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2 RELATÓRIO E CONTAS 2014

01 | GRUPO MARTIFER Mensagem do Conselho de Administração Destaques Principais Indicadores Financeiros Principais Acontecimentos

02 | ENQUADRAMENTO Atividade Presença Internacional Histórico Envolvente de Mercado

03 | DESEMPENHO FINANCEIRO Análise de Resultados Consolidados Proveitos Operacionais EBITDA e Resultado Líquido Investimento Consolidado Análise da Estrutura de Capital Consolidada

04 | ANÁLISE POR SEGMENTO Construção Metálica RE Developer Solar

05 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

06 | COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

07 | PERSPETIVAS FUTURAS

08 | PRINCIPAIS RISCOS Riscos Financeiros Riscos Operacionais Riscos Jurídicos

09 | PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

10 | OUTRAS INFORMAÇÕES

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 3

11 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

12 | NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

13 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

14 | NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

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4 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Nota: Este relatório adota o novo acordo ortográfico.

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6 RELATÓRIO E CONTAS 2014

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8 RELATÓRIO E CONTAS 2014

01 | GRUPO MARTIFER MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas,

Os últimos anos, e sobretudo o ano de 2014, foram especialmente difíceis para as empresas do setor de construção e, em particular, para a Martifer.

No entanto, temos tomado medidas para superar as dificuldades atravessadas ao longo dos últimos anos.

Em 2014, continuámos a concretizar a estratégia de venda de ativos não core, tendo sido materializada a venda da participação na Nutre e iniciado o processo de venda da Martifer Solar que esperamos concluir durante 2015.

Na área de Construção Metálica, em 2014:

Reforçámos os capitais próprios; Dotámos o Grupo, através da West Sea, de uma infraestrutura que permite perseguir novas oportunidades no segmento naval; Entrámos num novo mercado, a Argélia, com a conquista do projeto “Djelfa”;

Na área de RE Developer:

Concretizámos a venda da Rosa dos Ventos, no Brasil, e assinámos um acordo de venda condicional do Parque Eólico de Gizalki, na Polónia ao Grupo Ikea;

Demos um novo fôlego ao projeto Ventinveste com o financiamento obtido para o projeto Âncora.

Tendo em conta os passos dados ao longo do ano, estamos mais focados e concentrados nos principais objetivos definidos na estratégia do Grupo:

Reforço da presença internacional com enfoque em três geografias core (Europa e Médio Oriente, África e América Latina) e em oportunidades atrativas em mercados com rentabilidade acima da média;

Focalização no negócio core de construção metálica (construção metalomecânica, alumínio e vidro, infraestruturas para oil & gas e indústria naval);

Adoção de um novo modelo organizacional:

Redimensionamento e adequação da estrutura em linha com o reforço da presença internacional;

Melhoria dos processos de negócio e da eficiência operacional;

Desenvolvimento e retenção dos recursos humanos;

Otimização do footprint industrial e ajustamento dos layouts produtivos; Melhoria da situação financeira e da dívida do Grupo:

Desinvestimento nos negócios não core e alienação de ativos imobiliários;

Redução de cash costs, através de um programa de otimização da estrutura de custos e do fundo de maneio;

Redução gradual da dívida e do rácio dívida/EBITDA;

Adequação da maturidade de inflows da atividade operacional e (des) investimento aos outflows da atividade de financiamento.

Acreditamos que a estratégia que temos definida irá levar, no futuro, a uma melhoria da rentabilidade do Grupo.

Caro stakeholder, agradecemos, uma vez mais, a confiança depositada.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 9

DESTAQUES

• Total de Proveitos Operacionais de 226 M€ dos quais 201 M€ na Construção Metálica e 25 M€ na RE Developer

• Total de Proveitos Operacionais no 4T2014 com um crescimento de mais de 50 % face ao 3T2014

• EBITDA de 6 M€, o que corresponde a uma margem EBITDA consolidada de 3 %

• Resultado Líquido das atividades continuadas fortemente influenciado por reforço de provisões e imparidades (39 M€), bem como, encargos financeiros (30 M€)

• Resultado Líquido Consolidado atribuível ao Grupo de -94 M€ muito penalizado pelo resultado líquido de atividades descontinuadas de -31 M€, e pelo reforço de provisões e imparidades

• Redução da Dívida Líquida Consolidada para 283 M€, uma redução de 53 M€ face a 2013

PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS

M€ dez-14 dez-13 Var. (%) Proveitos Operacionais 225,8 319,9 -29% EBITDA 6,0 15,7 -62% Margem EBITDA 3% 5% -2,3 pp Amortizações e depreciações -14,6 -14,3 -2% Provisões e perdas de imparidade -38,6 -28,3 -37% EBIT -47,3 -26,9 -76% Margem EBIT -21% -8% -12,5 pp Resultados financeiros -19,4 -34,4 44% Resultados antes de impostos -66,7 -61,2 -9% Impostos -4,9 -3,6 -35% Resultados depois de impostos de atividades continuadas -71,5 -64,8 -10% Resultados de atividades descontinuadas -65,2 -5,9 <-100% Atribuível a interesses não controlados -34,4 -1,7 <-100% Atribuível ao Grupo -30,7 -4,2 <-100% Resultado líquido do exercício -136,7 -70,8 -93% Atribuível a interesses não controlados -43,2 -1,8 <-100% Atribuível ao Grupo -93,5 -69,0 -36% Resultado por ação -0,957 -0,705 -36%

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10 RELATÓRIO E CONTAS 2014

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

JANEIRO 2014

West Sea assina contrato para a Subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo

No âmbito de um concurso público internacional, foi adjudicada ao consórcio formado pela Martifer Energy Systems e pela Navalria, sociedades integrantes do grupo Martifer, a “Subconcessão da Utilização Privativa do Domínio Público e das Áreas Afetas à Concessão Dominial” atribuída à Sociedade Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

O grupo Martifer, através da sua nova subsidiária West Sea – Estaleiros Navais, Lda., pretende desenvolver a sua atividade no mercado nacional e internacional e implementar um projeto de construção e reparação naval, no âmbito do qual se prevê a criação de cerca de 400 novos postos de trabalho ao longo dos próximos 3 anos. Com esta subconcessão, o Grupo aumenta a sua capacidade de construção e reparação naval. A assinatura do contrato decorreu em janeiro de 2014.

Martifer Solar USA INC e Martifer Aurora Solar LLC iniciaram voluntariamente um processo nos termos do Chapter 11

No dia 21 de janeiro as sociedades participadas Martifer Solar USA INC e Martifer Aurora Solar LLC iniciaram voluntariamente um processo nos termos do Chapter 11 (US Bankrupcy Code).

320

226

16

6

-71

-137

8

15

-200 -100 0 100 200 300 400

2013

2014

Capex RLE EBITDA Proveitos Operacionais

M€

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 11

FEVEREIRO 2014

Martifer Renewables conclui venda da Rosa dos Ventos

No dia 27 de fevereiro, a Martifer Renewables concluiu, através da sua subsidiária Martifer Renováveis Geração de Energia e Participações, S.A. controlada a 55 %, a venda de 100 % das ações da empresa da Rosa dos Ventos Geração e Comercialização de Energia, SA pelo valor total $R70,3m à empresa brasileira CPFL. A Rosa dos Ventos Geração e Comercialização de Energia, SA é a empresa detentora de parques eólicos com capacidade de produção de 14,7 MW de energia. A venda tinha sido acordada entre as partes envolvidas a 18 de junho de 2013.

MARÇO 2014

Martifer conclui dois novos navios para a Douro Azul

A Navalria, subsidiária da Martifer Metallic Constructions, concluiu, em março, a construção dos navios-hotel Viking Hemming e Viking Torgil, para a empresa Douro Azul.

Os navios, que irão operar como cruzeiros no rio Douro, foram construídos no prazo de um ano e contam com uma característica distintiva: uma proa arredondada, que torna possível a criação de um deck exterior com capacidade para 42 passageiros.

ABRIL 2014

Martifer Metallic Constructions reforça capitais próprios

A Martifer Metallic Constructions reforçou, através dos acionistas de referência da Martifer SGPS, os capitais próprios em cerca de 28 milhões de euros.

Martifer Solar e Adenium Energy com PPA para parque fotovoltaico na Jordânia

A Martifer Solar e a Adenium Energy Capital celebraram um Acordo de Compra de Energia (PPA – Power Purchase Agreement) com a utility nacional da Jordânia, NEPCO (National Electric Power Company), para um parque fotovoltaico de 10 MW.

A Martifer Solar foi selecionada como developer principal do projeto e ficará encarregue dos serviços de EPC (Engineering, Procurement and Construction). Após a ligação à rede, a Martifer Solar será responsável pelos serviços de Operação e Manutenção (O&M).

O projeto será desenvolvido com a Adenium Energy Capital, que irá financiar o projeto com um valor total de cerca de USD $26 milhões.

Martifer Solar conclui construção de portefólio fotovoltaico de 78,4 MW para a Lightsource Renewable Energy no Reino Unido

A Martifer Solar concluiu a construção de um portefólio fotovoltaico de 78,4 MW no Reino Unido. O cluster é constituído por cinco parques fotovoltaicos localizados nas regiões de Cambridgeshire, Devon, Nottingham e Swindon tendo sido construído para a Lightsource Renewable Energy.

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12 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Assembleia Geral Anual da Martifer SGPS, S.A.

Em 28 de abril de 2014 ocorreu a Assembleia Geral Anual da Martifer SGPS, S.A., com a participação de 79,85 % da totalidade do seu capital social, tendo sido aprovadas por unanimidade todas as propostas da Ordem de Trabalhos constante da convocatória.

MAIO 2014

WEST SEA toma posse do Estabelecimento da Subconcessão

Em 2 de maio de 2014, a sociedade West Sea - Estaleiros Navais, Lda, integrante do grupo Martifer tomou posse do Estabelecimento da Subconcessão no âmbito da “Subconcessão da Utilização Privativa do Domínio Público e das Áreas Afetas à Concessão Dominial” atribuída à Sociedade Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

JUNHO 2014

Martifer Renewables celebra acordo de venda condicional do parque eólico de Gizalki ao Grupo Ikea

Foi celebrado um acordo de alineação condicional, no âmbito do qual o grupo IKEA irá financiar o desenvolvimento do parque eólico de Gizalki (36 MW), na Polónia, que está pronto a ser construído (ready-to-build). A venda do projeto Gizalki será apenas concluída após a sua construção e ligação à rede. A venda destes ativos enquadra-se na política de rotação de ativos, implementada pela equipa de gestão da Martifer Renewables, área de negócio de RE Developer do grupo Martifer.

JULHO 2014

Maioria dos ativos da Martifer Solar USA INC vendidos à BayWa

No dia 1 de julho, as dinâmicas do processo de Chapter 11, iniciado pela Martifer Solar USA INC em janeiro, conduziram a que o tribunal do Nevada aprovasse a venda da maioria dos ativos da Martifer Solar USA, Inc. à proponente BayWa por 7,6 milhões de USD. O produto da venda está enquadrado com o book value dos ativos.

Martifer Solar completa 8 MW na Ucrânia

A Martifer Solar construiu um novo parque PV de 8 MW, denominado Shargorod, na região de Vinnytsia, na Ucrânia.

Ventinveste SA assina acordo com Ferrostaal GmbH

Em Julho de 2014 foi constituída a sociedade Âncora Wind – Energia Eólica, S.A. que visa concretizar a parceria entre a Ventinveste, S.A. e a Ferrostaal, GmbH para o desenvolvimento de projetos eólicos num total de 171 MW no âmbito do consórcio Ventinveste, estando previsto o início da construção após o financial closing, que se perspetiva para o final de 2014.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 13

AGOSTO 2014

Martifer SGPS acorda transmissão da participação na Nutre SGPS

A Martifer SGPS decidiu, no primeiro semestre, proceder à venda da participação que detinha na Nutre, SGPS, SA. tendo no início do terceiro trimestre acordado, no âmbito de uma proposta de investimento nessa sociedade apresentada pelo grupo Orchadia, S.A., a transmissão daquela participação. A concretização da operação está sujeita ainda ao cumprimento de diversas condições, (incluindo, entre outras, decisões de Autoridades Governamentais). O valor da transmissão está em linha com o valor do investimento financeiro.

SETEMBRO 2014

Martifer SGPS decide focalizar atividade do grupo na construção metálica (Estruturas metálicas, Fachadas em alumínio e vidro, Infraestruturas para Oil & Gas e Indústria naval)

A Martifer SGPS decidiu, em setembro, focalizar a atividade do Grupo na construção metálica (Estruturas metálicas, Fachadas em alumínio e vidro, Infraestruturas para Oil & Gas e Indústria naval) e dar cumprimento ao plano ativo de venda da participação de 55 % detida na Martifer Solar. Sendo a venda altamente provável os ativos e passivos da Martifer Solar foram classificados como “ativos não correntes detidos para venda” e “passivos associados aos ativos não correntes detidos para venda”, respetivamente, sendo o resultado líquido da Martifer Solar apresentado como “resultado de unidades descontinuadas”.

DEZEMBRO 2014

Ventinveste SA assegura financiamento de 175 milhões de euros para 171,6 MW de energia eólica

A Ventinveste assegurou financiamento para a construção de 171,6 MW de energia eólica em Portugal e a entrada em vigor dos contratos para a construção do projeto “Âncora”, uma parceria estabelecida entre a Ventinveste, SA e a Ferrostaal GmbH. O financiamento de 175 milhões de euros foi assegurado com um sindicato bancário constituído pelos bancos BPI, ING e Santander. A construção dos quatro parques eólicos terá início em dezembro de 2014, prevendo-se que os parques estejam totalmente operacionais no final de 2016.

Martifer vende 49 % da Nutre

A Martifer concluiu a venda da participação de 49 % na subsidiária Nutre, SGPS, S.A. (“Nutre”) à CERES AGRICULTURE HOLDINGS COӦPERATIEF U.A., por 19,6 milhões de euros, dando assim continuidade ao processo de venda dos ativos não core.

West Sea assina o primeiro contrato de construção naval

A DouroAzul assinou com a West Sea o contrato de construção de um novo navio-hotel para realizar cruzeiros turísticos no Douro, Viking Osfrid, cuja construção começou no início de 2015, prevendo-se que possa estar concluído antes do final do ano.

Martifer entra na Argélia com um projeto no setor energético

A Martifer Metallic Constructions conquistou um projeto na Argélia, um mercado em grande expansão no setor da construção metálica. Trata-se da construção do refrigerador de uma central termoelétrica a gás, localizada em ”Djelfa”.

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14 RELATÓRIO E CONTAS 2014

EVENTOS SUBSEQUENTES Desde a data de referência das contas não ocorreram factos que que afetem a informação financeira divulgada.

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16 RELATÓRIO E CONTAS 2014

02 | ENQUADRAMENTO ATIVIDADE A Martifer iniciou a sua atividade em 1990, no setor das estruturas metálicas. Desde 2014, como consequência da focalização estratégica dos negócios, a Martifer concentrou a sua atividade no setor de Construção Metálica controlada pela Martifer - S.G.P.S., S.A..

O Grupo desenvolve também outras atividades e gere participações financeiras: RE Developer – promoção e desenvolvimento de parques eólicos (Martifer Renewables) e Martifer Solar, considerada desde setembro de 2014 como um ativo detido para venda.

HOLDING

A Martifer - S.G.P.S., S.A. é a holding do Grupo. Com as adaptações ao modelo de governance incrementadas no decurso do ano de 2012, a Martifer - S.G.P.S., S.A. posiciona-se como uma Sociedade Gestora de Participações Financeiras, estabelecendo e definindo regras e políticas de Grupo e monitorizando as atividades das Áreas de Negócio, às quais foi atribuído um maior grau de independência e poder de decisão.

As áreas de negócio atuam de forma autónoma, seguindo as orientações estratégicas aprovadas a nível da holding, com base em orçamentos e planos de negócio anuais aprovados pelos administradores executivos da Martifer.

No final do ano, a holding e os serviços de suporte contavam com 50 colaboradores.

CONSTRUÇÃO METÁLICA

A Martifer Metallic Constructions é um player reconhecido globalmente no setor. A empresa está focada em três grandes polos geográficos: Europa e Médio Oriente, África e América Latina, e conta com unidades industriais que lhe permitem, a partir destes polos, construir os projetos mais complexos em locais tão diversificados como, por exemplo, a Amazónia, no Brasil e Jeddah, na Arábia Saudita. As suas unidades industriais estão localizadas em Portugal, na Roménia, em Angola, em Moçambique (em parceria), no Brasil e na Argélia (em parceria).

Esta área de negócio centra a sua estratégia de desenvolvimento na diferenciação pela qualidade da engenharia e vocação para projetos de grande complexidade. A Martifer Metallic Constructions espera seguir uma estratégia direcionada recorrendo a parcerias com empresas de segmentos complementares, que lhe permitam não só oferecer soluções mais completas, mas também ganhar uma maior dimensão, principalmente no panorama internacional.

Fornece soluções globais e inovadoras de engenharia, nomeadamente nos segmentos de construção metalomecânica, alumínio e vidro, infraestruturas para Oil & Gas e indústria naval (através das subsidiárias Navalria e West Sea).

Esta atividade industrial e comercial conta com uma capacidade de produção que lhe permite realizar projetos em vários continentes, sendo que, no final de 2014, contava com 2 485 colaboradores.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 17

RE DEVELOPER

A Martifer Renewables atua como um developer de energias renováveis, principalmente no desenvolvimento de parques eólicos. Mais do que acumular MWs em exploração, a estratégia da Martifer Renewables assenta numa rigorosa utilização de capitais no desenvolvimento e construção de projetos, tendo implementado uma política de rotação de ativos que pode incidir em ativos que estejam em processo de desenvolvimento, construção ou operação.

Esta área de negócio tem atualmente 49 MW de parques solares e eólicos em operação e com contribuições para os Proveitos Operacionais localizados em Espanha e na Roménia. Em Portugal, a empresa controla 50 % de parques eólicos em operação com capacidade de 31 MW, que contribuem para os resultados através de equivalência patrimonial. Em 2014, a Martifer Renewables, através da sua participada Ventinveste, celebrou uma parceria para a construção de 171,6 MW de projetos eólicos em Portugal e acordou a venda do projeto Gizalki, na Polónia, com 36 MW.

Desde a sua criação, foram desenvolvidos e construídos mais de 250 MW de ativos renováveis em várias geografias. Seguindo a sua estratégia de asset rotation, esta área teve como parceiros, nos últimos projetos vendidos, empresas de destaque como o IKEA na Polónia ou o Banco Santander e a CPFL no Brasil.

Esta área de negócio contava com 35 colaboradores no final do ano e está presente em cinco países: Portugal, Espanha, Roménia, Polónia e Brasil.

SOLAR

A Martifer Solar desempenha atualmente um papel de liderança na indústria fotovoltaica, devido à sua capacidade de adaptação a um setor em constante mudança e uma experiência comprovada assente na utilização de tecnologia de vanguarda, em qualificações técnicas avançadas e numa equipa competente e motivada.

As principais atividades desta área são o desenvolvimento de projetos fotovoltaicos, a instalação de projetos EPC (Engenharia, Procurement e Construção), serviços de O&M especializados e Distribuição de equipamentos PV, através da sua subsidiária MPrime.

A Martifer Solar atua em todos os segmentos de mercado: projetos em solo, coberturas, BIPV, micro e minigeração e off-grid.

Em operação desde 2006, a Martifer Solar continua a expandir-se internacionalmente, iniciando atividade em novos países. A Martifer Solar está presente em mais de 20 países na Europa, em África, na Ásia e Médio Oriente, na América do Norte e na América do Sul. A Martifer Solar participou na implementação de mais de 560 MW de energia solar fotovoltaica em todo o mundo.

Esta área de negócio contava com 304 colaboradores no final de 2014.

Em setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, SA e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Esta alteração resultou do facto de estar em execução um plano de venda do interesse económico (atualmente de 55 %) do grupo Martifer na Martifer Solar.

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18 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Em suma, atualmente o Grupo está organizado da seguinte forma:

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 19

PRESENÇA INTERNACIONAL

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20 RELATÓRIO E CONTAS 2014

HISTÓRIA

1990

Em fevereiro de 1990, a Martifer é constituída como sociedade por quotas, com um capital social de aproximadamente 22 500 euros (4 500 mil escudos) e sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, que se mantém até aos dias de hoje.

No final do primeiro ano de atividade, a Martifer contava com 18 colaboradores e um volume de negócios de 240 mil euros.

1998

A 26 de maio, a empresa, já com mais de 100 colaboradores, é transformada em sociedade anónima alterando a sua estrutura acionista. O capital social da empresa passou a ser detido pela MTO SGPS (atualmente I’M SGPS) e pela ENGIL SGPS. Em Portugal decorre a Expo 98, com a participação da Martifer em várias obras, como a torre Vasco da Gama.

1999

Em novembro, a Martifer dá início ao processo de internacionalização para Espanha, com o objetivo de se afirmar como uma das empresas de referência na construção metálica daquele país.

2002

A Martifer cria a sua segunda fábrica em Portugal, localizada em Benavente, para dar resposta à construção dos estádios do Euro2004.

2003

Em fevereiro de 2003, a Martifer continua com o processo de internacionalização com a criação de uma unidade industrial em Gliwice, na Polónia. Esta entra em laboração no 2.º semestre de 2004.

2004

Em fevereiro, a Martifer inicia a atividade no setor dos equipamentos para energia renovável, através da Martifer Energia. Esta empresa dedica-se ao fabrico de torres metálicas para aerogeradores eólicos e está instalada na Zona Industrial de Oliveira de Frades.

Em novembro, é criada a Martifer SGPS, S.A., que tem como objetivo gerir as participações sociais das empresas do grupo Martifer.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 21

2005

A atividade de estruturas metálicas alarga o seu mercado de atuação na Europa Central, abrindo delegações na Roménia, República Checa, Eslováquia e Alemanha.

Iniciam-se investimentos na área da Agricultura e de Biocombustíveis na Roménia.

A Martifer passa a ser um dos acionistas de referência da alemã REpower Systems AG, um dos maiores produtores mundiais de equipamentos para a energia eólica, terminando o exercício com uma participação financeira de 25,4 %. Em junho é constituída a REpower Portugal, tendo em vista o mercado de construção de parques eólicos, assistência e assemblagem de aerogeradores.

Em agosto, o grupo Martifer cria mais uma sociedade, denominada de M Energy (hoje, Martifer Renewables) com o principal propósito de centralizar a gestão de todas as atividades na área da promoção de energias renováveis.

2006

Em março, através do consórcio Ventinveste, a Martifer entrega a candidatura ao concurso para atribuição de licenças para a produção de energia eólica em Portugal.

Em maio, dá-se a constituição da Martifer Solar, com objeto social de projeto, conceção, fabrico e instalação de painéis solares.

No final do ano, a Martifer recebe o 1.º prémio de excelência pela promoção de novas áreas de investimento e negócio, atribuído pela Câmara de Comércio e Indústria da Roménia.

2007

Em fevereiro, a Martifer, aliada ao grupo indiano Suzlon, lança uma OPA sobre a REpower. O consórcio passa a controlar 56,93 % da empresa e, fruto do acordo realizado entre a Areva e a Suzlon, passou a controlar 87,1 % dos direitos de voto da REpower. A Martifer acorda vender a sua participação na REpower à Suzlon em 2009 por 270 milhões de euros.

O consórcio Ventinveste - constituído pela Martifer, Galp Energia, Enersis, a Efacec e REpower Systems AG - obteve o

primeiro lugar da "Fase B” do concurso público lançado pelo governo Português para a atribuição de 400 MW de capacidade de injeção e dos respetivos pontos de receção associados à produção de energia elétrica em centrais eólicas.

Em junho, concluiu-se a oferta pública inicial da Empresa (IPO). A Empresa recolheu 199 milhões de fundos através de uma oferta de 25 milhões de ações, que foram colocadas no ponto máximo do intervalo de preços, 8,00 € por ação. Após o IPO, a Empresa contava com 65 mil novos acionistas.

A Martifer Solar formalizou o contrato com a Spire Corporation para o fornecimento chave na mão da linha automatizada de produção de módulos fotovoltaicos com capacidade anual de 50 MW.

O Grupo foi ainda distinguido com o prémio "Organic Grower of the Year 2007” pela A.T. Kearney "Global Growth Assessment”.

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22 RELATÓRIO E CONTAS 2014

2008

A Martifer Energy Systems adquire a Navalria. O valor da aquisição ascendeu a 4,7 milhões de euros.

O Presidente e o Vice-Presidente da Martifer, Carlos Martins e Jorge Martins, respetivamente, foram os vencedores da segunda edição nacional do prémio atribuído pela Ernst & Young, Entrepreneur of the Year 2007.

Teve início a produção nas unidades industriais de assemblagem de aerogeradores, de componentes para parques eólicos e de módulos fotovoltaicos.

2009

A Martifer e a Hirschfeld criam uma Joint Venture para a produção de componentes para energia eólica nos EUA.

A fábrica de construções metálicas em Angola (15 000 toneladas de capacidade) inicia a produção no segundo semestre do ano.

A Martifer Renewables ultrapassa os 100 MW de capacidade instalada em maio e, já no final do ano, vence 217,8 MW no primeiro leilão eólico realizado no Brasil.

Em outubro, o Grupo adota um novo modelo de governo: Carlos Martins assume funções de chairman, Jorge Martins funções de CEO e Mário Couto é nomeado CFO.

2010

Em março, a Martifer procedeu à alienação de 11 % na Prio Foods e Prio Energy pelo valor de 13,75 milhões de euros, reduzindo, desta forma, a sua participação de 60 % para 49 % do capital social, naquelas empresas e nas respetivas subsidiárias.

Ainda nesse mês, a subsidiária Martifer Metallic Constructions adquire 45 % do capital social da Martifer Alumínios à HSF SGPS, passando a deter a totalidade do capital da empresa.

Em abril, a Martifer Solar aumenta o seu capital social para 50 milhões de euros, de forma a responder às necessidades de investimento da empresa, fortalecendo a sua estrutura de capital.

Em setembro e outubro, a Martifer Solar finaliza a construção dos dois maiores parques fotovoltaicos do continente africano, localizados em Cabo Verde, nas ilhas do Sal e de Santiago.

Já no final do ano, e no seguimento da política de rotação de ativos implementada na Martifer Renewables, o Grupo vende os parques que detinha na Alemanha, Bippen e Holleben, com 53,1 MW de capacidade instalada.

Ainda em dezembro, a Martifer Solar celebra um acordo com a EDP para a alienação de 60 % da Home Energy.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 23

2011

A Martifer torna-se numa multinacional com mais de 3 000 colaboradores em todo o mundo, focada essencialmente em duas áreas de negócio: construção metálica e solar.

O Grupo aumentou a sua exposição a mercados fora da europa, com a entrada em mercados promissores. Na construção metálica, destacou-se, no primeiro semestre do ano, o início da construção da fábrica de estruturas metálicas num dos mercados com maior potencial de crescimento para

os próximos anos: o Brasil. Na solar, assistimos à adjudicação do primeiro projeto de energia solar fotovoltaica na Índia, em junho.

Em fevereiro, e seguindo a orientação estratégica do Grupo de focalização nas suas atividades core, a Martifer vendeu a sua participação de 50 % na REpower Portugal à REpower Systems AG.

2012

2012 é o ano do pleno funcionamento da fábrica da Martifer Metallic Constructions no Brasil. Com capacidade para produzir 12 000 toneladas de estrutura metálica por ano, esta fábrica visa dar resposta aos grandes projetos da empresa no Brasil.

A Martifer Solar conquista o seu primeiro projeto no Brasil: uma instalação fotovoltaica de 300 kW numa fábrica do grupo General Motors em Joinville, no estado de Santa Catarina. A empresa continuou, também, o seu processo de

internacionalização com a entrada na Ucrânia, na Roménia e no México.

2013

Em 2013, a Martifer Solar constrói o maior parque PV da América Latina (30 MW), no México. A empresa foi responsável pela engenharia, fornecimento e construção do parque, e ficou também encarregue dos posteriores serviços de Operação e Manutenção (O&M).

A Martifer Renewables concluiu o terceiro parque eólico na Polónia (Rymanów) para o Grupo Ikea. O parque, com 26 MWp, foi inaugurado em junho.

Em novembro, no âmbito de um concurso público internacional, foi adjudicada à Martifer Energy Systems e à Navalria, subsidiárias do grupo Martifer, a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC.

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24 RELATÓRIO E CONTAS 2014

2014

No início do ano, a Martifer assina o contrato de subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos antigos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC). É em maio que a West Sea, empresa criada pela Martifer para assumir a subconcessão, começa a laborar em Viana do Castelo. Já no final do ano, a West Sea assina o primeiro contrato para construção naval.

Ainda em 2014, o Brasil recebe o Campeonato Mundial de Futebol, com a Martifer Metallic Constructions a participar na

construção de três estádios: Arena Fonte Nova (Salvador da Bahía), Arena Castelão (Fortaleza) e Arena da Amazônia (Manaus). Também a Martifer Solar esteve presente neste evento, com a construção da cobertura solar fotovoltaica do Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 25

ENVOLVENTE DE MERCADO

ECONOMIA GLOBAL

Crescimento Económico

As mais recentes previsões para o crescimento económico global apontam para um crescimento superior em 2015 do que para 2014, 3,5 % contra 3,3 % observados ao longo do último ano. Contudo, é flagrante a distinção, em termos de evolução, entre os países desenvolvidos e emergentes, onde de um lado encontramos as economias emergentes a contribuírem de forma significativa para o crescimento mundial, e por outro, as restantes que apresentam crescimentos menos robustos. De facto, contrastando com a estagnação evidente na União Europeia, os países emergentes e os Estados Unidos apresentam crescimentos fortes e consistentes. Estes países revelam-se desta forma como sendo a principal oportunidade, quer para o crescimento, quer para o desenvolvimento de novos projetos.

