nisia floresta

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO História da escolarização brasileira e processos pedagógicos NÍSIA FLORESTA Fernanda Kieling da Costa, Gabriela Wankler, Tiago Bordin Lucas, Vanessa Schwingel EDU01004-Turma G Nov./2012

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Page 1: Nisia floresta

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

História da escolarização brasileira e processos pedagógicos

NÍSIA FLORESTA

Fernanda Kieling da Costa, Gabriela Wankler, Tiago Bordin Lucas, Vanessa Schwingel

EDU01004-Turma G

Nov./2012

Page 2: Nisia floresta

Dionísia Gonçalves Pinto

Filha do português, Dionísio Gonçalves Pinto, com uma brasileira, Antônia Clara Freire;

Pseudônimo: Nísia Floresta Brasileira Augusta

● 12/10/1810 - Papari (hoje Nísia)-RN

● Sofreu perseguições - Pernambuco, RS e RJ

● Europa

● 1885 – França; pneumonia

● (Corpo trazido ao BR em 1954)

Page 3: Nisia floresta

1823 — Aos treze anos, casou-se com Manuel Alexandre Seabra de Melo,

mas separou-se em alguns meses e voltou a residir com os pais.

1824 — Devido ao clima de revolta que dominava a região, a família de Nísia transferiu-se para Pernambuco e residiu, primeiro em Goiana, depois em Olinda e Recife.

1828 — Em 17 de agosto, Dionísio Gonçalves Pinto Lisboa foi assassinado nas proximidades de Recife. No mesmo ano, Nísia Floresta passou a residir em companhia de um acadêmico da Faculdade de Direito, Manuel Augusto de Faria Rocha.

1830 — Em 12 de janeiro nasceu a filha Lívia Augusta, que será sua companheira nas viagens pela Europa e futura tradutora.

1832 — Publicação do 1º livro. Neste ano, Nísia, o companheiro e a filha transferem-se para Porto Alegre (RS).

1833 — Nasce o outro filho, recebendo o nome de Augusto Américo. Mas em

29 de agosto, Manuel Augusto morre repentinamente aos 25 anos,

deixando-a com os 2 filhos pequenos

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1837 — Em meio à Revolução Farroupilha que agitava as plagas sulistas,

Nísia Floresta transferiu-se para o Rio de Janeiro.

1838 — Através dos jornais da Corte ela anuncia a inauguração de um estabelecimento de ensino, o "Colégio Augusto", cujo nome é uma homenagem ao companheiro precocemente desaparecido.(?)

1842 — Publicação de Conselhos à minha filha, no RJ; Dedicado à filha como

presente pelo aniversário de12 anos; Trabalho de Nísia mais editado e

traduzido.

1847 — Três novas publicações no RJ: Daciz ou A jovem completa, uma

historieta oferecida às educandas do colégio; Fany ou O modelo das

donzelas, publicado em 8/04/1847, pelo Colégio Augusto; e Discurso que às

suas educandas dirigiu Nísia Floresta Brasileira Augusta, pronunciado no

encerramento das aulas do Colégio Augusto, em 18 de dezembro de 1847.

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1849 — Primeira edição de A lágrima de um Caeté, no Rio de Janeiro, sob o

pseudônimo de Telesila. O poema de 712 versos trata da degradação do

índio brasileiro e do drama vivido pelos liberais durante a Revolução

Praieira, reprimida em Pernambuco em fevereiro desse mesmo ano. Nísia

Floresta embarca para a Europa com os dois filhos, no dia 2 de novembro.

1852 — Em 27 de janeiro volta ao Brasil, onde vai permanecer por cerca de

dois anos. Durante este período, ela aproveita para vender parte das terras

que havia herdado no Nordeste.

1853 — Publicação de Opúsculo humanitário, no RJ, onde a autora condena a

formação educacional da mulher, não só no Brasil como em diversos

países.

Page 6: Nisia floresta

1855 — O Jornal O Brasil Ilustrado publica em 8 capítulos o texto "Páginas de

uma vida obscura", que traz a história de um negro escravo e o que a

autora pensava, na época, acerca da escravidão; e "Passeio ao Aqueduto

da Carioca", em que ela se faz de cicerone e passeia com o turista pela

cidade do Rio de Janeiro.

