimentos colectivos;

h) Directiva n.º 1999/70/CE, do Conselho, de 28 de Junho, respeitante ao acordo quadro CES, UNICE e CEEP relativo a contratos de trabalho a termo;

i) Directiva n.º 2000/43/CE, do Conselho, de 29 de Junho, que aplica o princípio da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de origem racial ou étnica;

j) Directiva n.º 2000/78/CE, do Conselho, de 27 de Novembro, que estabelece um quadro geral de igualdade de tratamento no emprego e na actividade profissional;

l) Directiva n.º 2001/23/CE, do Conselho, de 12 de Março, relativa à aproxi-mação das legislações dos Estados membros respeitantes à manutenção dos direitos dos trabalhadores em caso de transferência de empresas ou de estabelecimentos, ou de partes de empresas ou de estabelecimentos;

m) Directiva n.º 2002/14/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Março, que estabelece um quadro geral relativo à informação e à consulta dos trabalhadores na Comunidade Europeia;

n) Directiva n.º 2003/88/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de Novembro, relativa a determinados aspectos da organização do tempo de trabalho;

o) Directiva n.º 2006/54/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Julho, relativa à aplicação do princípio da igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento entre homens e mulheres em domínios ligados ao emprego e à actividade profissional (reformulação).

Chegam-nos opiniões de Comissários Europeus, da Comissão Europeia, de personagens do FMI, parece que toda esta gente está a ver coisas na nossa legislação laboral que nós, sinceramente, não vemos.Será que a nossa legislação laboral é assim tão diferente da legislação laboral dos nossos congéneres comunitários? Será que os trabalhadores portugueses têm mais direitos que os demais trabalhadores comunitá-rios? Será que os trabalhadores portugueses têm mais direitos que os trabalhadores franceses, belgas ou holandeses? Será que os trabalhado-res alemães ou italianos são despedidos quando os empregadores acham conveniente e não são indemnizados? Estamos a falar de quê?A nossa competitividade deverá assentar em que os trabalhadores tenham menos direitos ou na necessidade de existirem empregos de qualidade e que os trabalhadores disponham de adequadas qualificações. Será que para garantir a prazo as melhores condições de competitivi-dade em diversos mercados não é preciso aperfeiçoar continuamente, actualizar os métodos de gestão e manter um elevado clima de moti-vação entre os trabalhadores? Como é que se motivam os trabalhado-res? Mantendo-os a recibos verdes? É isto que se passa nos restantes países da comunidade? É revendo as leis laborais que se actualiza em permanência a base tecnológica das empresas?Nenhum trabalhador português certamente desejará ter mais direitos ou direitos diferentes dos restantes trabalhadores europeus sejam eles alemães, franceses ou belgas, agora o que é difícil aceitar é queiram impor-nos, um estatuto de trabalhadores de segunda ou terceira nesta Europa Comunitária..Se desejarmos alguma vez ser uma comunidade que tem, para além de uma moeda única, outros valores, este não será certamente o cami-nho. A Comunidade Europeia ou responde como um todo, em todas as áreas da vida dos europeus, criando bem estar e segurança dentro das suas fronteiras, ou então, não terá, certamente, grande futuro.

* António Marques, director da engenho

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segurança

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As quedas de alturas são uma das causas mais comuns de acidentes mortais no local de trabalho, nomeadamente no sector da construção, vitimando ainda 1 300 pessoas por ano na Europa. Tanto como o seu impacto humano, finan-ceiro e económico, o custo humano destes acidentes não é aceitável: as quedas provocam acidentes mortais e uma vasta gama de lesões graves, desde, em certos casos, a perda total da mobilidade (tetraplegia) a toda uma série de limitações e incapacidades parciais, que limitam a rein-tegração dos trabalhadores com esses problemas no mundo laboral e acarretam uma perda substancial de ren-dimentos. Esses acidentes podem igualmente contribuir para desvalorizar, aos olhos do público, a imagem dos sectores em causa, tornando mais difícil atrair os jovens e conservar os trabalhadores mais velhos.Portugal tem absolutamente de apostar na qualidade do emprego: em primeiro lugar, para combater o envelhecimen-to demográfico, que vai reduzir a população activa e aumen-tar a concorrência entre sectores de actividade para atrair e fidelizar os trabalhadores. E, em segundo, porque há que apostar na qualidade dos produtos e serviços nacionais para continuarmos competitivos a nível mundial.

Reduzir as quedas de altura é, por conseguinte, um objec-tivo essencial, cuja prossecução requer o envolvimento de todos os actores de todos os sectores em causa, em espe-cial o sector da construção, as PME - a grande maioria das empresas deste sector -, os trabalhadores por conta pró-pria, os parceiros sociais, os poderes públicos, as segura-doras, caixas de previdência e instituições de segurança social e os serviços de inspecção do trabalho.A protecção dos trabalhadores contra os riscos de utiliza-ção dos equipamentos de trabalho é de grande importân-cia para a segurança e para a saúde; Todos os equipamen-tos de trabalho são projectados e fabricados no cumpri-mento das prescrições essenciais de segurança e de saúde e podem, durante a sua utilização, implicar riscos que a entidade patronal deve previamente avaliar e que devem ser tomados em consideração, em função do tipo de trabalho, das condições particulares do local de trabalho e dos conhecimentos dos trabalhadores que utilizam o equipa-mento. É possível, desta maneira, evitar expor a vida e a saúde dos trabalhadores aos efeitos descontrolados de uma utilização inadequada do equipamento ou de agentes externos susceptíveis de anular ou enfraquecer o nível de

Rui Cardoso *

Segurança nos trabalhos em altura Análise de riscos e montagem de andaimes

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segurança inerente ao equipamento aquando da sua con-cepção, fabrico e comercialização.Por último, a melhoria das condições de trabalho do ponto de vista da segurança, da saúde e da higiene é um objectivo que não pode estar subordinado a considerações de cariz meramente económico. É essencial, para esse fim, respeitar as disposições mínimas definidas nas Directivas, que se destinam a melhor proteger a saúde e a segurança aquando da utilização de equipamentos disponibilizados para trabalhos temporários em altura.Assim, qualquer entidade patronal que tencione realizar trabalhos desta natureza deve escolher um equipamento que ofereça uma protecção adequada contra os riscos de queda. Tais acidentes constituem, juntamente com outros acidentes graves, uma grande percentagem dos acidentes de trabalho - nomeadamente de acidentes mortais sofri-dos pelos trabalhadores que operam em altura.Em geral, as medidas de protecção colectiva destinadas a evitar as quedas de altura oferecem melhor protecção do que as medidas de protecção individual. A escolha e a utilização de equipamento adaptado ao local de trabalho devem sobretudo destinar-se a evitar os riscos, combaten-do-os na fonte: para tal, há que substituir os elementos perigosos por elementos que o sejam em menor grau ou que sejam seguros e adaptar o trabalho ao homem, em vez do contrário.

1 - O que é uma avaliação dos riscos?

A avaliação dos riscos consiste em examinar cuidadosa-mente as situações em que os trabalhadores estão expostos aos diferentes riscos existentes no seu posto de trabalho

ou durante o trabalho e esta análise deve levar à definição de medidas de prevenção para evitar colocar em causa a integridade física dos trabalhadores expostos.É importante determinar se existem riscos e se foram tomadas medidas de precaução adequadas, a fim de os eliminar ou reduzir ao mínimo.

2 – Etapas de Avaliação

Etapa 1:Identificar os riscos

Detecte os riscos que possam resultar em lesões nas con-dições existentes no seu local de trabalho.Lista não exaustiva dos riscos ou situações perigosas:• Riscos de escorregamento (p.ex., pavimentos ou escadas

em mau estado de manutenção);• Incêndio (p.ex., materiais inflamáveis);• Produtos químicos (p.ex., ácido de bateria);• Elementos móveis de máquinas (p.ex., lâminas);• Trabalho em altura (p.ex., piso tipo “mezzanines”);• Projecção de material (p.ex., projecção de plástico

durante a injecção num molde);• Sistemas sob pressão (p.ex., caldeiras a vapor);• Veículos (p.ex., empilhadores);• Electricidade (p.ex., cablagem);• Poeiras (p.ex., de esmerilagem);• Fumos (p.ex., de soldadura);• Manuseamento manual de cargas;• Ruído;• Iluminação;• Temperatura.

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Etapa 2:Analisar os grupos de risco (Trabalhadores Expostos)

Deve pensar-se em termos de grupos de pesso-as que realizem um trabalho semelhante, por exemplo:• Pessoal de escritório;• Trabalhadores de manutenção;• Empreiteiros;• Trabalhadores de outras empresas que partilham o seu

local de trabalho;• Trabalhadores;• Pessoal da limpeza;• Público em geral.Deve dar-se especial atenção a grupos específicos de tra-balhadores, tais como:• Pessoas com deficiência;• Trabalhadores jovens;• Mulheres grávidas;• Pessoal sem experiência ou estagiários;• Trabalhadores isolados;• Trabalhadores por conta própria;• Qualquer trabalhador vulnerável;• Trabalhadores que não compreendam a língua local.

Etapa 3:É necessário fazer mais para controlar os riscos?

Para os riscos enunciados na avaliação dos riscos, será que as precauções já tomadas:• Cumprem as regras estabelecidas por uma disposição

legal?

• Cumprem uma norma reconhecida da indústria?• Representam uma boa prática?• Eliminam os riscos?• Minimizam os riscos?É necessário que os técnicos de segurança se certifiquem

de terem fornecido:• Informações suficientes e formação ade-

quada?• Sistemas ou procedimentos adequados?

Em caso afirmativo, os riscos estão adequadamente con-trolados, mas é necessário indicar as medidas de precaução implementadas (pode fazer-se referência a procedimentos, regulamentos internos da empresa, etc.).Caso o risco não esteja adequadamente controlado, deve indicar-se o que está ainda por fazer (‘lista de acções’).No controlo de riscos, é fundamental aplicarem-se os princípios a seguir enunciados, se possível, na mesma ordem:• Escolher uma opção menos arriscada;• Impedir o acesso às fontes de risco;• Organizar o trabalho de modo a reduzir a exposição ao

risco;• Dar prioridade às medidas de protecção colectivas;• Distribuir equipamento de protecção individual (EPI).

Etapa 4:Registar os resultados das análises de risco – Formar e Informar os Trabalhadores

O Técnico de Segurança e Higiene que avalia os riscos deve ainda estar apto a comprovar que:• Efectuou um controlo correcto;

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• Procurou saber quem poderá ser afectado;• Examinou todos os riscos, tendo em conta o número de

pessoas que poderão estar envolvidas;• As medidas de prevenção são adequadas e o risco residu-

al é mínimo.Deve ainda informar os trabalhadores dos resultados das avaliações de riscos que efectuou.

Etapa 5:Conclusões e futuras alterações

Como conclusão, Os Técnicos de Segurança devem con-firmar se as precauções tomadas para cada risco ainda controlam adequadamente o mesmo.Caso contrário, devem os mesmos desencadear a acção necessária e registar os resultados.Quaisquer alterações introduzidas nos locais de trabalho, por exemplo:• Novas máquinas• Novas substâncias• Novos procedimentos• A presença de trabalhadores de outras empresas ou de trabalhadores por conta própria podem acarretar novos riscos não negligenciáveis.Neste caso, devem os técnicos de segurança voltar a Identificar os novos riscos e seguir as 5 etapas atrás indicadas.

3 – Escolher o equipamento de trabalho

Andaimes, escadas, escadotes, plataformas elevatórias e cordas constituem os equipamentos geralmente utilizados

para executar trabalhos temporários em altura, pelo que a segurança e a saúde dos trabalhadores que efectuam este tipo de trabalho dependem em grande medida da sua correcta utilização. Por isso, há que especificar o modo como esses equipamentos podem ser utilizados pelos tra-balhadores da maneira mais segura. É, portanto, necessá-rio dar aos trabalhadores uma formação específica e ade-quada neste domínio.Se não for possível executar os trabalhos temporários em altura de forma segura e em condições ergonómicas apro-priadas a partir de uma superfície adequada, serão escolhi-dos os equipamentos mais apropriados para garantir e manter condições de trabalho seguras. Deve dar-se priori-dade às medidas de protecção colectivas em relação às medidas de protecção individual. O dimensionamento do equipamento de trabalho deve corresponder à natureza dos trabalhos a executar e às dificuldades previsíveis, e permitir a circulação sem perigo.A escolha do tipo mais apropriado de meio de acesso aos postos de trabalho temporários em altura é feita em fun-ção da frequência de circulação, da altura a atingir e da duração da utilização. O meio de acesso escolhido deve permitir a evacuação em caso de perigo iminente.A passagem por um meio de acesso a plataformas, pran-chas, passadiços e vice-versa não deve gerar riscos de queda adicionais.A utilização de uma escada como posto de trabalho em altura deve ser limitada às circunstâncias em que a utiliza-ção de outros equipamentos mais seguros não se justifi-que, em razão do nível reduzido de risco e em razão quer da curta duração de utilização, quer das características existentes que a entidade patronal não pode alterar.A utilização de técnicas de acesso e de posicionamento por meio de cordas é limitada às circunstâncias em que a avaliação de risco indique que o trabalho pode ser realiza-

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do de forma segura e em que não se justifique a utilização de outro equipamento de trabalho mais seguro.Tendo em conta a avaliação dos riscos e nomeadamente em função da duração dos trabalhos e das restrições de natureza ergonómica, deve ser previsto um assento equipa-do com os acessórios adequados.Em função do tipo de equipamento de trabalho escolhido com base no disposto acima, devem ser identificadas medidas adequadas para minimizar os riscos incorridos pelos trabalhadores em consequência da utilização deste tipo de equipamento. Em caso de necessidade, deve pre-ver-se a instalação de dispositivos de protecção contra quedas. Estes dispositivos devem ter uma configuração e uma resistência capazes de evitar ou de parar as quedas de altura e de prevenir, na medida do possível, as lesões dos trabalhadores. Os dispositivos de protecção colectiva con-tra quedas só podem ser interrompidos nos pontos de acesso de escadas não fixas ou fixas.Quando, para a execução de um trabalho específico, for necessário retirar temporariamente um dispositivo de pro-tecção colectiva contra quedas, deverão ser tomadas medi-das de segurança alternativas e eficazes. O trabalho não poderá realizar-se sem a prévia adopção destas medidas. Finalizado esse trabalho especial, definitiva ou tempora-riamente, os dispositivos de protecção colectiva contra as quedas deverão voltar a ser colocados.Os trabalhos temporários em altura só podem ser efectu-ados se as condições meteorológicas não comprometerem a segurança e a saúde dos trabalhadores.

