nietzsche verdade

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  • 7/27/2019 Nietzsche Verdade

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    BBLIOTECA DE FILOSOFIA

    E HISIA DAS CINCAS

    VO.

    Rb Mh

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    b

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    Rbr Mchd

    CP-Brasil CatalogaoNaFonte

    (Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ Brasil)Machado Roberto Cabral de Melo 1942

    Nietzsche e a erdade/ Roerto Machado. So Paulo: Paz e Terra 1999ISBN 8570380070

    M33n

    1 Nietzsche Friedrich Wilhelm 18441900 2 Arte de cincia3 Metafsica 4 Verdade 5 tica

    99-0152

    I Ttulo

    EDES GAAL LTDAR Hermenegildo de Barros, 31A Glria

    2024040 Rio de JaneiroRJTe!. (02) 2528582

    EDOR P E ERA SARua do Triuno 177

    0122010 So PauloSP

    Tel: (01) 223-6522F: (01) 2236290

    1999presso no Brasil rnd n Brz

    CDD193CDU1(43)

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    Su

    IODUO 7

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    INTRDU

    lx a ca s uma sas a us a ccm pam lc a az a cscca cc a a

    cas ma a sa NzcTma csa u sus pms a ms xs a pa sa pmca ca pm aaa um cc cca Suas m umapspca al u a maa a zs alc ma a sscal a acala scaclssca a acaa cca ma u sa a

    Nzc alza uma cca acal ccm acal al cm x s Scas PlaS xs m Nzsc ppam uma us

    psmca mula uma cusa uma a ccm pu pma a cca p s m a ppa cca m uas palaas m s cca a cca m m u a pa acca sa a su apam a alcm uma a caa z mas cca A cca caapa pma z cm plmca suspa u pma apaa maza pNzsc

    uamalm a cca a cca uma cca aa N s pcua salc um ccs mc a uca as us

    upa s scul alza a acala P ca amcs pj "aala s alsa sa a a uma cca a ppa a a csaa cm um a up cm auma cca pa a pp pj psmlc

    7

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    egado cicia a possibilidade de ela mesma elcidarsa qesto egado a ma crtica itera do cohecimeto apossibilidade de se costitir como ma verdadeira crtica o

    essecial da mh cosiste em articlar a cicia com maexterioridade capaz de revear as reais dimeses e os obetivos do proeto cietfico cosiste em expicitar os fdametos morais da cicia apotado ao mesmo tempo a artecomo m modelo alterativo para a racioalidade. Da o privilgio da arte e da moral como istcias qe possibiitam odiscrso ietzschiao sobre a cicia idicadolhe sas das

    direes pricipaisA oposio etre arte e cohecimeto racioal percorretoda a obra de ietzsche qe valoriza a arte trgica ao combater a preteso qe caracteriza a cicia de istitir madicotomia tota de valores etre a verdade e o erro. ssa atiomia fdametal o esprito cietfico" qe asce aGrcia clssica com Scrates e Pato e d icio a ma idade

    da razo qe se estede at o mdo modero qe ietzschechega a chamar de civilizao socrtica" tem como codio a represso da arte trgica da Grcia arcaica A se ecotra o modelo qe he permite pr em qesto ao assiaaro se ascimeto o vaor da racioalidade ressatado a posi-tividade da arte como expericia trgica da vida Coocarsea escola dos gregos apreder a lio de ma civiizaotrgica para qem a expericia artstica sperior ao cohe-cimeto racioal para qem a arte tem mais valor do qe averdade Se Scrates e Plato sigificam o icio de m gradeprocesso de decadcia qe chega at ossos dias porqe osistitos esticos fora desclassificados pela razo a sabedoria istitiva reprimida pelo saber racioal

    Se a tese de m atagoismo etre arte e cicia caracerstica de toda a obra de ietzsche ea o merece o

    etato a mesma ateo em termos de alise em todas asfases de sa reexo. Croologicamete a qesto da cicia eda verdade qe se costiti como o poto cetral de saflx qul p qul u ng m p um

    deslocameto de ma alise da expericia artstica co

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    siderada como ica atagoista da cicia para ma alise da moral cosiderada como aqilo qe d setido qe dvalor ao cohecimeto Assim eqato a oposio etre arte

    e racioalidade tematizada de modo mais explcito os escri-tos qe compem o primeiro perodo de sa obra de 69 a76, a crtica da moral se impe como a qesto mais costate a partir de Humn mi humn. Deslocametoq o total a medida em qe a preocpao com a moral aparece os primeiros escritos embora sea mais assialadado qe desevolvida como se s progressivamete fosse se

    do descoberta sa importcia como dameto da racioalidade; por otro lado a reexo sobre a arte tambm odesaparece dos ltimos escritos depois qe foi descoberto ofio da moraL Mesmo qe importates precises sobre a oo de trgico seam itrodzidas a qesto da arte o merece mais a ateo dos primeiros textos. Isto porqe a posi-o de ietzsche estava firmada desde o primeiro mometo

    a arte mais importate do qe a ciciaA segda direo da reexo ietzschiaa o roJparetesco etre a cicia e a moraL Sa idia clara se hposio etre cicia e arte h cotiidade etre cicia emoraL ietzsche sspeita stamete da idepedcia da cicia com relao moral assim como da pretesa oposioetre as das A cicia o est iseta de zos de valor maisaida a moral qe d valor cicia Uma geealogia daverdade tal como ietzsche a elabora esse mometo s podeser feita o mbito de ma geealogia da moral posio qe oimplica ma teoria do cohecimeto em mesmo ma moraL Aperspectiva qe estabelece ma relao itrseca etre cicia emoral propriamete ma geealogia da votade de potciama alise histricolosfica dos valores em qe a moral emvez de ser poto de vista crtico para avaliar o cohecimeto

    ela mesma avaliada de m poto de vista extramoral capaz deatigir as bases morais do proeto epistemolgico.

    Pesado a cicia a partir de se atagoismo com aarte e de sa cotiidade com a moral o qe faz ietzsche avaliar o cohecimeto racioal e a preteso de verdade por

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    meo de do enmeno uu oundmene eeogneo um ondedo oo e o ouo nego queexmem um umeno ou dmnuo de o de on A

    te exe um uebundn de o emee o n-no undmen onde e de on A mo- e um den de o emee nno eundo m o onde dee de on

    gdo deen oneu nome me-odog e e de e d de edde t d dmeno d o m mone n-

    ne d oo de Neze Nee endo donmo e d dedn e oo de um noode odo o oe mm um elexo obe d omoo de o

    Ee o e ome de eA me e d eo ene e e n Pe

    endo memene exo noo nezn de "me- de t eudndo o do "nno eo d n-uez o oneo e o dono que eo n be de g Te oeudo de mo em que endo oo d te que Neze ez n me e de uelexo omo eo oo e nomo de u ondde e eu d ego me

    de en e n o deenemene de exo oe-oe em ue en d omo n ou em que eende emn ooo enn ne o ob nun de Kn e oenue u oo e doom ene n e en enmeno e o em eeeno e onde emz eo ene beeze edde e o onegune ene oneo e dono Pe-

    endo mo que embo be om ooo meenn gnde ngudde do enmeno oo de Neze ne o ze um oog d n omo nee d e n de eo en- um oog ono d e

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    Nsc a vra

    stuae em seun lua a antnma ente metascaacnal e metasca e atsta u em que sent acnals-m esttc sctc mac que assnala a mte a ate

    tca. Anlse apaecment as cateas e az cns-cnca ctca claeza sabe cm pncps que eemntea e aala a ca atstca anlse a ps entenstnt esttc e nstnt acnal ente a a a ate e aa cnecment cnseas cm mates e seentes tps e sabe; anlse a quest a eae naspespectas a metasca e atsta e a metasca sctca a

    pat a ela ente essnca e apanca.stuae nalmente cm a ctca eae centca se az ns texts meatamente pstees a im gi sem eenca a pjet e metasca e atsta.Neste mment unamental a anlse passa a se a ctcaa nstnt lmta e cnecment pela explca e suanese que etecta seu sl mal e pela a-ma a elatae cnecment e seu "antpmsm e sua a mnante e lus O que cnuz apla a ate e a lsa tcas cm as capazes ecntla nstnt e cnecment e nstaua um tp ea e e cnecment etemna p ales atstcs.

    A seuna pate tata a ela ente cnca e mal talcm emulaa sbetu a pat e im fu u Peten em pme lua msta cm a quest

    a cnca que cntnua sen unamentalmente a questa eae n pe se elucaa atas e uma anlsentena a ppa cnca mas emete necessaamente a umaeneala a mal n uma tea mal mas uma tea antae e pnca em que a a cnseaa cm pn-cp ltm e aala tant cnecment quant amal.

    m seua analsae pet e cnsttu e umaeneala a mal que nesta nascment e al amal juaccst expn as ts uas unamentas quepssbltam ncluse en nlsm essentment a mcnscnca e eal asctc A anlse stcsca a

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    moral tambm remete cocepo da vida como fora, comopotcia o como votade de potcia qe lhe serve de fmeto. E o qe se revela, eto, a grade atiomi etre a

    moral e a vida a moral, como maifesto da fraqeza e isrreio cotra a votade afirmativa de potcia, ma egaod vida, m combate cotra ses valores mais dametais.

    Ser eto possvel compreeder como a geealogia damoral o fdameto e ma geealogia da verdade o elemetochave da argmetao o coceito de votade deverdade. A articlao etre ordem epistemolgica e ordem

    moral o o estabelecimeto das codies de possibilidademorais da cicia se realiza pela relao etre votade de verdade e votade de potcia A votade de verdade, qe acrea de qe ada mais ecessrio do qe o verdadeiro, deqe o verdadeiro sperior ao falso, de qe a verdade mvalor sperior crea qe fda a cicia e costiti a esscia da moral e da metafsica a expresso de mavotade egativa de potcia. Se a cicia o se ope aoiilismo moral e deve mesmo ser cosiderada sa forma maisrecete e mais bem elaborada porqe a votade de verdadeqe a caracteriza se ecotra o mago do ideal asctico.

    A terceira parte trata da relao etre verdade e valorsitado a posio cetral qe a qesto da verdade ocpa oproeto de trasvalorao de todos os valores" Pretedo, emprimeiro lgar, aalisar como toda a losofia de ietzsche

    ma ilosofia do valor o setido de ma crtica radical dosvalores domiates a sociedade modera e ma proposta detrasformao do prprio pricpio de avaliao de ode derivam os valores Se a criao de valores speriores porqeo existe vaor em si, too var criado expresso dotipo egativo de votade de potcia, a votade afirmativa depotcia o pricpio de ma ova istitio de valores. A

    qesto do valor, e da verdade como valor, remete, portato, avaliao e esta votade de potcia.

    Aprofdarei, em segida, esta codio bsica da trasvalorao de todos os vaores assialado a importcia qea filosofia de ietzsche tm os istitos o os implsos co

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    Nesce e a verae

    siderados como m cojto de oras, icoscietes e qalitativamete dieretes, em lta A isiologia da potcia" ma cocepo do corpo como sede de m cojto de is

    titos em relao qe cioa como ma crtica das dei-ies do homem pela coscicia o pela razo o iilismo a sbordiao dos istitos dametais coscicia, razo e explica como e por qe ma teoria do cohecimto sbstitda por ma teoria da perspectiva dos istitos qe cosidera o cohecimeto como a expresso dessaplralidade de oras em lta.

