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Creio que foi na homilia da missa de encerramento da Visita Pastoral à Vigararia IV de Lisboa que ouvi o nosso Patriarca fazer esta afirmação: Viver é conviver”! Pelo contexto era fácil perceber que não se tratava apenas de uma referência ao simples convívio informal, descompromedo e quase banal, muitas vezes superficial, que estabelecemos uns com os outros. Também passa por aí. Mas o sendo da afirmação era muito mais profundo. Tinha a ver com o sendo de que somos gente feita para a relação, para vivermos uns com os outros, parlhando com todos tudo o que somos: as nossas alegrias e tristezas, os nossos desejos e as nossas esperançasE quando o homem se fecha sobre si mesmo acaba por se condenar a si próprio a uma agonia lenta: a pouco e pouco morremos por dentro. Fez-me lembrar uma outra afirmação, esta do Sr D. Joaquim Mendes, durante a Visita Pastoral à nossa paróquia, na reunião com o Conselho Pastoral Paroquial, a propósito do drama da solidão, tão presente na nossa vida de hoje (e que não é um problema só dos idosos…): As pessoas só morrem quando são esquecidas”. Este tempo do Natal é o tempo em que estamos naturalmente mais despertos para a convivência: a família reúne-se sempre que possível (somos capazes de fazer grandes viagens para que isso aconteça…), as mensagens que trocamos com os amigos não têm conta, a sensibilidade às necessidades dos outros, parcularmente dos mais carenciados, fica agudizadaE tudo isto porque nos nasceu um Salvador”, “um Menino nos foi dado”! Nunca é demais perguntarmo-nos sobre o porquê deste mistério do Deus que Se faz um de nós. Faz de tal maneira parte da nossa mundividência que corremos o risco de já não nos espantarmos com ele. Vale a pena parar um pouco e perguntarmo-nos: porquê o Natal?De uma das vezes em que nos falou da razão de ser da sua vinda ao meio de nós, Jesus disse: Eu vim para que tenham Vida, e a tenham em abundância”. Jesus veio conviver connosco para nos dar a Sua vida! Só Deus nos revela o sendo da verdadeira convivência, aquela que nos enche as medidas. Conviver é viver com. Antes de mais nada com Deus que é mistério de Comunhão, a convivência perfeita! Pe Luís Alberto COMO INSCREVER-SE: Mande um e-mail para: manifestando o seu desejo de ser incluído/a na nossa mailing list , passando assim a receber a nossa Newsleer Para deixar de a receber, basta enviar um e-mail e será rerado/a da mailing list. Número 71– Dezembro de 2017 Reflexões newsletter Reflexões … newsletter Visita Pastoral

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Creio que foi na homilia da missa de encerramento da Visita Pastoral à Vigararia IV de Lisboa que ouvi o nosso Patriarca fazer esta afirmação: “Viver é conviver”!

Pelo contexto era fácil perceber que não se tratava apenas de uma referência ao simples convívio informal, descomprometido e quase banal, muitas vezes superficial, que estabelecemos uns com os outros. Também passa por aí. Mas o sentido da afirmação era muito mais profundo. Tinha a ver com o sentido de que somos gente feita para a relação, para vivermos uns com os outros, partilhando com todos tudo o que somos: as nossas alegrias e tristezas, os nossos desejos e as nossas esperanças… E quando o homem se fecha sobre si mesmo acaba por se condenar a si próprio a uma agonia lenta: a pouco e pouco morremos por dentro.

Fez-me lembrar uma outra afirmação, esta do Sr D. Joaquim Mendes, durante a Visita Pastoral à nossa paróquia, na reunião com o Conselho Pastoral Paroquial, a propósito do drama da solidão, tão presente na nossa vida de hoje (e que não é um problema só dos idosos…): “As pessoas só morrem quando são esquecidas”.

