nível de conhecimento em primeiros socorros de professores de educação física

30/1/2014 Nvel de conhecimento em primeiros socorros de professores de Educao Fsica

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Nvel de conhecimento em primeiros socorros

de professores de Educao FsicaNivel de conocimiento en primeros auxilios de profesores de Educacin Fsica

*Licenciada em Educao Fsica (Instituto Federalde Educao, Cincia e Tecnologia do Cear, IFCE)

**Professor do Curso de Licenciatura em Educao Fsica do IFCE***Doutorado em Educao (Universidade Federal do Cear, UFC)

Mestrado em Cincias do Desporto (Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro, UTAD)Mestrado em Cincias Fisiolgicas (Universidade Estadual do Cear, UECE)

Maria Nadir Pereira Batista*Francisco Cristiano da Silva Sousa** ****Baslio Rommel Almeida Fechine** ***

Eduardo da Silva Pereira** *****[email protected]

(Brasil)

Resumo O presente estudo tem por objetivo identificar o nvel de conhecimento de professores de Educao Fsica em procedimentos de primeiros socorrosrealizados frente s situaes possveis de ocorrer, no ensino fundamental II, em escolas pblicas e particulares do municpio de Canind-CE. Participaram desteestudo 18 professores de Educao Fsica dessas escolas. Para tanto, utilizou-se um questionrio fechado composto por 17 questes acerca do tema. Os dadoscolhidos foram analisados por meio de mdia e apresentados em valores percentuais e grficos. Conclumos que os professores de Educao Fsica, que atuam noEnsino Fundamental II e no Ensino Mdio da Cidade de Canind-CE, no esto plenamente capacitados a prestarem um atendimento primrio de qualidade. Unitermos: Primeiro socorros. Professores. Educao Fsica.

EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ao 18, N 186, Nov iembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introduo

Os primeiros socorros caracterizam-se por ser o primeiro atendimento prestado a uma vtima que est ferida ou

que adoece de forma instantnea, seja temporariamente ou de imediatismo. Eles so utilizados para identificar as

diferentes situaes de risco de vida de uma vtima e quais aes devem ser realizadas para que permaneam os

sinais vitais e no melhor estado para espera de um atendimento especializado (HAFEN, KARREN e FRANDSEN, 2002).

Sabendo que o professor de Educao fsica atua com diferentes prticas corporais, que podem causar eventuais

acidentes por contato fsico ou ocasionados por movimentos corporais diversos, imprescindvel que este professor

proporcione aos alunos os primeiros socorros de forma segura e com responsabilidade diante de eventuais acidentes

(SIEBRA e OLIVEIRA, 2010).

Nesse sentido, h uma grande preocupao por parte dos profissionais da rea da sade com o crescimento do

ndice de leses ocasionadas com alunos dentro das escolas, pois consensual que a demora ou um atendimento de

forma incorreta pode acarretar srios danos que podem atrapalhar na recuperao do aluno ou mesmo prolongar o

tempo de recuperao do mesmo (MAGEE, 2002).

A partir dessas observaes, surgem alguns questionamentos acerca da temtica: (1) Qual ser o nvel de

conhecimento dos professores de Educao Fsica no que se refere aos primeiros socorros? (2) Ser que esses

professores esto preparados para realizar o atendimento com segurana e domnio durante a realizao dos

procedimentos necessrios?

Assim sendo, esta pesquisa analisou o nvel de conhecimento de professores de Educao Fsica em procedimentos

de primeiros socorros no Ensino Fundamental II e no Ensino Mdio, em escolas pblicas e particulares do municpio de

Canind-CE.



Material e mtodos

O presente estudo se caracteriza por ser uma pesquisa de campo transversal e de natureza descritiva com uma

abordagem quantitativa. A pesquisa ocorreu no perodo de fevereiro a abril de 2013 em escolas pblicas e particulares

do Ensino Fundamental II e Ensino Mdio, situadas no municpio de Canind, Cear, Brasil. Participaram deste estudo

18 professores de Educao Fsica do referido municpio.

Utilizou-se o questionrio abaixo apresentado, composto por 17 questes acerca do tema, adaptado do instrumento

criado por Sell, 2010.