4 – Recomendações para o Trabalho em Altura

4.1. Formação dos trabalhadores

Geralmente, os trabalhadores que executam trabalhos temporários em altura que impliquem a utilização de equipamentos previstos para esse efeito devem receber uma formação adequada e específica para as operações que irão desempenhar e, em especial, para as operações de emergência.Os trabalhadores precisam de formação profissional e técnica adequada, conhecimentos suficientes, experiência prática relacionada com o trabalho em causa e uma boa compreensão dos riscos potenciais e dos principais proce-dimentos de salvamento, bem como de serem capazes de detectar defeitos técnicos ou omissões no trabalho efectu-

ado e de avaliar as repercussões destes para a saúde e a segurança.É essencial para trabalhos temporários em altura avaliar os riscos e implementar medidas apropriadas de eliminação ou minimização dos riscos relacionados com a execução de tarefas simultâneas ou sucessivas.É necessária especial atenção à formação sempre que os trabalhos de construção tiverem lugar:• Perto de cabos de electricidade aéreos ou de instalações

eléctricas;• Próximo de uma actividade industrial (por exemplo,

oficina ou fábrica em actividade);• Num lugar muito concorrido (por exemplo, uma rua,

uma grande loja, etc.);• Em vários níveis sobrepostos (por exemplo, dois níveis

de um mesmo andaime);• Sempre que o acesso e a saída sejam difíceis.É fundamental que a coordenação de segurança necessária para eliminar ou minimizar os riscos relacionados com o trabalho simultâneo ou sucessivo:• Esteja a cargo de uma pessoa qualificada;

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• Seja tida em conta desde a fase de concepção do traba-lho;

• Seja organizada em conjunto com todos os participan-tes, mesmo que de empresas diferentes,

• Permita uma comunicação eficaz através de desenhos, reuniões, visitas, instruções, etc.;

• Evolua ao longo da realização do trabalho.

4.2. Sinalização

A simples sinalização dos riscos não é considerada uma medida de prevenção. Com efeito, esta é a última medida a tomar, quando o risco não puder ser eliminado ou mini-mizado, pois resume-se a chamar a atenção para um risco persistente, associada a outras medidas de protecção cuja eficácia reforça.Quanto ao equipamento, deve ser dada especial atenção aos seguintes pontos:Marcação do fabricante:• Marcas fixas apostas nos dispositivos e equipamentos

que não tenham sido montados no próprio local ou que tenham sido previamente montados;

• Indicações relativas à carga máxima admissível;• Pictogramas que indiquem os procedimentos de segu-

rança, por exemplo, a utilização de equipamento de protecção individual contra quedas.

Utilização do equipamento:No que respeita à utilização do equipamento, convém igualmente ter em conta a sinalização dos andaimes nas fases de instalação, montagem, desmontagem e transfor-mação:• Durante a montagem e desmontagem, é necessário

garantir que os elementos que não devem ser utilizados estejam devidamente sinalizados;

• Sempre que se utilizar um andaime autorizado, há que verificar se as instruções do construtor estão claramente indicadas no equipamento; essas instruções devem ser respeitadas, em especial as relativas ao tipo de andaime, à carga máxima admissível, etc.

Sinalização da presença de andaimes:O objectivo é sinalizar a presença de andaimes ou de par-tes de andaimes que ainda não estejam prontos para serem utilizados, durante a montagem, desmontagem ou trans-formação, de modo a evitar os riscos que podem ser cau-sados pelo acesso a esta zona perigosa.

4.3. Trabalhadores Temporários

A entidade patronal deve tomar medidas para informar e formar todos os trabalhadores, incluindo os trabalhadores temporários, sobre os riscos para a saúde e a segurança bem como sobre as medidas e actividades destinadas a prevenir e proteger contra acidentes e doenças profissio-nais.Caso os trabalhadores temporários sejam autorizados a trabalhar em altura, é necessário ter em conta que os mes-mos podem ser muito vulneráveis ao risco de queda, se não tiverem sido adequadamente informados e formados sobre os riscos a que estão expostos.Sugere-se portanto que, para cada tarefa, seja criada uma relação estreita com a empresa de trabalho temporário, de modo a:• Definir uma ficha de procedimento de segurança relativa

ao posto de trabalho, resumindo os perigos e riscos relacionados com a tarefa, as precauções a tomar, o equi-pamento de protecção individual que o trabalhador temporário deve usar e o acompanhamento médico exi-gido para este tipo de trabalho;

• Prever o tempo necessário para acolher o trabalhador temporário, fornecendo-lhe informação e ministrando-

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lhe a devida formação (posto de trabalho, método de trabalho, instruções de segurança, organização interna, medidas a tomar em caso de acidente, regulamento interno, etc.);

• Implementar um seguimento eficaz desses trabalhadores e das tarefas que vão desempenhar (apoio, supervisão, avaliação).

4.4. Aptidão médica para trabalhos em altura

A realização de trabalhos em altura sem as suficientes aptidões físicas e psicológicas pode pôr em perigo tanto o trabalhador como aqueles que junto dele possam estar a trabalhar.Para garantir uma vigilância adequada da saúde dos traba-lhadores em função dos riscos para a sua segurança e saúde, há que tomar medidas de acordo com a legislação. Essas medidas serão de molde a permitir que, cada traba-lhador possa submeter-se a um controlo de saúde em intervalos regulares (Todos os anos para trabalhadores com mais de 50 anos e de 2 em 2 anos para trabalhadores com idade compreendida entre 18 e 50 anos).

5 - Trabalho em altura em instalações eléctricas ou nas imediações destas

Muitas operações e tarefas em locais de trabalho em altu-ra são efectuadas em instalações eléctricas ou nas imedia-ções destas: linhas eléctricas, subestações de transformação ou distribuição, emissores de rádio ou de televisão, etc.Dado que muitos trabalhos são efectuados quando estas instalações estão sob tensão, os técnicos de segurança devem ter em conta o risco eléctrico adicional quando avaliam os riscos associados com o trabalho em altura.Os técnicos de segurança devem contactar, em primeiro lugar, as autoridades responsáveis para saber quais as medidas de segurança necessárias para proteger os traba-lhadores de riscos eléctricos e outros riscos (faíscas, elec-tricidade estática, cargas acumuladas), visto que, nestas situações, o risco de um acidente eléctrico está sempre presente.Os técnicos de segurança devem igualmente cumprir os regulamentos, as normas e quaisquer outras obrigações legais que tenham um impacto directo sobre o trabalho em instalações eléctricas e máquinas.Antes do início dos trabalhos, há que proceder a uma visita do local para determinar se o trabalho será efectua-

do em instalações eléctricas ou nas imediações destas.Para todos os trabalhos em ou perto de peças sob tensão, há que usar sempre:• Equipamento de segurança isolador,• Equipamento de protecção individual isolante (por

exemplo, sapatos de segurança com sola isolante, óculos de protecção),

• Ferramentas isolantes, e• Outro equipamento isolador.Se as condições meteorológicas puserem em perigo a segu-rança (nevoeiro espesso, vento, chuva ou neve), o trabalho deve ser interrompido ou não ser iniciado.As seguintes medidas de segurança, são eficazes para tra-balhos junto de instalações eléctricas:• Eliminar o risco, suprimindo a tensão ou isolando as

instalações eléctricas ou a linha de transporte de energia eléctrica,

• Mudar a linha de transporte de energia eléctrica de lugar antes do início do trabalho, especialmente se tiver de ficar novamente operacional quando o trabalho de cons-trução terminar,

• Erigir barreiras para impedir o acesso às instalações sob tensão,

• Adaptar o equipamento e os procedimentos de trabalho à situação,

segurança

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• A solução técnica de ligar à terra as ferramentas metáli-cas também deve ser considerada.

Existe risco de electrização quando o corpo de um traba-lhador ou ferramentas, equipamento ou máquinas inva-dem a distância de segurança aplicável à diferença de potencial.As distâncias de segurança devem, por conseguinte, ser sempre respeitadas. Isto é especialmente importante aquando do manuseamento ou transporte de peças con-dutoras longas, da movimentação de cargas no local (por gruas de torre, gruas móveis, etc.), da utilização de torres de acesso móveis, etc.Para os trabalhos em andaimes junto a cabos eléctricos aéreos ou a instalações eléctricas, é igualmente necessário respeitar as distâncias mínimas de segurança e tomar medidas de protecção dos trabalhadores contra eventuais

riscos de electrocussão, por contacto directo ou por cargas electrostáticas devidas a campos electromagnéticos.O trabalho em peças activas apenas pode ser efectuado após verificação de que estão sem corrente. Para tal, é necessário:1. Desligar a corrente,2. Tomar medidas para garantir que não é possível voltar a ligar a corrente,3. Verificar que as peças estão sem corrente,4. Ligar as peças à terra e provocar um curto-circuito,5. Cobrir ou isolar as peças adjacentes que estejam sob

tensão.

6 - Equipamento para trabalho temporário em altura

6.1. Andaimes fixos

Os andaimes são o tipo de equipamento de trabalho mais adequado para o acesso e a execução de trabalhos temporários em altura. Constituem um posto de traba-lho seguro para todos os trabalhos que devam ser exe-cutados em altura, assim como uma garantia de acesso seguro.Os andaimes só podem ser montados, desmontados ou substancialmente modificados sob a direcção de uma pes-soa competente e por trabalhadores que tenham recebido uma formação adequada e específica às operações previs-tas, para riscos específicos, que incida nomeadamente sobre:a) A interpretação do plano de montagem, desmontagem

e transformação do andaime em questão;b) A segurança durante a montagem, a desmontagem ou a

transformação do andaime em questão;c) As medidas de prevenção dos riscos de queda de pesso-

as ou objectos;d) As medidas de segurança em caso de alteração das

condições meteorológicas que prejudique a segurança do andaime em questão;

e) As condições em matéria de carga admissível;f) Quaisquer outros riscos que as referidas operações de

montagem, desmontagem e transformação possam comportar.

Antes de se escolher um andaime, devem conhecer-se e especificar claramente as necessidades, como, por exem-plo:• Para que tipo de trabalho será o andaime usado?• Que tipos de trabalho serão executados simultaneamen-

te no andaime?• Qual a altura total necessária?• Que características geométricas específicas devem ser

tidas em conta?• Quais são as cargas adicionais, estáticas e dinâmicas?• Como podem os trabalhadores aceder aos vários pisos

com cargas?• Que tipo de ancoragem pode ser usado?• O andaime deve ser compatível com outros elementos

ou equipamentos (monta-cargas, guinchos, etc.)?• Quais são as possibilidades de fixação e nivela-

mento?

segurança

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6.1.1. Instalação

Preparar o solo

Antes de instalar o andaime, é essencial preparar o solo no qual ficará apoiado.Entre outras coisas, há que garantir a estabilidade do ter-reno, para evitar o colapso do andaime.Para tal, é necessário:• Verificar a solidez do terreno, para garantir que não existem

fragilidades ou escavações abertas nas proximidades;• Construir fundações ou efectuar a compactação do ter-

reno, dependendo das cargas previstas e da natureza do terreno;

• Verificar se as actividades contíguas à área circundante apresentam riscos específicos que possam pôr em perigo a estabilidade do andaime;

• Controlar e desviar as águas pluviais, evitando a erosão do terreno;

• Em caso de fundações inclinadas (passeios, estradas), utilizar escadas que permitam evitar o deslizamento e/ou uma rotação adequada para garantir que a capacidade dos montantes seja suficiente para suportar a carga cal-culada.

A base do andaime nunca se deve apoiar sobre materiais de construção ocos (tijolos, blocos de betão) nem sobre peças de madeira sujeitas a forças de flexão se a resistência destas não tiver sido calculada.

Montagem, utilização e desmontagem

As dimensões, a forma e a disposição das pranchas de um andaime devem ser adequadas à natureza do trabalho a executar e adaptadas às cargas a suportar; devem também permitir trabalhar e circular em segurança.

As pranchas dos andaimes serão fixadas sobre os res-pectivos apoios para que não possam deslocar-se em condições de utilização normal. Não poderá existir nenhum vazio perigoso entre as componentes das pran-chas e os dispositivos verticais de protecção colectiva contra quedas.As entidades patronais responsáveis pela montagem e/ou utilização dos andaimes têm de adoptar um sistema de trabalho seguro durante a montagem, alteração e desmon-tagem dos mesmos.Em geral, o equipamento antiqueda faz parte deste siste-ma de trabalho seguro.Sempre que se montar um andaime, devem ser respeitados o manual e as instruções do fabricante.Além disso, segue-se uma lista não exaustiva das boas práticas a seguir:• Os prumos e os montantes devem estar aprumados em

toda a sua altura;• As braçadeiras, as longarinas e as plataformas devem ser

montadas de acordo com o manual do fabricante, respei-tando as instruções de montagem e utilização, assim como o binário de aperto;

• As braçadeiras devem estar posicionadas de modo a que os seus parafusos não fiquem sujeitos a outras forças para além das do aperto;

• A intersecção de dois andaimes no canto de um edifício deve ser protegida contra quedas, e as possíveis interac-ções entre os dois andaimes devem ser verificadas;

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• As solicitações exercidas por uma pala no andaime (carga permanente, carga dinâmica e carga do vento) são em geral muito importantes, pelo que devem ser tidas em conta na escolha do andaime.