Este tempo do Natal é o tempo em que estamos naturalmente mais despertos para a convivência: a família reúne-se sempre que possível (somos capazes de fazer grandes viagens para que isso aconteça…), as mensagens que trocamos com os amigos não têm conta, a sensibilidade às necessidades dos outros, particularmente dos mais carenciados, fica agudizada… E tudo isto porque nos “nasceu um Salvador”, “um Menino nos foi dado”!

Nunca é demais perguntarmo-nos sobre o porquê deste mistério do Deus que Se faz um de nós. Faz de tal maneira parte da nossa mundividência que corremos o risco de já não nos espantarmos com ele. Vale a pena parar um pouco e perguntarmo-nos: “porquê o Natal?”

De uma das vezes em que nos falou da razão de ser da sua vinda ao meio de nós, Jesus disse: “Eu vim para que tenham Vida, e a tenham em abundância”. Jesus veio conviver connosco para nos dar a Sua vida! Só Deus nos revela o sentido da verdadeira convivência, aquela que nos enche as medidas. Conviver é viver com. Antes de mais nada com Deus que é mistério de Comunhão, a convivência perfeita!

Pe Luís Alberto

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Número 71– Dezembro de 2017

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VISITA PASTORAL Foi com muita emoção que nos reunimos com o Bispo D. Joaquim Mendes na sua visita pastoral. Eu tive a oportunidade de estar presente na reunião de D. Joaquim com as ca-tequistas de infância e jovens da nossa paróquia. Depois das apresentações e de uma breve descrição de algumas das nossas preocupações, D. Joaquim Mendes falou-nos do Discurso que o Santo Papa fez aos catequistas em Setembro de 2013 e leu-nos algumas passagens. Retive no meu coração duas: "A catequese constitui uma coluna para a educação da fé" e "educar na fé é maravilhoso". D. Joaquim referiu a importância das catequistas em acompanhar e conduzir as crianças ao encontro de Jesus Cristo, salientando que devemos separar bem a catequese do conceito de escola. Devemos Ser Catequistas e não "trabalhar" como catequistas, porque ser catequista é uma vocação. Também nos disse que "Ser catequista requer Amor" - amar a Deus, amar o Povo Santo - e este que amor vem de Cristo. Por fim, D. Joaquim Mendes focou-se em cada uma das preocupações por nós apresentadas e deu-nos alguns conselhos, referindo sempre a importância da Igreja funcionar em Comunidade.

Isabel Barbosa Durante os breves dias de visita pastoral à paróquia de Nossa Senhora de Fáti-ma, D. Joaquim Mendes disponibilizou-se para estar também com as pessoas que celebram a sua fé na igreja de Nossa Senhora das Dores. O nosso bispo proporcionou-nos um encontro esperado e desejado. Foram várias as oportunidades de contacto e de conhecimento da realidade da presença da paróquia no bairro de Santos. D. Joaquim Mendes teve momentos para tomar conhecimento da actividade pastoral ali desenvolvida. Esteve num dos lares de terceira idade, reuniu com as cinco comunidades religiosas que ali têm casa, com os universitários que ali residem e com todos os que puderam responder ao convite para estarem juntos e se conhecerem. A igreja é o ponto de encontro e de partilha da fé de muitos que vivem na zona mais a Norte da paróquia. Além das famílias que ali residem, são frequentes os estudantes universitários. Ali há celebração diária da eucaristia e D. Joaquim presidiu à celebração no fim de tarde de sexta-feira. Algumas dezenas de pes-soas tiveram a alegria de ouvir um pastor atento e motivador, que soube ser próximo e deixar uma mensagem que alimentará o entusiasmo e vida desta comunidade. Trazia a movê-lo o lema do ano pastoral, "Fazer da Palavra de Deus o lugar onde nasce a fé". Quem o ouviu e entendeu, percebeu bem o que nos quis transmitir: - humildade, confiança e a exortação a olhar o ou-tro com amor cristão. Após a celebração litúrgica, todos puderam partilhar o jantar com D. Joa-quim que com todos conversou e em todos deixou uma lembrança fraterna. Todos os que puderam participar nos vários encontros com o nosso bispo se regozijaram com a sua afabilidade e boa disposição, todos ouvindo e aco-lhendo. A comunidade sentiu-se reconhecida e teve gosto em escutar e de-monstrar pessoalmente a estima que tem pelo seu pastor.

