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Nº 3 - Março 2008

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Nº 3 - Março 2008

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Ficha Técnica

Propriedade e Edição: Confraria da ChanfanaEdifício do Mercado3350 Vila Nova de Poiares

Telefone: 239 429 000Fax: 239 429 009E-mail: [email protected]: www.confrariadachanfana.ptDirectora: Madalena CarritoImpressão:Tiragem 500 exemplaresDepósito Legal 263523/07

Distribuição Gratuita

Sumário

Editorial - 2Barro Preto de Olho Marinho: caçoilos com história - 4A mesa - 6Vinho e a Chanfana - 8Semana da Chanfana 2008 - 9Receitas - 12Confraria diz Presente - 13A Chanfana à Mesa com as Nossas Crianças - 16IIª Mostra Regional de Chanfana - 16Encontros Gastronomicos - 16

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Editorial

A MoendinhaCafé - RestaurantePetiscos - Almoços - Jantares

Salão para Banquetes - Casamentos - BaptizadosTelefone: 239 421 858

Moendinha 3350 Vila Nova de Poiares

Num momento em que parece começar a haver uma maior preocupação com a questão dos Produtos Tradicionais Portugueses e com tudo o que envolve a nossa Gastronomia, é importante debruçarmo-nos um pouco sobre todos os elementos essenciais na confecção da Chanfana, dando contributos decisivos na sua defesa e na sua integração no nosso Receituário Tradicional.

É por isso que a Confraria idealizou um Projecto, já em curso, que envolve várias vertentes e que se designa “Trilhos da Chanfana”. Trata-se de um circuito de cariz ambiental, cultural, lúdico e pedagógico, onde podemos tomar contacto com todos os elementos endógenos essenciais para a confecção de uma Receita própria, que pretendemos preservar e

divulgar. A pastorícia, com forte incentivo à criação de gado caprino, onde predomina a Raça serrana; a limpeza e manutenção dos espaços florestais com a dupla vertente de defesa contra incêndios e da criação de locais aprazíveis para usufruir da vida ao ar livre; a exploração das barreiras donde se extrai a matéria-prima fundamental para o fabrico dos barros pretos; as adegas tão tipicamente conservadas e que nos trazem à memória, tempos de labuta intensa, mas em que os nossos recursos eram valorizados e

acarinhados, mas também a criatividade e a inovação pela mão dos mais jovens; e a Mesa, local prazer, de odores, de degustação, de aprendizagens, mas também para cultivar e educar o gosto.

É aqui o momento de voltar ao início e de clarificar que os p e q u e n o s p r o d u t o r e s q u e comercializam pequenas quantidades de produtos primários directamente aos consumidores ou aos restaurantes locais, como é “O Confrade”, não precisam de estar sujeitos aos regulamentos que em nome de uma “Globalização” pretendem acabar com as nossas especificidades.

É também importante clarificarmos que compete ao nosso país, a defesa e a adopção de medidas extraordinárias para a preservação dos métodos tradicionais de fabrico, como é o caso da nossa Chanfana,

em caçoilos de barro preto e em fornos de lenha.

Nada disto, contudo, diminui a natural e necessária exigência ao nível dos requisitos de higiene dos alimentos, dos locais de confecção ou dos utensílios utilizados.

A Confraria da Chanfana continuará como até aqui, a pugnar pela valorização dos recursos endógenos do concelho de Vila Nova de Poiares, pela G a s t r o n o m i a Tr a d i c i o n a l Portuguesa, realçando todos os importantes contributos que presta ao turismo Nacional, mas acima de tudo, na defesa e na promoção do nosso prato e da nossa receita – A Chanfana, que constitui desde há muito, um ex-libris da cozinha Tr a d i c i o n a l Po r t u g u e s a , nomeadamente de Região das Beiras.