Durante a montagem:Os trabalhadores devem usar equipamento de protecção colectiva:• Antes de aceder ao piso superior, o trabalhador respon-

sável pela montagem deve instalar um guarda-corpos a partir do piso inferior protegido;

• Deve ser usado um andaime que permita a utilização deste método de colocação de guarda-corpos;

• O acesso ao piso superior, durante a montagem, deve fazer-se através de escadas de mão ou de escadas fixas montadas à medida que o trabalho progrida;

• Caso o andaime não garanta uma segurança intrínseca (por ex., guarda-corpos e guarda-corpos intermédios), deve recorrer-se a medidas de protecção individual para evitar quedas (por ex., arnês de segurança).

Minimizar o intervalo entre o edifício e o andaime

O andaime deve ser erguido o mais perto possível do edifício.Se possível, o espaço que separa os andaimes da obra deve ser colmatado com plataformas em consola aplicadas aos montantes e na continuação da plataforma original.Se não for possível recorrer a plataformas em consola,

recomenda-se o uso de equipamento de protecção colecti-va em ambos os lados do andaime.

Ancorar um andaime

Os pontos de ancoragem de um andaime são executados na fachada ou na superfície justaposta à parte frontal do andaime.Os pontos de ancoragem onde se fixam as amarrações são, em regra:• Buchas de expansão;• Parafusos com argola;• Pontos de ancoragem por argola encastrada.Nunca devem ser usados como pontos de ancoragem os guarda-corpos, as barras de suporte, os algerozes, as gotei-ras, etc., uma vez que podem não ser suficientemente seguros.

Contraventamento do andaime

• O contraventamento é necessário para reforçar a estru-tura do andaime e evitar que oscile.

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• A oscilação pode causar instabilidade, fissura nas solda-duras e tensão excessiva nos montantes.

• As instruções do fabricante do andaime devem ser con-sultadas para determinar os pontos em que é necessário o contraventamento.

• O contraventamento deve prolongar-se sem interrupção até à base do andaime.

• O andaime deve ser contraventado de acordo com as recomendações do fabricante.

Aceder ao andaime

Deve ser garantido um meio de acesso seguro ao andai-me.Um número suficiente de pontos de acesso deve também ser previsto, para que os trabalhadores possam facilmente aceder ao seu local de trabalho.Podem utilizar-se para esse efeito:• Passadiços,• Escadas fixas (montadas segundo as indicações do fabri-

cante),• Patamares,• Escadas (devem ser fixadas às arestas mais curtas dos

andaimes rectangulares e no interior da estrutura do andaime),

• Rampas, etc.O acesso às plataformas deve ser desenhado ou concebido de modo a que seja possível evacuar um trabalhador com toda a segurança em caso de acidente. O acesso deve fazer-

se por um alçapão munido de uma tampa ou através de uma torre-escada.

Utilizar o andaime

• Utilizar os locais de acesso previstos,• Não efectuar movimentações que envolvam saltar de

uma prancha para a outra,• Não escalar as travessas longitudinais ou os guarda- cor-

pos, nem permanecer de pé sobre estes elementos;• Não instalar escadas nem dispositivos de acesso impro-

visados.

Há que evitar o seguinte:

• Trabalhar em andaimes durante tempestades ou ventos fortes;

• Sobrecarregar os montantes ou as plataformas dos andaimes;

• Sobrecarregar com materiais ou equipamento os guarda-corpos;

• Aplicar aos andaimes forças que estes não estejam pre-parados para suportar;

• Alterar a estrutura dos andaimes sem tomar as precauções necessárias (novos cálculos, verifica-ção dos pontos de ancoragem, etc.). Há que ter em conta as instruções e recomendações do fabri-cante, o qual, se necessário, deverá ser previamen-te consultado.

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Antes da utilização

Antes da utilização, verificar que:• Foi elaborado um desenho de montagem, utilização e

desmontagem, em função da complexidade do sistema de andaimes escolhido, e a montagem foi executada sob a supervisão de uma pessoa competente e por trabalha-dores que tenham recebido uma formação adequada;

• Tanto o trabalhador responsável pela montagem do andaime como o utilizador - se se tratar de pessoas ou empresas diferentes (no caso de subcontratação da mon-tagem) - devem ter a certeza de que o andaime irá garan-tir uma plataforma de trabalho segura e capaz de resistir, em completa segurança, às cargas exercidas durante a sua utilização;

• As áreas do andaime que foram entregues estão clara-mente identificadas;

• A capacidade máxima dos locais de carga e das platafor-mas de trabalho está claramente indicada;

• Toda a área do andaime foi inspeccionada antes de ser usada (pode recorrer-se a uma check-list de inspecção do andaime);

• Foi elaborado um relatório de inspecção e guardou-se uma cópia deste no local;

• A responsabilidade pela manutenção, alteração e inspec-ção do andaime está claramente definida.

Inspeccionar o andaime antes da utilização – parte 1

Antes de utilizar o andaime, há que verificar:• Se este é apropriado para a tarefa ou tarefas previstas;• Se permite o acesso, em completa segurança, ao local

onde o trabalho será realizado;• Se tem uma base estável e sólida;

• Se os montantes estão correctamente montados e con-traventados;

• Se a plataforma de trabalho não está demasiado alta em relação à largura da base;

• Se o andaime está suficientemente bem ancorado;• Se as ancoragens são suficientemente sólidas;• Se os acessos cumprem as condições de utilização neces-

sárias;• Se todos os guarda-corpos estão em posição e são efica-

zes;• Se os andaimes estão correctamente sinalizados.

Inspeccionar o andaime antes da utilização – parte 2

• Existe algum plano de montagem, utilização e desmon-tagem elaborado por uma pessoa competente?

• Os andaimes foram montados, alterados e desmontados por trabalhadores competentes?

• Todos os prumos possuem bases?• Todos os prumos, esquadros, cruzetas e estroncas estão

em posição?• O andaime está amarrado ao edifício ou à estrutura, em

pontos suficientes para prevenir o seu colapso?• Existem guarda-corpos, guarda-corpos intermédios e

rodapés, ou outra forma de protecção adequada, em todos os vãos livres, para evitar as quedas?

• Existem rodapés para evitar a queda de materiais dos andaimes?

• As plataformas de trabalho estão inteiramente forradas e as tábuas de pé estão instaladas de forma a evitar bas-culamentos, derrapagens ou deslizes?

• Existem barreiras eficazes ou painéis de aviso (sinaliza-ção) no local para impedir os trabalhadores de usar um andaime incompleto, p.ex. quando as plataformas de

trabalho não estão totalmente forradas?

* Licenciado em Engenhariade Produção Industrial (FCT/UNL)

Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho (IST)

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Os Mistérios do UniversoPossibilidades de ultrapassar a velocidade da luzJorge Ricardo Faleiro Ramos *

mistérios do universo

GENERALIDADES

Presentemente a velocidade da luz é considerada Inultrapassável.Resumimos a seguir as características de transmissão das diversas radiações e também a composição da Energia Sombra, segundo as observações realizadas presentemente pelos cientistas.

A ENERGIA SOMBRA OU A ENERGIA DO VACUO

Pensamos que o vácuo integral não pode existir, pois como os cientistas já verificaram, o universo está completamente preenchido, pois o espaço livre deixado pela Matéria Negra e pela e pela Matéria dita Normal, é ocupado pela Energia Sombra, que ocupa 70% do espaço sideral.Pensamos que a Energia Sombra é formada por microscó-picos Grãos de Energia, sem qualquer ligação entre si.Estes Grãos de Energia deverão ser dotados dum movi-mento ondulatório sinusoidal, e que em função da excita-ção que lhes é aplicada pelas partículas (radiações de energia ou radiações de matéria) transmitem esoterica-mente a energia que possuem, servindo de suporte ao transporte e transmissão das referidas partículas.O vácuo possui portanto uma elevada densidade de energia formada por estes grãos de energia que constituem a Energia Sombra, e poderemos considerar que estes grãos de energia não são mais do que Quantas da energia do vácuo.No caso da transmissão duma Partícula Material (Raios Alfa, Raios Beta e Raios Cósmicos), essa transmissão está sempre associada á onda sinusoidal dos Quantas da Energia do Vácuo, que governa o seu movimento. (Hipótese de Broglie ñ Principio da Dualidade)No caso da transmissão duma Partícula Energética (Fotões, Raios Gama, Raios X e Hondas Hertezianas ), ela é simultaneamente Corpúsculo e Onda.Postulado de Bohr ñ Principio da Complementaridade Os modelos corpuscular e ondulatório são complementa-res pois comportam-se simultaneamente como onda e como partícula.

NOTA: O efeito Casimir (1)A força do vácuo, ou Efeito Casimir, faz-se sentir a uma pequena escala, pois é a força de atracção entre duas placas metálicas, de um centímetros quadrado de superfície, separadas por alguns micrometros de distancia, e que estando isoladas, e a uma tempe-ratura próxima do zero absoluto, são atraídas uma pela outra.O Efeito Casimir foi descoberto em 1948, pelo físico holandez, Hendrik Casimir, mas somente no ano de 2002, é que os físicos italianos do Instituto de Física Nuclear de Padoue, conse-guiram medir o Efeito Casimir na sua configuração original.Estes ensaios vieram confirmar, mais uma vez, que existe uma Densidade de Energia, Não Nula, no Vácuo.

2 - TIPOS E VELOCIDADE DE TRANSMISSÃO DOS QUANTAS DA ENERGIA DO VÁCUO EM FUNÇÃO DAS RADIAÇÕES A QUE SÃO SUBMETIDOS.

A - Radiações Energéticas B - Radiações Electromagnéticas C - Radiações da Matéria D - Radiações Gravíticas

A - Radiações Energéticas

EMISSãO DA LUzA transmissão dos Fotões é feita pelos Quantas da Energia do Vácuo, servindo de suporte o seu sistema ondulatório sinusoidal. A transmissão da luz visível tem uma frequência de 3.10

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Hertz e um comprimento de onda de 10 -6 metros.

EMISSãO DE RAIOS XA sua transmissão é idêntica dos Fotões e o seu compri-mento de onda varia entre 0,0005 e 0,0020 microns (portanto inferior à da luz) e a sua frequência varia entre 2,4.10 16 e 5.10 19 Hertz.

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mistérios do universo

EMISSãO DOS RAIOS GAMAOs Raios Gama são do tipo dos Raio X, mas de comprimento de onda muito inferior, pois é de 0,000031 microns e a sua frequência varia entre 5.10 19 e 5.10 22 Hertz. A sua transmissão é idêntica à dos Fotões e dos Raios X. Os Raios Gama são emitidos pelos materiais radioactivos pois quando há ejecção duma partícula Alfa ou Beta, a energia excedentária é emitida sob a forma de Raios Gama.Os Raios Gama, não sendo constituídos por partículas materiais, nem transportando qualquer carga eléctrica, são muitíssimo penetrantes.

B - Radiações ElectromagnéticasO conjunto de dois campos, um magnético e outro eléc-trico quando se propagam simultaneamente e com a mesma velocidade, constituem uma onda electromagnética ou onda Herteziana.A frequência das ondas Hertezianas varia entre 3.10 5 e 3.10 12 Hertz, e o seu comprimento de onda varia entre os 3 quilómetros e os 0,3 microns.

C - Radiações Da Matéria RAIOS BETAOs Raios Beta são formados por electrões, de carga eléc-trica negativa, com uma massa de 9.10 -28 gramas e teem uma velocidade de transmissão entre 120.000 e 290.000 quilómetros por segundo No caso da emissão destes raios, verifica-se que existe uma resistência à transmissão dos electrões, com uma acentuada diminuição da sua velocida-de, devido à sua massa.A perda de velocidade destes corpúsculos é causada tam-bém pela acção da Matéria Negra, constituída por partí-culas tão microscópicas que nem conseguem reflectir a luz emitida pelas estrelas.Esta Matéria Negra exerce também a sua acção gravítica por toda a matéria.A Matéria Negra ocupa 25% do espaço sideral e pensamos que ela será constituída por Neutrinos, que são as partículas elementares mais numerosas no universo e a sua massa deve ser milhares de vezes inferior à massa dos electrões.

RAIOS ALFAOs raios Alfa são constituídos por núcleos de hélio, for-mados por 2 protões e 2 neutrões, com uma massa de 66.132.10 -28 gramas e têm uma velocidade de radiação compreendida entre 15.000 e 25.000 quilómetros por segundo.

À semelhança dos Raios Beta, os Raios Alfa sofrem tam-bém uma acentuada diminuição da sua velocidade de transmissão, em função da sua massa.

RAIOS COSMICOSOs Raios Cósmicos são formados por Protões (núcleos de Hidrogénio) com uma massa de 1836 vezes a massa do electrão, por Mesões, com uma massa variável entre 206 e 974 vezes a massa do electrão, e ainda por Hiperiões, com uma massa variável entre 2183 e 2581 vezes a massa do electrão.Os Raios Cósmicos têm origem extraterrestre e ao aproxi-maram-se da terra são desviados pelo campo magnético terrestre e são facilmente absorvidos põe esta.Os Raios Cósmicos teem um comprimento de onda de 0,00000031 microns e apresentam um movimento ondu-latório semelhante às radiações energéticas.