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26 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O cenário atual, fortemente marcado pela queda dos preços do setor da energia, bem como das restantes commodities, leva a uma segunda e importante distinção: países importadores e exportadores de matérias-primas. Os países importadores beneficiam de preços relativamente mais baratos, contra países exportadores que, com preços mais baixos, reduzem as suas receitas totais.

Tendo este facto em consideração, as economias desenvolvidas, nomeadamente a União Europeia, têm interesse em promover políticas que aumentem a sua competitividade comercial face ao resto do mundo. De facto, as políticas levadas a cabo pelo BCE têm exercido fortes pressões sobre a moeda única, que em 2014 depreciou 11 % (face ao dólar).

A depreciação da moeda é um importante estímulo às exportações uma vez que permite às economias serem mais competitivas, apresentando termos de troca relativamente mais baratos do que numa situação oposta. Aliado a isto, a tendência decrescente dos preços das matérias-primas também reduz o nível de recursos necessários para a importação.

O Banco Central Europeu baixou, também em 2014, as taxas de juro para mínimos históricos, o que para o setor empresarial consiste numa redução significativa dos custos de financiamento, sendo uma oportunidade para realizar novos empreendimentos e projetos que poderiam ser inacessíveis até então.

Em síntese:

1. Depreciação do euro em perspetiva para 2015.

2. Taxas de juro de referência em mínimos históricos.

3. Queda do preço do petróleo para mínimos de 2009.

4. Previsão de crescimento para Portugal de 1,5 %.

5. Renegociação de dívidas soberanas de países europeus em dificuldade, nomeadamente a Grécia, que reduzirá a instabilidade quanto ao futuro da moeda única e deixará de exercer pressões negativas no mercado, por exemplo, quanto às yields das dívidas emitidas.

6. Saída da troika de Portugal, tendo o país alcançado resultados positivos durante todo o programa de ajustamento.

7. Previsão otimista para a inflação de 1,1 %, o que leva a crer que as tensões deflacionistas serão ultrapassadas em 2015, bem como uma redução substancial do desemprego, que tem vindo a diminuir de forma gradual desde 2013.

8. As Bond Yields caíram para mínimos históricos, com os investidores a regressarem à dívida soberana.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 27

Indicadores Globais – (2009-2015e)

2010 2011 2012 2013 2014f 2015e

PIB, Var. % anual

EUA 3,0% 1,8% 2,3% 2,2% 2,2% 3,1%

Zona Euro 1,9% 1,5% -0,7% -0,4% 0,8% 1,3%

Alemanha 3,7% 3,3% 0,7% 0,5% 1,4% 1,5%

Portugal 1,9% -1,3% -3,2% -1,4% 1,0% 1,5%

Inflação, Var. % anual

EUA 1,6% 3,1% 2,1% 1,5% 2,0% 2,1%

Zona Euro 1,6% 2,7% 2,5% 1,3% 0,5% 0,9%

Alemanha 1,2% 2,5% 2,1% 1,6% 0,9% 1,2%

Portugal 1,4% 3,6% 2,8% 0,4% 0,0% 1,1%

Taxa de Desemprego, Var. % anual

EUA 9,6% 8,9% 8,1% 7,4% 6,3% 5,9%

Zona Euro 10,1% 10,2% 11,3% 11,9% 11,6% 11,2%

Alemanha 7,1% 6,1% 6,8% 5,3% 5,3% 5,3%

Portugal 10,8% 12,7% 15,7% 16,2% 14,2% 13,5%

Peso do Défice, % PIB

EUA -9,0% -8,7% -7,0% -4,1% -3,4% -3,1%

Zona Euro -6,2% -4,1% -3,7% -3,0% -2,5% -2,3%

Alemanha -4,1% -0,8% 0,2% -0,2% 0,0% -0,1%

Portugal -9,9% -4,4% -6,4% -4,9% -4,0% -2,5%

Preço do Crude

USD por Barril 84,0 107,4 111,1 110,8 115,0 75,0

Taxas de Juro, Final do ano (%)

Taxas de Juro

- Fed (Fed Funds) 0,25% 0,25% 0,25% 0,25% 0,75% 0,12%

- BCE 1,00% 1,00% 0,75% 0,25% 0,50% 0,05%

- BoE 0,50% 0,50% 0,50% 0,50% 0,75% 0,50%

Taxas de Juro de longo prazo (10 y Bonds)

EUA 3,30% 1,88% 1,76% 3,03% 3,50% 3,00%

Zona Euro 2,95% 1,83% 1,32% 1,93% 2,60% 1,60%

Reino Unido 3,40% 1,98% 1,83% 3,02% 3,50% 2,90%

Taxas de Câmbio, final do ano

EUR/USD 1,33 1,30 1,32 1,38 1,35 1,15 FONTE: Reuters, relatórios do FMI, OCDE, INE, Banco Mundial, Banco Central Europeu

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28 RELATÓRIO E CONTAS 2014

PULSO DE PORTUGAL

Portugal saiu bem sucedido, em maio de 2014, do programa de ajustamento delineado pela troika, tendo, no final do terceiro trimestre, apresentando sinais de recuperação económica. O PIB mostrou um crescimento superior ao esperado e o desemprego diminuiu. Estes fatores levam a acreditar que Portugal, apesar das adversidades, tem potencial para crescer e ultrapassar obstáculos.

A Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional elogiaram diversas vezes o desempenho da economia portuguesa ao longo do programa de ajustamento.

De acordo com o boletim económico do Banco de Portugal, de dezembro 2014, existem vários indicadores que evidenciam o bom desempenho português:

Recuperação dos indicadores de confiança em 2014, tornando-se positivos para a integralidade dos setores da economia

portuguesa;

O contributo do total do investimento interno e externo para o crescimento do PIB deixou de ser negativo, para passar a

ser positivo, sinalizando, por um lado, a forte atratividade da economia portuguesa para investimento estrangeiro e, por

outro, a recuperação em termos de investimento interno;

Em 2014, a contribuição do volume das importações para o crescimento do PIB decresceu, e cresceu o contributo das

exportações, revelando que neste setor Portugal apresenta robustez para os anos vindouros. Projeta-se que irão

continuar a crescer em 2015 e 2016, com particular destaque para as exportações de serviços e bens excluindo energia;

Para os próximos dois anos o Branco de Portugal estima que o consumo privado, bem como o rendimento disponível,

aumentem substancialmente no país face aos seis últimos anos.

Portanto, depois do país ter enfrentado um austero programa de ajustamento que necessitou de importantes sacrifícios e do qual saímos bem sucedidos, as previsões são mais do que positivas para os próximos anos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 29

De acordo com recentes desenvolvimentos, o principal risco para os países membros da União Europeia prende-se essencialmente com as ameaças de deflação. É importante para as economias evitarem a todo custo situações deflacionistas, sob pena de entrarem numa espiral recessiva. O Banco Central Europeu, entidade responsável pela política monetária da UE e pelo cumprimento do objetivo da inflação abaixo dos 2 %, mas próximo, está de momento a preparar um importante programa de Quantitive Easing que visa, por um lado, aliviar questões relacionadas com as dívidas soberanas europeias e, por outro contrariar as tensões deflacionistas através de uma significativa injeção de liquidez.

Apesar das metas para 2014 terem sido cumpridas, Portugal necessita de continuar a demonstrar excelência e seriedade no decorrer de 2015, para que os progressos se continuem a verificar e a acumular.

Ambiente de Negócios

Para 2015 conseguimos antever uma melhoria do ambiente de negócios, já que, por um lado, se prevê uma subida do PIB mundial e, por outro, se perspetivam aumentos dos negócios internacionais. O facto das economias globais crescerem conjuntamente a um ritmo de 3,8 % sinaliza aumentos de procura de bens e serviços em perspetiva e, em consequência, aumento do número de negócios concretizados. O aumento de negócios internacionais está iminentemente relacionado com a globalização, uma vez que, como já referimos, em cenários como o atual, a estratégia de crescimento das empresas passa pelos países emergentes.

AMBIENTE DE NEGÓCIOS

PIB MUNDIAL REAL NEGÓCIO INTERNACIONAL

2011 3,8 6,6

2012 2,9 2,6

2013 3,0 2,7

2014 3,2 3,4

2015 3,8 5,0

Fonte: The Economist

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30 RELATÓRIO E CONTAS 2014

RISCOS DE MERCADO E VOLATILIDADE

O principal índice de volatilidade – Vix índex – fechou 2014 nos 19,2 pontos, depois de ter atingido o máximo do ano em outubro nos 26,25 e o mínimo em julho nos 10,32. O índice tem demonstrado uma tendência decrescente estável desde as fases de maior turbulência económico-financeira, quando atingiu os valores mais elevados nos 79,13 e 42,96 em setembro de 2008 e 2011, respetivamente.

Fonte: Reuters

Contudo, identificam-se os seguintes pontos como sendo os principais riscos para 2015

a. Banco Central Europeu não ser bem sucedido no combate à ameaça da deflação que tem assombrado as economias europeias no último trimestre de 2014.

b. Imposição de medidas avançadas de protecionismo comercial entre países, que passe por impostos às importações e/ou exportações e que, ao reduzir a livre circulação, crie entraves ao decurso das transações e relações comerciais entre empresas de diferentes países.

c. Conflitos recorrentes entre a Rússia e a Ucrânia, bem como na Síria, consistindo fontes de instabilidade política nesses países e nos países circundantes.

d. Desaceleração das economias emergentes

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32 RELATÓRIO E CONTAS 2014

03 | DESEMPENHO FINANCEIRO NOTA INTRODUTÓRIA Em setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, SA e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Esta alteração resultou do facto de estar em execução um plano de venda do interesse económico (atualmente de 55 %) do grupo Martifer na Martifer Solar.

Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados tendo os valores do período homólogo sido ajustados por forma a permitir a comparabilidade. Os contributos dos ativos e dos passivos da unidade operacional, classificada como detida para venda, para a posição financeira consolidada da Martifer estão também apresentados em linhas separadas dos restantes ativos e passivos consolidados do Grupo a 31 de dezembro de 2014.

A discriminação destes contributos consta das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas.

ANÁLISE DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

M€ dez-14 dez-13 Var. (%) Proveitos Operacionais 225,8 319,9 -29% EBITDA 6,0 15,7 -62% Margem EBITDA 3% 5% -2,3 pp Amortizações e depreciações -14,6 -14,3 -2% Provisões e perdas de imparidade -38,6 -28,3 -37% EBIT -47,3 -26,9 -76% Margem EBIT -21% -8% -12,5 pp Resultados financeiros -19,4 -34,4 44% Resultados antes de impostos -66,7 -61,2 -9% Impostos -4,9 -3,6 -35% Resultados depois de impostos de atividades continuadas -71,5 -64,8 -10% Resultados de atividades descontinuadas -65,2 -5,9 <-100% Atribuível a interesses não controlados -34,4 -1,7 <-100% Atribuível ao Grupo -30,7 -4,2 <-100% Resultado líquido do exercício -136,7 -70,8 -93% Atribuível a interesses não controlados -43,2 -1,8 <-100% Atribuível ao Grupo -93,5 -69,0 -36% Resultado por ação -0,957 -0,705 -36%

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 33

PROVEITOS OPERACIONAIS

PROVEITOS OPERACIONAIS dez-14 dez-13

M€ PESO M€ PESO VAR. (%) Martifer Consolidado 225,8 100% 319,9 100% -29% Construção Metálica 200,5 89% 276,1 86% -27%

RE Developer 24,7 11% 44,1 14% -44%

Outras, Holding e Ajust. 0,6 -0,9 0% n.m.

Em 2014, os Proveitos Operacionais foram inferiores aos proveitos operacionais de 2013 em 29 %, fixando-se em 226 milhões de euros, sendo 201 milhões na área de Construção Metálica e 25 milhões de euros na área RE Developer.

Para os proveitos operacionais da RE Developer – 25 milhões de euros – contribuíram de forma decisiva os proveitos resultantes da venda de ativos renováveis, essencialmente eólicos, dando continuidade à estratégia de asset rotation.

As vendas e prestações de serviços da Construção Metálica continuam a ser penalizadas pela forte recessão do sector de construção, em particular na Europa, que o grupo vem tentando contrariar via internacionalização, apostando de forma clara nos países emergentes que se apresentam como o motor da construção a nível global.

De facto, como se pode verificar pelo gráfico abaixo, Portugal representa apenas 24 % do total das vendas e prestações de serviços, resultando os restantes 76 % de quatro regiões diferentes: União Europeia (excluindo Portugal) – 32 %, Angola – 13 %, Brasil – 25 % e Arábia Saudita – 6 %.

BREAKDOWN VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS – 2014 VERSUS 2013

Portugal 24%

União Europeia (outros)

32% Outros 0%

Angola 13%

Brasil 25%

Arábia Saudita

6%

2014

Portugal 25%

União Europeia (outros)

28% Outros 1%

Angola 9%

Brasil 23%

Arábia Saudita

13%

Austrália 1%

2013

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34 RELATÓRIO E CONTAS 2014

EBITDA E RESULTADO LÍQUIDO

EBITDA dez-14 dez-13

€M MARG. M€ MARG. VAR. (%) Martifer Consolidado 6,0 3% 15,7 5% -62% Construção Metálica -7,3 -4% -18,7 -7% 61%

RE Developer 12,9 52% 35,4 80% -64%

Outras, Holding e Ajust. 0,4 -1,0 n.m.

Em 2014, o EBITDA Consolidado do Grupo reflete um decréscimo significativo, quando comparado com o ano 2013, passando de 16 milhões de euros para os 6 milhões de euros. Este decréscimo do EBITDA resulta essencialmente da redução do EBITDA da RE Developer, que contribuiu de forma muito significativa para o EBITDA do Grupo em 2013, pelas vendas de parques eólicos realizadas naquele exercício económico.

Na Construção Metálica, o EBITDA no final de 2014 cifrou-se nos -7 milhões de euros, que comparam com -19 milhões de euros em 2013, apresentando assim uma melhoria muito significativa. Esta área continua a ser fortemente prejudicada pela recessão do setor de construção, em particular na Europa, com consequência direta nas margens praticadas. Os custos adicionais imprevistos nas obras contribuíram também muito negativamente para a performance do período.

Na RE Developer, o EBITDA foi de 13 milhões de euros, com uma margem de 52 % vs. 80 % no período homólogo, e resulta essencialmente da venda de parques eólicos.

As amortizações e depreciações mantiveram-se praticamente inalteradas, ascendendo a 15 milhões de euros. As provisões e perdas de imparidade para ativos fixos registadas foram de 39 milhões de euros, o que compara com 28 milhões de euros no ano anterior.

Os resultados antes de encargos financeiros e impostos (EBIT) atingiram os -47 milhões de euros, o que compara com -27 milhões de euros em 2013.

Os Encargos Financeiros Líquidos totalizaram 19 milhões de euros, comparáveis com 34 milhões de euros no ano anterior. Os juros líquidos registados foram de 22 milhões de euros, as diferenças de câmbio foram favoráveis em 3 milhões de euros.

O Resultado Líquido em 2014 foi de 137 milhões de euros negativos (-71 milhões de euros em 2013) tendo sido fortemente penalizado pelo resultado das atividades descontinuadas (-65 milhões de euros, correspondentes à contribuição do resultado consolidado da Martifer Solar para o Grupo).

O Resultado Líquido atribuível ao Grupo em 2014 foi de -94 milhões de euros que compara com -69 milhões em 2013.

RLE dez-14 dez-13

M€ PESO M€ PESO VAR. (%)

Martifer Consolidado -136,7 100% -70,8 100% -93% Construção Metálica -68,4 50% -54,2 77% -26%

RE Developer 0,6 0% 9,9 -14% -94%

Solar (atividade descontinuada) * -66,7 49% -7,6 11% <-100%

Outras, Holding e Ajust. -2,2 -18,8 27% 88% * Resultado Consolidado da Martifer Solar (o contributo para o Grupo foi de -65 milhões de euros). A diferença decorre dos ajustamentos de consolidação, incluídos na linha “Outras, Holding e Ajust.”.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 35

INVESTIMENTO CONSOLIDADO O valor do investimento em ativos fixos tangíveis e intangíveis, em 2014, foi de 15 milhões de euros, maioritariamente aplicado na unidade de construção metálica (13 milhões de euros), valor que corresponde essencialmente a investimentos em infraestruturas dando continuidade à estratégia de internacionalização.

Capex dez-14 dez-13*

M€ PESO M€ PESO VAR. (%) Martifer Consolidado 15,0 -11% 7,9 -11% 90% Construção Metálica 13,3 -10% 5,4 -8% >100%

RE Developer 1,7 -1% 2,4 -3% -29%

Outras, Holding e Ajust. 0,0 0% 0,1 0% n.m. *numa base comparável INVESTIMENTO EM ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS 2013 - 2014 (M€)

8

15

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36 RELATÓRIO E CONTAS 2014

ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL CONSOLIDADA

SITUAÇÃO FINANCEIRA

€M dez-14 dez-13 VAR. % Ativos Fixos (incluindo Goodwill) 181,7 230,0 -21% Outros Ativos não correntes 91,2 164,9 -45% Inventários e Devedores Correntes 188,5 322,9 -42% Disponibilidades e equivalentes 23,0 39,2 -41% Ativos não correntes detidos para venda 148,3 30,8 >100% Ativo Total 632,7 787,8 -20% Capital Próprio 40,3 100,0 -60% Interesses não controlados -22,9 36,8 n.m. Interesses não controlados associados a ativos detidos para venda -2,1 2,9 n.m. Total do Capital Próprio 15,3 139,7 -89% Dívida e leasings não correntes 229,4 236,8 -3% Outros passivos não correntes 36,5 37,5 -3% Dívida e leasings correntes 76,1 138,1 -45% Outros passivos correntes 143,4 224,5 -36% Passivos relacionados com ativos não correntes detidos para venda 132,0 11,2 >100% Passivo Total 617,4 648,1 -5%

O valor total de ativo ascende a 633 milhões de euros (788 milhões a 31 de dezembro de 2013), sendo que o valor dos ativos não correntes totaliza 273 milhões de euros (395 milhões de euros em 2013)

O valor do capital próprio a 31 de dezembro de 2014 totalizava 15 milhões de euros que compara com 140 milhões de euros a 31 de dezembro de 2013. A redução resulta, essencialmente, do resultado líquido do período, que é parcialmente compensada pelo reforço de capitais próprios da Martifer Metallic Constructions.

A autonomia financeira a 31 de dezembro de 2014 é de 2 %.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 37

DÍVIDA LIQUIDA

A Dívida Líquida Consolidada do Grupo (Empréstimos + Leasing Financeiro (+/-) Derivados – Disponibilidades e Equivalentes) ascende, a 31 de dezembro de 2014, a 283 milhões de euros, apresentando uma redução de 53 milhões de euros face ao final de 2013. Esta variação resulta, quase na totalidade, da decisão do Grupo de vender a Martifer Solar e a consequente classificação como ativo detido para venda (vide nota introdutória).

€M Construção Metálica RE Developer Holding Solar Martifer

Consolidado Dívida bruta 2014 131 46 129 * 306

Dívida liquida 2014 114 41 128 * 283

Dívida liquida FY2013 135 13 136 51 336 *vide nota introdutória

Nota: Dívida Líquida = Empréstimos + Leasing Financeiro (+/-) Derivados – Disponibilidades e Equivalentes

O Grupo continua focalizado no processo de diminuição da Dívida Líquida, como tal, irá continuar empenhado no processo de venda de ativos não core: segmento solar, parques eólicos e, residualmente, pela venda de projetos imobiliários, no decorrer de 2015.

Adicionalmente e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o Grupo procurou reestruturar a dívida de forma a que acompanhe a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo.

Nesse sentido, o Grupo tenciona adequar a maturidade de inflows da atividade operacional e de (des) investimento aos outflows da atividade de financiamento.

No final de 2014, o Grupo procurou junto das principais instituições financeiras reestruturar a sua dívida através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e uma maturidade que permita que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

O Grupo tem a expetativa de concluir o processo de negociação durante o primeiro semestre de 2015

Const. Metálica; 114

RE Developer;

41

Holding; 128

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38 RELATÓRIO E CONTAS 2014

TENDÊNCIA DE DECRÉSCIMO DA DÍVIDA LÍQUIDA (€M)

ESTRUTURA DA DÍVIDA LÍQUIDA – curto prazo vs médio/longo prazo

No final do ano 2014 a estrutura da dívida líquida de Médio e Longo Prazo e de Curto Prazo era de 74 % e 26 %, respetivamente.

No que diz respeito ao tipo de taxa inerente à dívida de Médio e Longo Prazo do Grupo, no final de 2014 situava-se nos 2 % taxa fixa e 98 % taxa variável. A dívida de curto prazo, no que respeita à taxa inerente, situava-se nos 18 % taxa fixa e 82 % taxa variável.

485 444

321 330

377 336

283

0

100

200

300

400

500

600

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

26%

74%

Curto Prazo M/L Prazo

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 39

ESTRUTURA DA DÍVIDA – TAXA FIXA VS VARIÁVEL – 2014

18%

82%

Fixa - Curto Prazo Variável - Curto Prazo

2%

98%

Fixa - M/L Prazo Variável - M/L Prazo

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40 RELATÓRIO E CONTAS 2014

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42 RELATÓRIO E CONTAS 2014

04 | ANÁLISE POR SEGMENTO CONSTRUÇÃO METÁLICA

ANÁLISE SETORIAL

PAN

OR

AM

A IN

TER

NA

CIO

NA

L

• De acordo com a análise realizada pela Euroconstruct, publicada em novembro de 2014, após sete anos de intensa recessão no setor da construção, período durante o qual perdeu cerca de 21 % de volume, espera-se uma significativa recuperação, a partir de 2015, para a Europa.

• Ainda de acordo com a Euroconstruct e com as previsões de crescimento global, espera-se que, apesar de lento, o crescimento no setor da construção seja gradual. Contudo, as previsões apontam inicialmente para um crescimento abaixo da recuperação económica global e posteriormente a situação inversa.

• A recuperação destaca principalmente o subsetor da construção/engenharia civil, que contrasta com os sub-setores residenciais e não residenciais, que ainda apresentam algumas dificuldades.

• O cenário difere mediante os territórios. Prevê-se para a Europa de Leste um crescimento de cerca cerca de 3,0 % ao ano nos próximos anos, tendo apresentado em 2014 um crescimento de 4,8 %. Os países ocidentais terão, no entanto, um crescimento menos robusto.

• Os países emergentes apresentam-se como o motor da construção à escala global.

SETOR DA CONSTRUÇÃO E CRESCIMENTO ATUAL DA EUROPA:

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 43

ATIVIDADE

A carteira de encomendas no final de 2014 ascende a 245 milhões de euros e está dispersa por vários países.

Das adjudicações mais recentes destacam-se os seguintes projetos:

• No Brasil, o Museu do Amanhã e o Centro Empresarial de S. Paulo CENESP

• Na Arábia Saudita, a ponte Abi Bakr

• Em Angola, a fábrica de Cerveja Sodiba

• Na Argélia, a central de ciclo combinado Djelfa

• Em Portugal, o Ancora Project e os navios Viking Osfrid e Scenic

• No Reino Unido, o edifício Kensington

CARTEIRA DE ENCOMENDAS POR GEOGRAFIA

Geografia Valor (M€) % Africa 74 30%

Argélia 13 5%

Africa Subsariana 61 25%

América Latina 23 9%

Europa de Leste 17 7%

Médio Oriente 27 11%

Europa Ocidental 104 42%

Construção 79 32%

Naval 25 10%

TOTAL 245 100%

RESULTADOS

€M dez-14 dez-13 VAR. % Proveitos Operacionais 200,5 276,1 -27% EBITDA -7,3 -18,7 61% Margem EBITDA -4% -7% 3,1 pp

Amortizações e depreciações -6,8 -7,4 9%

Provisões e perdas de imparidade -37,3 -8,4 <-100% EBIT -51,4 -34,6 -49% Margem EBIT -26% -13% -13,1 pp

Resultados financeiros -16,7 -15,1 -10%

Resultados antes de impostos -68,1 -49,7 -37%

Impostos -0,3 -4,5 92% Resultado líquido do exercício -68,4 -54,2 -26% Atribuível a interesses não controlados 0,3 0,2 39%

Atribuível ao Grupo -68,7 -54,4 -26%

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44 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Os Proveitos Operacionais da área de Construção Metálica ascenderam a 201 milhões de euros em 2014, em resultado das dificuldades vividas no setor, principalmente na Europa, pese embora o esforço que o grupo vem perseguindo de internacionalização e de focalização em países com crescimento económico e com plano de investimento em infraestruturas.

As vendas e prestações de serviços deste segmento continuam focalizadas no mercado externo.

O EBITDA no final de 2013 situou-se nos -7 milhões de euros, que compara com -19 milhões de euros em 2013. O EBITDA de 2014 foi não só penalizado pela deterioração das condições de mercado na Europa (com efeito nas margens praticadas), como pelos custos de sedimentação em novos mercados e pelos atrasos de algumas obras.

O EBIT negativo de 51 milhões de euros registados em 2014 é afetado negativamente pelo reconhecimento de imparidades e provisões para contratos onerosos em 2014.

Os Encargos Financeiros Líquidos em 2014 ascenderam a 17 milhões de euros (15 milhões de euros em 2013).

O Resultado Líquido no final do ano 2014 totalizou -68 milhões de euros, dos quais 0,3 milhões de euros são atribuíveis a interesses não controlados.

A Dívida Financeira Líquida da área de Construção Metálica a 31 de dezembro de 2014 atingiu 114 milhões de euros, menos 13 milhões que em 31 de dezembro de 2013.

O CAPEX total no final de 2014 atingiu os 13 milhões de euros, valor que corresponde a investimentos em infraestruturas dando continuidade à estratégia de internacionalização.

Portugal 25%

União Europeia

29%

Outros 0%

Angola 13%

Brasil 26%

Arábia Saudita

7%

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 45

RE DEVELOPER

ANÁLISE SETORIAL

PAN

OR

AM

A IN

TER

NA

CIO

NA

L

• O Global Wind Energy Council reporta que novos mercados fora da OCDE continuam a surgir e a fazer a diferença no total do mercado da energia eólica.

• Embora o mercado continue a ser dominado pela Ásia e pela Europa, preveem que o Brasil atinja o terceiro ou quarto lugar ao longo do próximo ano no ranking do top 10 no que diz respeito a capacidade acumulada instalada.

• O facto de ser um setor altamente subsidiado, dirigido pelas autoridades e governos nacionais, tem o poder de, por um lado, atrair investidores que carecem de financiamento, por outro, a intervenção dos governos no negócio pode condicionar de forma substancial o desenvolvimento dos projetos.

• O mercado Europeu diminuiu substancialmente nos últimos anos, em contraste com os fortes investimentos no Brasil onde as autoridades contrataram mais de 10 GW até 2018.

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46 RELATÓRIO E CONTAS 2014

ATIVIDADE

A RE Devolper tem atualmente 49 MW de parques solares e eólicos em operação e com contribuições para os Proveitos Operacionais localizados em Espanha e na Roménia. Em Portugal, esta área de negócio controla 50 % de parques eólicos em operação com capacidade de 31 MW, que contribuem para os resultados via método da equivalência patrimonial.

Em 2014, a Martifer Renewables, através da sua participada Ventinveste, celebrou uma parceria para a construção de 171,6 MW de projetos eólicos em Portugal, acordou a venda do projeto Gizalki, na Polónia, com 36 MW e concretizou a venda da Rosa dos Ventos (14,7 MW), dando assim continuidade à sua política de rotação de ativos.

RESULTADOS

€M dez-14 dez-13 VAR.% Proveitos Operacionais 24,7 44,1 -44% EBITDA 12,9 35,4 -64% Margem EBITDA 52% 80% -28 pp

Amortizações e depreciações -6,4 -5,1 -27%

Provisões e perdas de imparidade -1,3 -19,3 93% EBIT 5,2 11,1 -53% Margem EBIT 21% 25% -4,1 pp

Resultados financeiros 0,0 -1,9 98%

Resultados antes de impostos 5,2 9,2 -44%

Impostos -4,5 0,8 n.m. Resultado líquido do exercício 0,6 9,9 -94% Atribuível a interesses não controlados 5,3 0,6 >100%

Atribuível ao Grupo -4,7 9,3 n.m.

O total de Proveitos Operacionais da RE Developer ascendeu a cerca de 25 milhões de euros e resulta não só dos parques eólicos e solares em operação, num total de 40 MW, localizados, respetivamente, em Espanha e na Roménia, mas também da venda Rosa dos Ventos no Brasil.

O EBITDA atingiu os 13 milhões de euros em 2014, apresentando uma redução de 64 % face ao ano anterior, justificada, essencialmente, pelo facto de as vendas de parques eólicos em 2014 terem um impacto menor do que as vendas realizadas no ano transato, mas afetadas também pela redução do número de MWs em operação e pelo impacto negativo da instabilidade do mercado romeno no desempenho do parque de Babadag.

O Resultado Líquido do exercício foi positivo em 0,6 milhões de euros em 2014, tendo o resultado atribuível ao Grupo sido negativo no valor de cerca de 5 milhões de euros, em resultado da distribuição de dividendos não proporcional no Brasil.

O Investimento total realizado em 2014 foi de 2 milhões de euros e resulta de custos com o desenvolvimento de projetos, principalmente no Brasil, mas também na Polónia.

A Dívida Líquida no final 2014 totaliza cerca de 41 milhões de euros, um acréscimo de cerca de 27 milhões de euros face ao ano anterior, justificado pela contratação de dívida afeta aos parques solares em operação em Espanha.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 47

RESULTADOS DE ATIVIDADES DESCONTINUADAS (SOLAR) Conforme foi referido na nota introdutória do ponto 03 – Desempenho Financeiro, em setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, SA e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Esta alteração resultou do facto de estar em execução um plano de venda do interesse económico (atualmente de 55 %) do grupo Martifer na Martifer Solar.

Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados, e os contributos dos ativos e dos passivos da unidade operacional classificada como detida para venda para a posição financeira consolidada da Martifer, estão também apresentados em linhas separadas dos restantes ativos e passivos consolidados do Grupo a 31 de dezembro de 2014.