Madalena CarritoMordomo - Mor da

Confraria da Chanfana

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Reservas pelo telefone:239 421 253

Estrada da Beira Km 28Medas, Vila Nova de Poiares

Encerra às 4ª feiras

Higiene e Qualidade alimentar

Restaurante recomendado pela Confraria da Chanfana

Salas com capacidade para 300 pessoas

Uma ExperiênciaUniversal

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É, hoje em dia, facto assente que as artes e ofícios tradicionais devem ser estudadas séria e aprofundadamente, pois são prova inequívoca de saberes, técnicas, modos de estar e de viver das comunidades, documentos essenciais para o conhecimento da cultura popular e para o reconhecimento das linhas que definem as características diferenciadoras de uma identidade. Esta necessidade de estudo das artes e ofícios tradicionais tor na-se a inda mais premente quanto sabemos que há actualmente produções completamente descaracterizadas, que perderam o vínculo ao território, cuja história se desconhece, e ainda outras em vias de extinção, sem seguidores, que se apagarão dos registos caso não sejam tomadas medidas urgentes tendentes ao seu estudo e eventual revitalização.

É o caso de Olho Marinho, núcleo de olaria com tradição na produção de louça preta, cuja sobrevivência e desenvolvimento futuros dependerão de um conjunto de medidas, pelas quais passa, indubitavelmente, o estudo e a certificação desta produção artesanal. Esta iniciativa permitirá reforçar a identidade local através da valorização e requalificação dos recursos endógenos, permitindo e fomentando a associação da olaria negra à gastronomia (nomeadamente à tradicional chanfana de Vila Nova de Poiares) e proporcionando a dinamização de actividades de promoção e divulgação em torno do património local (seja ele material, imaterial ou gastronómico).

A certificação será, assim, o motor de recuperação, requalificação e desenvolvimento da actividade artesanal em causa, proporcionando condições para que a produção sobreviva, se desenvolva e alcance um plano economicamente viável, aliando as valências tradicionalmente observadas a medidas inovadoras adequadas e imprescindíveis ao desenvolvimento da produção.

Consciente desta realidade, a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares solicitou ao CRAT – Centro Regional de Artes Tradicionais, a elaboração de um estudo tendo em vista a certificação do Barro Preto de Olho Marinho e definição do respectivo caderno de especificações.

O trabalho desenvolvido até ao momento pretendeu,

sobretudo, encontrar informação sustentada (oral, documental, bibliográfica, fotográfica) que comprove a importância de Olho Marinho como centro de produção olárica tradicional. Só assim se justifica a pertinência do processo de certificação. Tratou-se de um processo moroso e complexo (que demorou cerca de 12 meses), mas cujos resultados irão permitir traçar um percurso pela história da produção, dando a conhecer a sua ligação ao território de Olho Marinho e fundamentando, assim, a sua denominação.

Os próximos passos serão de sistematização da informação recolhida e de construção do documento normativo para a certificação, nomeadamente a elaboração do caderno de especificações que ditará as normas para a certificação desta produção artesanal tradicional. Mais concretamente fornecerá os seguintes elementos:

* Nome ou denominação de venda do produto;* Enquadramento histórico-geográfico da

produção, considerando a respectiva origem e/ou o seu vínculo ao centro difusor mais relevante;

* Delimitação geográfica da área de produção;* Identificação e caracterização das matérias

primas utilizadas;

e/ou o seu vínculo ao centro difusor mais relevante;

* Delimitação geográfica da área de produção;* Identificação e caracterização das matérias

primas utilizadas;* Identificação das principais características

físicas do produto, tais como formas, dimensões, padrões, cores e desenhos predominantes;

*Descr ição do modo de produção, designadamente técnicas, ferramentas e equipamentos auxiliares;

* Condições de inovação no produto e no modo de produção que, abrindo essa possibilidade, garantam a preservação da identidade do produto;

*Referência às normas de qualidade a que o produto está sujeito, designadamente as que se relacionam com a fiabilidade do mesmo ou com requisitos específicos de saúde e segurança, sempre que tal se

Barro Preto de Olho Marinho: caçoilos com história

Barro Preto de Olho Marinho: caçoilos com história

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justifique.Igualmente importante é a associação que é

feita, e poderá ser potenciada, entre a produção da louça de Olho Marinho e a gastronomia local. O caçoilo foi sempre a peça mais produzida em Olho Marinho, facto a que não é alheio esse fenómeno gastronómico chamado chanfana. É interessante observar, neste caso, como a cultura material de uma localidade pode ser tributária de uma realidade, neste caso gastronómica, que se encontra a montante e que, em parte, a explica. Esta relação não deixará de ser distinguida no trabalho de certificação.

