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Edição 54 Ano V 10 de novembro de 2015

Informativo de Dança exclusivo do IBT e Espaço VIRALAPAM e n s a g e m d o E d i t o rPERCY RODRIGUES LEIA NESTA EDIÇÃO

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Caros Tangueros

Graças ao dedi-cado colaborador do Informativo, jornalista Marcondes Mesqueu, fechamos mais uma edição, mantendo a pontualidade e re-gularidade mensal.Nesta edição, além do excelen-te material elaborado por Mar-condes, divulgamos cobertura da estada de Dina Martinez na cidade, com texto e fotos dos workshops realizados no Espa-ço VIRALAPA em parceria com Paulo Araujo.Nossa reportagem entrevis-tou diversos frequentadores da SegundAlternativa, que se manifestaram fornecendo suas percepções a respeito do alegre encontro da última segunda-fei-ra do mes.Marcondes Mesqueu estende seu “olhar” além da SegundAl-ternativa, situando-se como bai-larino virtual , mas autor real de inspiradíssima poesia. Tam-bém, criou o “ZÉ DA DANÇA”, parceiro por uma noite de uma dama fantasma. PR

NR:o tom rosa refere-se à prevenção do câncer de mama celebrado em ou-tubro, e do infantil em novembro

Dina Martinez

Comentários e imagens sobre a temporada da grande mestra do tango argentino, realizada no Espaço VIRALAPA no período de 26 de outubro a 06 de novembro de 2015

Marcondes Mesqueu

O “olhar” do poeta expresso sob os efeitos dos bailados da SegundAlternativa

S e g u n -dAlterna-tiva

Micros entrevistas com fre-quentadores da SegundAlter-nativa

Este Informativo é distribuído gratuitamente por meio eletrônico. Para recebê-lo, atualize seu-email na secretaria do Espaço VIRALAPA. Esta e todas as edições passadas podem ser acessadas

no www.tangoporsisolo.com.br ou www.viralapa.com.br

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Dina Martinez, a mais carioca das mestras do tango argentino

DINA MARTINEZ, renoma-da mestra de dança, argentina, como faz todos os anos, acaba de realizar mais uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, minis-trando aulas particulares e em grupos, em parceria com Pau-

lo Araujo, amigo e parceiro há longos anos. A parceria de Dina com Paulo Araujo vem de longo tempo, incluin-do workshops realizados em Buenos Aires com grupos de alunos conduzidos pelo mes-

tre brasileiro. Dina Martinez, nes-ta oportunidade, realizou intenso workshop, com variada técnica e fundamentos do tango, atendendo a todos os níveis de participan-tes, aprimorando os iniciados e preparando a base dos iniciantes.

ARTIGO

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Dina Martinez, novamente no Rio de Janeiro, agrega valor aos alunos de Paulo Araújo

No período de 24 de ou-tubro até 6 de novem-bro, sob os auspícios do IBT e Espaço VI-RALAPA, Dina Marti-nez realizou intensivos workshops com alunos, ex-alunos e amigos de Paulo Araújo, consti-tuindo-se, para estes, numa excelente opor-tunidade de desenvol-vimento e aprimora-mentos do aprendizado do tango. A temporada de Dina incluiu, tam-bém, intenso programa de aulas particulares.

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VIRALAPA NewsConselho Editorial

Fabien CayetMarcondes Mesqueu

Paulo AraújoPercy Rodrigues

Sandra SantosEditor GeralPercy Rodrigues

JP 31780 RJ

EXPEDIENTE

INSTITUTO BRASILEIRO DO TANGOPresidente: Paulo AraujoESPAÇO VIRALAPA

Diretor Geral: Paulo AraújoSéde Própria: Avenida Gomes Freire, 663, sobreloja, Lapa, Rio de Janeiro

CEP 20230-014 - Tel. 21-3970 2457contato@viralapa.com.br

O que afirmam os frequenta-dores da SegundAlternativaPESQUISA

Valéria: “É uma liber-dade de expressão”!

Gelson : “É uma noite que ilumina a todos“

Miriam: “É esperada ansiosamente por 3 se-manas”!

Rubén: “Saudade de pequenas coisas: de dançar, das pessoas...”

Hamilton:”Alto as-tral...!”

Benedito: “Além do ótimo!”

Wagner: “É a melhor alternati-va do mês!”

Deize: “Pra mim, a SegundAlternativa é tudo de bom!”

VIRALAPA News 10 de novembro de 2015 Pág 5VIRALAPA News 10 de novembro de 2015 Pág 4ZÉ DA DANÇA

MARCONDES MESQUEU

ESSA HISTÓRIA NÃO é uma ficção. É mais uma das várias verdades que brotam no território do sonho, por tal motivo mais do que verídica.Estão prontos? Então lá vai:Certo dia um sujeito conhecido nas festas da cidade por Zé foi a mais um baile. Aliás, Zé é um dos vários Zés denominados “ratos de baile”ou Zé da Dança. Não perdem um. Honra seja feita, o nosso Zé é figura disputada pelas damas nos salões. Mulheres de todas as idades e classe social competem para viverem os melhores três minutos das suas vidas