Os resultados de atividades descontinuadas (-65 milhões de euros) correspondem assim ao resultado da Solar apropriado pelo Grupo.

Apresentamos abaixo a análise dos principais aspetos do desempenho e da situação deste segmento a 31 de dezembro de 2014.

ATIVIDADE

A carteira de contratos chave na mão (assinados) é de 290 milhões de euros e estão diversificados pela Europa, Ásia, América e África.

O posicionamento estratégico da Martifer Solar passa pela focalização em mercados maduros com um enquadramento regulatório favorável e em países emergentes com bom potencial solar para a execução de soluções on e off-grid, sendo importante referir que as margens no segmento solar foram reduzidas ao longo da cadeia de valor, com cortes significativos nos apoios governamentais e um aumento da concorrência.

RESULTADOS

A Martifer Solar terminou 2014 com um prejuízo de 67 milhões de euros, tendo o contributo para o Grupo ascendido a -65 milhões de euros.

€M dez-14 dez-13 VAR.% Proveitos Operacionais 119,1 274,7 -57% EBITDA -27,2 11,8 n.m. Margem EBITDA -23% 4% -27,1 pp

Amortizações e depreciações -2,6 -3,1 16%

Provisões e perdas de imparidade -19,9 -4,9 <-100% EBIT -49,6 3,9 n.m. Margem EBIT -42% 1% -43,1 pp

Resultados financeiros -8,3 -14,8 44%

Resultados antes de impostos -57,9 -11,0 <-100%

Impostos -8,8 3,3 n.m. Resultado líquido do exercício -66,7 -7,6 <-100% Atribuível a interesses não controlados -9,5 1,6 n.m.

Atribuível ao Grupo -57,2 -9,2 <-100%

Os Proveitos Operacionais registaram em 2014 uma redução de 57 % face a 2013, totalizando 119 milhões de euros, sendo esta redução justificada, essencialmente, pelo atraso em projetos no Reino Unido e na Jordânia, e ainda pela redução da atividade em Portugal e na Ucrânia, esta última devido à instabilidade político-militar da região.

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48 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O EBITDA no final de 2014 foi de -27 milhões de euros (cerca de 12 milhões de euros em 2013), com uma margem de -23 % vs. 4 % no período homólogo, principalmente devido aos custos adicionais suportados no projeto do México, decorrentes da destruição parcial do parque após ocorrência de um evento de força maior, e nos Estados Unidos, onde, em janeiro de 2014, as sociedades participadas Martifer Solar USA INC e Martifer Aurora Solar LLC incorreram no Chapter 11. No último trimestre, na sequência da assinatura do acordo “settlement, plan support and release agreement”, com a consequente perda de controlo destas sociedades, as mesmas deixaram de integrar o perímetro de consolidação, tendo sido reconhecida a perda de todos os ativos não recuperáveis relacionados com as mesmas.

O EBIT de 2014 foi fortemente penalizado pela elevada imparidade registada no investimento da FTP Power.

Estes factos são os grandes responsáveis pelo elevado prejuízo neste segmento no último trimestre do ano.

Os Encargos Financeiros Líquidos em 2014 ascenderam a 8 milhões de euros (em 2013, 15 milhões de euros) sendo a variação explicada pelo não recurso a financiamento por parte de entidades para-financeiras no âmbito do projeto Silverado, cuja alienação ocorreu em finais de 2013.

O Resultado Líquido do exercício foi negativo em 67 milhões de euros, e é consequência dos efeitos que condicionaram o EBITDA em 2014 e das imparidades e provisões reconhecidas no âmbito da atividade nos Estados Unidos, no México, em Portugal e em Espanha.

O Investimento registado em 2014 foi de 1 milhão de euros, sendo explicado essencialmente pela atividade no desenvolvimento de novos projetos no Japão, no Reino Unido, em França, no Chile, entre outros.

A Dívida Líquida registada no dia 31 de dezembro foi de 58 milhões de euros, mais 7 milhões de euros que em 2013. Apesar da dívida estar relativamente controlada, o aumento de apenas 7 milhões de euros resulta da necessidade de financiamento do CAPEX e apoio à tesouraria nas participadas nos Estados Unidos.

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50 RELATÓRIO E CONTAS 2014

05 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS Durante o exercício de 2014, o nível dos serviços de suporte que a Holding prestou às restantes empresas do Grupo foi semelhante ao de 2013, ano em que grande parte dos serviços que eram prestados pela sociedade foram transferidos para as Áreas de Negócio, na sequência da estratégia de atribuição de maior autonomia, com a consequente descentralização e maior responsabilização daquelas.

O resultado líquido da Martifer, SGPS, SA, empresa holding do Grupo, foi negativo em 122 milhões de euros, face a um resultado líquido negativo de 49 milhões de euros no ano anterior.

O resultado líquido negativo de 2014 resulta, essencialmente, do reconhecimento de perdas de imparidade nas participações de algumas subsidiárias e associadas.

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52 RELATÓRIO E CONTAS 2014

06 | COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER PERFORMANCE DA AÇÃO | 2014

Fonte: Reuters

VOLUME TRANSACIONADO | 2014 –‘000 ações

Fonte: Reuters

As ações da Martifer finalizaram o ano de 2014 a desvalorizar cerca de 73 % com o PSI-20, o principal índice bolsista da Euronext Lisbon, a desvalorizar aproximadamente 27 %, relativamente ao final do ano 2013. O preço da ação Martifer fechou o ano nos 0,187 €/ação (0,73 €/ação no final de 2013). O preço máximo atingido foi de 1,20 €/ação (0,82 €/ação em 2013) e o mínimo 0,186 €/ação (0,45 €/ação em 2013). O volume médio diário de ações transacionadas durante 2014 foi de 66 898 ações (66 474 ações em 2013).

A capitalização bolsista da Martifer a 31 de dezembro de 2014 situou-se nos 18 milhões de euros.

0

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Martifer

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 53

AQUISIÇÃO DE AÇÕES PRÓPRIAS Nos termos e para o efeito do disposto no Regulamento da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários nº 5/2008, designadamente os números 1 e 2 do Artigo 11º,confirmamos que a Martifer SGPS, SA não adquiriu em bolsa ações próprias no decorrer de 2014. Sendo assim, a posição não foi alterada, detendo o total de 2 215 910 ações próprias, representativas de 2,22 % do seu capital social.

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54 RELATÓRIO E CONTAS 2014

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56 RELATÓRIO E CONTAS 2014

07 | PERSPETIVAS FUTURAS O Grupo Martifer tem dado importantes passos nos últimos anos, sempre focado nos principais objetivos estratégicos definidos, tendo como principal finalidade a melhoria da rentabilidade e o consequente turnaround do Grupo.

Estamos, hoje, focados na área de negócio que deu origem ao Grupo – a construção metálica – nas suas diversas vertentes: construção metalomecânica, fachadas em alumínio e vidro, infraestruturas para oil & gas e indústria naval.

Iniciamos, em 2014, a adoção de um novo modelo organizacional:

− redimensionamento e adequação da estrutura em linha com o reforço da presença internacional; − melhoria de processos e da eficiência operacional; − desenvolvimento e retenção de recursos humanos; − otimização da capacidade industrial e dos layouts produtivos.

Temos procurado melhorar a situação financeira do Grupo:

− desinvestimento em negócios não core e alienação de ativos imobiliários; − redução de cash costs; − redução gradual da dívida e do rácio Dívida/EBITDA; − adequação da maturidade de inflows da atividade operacional e (des) investimento aos outflows da atividade de financiamento.

O Action Plan para 2015 assentará, assim, em 4 objetivos:

1. Adoção de um novo modelo organizacional • Redimensionamento e adequação da estrutura • Melhoria dos processos e eficiência operacional

2. Descida do endividamento através do desinvestimento em negócios não core e alienação de ativos não core permitindo:

• Redução dos cash costs • Redução gradual da dívida

3. Reforço da presença internacional, com enfoque em três geografias core (Europa e Médio Oriente, África e América Latina) e em oportunidades atrativas em mercados com rentabilidades acima da média. 4. Focalização na área de negócio que deu origem à empresa, construção metálica, nomeadamente nos segmentos de construção metalomecânica, fachadas em alumínio e vidro, infraestruturas para oil&gas e indústria naval.

É com base nesta estratégia que o Grupo procura, no presente, fazer face aos desafios que enfrenta, ambicionando garantir a sua sustentabilidade a longo prazo.

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58 RELATÓRIO E CONTAS 2014

08 | PRINCIPAIS RISCOS RISCOS FINANCEIROS

A) RISCO DE PREÇO

A volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo, tanto na área de Construção Metálica como na Solar. Alterações do preço do aço e do alumínio afetam a atividade operacional da área de negócio de construção metálica, assim como a evolução de mercado dos preços dos painéis solares podem também influenciar a atividade solar. A Martifer tem procurado mitigar este risco da mesma forma nas duas áreas, ou seja, através de contratos com clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no valor pago pelo cliente e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projetos de grande dimensão.

B) RISCO DE TAXA DE CÂMBIO

O risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A internacionalização do Grupo obriga-o a estar exposto ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países.

A exposição ao risco de taxa de câmbio do Grupo resulta fundamentalmente das atividades operacionais (em que os gastos, rendimentos, ativos e passivos são denominados em moedas diferentes da moeda de relato), das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resultados a flutuações cambiais.

No âmbito da atividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transações sejam realizadas nas respetivas moedas locais. Pela mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respetivas moedas locais.

No que respeita à cobertura de risco cambial, as operações de cobertura são esporádicas por se considerar que o seu custo é, por vezes, excessivo face ao nível dos riscos envolvidos. No entanto, sempre que considerado adequado, o Grupo contrata a cobertura de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.

Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas de câmbio que se destinam a cobrir riscos de posições já existentes ou contratadas e os termos da cobertura são negociados de forma a serem condizentes com os termos do instrumento coberto de forma a maximizar a eficácia da cobertura.

C) RISCO DE TAXA DE JURO

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

O custo da dívida financeira contraída pelo Grupo está indexado a taxas de referência de curto prazo, revistas com uma periodicidade inferior a um ano, e adicionadas de prémios de risco oportunamente negociados. Assim, variações nas taxas de juro podem afetar os resultados do Grupo.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 59

A exposição do grupo ao risco da taxa de juro advém de passivos financeiros contratados a taxa fixa e/ou taxa variável. No primeiro caso, o Grupo enfrenta um risco de variação do justo valor desses ativos ou passivos na medida em que qualquer alteração das taxas de mercado envolve um custo de oportunidade. No segundo caso tal alteração tem impacto direto no valor dos juros, provocando, consequentemente, variações de caixa.

No final de 2014, a dívida de médio e longo prazo exposta a taxa fixa situava-se nos 1,75 % (98,25 % taxa variável), o que compara com 3 % (taxa fixa) e 97 % (taxa variável) em 2013.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre sempre que considera adequado a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

No final do ano de 2014 o grupo procurou junto das instituições financeiras renegociar as taxas de prémio de risco (spread) de forma a permitir uma exposição menor ao risco da taxa de juro e, consequentemente, ir ao encontro dos recursos de tesouraria libertos previstos no projeto de reestruturação.

D) RISCO DE LIQUIDEZ

O risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

O principal objetivo da política de gestão de risco da liquidez é garantir que o grupo tem ao seu dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, através de uma adequada gestão da relação custo – maturidade dos financiamentos.

Adicionalmente e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o Grupo procurou reestruturar a dívida de forma a que acompanhe a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo.

Nesse sentido, o Grupo tenciona adequar a maturidade de inflows da atividade operacional e de (des) investimento aos outflows da atividade de financiamento.

No final de 2014, o Grupo procurou junto das principais instituições financeiras reestruturar a sua dívida através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e uma maturidade que permita que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

O Grupo tem a expetativa de concluir o processo de negociação durante o primeiro semestre de 2015

A direção financeira faz o acompanhamento da implementação das políticas de gestão de risco definidas pela administração de forma a garantir que os riscos económicos e financeiros são identificados, mensurados e geridos de acordo com tais políticas.

E) RISCO DE CRÉDITO

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional podem originar a incapacidade dos clientes do grupo Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.

O Grupo encontra-se sujeito ao risco no crédito que concerne à atividade operacional – Clientes e outras contas a receber.

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60 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Cientes desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objetivo último assegurar a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos.

Com este objetivo, o Grupo recorre a agências de informação financeira e avaliação de crédito e efetua regularmente análises de risco e controlo de crédito, bem como cobrança e gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a atividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.

RISCOS OPERACIONAIS

A) CONSTRUÇÃO METÁLICA

Os riscos operacionais na área de Construção Metálica, que a partir de 2011 passou também a integrar a área de equipamentos para energia, agrupam-se atualmente em três fontes de riscos - risco de cliente, risco de fornecedor e risco externo, que por sua vez se subdivide em problemas específicos.

No risco de cliente, podem ser identificadas, por exemplo, questões que possam ocorrer ao nível da contratação, como a falta de convergência na interpretação e aplicação das disposições contratuais, o desagrado ou insatisfação com o serviço/produto e ainda o risco de incumprimento no pagamento do preço estipulado após a entrega dos projetos.

No que diz respeito à volatilidade da procura, será de realçar que a área de negócio depende, em parte, do lançamento de concursos públicos para obras de infraestruturas públicas (e.g. pontes, aeroportos, gares). No âmbito dos concursos públicos, a Martifer está sujeita a uma regulamentação complexa, própria de cada país, nomeadamente no que respeita à apresentação de propostas e à elaboração de dossiers administrativos completos com respeito pelo caderno de encargos definido pela entidade contratante, que poderão representar custos acrescidos para o grupo Martifer. É de realçar que, não obstante a referida dependência de concursos públicos, a Martifer tem tido a capacidade de captar negócios não sujeitos a concurso público, reduzindo a sua exposição a este risco.

No risco com o fornecedor é de sublinhar que a Martifer Construções, como perita em projetos de engenharia, recorre muitas vezes à subcontratação de outras empresas, que por sua vez podem falhar na execução dos seus contratos e comprometer em efeito “dominó” o cumprimento do prazo de entrega dos projetos. Ou seja, associado à construção está ainda o risco de eventuais atrasos na entrega de obras, com as inerentes penalizações contratuais.

Finalmente, no âmbito dos riscos externos, e sendo certo que a área de Construção Metálica tem uma forte correlação com o crescimento da economia e com a formação bruta de capital fixo, é portanto sensível à atual conjuntura económica. Nesse sentido, o agravamento da crise da dívida soberana na Europa levanta também outros problemas nomeadamente os planos de austeridade que implicam cortes severos e transversais no investimento público e a diminuição significativa de liquidez na totalidade do sistema financeiro, que leva muitas vezes a que, apesar da existência de projetos aliciantes, não exista, porém, o correspondente capital que permita a sua execução.

A forma que a área de Construção Metálica encontrou para mitigar estes riscos externos foi através da dispersão dos negócios por diferentes geografias, nomeadamente pela entrada em mercados que registam maiores taxas de crescimento no setor da construção, como o caso do mercado angolano, do mercado brasileiro e do mercado argelino, ou mesmo países de visita como a Arábia Saudita, que permitirão compensar quer os efeitos da recessão económica em Portugal quer o abrandamento económico na Europa.

B) SOLAR

Na atividade de desenvolvimento e instalação de parques “chave na mão”, eventuais atrasos na obtenção das licenças necessárias por parte dos clientes finais ou atrasos não antecipados na entrega de equipamentos poderão pôr em causa os calendários inicialmente previstos para a execução dos respetivos projetos. Apesar de contratualmente este tipo de atrasos não ser alvo de penalizações, em alguns casos esta situação pode constituir um risco para o Grupo em virtude das dificuldades de planeamento que pode acarretar.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 61

Adicionalmente, a crise no mercado financeiro tem vindo a dificultar o acesso a financiamento por parte dos promotores, levando ao adiamento de alguns projetos. A diversificação do negócio ao longo da cadeia de valor e a carteira diversificada de clientes, dentro e fora do Grupo, que vêm sendo adotados, permitirão reduzir o eventual impacto desta situação.

Os módulos solares fotovoltaicos produzidos pela empresa são comercializados com uma garantia de produto de 5 anos e garantia de performance de 25 anos, pelo que este segmento está exposto ao risco de reclamações por garantias por períodos muito longos após a venda dos equipamentos. Nesse sentido, eventuais problemas com a qualidade dos produtos ou performance podem implicar custos elevados. A performance dos sistemas solares é também garantida no caso dos módulos que são adquiridos para a construção de parques solares, sendo que, nesta situação, a responsabilidade do Grupo é diminuída porque existe direito de regresso sobre os fornecedores.

Por outro lado, muitos equipamentos de produção de módulos solares fotovoltaicos são customizados para matérias-primas específicas, pelo que existe o risco de dependência de fornecedores de matéria-prima chave. O Grupo tem vindo a mitigar este risco através do estabelecimento de contratos de longo prazo para algumas matérias-primas, realizando uma seleção criteriosa dos fornecedores e diligenciando no sentido da obtenção de uma diversificação de fornecedores para cada uma das matérias-primas relevantes do processo produtivo.

C) RE DEVELOPER

Os índices de produtividade ligados ao negócio das energias renováveis dependem da quantidade de energia produzida pelos parques eólicos e da sua rentabilidade, fatores que dependem da localização dos parques eólicos e das estações do ano (sazonalidade). Uma vez que as turbinas apenas entram em funcionamento quando a velocidade do vento se situa dentro de limites específicos, que variam de acordo com o fabricante e o tipo de turbina, se a referida velocidade não se situar dentro desses limites ou se situar no limiar inferior dos mesmos, a produção de energia nos parques eólicos diminuirá.

A disponibilidade e a curva de potência de cada turbina são garantidas contratualmente, sendo estabelecidas indemnizações a serem pagas pelos fornecedores quando a disponibilidade não for satisfeita ou a curva de potência não for atingida.

Este risco é mitigado também através da diversificação geográfica dos parques eólicos, o que permite compensar as variações do vento em cada área e manter a quantidade total de energia produzida relativamente estável.

LICENCIAMENTO: Os parques eólicos e solares estão sujeitos a rigorosa regulamentação em matéria de desenvolvimento, construção, licenciamento e operação de centrais. Se as autoridades relevantes nas jurisdições em que o Grupo opera deixarem de continuar a apoiar, ou reduzirem o seu apoio ao desenvolvimento de parques eólicos e solares, tais ações poderão ter um impacto significativo sobre a atividade.

RISCOS JURÍDICOS A Martifer está sujeita a leis e regulamentos nacionais e locais das várias geografias e mercados onde está presente e que visam assegurar, entre outros, os direitos dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e o ordenamento do território e a manutenção de um mercado aberto e competitivo. Assim, as alterações legislativas e regulatórias que possam abranger as condições de condução das atividades do Grupo e, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objetivos estratégicos implicam a adaptação da Empresa às novas realidades de regulação.

A gestão dos riscos jurídicos é efetuada pelos departamentos jurídicos da holding e de cada Área de Negócio do Grupo e monitorizada no âmbito das assessorias legais e fiscais dedicadas às respetivas atividades, que funcionam na dependência da administração e gestão, desenvolvendo as suas competências em articulação com os demais departamentos fiscais e financeiros, de forma a assegurar a proteção dos interesses da Sociedade e, em última instância, dos stakeholders, no respeito estrito pelo cumprimento dos seus deveres legais.

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62 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Os membros que integram os referidos departamentos jurídicos e assessorias possuem formação especializada e participam regularmente em ações de formação e atualização.

A assessoria legal e fiscal é igualmente garantida, a nível nacional e internacional, por profissionais externos, selecionados de entre firmas de reconhecida reputação e de acordo com elevados critérios de competência, ética e experiência.

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64 RELATÓRIO E CONTAS 2014

09 | PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral de Acionistas que o resultado líquido negativo apurado nas demonstrações financeiras individuais no montante de 121 612 931 euros, registado no ano de 2014, seja transferido para Resultados Transitados.

Oliveira de Frades, 31 de março de 2015

O Conselho de Administração,

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente)

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente)

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira (Vogal do Conselho de Administração)

Luís Filipe Cardoso da Silva (Vogal do Conselho de Administração)

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vogal do Conselho de Administração)

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha (Vogal do Conselho de Administração)

Luís Valadares Tavares (Vogal do Conselho de Administração)

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66 RELATÓRIO E CONTAS 2014

10 | OUTRAS INFORMAÇÕES ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS MEMBROS NÃO EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Para além de integrar o Conselho de Administração da Martifer SGPS, SA, cada administrador não executivo integra, pelo menos, uma das Comissões nomeadas pelo Conselho de Administração (Comissão do Governo Societário, Comissão de Ética e de Conduta ou Comissão de Risco), cujo regulamento se encontra divulgado no sítio da Internet do Grupo e cujas funções e atividades desenvolvidas ao longo do ano de 2014 se encontram descritas no Relatório de Governo da Sociedade.

Durante o ano, os administradores não executivos partilharam e manifestaram opiniões relevantes, relativamente a áreas de negócio específicas, tendo por base o desempenho dos negócios, os riscos incorridos e as perspetivas para o futuro, mantendo uma comunicação regular com os administradores executivos, administradores das áreas de negócios e diretores.

AUTORIZAÇÕES CONCEDIDAS A NEGÓCIOS ENTRE A SOCIEDADE E OS SEUS ADMINISTRADORES, NOS TERMOS DO ART. 397.º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

Em 2014, realizaram-se os seguintes negócios ou operações significativas em termos económicos entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos de administração e de fiscalização: A sociedade participada Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A., foi objeto de um aumento de capital, levado a cabo

mediante a entrada no capital da sociedade Vector Diálogo – SGPS, S.A., no montante de 9.700.000,00 euros (nove milhões e setecentos mil euros), na modalidade de novas entradas em dinheiro, com ágio a deliberar, e emissão de 9.700.000 (nove milhões e setecentas mil) novas ações, ao portador, com o valor nominal de um euro cada, passando o capital social de 29.050.000,00 euros (vinte e nove milhões e cinquenta mil euros) para 38.750.000,00 euros (trinta e oito milhões setecentos e cinquenta mil euros), o qual foi objeto de parecer favorável do Conselho Fiscal da Sociedade, conforme parecer datado de 27 de março de 2014.

A Sociedade procedeu à alienação de 49 % do capital social que detinha na sociedade NUTRE SGPS, S.A., a uma cooperativa de direito holandês a constituir pelas sociedades CERES INVESTMENTS LIMITED e SEVERIS, SGPS, S.A., tendo por contrapartida a emissão de Loan Notes, com vencimento a 30 de dezembro de 2016. A NUTRE SGPS, S.A., pelo balanço de 31 de dezembro de 2013, evidenciava um capital próprio de 6.985.097,00 Euros, apresentando um passivo de 87.086.336,00 Euros, estando, assim, financeiramente desequilibrada, necessitando ainda de uma reestruturação da dívida financeira. Considerando que i) o valor da transação de 19.600.000,00 Euros correspondia ao valor registado no balanço da Sociedade, a 30 de junho de 2014, não se vindo a verificar, no futuro, qualquer perda decorrente desta alienação e ii) o preço excedia largamente o correspondente à participação no capital próprio da NUTRE SGPS, S.A., o Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 11 de setembro de 2014.

OUTRAS INFORMAÇÕES A Martifer SGPS, S.A. não tem dívidas em mora perante o Estado ou quaisquer outras entidades públicas, incluindo a Segurança Social.

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68 RELATÓRIO E CONTAS 2014

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DE ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO De acordo com o disposto nos artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais são os seguintes os números de valores mobiliários emitidos pela Martifer SGPS, SA e por sociedades com as quais esta se encontra em relação de domínio ou de grupo, detidos no período de 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2014, por titulares de órgãos sociais:

TITULARES ÓRGÃO SOCIAL N.º DE AÇÕES EM 31/12/2014

Carlos Manuel Marques Martins Conselho de Administração 347.100

Jorge Alberto Marques Martins Conselho de Administração 230.260

I’M – SGPS, S.A. * Conselho de Administração 42.697.047

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Conselho de Administração 3.000

Luís Filipe Cardoso da Silva Conselho de Administração 2.000

MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. ** Conselho de Administração 37.500.000

Luís Valadares Tavares Conselho de Administração -

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha Conselho de Administração -

Mário Rui Rodrigues Matias*** Conselho de Administração -

Manuel Simões de Carvalho e Silva Conselho Fiscal -

Carlos Alberto da Silva e Cunha Conselho Fiscal -

João Carlos Tavares Ferreira de Carreto Lages Conselho Fiscal -

Hermínio António Paulos Afonso Revisor Oficial de Contas em representação da PricewaterhouseCoopers -

José Carreto Lages Presidente da Mesa da Assembleia Geral - * Os Administradores Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins detêm a totalidade do capital social da I’M – SGPS, S.A., de cujo Conselho de Administração são igualmente Presidente e Vogal, respetivamente. ** Os Administradores Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo e Luís Filipe Cardoso da Silva são membros do Conselho de Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. *** Renuncia ao mandato em 06 de Janeiro de 2015. Cooptação de Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira na mesma data

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 69

FACTOS ENUMERADOS NO ARTIGO 447.º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

NOME DO MEMBRO DO ÓRGÃO SOCIAL ÓRGÃO SOCIAL AÇÕES DETIDAS

EM 31/12/2014

Carlos Manuel Marques Martins Conselho de Administração 347.100

Jorge Alberto Marques Martins Conselho de Administração 230.260

Mário Rui Rodrigues Matias Conselho de Administração 0

Arnaldo Nunes da Costa Figueiredo Conselho de Administração 3.000

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira* Conselho de Administração 0

Luís Filipe Cardoso da Silva Conselho de Administração 2.000

Luis António de Valadares Tavares Conselho de Administração 0

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha Conselho de Administração 0

Manuel Simões de Carvalho e Silva Conselho Fiscal 0

Carlos Alberto da Silva e Cunha Conselho Fiscal 0

João Carlos Ferreira de Carreto Lages Conselho Fiscal 0

Juvenal Pessoa Miranda Conselho Fiscal 0

* Cooptado pelo Conselho de Administração da Sociedade, em 06 de Janeiro de 2015, após a renúncia ao cargo do Administrador Mário Rui Rodrigues Matias Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins, respetivamente Presidente e Vice-Presidente do Conselho de Administração, além de titulares diretos das ações da Martifer SGPS, S.A., são detentores, em partes iguais, da totalidade do capital social da sociedade I’M SGPS, S.A., a qual, por sua vez, em 31 de dezembro de 2014, era detentora de um total de 42.697.047 ações da Martifer SGPS, S.A.

Transações de ações por parte dos membros dos órgãos sociais em 2014:

Membro do órgão de Administração e de Fiscalização Data Aquisições Alienações Preço médio

Carlos Manuel Marques Martins* 15-12-2014 5.000 - 0,198

Carlos Manuel Marques Martins* 16-12-2014 20.700 - 0,193

Carlos Manuel Marques Martins* 17-12-2014 18.032 - 0,194

Carlos Manuel Marques Martins* 18-12-2014 15.516 - 0,196

Carlos Manuel Marques Martins* 19-12-2014 10.000 - 0,194

Carlos Manuel Marques Martins* 22-12-2014 7.920 - 0,193

Carlos Manuel Marques Martins* 23-12-2014 7.297 - 0,194

Carlos Manuel Marques Martins* 24-12-2014 22.997 - 0,197

Carlos Manuel Marques Martins* 29-12-2014 56.085 - 0,193

Carlos Manuel Marques Martins* 30-12-2014 32.082 - 0,190

Carlos Manuel Marques Martins* 31-12-2014 63.727 - 0,192

*aquisições efetuadas pela sociedade Black & Blue, S.A. (Carlos Manuel Marques Martins é acionista e administrador desta sociedade)

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70 RELATÓRIO E CONTAS 2014

TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS De acordo com o disposto na alínea b) do número 1 do artigo 8º do regulamento 5/2008 da CMVM, e dando cumprimento ao artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, abaixo segue a lista dos titulares de participações qualificadas, com indicação do número de ações detidas e percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, em 31 de dezembro de 2014:

ACIONISTAS Nº DE AÇÕES % DO CAPITAL SOCIAL

% DOS DIREITOS DE VOTO 1

I’M – SGPS, SA 42.697.047 42,70% 43,63%

Carlos Manuel Marques Martins* 347.100 0,35% 0,35%

Jorge Alberto Marques Martins* 230.260 0,23% 0,24%

Total imputável à I’M – SGPS, SA 43.274.407 43,27% 44,22%

Mota-Engil – SGPS, SA 37.500.000 37,50% 38,32%

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo ** 3.000 0,00% 0,00%

Luís Filipe Cardoso da Silva ** 2.000 0,00% 0,00%

Total Imputável à Mota-Engil , SGPS, SA 37.505.000 37,51% 38,32%

% Direitos de voto = N.º Ações Detidas / (N.º Total Ações - Ações Próprias)

* Membro de um órgão social da I’M SGPS, SA ** Membro de um órgão social da Mota-Engil SGPS, SA

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 71

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOS TERMOS DA ALÍNEA C) DO NÚMERO I DO ARTº 245 DO CÓDIGO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Senhores Acionistas,

Nos termos previstos na alínea c) do número 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

(i) a informação constante no relatório único de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta, e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta; e

(ii) a informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta, e das empresas incluídas no perímetro de consolidação.