Concluindo, pode-se afirmar que o estudo em curso e que servirá de base à certificação não fica por aqui. De facto, o objectivo não é apenas o de proporcionar os meios tendentes à certificação do barro preto de Olho Marinho, mas também valorizar e

qualificar esta produção perante os olhos dos consumidores e associá-la às práticas gastronómicas locais. Para comprar produtos artesanais os consumidores têm que estar conscientes do seu valor, valor aqui entendido como mais-valia patrimonial e associá-los a factos que remetam para as suas memórias. Por isso, e para além dos aspectos técnicos inerentes a esta produção, há que ter em conta a sua história e perceber a importância sócio-económica e cultural que teve, e que ainda pode vir a ter após processo de revitalização, para a comunidade do concelho de Vila Nova de Poiares.

Graça RamosCRAT – Centro Regional de Artes Tradicionais

Fevereiro 2008

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Objecto de eleição de quem gosta de saborear o acto social de comer em grupo, a mesa é, talvez, um dos mais simples “inventos” do homem.

Uma pedra com uma superfície mais ou menos plana terá feito, na pré-história, esta função. Com a grande vantagem de não “coxear” nem permitir os pontapés “por debaixo da mesa”. Difícil seria, igualmente, mudar a mesa de lugar.Como peça de mobiliário terá sido criada em meados do século I, não se conhecendo o seu autor embora se atribua a sua origem a árabes ou persas.

A Mesa e as circunstânciasÉ na mesa que, num jantar romântico, se ganha

coragem para dar início a uma grande e fogosa história de amor. Independentemente da duração da relação, fica sempre a memória dessa refeição. Por vezes, também da conta.

E se a refeição acabar por dar em casamento, é na mesa que nos sentamos com a família e os amigos, já fartos de tanta fotografia e ansiosos por dar início ao comes e bebes que, ninguém sabe porquê, insistem em chamar “copo de água”.

Sentamo-nos de novo à mesa para o baptizado do novo membro da família, embora com vontade de atirar para fora da mesa as más línguas que não se cansam de criticar o vestido da madrinha, o fatinho do bebé e a ementa da refeição que “não vale o presente a que os pais nem sequer fizeram referência”, resmungam alguns dos convidados.

Para assinalar mais um aniversário, sentamo-nos á mesa, em frente a um bolo que sopramos ao mesmo tempo que nos gritam aos ouvidos para pensar um desejo.

Como se não soubéssemos que o desejo é sempre: “quem me dera ter aqui só metade destas velas”.

Negócios à mesa

Muitos empresários e executivos fazem da mesa do restaurante um local privilegiado para tratar de assuntos em que a informalidade pode contribuir para o sucesso.

A família e a mesa"Sentar-se à mesa para uma refeição em família

fornece mais que simplesmente uma boa nutrição. Pode também gerar uma real qualidade de vida para toda a família", disse Susan Moores da Associação Dietética Americana na apresentação de um estudo sobre o tema.

“A verdadeira educação alimentar faz-se com todos os membros da família sentados à mesma mesa. Não precisam de ter todos os mesmos gostos e as mesmas preferências, mas precisam de estar todos juntos. As crianças necessitam dessa estrutura” afirma o pediatra norte-americano Berry Brazelton no livro «A criança e a alimentação» (Ed. Presença).

A mesa e as fantasiasNa mesma mesa onde se come, também se pode

viver intensos momentos de paixão concretizando fantasias retiradas de romances ou de tórridas cenas de cinema.

Claro que convém, primeiro, tirar a louça.

A mesa e as contradições.Infelizmente, é também na mesa, que se sentam

os senhores que discutem a fome no mundo. Normalmente, frente a um lauto banquete.

Amílcar MalhóConfrade de Honra nº 10/03

A Mesa

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BOWLING

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O Vinho e a Chanfana

Galerias JCL3350-153 V.N. Poiares

Tel:239 421 622

As soluções fazem parte da vida. Nós oferecemos o melhor para si.

CCAM Beira Centro Balcão V.N. Poaires

A Chanfana faz parte da gastronomia típica das Beiras, sendo um dos pratos tradicionais portugueses mais famosos. Cozinhada nos caçoilos de barro preto, inclui na sua receita, entre outros ingredientes, o vinho tinto.