1. Voc j teve algum tipo de treinamento em primeiro socorros, com exceo da disciplina em

educao fsica?

2. Voc foi informado sobre a localizao de materiais de primeiro socorros e sobre algum procedimento

a ser tomado caso haja alguma emergncia?

3. Voc sabe verificar a presena de sinais vitais?

4. Qual o detalhe mais importante a ser observado em uma vtima e que deve ser informado ao servio

de primeiros socorros durante a ligao de solicitao de ajuda?

5. Dos servios de emergncia da cidade de Canind, qual voc sabe o nmero do telefone?

6. Quando uma pessoa estiver convulsionando, o que devemos fazer?

7. Como verificar se a vtima est respirando?

8. Como possvel facilitar a respirao da vtima, caso no haja suspeita de fratura (quebra) na coluna

vertebral?

9. Quais os sinais e sintomas e como proceder diante de uma contuso, at a chegada do atendimento

especializado?

10. Como proceder diante de uma distenso muscular, at o atendimento especializado?

11. Como proceder diante de cibras musculares?

12. Quais os sinais e sintomas de entorses?

13. Como proceder em caso de luxao, at o socorro especializado?

14. Como proceder em caso de suspeita de fratura, at o socorro especializado?

15. Como proceder em caso de suspeita de fratura da coluna cervical, at a chegada de socorro

especializado?

16. Como proceder diante de hemorragias?

17. Como proceder em caso de desmaio ou estado de choque, at a chegada do socorro especializado?

Os voluntrios na pesquisa leram e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecimento e esta pesquisa

foi estruturada de acordo com a resoluo N 196/96 do Conselho Nacional de Sade CNS para experimentos com

seres humanos.



Os resultados foram tabulados em uma planilha eletrnica do programa Microsoft Excel, 2010. Em seguida, os

dados foram analisados e expressos em valores percentuais. Alm disso, para uma melhor visualizao dos

resultados, foram criados vrios grficos.

Resultados e discusso

O grfico 1 apresenta o percentual de respostas positivas e negativas dos voluntrios quando perguntados se

tinham participado de algum tipo de treinamento em primeiro socorros, com exceo da disciplina de socorros

urgentes cursada na graduao em Educao Fsica. 61,1% dos professores responderam que Sim, enquanto que

38,9% responderam que No.

Grfico 1. Percentual de respostas positivas e negativas

No trabalho de Maia e colaboradores (2012), os resultados evidenciaram que 94% da amostra respondeu que

possua os saberes necessrios sobre o assunto.

O grfico 2, apresenta os resultados da questo 2, onde apenas 22,2% dos entrevistados disseram j terem sido

informados sobre a disposio de materiais de Primeiros Socorros, enquanto que 77,8% afirmaram no saberem

sobre estes materiais na escola. Isso indica uma negligncia por parte dos profissionais e por parte da escola,

considerando-se a grande potencialidade para acidentes dentro do ambiente escolar.

Grfico 2. Percentual de acertos e erros da questo 2

Todos os professores afirmaram saber verificar os sinais vitais. Segundo Silva e Marques S (2007), os sinais vitais

so parmetros que levaro a tomada de decises que melhorem as condies de sade das vtimas. Esses sinais

vitais so: freqncia cardaca, freqncia ventilatria, reflexo pupilar, temperatura, cor da pele, presso arterial, nvel

de conscincia e capacidade de movimentao. A verificao dos sinais vitais pode orientar o diagnstico inicial e

acompanhar a evoluo do quadro clnico da vtima (CABRAL e OLIVEIRA apud OLIVEIRA et al., 2004).



O grfico 3 mostra os resultados da questo 4, quando perguntados sobre o que mais importante de se observar

numa vtima, 16,6% dos entrevistados no responderam corretamente, o que j demonstra desconhecimento ou

inaptido ao realizar os atendimentos primrios. J 83,4% dos entrevistados responderam corretamente: verificar se

h sinais vitais. Assim, podemos deduzir que talvez nem todos os professores saibam realmente verificar os sinais

vitais, uma vez que uma parte deles no apontou que esses sinais vitais so uma prioridade no atendimento.