Oliveira de Frades, 31 de março de 2015

O Conselho de Administração,

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente)

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente)

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira (Vogal do Conselho de Administração)

Luís Filipe Cardoso da Silva (Vogal do Conselho de Administração)

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vogal do Conselho de Administração)

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha (Vogal do Conselho de Administração)

Luís Valadares Tavares (Vogal do Conselho de Administração)

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72 RELATÓRIO E CONTAS 2014

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74 RELATÓRIO E CONTAS 2014

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76 RELATÓRIO E CONTAS 2014

11 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS SEPARADAS PARA OS EXERCÍCIOS E TRIMESTRES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

NOTAS ANO 2014 ANO 2013 4ºTRIMESTRE

2014 (NÃO AUDITADO)

4ºTRIMESTRE 2013 (NÃO

AUDITADO)

Vendas e prestações de serviços 3, 4 188.907.997 272.632.258 54.850.052 66.006.157

Outros rendimentos operacionais 5 36.911.006 47.306.454 12.729.491 19.949.306

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 6 (55.328.809) (79.047.783) (18.300.801) (18.278.941)

Subcontratos 7 (33.997.204) (72.546.228) (9.512.768) (21.378.479)

Fornecimentos e serviços externos 8 (48.387.513) (66.032.041) (12.885.152) (13.182.171)

Gastos com o pessoal 9 (58.151.851) (63.137.609) (14.960.854) (15.862.174)

Outros gastos operacionais 10 (23.949.574) (23.444.204) (14.434.514) (7.827.962)

3 6.004.052 15.730.847 (2.514.546) 9.425.736

Amortizações e depreciações 3, 18, 19 (14.633.359) (14.312.607) (3.583.699) (3.707.303)

Provisões 3, 11 (36.573.865) (5.084.160) (6.144.254) (2.257.535)

Perdas de imparidade 3, 11 (2.057.171) (23.214.686) 50.375 (4.735.877)

Resultado operacional 3 (47.260.343) (26.880.606) (12.192.124) (1.274.979)

Rendimentos e ganhos financeiros 12 9.117.405 22.423.394 5.136.762 615.031

Gastos e perdas financeiros 12 (29.696.065) (31.671.161) (7.740.164) (7.111.555)

Ganhos / (perdas) em empresas associadas e emp. Conjuntos 3, 13 1.172.815 (25.113.721) 273.589 (8.468.962)

Resultado antes de imposto sobre o rendimento das unidades operacionais em continuação (66.666.188) (61.242.094) (14.521.937) (16.240.465)

Imposto sobre o rendimento 14 (4.864.257) (3.600.830) (2.602.419) 1.643.600 Resultado depois de impostos das unidades operacionais em

continuação (71.530.445) (64.842.924) (17.124.356) (14.596.865)

- Resultado atribuível às atividades descontinuadas

28 (65.171.979) (5.908.517) (40.598.915) (7.421.172)

Atribuível: -

a interesses não controlados 28 (34.428.519) (1.658.652) (23.290.734) (3.780.099)

ao Grupo (30.743.460) (4.249.865) (17.308.181) (3.641.073)

Resultado líquido do exercício 3 (136.702.424) (70.751.441) (57.723.271) (22.018.037) - Atribuível: -

a interesses não controlados 29 (43.166.600) (1.790.277) (24.447.640) (3.258.394)

ao Grupo (93.535.824) (68.961.164) (33.275.630) (18.759.640)

Resultado líquido por ação: 16

básico (0,9566) (0,7052) (0,3403) (0,1918)

das unidades operacionais em continuação (0,6422) (0,6618) (0,1633) (0,1546)

das atividades descontinuadas (0,3144) (0,0435) (0,1770) (0,0372)

diluído (0,9566) (0,7052) (0,3403) (0,1918)

das unidades operacionais em continuação (0,6422) (0,6618) (0,1633) (0,1546)

das atividades descontinuadas (0,3144) (0,0435) (0,1770) (0,0372)

Nota: Em Setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, SA e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados tendo os valores do período homólogo sido ajustados por forma a permitir a comparabilidade. A discriminação destes contributos consta das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas (Nota 28).

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 77

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO PARA OS EXERCÍCIOS E TRIMESTRES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

ANO 2014 ANO 2013 4º TRIMESTRE

2014 (NÃO AUDITADO)

4º TRIMESTRE 2013

(NÃO AUDITADO)

Resultado líquido consolidado do exercício (136.702.424) (70.751.441) (57.723.271) (22.018.037) Justo valor de instrumentos financeiros derivados, líquido de imposto (362.032) 1.276.461 72.114 113.391

Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; (ii) investimento líquido nas subsidiárias; e (iii) atualização cambial do goodwill

(294.561) (3.239.581) (4.311.411) 1.187.005

Resultados consolidados reconhecidos diretamente no capital próprio (656.593) (1.963.120) (4.239.297) 1.300.396 Rendimento integral consolidado do período (137.359.017) (72.714.561) (61.962.568) (20.717.641) Atribuível: a interesses não controlados (46.227.226) (1.876.517) (28.078.636) (3.181.691)

ao Grupo (91.131.791) (70.838.043) (33.883.932) (17.535.949) Rendimento integral consolidado do período:

das unidades operacionais em continuação (71.242.460) (67.517.421) (21.478.797) (14.102.472)

das atividades descontinuadas (66.116.557) (5.197.140) (40.483.771) (6.615.168)

Nota: Em Setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, SA e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados tendo os valores do período homólogo sido ajustados por forma a permitir a comparabilidade. A discriminação destes contributos consta das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas (Nota 28).

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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78 RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

NOTAS ANO 2014 ANO 2013

ATIVO Não corrente Goodwill 17 10.980.675 12.909.431 Ativos intangíveis 18 4.327.472 7.503.472 Ativos fixos tangíveis 19 166.415.160 209.544.798 Propriedades de Investimento 20 14.367.300 16.195.865 Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 3, 21 7.798.516 41.282.069 Investimentos financeiros disponíveis para venda 22 2.191.512 575.621 Clientes e outros devedores 24 62.150.851 92.479.001 Ativos por impostos diferidos 14 4.720.190 14.360.132 272.951.676 394.850.389 Corrente Existências 23 15.135.531 26.515.807 Clientes 24 87.582.767 121.615.674 Outros devedores 24 36.187.928 51.455.759 Imposto sobre o rendimento 14, 25 744.905 1.779.777 Estado e outros entes públicos 25 7.974.973 17.396.316 Outros ativos correntes 26 40.904.841 104.115.097 Caixa e depósitos bancários 27 22.981.322 38.843.709 Derivados 37 - 388.468 Ativos não correntes detidos para venda 28 148.265.754 30.812.048 359.778.022 392.922.655 Total do Ativo 3 632.729.698 787.773.044 CAPITAL PRÓPRIO Capital 50.000.000 50.000.000 Prémios de Emissão 186.500.000 186.500.000 Ações Próprias (2.868.519) (2.868.519) Reservas (99.805.371) (64.654.736) Resultado líquido do exercício (93.535.824) (68.961.164) Capital próprio atribuível ao Grupo 29 40.290.287 100.015.581 Interesses não controlados 29 (22.882.274) 36.784.990 Interesses não controlados associados aos ativos não correntes detidos para venda 28 (2.060.023) 2.891.441 Total do capital próprio 15.347.990 139.692.012 PASSIVO Não corrente Empréstimos 30 215.538.471 222.842.770 Credores por locações financeiras 31 13.830.713 13.917.683 Fornecedores e Credores diversos 32 12.381.230 13.725.090 Provisões 33 23.199.209 22.326.882 Passivos por impostos diferidos 930.496 1.494.669 265.880.119 274.307.094 Corrente Empréstimos 30 73.645.092 133.751.722 Credores por locações financeiras 31 2.481.603 4.357.014 Fornecedores 32 63.638.919 130.031.422 Credores diversos 32 27.179.264 28.851.369 Imposto sobre o rendimento 14 1.258.326 3.278.785 Estado e outros entes públicos 35 8.995.347 15.325.642 Outros passivos correntes 36 42.091.465 46.827.457 Derivados 37 216.614 164.254 Passivos associados aos ativos não correntes detidos para venda 28 131.994.958 11.186.273 3 351.501.588 373.773.938 Total do Passivo 617.381.707 648.081.032 Total do Capital Próprio e Passivo 632.729.698 787.773.044

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 79

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

CAPITAL PRÉMIO DE EMISSÃO

AÇÕES PRÓPRIAS

RESERVAS DE JUSTO VALOR RESERVAS

DE CONVERSÃO

CAMBIAIS

OUTRAS RESERVAS

RESULTADO LÍQUIDO

CAPITAL PRÓPRIO

ATRIBUÍVEL AO GRUPO

CAPITAL PRÓPRIO ATRIBUÍVEL A ACIONISTAS

MINORITÁRIOS

TOTAL CAPITAL PRÓPRIO

RESERVAS DE COBERTURA

Saldo em 1 de Janeiro de 2013 50.000.000 186.500.000 (2.868.519) (902.433) (18.903.670) 18.306.920 (55.852.988) 176.279.310 50.975.912 227.255.223 Aplicação do resultado líquido de 2012 - - - - - (55.852.988) 55.852.988 - - - RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO: Resultado líquido - - - - - - (68.961.164) (68.961.164) (1.790.277) (70.751.441) Diferenças cambiais decorrentes de:

(i): transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; e (ii) de Investimento líquido nas subsidiárias

- - - - (2.373.439) - - (2.373.439) (139.906) (2.513.345)

Atualização do Goodwill em moeda estrangeira - - - - (713.448) - - (713.448) (12.788) (726.236) Outras variações no capital próprio da empresa mãe e

suas participadas - - - 1.210.008 - - - 1.210.008 66.454 1.276.461

Total do rendimento integral do exercício - - - 1.210.008 (3.086.887) - (68.961.164) (70.838.043) (1.876.517) (72.714.560) Outras variações no capital próprio da empresa mãe e

suas participadas - - - - - (1.500.314) - (1.500.314) (293.325) (1.793.639)

Alterações no perímetro de consolidação - - - - - (1.551.175) - (1.551.175) (9.874.758) (11.425.933) Transações com interesses não controlados - - - - - (2.374.197) - (2.374.197) 745.119 (1.629.078) Saldo em 31 Dezembro de 2013 50.000.000 186.500.000 (2.868.519) 307.575 (21.990.557) (42.971.754) (68.961.164) 100.015.581 39.676.431 139.692.012

Saldo em 1 de Janeiro de 2014 50.000.000 186.500.000 (2.868.519) 307.575 (21.990.557) (42.971.754) (68.961.164) 100.015.581 39.676.431 139.692.012

Aplicação Resultado Líquido de 2013 - - - (68.961.164) 68.961.164 - - -

RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO: Resultado líquido do exercício - - - (93.535.824) (93.535.824) (43.166.600) (136.702.424) Diferenças cambiais decorrentes de:

(i): transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; e (ii) de Investimento líquido nas subsidiárias

- - - 2.716.484 2.716.484 (2.994.900) (278.416)

Atualização do Goodwill em moeda estrangeira - - - (8.880) (8.880) (7.265) (16.145) Outras variações no capital próprio da empresa mãe e

suas participadas - - - (303.571) (303.571) (58.461) (362.032)

Total do rendimento integral do exercício - - - (303.571) 2.707.604 - (93.535.824) (91.131.791) (46.227.226) (137.359.017) Aquisição de ações próprias - - - - - - - - - -

Opções sobre ações - valor dos serviços prestados - - - - - - - - - -

Aumento de capital em empresas participadas - - - - - - - - - -

Outras variações no capital próprio da empresa mãe e suas participadas - - - - - (5.541.582) - (5.541.582) (5.154.706) (10.696.288)

Alterações no perímetro de consolidação - - - - - (58.508) - (58.508) (4.230.209) (4.288.717) Transações com interesses não controlados - - - - - 37.006.587 - 37.006.587 (9.006.587) 28.000.000 Saldo em 31 Dezembro de 2014 50.000.000 186.500.000 (2.868.519) 4.004 (19.282.953) (80.526.421) (93.535.824) 40.290.287 (24.942.297) 15.347.990

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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80 RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS E TRIMESTRES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

NOTAS ANO 2014 ANO 2013 4º TRIMESTRE

2014 (NÃO AUDITADO)

4º TRIMESTRE 2013

(NÃO AUDITADO) ATIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes 186.215.670 357.926.223 7.600.508 (15.199.869) Pagamentos a fornecedores (161.579.157) (274.775.605) (41.460.061) 3.801.115 Pagamentos ao pessoal (42.881.294) (63.082.748) (783.934) (7.334.995) Fluxos gerados pelas operações das unidades operacionais em continuação (18.244.781) 20.067.870 (34.643.487) (18.733.749)

Pagamento/Recebimento de imposto sobre o rendimento (4.254.094) (208.671) (1.986.191) 502.507

Outros receb./pagamentos de atividades operacionais 9.347.134 (1.558.013) 33.108.170 (15.613.316) Outros fluxos gerados das unidades operacionais em continuação 5.093.040 (1.766.684) 31.121.979 (15.110.809)

Fluxos das atividades operacionais das atividades descontinuadas (2.927.493) 14.142.503 (5.287.371) 53.974.792

Fluxos das atividades operacionais (1) (16.079.234) 32.443.688 (8.808.879) 20.130.234 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros 42 23.722.134 7.587.349 1.359.012 (0) Ativos intangíveis 468.724 1.116.952 - (65.708) Ativos fixos tangíveis 15.890.560 1.902.886 6.842.605 1.784.944 Subsídios ao investimento 139.068 2.550.723 (1.834) 2.545.771 Juros e proveitos similares 1.256.897 2.538.952 1.171.691 215.229 Outros 5.700.685 1.061.983 5.503.677 782.132 47.178.069 16.758.845 14.875.151 5.262.368 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros 42 - (1.622.859) - - Ativos fixos tangíveis (14.858.320) (7.109.912) (3.508.674) 1.540.837 Ativos intangíveis 128.871 (486.619) 239.215 916.695 Outros (286.120) (849.894) (101.746) (495.129) (15.015.569) (10.069.283) (3.371.205) 1.962.404 Fluxos das atividades de investimento das atividades descontinuadas 561.140 5.251.002 2.040.360 5.466.013

Fluxos das atividades de investimento (2) 32.723.640 11.940.564 13.544.306 12.690.785 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos 408.250.707 748.169.614 131.190.267 246.417.096 Aumentos de capital, prest. suplem., prémios de emissão 29 28.000.000 13.000.000 -

Outros 3.142 894.855 (48.122) (717.951) 436.253.849 749.064.469 144.142.145 245.699.145 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos (421.264.705) (738.308.857) (142.728.611) (252.933.446) Amortizações de contratos de locação financeira (903.174) (2.480.857) (399.980) (249.242) Juros e custos similares (20.405.045) (21.852.723) (4.941.099) (5.479.748) Reduções de capital e outras reservas 29 (12.292.147) (100.112) - Outros (368.717) (4.689.231) (368.717) (3.088.683) (455.233.788) (767.331.668) (148.538.519) (261.751.119) Fluxos das atividades de financiamento das atividades descontinuadas (8.006.184) (24.566.657) (5.161.063) (8.526.297)

Fluxos das atividades de financiamento (3) (26.986.123) (42.833.856) (9.557.437) (24.578.271) Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (10.341.717) 1.550.396 (4.822.010) 8.242.748 Variação perímetro e outras variações (959.370) (439.256) (731.777) 3.440.715 Efeito das diferenças de câmbio 913.623 (292.000) (417.963) 523.203 Caixa e depósitos bancários no início do período 38.843.709 38.024.569 34.427.995 26.637.043 Caixa e depósitos bancários no fim do período das unidades operacionais em continuação 22.981.322 23.425.980 22.981.322 23.425.980 das atividades descontinuadas 28 5.474.923 15.417.730 5.474.923 15.417.730

Nota: Em Setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, SA e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os fluxos de caixa consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado em linhas autónomas na demonstração de fluxo de caixa consolidados tendo os valores do período homólogo sido ajustados por forma a permitir a comparabilidade (Nota 28).

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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82 RELATÓRIO E CONTAS 2014

12 | NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS NOTA INTRODUTÓRIA A Martifer, SGPS, S.A., com sede na Zona Industrial, Apartado 17, Oliveira de Frades – Portugal (‘Martifer SGPS’ ou ‘Empresa’), e empresas participadas (‘Grupo’), têm como atividades principais a construção metálica (Estrutura metálica, Fachadas em Alumínio e Vidro, Infraestruturas para Oil & Gas e Indústria Naval) e a Promoção e Desenvolvimento de Projetos Eólicos (Nota 3).

A Martifer SGPS foi constituída em 29 de outubro de 2004, tendo o seu capital social sido realizado através da entrega da totalidade das ações, avaliadas a valores de mercado, que os acionistas do Grupo detinham na Martifer – Construções, S.A., participada constituída em 1990 e que nessa altura era a Empresa-mãe do atual Grupo Martifer.

A partir de junho de 2007 e após a realização com sucesso de uma Oferta Pública de Subscrição, o Grupo passou a ter as suas ações cotadas na Euronext Lisboa.

Em Setembro de 2014, o Conselho de Administração da Martifer SGPS decidiu, no âmbito da estratégia de focalização na área da construção metálica, vender a participação da Martifer Solar (composta pela Martifer Solar, S.A. e suas participadas, atualmente detidas pelo Grupo a 55%). Sendo a venda da participação altamente provável, e estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o Grupo decidiu ao abrigo daquela norma classificar os ativos e passivos desta empresa e participadas como ‘Ativo não corrente detido para venda’ e ‘Passivos associados a ativos não correntes detidos para venda’, respetivamente, sendo o resultado líquido apresentado na rubrica ‘Resultado de atividades descontinuadas’ (Nota 28).

Em 31 de Dezembro de 2014, o Grupo desenvolve a sua atividade essencialmente em Portugal, Espanha, Eslováquia, Roménia, Angola, Brasil, Estados Unidos da América, Moçambique, Irlanda, Bulgária, Holanda, França, Marrocos, Reino Unido, Arábia Saudita, Alemanha, Malta e Argélia.

Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em Euro (com arredondamentos às unidades), salvo se expressamente referido em contrário.

1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas respeitam às demonstrações financeiras consolidadas das empresas do Grupo Martifer e foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de janeiro de 2014. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (‘IASB’) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (‘IFRIC’) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (‘SIC’), que tenham sido adotadas na União Europeia.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da Empresa e das suas subsidiárias (Nota 2), no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, exceto para a revalorização de certos ativos não correntes e de certos instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor.

As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados pelo Grupo no exercício de 2014 foram consistentes com os aplicados pelo Grupo na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para efeitos comparativos, exceto no que respeita às normas e interpretações cuja data de eficácia corresponde aos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014, da adoção das quais não resultaram impactos significativos no rendimento integral ou na posição financeira do Grupo.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 83

Adoção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014, foram adotadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2014:

DATA DE EFICÁCIA

IAS 32 – Instrumentos financeiros: apresentação 01-01-2014

IAS 36 – Imparidade de ativos 01-01-2014

IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração 01-01-2014

Alterações IFRS 10, 12 e IAS 27: Entidades de investimento 01-01-2014

IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas 01-01-2014

IFRS 11 – Acordos conjuntos 01-01-2014

IFRS 12 – Divulgação de interesses em outras entidades 01-01-2014

Alterações IFRS 10, 11 e 12: Transição 01-01-2014

IAS 27 – Demonstrações financeiras separadas 01-01-2014

IAS 28 – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos 01-01-2014

O efeito nas demonstrações financeiras do Grupo do exercício findo em 31 de dezembro de 2014, decorrente da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi material.

Normas efetivas em ou após 1 de Julho de 2014, ainda não endossadas pela UE

As seguintes normas, interpretações, alterações e revisões, foram já emitidas a esta data, embora não se encontrem ainda aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia:

DATA DE EFICÁCIA

IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras 01-01-2016

IAS 16 e IAS 38 – Métodos de cálculo de amortização / depreciação 01-01-2016

IAS 16 e IAS 41 – Agricultura: Plantas que produzem ativos biológicos consumíveis 01-01-2016

IAS 19 – Benefícios dos empregados 01-07-2014

IAS 27 – Demonstrações financeiras separadas 01-01-2016

Alterações IFRS 10 e IAS 28: venda e contribuição de ativos para associada ou empreendimento conjunto 01-01-2016

Alterações IFRS 10, 12 e IAS 28: aplicação da isenção de consolidar 01-01-2016

IFRS 11 – Acordos conjuntos 01-01-2016

Melhorias às normas 2010 – 2012 01-07-2014

Melhorias às normas 2012 – 2014 01-01-2016

IFRS 9 – Instrumentos financeiros 01-01-2018

IFRS 14 – Desvios tarifários 01-01-2016

IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes 01-01-2017

Interpretações e alterações efetivas em ou após 1 de julho de 2014

DATA DE EFICÁCIA

Melhorias às normas 2011 – 2013 01-01-2015

IFRIC 21 – ‘Taxas do Governo’ (“Levies”) 17-06-2014

Não são esperados efeitos significativos decorrentes da aplicação destas normas nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

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84 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O dia 1 de janeiro de 2004, correspondeu ao início do período da primeira aplicação pelo Grupo dos IAS/IFRS, de acordo com a IFRS 1 – ‘Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro’.

As demonstrações financeiras consolidadas foram apresentadas em Euro por esta ser a moeda principal das operações do Grupo. As demonstrações financeiras das empresas participadas em moeda estrangeira foram convertidas para Euro de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 1 xv).

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração do Grupo adotou certos pressupostos e estimativas que poderão afetar os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados (Nota 1 xxvi)). Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras, e das informações existentes naquela data.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Acionistas. O Conselho de Administração do Grupo aprovou-as para emissão, no dia 31 de março de 2015, e é sua convicção que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

BASES DE CONSOLIDAÇÃO

São os seguintes os métodos de consolidação adotados pelo Grupo:

a) Empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, direta ou indiretamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Acionistas/Sócios e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, pelo método de consolidação integral.

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados na demonstração da posição financeira consolidada (na rubrica de capitais próprios – interesses não controlados) e na demonstração dos resultados consolidada (incluída no resultado consolidado líquido atribuível a interesses não controlados), respetivamente. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 2.

Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de janeiro de 2004, os ativos e passivos de cada filial (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição conforme estabelecido no IFRS 3. Qualquer excesso / défice do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido, respetivamente, como diferença de aquisição positiva no ativo (Goodwill, ou a somar à respetiva rubrica, que originou a diferença, quando identificada) e no caso de diferença de aquisição negativa (Badwill), após reconfirmação do processo de valorização do justo valor e caso este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício. Os interesses não controlados incluem a proporção dos terceiros no justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis à data de aquisição das subsidiárias.

Nas concentrações de atividades empresariais que se tenham realizado a partir de 1 de janeiro de 2011 (IFRS 3R), o excesso do custo de aquisição, do justo valor de qualquer participação detida anteriormente à aquisição do controlo e do valor de interesses não controlados, sobre o justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis é registado como goodwill. Se o custo de aquisição, o justo valor de qualquer participação detida anteriormente à aquisição do controlo e do valor de interesses não controlados, for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da filial adquirida, a diferença é reconhecida diretamente em resultados do exercício. Os custos das transações relativas a concentrações empresariais ocorridas após esta data são reconhecidos em gastos quando incorridos.

Transações de alienação ou de aquisição de participações a interesses não controlados não resultam no reconhecimento de ganhos, perdas ou Goodwill, sendo qualquer diferença apurada entre o valor da transação e o valor contabilístico da participação transacionada, reconhecida no Capital próprio.

Os resultados negativos gerados em cada período pelas filiais com interesses não controlados, são alocados na percentagem detida aos interesses não controlados, independentemente deste se tornar negativo.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 85

Os interesses não controlados, reconhecidos no âmbito de uma concentração de atividades empresariais, são mensurados na proporção do justo valor dos ativos líquidos identificáveis, transação a transação.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às utilizadas pelo Grupo. As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com fins específicos, ainda que não tenha participações de capital nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. À data de 31 de dezembro de 2014 não existiam entidades nesta situação.

b) Empresas associadas e Empresas conjuntamente controladas

Os ativos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mesmas através da participação nas decisões financeira e operacional da Empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) e em empresas conjuntamente controladas (empresas onde o grupo partilha o controlo com outros sócios) são registados pelo método da equivalência patrimonial na rubrica ‘Ativos financeiros em equivalência patrimonial’.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações ocorridas no Capital Próprio e nos resultados líquidos das participadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos, líquido de perdas de imparidade acumuladas.

Os ativos e passivos de cada participada (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de aquisição positiva (Goodwill), sendo adicionada ao valor de balanço do ativo financeiro e a sua recuperação analisada anualmente como parte integrante do ativo financeiro e, no caso de diferença de aquisição negativa (Badwill), após reconfirmação do processo de valorização do justo valor e caso este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício.

É efetuada uma avaliação dos ativos financeiros em empresas associadas e empresas conjuntamente controladas quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registada uma perda na demonstração dos resultados sempre que tal se confirme.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada e empresa conjuntamente controlada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto o capital próprio da associada ou empresa conjuntamente controlada não for positivo, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a entidade, registando nesses casos uma provisão na rubrica do passivo ‘Provisões’ para fazer face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transações com associadas e empresas conjuntamente controladas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo nas mesmas por contrapartida do investimento nessas entidades. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o ativo transferido esteja em situação de imparidade.

As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da equivalência patrimonial encontram-se detalhadas na Nota 2.

PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS, JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS

Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, nos exercícios apresentados, são os seguintes:

i) Diferenças de aquisição positivas (Goodwill)

As diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição, são registadas na rubrica ‘Goodwill’ (no caso dos investimentos em empresas do Grupo) ou no valor do ativo financeiro em associadas e entidades conjuntamente controladas (no caso dos investimentos em associadas e entidades conjuntamente controladas).

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86 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O Goodwill gerado antes da data de transição para os IFRS (1 de janeiro de 2004) ou o resultante da constituição do Grupo, mantém-se registado pelo seu valor líquido contabilístico, apurado de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade, sendo objeto de testes de imparidade no final de cada ano, a partir daquela data.

O valor do Goodwill não é amortizado, sendo testado anualmente, no final de cada exercício, para verificar se existem perdas por imparidade, ou seja, se o Goodwill não se encontra registado por um valor superior à sua quantia recuperável. As perdas por imparidade do Goodwill verificadas no exercício são registadas na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Perdas de imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera resultem do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

As perdas por imparidade relativas a Goodwill não podem ser revertidas.

O Goodwill resultante dos investimentos em empresas do Grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas, sediadas no estrangeiro e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda funcional dessas empresas, sendo convertidas para a moeda de relato do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data da demonstração da posição financeira. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica do Capital próprio - ‘Reservas de conversão cambiais’.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando negativas, são reconhecidas como ganho na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos ativos e passivos identificáveis.

ii) Ativos não correntes classificados como detidos para venda

Os ativos não correntes são classificados como detidos para venda quando o valor dos mesmos for recuperado através de uma operação de venda, ao invés do seu uso continuado. Contudo, tal classificação exige que a transação de venda seja altamente provável, que o ativo se encontre disponível para venda imediata, que o Conselho de Administração do Grupo esteja comprometido com a alienação do mesmo e que a mesma ocorra no curto prazo (normalmente, mas não exclusivamente no prazo de um ano).

Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são registados ao mais baixo do seu valor contabilístico, ou do seu justo valor, deduzido dos gastos com a sua alienação, sendo, no caso dos ativos fixos afetos à unidade operacional detida para venda, interrompida a depreciação durante tal período.

iii) Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis adquiridos pelo Grupo encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidos se forem identificáveis, se possa medir razoavelmente o seu valor e se o Grupo possuir o controlo sobre os mesmos.

Os ativos intangíveis são constituídos basicamente por software e direitos de propriedade industrial, sendo os mesmos amortizados pelo método das quotas constantes durante um período de três anos, bem como pelas despesas incorridas com a obtenção de licenças para a exploração de parques eólicos e solares, as quais são amortizadas de acordo com o período das licenças atribuídas (atualmente em 20 anos).

As despesas incorridas com o licenciamento de parques eólicos são capitalizadas em ativos intangíveis apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

- os estudos de viabilidade económica demonstrem que existirão benefícios económicos futuros; - o Grupo tenha capacidade técnica e financeira para proceder à instalação e exploração dos parques eólicos; e - os gastos afetos à fase de licenciamento dos parques eólicos sejam mensuráveis de forma fiável.

Os gastos incorridos pelo Grupo durante a fase de pesquisa e de instalação de parques eólicos são reconhecidos na demonstração dos resultados no momento em que são incorridos.

As restantes despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são incorridas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 87

Os ativos intangíveis identificados na aquisição de uma empresa subsidiária são registados separadamente da rubrica de ‘Goodwill’ se o seu justo valor puder ser estimado com fiabilidade. O custo inicial de tais ativos intangíveis é o seu justo valor na data de aquisição.

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos intangíveis gerados na aquisição de uma empresa filial, são registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, da mesma forma que os ativos intangíveis adquiridos pelo Grupo. Tais ativos são amortizados pelo método das quotas constantes, geralmente durante o período em que se espera que benefícios económicos ocorram.

iv) Ativos tangíveis

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações e perdas de imparidade acumuladas.

As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos bens, não sendo os terrenos depreciáveis.

Os ativos tangíveis em curso representam ativos ainda em fase de construção / desenvolvimento, encontrando-se os mesmos registados ao custo de aquisição, deduzido de perdas de imparidade acumuladas. Estes ativos tangíveis são depreciados a partir do momento em que os ativos subjacentes se encontrem disponíveis para uso e nas condições necessárias em termos de qualidade e fiabilidade técnica para operar. As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do ativo pelo Grupo, do desgaste natural esperado e da sujeição a uma previsível obsolescência técnica.

As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Edifícios: 20 a 50 anos

Equipamentos:

Equipamento básico 3 a 7 anos Equipamento de transporte 4 a 5 anos Ferramentas e utensílios 3 a 5 anos Equipamento administrativo 3 a 10 anos

Outros ativos fixos tangíveis:

Parques eólicos e solares 15 a 20 anos Outros ativos fixos tangíveis 3 a 10 anos

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.

v) Locações

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é efetuada em função da substância económica e não da forma do contrato.

Os ativos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o ativo fixo tangível, as depreciações acumuladas correspondentes, conforme definido nas políticas iii) e iv) acima e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações do ativo fixo tangível são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

vi) Propriedades de investimento

As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis e terrenos detidos para auferir rendimento ou valorização do capital, ou ambos, e não para utilização no decurso da atividade corrente dos negócios.