À semelhança de tantos outros pratos e receitas da gastronomia Portuguesa e internacional, o vinho marca este prato de forma inequívoca, sendo essencial para a harmonia de sabores que compõem a Chanfana.

Mas afinal qual é o efeito deste ingrediente precioso no resultado final da Chanfana? Quimicamente, o vinho é considerado uma solução de vários tipos de compostos, onde cada um tem um papel a desempenhar nas características organolépticas (cor, aroma e boca) do produto final. E se conseguimos sentir estes compostos na prova de um vinho, qual será a sua contribuição para um cozinhado?

Comecemos pelos aromas e sabores. O vinho contribui para a complexidade do prato com muitos dos seus aromas, quer sejam originários da uva, quer resultem da fermentação ou das fases posteriores do processo de conservação e envelhecimento. Daí a importância de se escolher um vinho com aromas adequados ao prato que se pretende cozinhar, pois consoante o vinho que se escolhe, o resultado final poderá variar em função das características aromáticas do vinho escolhido.

A acidez característica dos vinhos é outro factor que influencia as características finais do nosso cozinhado. A acidez resultante da presença do ácido tartárico do vinho ajuda a equilibrar os sabores, contribuindo para uma maior suculência dos temperos.

Já o álcool é um composto que requer algum cuidado. Como é um composto volátil, deve-se tentar eliminar a quantidade suficiente para que não torne a carne demasiado áspera nem sobressaia sobre os outros aromas e sabores. No entanto, a sua presença em quantidades mínimas ajuda a que os aromas se libertem e transformem o prato em algo apetitoso para o olfacto.

Outros compostos que podem contribuir positiva ou negativamente para as qualidades finais da receita são os taninos. Estes compostos são os responsáveis pela adstringência dos vinhos, pelo que presentes em excesso no prato podem contribuir para uma sensação amarga. Quanto mais se reduz o molho, mais concentrados estarão os taninos, pelo que se deve encontrar aqui um ponto de equilíbrio. O ideal será utilizar um vinho resultante de uma casta que tenha

poucos taninos ou um vinho que já tenha algum tempo em garrafa e cujos taninos já estejam menos agressivos.

Vemos aqui a influência que o vinho escolhido terá quer na Chanfana quer noutro prato que tenha como ingrediente o vinho. O ideal será escolher um vinho equilibrado, aromático q.b. e com uma boca redonda e ligeiramente adstringente.

E no final, quando os aromas da Chanfana já nos tiverem despertado os sentidos, nada melhor que acompanhar este prato com um magnífico vinho tinto.

Ana RodriguesDão Sul – Sociedade Vitivinícola, S.A.

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Semana da Chanfana 2008

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À semelhança de anos anteriores, a Confraria da Chanfana organizou mais uma Semana da Chanfana, envolvendo as Unidades de Restauração local e atraindo até Vila Nova de Poiares milhares de pessoas de todo o país. Foi mais uma iniciativa desta Associação, que trabalha ao longo do ano em prol da gastronomia Regional, especificamente na defesa, promoção e divulgação da Chanfana levando o seu nome além fronteiras, sempre com o apoio da Câmara Municipal. A realização prende-se com os seus estatutos, pois prevê-se a atribuição de um painel anual ao Restaurante Recomendado pela Confraria.

O concurso teve este ano a sua Vª edição e naturalmente tem registado um acréscimo significativo no que respeita aos visitantes, mas também na qualidade que tem vindo a ser evidenciada.

Participaram no ano de 2008 os seguintes Restaurantes:Restaurante “A Grelha”Restaurante “A Mó”Restaurante “Casa dos Frangos Medas”Restaurante “D. Elvira”Restaurante “Moendinha”Restaurante “O Filipe”Restaurante “O Confrade”*

*O Restaurante “O Confrade”, uma vez que é propriedade da Confraria da Chanfana, participa, mas não entra no concurso.

Entrega de Prémios:No dia 29 de Janeiro de 2008, decorreu no Restaurante O Confrade, a entrega de prémios da Semana da Chanfana, com a atribuição do painel de Restaurante Recomendado pela Confraria da Chanfana, a ostentar no restaurante vencedor, durante um ano. Na cerimónia estiveram presentes os membros do júri, todos os participantes e, como não poderia deixar de ser os elementos da Confraria da Chanfana. Os restantes restaurantes receberam um certificado de participação.