Teresa Mendes Como a Fé cresce na medida em que é partilhada, a semana da visita pastoral à nossa paróquia foi o momento ideal para partilhar e iluminar consciências. Na

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companhia do Bispo D. Joaquim Mendes, olhámos o que tem vindo a ser feito e pensámos no tanto que ainda está por fazer. Nas reuniões onde tive o prazer de estar presente, foram focados os que mais merecem a nossa atenção: as crianças, os jovens e os idosos. Relativa-mente aos mais pequenos, o Bispo deixou bem clara a missão que o Senhor nos deixou: “não nos mandou colher, mandou-nos semear”. Numa altura em que estávamos a caminho do presépio, lembrou-nos ainda que, tal como João Baptista, somos convidados a conduzir as pessoas a Jesus e a tornarmo-nos invisíveis. Desafiou-nos ainda a pensar melhor como integrar activamente os jovens paroquianos. Estaremos a dar-lhes um lugar para que possam ser eles a dar continuidade ao trabalho das gerações passadas? Quanto à geração mais sábia, é emergente ocuparmo-nos das suas necessida-des, de procurarmos lutar contra a sua solidão e isolamento. Este é um pro-blema transversal à nossa sociedade e não devemos esquecer-nos das tantas vezes que o rosto de Jesus se manifestou a nós mascarado com traços enruga-dos. Que neste Natal o Espírito Santo nos encha de ânimo para transformarmos a vida dos que mais precisam de nós!

Joana David Foi com surpresa, mas sobretudo com muita alegria, que aceitamos o desa-fio de acolher a vista pastoral na nossa Comunidade FMM, pela primeira vez na história desta Comunidade. A presença de D. Joaquim Mendes, acompanhado pelo nosso pároco, Pe Luís Alberto, distinguiu-se pela simplicidade e proximidade. Como Salesiano, o nosso Bispo manifestou grande alegria por se encontrar em visita a uma das Comunidades Religiosas da nossa Paróquia. A maioria das Irmãs salienta a ternura de um Pastor que quer conhecer o seu rebanho e que se alegra quan-do o encontra. Num diálogo muito fraterno foi apelando à comunhão, lem-brando-nos que as Comunidades religiosas na Igreja devem ser “oásis de co-munhão”, comunidades que cuidam dos seus membros e estão abertas e in-seridas na comunidade que é a Igreja. Assim como a importância do testemu-nho da Consagração que seja visível para o mundo. Seguiu-se a Eucaristia, que habitualmente é celebrada às 19h15, aberta ao exterior, e onde participam sobretudo alguns vizinhos da Comunidade. Em pleno Advento e com a linguagem poética e de ternura de Isaías convidou-nos a ser instrumentos de salvação para os outros. Na verdade esta foi uma oportunidade não só para o nosso Bispo conhecer as Irmãs, mas um momento forte de comunhão na Igreja, em que nos sentimos membros ativos da Igreja, apesar de a maioria se encontrar já numa fase mais avançada da vida, mas como dizia D. Joaquim: “esta fase vida, vivida em atitu-de interior de Mistério Pascal, pode ser mais fecunda que toda a vossa missão ativa realizada. É um período de acolher o Senhor e louvá-Lo pelas maravilhas que Ele fez e continua a fazer em nós.”

Ir. Conceição Barbosa, fmm No passado dia 17 de dezembro, domingo, o nosso grupo de jovens teve a oportunidade de participar no encontro vicarial da juventude, Lisboa IV. A experiência foi única! O contacto com os jovens de outras paróquias muito enriquecedor. As atividades que nos foram propostas estavam

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muito bem organizadas e foram muito esclarecedoras. Gostei imenso do en-contro com o senhor Patriarca D. Manuel Clemente, pois não temos muitas oportunidades de estarmos em contacto com ele e o facto de responder às perguntas que nós próprios colocamos, ouvir-nos e responder-nos diretamen-te foi ótimo!