D - RADIAÇÕES GRAVITICASTodo o corpo animado dum movimento de rotação desen-volve o seu próprio campo electromagnético e, simultane-amente, excita os Quantas da Energia do Vácuo que vão transmitir uma força electrodinâmica de atracção a todos os corpos existentes na sua proximidade, ou seja, uma força gravítica.Laplace, baseando-se na lei de Newton, chegou à conclu-são que a transmissão da gravidade pelos Quantas da Energia do Vácuo era de 7 milhões de vezes mais rápido que a transmissão dos fotões. No entanto, na Teoria da Relatividade, a gravidade é uma deformação do Espaço-Tempo e propaga-se á velocidade da Luz.

3 - RESUMO DAS CARACTERISTICAS DE TRANSMISSÃO DAS DIVERSAS RADIAÇÕES

3.1 - Resumo da velocidade de transmissão das radia-ções e a sua variação em função das suas massasRAIOS ALFA - 15.000 / 25.000 Quilómetros / Segundo MASSA - 66.132 .10 -28 GramasRAIOS BETA - 120.000 / 290.000 Quilómetros / Segundo MASSA - 9. 10 -28 GramasLUZ ( Fotões ) - 299.792,458 Quilómetros / Segundo MASSA - Não possuem

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mistérios do universo

NOTA: Os cientistas consideram que os Raios Gama e Raios X têm a mesma velocidade de emissão que os fotões.

3.2 - resumo das frequencias de transmissão das radiaçõesFrequência de transmissão da Luz Visível: 3.10 14 HertzFrequência de transmissão dos Raios X: 5.10 19 HertzFrequência de transmissão dos Raios Gama: 5.10 22 HertzFrequência de transmissão das Ondas Electromagnéticas: 3.10 12 HertzNa nossa análise não vamos considerar as transmissões dos Raios Alfa, Raios Beta e Raios Cósmicos, em virtude destas radiações possuírem massa, e devido a isso apresentarem velocidades muito inferiores à da transmissão da luz.Igualmente não vamos considerar as transmissões das Ondas Electromagnéticas, em virtude da sua frequência máxima, ser inferior à frequência da transmissão da luz visível.

4 - ENERGIA DE RADIAÇÃO

Em 1905, Albert Einstein sugeriu que a luz era formada por Fotões, e que eles eram transmitidos pela Energia do vácuo (Quantas da Energia do Vácuo) e que a energia desses fotões poderia ser determinada em função da sua frequência de radiação, pela formula seguinte : E = h.fE = Energia em joulesf = Frequência da radiação, em Hertzh = Constante de Planck = 6,626176.10 -34 joules / hertz

Como a transmissão dos Raios Gama e dos Raios X terão que ser obrigatoriamente transmitidos pelos Quantas da Energia do Vácuo, poderemos também utilizar a mesma formula, para determinar a energia de cada uma dessas radiações e as suas respectivas velocidades, pois essas velo-cidades são sempre função da sua energia.

5 - DETERMINAÇÃO DAS ENERGIAS DE RADIAÇÃO DOS FOTÕES, RAIOS GAMA E RAIOS X, EM FUNÇÃO DAS SUAS FREQUENCIAS

5.1 - ENERGIA DOS FOTÕES Frequência da luz visível = 3.10 14 HertzE = 3.10 14 x 6,62620.10 -34 joules

5.2 - ENERGIA DOS RAIOS GAMA Frequência dos raios gama = 5.10 22 Hertz

E = 5.10 22 x 6,62620.10 -34 joules

5.3 - ENERGIA DOS RAIOS X Frequência dos raios x = 5.10 19 Hertz

E = 5.10 19 x 6,6260.10 -34

6 - RELAÇÃO ENTRE AS ENERGIAS DOS RAIOS X E DOS RAIOS GAMA E A ENERGIA DOS FOTÕES

RAIOS X / FOTÕES = 5.10 19

/ 3.10 14 = 1,666.10 5

RAIOS GAMA / FOTÕES = 5.10 22 / 3.10 14 = 1,666.10 8

CONCLUSÕES:Pelos valores acima encontrados, verificamos que os RAIOS X possuem uma energia 166.000 vezes superior à energia dos FOTÕES, pelo que a sua velocidade de transmissão deverá ser proporcional à sua energia. Igualmente verificamos que os RAIOS GAMA possuem uma energia 166.600.000 superior à energia dos FOTÕES, pelo que a sua velocidade de transmissão terá que ser obriga-toriamente superior à velocidade de transmissão da LUz.A confirmação de que os RAIOS GAMA possuem uma velocidade de transmissão superior à dos FOTÕES foi feita pelo telescópio MAGIC (Major Atmospheric Gama-ray Imaging Cherenkov) que verificou que os Raios Gama provenientes da radiação de uma galáxia distante, chega-ram à Terra quatro minutos antes dos fotões, após viaja-rem através do espaço, por aproximadamente 500 Milhões de anos, embora tenham sido emitidos ao mesmo tempo.Esta observação contraria, portanto, a Teoria da Relatividade de Einstein

(1) Nota da redacção Para visualizar este efeito poderá recorrer ao site: http://videos.sapo.pt/rUgWLPse-qchc6L4rC0du

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Resolução de Expropriar

A Resolução de requerer a Declaração de Utilidade Pública de expropriação tomada pela entidade promotora do processo de expropriação, segundo o Artigo 10º do Código de Expropriações deverá ser fundamentada e men-cionar de modo claro:

a) A causa de utilidade pública a prosseguir e a norma habilitante;

b) Os bens a expropriar, os proprietários e demais interes-sados conhecidos;

c) A previsão do montante dos encargos a suportar com a expropriação;

d) O que se encontra previsto em instrumento de gestão territorial para os imó veis a expropriar e para a zona da sua localização.

As parcelas a expropriar deverão ser identificadas através da menção das descrições e inscrições na conservatória do registo predial e das respectivas inscrições matriciais, se não estiverem omissas e por planta parce lar contendo as coorde-nadas dos pontos que definem os limites das áreas a expro-priar, reportadas à rede geodésica e, se houver planta cadas-tral, os limites do prédio, desde que situados a menos de 300 metros dos limites da parcela, em escala corresponden-te à do cadastro geométrico da propriedade ou, na falta deste, em escala não inferior a 1:1000, nas zonas interio res dos perímetros urbanos, ou a 1:2000, nas exteriores.

O Código das Expropriações determina ainda que os proprietários e demais interessados conhecidos, isto é rendeiros, co-proprietários, ocupantes de facto e de direi-to, locatários, etc., sejam iden tificados através do nome, empresa, denominação, residência habitual ou sede.

A previsão dos encargos com a expropriação é realizada, como já foi referido, recorrendo a peritos da lista oficial, de livre escolha da entidade interessada na expropriação e que determinam os encargos previamente, recorrendo a avaliações documentadas e suportadas em Relatórios.

Tratando-se de um acto que se vai reflectir na vida de quem vai ser afectado pela expropriação, esta resolução de expropriar, tem de ser comunicada por notificação ao expropriado e demais interessados cuja morada seja conhecida, mediante carta ou ofício registado com aviso de recepção.

Pretende-se deste modo enquadrar uma série de garantias que visam salvaguardar, quer os interesses do expropriado, quer o interesse da entidade promotora da obra de interes-se ou utilidade pública.

O Código da Expropriações estabelece que o órgão com-petente ao nível da administração local para realizar a Declaração de Utilidade Pública para efeitos de concreti-zação de plano de urbanização ou plano de pormenor eficaz, é a assembleia municipal. A deliberação deste órgão municipal deverá ser tomada pela maioria dos seus mem-bros em efectividade de funções. Esta deliberação é comu-nicada ao membro do Governo responsável pela área da administração local.(1)

Esta atribuição enquadra-se nas competências próprias deste órgão municipal conferidas pelas alíneas a) e b) do nº 3 do Artigo 53º do Regime Jurídico de Funcionamento,

(1) nº 2 do Artigo 14 do Código das Expropriações, aprovado pela Lei nº 168/99, de 18 de Setembro com as alteraçõs intoduzidas pela Lei nº 56/2008, de 4 de Setembro, Diário da Republica, 1ª Série pp.6195.

António Marques *

Expropriações por Utilidade PúblicaProjecto de Expropriações ( II Parte)

expropriações

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dos órgãos dos municípios e das freguesias, consubstan-ciado pelo Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro.(2) A assem-bleia municipal delibera sempre, sob proposta ou pedido de autorização, da câmara municipal.

São, desta forma, dados três importantes passos no processo de obtenção dos solos necessários para a exe-cução da obra pública. O primeiro consiste assim em a entidade promotora requerer a resolução de expropriar e o segundo o de notificar ao expropriado e restantes interessados conhecidos, essa resolução. O terceiro passo consistirá em solicitar de forma fundamentada a Declaração de Utilidade Pública ao membro do gover-no com competências para o acto, promovendo a sua publicação.

Declaração da Utilidade Pública(Fundamentação e Publicação)

O processo, na generalidade dos casos, inicia-se pela reali-zação de informação que fundamenta e justifica a Declaração da Utilidade Pública e onde se solicita a sua publicação.

Nesta fase já foi comunicada aos interessados a resolução de expropriar e igualmente se procedeu à delimitação no terreno da poligonal de expropriação, com recurso à topo-grafia. Relembramos que esta delimitação faz-se através da colocação de estacas, identificadas pelo número do vértice respectivo.

De acordo com o Artigo 12º do Código das Expropriações o requerimento da Declaração de Utilidade Pública é reme tido, ao membro do Governo competente, devendo ser instruída com os seguintes documentos:(3)

a) Cópia da resolução de requerer a Declaração de Utilidade Pública, resolução de expropriar e da respec-tiva documentação;

(2) Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 67/2007, de 31 de Dezembro.

(3) Código das Expropriações, aprovado pela Lei nº 168/99, de 18 de Setembro com as alteraçõs intoduzidas pela Lei nº 56/2008, de 4 de Setembro, Diário da Republica, 1ª Série pp.6194.

b) Indicação da dotação orçamental e entidade que supor-tará os encargos com a expropriação e da respectiva cativação, ou caução correspondente;

c) Programa de Trabalhos elaborado pela entidade expro-priante e no caso de urgência, bem como a fundamen-tação da mesma.

Para o caso dos Projectos que não se encontrem abrangi-dos pelo nº 2 do Artigo 1º do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro(4), não é necessário o estudo de Impacte Ambiental. Nos restantes casos é obrigatório a junção deste documento.

Encontra-se igualmente previsto que, a entidade requerida, pode determinar que o requerente junte outros documen-tos ou, que preste, os esclarecimentos que entenda neces-sários, quer relativos à urgência da expropriação, quer sobre a Declaração de Utilidade Pública.

É pois de acordo com o Artigo 13º do Código das Expropriações, que a Declaração de Utilidade Pública deve ser devidamente fundamentada obedecendo aos demais requisitos fixados no mesmo e demais legislação aplicável, independentemente da forma de que se revista.

Por outro lado estipula-se ainda que a declaração resultan-te genericamente da lei ou de regula mento, deve ser con-cretizada em acto administrativo que individua lize os bens a expropriar, valendo esse acto como Declaração de Utilidade Pública.

Ora sendo um acto administrativo, a Declaração de Utilidade Pública caduca se não for promovida a consti-tuição da arbitragem no prazo de um ano ou se o proces-so de expropriação não for reme tido ao Tribunal compe-tente no prazo de 18 meses. Em ambos os casos a conta-gem será referenciada à data da publicação da Declaração de Utilidade Pública. No entanto, para ser eficaz, a decla-ração de caducidade deve ser requerida por um expro-priado ou, por qualquer outro interessado, ao Tribunal competente para decidir do recurso. A decisão que for proferida é notificada a todos os interessados.

(4) Aprova o regime jurídico da avaliação de Impacte Ambiental, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 85/337/CEE, com as alterações introduzidas pela Directiva n.º 97/11/CE, do Conselho, de 3 de Março de 1997.

expropriações

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A Declaração de Utilidade Pública caducada pode ser reno vada em casos devidamente fundamentados e no prazo máximo de um ano, a contar do termo dos prazos fixados ou seja no caso em que a constituição da arbitra-gem, não ocorra no prazo de um ano ou, no caso, do processo de expropriação não ter sido reme tido ao Tribunal competente no prazo de 18 meses.(5)

A renovação da Declaração de Utilidade Pública, deve ser notificada aos expropriados. Tratando-se de obra contí-nua, a caducidade não pode ser invocada depois de aquela ter sido iniciada em qualquer local salvo, se os traba lhos forem suspensos ou estiverem interrompidos por prazo superior a três anos.

É de realçar que a atribuição do carácter de urgência, à expropriação é sempre fundamentada e confere de imedia-to à entidade expropriante a possibilidade de realizar a Posse Administrativa dos bens expropriados, independen-temente do tempo e das circunstâncias em que esta entidade reúna as condições para o pagamento das indem-nizações devidas. Processos com acordos amigáveis, os proprietários e restantes interessados, vêem-se mais rapi-damente ressarcidos. Situações litigiosas, são obviamente mais prolongadas no tempo e empurrando o pagamento das indemnizações para tempo indeterminado.