Chega o momento, de por um lado comunicar a todos os presentes quem é o Restaurante vencedor, mas também é a altura de divulgar os resultados extraídos da avaliação estatística das senhas entregues às entidades intervenientes, preenchidas pelos visitantes.

O nosso desfile é um momento mágico! Procuramos que seja organizado, que seja compassado, sempre com o apoio da Filarmónica Fraternidade Poiarense, que ao longo dos últimos anos, tem contribuído para tornar mais melodiosa a passagem por alguns locais emblemáticos da nossa vila.

Gráfico : Avaliação dos Consumidores no que respeita ao atendimento, em todos os Restaurantes participantes.

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Quem SomosNo que concerne à apreciação dos consumidores relativamente ao atendimento de cada um dos participantes,

está patente no gráfico 2.

Há ainda que salientar e, de acordo com os resultados de anos anteriores, a origem dos milhares de visitantes que vêm a Vila Nova de Poiares degustar Chanfana, nesta época específica, o Gráfico 3 dá-nos uma ideia por região.

Não poderíamos deixar de mencionar o ponto alto da entrega de prémios – o Restaurante Vencedor: venceu a Vª edição da Semana da Chanfana o Restaurante A Grelha. Após reunião e deliberação do Júri, presidido pelo Representante da Confraria da Chanfana – Prof. José Dias Coimbra, juntamente com um Chefe de Mesa – Eduardo Vicente, um Chefe de Cozinha – Heleno Cruz, um representante da região de Turismo do Centro – Dr.ª Elvira Santos e um Representante da HR Centro – Associação dos Industrias de Hotelaria e Restauração do Centro. Um respeitado e conceituado elenco, que avaliou os restaurantes participantes em duas fases distintas: no restaurante e a chanfana – Prova Cega. Chega assim o momento de somar os valores percentuais de todos os membros, relativos a todos os participantes e eis que A Grelha obtém maior classificação, ostentando assim o painel de Restaurante recomendado pela Confraria da Chanfana.

Gráfico : Origem dos visitantes na Semana da Chanfana 2008.

Gráfico : Avaliação dos Consumidores no que respeita à degustação da Chanfana, em todos os Restaurantes participantes.

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Ingredientes2,5kg Carne de Carne Velha

1 Cabeça de Alho Inteiro1 Folha de Louro

1 colher de ColorauToucinho(q.b.) /ou banha de porco

1 grão Piri-piriAzeite (q.b.)

Sal (q.b.)Vinho Tinto forte

Modo de preparaçãoPõem-se todos os ingredientes com a carne num caçoilo de barro preto, enche-se de vinho e vai ao forno de lenha, bem quente durante 2 horas.Os caçoilos são tapados com testo de barro ou folha de couve, mais recentemente pode também utilizar-se a folha de papel de alumínio.

Padaria * Pastelaria * Cafetaria

Fabrico próprio de pão e todo o tipo de pastelariaJunto ao Mercado Municipal

Poiares DoceLargo Dr. Daniel de Matos

3350-153 Vila Nova de Poiares

POIARES DOCE - Um doce de Pastelaria

ReceitasChanfana

Ingredientes1 Bucho de porco200 gr de arroz

1 Chouriço caseiro250 gr de carne de porco

1 Cebola picada1 Dente de alho

SerpãoColorau (q.b.)

1 Folha de louro1 Grão de piri-piri

Azeite (q.b)Sal (q.b)

Modo de preparaçãoLimpa-se e lava-se o bucho, raspando para tirar o cheiro. Ju n t a m - s e t o d o s o s ingredientes num alguidar; misturam-se bem e por fim mete-se tudo dentro do bucho. Cose-se com uma agulha e linha toda a abertura, e vai a cozer em água durante uma hora e m e i a . S e r v e - s e acompanhado de hortaliça, cenoura e morcela.

Arroz de BuchoIngredientes

1 bandoga de “bucho de cabra”1 chouriço corrente

Hotelã (q.b.)1 colher de Colorau

1 grão Piri-piriAzeite (q.b.)