    Voltarei, ialmete, problemtica da verdade para assialar a ilexo qe sore a trajetria histrica de sa reexode ma metasica de artista para ma geealogia dos valoresMas sobretdo para tematizar, a alise geealgica, a coexistcia pois o se trata de ma evolo de perspectivas estratgicas dieretes sobre a verdade decia da verdade como metira e reividicao da aparcia como icarealidade sem dvida, procedimeto de iverso da metasica; sperao da oposio metasica de valores, qe altima e mais radical palavra de ietzsche. Criticado a opo-sio de valores qe est a origem da metasica, da moral, dacicia e propodo a arte trgica, dioisaca, como ica ora

    apaz de se opor ao iilismo, egao da vida, ma dasgrades criaes da ilosoia de ietzsche a exigcia dema perspectiva para alm de bem e mal e de verdade e erro.

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    A t tg lg

    Oqe a ate Qe impotcia tem ela paa a vidaQe relao matm com a fora e a fraqeza? As respostas aessas qestes fdametais de sa losofia, ietzsche as s

    gere, desde o primeiro mometo, a partir de ma reexosobre a Grcia arcaica qe sempre lhe servi de modelo privilegiado a crtica aos valores da decadcia

    Se possvel estabelecer m poto de partida de sareexo sobre a arte a Grcia, este se ecotra a correlaoetre ma sesibilidade exacerbada para o sofrimeto e maextraordiria sesibilidade artstica qe caracteriza os gregos eqe se explica pela fora de ses istitos Por casa da forade todos os ses istitos a vida dos heleos era mais rica emsofrimetos. Qal era o atdoto?"

    xtremamete sesvel capaz de grade sofrimeto, bastate vlervel dor, o grego tem essa codio m perigopara a vida a dolorosa violcia da existcia pode levlo aopessimismo, egao da prpria existcia A materialidadedesse pessimismo radical costiti o qe ietzsche deomia

    sabedoria poplar/ ilosoia do povo" da Grcia e ilstrapela sabedoria de Sileo, persoagem ledrio, compaheirode Dioiso. Diz a leda qe Midas, rei da Prgia, ecotradoos bosqes o sbio Sileo, qe por l vivia bebedo, rido ecatado, pergtalhe o qe existe de mais desejvel para ohomem, isto , qal o bem spremo. A pricpio sem qererrespoder, pressioado, o sbio aal respode Miservel raa

    de efmeros, ihos do acaso e da pea, por qe me obrigar adizer o qe o tes o meor iteresse em esctar? O bemspremo te absoltamete iacessvel o ter ascido, o n ser. m compesao, o segdo dos bes podester logo morrer" 4

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    A rte greg tem orgem nest problemtc Arte e relgo esto pr os gregos ntmmente lgs ou melhorso ntcs o mesmo nstnto ue prou rte prou

    rego Por ue os gregos crrm os euses olmpcos ou rte pone Pr tornr vd possve ou esejvel no omuno um superbunnc e v A cro rte po-lne ue tem n epop homrc su ms mportne rel-o expresso e um necesse "A vd s possvelpes mrgens rtstcs/ est compnh Netsche emto su reexo Ms neste momento el possu um sento

    precso pr ue o grego povo ms o ue uluer outroexposto o sofrmento puesse vver fo necessro mscrros terrores e troces exstnc com os euses olmp-cos euses legr e bele, resplnecentes flhos osonho

    A epop poes cvlo polne, um moo eregr um sber pessmst o nulmento v A m-

    portnc rte polne su for mrvlhos como ntoto ser cp e nverter sbeor e Sleno o eusslvestre crno evnc ue "o ml supremo morrerlogo o seguno os mes ter ue morrer um 8 Oseuses olmpcos no form cros como um mner eescpr o muno em nome e um lmmuno, nem tmum comportmento relgoso bseo n scese, n esprtul

    e no ever so expresso e um relgo v nte-rmente mnente rego bele como oro e no flt u vn o ue exsteY

    Dnr neste contexto sgnfc funmentlmnte tornr eo emeler A e pone rte ee se oseuses ompcos no so necessrmente bons ou vereros como o eus s reges mors eps nss por

    Netsche ees so eos. Pr o grego bee mermon orem proporo elmto ms tmm sgn-fc clm e lbere com reo s emoes sto seren-e Contr or o sofrmento morte o grego vn omuno crno ele No xste eo ntur O muno

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    eg belez mun "bel prnc; belez um prnc

    A uest prnc centrl em t flsf e

    Netzsche. Em nimn gi e ns escrts e frg-ments pstums est pc seu pensment se estrutur,nspr em Knt e Schpenhuer, utlzn s ctmsessnc e prnc, csems e fenmen, nte e represent "O hmem lsf tem mesm prsentment uesb rele em ue ems e ne estms se cult umsegun, ttlmente ferente, e tl m ue rele

    tmbm um prnc1 Se belez um prnc prue h u ere ue essnc. Ms n belez um prnc, um fenmen, um represent ue tempr bjet mscrr, encbrr, elr ere essencl mun Pr escpr sber ppulr pessmst, greg crum mun e belez ue, ns e expressr ere mun, um estrtg pr ue el n ecl. Pruzr belez sgnfc se engnr n prnc e cultr ererrele "O ue b - um sens e przer ue nscult em seu fenmen s erers ntenes nte[] Objetmente b um srrs nturez, um superbunnc e fr e e sentment e przer exstn-c [ Negtmente ssmul nfrtn, supress e ts s rugs e lhr seren lm cs [ Ol nturez neste bel srrs e seus fenmens seuzr utrs nules em fr exstnc.1 N pel Bel ue s css bels s bels Qun se z uelg bel pens se z ue tem um bel prnc, semn se enuncr sbre su essnc Mscrn essnc, nte, erer rele, belez um ntensfcs frs ue ument przer e exstr.

    Trtse prm e um prnc necessr Um s

    teses prncps e nimn gi su "hptesemetfsc, ue ser erer, "un rgnr temnecesse bel prnc pr su lbert; um lbert r pel prnc15 A nte, term ue utlz pr Netzsche n sent ue tem em Schpenhuer e

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    ncleo o muno essnc s coss muno so e enroou for ue eernmene uer esej e spr 4 em necesse o polneo como conscnc e s. "Conecee

    mesmo o lem polneo. O muno polneo belez omuno nuo (o nuo o Eso o prosmo) conscnc e s. nule conscnc um prnc um represeno o uno orgnro; rso um u se prouz rnsfguro rele ue crcerz re: sso ue consu o processorsco orgnro. E necesse ess rnsfguro r

    sc esse "esejo orgnro e prnc o ue possbl murl cpz e ressr sbeor pessms e Sleno."Com os gregos 'one uer se conemplr nes rnsfguro ue le oferecm o gno e o muno re [ ] Porum jogo e espelo belez em ue os gregos m oseuses como seus belos reexos one elnc comb po correl o om rsco pr o sofrmeno epr sbeor o sofrmeno. E o monumeno ess r Homero o rs ngnuo ue se ele ne e ns. Omuno os euses olmpcos um espelo ue rnsfgur "one ue esej se conemplr nes rnsfguro.

    Assm o pmero mpone resulo nle necn o mosr como os gregos ulrpssrm encobrrm oufsrm um sber ue me esrulos grs umconcepo polne o elogo prnc. polo

    g re j sgnfc como sempre sgnfcr pr Nezsceum polog prnc como necessr no pens mnueno ms nensfco

    Ms sso no uo nem mesmo o ms funmenl.Esse prmero resulo n prelmnr ncluse pr concepo prnc ue ure o su mponc

    uno pens lm s froners e um re polne. rzo ue conscnc polne pens um u o ue M ue ssmul o grego um muno ue pelo ueencerr e ere no poe ser gnoro. Preeneno subsur o muno ere ou ere o muno pels bels

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    forms rte pone ex e o go essenc; vrno scosts pr ree ssmuno vere e esconser o outro nstnto esttco nture ue no poe ser

    esueco o onsco.Pr ue se poss compreener concepo netschn

    o onsco e ncusve vr s semehns e ferensue e encerr com reo o ue etsche posterormentefrmr precso sntr ue o onsco consero comonuor v ue rte pone se contrpe no proprmente grego Pr o grego poneo ee prponeo

    sto ttnco ou extrponeo sto brbro Donso oeus e um rego ue vem o estrngero Ms o cutovenceno resstnc pone fo pouco pouco penetrnon Grc e se frmno como se poe ver em bne Eurpees

    Fo um momento e grne pergo e grne meo pr omuno grego. s muss s rtes 'prnc empecm

    nte e um rte ue em su embrgue procmv vere e em ue sbeor e Seno grtv Infece!Infece n cr serene ompc. O nvuo seus mtes e su me c no esuecmento e s crc-terstco os estos onscos e per competmente memr os precetos poneos. mu se esvev como vere; contro e vop nsc or seexpressvm o ms profuno nture O novo cuto rego onsc punh em uesto os vores ms unments Grc. oposo entre os os nstntos sus puses s us potncs s us fors rtstcs nture o poneo e o onsco er tot expe-rnc onsc em ve e nvuo ssn justmenteum ruptur com o inium iniiuini e um totreconco o homem com nture e os outros homens

    um hrmon unvers e um sentmento mstco e une;em ve e utoconscnc sgnfc um esntegro o euue superfc e um emoo ue boe subetve to tot esuecmento e s; em ve e me ecoso hybi esmesur nture conser como vere e

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    xulando na algia, no sofimno no concimno;8 mz d dlimiao, calma, anqilid, snidad, um com-oamno macado o um xas, o um nfiiamno,

    o uma xaagncia d fnsi sxual qu dsi a famlia,o uma bsialidad naual consiuda d olia culda-d, d foa gosca bual m z d sono, iso onica, mbiaguz, xincia ogisica

    Dssa foma, o xas dionisaco oduz, nquano dua,um fio lgico qu dissia udo o qu foi iido no assado: uma ngao do indiduo, da conscincia, do Esado,

    da ciilizao, da isia. Mamofosados m sios silnos, ss da nauza oios do omm dadio, osloucos d Dioniso dsingam o u, a conscincia, a indi-idualidad s snm na dadia nauza.

    Mas ainda um sgundo igo dcon do imioo sa, o dsgoso a xisncia, o snimno d qu udo absudo, imossl, qu aac com a ola ao sado dconscincia O concimno, ou mais cisamn, oquno s aa igoosamn d concimno, a moo, a xincia dionisaca ndo significado um acsso dad danauza, uma dad qu mosa qu a nauza dsmsuada ou qu dad dsmsua, faz o omm comnd a iluso m qu iia ao cia um mundo d blza jusamn a mascaa a dad A iso da ssncia na imul das coisas faz com qu l dsisa d agi consui

    uma ciilizao A ciilizao, qu um mundo aan, fnmnal, lada como imosua la nauza, lo nclo no das coisas, la dad dionisaca. Quando aconscincia foi nada o ssa dad, o omm s udo o oo o absudo do s ] conc no asabdoia d Silno, o dus sils E oado lo dsgoso s snido a xincia dionisaca uma m

    biagu do sofimno qu dsi o blo sono

    o ss om o dionisaco d qu izsc fa ologio Exondo suas aacsicas, ssalando sus igos,su l insino dsuido, o ilsofo isa a ala ainda