Nesse aspecto, os nossos dados concordam com o ponto de vista de Rabuske e colaboradores (2002), onde eles

afirmam que os professores no esto capacitados para o pronto atendimento ou agem de forma inadequada.

O grfico 4 apresenta os resultados da questo 5, quando perguntados sobre os nmeros telefnicos de

emergncia da cidade de Canind. Um professor (5,5%) sabia apenas o nmero do GSU (Grupo de Socorro de

Urgncias). Dois professores (11,1%) sabiam os nmeros do GSU, dos Bombeiros e da Polcia. Quatro professores

(22,3%) sabiam os nmeros do GSU e da Polcia e os 11 restante (61,1%) sabiam apenas o nmero da Polcia.

importante salientar, que os policiais, apesar de terem cursos na rea de socorros urgentes, no tm o material

necessrio para socorrer uma vtima de forma correta, portanto nesta pesquisa foram consideradas como corretos os

nmeros dos bombeiros ou do GSU.


Sardinha e Carvalho (2006), para os quais o ato de utilizar os primeiros socorros envolve duas importantes tarefas:

em primeiro lugar, ter o telefone dos pais e de um resgate; e, em segundo, prestar o atendimento adequado, para

minimizar danos ao aluno. Num estudo conduzido por Maia e colaboradores (2012), verificou-se que em 33,9% dos

casos de acidentes as vtimas/alunos so encaminhados diretamente a um hospital, em 32,1% os alunos so cuidados

na prpria escola e em 19,6% o atendimento especializado acionado.

O grfico 5 mostra os resultados da questo 6, onde se constata que 88,8% dos professores de Educao Fsica

sabem realizar o procedimento correto quando uma pessoa est convulsionando.




Segundo Rojo (2002), a crise convulsiva costuma ser um momento muito estressante, entretanto a maioria das

crises dura menos que 5 minutos e a mortalidade durante a crise baixa. Assim, deve-se manter a calma para que se

possa, efetivamente, ajudar a pessoa e, alm disso, devem-se tomar medidas protetoras no momento da crise, como

apoiar a cabea da vtima, afrouxar tudo que possa estar apertado e afastar qualquer objeto que possa feri-la.

Diferentemente dos nossos resultados, Jnior e colaboradores (2013), afirma que 63% dos pesquisados no sabem o

que fazer quando uma pessoa est convulsionando.

O grfico 6 mostra o nmero de acertos da questo 7, onde 66,6% dos avaliados sabem verificar quando a vtima

est respirando. Porm, de maneira surpreendente, 33,4% responderam, incorretamente, que para saber se a pessoa

est respirando, deve-se verificar a pulsao.

ACERTOS ERROS


O grfico 7 mostra os resultados da questo 8 que apesar desse expressivo ndice de erros ao verificar a

respirao, apenas 28% dos professores no sabem realizar procedimentos para facilitar a respirao de uma vtima.

J 72% sabem realizar corretamente este procedimento, como afrouxar roupas, fazer uma extenso da cervical para

abrir as vias areas.




O grfico 8 mostra os resultados da questo 9 onde, apenas 38,9% responderam corretamente sobre sintomas e

sinais e como proceder diante de contuses e o mais impressionante que 44,5% no sabem sequer definir os sinais

e sintomas da contuso e 16,6% apesar de saberem identificar os sinais e sintomas, no sabem como proceder diante

destas leses


Contuso o resultado de um forte impacto na superfcie do corpo. Ela pode causar uma leso nos tecidos moles

da superfcie, nos msculos ou em cpsulas ou ligamentos articulares. Para aliviar a dor na rea de contato, deve-se

aplicar gelo no local imediatamente. Massagem e aplicao de calor s so recomendadas 24 horas aps a contuso

(MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS, 2013).

O grfico 9 apresenta os resultados da questo 10, quanto aos procedimentos diante de distenses musculares,

94,4% dos professores de Educao Fsica responderam corretamente que se deve aplicar compressas frias e

imobilizar o local da distenso.




O grfico 10 mostra os resultados da questo 11, onde 55,5% dos entrevistados responderam corretamente como

proceder diante de cimbras, mas 44,5% dos avaliados no sabem como proceder diante desta ocorrncia.