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88 RELATÓRIO E CONTAS 2014

As propriedades de investimento são inicialmente registadas ao custo de aquisição, acrescido das despesas de compra e registo de propriedade. Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas pelos seus justos valores, com reconhecimento das alterações de justo valor nos resultados do exercício em que ocorram.

Os gastos incorridos (manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades), a par dos rendimentos e rendas obtidos com propriedades de investimento, são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício a que se referem.

vii) Ativos e passivos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira consolidada quando o Grupo se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro.

a) Instrumentos financeiros:

O Grupo classifica os ativos financeiros nas seguintes categorias: ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’, ‘Empréstimos e contas a receber’, ‘Investimentos detidos até ao vencimento’ e ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’. A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento.

A classificação é definida no momento do reconhecimento inicial e reapreciada numa base trimestral.

Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘ativos financeiros detidos para negociação’ e ‘investimentos registados ao justo valor através de resultados’. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria, nomeadamente, se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, exceto se estiverem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expetável a sua realização num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira;

Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os ativos financeiros, não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;

Ativos financeiros disponíveis para venda: incluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Os ‘investimentos detidos até ao vencimento’ são classificados como Ativos financeiros não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira. Os ativos financeiros registados a justo valor através de resultados são classificados como ativos financeiros correntes.

Todas as compras e vendas de ativos financeiros são reconhecidas à data da transação, isto é, na data em que o Grupo assume todos os riscos e obrigações inerentes à compra ou venda do ativo. Os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor mais gastos de transação, sendo a única exceção os ‘ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’. Neste último caso, os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor e os gastos de transação são reconhecidos na demonstração dos resultados. Os investimentos são desreconhecidos quando o direito de receber fluxos financeiros tiver expirado ou tiver sido transferido e, consequentemente, tenham sido transferidos todos os riscos e benefícios associados.

Os ‘ativos financeiros disponíveis para venda’ e os ‘ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’ são subsequentemente mensurados ao justo valor.

Os ganhos e perdas, realizados ou não, provenientes de uma alteração no justo valor dos ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’ são registados na demonstração dos resultados do exercício. Os ganhos e perdas, provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos classificados como disponíveis para venda, são reconhecidos na demonstração do rendimento integral na rubrica de ‘Reservas de justo valor’ até ao investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulada é reconhecida na demonstração consolidada dos resultados.

O justo valor dos investimentos é baseado nos preços correntes de mercado. Se o mercado em que os investimentos estão inseridos não for um mercado ativo/líquido (investimentos não cotados), o Grupo estabelece o justo valor através de outras técnicas de avaliação como o recurso a transações de instrumentos financeiros substancialmente semelhantes, análises de fluxos financeiros e modelos de opção de preços ajustados para refletir as circunstâncias específicas. O justo valor dos investimentos cotados é calculado com base na cotação de fecho da Euronext à data da demonstração da posição financeira.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 89

Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, se existir um mercado ativo, a cotação de mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13- Justo valor: mensuração e divulgação.

No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns ativos e passivos financeiros, são utilizadas técnicas de avaliação geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.

A entidade aplica técnicas de avaliação para os instrumentos financeiros não cotados, tais como, derivados, instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados e para ativos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de valorização que são utilizados mais frequentemente são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções que incorporam informação de mercado como as curvas de taxa de juro.

Para alguns tipos de instrumentos financeiros mais complexos, são utilizados modelos de avaliação mais complexos contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para os quais a entidade utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.

Os ‘Empréstimos e contas a receber’ e os ’Investimentos detidos até ao vencimento’ são registados ao custo amortizado através do método da taxa de juro efetiva.

O Grupo efetua avaliações à data de cada demonstração da posição financeira sempre que exista evidência objetiva de que um ativo financeiro possa estar em imparidade. No caso de instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda, uma queda significativa ou prolongada do seu justo valor para níveis inferiores ao seu custo é indicativo de que o ativo se encontra em situação de imparidade. Para os restantes ativos financeiros, indícios objetivos de imparidade podem incluir:

- dificuldades financeiras significativas por parte da contraparte para liquidar as suas dívidas; - não cumprimento atempado por parte da contraparte dos créditos concedidos pelo Grupo; - probabilidade elevada que a contraparte entre num processo de falência ou de reestruturação de dívida.

Para os ativos financeiros reconhecidos pelo custo amortizado, o montante da imparidade resulta da diferença entre o seu valor contabilístico e o valor atual dos fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro efetiva inicial.

O valor contabilístico dos ativos financeiros é reduzido diretamente pelas perdas de imparidade detetadas, com exceção das contas a receber de clientes e outros devedores em que o Grupo constitui uma conta de ‘Perdas de imparidade acumuladas’ específica para as mesmas. Quando uma conta a receber de clientes e outros devedores é considerada como incobrável a mesma é anulada por contrapartida da conta ’Perdas de imparidade acumuladas’. Recebimentos posteriores de contas a receber de clientes e outros devedores anuladas das demonstrações financeiras são registados a crédito na demonstração dos resultados do exercício. Alterações ocorridas na conta ‘Perdas de imparidade acumuladas’ são registadas na demonstração dos resultados do exercício.

Com exceção dos ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’, que correspondem a instrumentos de capital noutra entidade, se, num exercício subsequente, ocorrer uma diminuição das Perdas de imparidade acumuladas e se esse decréscimo se dever objetivamente a um evento posterior à data de reconhecimento de tal imparidade, esse decréscimo é registado através da demonstração dos resultados do exercício.

b) Clientes e outros devedores

As dívidas de ‘Clientes’ e de ‘Outros devedores’ não têm implícitos juros e são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade reconhecidas nas rubricas de ‘Perdas de imparidade acumuladas’, por forma a que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.

c) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros apurados de acordo com a taxa de juro efetiva são contabilizados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

d) Outras contas a pagar e outras dívidas de terceiros

As contas a pagar e a receber correntes, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor.

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90 RELATÓRIO E CONTAS 2014

e) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação. São considerados pelo Grupo instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transação evidencie que o Grupo detém um interesse residual num conjunto de ativos após dedução de um conjunto de passivos. São considerados passivos financeiros aqueles em que é expetável que ocorra um pagamento de fundos.

f) Instrumentos financeiros derivados

O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação. A utilização de instrumentos financeiros derivados encontra-se devidamente aprovada pelo Conselho de Administração do Grupo.

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam exclusivamente a instrumentos de cobertura de taxa de juro e de taxa de câmbio de empréstimos obtidos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos instrumentos de cobertura de taxa de juro e de taxa de câmbio são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos financeiros derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- A eficácia da cobertura pode ser mensurada com fiabilidade; - Existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta no início da cobertura; - A transação objeto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro (cobertura de cash-flow) e de taxa de câmbio são inicialmente registados pelo seu justo valor, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efetiva, são reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de cobertura – Derivados’, sendo transferidos para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta os resultados. A parcela de cobertura não efetiva é registada na demonstração dos resultados do exercício, no momento em que é apurada.

A mensuração dos instrumentos financeiros derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de qualificar como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor - Derivados” são mantidas no capital próprio, e as mensurações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

g) Certificados verdes

À data da publicação das demonstrações financeiras não existia norma contabilística ou uma interpretação nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’) que refira especificamente sobre a contabilização de emissões ou certificados de energias renováveis.

Os certificados verdes são instrumentos que aprovam a produção de uma dada quantia de eletricidade proveniente de fontes de energia renováveis.

Quando os certificados são recebidos, a empresa reconhece um ativo em ‘Outros ativos financeiros correntes’ e o correspondente ‘Proveito Diferido’. O proveito é reconhecido numa rubrica da demonstração dos resultados quando os certificados verdes são vendidos. Após o reconhecimento inicial, os certificados são avaliados ao preço transacionável disponível à data. No final de cada período, estes são avaliados usando o justo valor a essa data, o qual corresponde à cotação de mercado. A diferença resultante é registada numa rubrica da demonstração dos resultados, como ‘Rendimentos e ganhos financeiros’ ou como ‘Gastos e perdas financeiras’.

Os certificados são válidos por um dado período de tempo desde a sua data de emissão (16 meses na Roménia). O valor dos certificados revertido por não ter sido usado dentro do prazo de validade será registado em ‘Gastos e perdas financeiras’.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 91

h) Letras descontadas e contas a receber cedidas em factoring

O Grupo desreconhece ativos financeiros das suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais ativos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se o Grupo retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica de ‘Empréstimos’ a contrapartida monetária pelos ativos cedidos.

Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com exceção das operações de ‘factoring sem recurso’, são relevadas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

viii) Caixa e seus equivalentes

Os montantes incluídos na rubrica de ‘Caixa e seus equivalentes’ correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria (com vencimento inferior a três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo).

ix) Inventários

As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo médio de aquisição, ou do respetivo valor de mercado (estimativa do seu preço de venda deduzido dos gastos a incorrer com a sua alienação). Os produtos acabados e semiacabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão de obra direta e gastos gerais de fabrico.

São reconhecidas imparidades sempre que se estima que o valor realizável líquido é inferior ao valor contabilístico, sendo as imparidades reconhecidas na rubrica ‘Outros rendimentos / (gastos) operacionais’ da Demonstração de Resultados (Nota 10).

x) Especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de ‘Outros ativos correntes’, ‘Outros ativos não correntes’, ‘Outros passivos correntes’ e ‘Outros passivos não correntes’.

xi) Rédito

O rédito é registado pelo justo valor dos ativos recebidos ou a receber, líquido de descontos e de devoluções expetáveis.

a) Reconhecimento de gastos e rendimentos em obras (construção de estruturas metálicas e construção de parques eólicos e solares chave na mão)

O Grupo reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de acabamento, a qual é entendida como sendo a relação entre os gastos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma desses gastos com os gastos estimados para completar a obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos rendimentos estimados e os valores faturados, são contabilizadas nas sub-rubricas ‘Trabalhos em curso’ ou ‘Faturação antecipada’, incluídas nas rubricas ‘Outros ativos correntes’ e ‘Outros passivos correntes’, respetivamente.

Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de gastos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-la com fiabilidade.

Para fazer face aos gastos a incorrer durante o período de garantia das obras, o Grupo reconhece uma provisão para fazer face a tal obrigação legal, a qual é apurada tendo em conta o volume de produção anual e o historial de gastos incorridos no passado com as obras em período de garantia.

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92 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Quando é provável que os gastos totais previstos no contrato de construção excedam os rendimentos definidos no mesmo, a perda esperada é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do exercício.

b) Obras de curta duração

Nestes contratos de prestação de serviços, o Grupo reconhece os rendimentos e gastos à medida que se faturam ou incorrem, respetivamente.

c) Reconhecimento de gastos e rendimentos na atividade imobiliária

Os gastos relevantes com os empreendimentos imobiliários são apurados tendo em conta os gastos diretos de construção, assim como todos os gastos associados à elaboração de projetos e licenciamento das obras. Os gastos imputáveis ao financiamento do empreendimento são também adicionados ao custo dos empreendimentos imobiliários, desde que estes se encontrem em curso.

Considera-se, para efeito de capitalização dos encargos financeiros, que o empreendimento está em curso se aguardar decisão das autoridades envolvidas, ou se se encontrar em fase de construção. Caso o empreendimento não se encontre nestas fases é considerado parado e as capitalizações acima referidas são suspensas.

O rédito, neste tipo de operações, tem sido gerado e reconhecido, essencialmente, aquando da transferência dos direitos e obrigações associados aos ativos, o que, em regra geral, coincide com a celebração da escritura de venda.

d) Reconhecimento de rédito em vendas de mercadorias e produtos acabados

O reconhecimento do rédito resultante da venda de mercadorias e de produtos acabados, ocorre unicamente quando todas as condições descritas abaixo se encontrarem cumpridas:

- O Grupo transferiu para o comprador todos os riscos e benefícios significativos inerentes à posse dos bens alienados; - O Grupo não retém qualquer envolvimento ou qualquer controlo continuado sobre os bens alienados; - O montante do rédito possa ser estimado de forma fiável; - É provável que os benefícios económicos associados à alienação de tais bens venham a ser recebidos; e - Os gastos incorridos, ou a incorrer, com tal alienação possam ser estimados com fiabilidade.

xii) Trabalhos para a própria empresa

Os gastos internos (materiais, mão de obra e gastos gerais de fabrico) incorridos na produção de ativos fixos tangíveis são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

- os ativos desenvolvidos são identificáveis; - existe forte probabilidade de os ativos gerarem benefícios económicos futuros; e - os gastos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.

xiii) Gastos com a preparação de propostas

Os gastos incorridos com a preparação de propostas em concursos diversos são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho das propostas não ser controlável.

xiv) Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

Demonstrações financeiras individuais:

Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, são registadas, pelo seu valor bruto, como ganhos e perdas na demonstração dos resultados do exercício.

Demonstrações financeiras consolidadas:

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, os ativos e passivos das demonstrações financeiras das entidades estrangeiras do Grupo são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data de fecho da demonstração da posição financeira. Os gastos e rendimentos, bem como os fluxos de caixa são igualmente convertidos para Euro, utilizando a taxa de

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 93

câmbio média verificada no exercício. Adicionalmente, alguns empréstimos de médio e longo prazo ou sem prazo de reembolso definido, concedidos a participadas que operam em países que não adotam o Euro, foram considerados como parte integrante do investimento líquido do Grupo. As diferenças cambiais resultantes destas conversões são registadas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de conversão cambiais’. No momento da alienação de tais entidades estrangeiras, as diferenças de conversão cambiais acumuladas são registadas na demonstração dos resultados do exercício.

O Goodwill e os ajustamentos para o justo valor dos ativos e passivos adquiridos, resultantes da aquisição de entidades estrangeiras, são tratados como ativos e passivos em moeda estrangeira e são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data de fecho da demonstração da posição financeira.

Foram usadas as seguintes taxas de câmbio na preparação das demonstrações financeiras:

1 € EQUIVALE A: TAXA DE FECHO TAXA MÉDIA

31 DEZEMBRO 2014

31 DEZEMBRO 2013 EVOLUÇÃO

EM % 31 DEZEMBRO 2014

31 DEZEMBRO 2013 EVOLUÇÃO

EM %

Dólar australiano 1,483 1,542 -3,9% 1,472 1,378 6,8%

Lev da Bulgária 1,956 1,956 0,0% 1,956 1,956 0,0%

Coroa checa 27,735 27,427 1,1% 27,536 25,980 6,0%

Zloti polaco 4,273 4,154 2,9% 4,184 4,200 -0,4%

Novo Leu da Roménia 4,483 4,471 0,3% 4,444 4,419 0,6%

Dólar dos Estados Unidos 1,214 1,379 -12,0% 1,329 1,328 0,0%

Rand da África do Sul 14,035 14,566 -3,6% 14,404 12,833 12,2%

Real do Brasil 3,221 3,258 -1,1% 3,121 2,869 8,8%

Baht da Tailândia 39,910 45,178 -11,7% 43,147 40,830 5,7%

Kwanza Angola 124,910 133,830 -6,7% 130,294 127,801 2,0%

Dirham de Marrocos 10,990 11,237 -2,2% 11,151 11,109 0,4%

Libra esterlina 0,779 0,834 -6,6% 0,806 0,849 -5,1%

Dólar canadiano 1,406 1,467 -4,1% 1,466 1,368 7,1%

Metical Moçambique 40,100 40,840 -1,8% 41,135 39,662 3,7%

Peso Mexicano 17,876 17,912 -0,2% 17,655 16,966 4,1%

Saudi Riyal (Arábia Saudita)/ SAR 4,560 5,167 -11,7% 4,982 4,982 0,0%

Chilean Peso 737,820 722,020 2,2% 756,857 661,113 14,5%

Hryvna(Ucrânia) / (Ukraine) Hryvna 18,975 11,183 69,7% 15,634 10,732 45,7%

xv) Impostos sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício inclui o imposto corrente e o imposto diferido, de acordo com a IAS 12. O imposto corrente é calculado com base nos respetivos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como a alguns créditos fiscais atribuídos ao Grupo.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados apenas quando existem expetativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação dos impostos diferidos ativos, sendo os mesmos desreconhecidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

O montante de imposto diferido que resulte de transações ou eventos reconhecidos em contas de capital próprio, é registado diretamente nessas mesmas rubricas, não afetando o resultado do exercício.

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94 RELATÓRIO E CONTAS 2014

xvi) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos e de alguns inventários (projetos imobiliários) são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização, no final de produção ou de construção do ativo ou quando o projeto em causa se encontra suspenso.

xvii) Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.

As provisões constituídas pela empresa resultam, essencialmente de:

i) Garantias de construção

O Grupo reconhece uma provisão para os custos estimados a incorrer no futuro com a garantia de construção prestada sobre estruturas metálicas os parques, eólicos ou solares, vendidos. Esta provisão é constituída na data da alienação ou da prestação do serviço, afetando o ganho obtida na mesma. No final do período de garantia (em média 5 anos) qualquer valor remanescente da provisão é revertido por resultados do exercício.

ii) Contratos onerosos

O Grupo reconhece uma provisão para contratos onerosos, na data em que para os contratos de construção em curso se determine que o custo a incorrer para satisfazer a obrigação assumida excede os benefícios económicos estimados. Esta análise é efetuada contrato a contrato de acordo com a informação prestada pelos responsáveis dos projetos.

iii) Processos judiciais em curso

É reconhecida uma provisão para processos judiciais em curso quando exista uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros.

iv) Ativos financeiros em equivalência patrimonial

É reconhecida uma provisão sempre que a empresa participada tem capital próprio negativo e se considera que o Grupo assumiu responsabilidades para além da sua participação no capital.

xviii) Subsídios atribuídos pelo Estado

Subsídios atribuídos para financiar ações de formação de pessoal e de apoio à contratação são reconhecidos como rendimentos durante o período de tempo durante o qual o Grupo incorre nos respetivos gastos.

Subsídios atribuídos para financiar investimentos em ativos são registados como rendimentos diferidos e reconhecidos na demonstração dos resultados, na rubrica de ‘Outros rendimentos operacionais’, durante o período de vida útil estimado para os bens subsidiados.

xix) Imparidade de ativos que não Goodwill

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Perdas de imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 95

do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e, consequentemente, o ativo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (quer através do custo histórico, quer através do seu valor reavaliado, líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

xx) Benefícios aos empregados

Remunerações variáveis

De acordo com as disposições estatutárias de algumas sociedades do Grupo, os acionistas destas sociedades aprovam em Assembleia-Geral ou uma Comissão de Fixação de Vencimentos eleita pelos acionistas fixa, quando eleita, a remuneração fixa e a remuneração variável a ser distribuída aos membros dos órgãos sociais. As remunerações variáveis são contabilizadas nos resultados do exercício a que respeitam.

xxi) Classificação na demonstração da posição financeira

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados como ativos e passivos não correntes.

xxii) Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota.

Um ativo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

xxiii) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração consolidada dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. O Grupo classifica na rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de financiamento e de investimento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos tangíveis e intangíveis.

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de financiamento incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, e pagamento de dividendos.

xxiv) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data das demonstrações financeiras que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data das demonstrações financeiras (adjusting events) são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data das demonstrações financeiras que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data das demonstrações financeiras (non adjusting events), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.

xxv) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração do Grupo baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.

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96 RELATÓRIO E CONTAS 2014

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 incluem:

- vidas úteis dos ativos tangíveis; - justo valor das propriedades de investimento;

- testes de imparidade realizados ao Goodwill; - registo de provisões e perdas de imparidade; - reconhecimento de rendimentos em obras em curso e garantias; - reconhecimento de ativos por impostos diferidos decorrentes de perdas fiscais; - apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.

xxvi) Gestão dos riscos financeiros

A incerteza, característica dominante dos mercados, comporta em si uma variedade de riscos aos quais as atividades do Grupo Martifer se encontram expostas, designadamente, risco de preço, risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro, risco de liquidez e risco de crédito.

a) Risco de preço

A volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo, tanto na área de Construção Metálica como na Solar. Alterações do preço do aço e do alumínio afetam a atividade operacional da área de negócio de construção metálica, assim como a evolução de mercado dos preços dos painéis solares podem também influenciar a atividade solar. A Martifer tem procurado mitigar este risco da mesma forma nas duas áreas, ou seja, através de contratos com clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no valor pago pelo cliente e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projetos de grande dimensão.

b) Risco de taxa de câmbio

O risco da taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A internacionalização do Grupo obriga-o a estar exposto ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países.

A exposição ao risco de taxa de câmbio do Grupo resulta fundamentalmente das atividades operacionais (em que os gastos, rendimentos, ativos e passivos são denominados em moedas diferentes da moeda de relato), das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resultados a flutuações cambiais.

No âmbito da atividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transações sejam realizadas nas respetivas moedas locais. Pela mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respetivas moedas locais.

No que respeita à cobertura de risco cambial, as operações de cobertura são esporádicas por se considerar que o seu custo é, por vezes, excessivo face ao nível dos riscos envolvidos. No entanto, sempre que considerado adequado, o Grupo contrata a cobertura de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.

Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas de câmbio que se destinam a cobrir riscos de posições já existentes ou contratadas e os termos da cobertura são negociados de forma a serem condizentes com os termos do instrumento coberto de forma a maximizar a eficácia da cobertura.

O montante de ativos e passivos (em Euro) do Grupo registados em moeda diferente do Euro, materialmente relevantes, pode ser resumido como se segue:

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 97

ATIVOS PASSIVOS

1 € EQUIVALE A: ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Novo Leu (Roménia) 153.491.552 178.617.896 80.784.186 84.573.826

Zloti (Polónia) 48.873.273 60.902.163 72.153.956 80.031.053

Dólar Americano (E.U.A.) 58.399.403 114.478.896 91.895.201 110.218.307

Kwanza (Angola) 47.788.457 45.813.174 35.859.913 35.838.507

Real (Brasil) 58.631.399 72.434.209 32.374.745 48.267.550

Dirham (Marrocos) 811.748 766.620 1.377.394 1.337.244

Dólar Australiano (Austrália) 628.133 832.131 4.633.416 4.110.628

Coroa Checa (República Checa) 22.477 364.564 6.912 239.859

Dólar Canadiano (Canadá) 0 382.910 0 361.210

Libra Esterlina (Reino Unido) 52.449.377 46.284.346 49.565.474 40.846.792

Peso Mexicano (Mexico) 2.402.537 10.509.694 14.610.584 14.685.844

Riyal Saudita (Arábia Saudita) 16.923.521 13.224.670 16.488.074 13.197.907

Hryvnia (Ucrânia) 483.099 1.726.114 670.552 1.010.205

Os eventuais impactos gerados nas demonstrações financeiras do Grupo pela transposição das demonstrações financeiras das suas subsidiárias, que relatam em moeda diferente do Euro, caso ocorresse uma variação de 1p.p. nas taxas de câmbio acima referidas, podem ser resumidos como se segue (valores em Euro):

DEPRECIAÇÃO DA MOEDA LOCAL FACE

AO EURO

2014 2013

1 € EQUIVALE A:

IMPACTO EM RESULTADOS

IMPACTO EM CAPITAIS

PRÓPRIOS IMPACTO EM

RESULTADOS IMPACTO EM

CAPITAIS PRÓPRIOS

Novo Leu (Roménia) 1% 208.991 (719.875) 70.936 (931.129)

Zloti (Polónia) 1% 46.437 230.502 80.582 189.395

Dólar Americano (E.U.A.) 1% 355.801 331.642 87.183 (42.184)

Libra Esterlina (Reino Unido) 1% 23.439 (28.553) (42.039) (53.837)

Coroa Checa (República Checa) 1% 719 (154) (680) (1.235)

Dirham (Marrocos) 1% (169) 5.600 3.848 5.650

Dólar Australiano (Austrália) 1% 5.960 39.656 68.578 32.460

Kwanza (Angola) 1% (16.013) (118.104) (5.937) (98.759)

Real (Brasil) 1% (75.308) (259.967) (21.649) (239.274)

Dólar Canadiano (Canadá) 1% - - 5.912 (215)

Peso Mexicano (México) 1% 89.631 120.872 40.171 41.348

Riyal Saudita (Arábia Saudita) 1% (3.671) (4.311) (3.178) (265)

Hryvnia (Ucrânia) 1% 7.323 1.856 (3.750) (7.088)

c) Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

O custo da divida financeira contraída pelo Grupo está indexado a taxas de referência de curto prazo, revistas com uma periodicidade inferior a um ano, e adicionadas de prémios de risco oportunamente negociados. Assim, variações nas taxas de juro podem afetar os resultados do Grupo.

A exposição do grupo ao risco da taxa de juro advém de passivos financeiros contratados a taxa fixa e/ou taxa variável. No primeiro caso, o Grupo enfrenta um risco de variação do justo valor desses ativos ou passivos na medida em que qualquer alteração das taxas de mercado envolve um custo de oportunidade. No segundo caso tal alteração tem impacto direto no valor dos juros, provocando, consequentemente, variações de caixa.

No final de 2014, a dívida de médio e longo prazo exposta a taxa fixa situava-se nos 1,75 % (98,25 % taxa variável), o que compara com 3 % (taxa fixa) e 97 % (taxa variável) em 2013.

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98 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre sempre que considera adequado a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

No final do ano de 2014 o grupo procurou junto das instituições financeiras renegociar as taxas de prémio de risco (spread) de forma a permitir uma exposição menor ao risco da taxa de juro e, consequentemente, ir ao encontro dos recursos de tesouraria libertos previstos no projeto de reestruturação.

A análise de sensibilidade à variação para mais ou menos 1 p.p. na taxa de juro é apresentada na nota 30 Empréstimos.

d) Risco de liquidez

O risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

O principal objetivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o grupo tem ao seu dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, através de uma adequada gestão da relação custo – maturidade dos financiamentos.

Adicionalmente e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o Grupo procurou reestruturar a divida de forma a que acompanhe a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo.

Nesse sentido, o Grupo tenciona adequar a maturidade de inflows da atividade operacional e de (des)investimento aos outflows da atividade de financiamento.

No final de 2014, o Grupo procurou junto das principais instituições financeiras reestruturar a sua dívida através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e uma maturidade que permita que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

O Grupo tem a expetativa de concluir o processo de negociação durante o primeiro semestre de 2015

A direção financeira faz o acompanhamento da implementação das políticas de gestão de risco definidas pela administração de forma a garantir que os riscos económicos e financeiros são identificados, mensurados e geridos de acordo com tais políticas.

e) Risco de crédito

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional podem originar a incapacidade dos clientes do grupo Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.

O Grupo encontra-se sujeito ao risco no crédito que concerne à atividade operacional – Clientes e outras contas a receber.

Cientes desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objetivo último assegurar a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos.

Com este objetivo, o Grupo recorre a agências de informação financeira e avaliação de crédito e efetua regularmente análises de risco e controlo de crédito, bem como cobrança e gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a atividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.

xxvii) Gestão dos riscos operacionais

a) Construção Metálica

Os riscos operacionais na área de Construção Metálica, que a partir de 2011 passou também a integrar a área de equipamentos para energia, agrupam-se atualmente em três fontes de riscos - risco de cliente, risco de fornecedor e risco externo, que por sua vez se subdivide em problemas específicos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 99

No risco de cliente, podem ser identificadas, por exemplo, questões que possam ocorrer ao nível da contratação, como a falta de convergência na interpretação e aplicação das disposições contratuais, o desagrado ou insatisfação com o serviço/produto e ainda o risco de incumprimento no pagamento do preço estipulado após a entrega dos projetos.

No que diz respeito à volatilidade da procura, será de realçar que a área de negócio depende, em parte, do lançamento de concursos públicos para obras de infraestruturas públicas (e.g. pontes, aeroportos, gares). No âmbito dos concursos públicos, a Martifer está sujeita a uma regulamentação complexa, própria de cada país, nomeadamente no que respeita à apresentação de propostas e à elaboração de dossiers administrativos completos com respeito pelo caderno de encargos definido pela entidade contratante, que poderão representar custos acrescidos para o grupo Martifer. É de realçar que, não obstante a referida dependência de concursos públicos, a Martifer tem tido a capacidade de captar negócios não sujeitos a concurso público, reduzindo a sua exposição a este risco.

No risco de fornecedor é de sublinhar que a Martifer Construções, como perita em projetos de engenharia, recorre muitas vezes à subcontratação de outras empresas, que por sua vez podem falhar na execução dos seus contratos e comprometer em efeito “dominó” o compromisso na entrega on time dos projetos. Ou seja, associado à construção está ainda o risco de eventuais atrasos na entrega de obras, com as inerentes penalizações contratuais.

Finalmente, no âmbito dos riscos externos, e sendo certo que a área de Construção Metálica tem uma forte correlação com o crescimento da economia e com a formação bruta de capital fixo, é portanto sensível à atual conjuntura económica. Nesse sentido, o agravamento da crise da dívida soberana na Europa levanta também outros problemas nomeadamente os planos de austeridade que implicam cortes severos e transversais no investimento público e a diminuição significativa de liquidez na totalidade do sistema financeiro, que leva muitas vezes a que, apesar da existência de projetos aliciantes, não exista, porém, o correspondente capital que permita a sua execução.

A forma que a área de Construção Metálica encontrou para mitigar estes riscos externos foi através da dispersão dos negócios por diferentes geografias, nomeadamente pela entrada em mercados que registam maiores taxas de crescimento no setor da construção, como o caso do mercado angolano, do mercado brasileiro e do mercado argelino, ou mesmo países de visita como a Arábia Saudita, que permitirão compensar quer os efeitos da recessão económica em Portugal quer o abrandamento económico na Europa.

b) Solar

Na atividade de desenvolvimento e instalação de parques “chave na mão”, eventuais atrasos na obtenção das licenças necessárias por parte dos clientes finais ou atrasos não antecipados na entrega de equipamentos poderão pôr em causa os calendários inicialmente previstos para a execução dos respetivos projetos. Apesar de contratualmente este tipo de atrasos não ser alvo de penalizações, em alguns casos esta situação pode constituir um risco para o Grupo em virtude das dificuldades de planeamento que pode acarretar.