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    mais a imoncia do noo andoo qu cona l foi ciado.Poqu noamn la a qu o ggo salo do igosnado o ssa ligio dionisaca bua, slagm, na

    ual, dsuidoa Ou mlho, la sgunda z a ia idasala o ggo uilizando a a como insumno A a osala, mas la a a vi qu o sala m su oio", dizizsch nunciando um nsamno qu cada z adquiimais imoncia m sua filosofia oo io d a, qusna o aogu da ciilizao gga, qu no ndmais sablc uma incia, um anao, uma mualha

    qu imossibili a nada a xanso do dionisaco, comoocuou faz a a aolna, a osia ica. A caacsicada noa sagia asica inga, no mais imi, olmno dionisaco ansfomando o io snmno d ds-goso causado lo hoo lo absudo d xisncia msnao caaz d ona a ida ossl. Mio ainda dAolo, mio do dus do sonho da blza, oqu mio

    da a S dsa z Aolo sala o mundo hlnico aaindo adad dionisaca aa o mundo da bla aancia oquansfoma um fnmno naual m fnmno sico. sssa ansfomao do dionisaco uo, bbao, oinal ma sala a ciilizao gga oqu inga a xinciadionisaca ao mundo hlnico aliiandoa d sua foa dsuidoa, d su lmno iacional, siiualizandoa. A iluso aolna, caacsica da a, liba da osso doso xcssio do dionisaco, miindo moo s dscaga m um domnio aolno

    sa a aolnodionisaca, conciliao n Aolo Dioniso,Z qu consiui aa izsch o momno mais imoan da a gga. Imoncia qu l xim m mos mdicos afimando qu la ossui um dadio fioauico, um ficaz ao d cua: a a dionisaca ans-

    foma um nno a oo mgica, o ilo das fiicias m mdio, iando d Dioniso suas amas dsuidoas

    O aooso filo das fiicias fio d olia culdaddia a foa anas o lmbaam mas como os mdioslmbam os nnos moais a sundn misua nos

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    Rb

    aftos a dulicidad dos loucos d Dioniso . 27 S o urodionisaco um nno orqu imossl d sr iido; orqu acarrta ncssariamnt o aniquilamnto da ida. S

    a art caaz d fazr articiar da xrincia dionisaca smqu s sja dstrudo or la orqu ossibilita como quuma xrincia d mbriaguz sm rda d lucidz.28

    A art dionisaca a art trgica um jogo com a m-briaguz uma rsntao da mbriaguz qu tm justamnt or obtio aliiar a mbriaguz; ou m outras alarasno roriamnt mbriaguz ou orgia mas idalizao da

    mbriaguz ou da orgia Mas s a mbriaguz o jogo danaturza com o homm a criao do atista dionisaco ojogo com a mbriaguz O sridor d Dioniso d starm stado d mbriaguz ao msmo tmo rmancr ostado atrs d si como um obsrador No na altrnnciantr lucidz mbriaguz mas m sua simultanidad qus ncontra o stado sttico dionisaco29 Essa noo d jogo fundamntal ara comrndr a difrna ntr o dioni-saco orgistico o dionisaco artstico como o grgo atrasda blza rrimiu no dionisaco brbaro sus lmntos dstruidors nsinandolh a mdida transformandoo m art.A art trgica controla o qu h d dsmsurado no instintodionisaco como s Aolo nsinass a mdida a Dioniso oucomo s sriss a oo mgica a bbida trgica m sonho.A tragdia bla3 na mdida m qu o moimnto instintio

    qu cria o horr na ida nla s manifsta como instinto arts-tico com su soriso como criana qu oga. O qu h d mo-cionant d imrssionant na tragdia m si qu mos oinstinto trrl tornars diant d ns instnto d at dogo idnt ortanto a distino assinala or Nitzschntr as duas manfstas dionisacas Est claro tambm qu odionisaco arstico no s o ao aolno mas sura sta

    oosio ustamnt or r artstico imlicar ncssariamntaarncia E finamnt tambm o dionisaco clbrado or lno o do culto orgistico mas o do arista trgico

    A art trgica ossibilita ortanto a unio ntr a aarncia a ssncia Sndo caaz d articular os dois instintos as

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    duas ulses asicas da naueza na medida em que ane em imagens os esados dionisacos a agdia no se lmia como a oesia ica ao nel da aancia mas oss

    bilia uma exeincia gica da essncia do mundo S queessa unio ela a esabelece aas de um conio A agdiaeesena o conio ene o aolneo e o dionisaco ene opiium iiviutii e o uno oiginio ou mais ecisamene ela eesena a deoa do sabe aolneo e a iia do sabe dionisaco na medida em que faz da indiiduao um mal e a causa de odo sofimeno A foma mais

    uniesal do desino tgi a deoa ioiosa ou a iiaalcanada na deoa A cada ez a indiidualidade encidae eneano senimos seu aniquilameno como uma iia Paa o ei gico necessio eece o onde ele deeence essa anese que faz ensa ns essenimos a suema aaliao da indiiduao como j eocamos uma ezo Uno oiginio em necessidade dela aa aingi o fim li

    mo de seu aze de modo que o desaaecimeno se onao digno e eneel quano o nascimeno e que aquilo quenasceu dee cumi com o desaaecimeno a aefa que leincumbe como indiidualidade3 a agdia o desino do ei sofe como sofeu Dioniso quando foi desedaado aa faze o esecado aceia o sofimeno como inegan a ida

    Segundo iezsce a nalidade agdia oduzi alegia A agdia mosando o desino do ei gico comosendo sofe no oduz sofimeno mas alegia uma alegiaque no mascaameno da do nem esignao33 mas a exesso de uma esisncia ao io sofimeno dia esboada nesa oca nos emos de uma meafsica de aisaque eende conjuga na ae gica aancia e essncia A

    alegia meafsica que nasce do gico a aduo na linguagem da imagem da insinia e inconsciene sabedoia dionisaca o ei manifesao suema da onade negadaa nosso aze oque aenas manifesao e oque oseu aniquilameno em nada afea a ida eena da onade3

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    Robeo Machado

    Repeedo e vii de Dionio l pono queodo hei deve e ompeedido omo eu ubiuo ou um egi que popoion gdi o enimeno

    de qe o limie d idividlidde e bolido e uniddeoigini ed

    Sido o voe poneo omo u do ofimenoho gdi eg o vloe d pni em nome ddde de do qe exe o qe ondio de um pemi dme A e dioni o que peudi do pe eeo d exii oi em que Niehe empe e

    diou A difee qe ne po penndo pi degoi de ei e pni ee im que ee pe pove ondio de o pomo no no fenmeo m dee expeini gi qe e popoio o homem e on o ppio e oiginio enindoo e deejo e o eu pe de exii no obne eo epiedde oheemo eliidde de vive no omo indivdo m omo ee vivene que engend e poi eno ogmo de quem o ondimo "y; Equno epole eg pel pi pe meni pel iluo oofimeo d vid e fim eenidde do feneno gdi eg o indivdo jumene po e fenmeno mnieo epeeo mndo eeidde d vonde3

    Ei eh ooo qe popoion gdi: ee le qe exie m pe peio que e ede pel

    e peo iqimeo do hei d individidde doii e deio do voe poleo O qe podei d impeo de m ego d pi em nome ei o pom ei m eqvoo medid em que3 ego o oe poeo pode e eid emom e epeeo e imgem de io io poiemee Se o dioio puo niqildo d vi e

    e o poe m expeini dioni o pode hvedioio em poeo A vio gi d mndo l omoehe iepe ee momeo um eqilbio ene io e edde ee pi e ei o iomodo de upe di opoio mei de vloe

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    Nitzsce e verdde

    Notas

    1 Nietzsche, Fgmentos pstumos (Frag. Post), final de 1870 - bril de

    1871, [53 Citrei (slvo aviso em conrrio) pela edio Colli e Montinrids obrs complets de Nietzsche indicndo o nmero do forismo ou do

    frgmeno psumo Qundo for necessrio indicrei s pginas da edio

    lem d Deutscher Tschenbuch Verlg de Gruyer e da traduo frances

    d Gllimrd.

    2. nasciento da tgdia (N 3.

    3 A viso dionisac do mundo" (V. D 2 in fcritspstmos

    4 T 3

    5 Cf Frag Post 181 9 102]; NT 3

    6 Niezsche chm esse tipo de arte de polne porque considera Apolo o

    deus mais importne do Oimpo

    Frag Post finl de 180- bril de 181 [1S2

    8 T 3

    Cf Fg Post inerno de 186 primaver de 180 3 [42]

    10Frag Post finl de

    180-bril de

    1871 11.

    11 T 1

    12 Fg Post fnal de 180- bril de 181 2

    13 Cf NT 4.

    14 NT

    15 T 3

    16VT

    1 Sobre essas denomins cf T 1 e 218 :VT 4

    19 T 7

    20 VT 721 l'D 1 Foi o p\' aponeo que imps os liaes da belea ao instinto

    todo-poderoso: subjugou os lementos mis perigosos natura sus bestas mis selgens Ibi22 Cf T 21

    23 Cf T 2.

    24 Cf. F Post ierno de 180 primvera de 180 3 [25]

    2S N realidade tagdia henia penas o signo anniado de macivilizo ais lz'ada: el foi o ponto extremo que pde atingir heleni

    7

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    R

    dad e tambm o mais alto sta etapa ea a mais difcil de atigi Nssomos us hedeios Frag. Post, tembo de 1870 jaeiro de 1871 5 [9

    26 NT 2

    27 NT 228 Crsuo dos os depois de afima que o essecial da embiague o setimeto de pleitude e de itesificao das foas icuss deum itempestio 8 caacteia tato o apoleo quato o diosacocomo estados de embiague e distigueos pelo fato de que equato umitesifica o olha o outo itesica o sistema iteio dos afetos Ib, 10

    29 1; cf b 3

    30 s ees Nietsche distigue o belo do sublme Um fagmeto destapoca di po exemplo Se o belo tem como base um soho do se osublime tem po base uma baguz do se Frag Post al de 1870 -abil de 181 7 6

    31 Frag Post. fial de 1870 - abil de 1871 7 [29

    32 Frag Post. al de 1870 abil de 1871 7 [128

    33 f Frag Post, pimaea e 188 25 [95

    3 NT 16

    35 NT 17

    36 f N T 16

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    Mtfsi rtist mtfsi rinl

    (Metafsica de artista a concepo de que a arte aatividade propriamente metafsica do omem a concepo deque apenas a arte possibilita uma experincia da vida como

    sendo no undo das coisas indestrutivelmente poderosa e ale-gre malgrado a mudana dos fenmenos1 Mas que significadotem a apologia dessa experincia esttica da verdade dionsaca do mundo experincia metafsica possibilitada pelaarte trgica grega na estrutura mais geral da relexo lo-sfica de Nietzsce nessa poca? Significa a criao de uma"contradoutrina} de uma contranoo na luta contra a me-tafsica e a cincia Por um lado a formulao de uma denncia: depoi e uma vida breve a arte trgica desapareceuum dia bruscamente tragicamente do campo do saber gregoatravs de uma morte violenta e rpida cjos marcos so Eur-pedes e Scrates. Eurpedes e Scrates contra a tragi dioni-saca: eis o antagonismo ndamental que assinala Nietzscequando analisa pela primeira vez as relaes entre arte e cin-cia O que em termos conceituais quer dizer a oposio enrerzo cientfica e instinto esttico ou entre duas orma desaber o saber racional e o saber artstico Por outro lado avalorizao da arte e no do conecimento como a atividade que d acesso s questes ndamentais da existncia abusca de uma alternativa contra a metafsica clssica criadorada racionalidade Idia que sempre permaneceu fundamental pensamento de Nietzsce a ate tem mais valor do que a

    cincia por ser a fora capaz de proporcionar uma experinciadionisaca

    O pnto de partida da anlise a crtica do socratismoesttico Se Eurpedes o marco que assinala a morte da artetrgica porque com ele pela primeira ve o poeta se subor

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    obeo Machado

    dia ao pesador racioal ao pesador cosciete. O que ca-racteriza a esttica racioaista a "esttica cosciete itroduzir a arte o pesameto e o coceito3 a tal poto que a

    produo artstica deria da capacidade crtica Mometo emue a coscicia a razo a gica despotam como ovoscritrios de produo e avaliao da obra de arte.