1856 — O Brasil Ilustrado publicava "O Pranto Filial", (dor pela perda da mãe).

Publicado um livro de versos: Pensamentos. Em 10 de abril, Nísia iniciava a

segunda viagem rumo à Europa, acompanhada apenas pela filha. Somente

após 16 anos ela tornará a ver a paisagem carioca e seus parentes. O

Colégio Augusto fecha definitivamente suas portas neste ano. A escritora

recebe em sua residência o filósofo Auguste Comte, e também é deste ano

a correspondência trocada entre eles, num total de 14 cartas.

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1857 — Em 5 de setembro morria Auguste Comte. Nísia Floresta foi uma das

quatro mulheres que acompanhou o cortejo fúnebre ao Père Lachaise. É

publicado em ParisItinéraire d'un voyage en Allemagne (impressões da

autora sobre as cidades alemãs).

Nos anos seguintes, diversas obras já publicadas foram traduzidas para a

língua italiana e francesa.

1864 — Publicação do primeiro volume de Trois ans en Italie, suivis d'un

voyage en Grèce, em Paris.

1872 — Após 16 anos no exterior, em 31 de maio, Nísia desembarca no RJ.

Também nesta ocasião ela vai aproveitar para vender suas terras.

1885 — Em 24 de abril, às nove horas da noite, Nísia Floresta Brasileira

Augusta morria vitimada por uma pneumonia. Dias depois, era enterrada

num jazigo perpétuo no Cemitério de Bonsecours.

Page 8: Nisia floresta

NÍSIA FLORESTA● Escritora, educadora, feminista e fundadora de colégios

para meninas.

● 15 títulos – português, francês e italiano;

● mulher no século XIX;

● temáticas abolicionistas, indianistas e nacionalistas.

● Opúsculo Humanitário; Conselhos à minha filha; Discurso às educandas; O abismo sob as flores da civilização; Fany ou o modelo das donzelas; A mulher; Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens; A Lágrima de um Caeté; O pranto Filial; Pensamentos; Páginas de uma vida obscura; Passeio ao Aqueduto da Carioca; Itinéraire d'un voyage en Allemagne; Le Brésil; Trois ans en Italie, suivis d'un voyage en Grèce; Fragments d'un ouvrage inèdit - notes biographiques

Page 9: Nisia floresta

Propósito: formar e modificar consciências – alterar o quadro ideológico social.

EDUCAÇÃO – discurso e novela, ensaios e colaborações jornalísticas.

● Revela visão ampla e consciente do problema educacional – empenho em contribuir para que as mulheres pudessem ter acesso à instrução e educ.;

● Primeiras das brasileiras a utilizar a imprensa para a divulgação das ideias feministas (defesa do sexo feminino).

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1º livro: “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”,

publicado em 1832. Foi o primeiro no BR a tratar dos direitos

das mulheres à instrução e ao trabalho, inspirado no livro da

feminista inglesa Mary Wollstonecraft: Vindications of the

Rights of Woman. Nísia se utiliza do texto da inglesa e

introduz suas próprias reflexões sobre a realidade brasileira.

Corrente de pensamento: Utilitarismo

Valorização da mulher é uma necessidade inerente à

própria sociedade e não apenas a elas singularmente.

Page 11: Nisia floresta

Mulher à frente de seu tempo!

● A ficção didática de Nísia Floresta, de Constância Lima Duarte – Livro:500 anos de educação brasileira.

● Próxima do pensamento liberal mais progressista;

● Limitada por sua formação religiosa aos ditames conservadores do catolicismo.

● Difusão em massa de escolas de primeiras letras p/meninas em nºigual das de meninos;

Page 12: Nisia floresta

● Fany ou o modelo das donzelas● Novela didática-moralista; Porto Alegre-

Rev.Farroupilha;

● Publicado no RJ em 1847.

● Texto curto, sem diálogo; Nunca foi localizado um exemplar da primeira edição. Manuscrito doado a historiador em 1935.

● Daciz ou a jovem completa. Obra perdida, bem como, publicado em Paris, o romance Parsis.

Page 13: Nisia floresta

Obrigado (a)!