Adicionalmente, a crise no mercado financeiro tem vindo a dificultar o acesso a financiamento por parte dos promotores, levando ao adiamento de alguns projetos. A diversificação do negócio ao longo da cadeia de valor e a carteira diversificada de clientes, dentro e fora do Grupo, que vêm sendo adotados, permitirão reduzir o eventual impacto desta situação.

Os módulos solares fotovoltaicos produzidos pela empresa são comercializados com uma garantia de produto de 5 anos e garantia de performance de 25 anos, pelo que este segmento está exposto ao risco de reclamações por garantias por períodos muito longos após a venda dos equipamentos. Nesse sentido, eventuais problemas com a qualidade dos produtos ou performance podem implicar custos elevados. A performance dos sistemas solares é também garantida no caso dos módulos que são adquiridos para a construção de parques solares, sendo que, nesta situação, a responsabilidade do Grupo é diminuída porque existe direito de regresso sobre os fornecedores.

Por outro lado, muitos equipamentos de produção de módulos solares fotovoltaicos são customizados para matérias-primas específicas, pelo que existe o risco de dependência de fornecedores de matéria-prima chave. O Grupo tem vindo a mitigar este risco através do estabelecimento de contratos de longo prazo para algumas matérias-primas, realizando uma seleção criteriosa dos fornecedores e diligenciando no sentido da obtenção de uma diversificação de fornecedores para cada uma das matérias-primas relevantes do processo produtivo.

c) RE Developer

Os índices de produtividade ligados ao negócio das energias renováveis dependem da quantidade de energia produzida pelos parques eólicos e da sua rentabilidade, fatores que dependem da localização dos parques eólicos e das estações do ano (sazonalidade). Uma vez que as turbinas apenas entram em funcionamento quando a velocidade do vento se situa dentro de

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100 RELATÓRIO E CONTAS 2014

limites específicos, que variam de acordo com o fabricante e o tipo de turbina, se a referida velocidade não se situar dentro desses limites ou se situar no limiar inferior dos mesmos, a produção de energia nos parques eólicos diminuirá.

A disponibilidade e a curva de potência de cada turbina são garantidas contratualmente, sendo estabelecidas indemnizações a serem pagas pelos fornecedores quando a disponibilidade não for satisfeita ou a curva de potência não for atingida.

Este risco é mitigado também através da diversificação geográfica dos parques eólicos, o que permite compensar as variações do vento em cada área e manter a quantidade total de energia produzida relativamente estável.

LICENCIAMENTO:

Os parques eólicos e solares estão sujeitos a rigorosa regulamentação em matéria de desenvolvimento, construção, licenciamento e operação de centrais. Se as autoridades relevantes nas jurisdições em que o Grupo opera deixarem de continuar a apoiar, ou reduzirem o seu apoio ao desenvolvimento de parques eólicos e solares, tais ações poderão ter um impacto significativo sobre a atividade.

xxviii) Gestão dos riscos Jurídicos

A Martifer está sujeita a leis e regulamentos nacionais e locais das várias geografias e mercados onde está presente e que visam assegurar, entre outros, os direitos dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e o ordenamento do território e a manutenção de um mercado aberto e competitivo. Assim, as alterações legislativas e regulatórias que possam abranger as condições de condução das atividades do Grupo e, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objetivos estratégicos implicam a adaptação da Empresa às novas realidades de regulação.

A gestão dos riscos jurídicos é efetuada pelos departamentos jurídicos da holding e de cada Área de Negócio do Grupo e monitorizada no âmbito das assessorias legais e fiscais dedicadas às respetivas atividades, que funcionam na dependência da administração e gestão, desenvolvendo as suas competências em articulação com os demais departamentos fiscais e financeiros, de forma a assegurar a proteção dos interesses da Sociedade e, em última instância, dos stakeholders, no respeito estrito pelo cumprimento dos seus deveres legais.

Os membros que integram os referidos departamentos jurídicos e assessorias possuem formação especializada e participam regularmente em ações de formação e atualização.

A assessoria legal e fiscal é igualmente garantida, a nível nacional e internacional, por profissionais externos, selecionados de entre firmas de reconhecida reputação e de acordo com elevados critérios de competência, ética e experiência.

2. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, as empresas incluídas na consolidação, respetivos métodos de consolidação, bem como as suas sedes sociais e proporção do capital detido, são como se segue:

EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO INTEGRAL

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS Ano 2013

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL

Martifer SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer SGPS Holding

Martifer Inovação e Gestão, S.A. Oliveira de Frades Martifer Inovação 100,00% - 100,00% 100,00% Martifer Gestiune Si Servicii, S.R.L. Bucareste Martifer Inovação Roménia 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. Oliveira de Frades

Martifer Metallic Constructions 75,00% - 75,00% 100,00%

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. Oliveira de Frades Martifer Construções - 79,18% 79,18% 100,00% Martifer Mota-Engil Coffey Construction Joint Venture Limited Dublin MMECC 1) - 47,51% 47,51% 60,00%

Martifer – Construcciones Metálicas España, S.A. Madrid Martifer Espanha - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer – Construções Metálicas Angola, S.A. Luanda Martifer Angola - 59,06% 59,06% 78,75% Martifer Construction Limited Dublin Martifer Irlanda - 75,00% 75,00% 100,00%

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 101

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS Ano 2013

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL Martifer Polska Sp. Zo.o. Gliwice Martifer Polska - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer Constructions, SAS Rungis Martifer França - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer Constructii SRL Bucareste Martifer Constructii - 75,00% 75,00% 100,00% Park Logistyczny Biskupice Gliwice Biskupice - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer Konstrukcje Sp. Z o.o. Gliwice Martifer Konstrukcje - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer Slovakia S.R.O. Bratislava Martifer Slovakia - 75,00% 75,00% 100,00% Sociedade de Madeiras do Vouga, S.A. Albergaria-a-Velha Madeiras do Vouga - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer - Gestão de Investimentos, S.A. Oliveira de Frades MGI - 75,00% 75,00% 100,00%

Nagatel Viseu, Promoção Imobiliária, S.A. Oliveira de Frades Nagatel Viseu - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer Retail & Warehousing Angola, S.A. Luanda Martifer Retail Angola - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer Aluminium Pty, Ltd Sidney Sassall - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer - Alumínios, S.A. Oliveira de Frades Martifer Alumínios - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Alumínios Angola, S.A. Luanda Martifer Alumínios Angola - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer Aluminium Limited Dublin Martifer Aluminium Irlanda - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Aluminium UK Limited Londres Martifer Aluminium Reino Unido - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Aluminium SAS Rungis Martifer Aluminium França - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer Alumínios Ltda São Paulo Martifer Alumínios Brasil - 74,99% 74,99% 99,99%

Martifer UK Limited Londres Martifer UK - 75,00% 75,00% 100,00% MT Construction Maroc, S.A.R.L. Tânger Martifer Marrocos - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer - Construções Metálicas, Ltda. Fortaleza Martifer Brasil - 74,85% 74,85% 99,80% Saudi Martifer Constructions LLC Riade Martifer Arábia Saudita - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH Viena Martifer GmbH 100,00% - 100,00% 100,00% M City Gliwice Sp. Zo.o Gliwice M City Gliwice - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Energy Systems II, SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer Energy Systems II 100,00% - 100,00% 100,00% Martifer Energia S.R.L. Bucareste Martifer Energia Roménia - 100,00% 100,00% 100,00% Martifer Energia LLC Kiev Martifer Energia Ucrânia - 100,00% 100,00% 100,00% Martifer Wind Energy Systems LLC San Angelo TX Martifer Wind USA - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Energy Systems PTY Cidade do Cabo Martifer Energia África do Sul - 85,00% 85,00% 85,00%

Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A. Aveiro Navalria - 100,00% 100,00% 100,00%

Gebox, S.A. Ílhavo Gebox - 100,00% 100,00% 100,00% West Sea - Estaleiros Navais, Lda. Oliveira de Frades West Sea - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Global SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer Global 100,00% - 100,00% 100,00% Martifer Construcciones Peru, S.A. Lima Martifer Peru - 100,00% 100,00% 100,00% Global Holding Limited Zebbug Global Holding Limited - 100,00% 100,00% 100,00%

Global Engineering & Construction Limited Zebbug Global Engineering - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Solar SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer Solar SGPS 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer Solar, S.A. Oliveira de Frades Martifer Solar 4) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar Sistemas Solares, S.A. Madrid Martifer Solar Sistemas Solares4) - 55,00% 55,00% 55,00%

Solar Parks Construccion Parques Solares ETVE, S.A. Madrid Solar Parks4) - 55,00% 55,00% 55,00%

Parque Solar Seseña III, S.L. Madrid Seseña III4) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS Solar Sistemas Solares, S.A. Cidade do México Martifer Solar México4) - 54,45% 54,45% 54,45% Martifer Solar Chile Holding, Lda Santiago do Chile Martifer Solar Chile4) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar Chile Operaciones Limitada Santiago do Chile Solar Chile Operaciones4) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar Sistemas Solares Equador S.A. Sangolquí Martifer Solar Equador4) - - - 54,45%

Martifer Solar Servicios México Cidade do México Martifer Solar Servicios México4) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar S.R.L. Milão Martifer Solar Itália4) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS1 S.R.L. Siracusa MTS14) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS2 S.R.L. Siracusa MTS24) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS3 S.R.L. Siracusa MTS34) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar RO S.R.L. Bucareste Martifer Solar Roménia4) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar Inc. S. Francisco CA Martifer Inc. 4) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar USA, Inc. Santa Monica CA AEM 6) - - - 54,61%

Martifer Aurora Solar, LLC Santa Monica CA Solar Aurora 1) 6) - - - 54,07% MT Silverado Fund I LLC S. Francisco CA Silverado 1) 4) - 31,42% 31,42% 31,42% Martifer Solar Finance LLC S. Francisco CA Martifer Solar Finance4) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar Hellas, A.T.E. Atenas PVI 1) 4) - 39,13% 39,13% 39,13% Martifer Solar Angola Luanda Martifer Solar Angola 1) 4) - 41,25% 41,25% 41,25% Martifer Solar N.V. Deerlijk Martifer Solar Bélgica4) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar UK Limited Londres Martifer Solar UK4) - 55,00% 55,00% 55,00%

MTS Exbury Solar Limited Londres MTS Exbury Solar Limited4) - 55,00% 55,00% -

MTS Manton Manor Solar Limited Londres MTS Manton Manor Solar Limited4) - 55,00% 55,00% -

MTS Stud Farm Solar Limited Londres MTS Stud Farm Solar - 55,00% 55,00% -

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102 RELATÓRIO E CONTAS 2014

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS Ano 2013

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL Limited4)

MTS Penderi Solar Limited Londres MTS Penderi Solar Limited4) - 55,00% 55,00% - Martifer Solar S.A.S. Lyon Martifer Solar França4) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar CZ Praga Martifer Solar República Checa4) - 55,00% 55,00% 55,00%

Home Energy France SAS Lyon Home Energy França 4) - 55,00% 55,00% 55,00% PVGlass S.r.l Milão PVGlass Itália4) - 55,00% 55,00% 55,00% MPrime Solar Solutions, S.A. Oliveira de Frades Mprime4) - 55,00% 55,00% 55,00%

MPrime GMBH Munique MPrime GMBH4) - 55,00% 55,00% 55,00% Sol Cativante, Lda. Sever do Vouga Sol Cativante 4) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar Investments, B.V. Amesterdão Martifer Solar Holanda4) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar Canadá, Ltd. Toronto Martifer Solar Canadá5) - - - 55,00% MTS6 S.R.L. Siracusa MTS64) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar SK s.r.o. Dolny Kubin Martifer Solar Eslováquia4) - 55,00% 55,00% 55,00% Ginosa Solar Farm, S.R.L. Roma Ginosa Solar Farm4) - 55,00% 55,00% 55,00% Solar Spritehood S.R.L Roma Solar Spritehood4) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS7, S.R.L. Roma MTS74) - 55,00% 55,00% 55,00% Canopy - Naos Paris Canopy Naos4) - 55,00% 55,00% 55,00% Steadfast Fairview Solar, Ltd Andover Steadfast Fairview Solar4) - 55,00% 55,00% 55,00% Steadfast Molland Solar, Ltd Andover Steadfast Molland Solar4) - - - 55,00% Martifer Solar UA, LLC Kiev Martifer Solar Ucrânia4) - 55,00% 55,00% 55,00% Inspira Martifer Solar Limited Mumbai Inspira Martifer Solar 1) 4) - 28,05% 28,05% 28,05% Societé Developpement Local SA Dakar Martifer Solar Senegal 1) 4) - 28,05% 28,05% 28,05% Martimak Solar Besiktas Martimak1) 4) - 44,00% 44,00% 44,00% Martiper Solar Besiktas Martiper1) 4) - 44,00% 44,00% 44,00% Martifer Solar Singapura PTE. LTD. Singapura Martifer Solar Singapura4) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar Japan KK Tóquio Martifer Solar Japan4) - 55,00% 55,00% 55,00% Solariant Portfolio GK One Tóquio Solariant Portfolio GK One4) - 55,00% 55,00% - EVIVA SOLAR 1 LTD Atenas Eviva Solar 14) - 54,90% 54,90% 54,90% EVIVA SOLAR 2 LTD Atenas Eviva Solar 24) - 54,90% 54,90% 54,90% MTS Francis Court Solar Limited Londres MTS Francis2) 4) - - - 55,00% MTS Spittleborough Solar Limited Londres MTS Spittleborough4) - - - 55,00% MTS Tonge Solar Limited Londres MTS Tonge4) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS Rydon Solar Limited Londres MTS Rydon4) - - - 55,00%

Martifer Solar MZ, S.A. Maputo Martifer Solar Moçambique 1) 4) - 28,05% 28,05% 28,05%

Greencoverage Unipessoal, Lda. Oliveira de Frades Greencoverage4) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar, Ltda Pindamonhangaba Martifer Solar Brasil4) - 54,45% 54,45% 54,45% Visiontera Unipessoal, Lda Oliveira de Frades Visiontera4) - 55,00% 55,00% 55,00% Inovsun, Lda. Oliveira de Frades Inovsun4) - - - 55,00% Martifer Solar Middle East Dubai Martifer Solar Middle East4) - 55,00% 55,00% 55,00% Belive in Bright Unipessoal, LDA. Oliveira de Frades Belive in Bright4) - 55,00% 55,00% 55,00% Montidílico Unipessoal, LDA. Oliveira de Frades Montidílico4) - - - 55,00%

Martifer Renewables SGPS, S.A. Oliveira de Frades

Martifer Renewables SGPS 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer Renewables, S.A. Oliveira de Frades Martifer Renewables SA - 100,00% 100,00% 100,00% Martifer Renovables ETVE, S.A.U. Madrid Martifer Renovables - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 1 S.L. Madrid Eurocab 1 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 2 S.L. Madrid Eurocab 2 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 3 S.L. Madrid Eurocab 3 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 4 S.L. Madrid Eurocab 4 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 5 S.L. Madrid Eurocab 5 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 6 S.L. Madrid Eurocab 6 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 7 S.L. Madrid Eurocab 7 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 8 S.L. Madrid Eurocab 8 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 9 S.L. Madrid Eurocab 9 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 10 S.L. Madrid Eurocab 10 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 11 S.L. Madrid Eurocab 11 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 12 S.L. Madrid Eurocab 12 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 13 S.L. Madrid Eurocab 13 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 14 S.L. Madrid Eurocab 14 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 15 S.L. Madrid Eurocab 15 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 16 S.L. Madrid Eurocab 16 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 17 S.L. Madrid Eurocab 17 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 18 S.L. Madrid Eurocab 18 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 19 S.L. Madrid Eurocab 19 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Energy S.R.L. Bucareste Eviva Roménia - 100,00% 100,00% 100,00%

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 103

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS Ano 2013

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL Eviva Nalbant S.R.O. Bucareste Eviva Nalbant - 100,00% 100,00% 100,00% Eviva Agighiol S.R.L. Bucareste Eviva Agighiol - 99,00% 99,00% 99,00% Eviva Casimcea S.R.O. Bucareste Eviva Casimcea - 99,00% 99,00% 99,00% Premium Management Consulting, S.R.L. Bucareste Premium Management - 85,00% 85,00% 85,00% MW Topolog, S.R.L. Bucareste MW Topolog - 99,00% 99,00% 99,00%

Martifer Renewables, S.A. Gliwice Eviva Polónia - 100,00% 100,00% 100,00% Martifer Renewables Pty, Ltd. Sidney Eviva Austrália - 100,00% 100,00% 100,00% Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH Viena Eviva GmbH - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Hidro S.R.L. Bucareste Eviva Hidro 1,00% 99,00% 100,00% 100,00% Martifer Deutschland GmbH Berlim Martifer Deutschland - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Odrzechowa Sp. Zo.o Gliwice Wind Odrzechowa - 100,00% 100,00% 100,00% Eviva Gizalki Sp. Zo.o Miastko Eviva Gizalki 5) - - - 100,00% Wind Farm Bukowsko Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Bukowsko - 100,00% 100,00% 100,00% Wind Farm Markowa Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Markowa - 100,00% 100,00% 100,00% Wind Farm Lada Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Lada - 100,00% 100,00% 100,00% Wind Farm Jawornik Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Jawornik - 100,00% 100,00% 100,00% Wind Farm Piersno Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Piersno - 100,00% 100,00% 100,00% Wind Farm Oborniki Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Oborniki - 100,00% 100,00% 100,00% Martifer Renewables Brazil B.V. Amesterdão Renewables Holanda - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Investments ETVE, S.A. Madrid Eurocab 21 - 100,00% 100,00% 100,00% Martifer Renewables Italy BV Amesterdão Renewables Italy Holanda - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Brasil Participações LTDA Fortaleza Martifer Renewables Brasil - 100,00% 100,00% 100,00%

Vesto EAD Varna Vesto - - - 100,00% DVP1 Limited Varna DVP1 - - - 100,00% DVP2 Limited Varna DVP2 - - - 100,00% Martifer Renováveis - Geração de Energia e

Participações S.A. Fortaleza Ventania - 55,00% 55,00% 55,00%

Eólica Cajueiro da Praia, Ltda . Fortaleza Cajueiro - 55,00% 55,00% 55,00% Eólica Coqueirais, Ltda. Fortaleza Cacimbas - - - 55,00% SBER – Sociedade Brasileira de Energias

Renováveis, Ltda. Fortaleza SBER 1) - 41,25% 41,25% 41,25%

Melosa – Geração de Energia e Participações, Ltda. Fortaleza Melosa - 55,00% 55,00% 55,00%

Eólica Paraipaba, Ltda . Fortaleza Paraipaba - - - 55,00% Eólica Chapadão, Ltda. Fortaleza Chapadão - - - 55,00% Rosa dos Ventos - Geração e

Comercialização de Energia, S.A Fortaleza Rosa dos Ventos3) - - - 55,00%

Eólica Macaúbas, Ltda. Fortaleza Macaúbas - - - 54,99% Eólica Sobradinho, Ltda. Fortaleza Sobradinho - - - 54,99%

MSPAR Energia e Participações, SA Barueri MSPAR - 100,00% 100,00% 55,00% Martifer Renewables O&M Sp. z o.o. Gliwice Martifer Renewables O&M - 52,00% 52,00% 52,00%

1) A consolidação destas empresas pelo método integral justifica-se na medida em que o Grupo detém participações em escada com controlo a cada nível.

2) Anterior denominação era MTS Downs Farm Solar Limited.

3) Esta empresa a 31 de Dezembro de 2013 estava classificada como ativo não corrente detido para venda (Nota 28).

4) Esta empresa a 31 de Dezembro de 2014 está classificada como ativo não corrente detido para venda (Nota 28).

5) Esta empresa a 31 de Dezembro de de 2014 consolida pelo método de equivalência patrimonial (Nota 21).

6) Esta empresa a 31 de Dezembro de 2014 desconsolida devido à peda de controlo verificada na sequência da assinatura do acordo “settlement, plan support and release agreement”.

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104 RELATÓRIO E CONTAS 2014

EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

As empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, suas sedes sociais e proporção do capital detido, são como se segue:

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS

Ano 2013

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL Construção Metálica Empresas Associadas:

Liszki Green Park, Sp. Zo.o Gliwice Liszki Green Park - 33,75% 33,75% 45,00% Martifer Amal, S.A. Nacala Martifer Amal - 35,00% 35,00% 35,00% Martifer Amal, S.A. Oliveira de Frades Martifer Amal - 30,00% 30,00% 30,00% Martimetal Spa Alger Martimetal - 49,00% 49,00% -

Empreendimentos conjuntos:: Promoquatro – Investimentos Imobiliários,

Lda. Oliveira de Frades Promoquatro - 37,50% 37,50% 50,00%

M City Bialystok Sp. Zo.o Gliwice M City Bialystok - 37,50% 37,50% 50,00% M City Radom Sp. Zo.o Gliwice M City Radom - 37,50% 37,50% 50,00% M. City Szczecin Sp. Z o.o. Gliwice M City Szczecin - 37,50% 37,50% 50,00%

Solar Empresas Associadas:

Parque Solar Seseña I, S.L. Madrid Seseña I 2) - 20,61% 20,61% 20,61% Canaverosa Renovables, SL Madrid Canaverosa 2) - 26,94% 26,94% 26,94% Empresa de Energia Renovable Maria del

Sol Norte S.A. Santiago Maria del Sol2) - 26,95% 26,95% 26,95%

MSN Solar Uno SpA Santiago MSN Solar Uno2) - 26,95% 26,95% 26,95% MSN Solar Dos SpA Santiago MSN Solar Dos2) - 26,95% 26,95% 26,95% MSN Solar Tres SpA Santiago MSN Solar Tres2) - 26,95% 26,95% 26,95% MSN Solar Cuatro SpA Santiago MSN Solar Cuatro2) - 26,95% 26,95% 26,95% MSN Solar Cinco SpA Santiago MSN Solar Cinco2) - 26,95% 26,95% 26,95% Martifer Solar Canadá, Ltd. Toronto Martifer Solar Canadá2) - 27,50% 27,50% -

Renewables Empresas Associadas:

Eviva Gizalki Sp. Zo.o Miastko Eviva Gizalki 3) - 100,00% 100,00% - Empreendimentos conjuntos

Ventinveste, S.A. Lisboa Ventinveste SA 6,00% 42,50% 48,50% 46,00% Ventinveste Eólica, SGPS, S.A. Lisboa Ventinveste Eólica 4) - - - 46,00% Ventinveste Indústria SGPS, S.A. Oliveira de Frades Ventinveste Indústria - - - 46,00% Âncora Wind – Energia Eólica, S.A Lisboa Âncora 24,25% 24,25% 0,00% Parque Eólico do Douro Sul, S.A. Lisboa PE Douro Sul - 24,25% 24,25% 46,00% Parque Eólico de Vale do Chão, S.A. Lisboa PE Vale do Chão - 24,25% 24,25% 46,00% Parque Eólico de Torrinheiras, S.A. Lisboa PE Torrinheiras - 48,50% 48,50% 46,00% Parque Eólico do Pinhal do Oeste, S.A. Lisboa PE Pinhal do Oeste - 48,50% 48,50% 46,00% Parque Eólico de Vale Grande. S.A. Lisboa PE Vale Grande - 48,50% 48,50% 46,00% Parque Eólico do Cabeço Norte, S.A. Lisboa PE Cabeço Norte - 48,50% 48,50% 46,00% Parque Eólico da Serra do Oeste, S.A. Lisboa PE Serra do Oeste - 48,50% 48,50% 46,00% Parque Eólico do Planalto, S.A. Lisboa PE Planalto - 48,50% 48,50% 46,00% Eviva Dunowo, Sp. Z o.o. Gliwice Eviva Dunowo - 50,00% 50,00% 50,00% SPEE 3 – Parque Eólico do Baião, S.A. Lisboa SPEE 3 - 50,00% 50,00% 50,00% SPEE 2 – Parque Eólico de Vila Franca de

Xira, S.A. Oliveira de Frades SPEE 2 - 50,00% 50,00% 50,00%

Parque Eólico da Penha da Gardunha, Lda. Oliveira de Frades PE Penha da Gardunha - 50,00% 50,00% 50,00%

Outros Empresas Associadas:

Nutre SGPS, S.A. Oliveira de Frades Prio SGPS - - - 49,00% Nutre, S.A. Oliveira de Frades Prio Foods - - - 49,00% Nutre - Industrias Alimentares, S.A. Oliveira de Frades Prio Alimentar - - - 49,00% Nutre MZ. S.A. Maputo Nutre Moçambique - - - 49,00%

Nutre Farming, S.R.L. Bucareste Nutre Farming Roménia - - - 49,00%

Prio Agromart S.R.L. Bucareste Prio Agromart - - - 49,00% Prio Balta S.R.L. Bucareste Prio Balta - - - 49,00% Prio Facaieni S.R.L. Bucareste Prio Facaieni - - - 49,00% Prio Ialomita S.R.L. Bucareste Prio Ialomita - - - 49,00% Prio Rapita S.R.L. Bucareste Prio Rapita - - - 49,00% Nutre Farming West Part S.R.L. Bucareste Nutre West Part - - - 49,00% Prio Terra Agricola S.R.L. Bucareste Prio Terra Agricola - - - 49,00% Prio Turism Rural S.R.L Bucareste Prio Turism Rural - - - 49,00% Agromec Balaciu Bucareste Agromec Balaciu - - - 42,60% Miharox S.R.L. Bucareste Miharox - - - 40,47%

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 105

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS

Ano 2013

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL Zimbrul. S.A. Bucareste Zimbrul - - - 49,00% Agrozootehnica. S.A. Bucareste Agrozootehnica - - - 48,98% Prio Agrotrans S.R.L. Bucareste Prio Agrotrans - - - 49,00%

Nutre Brasil LTDA S. Luís do Maranhão Prio Foods Brasil - - - 49,00%

Prio Extractie S.R.L. Bucareste Prio Extractie - - - 22,05% Prio Agro Industries. Sp. Z o.o. Gliwice Prio Polónia - - - 49,00% Prio Biocombustibil S.R.L. Bucareste Prio Biocombustibil - - - 22,05% Prio Meat S.R.L Bucareste Prio Meat - - - 49,00% Prio Foods – AJFS Construções, ACE Lisboa Prio Foods ACE - - - 24,50% Nutre Farming B.V. Amesterdão Nutre Farming - - - 49,00%

Bunge Prio Cooperativa U.A. Amesterdão Bunge Prio Cooperativa - - - 22,05%

Bunge Roménia S.R.L. Buzau Bunge Roménia - - - 22,05% Centralrest, Lda Ilhavo Centralrest - - - 9,80% Prio Agriculture, B.V. Delft Prio Holanda - - - 49,00% Porthold Project Development BV Amesterdão Porthold - - - 49,00% Fertilis Agro-Indústrias, Lda Luanda Fertilis - - - 29,40% Prio Energy SGPS. S.A. Oliveira de Frades Prio Energy SGPS 1) 5% - 5,00% 10,00% Prio Biocombustíveis. S.A. Oliveira de Frades Prio Biocombustíveis 1) - 5,00% 5,00% 10,00% Prio Energy. S.A. Oliveira de Frades Prio Energy 1) - 5,00% 5,00% 10,00% Mondefin Coimbra Mondefin 1) - 5,00% 5,00% 10,00% Prio Parque de Tanques de Aveiro, S.A. Oliveira de Frades Prio Tanques 1) - 5,00% 5,00% 10,00% Prio.E-Electric, S.A. Oliveira de Frades Prio.E-Electric 1) - 5,00% 5,00% 10,00% PRIO.E - Mobility Solutions, Lda _PT Oliveira de Frades Park Charge 1) - 5,00% 5,00% 10,00% Prio. E – SGPS, S.A. Oliveira de Frades Prio E SGPS 1) - 5,00% 5,00% 10,00% Share Motivation, Lda. Oliveira de Frades Share Motivation 1) - 5,00% 5,00% 10,00% IMO 505, Lda Coimbra IMO 5051) - 5,00% 5,00% - Prio Gas Lisboa, SA Aveiro Prio Gas 1) - 2,50% 2,50% -

1) A consolidação desta empresa pelo método de equivalência patrimonial, justifica-se na medida em que o Grupo detém influência significativa sobre a empresa que detém esta participação, a qual tem depois o mesmo controlo sobre a empresa participada.