    Quado a racioalidade faz uma crtica explcita pro-uo artstica a perpectiva da coscca, quado tomacomo critrio o grau de careza do saber a tragdia ser des-cassiicaa como irracioa ou como desproporcioal "um com-promsso de causas parecedo sem efeitos e de efeitos parecedo sem causas, ou uma profdidade eigmtica e ifiita,icerta idiscerve sombria em suma, obscura. Por o tercoscicia do que faz e o apresetar claramete o seu sa-ber o poeta trgico ser desvalorizado desclassificado pelosaber racioal.

    A perspectiva socrtica de Eurpedes o poeta sbrio quecodeou os poetas emriagados assiala uma ruptura a ma

    eira de cosiderar a arte Assim equato Eurpedes criticasuio por cosiderar que ele fazia mal o que fazia or osaber o que fazia Sfocles, por exemplo, aida cosideravacorreto o que suio fazia, mesmo que ele o fizesse icoscietemete Se Sfoces disse de suilo que ele fazia bem,mas sem sabo Eurpedes sem dvida pesou que ele faziamal saber E Nietzsce eucia o que costitui o

    fudameta da distio etre esses dois mometos Neumoeta atigo ateror a Euredes estava em codies de defeder por motivos estticos o ue ele tia de melor Pois aparticuaridade maravilosa de toda essa evoluo da arte gre-ga u o cocto a coscca aida o estavam expres-sos e tudo o ue o discpulo podia apreder com o mestretia reao com a tcica O ue faz a diferea a subor-

    diao da lza razo o estabelecimeto do postuladosocrto segudo o ua s pode ser belo aquilo que cosciete racioa

    Erigido omo fudameto de sua esttica o priciopara podr ser etedido tudo eve ser da ordem do etedi

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    Nis a vra

    mento Eupedes se tona o poeta do acionalismo socticosua ctica da ate o polongamento da ctica soctica aosomens de sua poca que po no teem conscincia de seu

    ofcio o execem apenas po instinto neste apenas po ins-tinto que se enconta segundo Nietzsce a essncia do so catismo O socatismo despeza o instinto e potanto a ate.Nega a sabedoia ustamente onde se enconta seu vedadeioeino.8 Despezando o instinto em nome da ciao atsticaconsciente que tem como citio a azo o discenimento aclaeza do sabe o socatismo condena a ate e o sabe tgi-

    cos9. Se algo s bom se fo consciente se elao ne-cessia ente sabevitudefelicidade o sabe tgico que um sabe inconsciente se enconta necessaiamente desclas-sificado Em suma pelo Jato de se impossvel expessa con-ceitualmente expo e compova acionalmente logicamen-te o tgico Scates e Eupedes negaam um sabe comoo de squilo que deve o que tem de melo a uma "ciao

    inconsciente.

    ssim o estudo da elao ente metafsica de aista emetafsica conceitul que tem como ponto de patida a cticado socatismo esttico vai muito mais lon o que uma sim-ples questo de esttica emetendo em ltima instncia comosempe em Nietzsce ao poblema da vedade fundamen-

    talmente um modo de p em questo o "espito cientficocaacteizado na poca po Nietzsce como a cena que nasceu com Scates na penetabilidade da natueza O que ametafsica acional ciadoa do espito cientfico? justamente'a cena inabalvel de que o penamno eguindo o io dacausalidade pode atingi os abismos mais longnquos do se eque ele no apenas capaz de conece o se mas ainda de

    l Paa Ntzsce em toda sua investigao e mes-mo nesse momento em que defende uma "metafsica de ais-ta o sabe tgico no foi vencido popiamente pela vedademas po uma cena na vedade po uma iluso metafsicaque est intimamente ligada cincia fima que o poblema

    3

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    Rb h

    da cincia no pode ser elucidado no nvel da prpria cincia,'a partir dos critrios postulados pela cincia, significa trazer aquesto, ou melor, para considerar Nietzsce como um es

    trategista, situar o combate no terreno da iluso A luta contraa iluso uma forma de iluso Essa idia o ponto central daargumentao de Nietzsce mesmo quando considerou a es-trtura conceitual, racional, da metafsica como imprpria oucomo a mais iprpria para exprimir a essncia do mundo;mesmo quando pensou em termos de essncia do mundo Foia "iluso metafsica a crena de que o conecimento

    capaz de penetrar conscientemente na essncia, na natureza,no ndo das coisas separando a verdade da aparncia e considerando o erro como um mal que destriu a arte rgica.O poder criador do artista trgico foi negado pela metafsicapor no ser uma penetrao consciente na essncia das coisas

    O antagonismo entre o esprito cientfico e a experinciatrgica em Nietzsce uma crtica da prevalncia da verdade

    ou da verdade como valor superior pela afirmao tanto docarter ndamental da aparncia quanto da exigncia de superao a oposio essnciaaparncia, verdadeiluso Se-parar o dionisaco e o apolneo matar os dois O eri foimorto no pelo trgico, mas pelo lgico.2 A metafsica deartista que Nietzsce defende no primeio momento de suareexo flosfica a denncia da verdade como nica deusa

    da cincia sua iluso constitutiva em nome da afirmaode que o ser verdadeiro tem necessidade da bela aparncia, deque a arte uma unifio desses dois elementos: "se o artista,cada vez que a verdade se desvea, rmanece em suspen,extasiado com o vu que permanece depois do desvelamento, oomem terico aquele que tem sossego e satisfao ao ver ovu arrancado e no conece pazer maior do que conseguir,

    por suas prprias foras, tirar novos vus. A cincia no existiria se no tivesse por i deusa a verade nua e nadamais 3 Se a arte tem mais valor do que a incia, e sempreutilizada por Nietzsce como paradigma em sua crtica da ver-dade, que enquanto a cincia cria uma dicotomia de valores

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    ete e ee

    que situa a verae coo valr supremo e esclassifica inteira-mente a aparncia na arte a experincia a verae se fzinissoluvelmente ligaa leza que uma iluso uma men-

    tira uma aparncia.

    1 f

    2 N "Teaia de auocica 5

    3 Scaes e a Tagdia n tosstuos edio alem I p 535

    aduo facesa I 1 p 35 1

    5 f 11; Scaes e a agdia ed a I p 539; f I 1 p38

    6 "Scaes e a agdia ed a I, p 5390; ; f I p 38

    7 Id ed a p 537; f p 36

    8 Id. ed a p 52; f p 0

    9 1310 f 17

    11 15

    12 f "Scaes e a agdia n ed a p 56 f p 3

    13 15; Fag st. fia de 1870 6[16

    3

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    Art "nstnto d conhcmnto

    preentei o que conidero o eencial da crtica daracionalidade cienticolofica tal como formuada em m e no ecrito e fragmento que he

    erem de preparao indipenvel porm alientar queea crtica empre retomada por Nietche, impondoe co-mo tema contante, malgrado a diferena conceituai queerem para formullo O texto imediaamente poteriore,como, por exemplo, o conunto de fragmento que deveriamcontituir lv flf retomam a mema probemticada relao entre arte e conhecimento Ma e a crtica metafica perite nee ecrito, como em ta a obra de Nietche,ela no mai e fa em nme de uma metafica de artita, ito, de uma dimeno metafica da arte ou de uma experinciaarttica da encia do mundo o eemento da arte a luo crtca intio da dcotomia meafica verdadeaparnciaagora realiada a partir do conceito de intinto de conhe-cimento ou intinto de verdade, em que o elogio da areexplicite uma duaidade de eemento ou de fora, memo

    que eja para afirmar uma ntee, uma reconciliao ou umaunificao

    O que o intinto de conhecimento Para abo precio reover um problema algun texto negam claramentea exinia de um intinto de conhecimento, de um intintode verdade honeto e puro . O que Nietche pretende ento realtar que o conhecimento no fa parte da naturea hu-

    mana, ou melhor, no et no memo nvel que o intinto eque no pove dier, por exemplo, como rittele noincio da Mf que todo o homen deeam natural-mente conhecer O conhecimento no um intinto do ho-mem, quer dier, no da mema naturea que o intinto O

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    R

    onheimento foi produzido, o onheimento foi inentdo,omo enuni bel fbul rid por Nietzshe "Em lgumponto do unierso inunddo por intiles de inmeros siste-

    ms solres houe um di um plnet em que nimis inteli-gentes inentrm o onheimento Foi o minuto mis orgulhoso e mis mentiroso d 'histri uniersl, ms foi pens umminuto Depois de lguns suspiros d nturez o plnet seongelou e os nimis nteligentes tierm que moer 2 Qundofirm no her instinto de onheimento, ele quer slientrque no se dee definir o homem pelo onheimento ou oonheimento omo o lor prinipl do homem porque osinstintos so mis ndmentis do que o onheimento

    Por outro ldo, qundo ele se express em termos deinstinto de onheimento ou de erdde, expresso deesempre ser entendid omo se referindo um instinto d ren- no onheimento ou n erdde Proprimente o instinto deque fl Nietzshe de ren e no de onheimento oque signifi, por exemplo, firmo, primei ist eni-

    ti, de que "no existe instinto de onheimento e de erdde,ms pens um instinto de ren n erdde o onheimentopuro prido de instinto3 E se "instinto de onheimentotem o sentido, no de um tendni nturl pr erdde,ms de um ren produzid n erdde porque no posse d erdde, ms pens onio, suposio de pos-suir erdde "Anlise d en n ve pois tod posse

    d erdde , no ndo, pens um onio de possuir erdde O pth o sentimento do deer, em dest f e nod pretens erdde4 A erdde no tem omo ritrios eidni e ertez; tem omo ondio um esqueimento eum suposio

    Or, dizer que o instinto de onheimento denomi-no que em Nietzshe gerlmente utilizd ritimente,

    om onoto de signo de bxez, de dedni, de de-lnio signo de que id enelheeu e de que os instintosfundmentis se tornrm fros5 produzido signifi di-zer que su nlise remete s ondies de seu nsimento, deseu preimento ento que pree um idi que d

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    Nh vr

    vez mi e impo eu pemeto: coie e poilie o coecimeto o ocii poltic ou mi pecimete moi. Relo ete vee e mol ue i

    l ime veze em O livro o lofo Ei lg exemplo 9 : "A re vere ecei o omem. A veepece como um eceie ocil po um mette el em egui plic to memo oe o ecei.o vitue cem e eceie. Com ocieecome eceie e vecie eo o omem viveiem eteo vu. A o o Eto ucit vecie

    O itito e coecimeto tem um fote morl 30: "Potuez o omem o exite p o coecimeto

    r

    ie (e metfor) pouziu iclio p vee.Aim um femeo mol etetimete geelzo puzo itito itelectl. 33: A eceie pouz veze vecie como meio e exitci e um ociee Oitito e efo po um execcio feete e go iu

    tmete tpoto po mette. Toe tei em i.Do execcio p co etemio e fz um ulieTemo go o itito e coecimeto 34: O omembom tmbm ue e veeio e ceit vee eto coi No pe ociee m tmbm omuo.