De acordo com o Artigo 17º do Código das Expropriações, o acto de declarar a utilidade pública e a sua renovação, são sempre publicitados por publicação em forma de extracto, na 2ª Série do Diário da República e com notifi-cação aos expropriados e aos demais interessados conheci-dos, por carta ou ofício, registado e com aviso de recep-ção. Este acto deverá ser averbado no registo predial dos prédios alvo de expropriação

Salienta-se ainda que, se os expropriado ou demais inte-ressados forem desconheci dos, deverá ser realizado edital, fixando-o nos locais de estilo do município do lugar da situação do bem ou da sua maior extensão e, nas freguesias onde se localize. Esta publicidade deverá ser completada com a publicação em dois números seguidos de dois jor-

(5) nº 3 a 6 do Artigo 13º do Código das Expropriações, aprova-do pela Lei nº 168/99, de 18 de Setembro com as alteraçõs intoduzidas pela Lei nº 56/2008, de 4 de Setembro, Diário da Republica, 1ª Série pp.6195.

nais mais lidos na região, sendo um destes, obrigatoria-mente, de âmbito nacional.(6)

A publicação da Declaração de Utilidade Pública deve identi ficar sucintamente os bens sujeitos a expropriação, com referência à descrição predial e à inscrição matricial, mencionando os direitos, os ónus ou encargos que sobre eles incidem, os nomes dos respectivos titulares e indicar o fim da expropriação.

A Declaração de Utilidade Pública é também publicitada pela entidade expropriante mediante aviso afixado na entrada principal do prédio, quando exista.

Notificação aos interessados

Obtida e publicada a Declaração de Utilidade Pública para os prédios alvo de expropriação é necessário comuni-ca-la, por notificação aos expropriados e demais interessa-dos, cuja morada seja conhecida, mediante envio de ofício em correio registado com aviso de recepção.

Estamos pois, na fase crucial do processo expropriativo onde, não só, já foi tomada a Resolução de Expropriar mas, igualmente, já se obteve quer a Declaração de Utilidade Pública e assim o carácter de urgência desse acto, carácter esse que, permite ao promotor da obra, empreendimento de utilidade pública, realizar a Posse Administrativa do bem, isto é do terreno, parcela ou edi-fício necessário para realização da obra.

Como consequência da atribuição do carácter urgente à expropriação, a entidade expropriante solicita directamen-te ao Presidente da Relação do Distrito Judicial do lugar da localização do bem ou da sua maior extensão, a indica-ção de um perito da lista ofi cial para a realização da “Vistoria ad perpetuam rei memoriam”.(7)

Esta vistoria tem como objectivo, a realização de um documento que se pretende fidedigno da situação do ter-reno ou parcela, anterior à tomada de Posse Administrativa,

(6) Idem, pp. 6196.

(7) Nº 8, Artigo 20º, do Código das Expropriações, aprovado pela Lei nº 168/99, de 18 de Setembro com as alteraçõs intodu-zidas pela Lei nº 56/2008, de 4 de Setembro, Diário da Republica, 1ª Série, pp.6196.

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um documento escrito, independente das partes, expro-priante/expropriado. É assim, como um último retrato da situação real, um pouco antes do bem passar para a utili-zação da entidade expropriante.

Sempre que tal se justifique pela extensão ou número de prédios a expropriar, pode ser solicitada, ao Tribunal da Relação do Distrito Judicial, a indicação de dois ou mais peritos. Embora a indicação dos peritos seja da competên-cia do Tribunal, já o seu pagamento, o pagamento das despesas com a vistoria é da responsabilidade da entidade que promove a expropriação.

A notificação aos expropriados e restantes interessados da execução deste acto, como se compreende, um passo fun-damental do processo de expropriações, já que a partir destas notificações, os expropriados e restantes interessa-dos, consideram-se informados, quer do carácter de urgência da expropriação, quer da Declaração de Utilidade Pública, assegurando-se a salvaguarda dos direitos dos expropriados.

Vistorias e peritos Nomeações e notificações

De acordo com o Artigo 21º do Código das Expropriações(8) e recebida a comunicação do perito nomeado, cabe à enti-dade expropriante marcar a data, a hora e o local do início da “Vistoria ad perpetuam rei memoriam”,(9) notificando de tal facto o perito, os inte ressados conhecidos e o cura-dor provisório, por carta ou ofício registado com aviso de recepção. Esta notificação deverá ser realizada de modo a ser recebido com a antecedência mínima de cinco dias úteis e no qual indicará, ainda, se a expropriação é total ou parcial.(10)

A comunicação ao perito será acompanhada dos esclareci-mentos convenientes e de cópia dos seguintes elementos;

a) A causa de utilidade pública a prosseguir e a norma habilitante;

b) Os bens a expropriar,

(8) Idem, pp. 6196.

(9) Idem, Artigo 21º, pp. 6197.

(10) Idem, nº1 do Artigo 21º, pp. 6197.

c) Os proprietários e demais interessados conhecidos;d) O previsto em instrumento de gestão territorial para os

imó veis a expropriar e para a zona da sua localização.

Sempre que possível a notificação ao peritos deverá conter a indicação da descrição predial e da inscrição matricial dos prédios.

Os interessados, o curador provisório e a entidade expro-priante podem comparecer à vistoria e formular por escri-to os que sitos que tiverem por pertinentes, de forma a salvaguardar o seu entendimento sobre as matérias em discussão. Estes quesitos serão respondidos pelo perito no seu relatório.

Deste modo estabelecem-se alguns princípios que balizam a troca de argumentos entre o expropriado e restantes interessados e a entidade expropriante durante a realização da “Vistoria ad perpetuam rei memoriam”.

Relatório de VistoriaConhecimento ao interessado (Reclamação – Resposta)

No dia e hora marcado para a realização de “Vistoria ad perpetuam rei memoriam”, o perito inicia o seu trabalho verificando a localização da parcela alvo de expropriação e das suas condicionantes. Verifica os limites da expropria-ção confrontando, a Planta Parcelar com as estacas azuis que limitam o polígono da expropriação e faz as fotogra-fias que achar convenientes para ilustrar o seu relatório. O proprietário e restantes interessados conhecidos podem entregar ao perito as questões e, ou, as apreensões que a situação do seu terreno, ao ser alvo de expropriação, lhes levanta. Essas questões tomam assim a forma de quesitos. Os quesitos são sempre alvo de tratamento detalhado por parte do perito, no seu Relatório de “Vistoria ad perpetu-am rei memoriam”.

De um modo geral, o auto de “Vistoria ad perpetuam rei memoriam” deverá conter:

a) Descrição pormenorizada do local, referindo, designada mente, as construções existentes, as carac-terísticas destas, a época da edificação, o estado de conservação e sempre que possível, as áreas totais construídas;

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b) Menção expressa de todos os elementos susceptíveis de influenciarem na avaliação do bem vistoriado, nos ter-mos do Código das Expropriação nomeadamente dos Artigos 23º - Justa indemnização; Artigo 24º - Cálculo do montante da indemnização; Artigo 25º - Classificação dos solos; Artigo 26º - Cálculo do valor do solo apto para construção; Artigo 27 º Cálculo do valor do solo para outros fins; Artigo 28 º - Cálculo do valor de edifí-cios ou construções e das respectivas áreas de implanta-ção e logradouros; Artigo 29º - Cálculo do valor das expropriações parciais; Artigo 30º - Indemnização res-peitante ao arrendamento; Artigo 30º - Indemnização pela interrupção da actividade comercial, industrial, libe-ral ou agrícola e Artigo 32º Indemnização pela expro-priação de direitos diversos da propriedade plena.

c) Plantas, fotografias ou outro suporte de captação da imagem do bem expropriado e da área envolvente;

d) Os elementos remetidos ao perito;e) As respostas aos quesitos formulados pelos interessa-

dos, pelo curador provisório ou pela entidade expro-priante.

O perito dispõe de 15 dias ulteriores à realização da “Vistoria ad perpetuam rei memoriam” para entregar à entidade expropriante o res pectivo relatório.(11) Em casos devidamente justificados, designadamente pelo número de vistorias, pela dimensão das parcelas ou pela complexibi-lidade das situações encontradas no terreno, o prazo pode ser prorrogado até 30 dias pela entidade expropriante, a requeri mento do perito.(12)

Após receber o relatório, a entidade expropriante, deve, no prazo de cinco dias,(13) notificar o expropriado e os demais interessados, por carta registada com aviso de recepção, remetendo-lhes cópia do mesmo e dos respectivos anexos. A partir da recepção da “Vistoria ad perpetuam rei memoriam”, o expropriado e demais interessados, dis-põem de cinco dias para, querendo, apresentarem reclama-ção contra o seu conteúdo. As reclamações deverão recair sobre aspectos não correctamente contabilizados ou não descritos de modo a salvaguardar o entendimento da rea-lidade da parcela ou do bem.

(11) Idem, nº 5 Artigo 21º, pp. 6197.

(12) Idem nº 6 Artigo 21º, pp. 6197

(13) Idem nº7 Artigo 21º, pp. 6197.

Havendo reclamação, isto é se o expropriado e demais interessados tiverem exercido esse direito, o perito deve pronunciar-se no prazo de cinco dias, em relatório com-plementar.

Se, por outro lado, decorrido o prazo de reclamação, sem que esta seja apre sentada, ou recebido o relatório comple-mentar do perito, a entidade expropriante poderá utilizar o prédio para os fins da expropriação. Com a finalidade de utilizar o bem, deverá lavrar o Auto de Posse Administrativa.

Estamos, de uma forma abstracta a referirmo-nos a terre-nos ou parcelas livres e que se podem “ocupar” ou melhor realizar, a Posse Administrativa com relativa facilidade. No caso de existirem habitações, isto é imóveis habitados, a situação tem contornos um pouco diferentes e será for-çosamente um pouco mais demorada a ocupação. Haverá que garantir a nova residência aos expropriados, locatários e restantes interessados quer através da disponibilização de uma nova habitação, quer através de um realojamento, quer ainda através do pagamento imediato de uma quantia para que o interessado possa resolver a seu problema de habitação.

Desta forma encerramos um importante passo do proces-so de expropriações já que a “Vistoria ad perpetuam rei memoriam”, realizada por perito nomeado pelo Presidente do Tribunal da Relação do Distrito Judicial, faz fé como entidade independente e insuspeita, do que na realidade existe e à data, na parcela ou prédio, abrindo as portas à Posse Administrativa do bem por parte da entidade expro-priante.

Posse AdministrativaFormalismo de elaboração do Auto de Posse

A tomada de Posse Administrativa vai proporcionar à entidade expropriante a possibilidade de realizar a obra utilizando o bem, parcela de terreno ou prédio. Estamos, ainda longe da transmissão do bem, isto é da transmissão do direito de posse do bem ou de propriedade. A parcela encontra-se assim “ocupada” ou afecta ao fim que se pro-põe na Declaração de Utilidade Pública através da tomada de Posse Administrativa e a entidade expropriante pode realizar a obra mas, ainda, se está longe da posse efectiva

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consubstanciada por acordo ou por decisão judicial, com registo matricial e predial, com o uso e a afectação previs-ta na expropriação.Portanto, se a entidade expropriante for pessoa colectiva de direito público, empresa pública, nacionalizada, concessioná-ria do ser viço público ou de obras públicas, pode ser autori-zada, pela entidade competente para declarar a Utilidade Pública da expropriação e tomar Posse Administrativa dos bens a expropriar, desde que os tra balhos necessários à execu-ção do projecto de obras aprovado sejam urgentes e aquela providência se torne indispensável para o seu iní cio imediato ou para a sua prossecução ininterrupta.

A autorização de Posse Administrativa deve mencionar expressa e claramente os motivos que a fundamentam e o prazo pre visto para o início das obras na parcela expro-priada, de acordo com o programa dos trabalhos elabora-do pela entidade expropriante.

No entanto, se as obras não tiverem início dentro do prazo estabelecido, salvo motivo justificado, nomeada-mente por atraso não imputável à entidade expropriante, o expro priado e os demais interessados têm o direito de serem indemniza dos pelos prejuízos que não foram consi-derados na fixação da justa indemnização.

O Código das Expropriações no seu Artigo 20º traça quais as condições cumulativas de efectivação da Posse Administrativa.(14) Assim, a investidura administrativa na posse dos bens, não pode tornar-se efectiva sem que pre-viamente tenham ocorrido uma série de actos designada-mente;a) Tenham sido notificados os actos de declaração de utili-

dade pública e de autorização da Posse Administrativa, isto é tenha sido cumprido o disposto no Artigo 17º;(15)

b) O depósito da quantia prevista como encargos com a expropriação em instituição bancária do lugar do domi-cílio ou sede da entidade expropriante, à ordem do expropriado e dos demais interessados, se aquele a estes forem conhecidos e não houver dúvidas sobre a titulari-dade dos direitos afectados de acordo com o que deter-mina o nº 4 do Artigo 10º, tenha sido efectuado;(16)

(14) Idem, Artigo 20º, pp. 6196.

(15) Idem, pp. 6195.

(16) Idem, pp. 6194.

c) Tenha sido realizada “Vistoria ad perpetuam rei memo-riam” destinada a fixar os elementos de facto susceptí-veis de desaparecerem e cujo conhecimento seja de interesse ao julgamento do pro cesso realizada de acordo com o Artigo 21º;(17)

Se estas três condições estiverem satisfeitas dever-se-á notificar o expropriado e restantes interessados conheci-dos que se vai proceder ao acto de Posse Administrativa do bem, devendo a notificação conter o local, o dia e a hora do acto de transmissão da posse.

Obviamente que embora seja um acto administrativo, o acto de transmissão de posse, não é só e unicamente um formalismo, mas sim, algo, por vezes, com alguma carga afectiva e emotiva e que deverá, na nossa opinião, ser rea-lizado no local do prédio, parcela ou lanço expropriado.