Maria João Coragem Tem sido uma questão sempre em aberto e ao mesmo tempo um desafio difí-cil de concretizar, ou seja, trabalharmos em vigararia a nível da pastoral juve-nil. Mas desta vez o sonho tornou-se realidade e daqui poderão surgir novas oportunidades. Para concluir a visita pastoral à vigararia IV foi proposto um encontro de jovens da vigararia com o Sr. Patriarca D. Manuel Clemente. Toda a pastoral juvenil da vigararia IV se (re)uniu para preparar este encontro. E o resultado foi: Jovens, Deus & Cidade. Vários workshops, de serviço, sobre a vida cristã, a nível bíblico e pastoral e como não podia deixa de ser, liturgia e oração. À nossa paróquia, de Fátima, foi pedido preparar uma Oração de Taizé onde os jovens pudessem experimentar um momento de oração inspirado no espírito de Taizé. Reuniu cerca de 200 jovens, na Igreja de Santa Joana Princesa, dos diversos grupos e movimentos da vigararia IV e foi muito bonito o interesse e boa disposição com que viveram este dia. Como é próprio dos jovens tiveram imensas perguntas a fazer ao Sr. D. Manuel Clemente, entre as quais: “qual a experiência de Deus que mais o marcou na sua vida? Como falar de Deus e dar testemunho da fé aos jovens nossos colegas e amigos que não acreditam?...“ Num diálogo simples e próximo o senhor Patriarca lá foi esclarecendo os jovens incentivando a que não tenham medo de Deus e de dar esse testemunho em todos os lugares em que se encontram. Para finalizar a manhã dividiram-se pelos diversos workshops, de acordo com a escolha de cada um. Após o almo-ço e convívio, novo workshop e partida para a Igreja de Fátima para o encerramento da visita pastoral, onde parti-cipámos na Eucaristia com todo o povo de Deus presente. Foi realmente um momento muito bonito de encontro e conhecimento entre os jovens e das diversas atividades que são realizadas em cada paróquia e cada movimento presente na vigararia.

Ir. Conceição Barbosa, fmm O Natal é uma grande esperança para um cristão. Deus oferece-nos todos os anos a oportunidade de recomeçar, de voltar a tentar, de acreditar que é possível ir realizando o sonho de um mundo de Amor. Na azáfama de preparação das festas (em que às vezes nos envolvemos de tal forma que nos distrai do essencial) lembramo-nos das pessoas e o nosso coração torna-se mais sensível aos outros. Este facto é uma grande esperan-ça para o mundo. Todos experimentamos que podemos ser mais solidários, mais presentes na vida uns dos ou-tros, mais inocentes, mais dispostos a acolher... porque o Menino Jesus nos desperta todos os Natais.

Na nossa família, nós assumimos a tarefa de organizar um concerto de músicas nos almoços e jantares de Natal. Usamos o nosso gosto pela música para levar à nossa família alargada, o prazer de cantar e de ouvir as crianças todas da família a atuar. Este ano, apresentámos também algumas músicas do CD “Vou contar-te” dos Sete Can-tus! O que ao princípio parecia uma imposição da nossa parte (pois antes de nós nunca se cantou nas nossas reu-niões familiares de Natal), agora é uma contribuição que todos esperam dos “Gamboa”. É a forma que temos de contribuir para um espírito de maior simplicidade e alegria nas nossas celebrações familiares.

Neste Natal, queremos agradecer a todas as pessoas que trabalharam nestes dias, abdicando de estar com as suas famílias para estarem ao serviço de um amor mais universal: nas igrejas, nos hospitais, na segurança pública, na restauração, nos lares e residências, e muitas outras em que nem pensámos. E rezamos para que o presépio nos traga novamente a esperança de um mundo melhor, que todos podemos aju-dar a edificar!

Ana e Hugo Gamboa

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