    Ne poc em "Vee e meti o etio extmol ue elo ete vee e ociee mi explicitmete temtiz. Ptio itio ete eto e tez e eto e ociee Nietzce eg exitci eum eeo tul e vee tv e um cocepo oitelecto como teo um efeito epecfico e iimulo Oitelecto ue um meio e coevo o iivuo mifco tem oigiimete po fuo pouzi ifce mc iluo meti com o obetivo e compe um flt

    e fo. obe ee o e meti ue vi e fomul

    ueto vee o eto e ociee. P itu pz ou fze epece o pecto mi butl gue etoo cot too o fx lei vee pti lei

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    Rb

    a linguage: so essas leis que institue ela ieia ve aoosio ente veae e entia A ati o oento eque se estabelece ua esignao uifoeente vlia e obi-

    gatia aa as coisas, o entioso aquele que utilia asalavas, as esignaes etinentes, aa fae o ieal aeceeal esta conveno que estabelece a veae A veaeno ua aequao o intelecto ealiae o esultaoe ua conveno que iosta co o objetivo e tonaossvel a via social ua fico necessia ao oe esuas elaes co os outos oens

    Concluso O oe no aa necessaiaente a veae:eseja suas conseqncias favoveis O oe tab nooeia a entia no suota os ejuos o ela causaos. Oque se osceve o que no se aceita e no se esea o que consieao nocivo: so as conseqncias nefastas tanto aentia quanto a veae A obigao, o eve e ie aveae nasce aa antecia as conseqncias nefastas a entia. Quano a entia te valo agavel ela uito beeitia6

    Pelo oo coo teatia a questo o aaeciento oinstinto e coneciento e e veae oeos facilente obsea o que ua caactestica eanente e sueexo coo a anlise e ietsce nunca se situa e unvel oiaente eisteolgico, que teia o objetivo esta-belece citios e eacao ente o veaeio e o falso

    coneciento. Dese o incio, a investigao nietsciana sobe o coneciento no se liita ao inteio a questo oconeciento as o aticula co u nvel oiaente o-ltico ou social o o obetivo e osta que a oosio eveae e enta te ua oige oal. iculao o cone-ciento co o social que neste oento etene sobetuoelucia coo a exigncia e veae suge a exigncia a

    coexistncia acfica ente os oens, a exigncia a via ge-gia. Pa, seguana e lgica esto itinsecaente ligaas7

    A elao ente coneciento e oal no , entetanto,estabelecia o ua teoia oal. A esectiva que enunciaa oosio veaeentia coo funaa na oal coo

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    Nesche denminu exml u empend umem que pece nese mmen e que pseimenenh d su impnci fisilic. ess pespec

    i exml que ciicnd insin de cnhecimen ede edde fim necessidde d ilus is de ne-ddes ids cm eddes sliennd que cnhecimeneddei em mesm l que meni flsidde lus prnci. Desde inci de su reex Nieschelu cn psi mefsic de les fimnd psiiidde d spec que fi subesimd ilus essnci

    que hmem se ciu.D pespeci exml implic um pli d

    e. Se cic d cinci e su peens de edde insu-indse cn desclssific d pnci lu pel e-nscimen d e pque e dmni d pnciIs sinific despecimen d psi n fundmnlns exs que nlisms ene plne e dinisc uene um dinisc bb e um dinisc e p senecessimene sic dinisc nieschin implic plne. Despece cnfli ene bel pnci e umedde ndmenl dinisc. A fim d id d elidde que ccei e ic fim d pncipque ppi id pnci. Se e difeenemene dcinci es d ld d id pque id que pn-

    ci n despe seus us e iluses O que e ccesicd e plne nse cndi indispensel de d edin desse nme is d e dinisc dicli -s d pnci de um penesc ene e e id que sem-pe esee pesene n pensmen de Niesche. nic pssibilidde de id: n e De u md ns desims did. O mimen insini ds cincis niquilmen

    cmple d ilus: se n huesse e cnseqnci sei quieism.0

    A especi ml ciic dese de edde c send um esquecimen de que hmem um is umcid is um de pnci siund n

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    Roo Mho

    nimo ntr rt cnci no prprio cmpo iluo Nofno oi tipo iluo iluo ocrtic iluo mtficqu conir vr uprior prnci iluo r-

    ttic concint o vlor iluo qu b qu tuo iluo "figuro "trnfiguro crio Utilizno o procimnto invro to cro Nitzc pori izrqu nqunto "mntir cinci ri qurr ncontrr

    vr o muno como outr coi qu no prnci vr rt ritr n imgm como imgm nprnci como prnci Ou m outro trmo nqunto "umni tm no concimnto um blo mio prcr11

    upriori

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    Nh vr

    e e moo lgm signific m poeo e esio, eniilmeno cinci. S ii e ce e, e filosofi, eselece o vlo cinci o, o e vem se o

    mesmo, omin o insino e conhecimeno Algns exos eO liv lf enncim clmene es ii. 28: "ose e m niimeno cinci, ms e se omnio.Em oos os ses fins e oos os ses moos, el epene,n vee, ineirmene e ponos e vis ilosficos, ms oesece fcilmene Ms lfia miate tambm eveleva em iea pblema e abe at que pt aiia pe e eelve ela eve etemia val 3 "Os mis nigos lsofos gegos evem se enenios comoos e ominm o insino e conhecimeno Como foi possvel e pi e Sate ele enh co e ss mos 46: "O coneo e e ilosofi nig coinciem, msns enconmos elemenos ila e ilizos comolosofi p mia itit e heimet 38 "(Olimo lsofo) emons necessie ilso, e e

    e ominno vi. o nos possvel pozi novmene m linhgem e ilsofos como fez Gci no empo gi. A pi e eno, pens e eliz efeles. E o 39 comple ii "A pi e eno o mia iia s se poz pel ate

    peciso esclece, nes e mis n, o penescoe esses exos eselecem ene losofi e e. Eis m

    opo impotne ilosofi niezschin ilosofi gic,ionisc em l con losofi cionl. A loso eiezsche clebe no s po eselece m p enesofos p e pssocicos, como mm po fim speioie s pimeios. O ciio e pemie es ivisoe possibili es vloizo fonecio pel ninomiecinci: Sces o iviso e gs ene ois ipos e

    losofi e m como moelos e gic e cionli-e cienfic. A imponci os lsofos psocicos, oslsofos Gci cic, e s speioie com eloos socicos o plnicos, e eles losofm no "mnoesplnio e, "no vi ingi s elizo,

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    Robo o

    sem desrezar os us e as iluses caractersticas ndamenais da are e da ida Por isso a losofia rgica a losofiadionisaca o verdadeiro iosofar" se insurgindo contra a lo-

    sofia socrica que fez fracassar o fi originrio osofiadeve reomar a direo da losofia rsocrica reabiliando orondo arentesco com a are

    Mas a relao enre a are e a ilosofia se esclarece maiscomleamene aravs comreenso arefa que Niezsceles assinala de dominar a cinca. Dominar a cincia significadiscilinla conrolar seus excessos. O que caracteriza a osi-o socrica e criticado or Niezsce no exatamente oconecimeno; o instino de conecimeno sem medida esem discernimeno" o instinto ilimiado de conecimeto" oinsinto desencadeado do saber" o coecimeno incessante"a erdade a qualquer reo" Dominar a cincia deerminarseu alor no senido de controlar a exorbitncia d suas reenses no senido de esabelecer at onde ela ode se desenolve formular a questo dos limites. Idia que j se encon-

    ra em m quando assinalando a lutaentre uma conceo erica e uma conceo rgica do mun-do afirma que s aver um renasciment a ragdia quandoo esrito cienfico ier aingido seus limites e sua tensoa uma alidade uniersal ier sido aniquilada.14 Idia que reaarece em lv lf ao afirmar que o instinto deconecimeno endo ingido seus limies se olta contra si

    mesmo ara cegar .1 No or si mesmono or exausto que o conecimeno aingir seus limiesO que Niezsce assinala e analisa uma lua uma correlaode foras um combae enre o trgico e o racional enre umaciviliao socrica uma ciiliao asica dionisaca Acrica uniersalidade do conecimeno s ode ir do exe-rior do rrio conecimeno; no uma auocrica uma

    ersecia inerene ao carer afirmaio da arte rgica comrelao idaE como uma civilizao socrica se nda em uma re

    resso do rgico a crica o conrole do insino ilimiado deconecimeno do insino desenfreado de saber se faz ela

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    edificao de um novo tipo de vida em que os dieitos da ate,que foam confiscados pea acionaidade cientfica, seam estitudos, econquistados. "O flf hm .

    Ee domina o instinto desenfeado de sabe, mas no po umanova metafsica. No estabeece nenhuma nova cena. Sentetagicamente que o teeno da metafsica he foi etiado eentetanto no pe se satisfae com o tubiho confuso dascincias. Tabaha pea edificao de uma nova v estitui ate seus dieitos."16 "O fisofo do futuo? Ee deve tonase aCote Supema de uma civiiao atstica, uma espcie de

    seguana pbica conta todas as tansgesses. O que, sesabe, impica uma eabiitao da iuso, da apancia comocaactesticas essenciais da ate e da vida Assim, enquanto acincia e as iosofias que nea cotinuam ida a ag tmprtenso ao conhecimento absouto", 1 enqunto a osofiado conhecimento desespeado" dominada po uma cinciacega, isto , peo sabe a quaque peo, a osofia tgica

    deve auda a vive, acentuand a eatividade de todo conhecimento" e sua foa de iuso20 O conhecimento a sevio dameho vida. Devese qu at a lu isso que otgico.21

    Da a impotncia que Nietsche econhece, e no cansade assinaa, osofia psoctica e ate tgica como modeos de um tipo de osofia e de ate capa de supea adecadncia. A supeioidade do gego acaico, esse modeo depovo fote, sadio, esse povo que osofou em uma civiiaotgica, est no fato de te dominado o instinto iimitado deconhecimento em nome de uma afimao da vida os gegosdominaam seu instinto de conhecimento, em si mesmo insacive, gaas ao espeito que tinham pea vida, gaas exempa necessiade que tiham d vida pois o que apendiam ogo queiam vive."22 Enquanto Scates aque em

    quem o instinto de conhecimento se desenvoveu exacebada-mente, subodinando tos os outos, hipeofia do gic quecoesponde a uma atoia dos instintos fundamentais, a ioda ate tgica aponta em uma dieo inteiamente difeente.Pmu um exempo de como uma exigncia excessiva de

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    R Mh

    conhcimno pruicial, 2 ambm mosra como oso sabr xcssio ilimiao um crim conra anaurza.2

    A ar aparc smpr na losofia Nizsch como aalrnaia para a cincia, ou, uilizano a rminologia osxos u samos analisano, para o "insino ilimiao conhcimno so no ur izr, no nano, u a prspc-ia nizschiana prna uma ngao o conhcimno ouuma ruo a oalia o campo o sabr ar Significau na lua conra o sjo ra a oo cuso, na crica

    s mafsica u a ra um alor suprior, a arno s rabiliaa por sua fora afirmaia a ia, comoambm scolhia como molo capaz imprgnar o pr-prio conhcimno com a imnso o rgico A gran ambio a losofia Nizsch ar ao conhcimno as ca-racrsicas a ar

    u signicao po r a proposa pnsar o conh-

    cimno a pair a ar insiua como cririo sno a rafir-mao o gran princpio a aparncia? Conra a posiomafsica alors, a ar ofrc uma alorizao a apa-rncia, a iluso u cona um alor ssncial a iamnosprzao pla racionalia._ Conrolar cincia, limian-o o insino conhcimno, impor ao conhcimno oalor a ou a iluso como um alor o impoan

    uano a ra; , porano, pnsar o alor o conhcimno nuralizano a uso a ra ou falsia priil-giano a imnso a fora, u amarca os alors asicos

    No pnsamno Nizsch alorizar a aparcia ar-mar a fora; poru a ar uma afirmao a ia comoaparncia u la cria uma suprabunncia foras Poisss rconhcimno u a ia m ncssia a ilusouano aplicao ao omnio o conhcimno ai significaru o alor um conhcimno ao no plo "grau crza, mas plo grau ncssia absolua para osJo-mns2 Parino a consaao u a uilizao os pro-cimnos monsrao, proa, m uma origm his-rica o rsulao a confiscao os procimnos

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    .