Estamos assim em presença de um acto enquadrado em regras rígidas e formais que visam proteger, quer os inte-resses da entidade expropriante quer, acima de tudo, os direitos dos expropriados e restantes interessados.O Auto de Posse Administrativa deverá ser realizado por um representante legalmente habilitado através de procu-ração da entidade expropriante para estes actos, fazendo-se acompanhar por duas testemunhas. À data e hora estabelecida e com ou sem a presença do expropriado e demais interessados conhecidos, é lido o texto que con-substancia o Auto de Posse Administrativa sendo assinado o mesmo pelo representante da entidade expropriante e restantes testemunhas. Na ocasião são convidados a assi-nar este documento, caso estejam presentes, os expropria-dos e demais interessados conhecidos. A assinatura do expropriado e demais interessados conhecidos não repre-senta absolutamente nenhum acordo ou aceitação do valor estipulado para a expropriação mas, somente, assinalar a sua presença no acto.

O Auto de Posse Administrativa deve conter os seguintes elementos:

a) Identificação do expropriado e dos demais interessados conhecidos ou menção expressa de que são desconheci-dos;

(17) Idem, pp.6196.

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b) Identificação do Diário da República onde tiver sido publicada a declaração de utilidade pública e de urgên-cia da expro priação ou o despacho que autorizou a posse administrativa;

c) Indicação da data e demais circunstâncias susceptíveis de identificarem o relatório da vistoria, que dele consta-rá em anexo;

Na impossibilidade de identificação do prédio através da inscrição matricial ou da descrição predial, o Auto de Posse Administrativa deve referir a composição, confron-tações e demais elementos que possam contribuir para a identificação física do terreno onde se encontra o bem expropriado.

O Código das Expropriações estabelece ainda que no prazo de cinco dias, a entidade expropriante deverá reme-ter, por carta registada com aviso de recepção, ao expro-priado e aos demais interessados conhecidos cópias do Auto de Posse Administrativa.(18)

A entidade expropriante está, desde esse momento, pelo menos de modo documental, na posse do bem, parcela de terreno expropriado e pode realizar a obra, materializando o fim em vista do objecto da expropriação.

Expropriação amigável – Tentativa de acordo - AcordoRealização de Auto de Expropriação – Escritura – Registos

Antes de promover a constituição da arbitragem, a entida-de expropriante procura chegar a um acordo com o expro-priado e os demais interessados de acordo com o estipula-do nos Artigos 34º; Artigo 35º; Artigo 36º; Artigo 37º e Artigo 38º do Código das Expropriações.(19)

O acordo entre a entidade expropriante e expropriado e restantes interessados encontra-se claramente enquadrado na lei podendo as partes negociar e chegar a um valor que ambos considerem, provavelmente, não suficientemente justo, mas aceitável por ambos os intervenientes.

(18) Idem, nº 3 do Artigo 22º, pp. 6197.

(19) Idem, pp. 6200 – 6201.

É evidente que o coordenador da execução do Projecto de Expropriações tem inequívocas limitações à conclusão de um acordo fora do valor proposto e aprovado para a indemnização de determinado bem ou parcela de terreno e, qualquer alteração a esse valor, tem que ser devidamente informada, através de proposta a realizar ao órgão compe-tente para autorizar a despesa e o aumento da mesma.

Podem e de acordo com o Artigo 34º do Código das Expropriações, nas expropriações amigáveis, constituir objecto de acordo entre a entidade expropriante e expro-priado ou demais inte ressados a seguintes situações:

a) O montante da indemnização;b) O pagamento de indemnização ou de parte dela em

presta ções, os juros respectivos e o prazo de pagamento destes;

c) O modo de satisfazer as prestações;d) A indemnização através da cedência de bens ou direitos

nos termos dos artigos 67º o e 69 ° do Código das Expropriações;

e) A expropriação total;f) Condições acessórias.

Para despoletar a possibilitar de um acordo amigável ou a expropriação amigável, a entidade expropriante, no prazo de 15 dias após a Publicação da Declaração de Uti lidade Pública, através de carta ou ofício registado com aviso de recepção, dirige a proposta do montante indemnizatório ao expropriado e aos demais interessados cujos endereços sejam conhecidos, bem como ao curador provisório.

Por economia processual e de gastos desnecessários, é usual utilizar o ofício ou a notificação da obtenção e Publicação da Declaração de Utilidade Pública, para fazer chegar o valor indemnizatório proposto no Projecto de Expropriações e aprovado pela entidade expropriante, ao expropriado e aos demais interessados cujos endereços sejam conhecidos, bem como ao curador provisório.

O expropriado e demais interessados irão dispor de um de prazo de 15 dias para responder, podendo fundamentar a sua contraproposta em valor constante de relatório elabo-rado por perito da sua escolha.

Normalmente, as contrapropostas, algumas delas baseadas em relatório elaborado por perito, perito que pode não ser

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da lista oficial, ultrapassam em larga percentagem os valo-res propostos e aprovados no Projecto de Expropriações. Nestes casos e na impossibilidade de um acordo próximo do valor indemnizatório, a entidade expropriante, e já que não existe qualquer interesse em relação à contraproposta, promove a constituição e funcionamento da arbitragem.

Coexistem dois tipos de acordo. Um primeiro acordo mate-rializado pela anuência do expropriado e dos demais inte-ressados cujos endereços sejam conhecidos, ao valor indem-nizatório proposto no Projecto de Expropriações e aprova-do pela entidade expropriante e um segundo acordo baseado na contraproposta realizada pelo expropriado e dos demais interessados e aceite pela entidade expropriante.

Ora a existência deste segundo tipo de acordo, baseado na apresentação da contraproposta do expropriado e dos demais interessados e se ela estiver compreendida dentro de parâmetros aceitáveis pela entidade expropriante, só pode tornar-se efectivo quando seja realizada uma propos-ta ao órgão competente, que justifique a sua aceitação e que autorize o acréscimo na despesa com a expropriação. Para todos os efeitos, trata-se de uma alteração aos valores indemnizatórios propostos no Projecto de Expropriações e aprovados pelo órgão competente.

Aceite e aprovada a contraproposta realizada pelo expropria-do, a formalização do acordo pode ser realizada por escritura ou auto. Existem situações onde a figura do contrato entre as partes pode constituir-se como um passo intermédio até à realização do Auto de Expropriação Amigável.

O acordo entre a entidade expropriante e os demais interes sados deve ser realizado com o recurso a um de dois tipos de documentos:

a) De escritura de expropriação amigável, se a entidade expro priante tiver notário privativo;

b) De auto de expropriação amigável, a celebrar perante o notário privativo do município do lugar da situação do bem expropriado ou da sua maior extensão, ou, sendo a entidade expropriante do sector público administrativo, perante fun cionário designado para o efeito.

Claro que o recurso ao notário público, pode igualmente ser um caminho, conferindo o Código das Expropriações prioridade sobre o restante serviço notarial.

O Auto de Expropriação Amigável ou a escritura, que tenha por objecto parte de um prédio, qualquer que seja a sua área, constitui título bastante para efeitos da sua desa-nexação, primeiro junto do serviço de finanças de modo actualizar a matriz e, posteriormente, para realizar o acer-to na descrição da Conservatória do Registo Predial

Relativamente ao formalismo e ao conteúdo da escritura ou do auto deverá observar-se que estes documentos deve-rão ser lavrados dentro dos oito dias sub sequentes àquele em que o acordo estabelecido, for comunicado pela enti-dade expropriante, ao notário ou funcionário designado em conformidade com o disposto no Código do Notariado.

Se há prazo quase impossível de cumprir este é um bom exemplo uma vez que existem formalismos a ter em conta para a realização da escritura ou auto, para além de outras condicionantes, designadamente, as relativas aos prazos das certidões assim como, à diversa documentação pessoal dos expropriados e restantes interessados que têm que estar dentro da validade estipulada para os mesmos.

De qualquer modo do Auto de Expropriação ou escritura deverão ainda constar:

a) A indemnização acordada e a forma de pagamento;b) A data e o número do Diário da República em que foi

publicada a Declaração de Utilidade Pública da expro-priação;

c) O extracto da planta parcelar;

A indemnização acordada pode ser atribuída a cada um dos interessados, na proporção, ou fixada globalmente. Se não houver acordo entre os interessados sobre a partilha da indemnização global que tiver sido acordada, é esta entregue àquele que por todos for designado ou consigna-da em depósito no lugar do domicílio da entidade expro-priante, à ordem do Juiz de Direito da comarca do lugar da situação dos bens ou da maior exten são deles, efectu-ando-se a partilha nos termos do Código de Pro cesso Civil.

Do Auto de Expropriação ou da escritura de expropriação amigável, a entidade expropriante, deve facultar cópia autenticada ao expropriado e aos demais interessados, desde que solicitada.

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Realizado o Auto de Expropriação ou a escritura de expropriação amigável que confere à entidade promotora da expropriação a posse real do bem, isto é da parcela de terreno, deverá esta promover o registo a seu favor na Conservatória do Registo Predial respectiva.

Nesta fase, a entidade expropriante deverá, de imediato, proceder à rectificação do prédio alvo de expropriação, realizando a demarcação da parcela expropriada de acordo com as instruções técnicas de demarcação constantes do Despacho nº 63/MPAT/95, de 21 de Julho.(20)

O passo seguinte consistirá em solicitar, a requerimento, a rectificação do prédio na matriz predial rústica, para o caso de prédios rústicos, junto da Repartição de Finanças da localização da parcela.

Desse requerimento deverá constar a identificação correc-ta da parcela expropriada designadamente o nº artigo da matriz predial rústica, a freguesia, área inicial, área final, o motivo que origina a rectificação, confrontações da parce-la expropriada e o local e data da realização do auto de expropriação.

Este requerimento deverá ainda ser acompanhado das seguintes peças;

a) Fotocópia parcial do Diário da República contende a Declaração de Utilidade Pública;

b) Fotocópia da certidão matricial;c) Planta parcelar à escala 1/1000 ou 1/2000;d) Fotocópia do auto de expropriação amigável.

Promoção da ArbitragemNomeação de Árbitros, notificação do funcionamento da arbitragem, quesitos

Não existindo acordo relativamente ao montante da indemnização proposto, compete à entidade expropriante, ainda que, eventualmente, seja de di reito privado, promo-ver, perante si, a constituição e o funciona mento da arbi-tragem.

(20) Instituto Geográfico Português, Instruções técnicas para a demarcação de prédios, Despacho n.º 63/MPAT/95 de 21 de Julho.

O processo inicia-se com a solicitação pela enti dade expropriante da designação dos árbitros ao Presidente do Tribunal da Relação. De acordo com a Lei, o despacho de designação dos árbitros deverá ser proferido no prazo de cinco dias.(21)

Os árbitros são escolhidos de entre os peritos da lista oficial, indicando o Presidente do Tribunal da Relação, o que pre sidirá. Na arbitragem intervêm três árbitros desig-nados pelo presi dente do Tribunal da Relação da localiza-ção dos prédios ou da sua maior extensão.

Caso seja previsível a necessidade mais de um grupo de árbitros, em virtude da extensão e do número de bens a expropriar e um único grupo de árbitros se mostre, mani-festamente insuficiente, para assegurar o normal anda-mento de todos os processos, deve a entidade exproprian-te solicitar a nomeação de vário grupos de árbitros. Esta competência, nomear mais de um grupo de árbitros, per-tence ao Presidente do Tribunal da Relação da situação dos bens a expropriar que decide mediante proposta fun-damentada da enti dade expropriante.

Por outro lado, se os peritos da lista oficial forem insufi-cientes para a cons tituição do conveniente número de grupos de árbitros, o Presidente do Tribunal da Relação recorre a peritos incluídos nas listas de outros distritos, com preferência, quando possível, para os das listas dos distritos contíguos.

A distribuição dos processos pelos grupos de árbitros consta do despacho de designação e respeita a sequência geográfica das parcelas, que a entidade expropriante deve indicar no seu pedido.

Ao promover-se a constituição e funcionamento da arbi-tragem, a condução do processo expropriativo por parte da entidade expropriante, começa a deslocar-se, para a competência do Juiz de Direito da comarca do local da situação do bem ou da sua maior extensão.

No prazo de 10 dias a contar da recepção da designação dos grupos de árbitros pelo presidente do Tribunal da Relação da situação dos bens a expropriar, a entidade

(21) nº 3 do Artigo 45º, pp. 6202.

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expropriante notifica a comunicação da designação dos árbitros:

a) Por carta ou ofício registado, com aviso de recepção, diri gido aos interessados de que se conheça a respectiva resi dência e ao curador provisório;

b) Por edital, com dilação de oito dias, a afixar na entrada principal do edifício da câmara municipal do concelho onde se situam os prédios ou a sua maior extensão, relati vamente aos interessados não abrangidos pela alí-nea ante rior e àqueles que não for possível notificar nos termos nela prescritos;

c) Aos árbitros, devendo a comunicação dirigida ao respectivo presidente ser acompanhada do processo de expropriação ou de cópia deste e, sempre que possível, de indicação da descrição predial e da inscrição matricial do prédio.

Na notificação e nos editais dá-se conhecimento ao expro-priado e aos demais interes sados da faculdade de apresen-tação de quesitos nos termos do Código das Expropriações.

Assim e no prazo de 15 dias a contar da notificação podem as partes apresentar ao árbitro presidente, em qua-druplicado, os quesitos que entendam pertinentes para a fixação do valor dos bens objecto da expropriação.(22)

A arbitragem é pois e após a manifesta incapacidade de que, quer do expropriado e restantes interessados, quer da entidade expropriante, de chegarem a um acordo, o pri-meiro passo para balizar a resolução do problema e a atribuição de um valor arbitrado que traduza a discutível justa indemnização.