Segundo Thompson (1995), a cibra uma contrao involuntria repentina e dolorosa, que pode ocorrer por

excesso de esforo e por perda de eletrlitos e fludos corporais. O alto percentual de professores de Educao Fsica

que no sabem como proceder diante desse evento preocupante, uma vez que durante as atividades fsicas

conduzidas dentro das aulas de Educao Fsica, os alunos perdem quantidades expressivas de gua e eletrlitos, o

que pode levar uma maior freqncia de cimbras durante as aulas.

Divergindo dos nossos resultados, o estudo realizado por Rosatelli (1996), constatou que 70% dos pesquisados

sabiam como proceder corretamente em casos de cimbras.

O grfico 11, mostra os resultados da questo 12 quanto aos sinais e sintomas de entorses, 83,3% dos pesquisados

responderam corretamente que seria dor ao movimentar-se, deformidade da articulao, inchao (edema) e perda da

mobilidade. Somente 16,7% responderam incorretamente que seria: dor no local, hematomas, fratura interna e

inchao.




O grfico 12, apresenta os resultados da questo 13, quando perguntados sobre como proceder em caso de

luxao, at a chegada do socorro especializado, 94,4% dos professores de Educao Fsica responderam de forma

correta, que seria imobilizar o local e aplicar gelo, e somente, 5,6% dos entrevistados responderam de forma

incorreta que seria imobilizar o local, aplicar calor.


O grfico 13 apresenta os resultados da questo 14, onde ao serem questionados sobre como proceder diante de

um caso de suspeita de fratura, at a chegada do socorro especializado, 55,5% dos pesquisados responderam

corretamente que seria imobilizar a regio, elevar o membro lesionado, aplicar gelo, 22,3% responderam que seria

movimentar de leve a regio, aplicar gelo, imobilizar o local, 16,7% responderam que seria aplicar calor e imobilizar o

local. Somente 5,5% responderam que seria movimentar de leve a regio, aplicar calor, imobilizar o local.


Pode-se definir uma fratura como a perda na continuidade de um osso, podendo ser de dois tipos: (1) fechadas,



nas quais a pele sobrejacente permanece intacta e no h ferimentos em volta e (2) expostas, quando o osso se

rompe, projetando sua extremidade para fora ocorrendo corte na pele, sangramento externo, existindo o risco

iminente de infeco (SAFRAN, MCKEAG e CAMP, 2002; TREVISANE et al., 2004).

Um estudo realizado por Bernardes e colaboradores (2007), demonstrou que 65% dos professores pesquisados

sabem reconhecer casos de fratura e 87,5% sabem socorrer a vtima acometida por fratura de maneira correta,

indicando uma diferena de 32% no nmero de acertos em relao aos nossos resultados.

O grfico 14 apresenta os resultados da questo 15, que no caso de suspeita de fratura da coluna cervical, 77,8%

dos professores afirmaram saber realizar os primeiros procedimentos corretamente, que seria imobilizar a vtima

deitada de costas, se for necessrio moviment-la como um bloco no mexendo a cabea, tronco, ou membros

separadamente. Somente 22,2% responderam que deitariam a vtima de bruos e aguardariam socorro. Apesar de

apenas 22,2% dos pesquisados terem errado na resposta, uma fratura na coluna vertebral pode causar leses

medulares irreversveis, como paralisia das pernas. Assim, este percentual demanda uma preocupao adicional com

os procedimentos adotados por esses profissionais diante desse tipo srio de leso.


O grfico 15, mostra os resultados da questo 16 onde os professores de Educao Fsica foram indagados como

proceder em casos de hemorragias, 33,3% responderam corretamente que iriam estancar com pano limpo e se o

ferimento for em um dos membros elevar e estender o mesmo. J 27,8% fariam um torniquete, (amarrar acima do

local) e estancariam com pano limpo, 27,8% responderam que fariam um torniquete e estenderiam at parar de

sangrar, caso ocorra no tronco estancar com pano limpo. Por fim, 11,1% responderam que iriam estancar com pano

limpo, elevar e flexionar o membro atingido colocando um chumao de pano, algodo ou papel atrs da articulao

flexionada, comprimir com panos limpos se forem outros locais.