    Nh v

    verdade pela lgica, realizada por crates26 , Nietzsche vaiairmar que o valor de um cohecimeto, seja ele verdadeiroou also, estabelecido o por provas lgicas, mas por seus

    eeitos, isto , pela prova da ora Quado se trata do vlrdo checimeto e que, por outro lado, u bela iluso, se sse acredita ela, tem o mesmo valor que um coheimeto,vse eto que a vida tem ecessidade de iluses, isto , deoverddes tidas como verdades Ela tem ecessidade crea a verdade, mas eto a iluso basta, isto , as 'verdades sedemostram por seus eeitos, pela prova da ora, e o porprovas lgicas27 Ou como diz outro texto "Os eeitos levam aadmitir 'verdades o demostradas.28

    Privilegiado a aparcia e, atravs dela, a ora a avaliao do cohecimeto como um modo de eutralizar o istito de verdade, o que pretede Nietzsche opor o trgico aolgico ou utilizr critrios estticos, valores artsticos, para deiir o ohecimeto "No existe losoia parte, distita dcicia: l como aqui se pesa do mesmo modo O ato de

    que uma losoia inemntrvel aida teha um valor, e amaior parte das vezes mais do que uma proposio cietica,provm do vlr esttico deste looar, isto , de sua beleza esua subliidade O losoar est aida presete como br ee mesmo que o se possa demostrar como costruoiosica Mas o acotece o mesmo em matria cietica?Em outros termos: o que decide o o puro intint cohe

    cimeto mas o istito etti a iosoia pouco demostradade Herclito tem um valor artstico superior a todas as proposies de Aristteles.29

    Em suma, o mometo em que aalisa de modo maispersistete a relao etre arte e cicia com o obetivo decriticar o "esprito cietico ascido com a metasica, a osoia de Nietzsche apreseta uma de suas caractersticas esse

    ciais uma egao do privilgio da verdade e uma airmaodo valor da aparcia. A crtica da cicia seja quado realizada pela cotraposio da metasica racioal a u metasica artstica ou atravs da explicitao do sigiicado doistito de cohecimeto tem sempre a arte trgica, co

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    Robo o

    ded m um uebundn de f fmd dd tdde de n t de um m-del ltent E m n e tt mlgd ntendde

    d t, de neg n, tt e t deel que te etbelee m d et n be de umne tg d nhement ne que n eedde e ment, m neutlnd quet etemlg leg te e d nhement Pblemtque e fundd n nle d el ente n eml

    Verdade e metira o setido exramoral V M n Esrtos pstuosed a 876 tr r t 78

    V M ed a 875; r r t 77

    3 O vro do sofo F 80 itarei semre ela edio bilgeracsalemo ublicada ela AubierFlammario

    4 L 77

    5 L 0 5

    6 Sobre ese deseolimeto c V M n rtos pstuo ed a t 876878 r r 7879

    7 VM n b ed a 883; r 8

    8 A erdade e a metira so de ordem isiolgica L 7

    9 L 6

    0 Fra Post , iero de 86970 - rimaera de 870 3 60]

    L 5 c tambm L 76

    A aixo ela erdade n Estos pstuos ed a t 760; r r 7

    3 L 8

    N T 7

    5 L 37

    6 L 37

    7 L 59

    8 0

    9 L 37

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    20 . L F I 38 41

    2 1 . L F I 3

    22. "A ilosoia na poca trgica dos grgos in cto ptumo d. a. t.I p. 80 tr r t I 2 p 214-215. Nossa poca no d acrditar usu nl muito suprior com rspito ao instinto d sabr apnas com osgrgos tudo tornaa-s ida onosco prmanc m stado d conhcimnto. L F I 4

    23 V 2.

    24 T 9

    25 L F 40 41 .

    26. . L F I 143

    2 L F I 428 L F I 1

    29 L F I 61

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    :il1 -!\!Ilii

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    IICINCIA E MOL

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    Conhcmno pos d vda

    eexo nietschiana sobe a cincia, qando con-fontada com a pobemtica da ate em ses pimeios esci-tos, tem como tema centa ma ctica da vedade. O mesmoacontece qando a eao estabeecida com a moa EmNietsche, a ctica nnca a teoia do conhecimento qetenha po obetivo denncia os psedoconhecimentos, sasises, ses eos e estabeece as condies de possibiidadeda vedade, o idea do conhecimento vedadeio A novidade ea impotncia do poeto nietschiano em todas as fases de saeaiao a ctica, no dos mas sos do conhecimento,mas do ppio idea de vedade a qesto, no da vedade

    o fasidade de m conhecimento, mas do vao qe se atibi vedade, o da vedade como vao speio a negao dapevancia da vedade sobe a fasidade

    Nada mais distante do poeto nietschiano do qe mactica intena do conhecimento, exame de ses pessposos,bsca de se ndamento, como a ctica da facdade de conhece qe petende sbmete a ao ao tibna da ao

    no seia m poco estanho exigi qe m instumento citicasse sa ppia stea e sa ppia competncia? qe oppio inteecto 'econhecesse se vao, sa foa, ses i-mites? no seia mesmo m poco absdo?" Uma ctica in-tna da facdade de conhece ago sem sentido Chega ase cmico, segndo Nietsche, qee edi a osofia a mateoia do conhecimento qase cmico ve os fsofos exi-

    giem qe a fiosofia comece necessaiamente po ma cticada facdade de conhece: no inveossmi demais qe ogo do conhecimento possa se 'citica a si ppio qandonos tonamos desconfiados com eao aos estados ati-oes do conhecimento? A u da iosofia 'vontade de

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    Rb

    uma teoia do conhecimento cmica. Como se pudssemosassim te uma cetea!"

    Magado os dfentes nveis em que situou sua anise

    independentemente das tansfoaes conceituais po que pas-sou sua oba a posio de Nietsche sobe esse ponto pemaneceu sempe a mesma o pobema da cincia indiscenve no teeno da cincia a questo do conhecimento nopode se eucidada isoadamente. A apeciao do vao doecimento pois disso fundamentamente que se tatana mh nietschiana exige que se eve em consideao outos vaoes O conhecimento um vao que deve sesituado ente uma puaidade de vaoes e que no deve en-te ees goa de nenhum pivigio paticua

    Se a queso da vedade no pode se esovida no mbito excusivo da cincia ou do conhecimento po umascie de autoctica poque emete necessaiamente pa-a um exteio. Mas peciso que se entenda bem o que essaexteioidade. Pois no se tata da eivindicao do sentimento

    ou da expeincia tomados como instncias exteioes aoe capaes de uga. O que caacteia o pojeto nietschiano a eao mas uma eao imanente intnseca do conhecimento com outa odem de fenmenos que he see demotivao que he evea os pessupostos a eao ente ve-dade e bem ou em temos metodogicos a extenso da anise geneagica da odem moa at a odem epistemogica.

    S aticuando o conhecimento com a moa possve consideo de um ponto de vista ctico poque os dois fenmenos existem intinsecamente igados

    No existe po exempo osofia independente da moa.Mesmo quando os sofos paecem peocupados com a cetea e a vedade sob o encantamento da moa ue se en-contam. 3 Quando a meho poca da Gcia acabou vieam

    os fisofos da moa a pai de Scates com efeito todos osfisofos gegos so antes de tudo e no mais pondo de simesmos fisofos da moa"4 A fiosofia instauadoa da a-cionaidade ciadoa da oposio vedadeapancia afiosofia moa. Pato po exempo se desviou de todos os

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    '

    iee e ee

    instintos undamenais dos gegos acaicos est impegnadode moa cisto antes do cistianismo postua a idia debem como conceito supemo A posio de Nietsche caao mve da osoia um deteminado poeto moa umaosoia no s a conisso de seu auto mas uma conissoque tem como geme intenes moais6

    Qua o obetivo de Nietsche ao eeita uma cticaintena do conhecimento e aticua a questo da vedade comuma geneaogia da moa? Consiste em emete ou meho emsubodina po intemdio da moa a questo da vedade a

    uma teoia das omas de vida dos estios de vida que nciona como citio de avaiao do conhecimen Em outaspaavas se a questo do conhecimento emete da moaidade se a noma do conhecimento no epistemogica masmoa poque a vida o citio timo de ugamento tantodo conhecimento quanto da moa.

    Em Alm d e d mal po exempo Nietsche enun

    cia caamente essa eao ente conhecimento e vida. :Sea qua o o vao que se venha atibui vedade veaci-dade ou ao desinteesse pode se que se deva da apan-cia vontade de engana ao egosmo e aos apetites um vaomais ato e mais ndamenta paa quaque vida 4 Novemos na asidade de um uo uma obeo conta esse uo[ ] A questo de sabe em que medida um uo est apto

    paa pomove a vida [ ] enuncia aos asos uos seia enuncia ppia vida." 1 1 : "[ tempo de substitui aquesto kantiana como os uos sintticos a p sopossveis? po esta outa questo po que ee acedi-ta em tais uos? isto tempo de compeende que consevao de sees de nossa espcie exige que aceditemosnees O que no impede bem entendido que esses uos

    possam se asos[ ]

    Devemos no entanto acedita na ve-dade ds com uma que se contenta com a achada e aapancia uma cena que petence tica da vida e suapespectiva." 34 ' po puo peconceito moa que ati-bumos mais vao vedade do que asidade esta mesmoa hiptese mais ma ndada que existe Reconheamos nenhu

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    ma vida pode subsistir a no ser por estimaes e aparnciasinerentes sua perspectiva"

    O caminho da argumentao de Nietsche em direo aomais ndamenta se fa portanto em duas etapas do con-hecimento mora e da mora vida Em primeiro ugar oproeto de undar a verdade ou a certea descassificado ereduido a uma questo subsidiria a um probema de se-gunda ordem9 na medida em que a coiana na rao umfenmeno ora10 e a partir dee que possve revear os

    interesses mais secretos do conhecimento A questo dos vao-res e no seu mago a dos vaores morais mais fundamentado que a questo da certeaY

    Mas isso no udo porque a anise nietschiana damora no propriamente uma reexo mora Como pensar amora sem estar na dependncia de seus pressupostos semcontinuar escravo de seus preconceitos? Esa uma exigncia

    crtica ndamena coocada por Nietsche e uma exignciadifci pois segundo ee esta tarefa ainda no tinha sido reai-ada por ningum

    At o momento os historiadores da mora contam muitopouco ees esto geramente sob o comando de uma mora ena reaidade apenas faem sua propaganda"1 Para que pen-samentos sobre preconceitos morais no seam mais uma ve

    preconceitos sobre preconceitos ees supem uma posio fda mora ago para am de bem e ma para o qua precisosubir escaar voar"1 Essa posio exterior mora esse paraam da mora a que preciso se eevar para ter uma perspec

    tiva do ato ustamente a vida considerada como instintocomo fora como vontade como potncia e seus diversostipos ou para designar o conceito que se impe a partir deAim flu Zu como vontade de potncia E se essaperspectiva a nica que ee considera crtica porque a

    mor um sintoma que remete a ago de mais fundamenta a inguagem simbica das paixes"14 e como ta que deveser investigada se se quiser revear seu signficado suas reaisdimenses No fundo a mora imora" os vaores orais so

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    vaores vitais essa reao intrnseca entre mora e vida quetorna possve o projeto de uma geneaogia da mora comogeneaogia da vontade de potncia que tem como objetivo

    avaiar os vaores morais a partir da vida e das foras queserem para denia considerada como critrio to dejugamento.