Acórdão de Arbitragem

Normalmente os laudos ou acórdão arbitral são constitu-ídos do seguinte modo:

a) Acórdão, assinado por todos os árbitros b) Relatório de Arbitragem

O Relatório de Arbitragem é um documento onde os árbitros têm em atenção quer as razões da entidade expro-

(22) Idem, Artigo 48º, pp. 6203.

priante, quer as do expropriado quer ainda outras situa-ções pertinentes e de interesse para a resolução do litígio. Não existem parâmetros e regras fixas para a realização do Relatório de Arbitragem e este é normalmente composto dos seguintes itens:

1) Introdução;2) Identificação do prédio donde é desanexada a parcela;3) Identificação e Descrição da Parcela; 3.1) Confrontações da Parcela; 3.2) Benfeitorias; 4) Infra-estruturas Urbanísticas;5) Localização e enquadramento;6) Avaliação; 6.1) Legislação aplicável; 6.2) Critérios de avaliação; 6.3) Valor do terreno da Parcela a Expropriar; 7) Benfeitorias;8) Desvalorização das parcelas sobrantes;9) Total das indemnizações;

Em anexo ao Relatório da Arbitragem:

1) Respostas aos quesitos apresentados;2) Carta dos expropriados ao Presidente do grupo de

árbitros para apresentação de quesitos;3) Auto de “Vistoria ad perpetuam rei memoriam”4) Outros (documentos de interesse relevante para a atri-

buição da indemnização)

O acórdão dos árbitros é proferido em conferência, ser-vindo de relator o Presidente.Este acórdão, devidamente fundamentado, terá por base a maioria dos árbitros. Não se obtendo uma decisão arbitral por unanimidade, a maioria é a média aritmética dos laudos que mais se aproximarem ou, o laudo intermédio, se as diferenças entre ele e cada um dos restantes forem iguais.(23)

Os laudos são anexados junto ao acórdão dos árbitros, devendo ser devidamente justificados e contendo as res-postas aos quesitos. igualmente farão referência a todas as componentes que serviram de base e de enquadramento, ao cálculo da indemni zação proposta, bem como a justifi-cação dos critérios de cálculo adoptados.

(23) Idem, nº 1e 2 do Artigo 49º, pp.6203.

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A decisão dos árbitros é entregue à entidade expropriante no prazo máximo de 30 dias a contar da recepção da comunicação da constituição e funcionamento da arbitra-gem ou da apresentação dos quesitos.

Em casos devidamente justificados, designadamente devi-do ao número de arbitragens, o prazo pode ser prorrogado até 60 dias, a requerimento de qualquer dos árbitros e dirigido à entidade expropriante.

O valor encontrado pelos árbitros e vertido no Relatório pode ser de valor superior, ou inferior, ao valor aprovado pelo órgão competente da entidade expropriante e pro-posto ao expropriado.

Depósito de valores arbitrados

Como já foi referido, os árbitros remetem o Acordo arbi-tral e o respectivo Relatório à entidade expropriante que, após os receber, deve proceder ao depósito dos valores arbitrados à ordem do Juiz do Tribunal respectivo.

O procedimento a realizar é específico de cada entidade pública ou privada investida de poderes públicos. No entanto, terá sempre de existir uma informação, onde se referência a necessidade dos serviços competentes da enti-dade expropriante, proceder ao depósito dos valores arbi-trados de acordo com o Código das Expropriações.(24) Encontra-se imposto que, a entidade expropriante tem 30 dias após ter recebido a decisão ou acórdão arbitral de o remeter, conjuntamente com as restantes peças processu-ais, ao Tribunal competente.(25)

Este depósito, pode, em certos casos, completar o valor já depositado e correspondendo ao valor da avaliação reali-zada em sede de Projecto de Expropriações e aprovado pelo órgão competente da entidade expropriante ou pode mesmo ser, o valor total da decisão arbitral. Se este depó-sito não for realizado dentro do prazo estabelecido, os expropriados e demais interessados têm direito de ser indemnizados pelos atrasos imputáveis à entidade expro-priante no andamento do procedimento ou do processo expropriativo.

(24) Idem, nº 1 Artigo 51º, pp.6203.

(25) Idem.

Produzida a informação ao órgão competente para proce-der ao depósito dos valores arbitrados, ela é normalmente acompanhada dos seguintes documentos:

a) Guias de depósito;b) Termos de responsabilidade;c) Folha de rosto dos acórdãos;d) Acórdãos arbitrais;

Realizados estes actos iniciar-se-ão os procedimentos com o objectivo da remessa do processo ao Tribunal da comar-ca competente.

Remessa do Processo a TribunalRecursos – Decisão

Como foi referido no ponto anterior, a entidade expro-priante deve remeter o processo de expropriação ao Tribunal da comarca do bem expropriado ou da sua maior extensão no prazo de 30 dias, a contar da data do recebi-mento da decisão arbitral.O processo deve ser acompanhado dos seguintes elemen-tos:a) Certidões actualizadas das des crições e das inscrições

em vigor dos prédios na conservatória do re gisto pre-dial competente;

b) Certidões das inscrições matriciais, ou de que os mes-mos estão omissos;

c) Da guia de depósito à ordem do Tribunal do montante arbitrado ou, se for o caso, da parte em que este exceda a quantia depositada.

O processo a ser remetido a Tribunal é normalmente cons-tituído pelos seguintes elementos:

1) Declaração de Utilidade Pública;2) Plantas Parcelares;3) Certidão matricial;4) Certidão predial;5) Escritura (caso os prédio não estejam inscritos);6) Notificação da DUP;7) Pedido de nomeação do perito para a vistoria;8) Oficio/perito para “vistoria ad perpetuam rei memo-

riam”;9) Notificação de Vistoria;10) Notificação de Posse Administrativa;11) Auto de Posse Administrativa;

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12) Notificação Auto de Posse Administrativa;13) Pedido de nomeação de árbitros;14) Oficio de nomeação de árbitros;15) Notificação da designação de árbitros;16) Acórdão arbitral;17) Guias de depósito;

Normalmente são remetidas 3 ou 4 cópias do processo e mais uma cópia por cada interessado.

Se não forem respeitados os prazos fixados, a entidade expropriante irá, por ordem do Tribunal, depositar tam-bém, os juros moratórios correspondentes ao período de atraso calculados nos termos do Código de Expropriações.(26)

É igualmente enquadrado pelo Código das Expropriações que se o processo não for remetido ao Tribunal dentro dos prazos estabelecidos este, pode determinar, mediante requerimento de qualquer interessado, a notifi cação da entidade expropriante para que esta remeta o processo, no prazo de 10 dias. Esta remessa deverá ser acompanhada da guia de depósito. Se o procedimento não for realizado o Tribunal, pode avocar o processo.(27)

Estão, deste modo, criados uma série de mecanismos e procedimentos que garantem que após a Posse Administrativa, a entidade interessada na expropriação realize os actos administrativos e processuais de modo a garantir, por um lado, a efectiva posse do bem expropriado e, por outro lado, o recebimento da justa indemnização pelo expropriado e restantes interessados.

Uma outra garantia, consiste em que, estando-se ainda a uma certa distância de um acordo, já que, quer a entidade expropriante, quer o expropriado e restantes interessados, podem ainda contestar os valores das indemnizações cal-culadas em sede de arbitragem, uma vez que, continuam a poder apresentar recurso dos mesmos. Estes valores serão sempre passíveis de actualização por aplicação dos índices de inflação publicados pelo INE, com excepção da habi-tação.

(26) Idem, nº 4 Artigo 51º, pp.6203.

(27) Idem, nº 2 Artigo 51º, pp.6203.

Com o processo devidamente instruído e efectuados os depósitos dos valores arbitrados, o Juiz adjudica à entida-de promotora da expropriação a propriedade e assim como a sua posse, no caso de ainda não tenha sido reali-zada a Posse Administrativa. O conteúdo deste despacho de adjudicação é notificado quer à entidade que promove a expropriação, quer aos expropriados, com a indicação, do montante depositado e da faculdade de interporem recurso.

Neste cenário, a administração, entidade interessada na expropriação, deve já ter decidido, uma vez que toma pri-meiro conhecimento dos valores arbitrados do que os expropriados, se vai ou não, apresentar recurso.

Essa decisão cabe, para o caso da entidade expropriante, ao órgão competente para autorizar a despesa. Coloca-se também aqui a necessidade de realização de uma informa-ção técnica, dinamizada pelo coordenador do processo propondo, qual a decisão a tomar relativamente à apresen-tação de um eventual recurso. Normalmente e para uma economia processual, encontram-se estabelecidos dois patamares. Um patamar percentual e um patamar relativa ao montante monetário para além de muito bom senso.

Assim, por exemplo, a partir de um valor arbitrado 10% ou 15% acima do valor aprovado e proposto pela entida-de expropriante, cruzando-se este limite com o valor absoluto, poderá ser a politica da entidade expropriante recorrer de qualquer valor.

Por outro lado, será sempre de equacionar o recurso de certos valores. Assim suponhamos que o valor proposto para o solo ou bem é de 500,00 Euros e a arbitragem estabelece 750,00 Euros ou mesmo 1 000,00 Euros. Torna-se evidente que o custo do recurso para a Peritagem, um processo que envolve a nomeação de cinco Peritos, três do Tribunal, um da entidade expropriante e um perito do expropriado, o acompanhamento de um ou dois técnicos da entidade expropriante, a nomeação de um patrono, isto é um advogado, pela entidade expropriante, adicionando-se a estes custos as taxas de justiça actuais, é um custo total, seguramente, mais oneroso do que o valor arbitrado.

Como se depreende facilmente poupar 500,00 ou 1 000,00 Euros, poderá querer dizer, gastar 2 000,00 ou 2 500,00 Euros.

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Caso não haja recurso, o Tribunal comunica ao conserva-dor do Registo Predial competente a adjudicação da pro-priedade para efeitos de registo oficioso.

Se os valores arbitrados ou o valor dos juros moratórios não forem depositados, pode o Tribunal levar a cabo uma série de procedimentos para que a indemnização seja garantida ao expropriado e restantes interessados.

Com a remessa do processo a Tribunal da comarca da localização do bem expropriado, conclui-se a coordenação do processo de expropriações pela entidade interessada na expropriação. A partir deste momento, o enquadramento do processo passa para a esfera técnico-jurídica e a sua defesa será realizada por um patrono, advogado, nomeado pela entidade expropriante. Do outro lado estará um outro advogado que representará os interesses dos expro-priados.

Será pois o patrono designado como representante da enti-dade expropriante que deverá apresentar o recurso sobre os valores arbitrados e sobre os pressupostos que os apoiam e que essa entidade considere fora das suas expectativas de valores justos para a indemnização do bem em causa.

O patrono realizará o recurso e os pedidos de esclareci-mento considerados convenientes tendo por base as infor-mações ou notas técnicas que o coordenador do processo expropriativo lhe faculta a cada passo do processo.

Continuará a caber ao coordenador do processo a respon-sabilidade de informar o órgão competente da entidade expropriante sobre a fase de execução do projecto e sobre as decisões a tomar relativamente a, mais que prováveis, recursos.

No caso de não existir recurso, quer da entidade expro-priada, quer do expropriado e restantes interessados, o Juiz adjudica a parcela ou o bem expropriado, à entidade expropriante, comunica ao conservador do Registo Predial competente a adjudicação da propriedade para efeitos de registo oficioso e manda pagar o montante da sentença. Este montante poderá ser ou não superior ao montante depositado na Arbitragem.

Para o caso de ser superior, a entidade expropriante, após trânsito em julgado, deverá depositar à ordem do Tribunal

a diferença, actualizando o valor da sentença e fazendo-o repercutir à data da Declaração da Utilidade Pública.

Passamos em revista as várias fases e procedimentos das expropriações por utilidade pública e tentamos faze-lo de forma embora sucinta mas, suficientemente rigorosa. É certo que muitas nuances do processo ficaram por enun-ciar uma vez que se trata de um processo cheio de parti-cularidades e como se costuma dizer, “cada caso é um caso”. Um processo onde estão em jogo a propriedade privada e direitos de terceiros, interesses estes, que nem sempre são conciliáveis e coincidentes, com o interesse público.

Bibliografia

CORREIA, Fernando Alves, Manual de Direito do Urbanismo, Volume II, Edições Almedina, Coimbra, Março de 2010, ISBN 978 – 972 – 40 – 4137 – 7;

PãES Pedro Cansado, PACHECO Ana Isabel, BARBOSA Luís Alvarez, Código das Expropriações, 2ª edição 2003, Editora Almedina;

Seminário Sobre as componentes do Projecto Rodoviário, Direcção de Serviços dos Projectos, Junta Autónoma de Estradas, Almada 16 e 17 de Janeiro de 1996;

Normas, Junta Autónoma de Estradas, Almada 1978;

Cadernos Municipais nºs 50/51, Revista de Acção Regional e Local, Fev. 1990, Lisboa;

Formação Complementar em Estradas, Módulo IV/2 – Gestão e Fiscalização, 9 a 13 de Novembro de 1998, ISEL/CEEC;

Sebenta da cadeira “Direito das Expropriações e outras restrições de utilidade pública”, Curso de Pós-Graduação em Direito do Urbanismo, Faculdade de Direito da UL;

Legislação de interesse relevante

* Engenheiro Civil

Pós Graduado em Direito do Ordenamento do Território

e do Urbanismo pela FDLDoutorando em Urbanismo na FA UTL

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engenho | n.º 4 | 2010 | trimestral 39

Sessão Técnica – Formação

Sistema de Canalização em Aço para Redes de IncêndiosPrograma:

· Novo enquadramento regulamentar RI.· Normalização Europeia aplicável.· Tubo de aço para utilização em redes de segurança contra incêndios: Requisitos

Regulamentares, Normalização e Especificações.· Acessórios roscados em fundição maleável para utilização em redes de segurança

contra incêndios: Requisitos Regulamentares, Normalização e Especificações.· O sistema ranhurado.· Folhas de cálculo APTA para o dimensionamento de redes de segurança contra

incêndios.· Exemplos de dimensionamento: RIA e Sprinklers.· Conclusões.· Debate.