Sabendo que a hemorragia a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguneo, veia ou artria,

alterando o fluxo normal da circulao e que se a hemorragia abundante se no for controlada pode levar a morte de

3 a 5 minutos. Segundo Nogueira (1994), pressionar o ferimento at que pare de sangrar, pedir para a vtima elevar o

membro ferido e pressionar pontos especficos so os procedimentos adotados para estancar hemorragias. Entretanto,

se o sangramento no parar necessrio rever a tcnica quantas vezes for preciso. J a aplicao de torniquete s

deve ocorrer em caso de amputao com sangramento abundante.

O grfico 16, mostra os resultados da questo 17, quando perguntados se saberiam como proceder em caso de

desmaio ou estado de choque at a chegada do socorro especializado, metade dos pesquisados responderam que

procederia verificando sinais vitais, afrouxando a roupa da vtima, repousando e aquecendo a mesma, tentando

acord-la, enquanto que apenas 33,3% procederia corretamente, ou seja, verificando sinais vitais, afrouxando a roupa

da vtima, repousar e aquecer a mesma, j 11,1% iria verificar sinais vitais, repousar a vtima, tentar acord-la, e

ainda 5,5% responderam que iria tentar acord-la, dar gua para beber, arejar a vtima.


O desmaio pode ser definido como a perda temporria de conscincia, que pode ser provocada por fatores

diversos, sendo o mais comum a hipoglicemia e desidratao. J os casos de estado de choque so provocados

geralmente por leses graves, tais como: hemorragias ou emoes intensas, queimaduras graves, ferimentos graves

ou extensos, entre outras causas.

As medidas gerais para tratamento so manter a vtima deitada com a cabea abaixo do corpo para aumentar a

circulao sangunea no crebro, afrouxar roupas apertadas, no dar nada para o paciente comer ou beber e se

estiver em local mal ventilado providenciar a remoo para outro local mais apropriado (OLIVEIRA e PAROLIN, 2004).

Por meio dos grficos, percebe-se que a maioria dos entrevistados no respondeu corretamente sobre as

especificidades e procedimentos acerca de contuses, hemorragias e desmaios.

Alm disso, percebemos que, apesar da maioria dos professores de Educao Fsica saberem como proceder diante

de cimbras e fraturas, um expressivo nmero desses profissionais no sabem os procedimentos corretos que devem

ser adotados nestes dois casos.

Assim, podemos deduzir que, caso os alunos sejam acometidos por contuses, cimbras, fraturas, hemorragias e

desmaios, durante as aulas de Educao Fsica, estaro sujeitos a um risco potencialmente alto para agravos aps

acidentes, uma vez que um nmero considervel de professores respondeu incorretamente sobre os procedimentos

supracitados e, portanto, no sabero como prestar os primeiro atendimentos de maneira correta e isso implica,

inclusive, num aumento das seqelas desses acidentes.

Concluses



Conclumos que os professores de Educao Fsica, que atuam no Ensino Fundamental II e no Ensino Mdio da

Cidade de Canind-CE, no esto plenamente capacitados a prestarem um atendimento primrio de qualidade, pois

apesar de a maioria dos professores terem respondido corretamente a 13 das 17 perguntas do questionrio, quatro

perguntas foram respondidas erradamente pela maioria desses professores.

Considerando o fato de os professores de Educao Fsica terem cursado na graduao a disciplina de primeiros

socorros ou socorros urgentes, e que mesmo assim alguns desses professores demonstraram no saberem sequer

como proceder diante de situaes comuns de ocorrerem durante as aulas de Educao Fsica, como no caso de

cimbras e contuses, mostra o despreparo de alguns desses profissionais diante das potenciais situaes de risco de

acidentes dentro do ambiente escolar.

Por fim, para que haja uma reverso ou melhora desse quadro de inaptido, necessrio que algumas medidas

sejam tomadas, como por exemplo, atualizao dos procedimentos adotados atravs de cursos de capacitao

terico-prticos na rea de socorros urgentes. Isso contribuir no apenas para um melhor atendimento primrio em

caso de acidentes, mas tambm permitir o desenvolvimento de atitudes preventivas, que diminuiro a freqncia de

acidentes na escola, proporcionando aos alunos uma maior segurana, principalmente durante as aulas de Educao

Fsica.

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