    Uma da motivaes principais da osofia de Nietzsche considerar rreevante saber se os uos de vaor sobre a vidaso verdadeiros ou fasos A razo que, sendo a vida o princpio, o fundamento da criao de vaores sendo a via queavaia quando institumos vaores ea no pode ser jugada,seu vaor no pode ser taxado15 Um juzo de vaor dependedas condies de vida e varia com eas seja ee positivo ounegativo, uma exatao ou uma condenao da vida, deve serunicamente considerado como sintoma sintoma de uma epciedeterminada de vida "[ .] temse necessariamente a fiosofia desua prpria essoa; entretanto, existe uma grande diferena:em uns so suas fatas que se pem a osofar, em outros, suas

    riqueas e suas foras [ . . egtimo considerar as audaciosasoucuras da metafsica e particuarmente as respostas que ead questo do val da existncia antes de tudo como sin-tomas de constituies corporais prprias a determinados indivduos [ ] como sintomas da constituio vive ou faha docorpo, de sua abundncia e de sua potncia vitais, de suasoberania na histria ou, ao contrrio, de suas indisposies,

    de seu esgotamento, de seu empobrecimento, de seu pressen-timento do fim, de sua vontade de acabar"6

    Assim, quando a geneaogia avaia o conhecimento, o im-portante no ser perguntar se ee verdadeiro ou faso nmeras vees Nietsche ainaa qe o faso tem uma positividade quando considerado na perspectiva da vida, ressatandomesmo o carter negativo da verdade peo fato de ser a su-

    presso de um erro, de uma iuso que uma exigncia bsicada vida.17 O que signficativo nessa tentativa de inverso dosvaores estabeecidos, como toda ve que Nietsche eogia aaparncia, que o importante no a verdade mas a fora doconhecimento E como a fora no se encontra no grau de

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    Rbe d

    vedde 1 nise do conhecimento em temos de fos queei geneogi deve detemin se ee expesso deum excesso ou de um indignci vit de um fimo oude um nego

    vid Que tipo de existnci tem quem di

    t tipo de cois? pegunt o geneogist emetendo osvoes potnci dquee que institui os voes Em sum questo nietschin do conhecimento pode se enuncidno seguintes temos se existe um tipo de vid tiv e um tipode vid etiv seio de que tipo de vid se cooc oconhecimento?

    Vou ponto expo em pimeio ug geneo niets

    chin d mo e concepo d vid como vontde depotnci que he subcente e he seve de fundmento emseguid nisei eo ente cinci e mo ou mispecismente geneogi nietschin d vedde

    Auro A) precio 3

    . Frag Post. oono de 885 primavera de 886 [60; c tambmoono de 885 oono de 886 [87 e [ 6 vero de 886 oono de 887 5 [.

    3. A precio 3.

    4 Fra Post prmavera de 884 5 [7.

    5. . Crepsculo dos dolos (.I.) "O qe devo aos anigos .

    6 . Alm do bem e do malB M 6.

    7 ara eviar possveis eqvocos alvez seja necessrio esclarecer qe esaipese no inirmada peo 1 da aia cincia inlado "a vida no m argmeno Esse aorismo diz qe se os omens no podem viver seo mndo qe consrram isso no demonsra qe ese mndo eseja certocomo est na medida em qe entre as condies da vida poderia igrar oerro ara Niezsce "o primeiro problema o da ierarqia dos ipos devida (Frag Post, ina de 886 primavera de 887 7 [4)

    8. Os jzos sinicos a pri so possveis mas so jzos faos" FragPost , abril-jno de 1885 34 [171.

    9 . Frag Post oono de 1885 oono de 886 [ 69.

    0. A precio 4

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    iee e ee

    1 1 . . Fg Po inl de 1886 - pimve de 1887, 7 [49

    12. Fg Po ouono de 1885 - ouono de 1886 2 163

    13. A i ii G . 380.

    14. B M 187; "A mol pens um lingugem simblic um sinomologi peciso j sbe de que se p i poveio del. / Osmelhodoes' humnidde 1 .

    15. f ./ O poblem de Sces 2.

    16. G. 2.

    17. Fg Pos pimve de 1884 25 [165.

    18. G C 110.

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    Gnaloa da moral vontad d potnca

    " e mostrr o problem d morl, fzer um crticrdicl d morl: ess um ds trefs esseciis d filosofide Nietzsche, que ele cosider uc ter sido relizd tes

    "No vejo igum que teh ousdo fzer um dosjuzos de vlor moris . .] t o mometo igum exmiouo vl d mis fmos ds medicis chmd morl: o queexigiri que se colocsse esse vlor m qu. ois bem! esse justmete osso projeto _roet elico dtod su relevci e mbio um tettiv de superod metfsic trvs de um histri descotu dos vlores

    moris que ivestig tto origem compreedid comoscimeto, como iveo quto o vlor desses vlores.Ligr losofi histri como ele tmbm fz com flologi, com fisiologi, com psicologi um modo demrcr um posio, de ssilr su difere com relo um filosofi que ele pretede deucir com metfsic e mo-rl. Se geelogi um reexo ilosfic ue pode secosiderd como um exteso d oo de histri um dosmotivos que Nietzsche o credit mis em vlores eterosos vlores so histricos, dvidos ou em devir "O que ossepr mis rdiclmete do pltoismo e do leibiziismo que o creditmos mis em coceitos eteros, em vloreseteros, em forms eters, em lms eters e losofi, medid em que cietfic e o dogmtic, pr s pes um mior exteso d oo de 'histri. A etimologi e

    histri d ligugem os esirm cosiderr todos oscoceitos como v muitos detre eles como id emdevir2

    s vlores o tm um existci em si, o so umrelidde otolgic so o resultdo de um produo, de

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    Robo o

    uma cao do homem no so faos, so nepeaes nodudas peo homem no mundo. Tudo o que em aguml no mundo aua no o em em s, no o em po sua

    naturez - ntuz mp m o m u diganhou vao, como um dom, e somos os doadoes. omosns que ciamos o mundo que d espeo ao homem".3 Omesmo aconece com os vaoes moas. No exisem faos mo-as, fenmenos moas, mas apenas uma nepeao moa.

    Nesche ona pecso seu pensameno, acescenando:uma fasa nepeao5 negve que ee sempe amouque a moa fasa Mas sso, sem dvda, no a deomas impoane de seu pensameno poque no se pode af-ma que a queso do vao dos vaoes seja uma cca davedade deses vaoes. E a azo evdene: que a quesoda vedade nasce paa Nezsche no bojo da moa ese oseu aspeco mas essenca, a pono de no se pode escapada moa sem se bea da vonade de vedade. Nese sendo,

    em vez de a geneaoga se uma pesqusa sobe a vedade dovao, ea muo mas popamene uma pesqusa sobe ovao da vedade. De que a moa uma fasa" nepe-ao de que ea no fundamenamene moa ea moa" ou de ogem examoa Que dze, ea um sn-oma que, paa pode se compeenddo, emee a um nvemas eemena que muas vees Nezsche chamou de fso

    gco: nve da vda e suas foas nve da vonade de ponca Po sso, coocando a queso do vao, a geneaoga damoa es sobeudo avaando sua foa: faze sua cca,so , quesona qua sua foa? sobe o que ea age? o que com a humandade (ou com a Euopa) sob o seudomno Que foas ea favoece, que foas ea epme? To-na ea mas sado, mas doene, mas coajoso, mas vdo de

    ae ec."8 Coocando a queso das foas, consdeando osvaoes moas como vaoes vas, a geneaoga , assm, am-bm uma nepeao s que uma nepeao que se eco-nhece moa",9 afma uma ncompabdade ene a moa ea vda e pocama que pecso desu a moa paa bea a

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    vida10 Suspeitando do vaor da mora a geneaogia pretendedesvaoriar os vaores prevaentes at ent.

    Em suma insurgindose contra a tendncia a considerar

    o vaor desses vaores como dado como rea como am detodo questionamento"n a geneaogia tem por obetivo coocarem questo o prprio vaor desses vaores peo conhecimentodas condies de seu nascimento desenvovimento e modifi-cao Contra hipteses metafsicas no au, a cina histriageneagica do que reamente existiu formua seu probemaEm que condies o homem inventou os uos de vaor bome mavado? E que vaor ees tm?"12 So signos de decnio oude penitude da vida?

    ese centra de Nietsche a existncia no de uma nicamas de uma dupa origem dos vaores morais e de uma oposiohistrica irredutve entre dois tipos undamentais de morauma mora dos mestres" e uma moa dos escravos"13 oupara usar as expresses de Cul d dl uma mora

    sadia" natura regida peos instintos da vida e uma moracontranatura" votada contra os instintos da vida14 Dois tiposde mora afirma Nietsche mas que na reaidade so totamente heterogneos nada tm em comum impicam uma diferena de nveis uma hierarquia mesmo que como tiposexistam em uma mesma sociedade e at em um mesmo in-divduo1 Em outros termos a mora dos mestres" a mora

    sadia" mais propriamente q uma mora uma tica16A mora aristocrtica" uma tica do bom e do mau

    considerados como tipos histricos como vaores imanentescomo modos de vida; tica dos modos de ser das foras vitaisque define o homem po sua potncia peo que ee pode,peo que ee capa de faer Em contrapartida, a morapebia" propriamente uma mora um sistema de uos em

    termos de bem e de ma consderados como vaores metafsi-cos e que portanto refere o que se di e o que se fa avaores transcendentes ou transcendentais Duas formas de con-siderao da existncia humana que se diferenciam iredutvemente como uma positividade e uma negatividade no porque

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    uma sea vedadea e a oua falsa, mas poque uma sgode pleude e a oua de declo da vda

    O obevo udameal da geealoga eala a c

    ca adcal dos valoes moas domaes a socedade mo-dea. Mas pecsamee aalsa a "moal alusa e demos-a que o exse uma elao ecessa ee o bom e asaes "oegosas. Nese sedo, a ca asocca do bom edo mau desempea claamee o papel de um pcpo deavalao e de modelo de aleava cca aos valoes domaes. Como se Nesce julgasse a moal a pa da ca.

    Mas sobeudo como se deuasse a moal pela desuodos valoes da ca. Da, vas vees e afmado a exscade um momeo e um luga em que os valoes asoccosfoam domaes a Gca acaca, que paa ele sempe sg-fcou o apogeu da cvlao, ode va ecoa a ae a epopa, a poesa lca, a agda os valoes qeope moaldade. Assm, do mesmo modo que a flosofasoccoplaca esabelece uma upua ee o gco e oacoal, a elgo judacocs su a pua ee ca emoal. Balameos scos dfeees mas que m em co-mum assala o ascmeo de um peodo de decadca.