Local : Sindicato Nacional dos Engenheiros Rua Jardim do Regedor nº 37 2º Lisboa

Data : 20 de Janeiro de 2011 16:00 horas – 19:00 horas

Formador: Eng.º Paulo Gomes

Serão fornecidas folhas de dimensionamento e outros elementos em suporte digital pelo que será conveniente que os participantes tragam computador portátil.

Acção de Formação gratuita com inscrição obrigatória e condicio-nada à capacidade da sala para [email protected] ou [email protected]

Mais informações www.sne.pt ou pelo telefone 213 240 800

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Protocolo com o Sindicato Nacional dos Engenheiros/Casa do Engenho Mais informações em www.valledosreis.com ou no SNE

Sala de refeições

Quarto single

Residências assistidas

valle dos reis www.valledosreis.com

Residências assistidas são um conceito de vida com conforto e qualidade, num local seguro e familiar.

São destinadas a séniores com idade igual ou supe-rior a 65 anos, que pretendam uma vida despreocu-pada, com actividades diariamente preparadas por pessoas que pensam em tudo por si.

No Valle dos Reis irá encontrar o conforto e elegância que aprecia, aliados à segurança e funcionalidade de um edifício moderno, no centro de Santarém.

A idade torna-nos pessoas mais exigentes. Aqui, da-mos-lhe garantia de uma qualidade de vida, com um conjunto de serviços incluídos, que vão de saúde ao lazer, privilegiando sempre a privacidade e o ritmo quotidiano de cada residente.

Biblioteca Sala polivalente

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04 Junho – LISBOA ……DELHIComparência no aeroporto de Lisboa às 06h00. Assistência, for-malidades de embarque e partida com destino a Londres às 08h20 (Heathrow) no BA499 (2h30m de voo). Chegada, mudança de voo e embarque às 17h35 no BA257 com destino a Delhi (8h15m de voo). Noite e refeições a bordo.

05 Junho – DELHI / KATHMANDUChegada a Delhi às 06h20, mudança de voo e continuação para Kathmandu (aprox. 1h30m), a presumível Shangri-La. Chegada, formalidades e assistência pelos nossos representantes locais. Transporte ao Hotel Yalk & Yeti – 5*, ou similar. Recepção tradi-cional e distribuição dos alojamentos. Resto do dia para descanso. Jantar e alojamento.

06 Junho – KTHMANDUPequeno-almoço. Visita da cidade. Visita a Hanuman Dhoka o verdadeiro centro da cidade com templos, pátios, palácios como o Ramayana (o palácio dos Reis Malla sec XIV). Esta é a zona medieval da cidade. Próximo está Kumari Bahal – a casa da Deusa Goddess. Saída para Swayambhunath (Samhengu) local classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, e considerado um dos mais gloriosos centros Budistas no Nepal. Visita à zona de Patan e conhecida como “Lalitpur” – a cidade da beleza. Almoço no Patan Museum Café. Regresso ao Hotel. Alojamento.

07 Junho – KATHMANDUPequeno-almoço. Dia dedicado à visita de Pasupatinath, Boudhanath Stupa e Bhadgaon. Visita à Stupa Bouddhanath. Pashupatinath, com visita do Templo Hindu do Deus Shiva. Visitaremos depois a cidade Newar de Bhadgaon, ainda em pleno Vale de Kathmandu e o seu Palácio com 55 janelas, o Templo Hindu de Taleju. Almoço no Nyatapola Café.Regresso ao Hotel. Alojamento

08 Junho – KATHMANDU / DELHIPequeno almoço. Transporte ao aeroporto e embarque com destino a Delhi. Chegada, assistência e transporte ao Hotel The Suryaa – 5*, ou similar. Acolhimento tradicional, distribuição dos alojamen-tos. Resto da tarde livre. À noite, transporte ao Parsi Anjuman Hall, para assistir a um espectáculo de danças clássicas e folclóricas da Índia. Jantar tradicional no Restaurabnte Chor Bizarre. Regresso ao Hotel. Alojamento.

09 Junho – DELHIPequeno-almoço. Visita da Nova e Velha Delhi. “Na cidade velha” visitaremos o Raj Ghat, o memorial a Mahatma Gandhi, o Jama Masjid a maior mesquita da Índia. Em rickshaw, Forte Vermelho. Almoço em percurso. De tarde vistaremos “a cidade nova”, Torre Qutub Minar, o Túmulo de Humayun, Índia Gate, o Parlamento, a residência do Presidente – o Rastrapathi, etc. Regresso ao Hotel.

10 Junho – DELHI / AGRA Pequeno-almoço. Saída para Agra. Chegada ao principio da tarde. Distribuição dos alojamentos no Hotel Jaypee Palace – 5*, ou similar. Visita ao Forte de Agra. Visita de Itimad-ud-Daulah o túmulo de Mirza Beg e considerado o precursor do famoso Taj Mahal. Regresso ao hotel. Jantar e alojamento.

11 Junho – AGRA / JAIPURPequeno-almoço. Visita ao nascer do sol junto ao Taj Mahal. Partida de Agra em direcção a Fatehpur Sikri – com visita. Continuação para Jaipur. Chegada e transporte ao Hotel Le Meridien – 5*, ou similar

12 Junho – JAIPURPequeno-almoço Visita ao Forte Amber, também conhecido como o “Palácio Rosa”.Antes desta visita, paragem para admirar o Palácio dos Ventos: Hawa Mahal. Visita à cidade de Jaipur: o Palácio da Cidade, o Observatório Jantar Mantar (o maior observa-tório do mundo esculpido em pedra e mármore). Regresso ao hotel. Jantar

13 Junho – JAIPUR / GOAPequeno-almoço. Transporte ao aeroporto e embarque com destino a Goa, via Bombaim. Chegada a Goa e transporte ao Hotel Zuri White Sands Resort and Casino – 5*, ou similar. Resto do dia livre. Jantar e alojamento.

14 Junho – GOA Pequeno-almoço. Dia dedicado à visita desta antiga “Jóia” portu-guesa. classificada pela UNESCO como Património da Humanidade. Visita à Igreja do Bom Jesus onde se encontra o túmulo de S. Francisco Xavier, Sé Catedral de Sta Catarina. Almoço no Solar dos Colaços. De tarde visita das “Fontaínhas”. Seguiremos até Panjim, com tempo para compras. Regresso ao Hotel. Alojamento.

15 Junho – GOAEstadia em regime de pequeno-almoço e alojamento. Dia total-mente livre para aproveitar as águas quentes do Índico, a praia excepcional que Goa possui. Aproveite esta praia de elite da Costa Malabar.

16 Junho – GOA / BOMBAIM (MUMBAI)Pequeno-almoço. Transporte ao aeroporto e embarque em voo doméstico com destino a Bombaim, que actualmente tem o nome de Mumbai. À chegada, visita da grande cidade passando pelo Dhobi Ghats, Mani Bhawan, a Colina de Malabar, os Templos Jain, Porta da India. A última paragem para visita ao Museu “Príncipe de Gales” albergando artefacto variados, alguns com cerca de 5000 anos. Transporte ao Hotel Vivanta By Taj – 5*, ou similar.

17 Junho – MUMBAI Pequeno-almoço. Dia livre. Em hora a indicar, saída para restau-rante para Jantar de Despedida e confraternização. Alojamento

18º DIA – MUMBAI / LONDRES / LISBOAPequeno almoço. Saída para o aeroporto, assistência às formalida-des e embarque no BA198 às 13h15 com destino a Londres (Heathrow). Refeições a bordo. Chegada às 18h15m. Mudança de voo e embarque às 19h50 no BA504 com destino a Lisboa. Chegada pelas 22h25.

Preços por pessoa (sócios do SNE, amigos e acompanhantes):

Em quarto duplo – € 2.180,00 + € 267,64 taxas (1) = € 2.447,64Supl. quarto individual - € 600,00Visto de entrada na Índia - € 65,00 (sujeito a confirmação)Visto de entrada no Nepal - € 25,00 (sujeito a confirmação)Taxa de saída do Nepal (pagamento local) – USD 28,00 (sujeito a confirmação)

NEPAL E INDIAKATMANDU – PATAN – DELHI – AGRA – JAIPUR – GOA -BOMBAIM

04 a 18 Junho 2011

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Preços por pessoa (outros interessados):

Em quarto duplo – € 2.280,00 + € 267,64 taxas (1) = € 2.547,64Supl. quarto individual - € 600,00

Estes preços incluem:- passagem aérea LISBOA/DELHI, voos regulares, classe turística;- passagem aérea BOMBAIM/LISBOA, voos regulares, classe

turística;- passagem aérea DELHI /KATHMANDU/DELHI em voos

domésticos, classe turística:- passagem aérea JAIPUR/MUMBAI em voos domésticos, classe

turística;- passagem aérea /GOA/MUMBAI, em voos domésticos, classe

turística;- circuitos locais em autocarros de turismo com ar condicionado

- 12 noites de alojamento em hotéis de 5*- 12 pequenos-almoços + 6 jantares + 4 almoços- passeio de rickshaw em Delhi- chegada ao Taj Mahal em carruagem (desde o parque de estacio-

namento)- entradas nos monumentos conforme programa- 2 garrafas de água engarrafada por pessoa/dia durante os transfers

e visitas- guias locais em espanhol- bagageiros nos hotéis- seguro de Assistência em Viagem VIP - seguro de cancelamento ou interrupção de viagem- assistência pelos nossos representantes locais- taxas de serviço e Iva- taxas de aeroporto fuel e segurança no valor de € 267,64

Estes preços não incluem:- bebidas às refeições- gratificações- taxa de uso de máquinas fotográficas ou de filmar nos monumentos- documentos pessoais- tudo o que não estiver mencionado como incluído

NOTAS:a) taxas de aeroporto, fuel e segurança sujeitas a alteração até à emissão dos bilhetes 20 dias antes da partida;b) nos lugares religiosos onde não é permitido entrar calçado, serão distribuídos pelos clientes protecções para os sapatos;c) nas visitas a alguns templos é necessário cobrir a cabeça;d) os passaportes deverão ter validade mínima de 6 meses após o final da viagem, e terem paginas em branco suficientes para as diferentes entradas e saídas destes países;

OS PREÇOS AQUI INDICADOS FORAM CALCULADOS FACE ÀS CONDIÇÕES ECONÓMICAS E FINANCEIRAS DESTA DATA, ESTANDO SUJEITOS A RECTIFICAÇÃO POR ALTERAÇÕES CAMBIAIS, DE TAXAS E IMPOSTOS, DISPONIBILIDADE DE HOTEIS, VOOS OU OUTROS MOTIVOS ALHEIOS À NOSSA ORGANIZAÇÃO.

Informações, inscrições e reservas:No SNE 213 240 800; [email protected]; Na Lusanova [email protected]

Forma de pagamento:Em prestações até à data da partida no SNENa Lusanova sendo admissível os pagamentos por multibanco e cartão de crédito.

PROGRAMA DETALHADO EM www.SNE.PT

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engenho | n.º 4 | 2010 | trimestral 43

guia

Guia para o envio da colaboração para a “engenho”Com o intuito de facilitar a publicação dos trabalhos na “engenho”, solicitamos que sejam seguidos os seguintes princípios orientadores:

1 - Do envio: os originais podem ser remetidos directamente à Redacção da “engenho” em formato digital, por mail, em CD ou em DVD.

Contactos: E-mail: [email protected] ; [email protected]

Telef: 213 240 800 (Secretariado Angelina Santos ) Endereço: engenho Rua Jardim do Regedor 37 º 2º 1150 – 193 LISBOA

2 - Dos originais: pretende-se que sejam inéditos e tratem concreta mente um único tema, preferen-cialmente dentro dos campos da Engenharia ou de outras áreas do Saber com interesse geral para o desenvolvimento dos mesmos, com um máximo de 2 500 a 3 000 caracteres. O programa de processamento de texto deverá ser o Word (ou compatível), devendo procurar-se, para o caso de fórmulas e cálculos que os mesmos sejam reduzidos, mas claros, de modo a demonstrar e a escla-recer os conceitos e as deduções que se pretendem utilizar.

3 - Dos imagens e anexos: - as fotografias deverão ser em formato digital, preferencialmente JPEG com uma resolução mínima

de 300 dpi e os desenhos em formato PDF ou PDF do Photoshop;- deverá indicar-se no texto o lugar que o autor considera mais adequado para a colocação de cada

desenho ou fotografia, assim como a respectiva legenda; - as referências bibliográficas serão ordenadas no final do artigo, procurando adoptar-se a sua apre-

sentação de acordo com a NP-405 (Norma portuguesa para referências bibliográficas).

4 - Detalhes adicionais: cada artigo deverá vir acompanhado de um resumo redigido em português, se possível, traduzido para francês e inglês.

- A data do artigo, à falta de outra indicação, presume-se que seja a da remessa à “engenho”. Tratando-se de reprodução de uma palestra ou comunicação, deverá essa indicação ser acompa-nhada da data e local onde foi proferida.

- O autor deverá mencionar claramente o seu nome e eventualmente elementos relacionados com os seus conhecimentos sobre o assunto, tais como categoria ou cargos profissionais, títulos aca-démicos ou outros.

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