dentro dos seus braços. Ele usa e abusa da elegância e da audácia afetiva. Em tempo de foto face ter uma selfie com Zé é troféu. Ficava com todas, mas não estava com nenhuma. Seu lema é a liberdade para que no final da noite faça uma retrospectiva de “corações” roubados através dos diversos sabores que os beijos da noite deixam nos vários cantos da sua boca. Todos os dias de baile eram iguais. Uns melhores outros “menos bons”. Um dia Zé chega a mais um baile. Já era tarde. A orquestra ia quente nos agudos e graves. A percussão marcava direitinho o ritmo da noite. O salão fervia nos giros e “amassos”. Tinha muito chapeuzinho vermelho perdida na floresta à espera de lobo mau salvador. Caçador não entra. No canto uma Menina Mulher Bonita só sem dançar. Zé pensou: Como? Por que essa coisinha linda está ai dando sopa? O galã armou o bote e atacou. Ao se apro-ximar parou frente a ela com a mão estendida na sua direção. De imediato ela não esboça reação. A jovem ao sentir a presença de alguém foi acendendo um riso e falou:- Oi! Zé, meio sem jeito, misturando desapontamento com encantamento, porém sabendo que o dançarino que se presa não pode dispensar uma dama após convidá-la, pergunta:-Vamos dançar? A Moça oferece sua mão.- Você prefere dançar uma mais lenta? Esse samba está muito rápido pra você?- Vamos dançar essa. Eu gosto dessa música do Zéca. A dama se entrega ao dançarino. Ele meio sem jeito não sabia se ia ou se vinha. Suas pernas se embolavam. Zé mais parecia um prego enfiado no meio do salão. Ele gostava do momento, mas por instantes preferiu estar com suas velhas amigas de baile. Tudo uma grande confusão na sua cabeça.O pouco que Zé conduzia ela correspondia. A dança trava. Ou melhor, Zé trava a dança.- Não está gostando de dançar comigo? Se é isso, podemos parar.- Desculpe, eu já dancei com todo tipo de dama nessa vida, porém nunca com alguém igual a você. Como faço? Tenho medo de te machucar.- Fique tranquilo, eu aprendi a me defender. Me diga uma coisa, nunca acontece acidente com as outras damas? Eu sou diferente, porém sou igual a todas as outras. Pode acreditar.Naquele dia o galã que, normalmente, passeava por vários corpos nos bailes se fixou na Moça Diferente. Ela, por sua vez não usou a velha tática do “com licença, vou ao toilette”. Difícil apostar palpite sobre o que ela sentia, porém tudo leva a crer que desagradável não estava. Seus movimentos pareciam dizer que gostava de dançar com um Zé meio enrolado.A noite seguia de uma dança indo ao encontro da outra.De repente a Moça Diferente pergunta: - Não quero atrapalhar a sua paquera. Se quiser podemos parar. A hora que desejar me chame novamente que, se eu não estiver acompanhada, aceitarei. Homens delicados servem, no mínimo, para serem amigos de baile.- Parar por que se está bom dançar com você. Lá pelas tantas chega o fim da noite. A orquestra anuncia a saideira. Nessa noite Zé e a Moça Diferente dançaram e conversaram muito. Zé se embolava, temia falar o que não devia. Não queria magoar. Não queria perder a compa-nhia. Antes que imaginem coisas, nem um beijo tinha acontecido. Fato inédito, Zé, com as outras, sempre arranjava um jeitinho de arrancar bicotinha até de mulher casada. A moça Diferente fazia do Zé um Zé Diferente. Aquele que decidia tudo estava mergulhado na dúvida. Os últimos dançarinos se retiravam. Conta paga. Ela bebeu água mineral e ele, como por encanto, acompanhou. Enquanto Zé tentava se encontrar nas ideias. Aquilo que sempre foi fácil no final de um baile quando estava com uma Mulher interessante, naquela noite gerou um suor frio. Incrível, Zé não sabia o que fazer. Nem ao menos se despedir ele conseguia. Ao chegarem à porta da gafieira, era noite de lua cheia, a Moça pergunta: - Em que direção você vai?Zé responde: - Você... vai pra onde?Ela: - Perguntei primeiro. Zé pensou: - E agora, o que faço com uma Moça bonita e sedutora que usa uma bengala de cego?Ela pegou no braço dele e de posse de seu escuro iluminou os passos e caminhada do Zé da Dança. (dedicado à amiga cantora poeta Sara Bentes) MM

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Marcondes Mesqueujornalistammmesqueu@gmail.com

A ESTRELA “MAIS GRANDE” DO BAILE

Hoje vim ao baile pra ficar parado.Nada de samba,Nada de bolero,

Soltinho,Tango,...

Vim ao baile pra ficar parado.Não quero papo.

Calado.Olhando pra cima,

Pra baixo,pro lado.

Cansei da dança,Quero ser dançado.

Cansei das músicas e acordes,Quero acordar desacordado.

Podem me chamar de esquisito,Doente ou magoado.

Com tanta mulher no salãoHá quem me julgue “veado”.

No silêncio do meu corpoRodo, gingo, faço até sapateado.

Malandreio com as pernasSem balançar pros lados.

Hoje a festa é minhaSou a estrela “mais grande” do baile

No velho “chão de estrelas”Do voador Lapa Circo

Abusivamente constelado.vim ao baile pra dançar

Com a sempre jovem dama do passadoQue tenho nas fotos

Porém me falta corpo suado.Na memória uma vitrola da memória

Não tem Maria Rita, Gadu,Zeca, Martinália ou Hermanos.

Hoje vim ao pra dançar diferente.Quero lembrar, sofrer, sentir prazerTendo meu corpo levado pelo velho

Sempre jovem Roberto Carlos apaixonado.

MM