    H, poao, ee a moal cs e a ca asoccacoo e va; va pacal da moal qe asfomou o"omemfea em amal domsco, uma ave de apa emcodeo. Mefoas esas que evdecam duas cosas que a

    alse o s global, caaceado povos e gades peo-dos, mas ambm molecula o sedo de pvlega posdvduas; e, ao mesmo empo, que o essecal da alse admeso das foas. A decadca uma dmuo um e-faquecmeo do omem; a asfomao do po foe opo faco, o ufo das foas eavas sobe as foas avas; a decomposo das foas avas, a subao da fa dos

    foes que fez com que os ppos foes assumssem os valoes dos facos. 7 "Eu dsgo um po de vda ascedee e umouo, do declo, da faquea [.. Esse po mas foe exs-u feqeemee mas como acaso fel como exceo ucacomo dd Muo pelo coo, ea ele usamee que

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    mais se ombatia que mais se vv ele sempre teveontra si o grande nmero o instinto de toda espie de me-dioridade melhor ainda ele teve ontra si a astia a sagai

    dade o esprito dos fraos e por onseguinte a virtude e foi o medo que ele inspirava que levou a querer a riara b o tipo oposto: o animal domstio o animal gregrio oanimal doente o risto"18

    Trs aatertias distinguem de modo geral a moralgregria" da tia aristortia" A tia aristortia afirmativa o resultado de um sim a si mesmo nobre bom

    forte aquele que ria que determina os valores e sabe muitobem disto "A humanidade aristortia sente que ela deter-mina os valores no tem neessidade de aprovao julga queaquilo que lhe noivo noivo em si mesmo sabe que elaque onfere dignidade s oisas id d vl19 latambm positiva no sentido em que os aristoratas se posiionam omo bons se sentem bons estimam seus atos bonssem se inomodarem om os maus que no interferindonesta autoposio de valores so onsiderados seundriosou simplesmente desonsiderados Finalmente a tia aristortia pressupe uma atividade livre riadora e alegre; noforte atividade e feliidade esto intrinseamente ligadas - uma afirmao da potnia o que faz agir no aneessidade mas a pliud ontra a teoria pimi segundo a qual todo agir se reduziria a querer se livrar de uma

    ii o prazer onsigo mesmo seria o alvo de qualquerao "20 m ontrapartida a moral dos esravos alm de onsiderar a feliidade omo passividade paz repouo negativae reativa fundase na negao dos valores aristortios daquilo que lhe eterior e dferente omo esse queinstaura valores sua ao nada ais do que ma reo

    nquanto a equao dos valores aristortios tal mo

    Nietzshe a estabelee a partir do poeta lrio grego Theognisde Megara pode ser enuniada omo bom

    nobre

    belo

    feliz amado dos deuses a moral judaia realizou uma totalinverso de valores uma vingana espiritual pura" ao afirmarque bons so apenas os miserveis pobres neessitados im

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    oo o

    potentes baixos sofredores doentes disformes e que os n _bs e poderosos so mavaos cris bricos iciveis.1 u como afirma Alm d bem e mal os judeonsegram essa prodigiosa inverso dos vaores que duranteminios deu vida errestre um atrativo noo e perigososeus profetas fundiram em uma mesma noo 'rico mpio'mavado 'vioento 'sensua e pea primeira ve deram umsentido infamante paavra 'mundo. Essa inverso dos vaoresque tambm pretende que 'pobre seja sinnmo de santo ede 'amigo mostra toda a importncia do povo judeu com e

    comea a evla d eav a dem mal22 De um ponto de vista extramora o escravo" um fraco um infei quedenomina mavado o aristocrata" o tipo forte de homem. mora udaicocrist inverso tota dos vaores positivos da ti-ca aristocrtica expressa um enorme dio contra a vida odio dos impotentes contra o que positivo afirmativoativo n vida; negao da vida que tem justamente a node aiviar a existncia dos que sofrem".2 Em uma paavra niiista.

    A geealgia da mal define esse tipo de niiismo a par-tir de suas trs figras principais o ressentimento a mcons-cincia o idea asctico. Situarei os resutados mais importan-tes dessa anise

    O ressentimento o predomnio das foras reativas so-bre as foras ativas O ressentido agum que nem age nem

    reage reamente; produ apenas uma vingana imaginria umdio insacive Visto que o homem se consumiria rapida-mente se reagisse acaba por no reagir eis a gica E nadaconsome mais rapidamente do que os afetos do ressentimento.O desgosto a suscetibiidade doentia a impotncia em se vin-gar a inveja a sede de vingana o envenenamento em odosos sentidos eis para o homem esgotado o modo mais nocivo

    de reagir."25 Compreendese a afirmao de Nietsche de que preciso proteger os fortes contra os fracos. Criando um ini-migo que considera mavado e imaginando uma vingana con-tra seus vaores o que fa o ressentido dar sentido a suafata de fora o outro sempre cupado do que ee no pode

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    do que ele no Concebendo o inimigo forte como malvado,o ressentido que fraco, que o seu oposto, que anegao dos valores que o outro institui pode ento se

    considerar, ou melhor, se imagnar bom. Atitude diametralmenteoposta dos aristocratas que se autoposicionam bons, consideram mau o que comum, o que no lhes igual, e nodesprezam, ao contrrio, veneram os inimigos, isto , tambmos consideram bons Os bons so u casta os maus umamassa, u poeira Bom e mau so, por um tempo, sinnimosde nobre e vil, mestre e escravo Por outro lado, no se olha o

    inimigo como mau ele pode revidar Em Homero tanto o grego quanto o troiano so bons. No passa por mau aquele quenos inige algum dano, mas aquele que desprezvel.>27

    A mconscincia ou o sentimento de culpa tem, segundoa genealogia nietzschiana, uma dupla origem A primeira atransformao do tipo ativo em culpado28 que se deu com onascimento do Estado, a muna mais pronda que se pro-duziu na humanidade".29 A argumentao de Nietzsche nessesimportantes textos que analisam essa forma de surgimento damconscincia se faz pela relao entre instinto e conscincia.A idia central a seguite a fora coercitiva, repressora, doEstado uma tirania terrvel abatendose sobre uma populao nmade, selvagem, livre, desvalrizou abrptamente osinstintos instintos de liberdae, reguladores da vida, incons-cientemente infalveis , reduzindo esses semianimais" ao

    pensamento, conscincia, a seu rgo mais miservel e maissujeito ao erro". 0 Impossibilitados de agir no exterior, essesinstintos fundamentais, que Nietzsche assimila vontade depotncia,1 inverteram sua dreo, voltaramse para dentro, parao interior, ou melhor, criaram a intrioridade. A interiorizaodo homem se produz quando os instintos mais potentes, nopodendo se expandir por causa de uma forte represso socia,

    voltam sua fora contra o prprio indivdu. a interiorizaodesta fora ativa, da vontade de potncia, que cria a mcons-cincia. Esse itito d lidad tornado latente pela violncia j o compreendemos esse instinto de iberdade recalcado, coibido, preso no interior e s podendo se expandir e se

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    R Mcd

    desecadear sobre si prprio isso e ada mais do qe issoa mcoscca o icio" 32

    O segdo modo de srgimeo da mcoscicia a

    rasformao do resseido em cpado reaizada peo padreascico33 O pape do padre descarregar aiviar se rebahodo resseimeo acmado qe ee cosidera m exposivocapaz de desrir ao m qao o oro Como se d esseavio descompressor O resseido algm qe sofre e por-qe sofre procra espoaeamee ma casa m cpado de se sofrimeo para sobre ele descarregar se dio dis-

    rair a dor pea paixo" Esse cpado o padre lhe oferece: ele mesmo o resseido Algm deve ser cpado de qe eme sia ma!" diz o resseido igorado a casa de sesofrieo o padre ascico he respode: em razo mihaoveha agm deve ser cpado mas esse agm vocmesmo v mesmo e apeas voc qe cpado de voc!"34Sa cpa sa clpa sa cpa! dizia icessaemee o res-

    seido miha cpa miha cpa miha mxima cpa! diragora o cpado o padre qe mda a direo do ressei-meo A mcoscicia o resseimeo voado coa siprprio Nasce assim segdo essa psicoogia do padre" opecado3

    erceira forma de iiismo: o idea ascico O qe careriza o aceiso reigioso? cosiderar a vida m erro ega e fazer dea ma poe para ora vida a vida verdadeira:iveo de m alm para mehor caliar m aqm36 i-veo de m oro mdo qe s se explica pelo casao davida qe impera a mora a religio a filosofia vearfblas sobre m oro' mdo diferee dese o em seido a o ser qe domie em s m isio de caia dedepreciao de receio: ese caso os vgamos da vida coma faasmagoria de ora' vida disia desa e mehor do qe

    esa"37 Caia sprema da vida qe para orar deseveessa egao da vida spe a exiscia de ora vida de mmdo do am de m mdo sprasesve Mas o ideaascico o se disige esseciamee das das aides aeriores cosii peo corrio o sisema mora do ressei

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    ith

    meto e d mcoscc, ms proprmete, os meos deorgo do tpo de morl udcocrst. O que crcter morl el ser mor cludor e eveedor d vd.

    Por qu Porque el lst porque com el os sttos dedecdc" domm os sttos de expso", votdede d vece votde de vver. "O stto lst d osu frmo ms moderd que oser melhor do queser, que o deseo de d tem ms vlor do que querervversu frmo ms rgoros que, se o d o que h dems desevel, est vd, como su ttese, bsolutmete

    sem vlor codevel"9 Nlst, morl exprme um vo-tde de d, sto , um votde o de rmr ms degr, de deprecr vd, possbltdo ss o rsfors retvs.

    Podese compreeder mportc que Netsche co-fere o scmeto de um morl do bem e do ml e o ppelcetrl que reexo sobre morl desempeh em su obr.

    A socedde moder lst, sto , domd pelos vloresmors, pelos vlores superores que so ustmete os vloresd decdc. E se humdde vve um perodo de de-cdc, de degeerescc dos mlos de tturee proo do homem40 sso se deve vtr d revoltdos escrvos morl". Se espce hum o tgu ogru ms lto de potc e espledor, sso se deve o fto de

    morl ser o pergo dos pergos.41 D poso de Netscheem defes de um tc rstocrtc como specto postvo ddec d egtvdde d morl. D su poso morl,morl ou extrmorl, que pretede desmscrr morl prdesmscrr o ovlor de odos os loes em que se cedt,42 crtcr domestco do homem reld pel morlem ome de um coceto de culur como destrmeto e

    seleo. Porque o se deve cofudr domestco, que efrquecmeto, com destrmeto Como o etedo, o des-trmeto um dos meos do eorme cmulo de fors dhumdde, de modo que s geres possm cotur costrur tedo por bse o trblho de seus cestrs cres

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    Roo o

    cer a partir eles no apenas exteriormente, mas interiormente,organicamente, no que existe e mais forte"43

    por isso que contra o enfraquecimento o homem, contra a transformao e fortes em fracos tema constante areflexo nietzschiana necessrio assumir uma perspectivaalm e bem e mal, isto , alm a moral". 44 Mas, por outrolao, para alm e bem e mal no significa para alm e bome mau. A imenso as foras, os instintos, a vonae potncia pemanece namental O que bom? Tuo queintensifica no homem o sentimento e potncia, a vontae e

    potncia, a prpria potncia. O que mau? Tuo que provma fraqueza"4

    A exposio as teses centrais e A galga da malmostra como ao prvilegiar na anlise as foras, os instintos,a vontae e potncia a genealogia os valores morais serealiza tomano a via como critrio e avaliao mas evien-

    cia tambm a efinio mais especificamente nietzschiana avia como vontae e potncia a natureza a via a von-tae e potncia47 Ea posio primorial a vontae potncia na anlise siuao e critrio ltimo e avaliao permite tambm efinir a genealogia, seja qual for o ob$o aque ela se aplique, como uma teoria a vontae e potn assim que Nietzsche efine, pelo menos uas vezes, a psi-cologia", no sentio bastante prprio que ele lhe e cinciamestra que conuz aos problemas essenciais, e que acreitopoe ientificar com a genealogia morfologia e a gentica a vontae e potncia" (teoria os afetos), concebiacomo morfologia a vontae e potncia".48

    E o que ensina a teoria genealgica a via como vontae e potncia? Essa eoria psicolgica" ou mesmo fisiolgi" uma fisiologia a vontae e potncia"49 que consiera

    a vontae e potncia o fato elementar, a forma primitiva oafeto" a ponto e afirmar que toa fora motriz vontae epotncia, fora ela no existe nenhuma fora fsica, inmicaou psquica", tem como tese namental e sem a qual ailosofia e Nietzsche seria incompreensvel que a vontae

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    de potnca no untra; consttuda de ormas ou tposderentes. O que o homem quer sempre mas potnca,51mas o homem uma pluraldade de vontades de potnca;52

    vver sempre querer mas potnca, querer ser mas orte,mas sso sgnca tanto estender quanto conservar a potncaPor um lado a vda deseja undamentalmente5 um m-

    xmo de potnca; no propramente uma conservao ou umaadaptao mas um aumento um acmulo uma expanso umantenscao de potnca. Alguns textos enuncam explctamente essa mportante tese da losoa de Netsche es o

    segredo que a vda me conou V dsse ela eu sou o quedeve se superar a s esmo ndendamente .5 To corodever ser uma vontade de otc eada, er cresc