Sal (q.b.)Alho

CebolaVinho Tinto forte

Modo de preparaçãoCortam-se bocadinhos pequenos de bucho, toucinho e chouriço, juntando-se tudo num alguidar. Pica-se a

cebola, alho e r e s t a n t e s ingredientes e mistura-se tudo. Cortam-se depois u m a s b o l s a s m a i o r e s d e bucho, enchem-s e c o m o p r e p a r a d o e

atam-se com tiras de tripa ou cozem-se com linha. Vão ao forno de lenha em caçoilos de barro preto, durante cerca de ¾ horas.

Negalhos

Telf./Fax: 239 423 146 Telem: 917 788 257

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Seminário da Confraria da Broa d’Avanca

A Confraria diz Presente

Gasóleo de Aquecimento Entrega rápida ao domicílio

E-mail: silvagá[email protected]

Apartado Nº 104Avenida Manuel Carvalho Coelho

Vila Nova de PoiaresTelef: 239 422 485

Gasóleo de AquecimentoEntrega rápida ao domicílio

JaneiroConfraria Fogaça da Feira - St.ª Maria da FeiraConfraria S. Gonçalo - AveiroConfraria Amigos de los Nabos - Foz de Morcin / AstúriasConfraria do Bacalhau - ÍlhavoQualitas - BadajozConfraria Carne Barrosã - BoticasConfraria do Vinho de Lamas - Miranda do Corvo

Dezembro 2007

Confraria do Bacalhau - Ílhavo

Confraria Fogaça da Feira - St.ª Maria da Feira

Qualitas - Cores e Sabores - Badajoz

Confraria Amigos de los Nabos - Foz de Morcin / Astúrias

Seminário da Confraria da Broa d’Avanca - Avanca

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A sua empresa da Cartonagem Alimentar

Astropor - Actividades Comerciais, Representações, LdaZona Insdutrial de S. Miguel 3350 V.N. Poiares - PortugalTelf: 239 422 789 Fax: 239 422 934E-mail:[email protected]

Fevereiro

MarçoFestival Gastronómico da Lampreia - MurtosaConfraria Queijo Serra da Estrela - Oliveira da HospitalConfraria do Bolo de Ançã - Ançã

St. Romain en Bordelais et Pays Libournais - Libourne / Bordéus35º Aniversário da Chaîne des Rôtisseurs - AlvorConfraria da Lampreia - Penacova

Confraria Fogaça da Feira - St.ª Maria da FeiraConfraria S. Gonçalo - AveiroConfraria Amigos de los Nabos - Foz de Morcin / AstúriasConfraria do Bacalhau - ÍlhavoQualitas - BadajozConfraria Carne Barrosã - BoticasConfraria do Vinho de Lamas - Miranda do Corvo

Confraria do Vinho de Lamas - Miranda do Corvo Confraria Gastronómica da Carne Barrosã -

Boticas

Confraria da Lampreia - Penacova

Confraria Queijo Serra da Estrela - Oliveira da Hospital

St. Romain en Bordelais et Pays Libournais - Libourne/Bordéus

St. Romain en Bordelais et Pays Libournais - Libourne/Bordéus

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A Freguesia de São Miguel de Poiares, situa-se na parte sudoeste do município de Vila Nova de Poiares, tem a sua sede na aldeia do mesmo nome, que se estende ao longo da Estrada Nacional n.º 17 (Estrada da Beira).A aérea abrangida pela freguesia, é naturalmente a sua sede e os terrenos circundantes, que constituem as povoações de Moinhos, Venda Nova, Alveite Grande, Olho Marinho, Alveite Pequeno, Vale do Gueiro, Casal do Gago, Fonte Longa, Boiça, Lombada, Cabeço de Celas e Malpartida e ainda pequenos casais.Inaugurou o brasão da freguesia, no dia 08 de Junho de 1997.

Os Símbolos:São vários os símbolos do brasão de armas, sendo o fundo de prata. Ao centro do escudo, há duas faixetas ondeadas de azul, que representa a água doce, ou seja, as muitas fontes e ribeiras espalhadas por toda a freguesia e especialmente a puríssima água da Fraga. Azul pela abundância da água, em cima há uma balança de dois pratos de azul, carregada de uma espada de São Miguel, de ouro debruada de vermelho, simbolizam o orago da freguesia, o Arcangelo São Miguel; e uma ponta de um ramo de oliveira de verde, entre duas mós de moinho de vermelho, que simbolizam respectivamente o olival, que foi em tempos muito abundante, e os lagares de azeite e azenhas espalhados por toda a freguesia e existentes desde o tempo dos romanos e que ainda hoje alguns laboram, e também prestam homenagem aos homens e mulheres da freguesia, especialmente das povoações de Olho Marinho e Alveite Pequeno, que se dedicaram até a um passado recente à feitura manual das mós, tendo sido neste domínio o Olho Marinho um dos centros importantes do país.A coroa mural de prata de três torres que encima o escudo é a que a lei prevê, em face do estatuto de freguesia.O listel de cor branca, sobre a escudo contém a legenda a negro SÃO MIGUEL DE POIARES.A bandeira e estandarte são de cor verde, naturalmente verde, por ser a cor adoptada pelo concelho, e representa a esperança viva das suas gentes e a riqueza florestal da freguesia.O brasão é da autoria da Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia, com o contributo anónimo de muitas pessoas da freguesia.

A Freguesia apoia a Confraria da Chanfana.

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A Chanfana à Mesa com as Nossas Crianças

Encontros Gastronomicos

IIª Mostra Regional de Chanfana

A Confraria da Chanfana de Vila Nova de Poiares, em colaboração com a ADIP – Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares e o Município de Vila N ova de Poiares, vai realizar de 14 a 18 de Abril de 2007, um evento destinado às crianças do 7º ano de escolaridade do Concelho, na linha de outras realizações já efectuadas.

A iniciativa tem como principal objectivo dar a conhecer às nossas crianças os recursos endógenos de Vila Nova de Poiares, em geral e, especificamente, o que se relaciona com a nossa Gastronomia , n o r m e a d a m e n t e a C h a n f a n a .

A Confraria da Chanfana de Vila Nova de Poiares com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, vai realizar a IIª Mostra Regional de Chanfana, tendo em vista a divulgação deste prato gastronómico característico de toda a região, nos próximos dias 24 e 25 de Maio. Pretende-se juntar num mesmo espaço, diferentes restaurantes, dos diferentes Municípios da Região Centro, com tradição de Chanfana, tendo como base a carne de cabra.

Com o intuito de promover a gastronomia nacional e visando a defesa do nosso Património Cultural, a Confraria da Chanfana vai realizar, no Mercado Municipal de Vila Nova de Poiares, dois eventos gastronómicos abertos a toda a população, dando a conhecer a pratos gastronómicos característicos de diferentes regiões de Portugal. Assim, no próximo dia 30 de Abril teremos em Vila Nova de Poiares a Confraria Gastronómica de Almeirim, trazendo até nós as iguarias mais características:

Sopa da PedraCaldeirada de Bacalhau à AlmeirimBolo FintoVinhos de Almeirim

No dia 4 de Maio realizaremos uma iniciativa semelhante com a Confraria das Tripas à Moda do Porto, proporcionando a quem nos visitar, a degustação deste prato tão conceituado e pertencente ao Receituário Tradicional Português.

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A GRELHA

Entroncamento de Poiares 3350-087 V. N. Poiares

Tel/Fax. 239 421 640 Telm. 917 323 796 E-Mail: [email protected]

Carlos & Páscoa, Lda.

Estrada Nacional nº 17 Vila Nova de Poiares

Tel: 239 421 328

Especialidades:

*Chanfana*Negalhos*Batata a murro com Bacalhau*Polvo à Lagareiro*Bacalhau com Broa*Cabidela de Cabrito

Muito mais!!

Comércio de Automóveis

D. ELVIRA

Te l . 239 421 480 ou 239 423 495 Fax: 239 423 286

Entroncamento, Vila Nova de Poaires Email: [email protected]

D. ELVIRA

Chanfana mais vendida de Poiares

Churrasqueira - ResidencialD. ELVIRA

Te l . 239 421 480 ou 239 423 495 Fax: 239 423 286

Entroncamento, Vila Nova de Poaires Email: [email protected]

D. ELVIRAD. ELVIRA

Também fazemos o seu Evento, Casamento ou Baptizado

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