2) Esta empresa a 31 de Dezembro de 2014 está classificada como ativo não corrente detido para venda (Nota 28). 3) A consolidação desta empresa pelo método de equivalência patrimonial, justifica-se na medida em que o Grupo detém apenas influência significativa da

mesma (Nota 21). 4) Empresa fusionada na Ventinveste, S.A

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e durante o exercício de 2013, as alterações ocorridas no perímetro de consolidação foram como segue:

Constituição de empresas:

ANO 2014 SEDE

Construção Metálica

Empresas Associadas:

Martimetal Spa Argel

Solar

Empresas Subsidiárias:

MTS Exbury Solar Limited Londres

MTS Manton Manor Solar Limited Londres

MTS Stud Farm Solar Limited Londres

MTS Penderi Solar Limited Londres

MTS Hill Farm Solar Limited Londres

Renewables

Empresas Associadas: Âncora Wind – Energia Eólica, S.A Lisboa

Outros

Empresas Associadas:

Prio Gas Lisboa, SA Aveiro

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106 RELATÓRIO E CONTAS 2014

ANO 2013 SEDE

Construção Metálica

Empresas Subsidiárias: Martifer Aluminium SAS Rungis

Martifer Alumínios Ltda São Paulo

West Sea - Estaleiros Navais, Lda. Oliveira de Frades

Martifer Construcciones Peru, S.A. Lima

Global Holding Limited Zebbug

Global Engineering & Construction Limited Zebbug

Empresas Associadas:

Martifer Amal, S.A. (Portugal) Oliveira de Frades

Solar

Empresas Subsidiárias:

Martifer Solar Servicios Mexico Cidade do México

Martifer Solar Japan KK Tóquio

MTS Francis Court Solar Limited Londres

MTS Spittleborough Solar Limited Londres

MTS Tonge Solar Limited Londres

MTS Rydon Solar Limited Londres

Visiontera Unipessoal, Lda Oliveira de Frades

Martifer Solar Middle East Dubai

Belive in Bright Unipessoal, LDA. Oliveira de Frades

Montidílico Unipessoal, LDA. Oliveira de Frades

Empresas Associadas:

MSN Solar Uno SpA Santiago

MSN Solar Dos SpA Santiago

MSN Solar Tres SpA Santiago

MSN Solar Cuatro SpA Santiago

MSN Solar Cinco SpA Santiago

FTP Solar LLC Nova Iorque

Renewables

Empresas Subsidiárias:

Eólica Macaúbas, Ltda. Fortaleza

Eólica Sobradinho, Ltda. Fortaleza

MSPAR Energia e Participações, SA Barueri

Martifer Renewables O&M Sp. z o.o. Gliwice

Outros

Empresas Associadas:

Nutre Farming West Part S.R.L. Bucareste

Aquisição de empresas:

ANO 2014 SEDE

Solar

Empresas Subsidiárias:

Solariant Portfolio GK One Tóquio

Outros:

Empresas Associadas: IMO 505, Lda Coimbra

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 107

ANO 2013 SEDE

Outros

Empresas Associadas:

Fertilis Agro-Indústrias, Lda Luanda

Alienação / dissolução de empresas:

ANO 2014 SEDE

Solar

MTS Spittleborough Solar Limited Londres

Montidílico Unipessoal, LDA. Oliveira de Frades

Inovsun, Lda. Oliveira de Frades

MTS Francis Court Solar Limited Londres

MTS Hill Farm Solar Limited Londres

MTS Rydon Solar Limited Londres

Steadfast Molland Solar, Ltd Andover

Martifer Solar Sistemas Solares Equador S.A. Sangolquí

Renewables

Vesto EAD Varna

DVP1 Limited Varna

DVP2 Limited Varna

Rosa dos Ventos - Geração e Comercialização de Energia, S.A Fortaleza

Ventinveste Indústria SGPS, S.A. Oliveira de Frades

Eólica Coqueirais, Ltda. Fortaleza

Eólica Paraipaba, Ltda . Fortaleza

Eólica Chapadão, Ltda. Fortaleza

Eólica Macaúbas, Ltda. Fortaleza

Eólica Sobradinho, Ltda. Fortaleza

Outros

Nutre SGPS, S.A. Oliveira de Frades

Nutre, S.A. Oliveira de Frades

Nutre - Industrias Alimentares, S.A. Oliveira de Frades

Nutre MZ. S.A. Maputo

Nutre Farming, S.R.L. Bucareste

Prio Agromart S.R.L. Bucareste

Prio Balta S.R.L. Bucareste

Prio Facaieni S.R.L. Bucareste

Prio Ialomita S.R.L. Bucareste

Prio Rapita S.R.L. Bucareste

Nutre Farming West Part S.R.L. Bucareste

Prio Terra Agricola S.R.L. Bucareste

Prio Turism Rural S.R.L Bucareste

Agromec Balaciu Bucareste

Miharox S.R.L. Bucareste

Zimbrul. S.A. Bucareste

Agrozootehnica. S.A. Bucareste

Prio Agrotrans S.R.L. Bucareste

Nutre Brasil LTDA S. Luís do Maranhão

Prio Extractie S.R.L. Bucareste

Prio Agro Industries. Sp. Z o.o. Gliwice

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108 RELATÓRIO E CONTAS 2014

ANO 2014 SEDE

Prio Biocombustibil S.R.L. Bucareste

Prio Meat S.R.L Bucareste

Prio Foods – AJFS Construções, ACE Lisboa

Nutre Farming B.V. Amesterdão

Bunge Prio Cooperativa U.A. Amesterdão

Bunge Roménia S.R.L. Buzau

Centralrest, Lda Ilhavo

Prio Agriculture, B.V. Delft

Porthold Project Development BV Amesterdão

Fertilis Agro-Indústrias, Lda Luanda

ANO 2013 SEDE

Solar

Empresas Subsidiárias:

MTS4 S.R.L. Siracusa

MPrime Italia S.r.l Oliveira de Frades

Sol Cativante VII, Lda. Viseu

Eviva Mepe Atenas

MTS Trewidland Solar, Ltd Londres

Steadfast Apsley Solar, Ltd Andover

LRCC – La Rad Campo Charro – Energias Renováveis, Lda. São Martinho do Porto

Renewables

Empresas Subsidiárias:

Martifer Renewables Bippen GmbH Berlim

Energia Wiatrowa Sp. Zo.o Gliwice

Outros

Empreendimentos Conjuntos:

Macquarie Capital Wind Fund Pty Limited Sidney

Alteração do método de consolidação:

Em 2014:

MTS 3 - de equivalência patrimonial para integral em virtude do aumento da participação pela Martifer Solar Itália de 49% para 100%.

Martifer Solar Canadá - de integral para equivalência patrimonial em virtude da redução da participação pela Martifer Solar Investments B.V. de 100% para 50%.

Eviva Gizalki - de integral para equivalência patrimonial em resultado da perda de controlo sobre a mesma, nomeadamente por não gerir autonomamente as suas políticas financeiras e operacionais (Nota 21).

Em 2013:

Prio Agriculture B.V. (Prio Holanda) - de integral para equivalência patrimonial em virtude da sua venda pela Martifer Renewables SGPS, S.A. à Nutre SGPS, S.A.

Porthold Project Development BV (Porthold) - de integral para equivalência patrimonial em virtude da venda da Prio Agriculture B.V. pela Martifer Renewables SGPS, S.A. à Nutre SGPS, S.A.

MTS 3 - de integral para equivalência patrimonial em virtude da redução da participação pela Martifer Solar Itália de 100% para 49%.

Ventinveste Indústria SGPS, S.A. – de integral para equivalência patrimonial em resultado da ausência de controlo sobre a mesma, nomeadamente por não gerir as suas políticas financeiras e operacionais.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 109

Outras alterações no perímetro de consolidação:

Em 2014:

MS Par Energia e Participações – transferência da participação da Martifer Renováveis, SA para a Martifer Renewables Brasil Participações, Ltda.

Prio Energy SGPS - redução da participação pela Martifer SGPS, S.A. de 10% para 5%.

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A - redução da participação pela Martifer SGPS, S.A. de 100% para 75%.

Martifer Aluminium PTY – transferência da participação da Martifer Alumínios, SA para a Martifer Metallic Constructions SGPS, SA.

Ventinveste, S.A – aumento da participação detida directa e indirectamente pela Martifer SGPS, S.A. de 46% para 48,5%

FTP Power LLC (anteriormente designada FTP Solar LLC ) – abandono do método de equivalência patrimonial em virtude da perda de influencia significativa (Nota 28).

Martifer Solar USA - desconsolida devido à peda de controlo verificada na sequência da assinatura do acordo “settlement, plan support and release agreement”.

Martifer Aurora Solar LLC - desconsolida devido à peda de controlo verificada na sequência da assinatura do acordo “settlement, plan support and release agreement”.

Em 2013:

Porthold Project Development BV (Porthold) - aumento da participação pela Prio Agriculture B.V de 55% para 100%.

Eviva Gizalki Sp.Zo.o (Eviva Gizalki) – aumento da participação da Martifer Renewables SGPS, S.A. de 72% para 100%.

Martifer Solar USA, Inc. (AEM) – aumento da participação da Martifer Solar Inc. de 63,5% para 99,293%.

Eviva Nalbant S.R.O. (Eviva Nalbant) – aumento da participação da Eviva Energy S.R.L. de 99% para 100%.

Rosa dos Ventos S.A. (Rosa dos Ventos) – aumento da participação pela Martifer Renováveis-Geração de Energia e Participações, S.A. de 97,5% para 100%.

Prio Energy SGPS - redução da participação pela Martifer SGPS, S.A. de 49% para 10%.

PV Glass, SA – fusão por incorporação na Martifer Solar S.A

PV Glass, Srl – alteração da estrutura acionista decorrente da fusão por incorporação da PV Glass na Martifer Solar S.A

M City Gliwice Sp. Zo.o – aumento da participação pelo Martifer GmbH de 52,6% para 97,8% e aumento de 2% através da Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A.

3. SEGMENTOS OPERACIONAIS Para efeitos de gestão, o Grupo serve-se da sua organização interna como base para o seu reporte da informação por segmentos operacionais.

O Grupo está organizado em duas áreas de negócio: ‘Construção Metálica’ e ‘RE Developer’, sendo todas coordenadas e apoiadas pela Martifer SGPS.

A área de negócio ‘Construção Metálica’ inclui as atividades de construção metalomecânicas, fachadas em alumínio e vidro , infra estruturas para Oil & Gas e indústria naval. O segmento ‘RE Developer’ integra a promoção e desenvolvimento de projetos de energia renovável, com especial enfoque no setor eólico.

Os valores incluídos na linha ‘Outros’ respeitam aos serviços prestados pela Martifer SGPS, S.A., Martifer Inovação e Gestão, S.A. (MIG) e Martifer Gestiune Si Servicii, S.R.L. (MIG RO).

Em Setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, SA e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados tendo os valores do período homólogo sido ajustados por forma a permitir a comparabilidade. A discriminação destes contributos consta das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas (Nota 28).

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110 RELATÓRIO E CONTAS 2014

As políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos utilizados na preparação da informação por segmentos foram os mesmos das demonstrações financeiras anexas (Nota 1).

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as vendas e prestações de serviços por segmentos operacionais podem ser analisadas como se segue:

VENDAS PARA CLIENTES EXTERNOS VENDAS INTERSEGMENTOS TOTAL

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Construção Metálica 179.331.294 253.516.407 33.946.559 61.739.088 213.277.853 315.255.495

RE Developer 9.711.819 17.870.145 758.734 2.058.587 10.470.553 19.928.732

Outros 1.249.161 1.409.657 4.541.729 3.690.859 5.790.890 5.100.516

190.292.274 272.796.208 39.247.022 67.488.534 229.539.296 340.284.742

Eliminações intersegmentos (35.588.422) (65.656.976)

Trabalhos para a própria empresa (Nota 5) (5.042.877) (1.995.508)

188.907.997 272.632.258

As vendas e prestações de serviços para clientes externos, por geografia de origem e por segmento apresentam a seguinte decomposição:

ANO 2014 ANO 2013

Península Ibérica

Construção Metálica 54.508.612 79.649.412

RE Developer 5.254.348 5.135.086

Outros 1.108.386 1.174.584

Europa central

Construção Metálica 41.453.619 52.758.300

RE Developer 3.210.350 5.809.397

Outros 126.037 235.073

Outros mercados Construção Metálica 82.179.439 120.944.745

RE Developer 1.067.206 6.925.662

188.907.997 272.632.258

As vendas e prestações de serviços, no segmento ‘Metallic Construction’ diminuíram 30 % para os Euro 178 milhões em 2014, fruto das dificuldades vividas no setor, principalmente na Europa. O grupo está focado em contrariar esta tendência via internacionalização, apostando nos países emergentes.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os resultados operacionais antes (EBITDA) e depois de depreciações/amortizações e provisões e perdas de imparidade (EBIT) e o resultado líquido do exercício (RLE) por segmentos operacionais podem ser analisados como se segue:

EBITDA EBIT RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Construção Metálica (7.284.819) (18.731.186) (51.393.311) (34.608.778) (68.411.237) (54.188.284)

RE Developer 12.904.338 35.382.800 5.192.718 11.066.257 614.180 9.900.593

Outros 384.533 (920.767) (1.059.750) (3.338.085) (3.733.388) (20.555.233)

6.004.052 15.730.847 (47.260.343) (26.880.606) (71.530.445) (64.842.924)

Atividade não corrente detida para venda (nota 28)

(65.171.979) (5.908.517)

6.004.052 15.730.847 (47.260.343) (26.880.606) (136.702.424) (70.751.441)

Em 2014 o EBITDA Consolidado do Grupo reflete um decréscimo significativo quando comparado com o ano 2013, passando de 16 milhões de euros para os Euro 6 milhões. Este decréscimo do EBITDA resulta essencialmente da redução do EBITDA da RE Developer que contribuiu de forma muito significativa para o EBITDA do grupo em 2013 pelas vendas de parques eólicos realizadas naquele exercício económico .

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 111

Na Construção Metálica o EBITDA no final de 2014 situou-se nos Euro -7 milhões, apresentando uma melhoria de 63%, que compara com Euro -19 milhões em 2013. O EBITDA de 2014 foi não só penalizado pela deterioração das condições de mercado na Europa (com efeito nas margens praticadas) como pelos custos de sedimentação em novos mercados e pelos atrasos de algumas obras. Na RE Developer o EBITDA atingiu os Euro 13 milhões em 2014, apresentando uma redução de 64% face ao ano anterior justificada, essencialmente, pelo facto de as vendas de parques eólicos em 2014 terem um impacto menor que as vendas realizadas no ano transato mas afetadas também pela redução do número de MWs em operação e pelo impacto negativo da instabilidade do mercado romeno no desempenho do parque de Babadag. As perdas e os ganhos em empresas associadas, o valor de balanço dos ativos financeiros em associadas, bem como a constituição e reversão de provisões e perdas de imparidade por segmentos operacionais são como se segue:

PERDAS EM EMPRESAS ASSOCIADAS GANHOS EM EMPRESAS

ASSOCIADAS

VALOR DE BALANÇO DOS INVESTIMENTOS REGISTADOS PELO

MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Construção Metálica 467.155 493.734 - - 722.768 421.031

RE Developer 2.587 543 449.587 464.597 5.564.732 1.548.391 Atividade descontinuada não

corrente detida para venda – Solar (nota 28)

- - - - (*) 36.625.842

Outros (nota 13) - 26.648.989 1.192.970 1.564.948 1.511.016 2.686.807

469.742 27.143.266 1.642.557 2.029.545 7.798.516 41.282.069

1) Ativo não corrente detido para venda (Nota 28) 2) Ganhos/Perdas em empresas associadas (Nota 13)

PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE REGISTADAS NO EXERCÍCIO

REVERSÕES DE PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE REGISTADAS NO

EXERCÍCIO

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Construção Metálica (nota 11) 37.716.031 8.644.357 386.977 200.381

RE Developer (nota 11) 1.550.224 19.970.730 248.243 712.072

Outros - 596.212 - -

39.266.255 29.211.299 635.219 912.453

A divisão do ativo líquido total e do passivo do Grupo por segmentos operacionais, em 31 de dezembro de 2014 e em 31 de dezembro de 2013, pode ser analisada como se segue:

ATIVO PASSIVO

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Construção Metálica 310.078.424 331.230.804 306.200.108 307.847.934

RE Developer 157.464.362 166.932.839 63.327.919 44.917.163

Holding e MIGs 521.568.741 525.799.738 161.701.757 163.855.470 Atividade descontinuada não corrente detida para venda – Solar (nota

28) 143.313.447 254.606.180 137.358.237 180.727.147

Eliminações intragrupo (499.695.276) (490.796.517) (51.206.314) (49.266.682)

632.729.698 787.773.044 617.381.707 648.081.032

O investimento (aquisições de ativos fixos tangíveis e intangíveis) e as depreciações/amortizações do Grupo por segmentos operacionais até 31 de dezembro de 2014 e de 2013 são como se segue:

INVESTIMENTO AMORTIZAÇÕES

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Construção Metálica 13.310.159 5.446.425 6.963.558 7.433.616

RE Developer 1.681.481 2.426.902 6.228.282 5.057.885

Outros 18.091 74.975 1.441.519 1.821.105

15.009.731 7.948.302 14.633.359 14.312.606

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112 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Os ativos detidos e os investimentos efetuados por geografia podem ser analisados como se segue:

ATIVO INVESTIMENTO

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Península Ibérica 277.102.155 327.928.884 2.419.640 1.318.472

União Europeia 233.800.945 273.897.513 3.495.055 2.002.586

Outros Mercados 121.826.598 185.946.647 9.095.035 4.627.244

632.729.698 787.773.044 15.009.731 7.948.302

O valor dos ativos e passivos a 31 de dezembro de 2014 e 2013 incluem os valores relativos aos Ativos detidos para venda (vide Nota 28).

4. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS As vendas e prestações de serviços para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 têm a seguinte composição:

ANO 2014 ANO 2013

Vendas de mercadorias 16.877.890 34.510.498

Vendas de produtos 58.317.393 85.762.179

Prestações de serviços 113.712.714 152.359.581

188.907.997 272.632.258

Em 2014, as vendas e prestações de serviços diminuíram 31%, relativamente a 2013, para os Euro 188 milhões. Esta diminuição é influenciada sobretudo pela redução da atividade em Portugal e Arábia Saudita, essencialmente no segmento da Construção Metálica.

5. OUTROS RENDIMENTOS OPERACIONAIS Os outros rendimentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 podem ser analisados como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Variação da produção 656.997 5.287.402

Trabalhos para a própria empresa 5 .042.877 1.995.508

Reversões de perdas de imparidade:

Clientes (Nota 24) 265.273 1.690.474

Outras perdas de imparidade 779.109 2.577.429

Proveitos suplementares 1.617.559 1.491.518

Ganhos em Inventários 34.019 585.302

Ganhos capital em ativos não financeiros 20.454.680 12.318.264

Subsídios à exploração 222.470 29.055

Subsídios ao investimento 164.322 167.802

Diferenças de câmbio favoráveis 4.101.128 4.078.790

Outros rendimentos operacionais 3.572.572 17.084.911

Total 36.911.006 47.306.455

O valor incluído na rubrica ‘Trabalhos para a própria empresa’ em 2014, tal como no exercício anterior, está relacionado, essencialmente, com a construção de infra estruturas no segmento de ‘Construção Metálica’.

A 31 de Dezembro de 2014 os ‘ganhos de capital em ativos não financeiros’ incluem o ganho decorrente da venda de 100% das ações da empresa da Rosa dos Ventos Geração e Comercialização de Energia, SA pelo valor total Real (Brasil) 70,3milhões à empresa brasileira CPFL. A venda tinha sido acordada entre as partes envolvidas a 18 de junho de 2013.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 113

A 31 de Dezembro de 2014 a Reversão em ‘Outras perdas de imparidade ’ resulta de uma imparidade constituída em exercícios anteriores na Martifer Construções relativa às obras Sostanj (Eslovénia) e Manheim (Alemanha) para o cliente Alstom (vide nota 11).

As rubricas ‘Diferenças de câmbio favoráveis’ estão relacionadas com a ocorrência de variações cambiais em transações não financeiras, essencialmente nas participadas do Grupo fora da zona Euro (vide Nota 1).

No exercício de 2013, a rubrica ‘Outros rendimentos’ incluía o ganho decorrente da concretização, em Novembro de 2013, da alienação pela Martifer Renewables SGPS, do Direito de Opção de Compra que detinha sobre as ações da sociedade MS Participações Societárias, SA ao Banco Santander (Brasil), SA.

Os Ganhos de capital em ativos não financeiros, no exercício de 2013, incluíam o ganho decorrente da concretização, em junho de 2013, da venda pela Martifer Renewables, SGPS, S.A. das ações da Energia Wiatrowa, Sp. Zo.o. Esta venda, acordada em 30 de setembro de 2011, estava sujeita ao cumprimento de alguns termos e condições definidas no acordo, nomeadamente a conclusão do projeto Rymanów, um parque eólico com 13 turbinas, na região de Podkarpackie, que tem sido desenvolvido pela Wiatrowa, as quais se concretizaram em 2013.

6. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS O custo das mercadorias dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 pode ser analisado como se segue:

ANO 2013 MERCADORIAS

MATÉRIAS-PRIMAS,

SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO

TOTAL

Existências iniciais 4.248.938 5.740.349 9.989.287

Compras 10.322.492 66.780.642 77.103.134

Variações de perímetro, diferenças cambiais, transferências e outros 1.155.019 2.939.252 4.094.271

Existências finais 4.067.430 8.071.479 12.138.909

11.659.019 67.388.764 79.047.783

ANO 2014 MERCADORIAS

MATÉRIAS-PRIMAS,

SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO

TOTAL

Existências iniciais 4.067.430 8.071.479 12.138.909

Compras 9.666.850 44.466.499 54.133.349

Variações de perímetro, diferenças cambiais, transferências e outros (435.246) (387.919) (823.165)

Existências finais 3.276.957 6.843.327 10.120.284

10.022.077 45.306.732 55.328.809

No exercício de 2014 verificou-se uma redução desta rubrica, quando comparado com o mesmo período de 2013, consequência da redução das vendas e da política de redução de stocks.

7. SUBCONTRATOS O valor dos subcontratos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 é o seguinte:

ANO 2014 ANO 2013

Subcontratos 33.997.204 72.546.228

33.997.204 72.546.228

Os subcontratos relacionam-se com subempreitadas das obras realizadas, principalmente no segmento ‘Construção Metálica’ sendo a diminuição desse valor consequência da redução das vendas.

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114 RELATÓRIO E CONTAS 2014

8. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 é a seguinte:

ANO 2014 ANO 2013

Transportes de mercadorias 6.633.487 15.812.225

Trabalhos especializados 10.886.355 11.389.344

Rendas e alugueres 12.272.660 17.197.721

Honorários 1.485.836 2.057.809

Deslocações e estadas 3.996.127 4.942.616

Eletricidade e combustíveis 2.827.055 3.526.562

Seguros 2.308.957 2.834.251

Conservação e reparação 1.563.430 1.525.880

Comunicação 897.904 1.079.316

Vigilância e segurança 892.985 812.467

Contencioso e notariado 183.388 468.663

Comissões 195.971 399.995

Publicidade e propaganda 391.483 196.447

Limpeza, higiene e conforto 544.284 523.654

Ferramentas e utensílios 326.772 728.539

Outros 2.980.819 2.536.552

48.387.513 66.032.041

No geral verificou-se uma diminuição dos fornecimentos e serviços externos fruto da forte redução da atividade em 2014 e do esforço do grupo para a redução dos custos.

A redução de ‘Transporte de mercadorias’ no exercício de 2014 está diretamente relacionado a redução das vendas e com a descentralização da atividade produtiva, no segmento ‘Metallic Construction’ da Península Ibérica para outros mercados, nomeadamente no Brasil e Arabia Saudita, com a consequente redução de custos com transporte marítimo.

Os trabalhos especializados incluem os gastos com serviços de auditoria, consultoria, sistemas de informação, estudos e pareceres destacando-se, no segmento RE Developer, os custos de consultadoria associados à venda da Rosa dos Ventos.

9. GASTOS COM O PESSOAL Os gastos com o pessoal dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 podem ser analisados como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Remunerações 45.335.404 48.510.204

Encargos Sociais 12.816.447 14.627.405

58.151.851 63.137.609

O valor dos encargos sociais respeita, essencialmente, aos custos suportados com a Segurança Social, subsídios de refeição e de doença, com os seguros de acidentes de trabalho e indemnizações.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 115

NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante os exercícios de 2014 e de 2013, o número médio de pessoal ao serviço do Grupo pode ser analisado como se segue:

ANO 2014 ANO 20131)

Administradores 18 21

Outros colaboradores 2.649 2.650

2.667 2.671

Portugueses 1.389 1.518

Portugueses no estrangeiro e estrangeiros 1.278 1.153

2.667 2.671

1)Numa base comparável, isto é, sem Solar (vide Nota 28)

10. OUTROS GASTOS OPERACIONAIS Os outros gastos operacionais dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 são como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Impostos 5.575.851 5.604.135

Perdas de imparidade:

Clientes (Nota 24) 592.161 4.207.879

Outras perdas de imparidade 3.268.582 2.906.567

Perdas em Inventários 81 1.523.895

Perdas capital em ativos não financeiros 9.002.765 271.738

Diferenças de câmbio desfavoráveis 2.305.869 4.410.792

Dívidas incobráveis 263.854 946.980

Multas e penalidades 246.485 518.595

Outros gastos operacionais 2.693.926 3.053.623

Total 23.949.574 23.444.204 A rubrica ‘Outras perdas de imparidade’ inclui imparidade de inventários e imparidade associados a obras em curso no segmento “Construção Metálica.

A rubrica ‘Diferenças de câmbio desfavoráveis’ está relacionada com a ocorrência de variações cambiais em transações não financeiras, essencialmente nas participadas do Grupo fora da zona Euro (vide Nota 1).

A rubrica “Perdas capital em ativos não financeiros” registou um forte aumento devido a alienações de ativos do segmento “Construção Metálica” e a custos com projetos eólicos do segmento “RE Devolper” que foram descontinuados no Brasil.

11. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE EM ATIVOS As provisões e as perdas de imparidade dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 são como se segue:

ANO 2014 ANO 2013 Perdas de imparidade

Goodwill (Nota 17) - 4.658.577 Em ativos intangíveis (Nota 18) - 573.641 Em investimentos financeiro 3.992 - Em ativos fixos tangíveis (Nota 19) 2.053.179 17.982.468

2.057.171 23.214.686 Provisões (Nota 33)

Aplicação da equivalência patrimonial 511.790 683.335 Garantias de qualidade (63.456) 148.859 Processos judiciais em curso 8.584.261 1.708.355 Contratos onerosos 26.744.094 - Outras 797.176 2.543.611

36.573.865 5.084.160

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116 RELATÓRIO E CONTAS 2014

No ano 2014 as ‘Provisões para contratos onerosos’ dizem respeito essencialmente a responsabilidades estimadas associadas a possíveis obrigações contratuais na atividade operacional do segmento ‘Construção Metálica’, constituídas ao longo do ano e na sua maioria ainda realizadas em 2014.

O reforço das provisões para Processos judiciais em curso, resulta essencialmente, da constituição de uma provisão na Martifer Construções relativa a uma indemnização a pagar à Alstom no âmbito dos processos Sostanj (Eslovénia) e Manheim (Alemanha). Esta indemnização foi entretanto acordada e paga em 2014.

12. RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 podem ser analisados como se segue:

RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS ANO 2014 ANO 2013

Empréstimos e contas a receber (incluindo depósitos bancários)

- Juros obtidos 1.323.391 2.574.506

Ativos financeiros disponíveis para venda

- Ganhos na alienação de ativos financeiros (99.225) 17.411.096

Outros proveitos e ganhos financeiros relativos a outros ativos financeiros

- Diferenças de câmbio favoráveis 3.018.807 1.700.136

- Outros rendimentos e ganhos financeiros 4.874.432 737.656

9.117.405 22.423.394

GASTOS E PERDAS FINANCEIRAS ANO 2014 ANO 2013

Empréstimos e contas a pagar

- Juros suportados em empréstimos bancários e em operações de locação financeira 22.703.297 22.505.952

- Encargos financeiros incluídos no custo de aquisição de ativos em construção

Ativos financeiros disponíveis para venda

- Perdas na alienação de ativos financeiros - 515.479

Outros custos e perdas financeiros relativos a outros passivos financeiros

- Diferenças de câmbio desfavoráveis 2.188.076 3.257.262

- Outros gastos e perdas financeiros 4.804.692 5.392.468

29.696.065 31.671.162

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, os ‘Ganhos na alienação de ativos financeiros’ incluíam o ganho decorrente da alienação, em julho 2013, de parte da participação social detida na PRIO ENERGY SGPS, S.A. ao fundo representado pela sociedade gestora OXY CAPITAL – SOCIEDADE DE CAPITAL DE RISCO, S.A. reduzindo a participação do Grupo de 49% para 10%. Esta operação foi objeto de aprovação pela Autoridade da Concorrência em Setembro de 2013.

No final do 1º semestre de 2014, e nos termos do contrato celebrado em 2013, a Martifer SGPS reduziu a sua participação social na Prio Energy SGPS para 5%, não tendo esta redução qualquer impacto nos resultados de 2014.

As rubricas ‘Diferenças de câmbio favoráveis / (desfavoráveis)’ estão relacionadas com a ocorrência de variações cambiais, essencialmente nas participadas do Grupo fora da zona Euro (vide Nota 1).

Os ‘Outros rendimentos e ganhos financeiros’ em 2014 respeitam sobretudo ao acordo celebrado em Novembro entre Martifer SGPS e o Barclays referente ao Contrato de Organização, Colocação, Registo e Garantia de Subscrição de Papel Comercial do qual resultou um perdão de divida no valor de Euro 4,25 milhões.

Os ‘Outros gastos e perdas financeiros’ respeitam sobretudo a custos com comissões bancárias.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 117

13. GANHOS / (PERDAS) EM EMPRESAS ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Os ganhos e as perdas em empresas associadas e empresas conjuntamente controladas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 podem ser analisados como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Grupo Nutre 1.364.038 (26.648.990)

Grupo Prio Energy (171.551) 1.564.948

SPEE 2 – Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A. 482.476 294.712

SPEE 3 – Parque Eólico do Baião, S.A. 202.079 169.754

Eviva Gizalki Sp. Zo.o (234.968) -

Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda. (120.260) (65.976)

Liskin Green Park (28.495) (283.855)

Martifer Amal (212.198) (143.904)

Martimetal Spa (106.202) -

Outras participações em associadas (2.104) (411)

1.172.815 (25.113.721)

O ganho relativo ao Grupo Nutre decorreu essencialmente da cedência de prestações suplementares em 2014 no valor de Euro 1,5 milhões.

O detalhe dos investimento financeiros consta da Nota 21.

14. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO O detalhe dos ativos e passivos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 pode ser analisado da seguinte forma:

ANO 2014 ANO 2013

DIFERENÇAS TEMPORÁVEIS DEDUTÍVEIS BASE IMPOSTO DIFERIDO BASE IMPOSTO DIFERIDO

Com impacto em resultado líquido

Provisões não aceites fiscalmente 122.377 41.608 11.358.995 2.941.771

Prejuízos fiscais 17.641.521 4.556.170 33.532.693 11.204.142

Outros 775.607 84.482 1.075.555 132.764

Total 18.539.505 4.682.260 45.967.243 14.278.676

Com impacto em capital próprio

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados - - 164.254 43.527

Outros 252.863 37.929 241.469 37.929

Total 252.863 37.929 405.723 81.457

18.792.368 4.720.190 46.372.966 14.360.132 ANO 2014 ANO 2013

DIFERENÇAS TEMPORÁVEIS TRIBUTÁVEIS BASE IMPOSTO DIFERIDO BASE IMPOSTO DIFERIDO

Com impacto em resultado líquido

Diferença entre o custo e o justo valor 1.197.918 317.448 1.197.918 317.448

Diferimento de tributação de mais valia (450.750) (119.449) 586.846 100.318

Acréscimo de rendimentos não tributados 294.452 78.030 3.108.054 423.885

Outros 17.639 3.351 - -

Total 1.059.259 279.381 4.892.818 841.652

Com impacto em capital próprio

Justo valor na aquisição de subsidiárias 3.260.832 619.558 3.260.832 619.558

Outros 140.510 31.557 148.979 33.459

Total 3.401.343 651.115 3.409.812 653.018

4.460.602 930.496 8.302.629 1.494.669

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118 RELATÓRIO E CONTAS 2014

A variação dos impostos diferidos ativos de provisões não aceites fiscalmente resulta fundamentalmente da anulação de impostos diferidos no segmento RE Developer em Espanha.

A redução dos impostos diferidos ativos por prejuízos fiscais decorre essencialmente da anulação dos impostos diferidos no segmento Solar nos Estados Unidos da América incluído em “Resultado atribuível às atividades descontinuadas” (vide Nota 28).

A distribuição dos impostos diferidos por geografia pode ser apresentada como se segue:

ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Portugal 2.116.635 2.253.870 927.145 1.223.482

Espanha 2.056.022 4.189.069 - -

Brasil 41.608 - - -

Canadá 267.760 - -

Polónia - - 3.351 -

Roménia 444.488 445.662 - -

Eslováquia - 433 - -

Itália - 42.000 - 233.816

EUA 61.437 7.161.338 - 37.371

4.720.190 14.360.132 930.496 1.494.669

Do montante de impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais, registados a 31 de dezembro de 2014, que totaliza Euro 4.556.170, cerca de 45% foram gerados em Portugal e têm caducidade até 2015. O Grupo reconheceu estes valores de impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais com base nas projeções elaboradas para os respetivos negócios, que demonstram que serão realizados lucros fiscais futuros que assegurem a sua recuperabilidade.

A redução dos ativos e passivos por impostos diferidos deve-se essencialmente à classificação do segmento “Solar” para ativos não correntes detidos para venda (vide Nota 28).De acordo com as declarações fiscais e estimativas de imposto sobre o rendimento das empresas que registam ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais, em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, utilizando para o efeito as taxas de imposto naquela data, os mesmos eram reportáveis como segue:

31 DE DEZEMBRO DE 2014 31 DE DEZEMBRO DE 2013

CADUCIDADE PREJUÍZO FISCAL ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS PREJUÍZO FISCAL ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

2014 - - 395.472 104.629

2015 393.193 104.196 - -

2016 6.436.793 1.638.744 6.076.302 1.610.220

2017 3.958.129 757.208 2.785.385 445.662

2018 - - 353.118 107.127

2019 - - - -

2020 1.687.494 506.247 1.452.384 435.714

2021 3.373.785 849.055 3.373.785 849.055

2022 369.254 110.775 403.657 121.096

2024 1.422.872 589.946 329.473 101.539

2025 - - - -

2026 - - - -

2027 - - 6.175.168 2.470.067

2028 - - 11.168.439 4.691.273

2032 - - 265.565 70.375

2033 - - 753.946 197.385

17.641.521 4.556.170 33.532.693 11.204.142

Em 31 de dezembro de 2014, os ativos e passivos por impostos diferidos ascendiam a Euro 4.720.190 e Euro 930.496, respetivamente (2013: Euro 14.360.132 e Euro 1.494.669, respetivamente), sendo o efeito na demonstração dos resultados negativo de Euro 1.681.071 (2013 numa base comparável, isto é, sem Solar: efeito positivo de Euro 2.187.032).

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 119

Em 2014 foram anulados os impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais que, com base nas projeções elaboradas para os respetivos negócios, apresentaram riscos de recuperabilidade. Salienta-se o valor dos impostos diferidos no segmento Solar referentes à atividade nos Estados Unidos da América incluído em “Resultado atribuível às atividades descontinuadas” (vide nota 28).

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, face à legislação fiscal em vigor em Portugal no que concerne à tributação de dividendos, as diferenças temporárias relativas a resultados apropriados de subsidiárias, associadas e participadas para as quais não foram registados passivos por impostos diferidos não são materialmente relevantes para as demonstrações financeiras anexas.

A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Imposto corrente 3.183.186 1.413.798

Impostos diferidos relativos ao reconhecimento de diferenças temporárias (95.748) (686.199)

Impostos diferidos relativos à anulação de diferenças temporárias 2.541.671 (580.912)

Efeito das alterações nas taxas de imposto (26.141) (26.574)

Registo de ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis (591.826) 3.634.167

Outros (146.886) (153.451)

Imposto diferido 1.681.071 2.187.032

Imposto do exercício 4.864.257 3.600.830

Em 31 de dezembro de 2014, a reconciliação entre a taxa nominal e efetiva de imposto é como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Resultado antes de impostos (66.666.188) (61.242.094)

Imposto nominal sobre o rendimento (taxa nominal de 24,5% (2014) e 26,5% (2013)) (16.333.216) (16.229.155)

Resultados isentos de tributação:

Alienação de investimentos financeiros (2.321.616) (966.875)

Custos não dedutíveis para efeitos fiscais:

Amortizações de reavaliações de imobilizado - -

Imparidades de Ativos 504.007 6.151.892

Outros 713.451 1.343.271

Resultados em associadas em equivalência patrimonial (287.340) 6.655.136

Utilização de benefícios fiscais (274.222) 48.093

Prejuízos fiscais gerados no exercício para os quais não foi reconhecido imposto diferido ativo 16.973.761 2.170.732

Anulação de ativos por impostos diferidos no exercício 2.541.671 (580.911)

Taxas de imposto diferenciadas 3.352.954 4.511.520

Excesso/ Insuficiência de estimativa de imposto 55.423 99.981

Outros ajustamentos (60.616) 397.146

Imposto efetivo sobre o rendimento 4.864.257 3.600.830

No exercício fiscal de 2014, a Martifer SGPS, S.A. e as suas empresas participadas portuguesas encontram-se sujeitas a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa normal de 23%, acrescida de derrama municipal à taxa máxima de 1,5% incidente sobre o lucro tributável.

Adicionalmente, sobre a parte do lucro tributável superior a Euro 1.500.000 sujeito e não isento de IRC incidem as seguintes taxas de derrama estadual: 3% sobre a parte superior a Euro 1.500.000 e inferior a Euro 7.500.000 ; 5% sobre a parte superior a Euro 7.500.000 e até Euro 35.000.000; e 7% que incide sobre a parte do lucro tributável que exceda Euro 35.000.000.

Nos termos do artigo 88.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, as sociedades portuguesas encontram-se, adicionalmente, sujeitas a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no referenciado normativo.

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120 RELATÓRIO E CONTAS 2014

No exercício de 2011, a Martifer SGPS, S.A. optou pela aplicação do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS), do qual fazem parte as empresas portuguesas em que detém, direta ou indiretamente, pelo menos 75% do seu capital e que cumprem simultaneamente com as restantes condições definidas por aquele regime.

As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação do Grupo Martifer, são tributadas individualmente, com base nas respetivas matérias coletáveis e às taxas de imposto aplicáveis.

Em resultado da alteração da taxa de IRC para 2015, decretada em 31 de dezembro de 2014, os impostos diferidos em Portugal foram calculados com base na taxa de 21%.

Os resultados gerados em subsidiárias estrangeiras são tributados às taxas de imposto sobre o rendimento local, nomeadamente, os resultados gerados em Espanha, Polónia, Roménia, França, Itália, Bélgica, Estados Unidos da América, Brasil e Reino Unido são tributados, respetivamente a 28%, 19%, 16%, 34,43%, 27,5%, 33,99%, 35%, 16,5% e 21%.

Mais se informa que o Estado Polaco atribuiu à Martifer Polska uma isenção fiscal de Impostos sobre lucros durante 19 anos. No entanto, uma vez que o benefício fiscal está diretamente correlacionado com o valor dos lucros tributáveis futuros, não é possível quantificar o montante futuro de tal benefício, pelo que o mesmo não foi alvo de registo.

De acordo com a legislação portuguesa em vigor, as declarações fiscais das sociedades portuguesas estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social), exceto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos poderão ser alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2011 a 2014, poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

Conforme corroborado pelos nossos advogados, não existem ativos ou passivos materiais associados a contingências fiscais prováveis ou possíveis ou a liquidações adicionais recebidas das Autoridades Fiscais que devessem ser alvo de divulgação no Anexo às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2013 e 2014.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, o saldo do imposto sobre o rendimento a receber e a pagar, pode ser demonstrado como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Impostos sobre o rendimento- Ativo 744.905 1.779.777

Impostos sobre o rendimento- Passivo - (3.278.785)

744.905 (1.499.008)

15. DIVIDENDOS Em 2014 e 2013 não foram distribuídos dividendos.

16. RESULTADOS POR AÇÃO A Martifer SGPS emitiu apenas ações ordinárias, pelo que não existem direitos especiais de dividendo ou voto.

A Martifer tem apenas um tipo de potenciais ações ordinárias dilutivas: as opções sobre ações. Para efeitos de cálculo do resultado por ação diluído é necessário determinar se estas opções, independentemente de poderem ou não ser exercidas, têm efeito de diluição, o que ocorre quando o preço de exercício da opção é inferior ao preço de mercado das ações.

Na medida em que o preço médio de mercado das ações da Martifer, no período compreendido entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2014, se situou no Euro 0,69, inferior ao preço de exercício das opções (Euro 3,84), as mesmas consideram-se não dilutivas porque o seu exercício daria lugar a uma redução do número de ações ordinárias em circulação.

Assim, em 31 de dezembro de 2014 não existe diferença entre o cálculo dos resultados por ação básicos e o cálculo dos resultados por ação diluídos. O capital social da Martifer SGPS SA é representado por 100.000.000 de ações ordinárias, totalmente subscritas e realizadas, representativas de um capital social de Euro 50.000.000.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 121

O número médio ponderado de ações em circulação encontra-se deduzido de 2.215.910 ações correspondente ao volume de ações próprias adquiridas pela Martifer SGPS.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, o cálculo do resultado por ação básico e diluído pode ser demonstrado como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Resultado líquido do exercício (I) (93.535.824) (68.961.164)

Número médio ponderado de ações em circulação (II) 97.784.090 97.784.090

Resultado por ação básico e diluído (I) / (II) (0,9566) (0,7052)

das unidades operacionais em continuação (0,6422) (0,6618)

dos ativos detidos para venda (0,3144) (0,0435)

17. GOODWILL O movimento ocorrido na rubrica de ‘Goodwill’ nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 é como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Valor bruto

Saldo Inicial 17.568.009 19.043.523

Aquisições 329.311 -

Alienação (359.777) (749.278)

Atualização cambial (16.145) (726.236)

Anulação das diferenças de consolidação totalmente perdidas - -

Reclassificação para ativo não corrente detido para venda (nota 28) (1.882.146) -

Saldo final 15.639.252 17.568.009 Perdas de imparidade acumuladas

Saldo inicial 4.658.577 95.555

Perdas de imparidade do exercício (nota 11) - 4.658.577

Alienação - (95.555)

Anulação das diferenças de consolidação totalmente perdidas - -

Saldo final 4.658.577 4.658.577 Valor líquido no início do ano 12.909.432 18.947.968 Valor líquido no final do ano 10.980.675 12.909.432

O detalhe do ‘Goodwill’, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, pode ser analisado como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

VALOR BRUTO IMPARIDADES ACUMULADAS VALOR LÍQUIDO VALOR LÍQUIDO

Martifer Construções 5.448.792 - 5.448.792 5.448.792

Sassall Aluminium 4.658.577 (4.658.577) - -

Martifer Metallic Constructions 3.898.809 - 3.898.809 3.898.809

Navalria 1.618.675 - 1.618.675 1.618.675

Martifer Solar (nota 28) - - - 1.493.776

Martifer Solar USA (nota 28) - - - 359.777

Martifer Solar Hellas (nota 28) - - - 72.205

MGI 8.373 - 8.373 8.373

Martifer GmbH 6.026 - 6.026 6.026

M PRIME GMBH - - - 3.000

Total das atividades continuadas 15.639.252 (4.658.577) 10.980.675 12.909.432

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122 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O processo de apuramento do justo valor dos ativos e passivos obtidos nas aquisições, bem como o apuramento definitivo do valor do Goodwill, foi realizado com base nas demonstrações financeiras das empresas adquiridas à data da respetiva aquisição.

O Grupo tem por procedimento efetuar testes anuais de imparidade ao Goodwill, no final de cada exercício, tal como definido na secção ‘Principais critérios valorimétricos’.

Para efeitos da análise de imparidade, o Goodwill foi distribuído pelas unidades geradoras de caixa que se espera que beneficiem das sinergias da concentração de atividades empresariais, dentro de cada segmento operacional. A quantia recuperável de cada uma das unidades geradoras de caixa foi determinada com base no valor de uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados, tendo por base business plans desenvolvidos pelos responsáveis das empresas e devidamente aprovados pelo Conselho de Administração do Grupo e utilizando taxas de desconto que variam de acordo com os riscos inerentes aos diversos negócios.

Em 31 de dezembro de 2014, os métodos e pressupostos utilizados na aferição da existência, ou não, de imparidade, para os principais valores de Goodwill registados por cada um dos segmentos nas demonstrações financeiras anexas, foram como se segue:

CONSTRUÇÃO METÁLICA

MARTIFER CONSTRUÇÕES

MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS NAVALRIA

Goodwill 5.448.792 3.898.809 1.618.675

Período utilizado Projeções de cash flows para 5 anos

Projeções de cash flows para 5 anos

Projeções de cash flows para 5 anos

Taxa de crescimento (g) 1 2,00% 2,00% 1,00%

Taxa de crescimento média do Volume de Negocio nos 5 anos 2 13% 18% -1%

Taxa de desconto utilizada 3 7,37% 7,37% 8,48%

1 Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan 2 Taxa de crescimento média estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração

efetuadas com base no seu melhor conhecimento à data de aprovação das Demonstrações financeiras 3 Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados

O Conselho de Administração, suportado no valor dos fluxos de caixa previsionais das unidades geradoras de caixa deste segmento, descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu que, em 31 de dezembro de 2014, o valor contabilístico dos ativos líquidos, incluindo o Goodwill, não excede o seu valor recuperável.

As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nas expetativas de melhoria de eficiência. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável teria os impactos constantes do quadro abaixo:

MARTIFER CONSTRUÇÕES:

Martifer Construções

Aumento da WACC em

1,0 p.p.

Redução da WACC em

1,0 p.p.

Var. VN +5,0 p.p. (1)

Var. VN -5,0 p.p.

(1)

Aumento da margem EBITDA/Volume de

negócios em 0,5 p.p. (2)

Redução da margem EBITDA/Volume de

negócios em 0,5 p.p. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 7,37% 8,37% 6,37% 7,37% 7,37% 7,37% 7,37%

CAGR volume de negócios [2014 ; 2019] (3) 12,67% 12,67% 12,67% 17,67% 7,67% 12,67% 12,67%

Margem média EBITDA / Volume de negócios [2014 ; 2019]

5,99% 5,99% 5,99% 5,99% 5,99% 6,49% 5,49%

Valor líquido contabilístico 5.449 5.449 5.449 5.449 5.449 5.449 5.449

Valor recuperável total 10.577 (1.034) 27.347 24.944 (9.692) 19.156 4.024

Impacto estimado 5.128 (5.449) 21.898 19.495 (5.449) 13.707 (1.425)

Conclusões da análise de sensibilidade

Sem imparidade Imparidade Sem

imparidade Sem

imparidade Imparidade Sem imparidade Imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 5p.p. (2014=100%), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 123

MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS:

MMC Aumento da

WACC em 1,0 p.p.

Redução da WACC em 1,0

p.p.

Var. VN +5,0 p.p. (1)

Var. VN -5,0 p.p.

(1)

Aumento da margem

EBITDA/Volume de negócios em

0,5 p.p. (2)

Redução da margem

EBITDA/Volume de

negócios em 0,5 p.p.

(2) Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 7,37% 8,37% 6,37% 7,37% 7,37% 7,37% 7,37%

CAGR volume de negócios [2014 ; 2019] (3) 18,3% 18,3% 18,3% 23,3% 13,3% 18,3% 18,3%

Margem média EBITDA / Volume de negócios [2014 ; 2019] 5,83% 5,83% 5,83% 5,83% 5,83% 6,3% 5,3%

Valor líquido contabilístico 3.899 3.899 3.899 3.899 3.899 3.899 3.899

Valor recuperável total 41.849 16.328 79.110 99.546 (29.846) 62.768 6.289

Impacto estimado 37.950 12.430 75.211 95.648 (3.899) 58.869 2.390

Conclusões da análise de sensibilidade Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade Imparidade Sem imparidade Sem

imparidade (1) Variação anual do volume de negócios em 5p.p. (2014=100%), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas

NAVALRIA:

Navalria Aumento da

WACC em 1,0 p.p.

Redução da WACC em 1,0

p.p.

Var. VN +0,5 p.p. (1)

Var. VN -0,5 p.p. (1)

Aumento da margem

EBITDA/Volume de negócios em

0,5 p.p. (2)

Redução da margem

EBITDA/Volume de negócios em

0,5 p.p. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 8,48% 9,48% 7,48% 8,48% 8,48% 8,48% 8,48%

CAGR volume de negócios [2014 ; 2019] (3) -0,81% -0,81% -0,81% -0,31% -1,31% -0,81% -0,81%

Margem média EBITDA / Volume de negócios [2014 ; 2019] 20,86% 20,86% 20,86% 20,86% 20,86% 21,36% 20,36%

Valor líquido contabilístico 1.619 1.619 1.619 1.619 1.619 1.619 1.619

Valor recuperável total 2.308 1.462 3.417 2.691 2.342 2.571 2.189

Impacto estimado 689 (157) 1.799 1.072 723 953 570

Conclusões da análise de sensibilidade

Sem imparidade Imparidade Sem

imparidade Sem

imparidade Sem

Imparidade Sem

imparidade Sem

Imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 0,5p.p. (2014=100%), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas

18. ATIVOS INTANGÍVEIS Esta rubrica é analisada como segue:

ANO 2014 ANO 2013

Valor bruto, deduzido de imparidades:

Software e outros direitos 18.687.921 19.447.719

Ativos intangíveis em curso 127.117 1.198.497

18.815.038 20.646.216

Amortizações acumuladas:

Software e outros direitos 14.487.566 13.142.744

Ativos intangíveis em curso

Adiantamentos por conta de ativos intangíveis

14.487.566 13.142.744

Valor líquido 4.327.472 7.503.472

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124 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O valor registado en Software e outros direitos relaciona-se essencialmente com programas informáticos adquiridos pelas empresas do Grupo.

A informação relativa aos valores brutos do ativo intangível, deduzidos de perdas de imparidade, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 pode ser analisada como se segue:

ANO 2013 SOFTWARE E OUTROS DIREITOS

ATIVOS INTANGÍVEIS EM

CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE ATIVOS

INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2013 26.145.255 24.119.844 99.623 50.364.722 Aumentos 266.038 296.203 - 562.241

Alienações e abates (4.570.620) (1.872.100) - (6.442.720)

Diferenças cambiais (466.238) (508.448) (4.313) (978.999)

Variação de perímetro (1.940.517) (698.191) - (2.638.708)

Perdas imparidade (nota 11) (573.641) - - (573.641)

Transferências e outros movimentos 587.442 (20.138.811) (95.310) (19.646.679) Saldo final 31 dezembro 2013 19.447.719 1.198.497 - 20.646.216

ANO 2014 SOFTWARE E

OUTROS DIREITOS

ATIVOS INTANGÍVEIS EM

CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE ATIVOS

INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2014 19.447.719 1.198.497 - 20.646.216

Reclassificação para ativo não corrente detido para venda (nota 28) (448.746) (967.150) - (1.415.896)

Aumentos 70.213 58.658 - 128.871

Alienações e abates (636.924) - - (636.924)

Diferenças cambiais 49.248 2.651 - 51.899

Transferências e outros movimentos 206.411 (165.540) - 40.871 Saldo final 31 dezembro 2014 18.687.921 127.116 - 18.815.038

No exercício de 2013, o valor em alienações refere-se essencialmente à venda de licenças de exploração em Portugal, no segmento ‘Solar’, no valor de Euro 6,4 milhões.

A informação relativa aos valores das amortizações acumuladas do ativo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 pode ser analisada como se segue:

ANO 2013 SOFTWARE E

OUTROS DIREITOS

ATIVOS INTANGÍVEIS

EM CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE

ATIVOS INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2013 10.922.850 - - 10.922.850 Aumentos 2.293.943 - - 2.293.943

Alienações e abates (18.462) - - (18.462) Diferenças cambiais (17.327) - - (17.327)

Variação de perímetro (16.230) - - (16.230)

Transferências e outros movimentos (22.029) - - (22.029) Saldo final 31 dezembro 2013 13.142.745 - - 13.142.745

ANO 2014 SOFTWARE E

OUTROS DIREITOS

ATIVOS INTANGÍVEIS EM

CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE

ATIVOS INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2014 13.142.745 - - 13.142.745

Reclassificação para ativo não corrente detido para venda (nota 28) (384.741) - - (384.741)

Aumentos 1.876.474 - - 1.876.474

Alienações e abates (168.199) - - (168.199)

Diferenças cambiais 2.889 - - 2.889

Transferências e outros movimentos 18.397 - - 18.397

Saldo final 31 dezembro 2014 14.487.565 - - 14.487.565

Valor líquido: 31 de dezembro de 2013 6.304.974 1.198.497 - 7.503.472 31 de dezembro de 2014 4.200.356 127.116 - 4.327.472

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 125

19. ATIVOS TANGÍVEIS Esta rubrica é analisada como segue:

ANO 2014 ANO 2013

Valor bruto, deduzido de imparidades:

Terrenos e edifícios 85.294.132 102.774.904

Equipamentos 100.487.147 125.126.472

Ativos fixos tangíveis em curso 15.049.013 12.988.029

Outros ativos fixos tangíveis 49.280.291 54.281.804

250.110.583 295.171.209 Amortizações acumuladas:

Terrenos e edifícios 20.957.152 19.542.256

Equipamentos 46.238.960 50.836.319

Outros ativos fixos tangíveis 16.499.311 15.247.837

83.695.423 85.626.413 Valor líquido 166.415.160 209.544.798

A informação relativa aos valores brutos de terrenos e edifícios, equipamentos, ativos fixos tangíveis em curso e de outros ativos fixos tangíveis, deduzidos de perdas de imparidade acumuladas, para os exercícios findos em 2014 e 2013 pode ser analisada como se segue:

ANO 2013 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOS

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS EM

CURSO

OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2013 91.325.592 105.292.661 97.542.317 62.614.240 356.774.810

Reclassificação para ativos detidos para venda (2.822.470) (16.217.256) (165.113)

(1.901.942) (21.106.781)

Aumentos 407.685 1.776.531 5.874.600 1.286.853 9.345.669 Alienações e abates (149.220) (6.137.172) (129.910) (222.810) (6.639.112) Abates - - Reavaliações - 42.687 42.687 Diferenças cambiais (3.735.213) (4.305.947) (2.204.405) (455.067) (10.700.632) Variação de perímetro 8.835.062 - (6.591.847) 42.687 2.285.902 Imparidades (Nota 11) - (25.000) (10.464.242) (7.493.226) (17.982.468) Transferências e outros movimentos 8.913.471 44.742.653 (70.873.371) 453.756 (16.763.491) Saldo final 31 dezembro 2013 102.774.906 125.126.470 12.988.029 54.367.178 295.256.583

ANO 2014 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOS

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS EM

CURSO

OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2014 102.774.906 125.126.470 12.988.029 54.281.804 295.171.209

Transferência para ativos detidos para venda (10.600.418) (14.618.301) (4.100.050) (5.223.749) (34.542.518)

Aumentos 133.708 1.624.652 13.079.736 42.764 14.880.860

Alienações e abates (15.953.853) (3.987.325) (2.069.800) 127.134 (21.883.844)

Diferenças cambiais 135.550 368.933 (98.007) 7.744 414.220

Variação de perímetro 415.276 (11.845.539) 8.225.339 42.687 (3.162.237)

Imparidades (Nota 11) (1.408.318) - (644.861) - (2.053.179)

Transferências e outros movimentos 9.797.281 3.818.257 (12.331.373) 1.907 1.286.072

Saldo final 31 dezembro 2014 85.294.132 100.487.147 15.049.013 49.280.291 250.110.583

O montante investido em ativos fixos tangíveis no exercício de 2014, foi essencialmente aplicado em infraestruturas dando continuidade à estratégia de internacionalização, pelo segmento Construção Metálica. As alienações e abates respeitam essencialmente as vendas de edifícios e equipamentos no segmento da Construção Metálica, e pelo segmento RE Developer (Euro 1,7 milhões).

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126 RELATÓRIO E CONTAS 2014

A informação relativa aos valores das depreciações acumuladas de terrenos e edifícios, equipamentos, ativos fixos tangíveis em curso e de outros ativos fixos tangíveis para os exercícios findos em 2014 e 2013 pode ser analisada como se segue:

ANO 2013 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOS

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS EM

CURSO

OUTROS ATIVOS FIXOS

TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 de janeiro 2013 17.935.741 52.821.114 - 12.650.431 83.407.286 Reclassificação para ativo não corrente detido para venda

(nota 28) (1.607.539) (4.692.085) - (221.041) (6.520.664)

Aumentos 3.462.175 8.044.628 - 3.242.666 14.749.469

Alienações e abates (59.910) (5.374.903) - (67.528) (5.502.341)

Diferenças cambiais (233.937) (1.345.858) - (66.980) (1.646.775)

Variação de perímetro 14.987 (3.241) 2.616 14.362

Transferências e outros movimentos 30.739 1.386.663 - (292.327) 1.125.075 Saldo final 31 dezembro 2013 19.542.256 50.836.318 - 15.247.837 85.626.412

ANO 2014 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOS

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS EM

CURSO

OUTROS ATIVOS FIXOS

TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2014 19.542.256 50.836.318 - 15.247.837 85.626.412 Reclassificação para ativo não corrente detido para venda

(nota 28) (1.699.554) (8.579.315) (1.009.295) (11.288.164)

Aumentos 3.463.558 6.840.260 - 2.259.030 12.562.848

Alienações e abates (454.373) (2.918.943) - (1.482) (3.374.798)

Diferenças cambiais 105.264 151.638 - 3.221 260.123

Variação de perímetro - 22 - - 22

Transferências e outros movimentos - (91.019) - - (91.019)

Saldo final 31 dezembro 2014 20.957.151 46.238.961 - 16.499.311 83.695.423 Valor líquido: 31 de dezembro de 2013 83.232.650 74.290.151 12.988.029 39.033.967 209.544.798 31 de dezembro de 2014 64.336.981 54.248.186 15.049.013 32.780.980 166.415.160

Os critérios valorimétricos adotados e as taxas de depreciação utilizadas estão referidos nas alíneas iv) e v) dos principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas, na Nota 1 ‘Políticas Contabilísticas’.

O custo de aquisição das Imobilizações corpóreas detidas pelo Grupo no âmbito de contratos de locação financeira, em 31 de dezembro de 2014 ascendia a Euro 31.299.257, sendo o seu valor líquido contabilístico, nessa data, de Euro 24.260.626.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, exceto para os bens adquiridos em regime de locação financeira, em regime de Project Finance e para os bens mencionados na Nota 38, não existiam outros ativos fixos tangíveis que se encontrassem penhorados ou hipotecados a instituições financeiras como garantia de empréstimos obtidos pelo Grupo.

Durante o ano, o Grupo estimou a quantia recuperável de alguns ativos fixos tangíveis tendo em conta fatores internos e externos que indicavam que os mesmos poderiam estar contabilizados por um valor superior à sua quantia recuperável.

A aferição da existência de imparidade para os ativos fixos tangíveis e intangíveis do Grupo foi efetuada tendo por base os business plans das diversas empresas cujos pressupostos se encontram detalhados abaixo.

RE DEVELOPER

ESPANHA ROMÉNIA

Ativos fixos tangíveis 31.683.860 52.025.494

Período utilizado 20 anos 25 anos

Taxa de crescimento (g) (1) 0,0% 0,0%

Taxa de crescimento média do Volume de Negocio (2) (2,20)% 33,4%

Taxa de desconto utilizada (3) 6,6% 6,5%

(1) Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan (2) Taxa de crescimento média estimada com base no business plan da empresa tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração

efetuadas (3) Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 127

As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nas expetativas de melhoria de eficiência. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável teria os impactos constantes do quadro abaixo:

ESPANHA:

Aumento da WACC em 1,0

p.p.

Redução da WACC em 1,0

p.p.

Var. VN +1,0 p.p. (1)

Var. VN -1,0 p.p. (1)

Aumento da margem

EBITDA/Volume de negócios em

0,5 p.p. (2)

Redução da margem EBITDA/Volume de negócios em 0,5 p.p. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 6,60% 7,60% 5,60% 6,60% 6,60% 6,60% 6,60%

CAGR volume de negócios [2014 ; 2019] (3) (0,78%) (0,78%) (0,78%) 0,22% (1,78%) (0,78%) (0,78%)

Margem média EBITDA / Volume de negócios [2014 ; 2019]

79,35% 79,35% 79,35% 79,35% 79,35% 78,85% 78,85%

Valor líquido contabilístico 31.684 31.684 31.684 31.684 31.684 31.684 31.684

Valor recuperável total 31.877 30.148 33.773 33.724 30.174 32.044 31.709

Impacto estimado 193 (1.536) 2.089 2.041 (1.510) 361 26 Conclusões da análise de sensibilidade Sem imparidade Imparidade Sem imparidade Sem imparidade Imparidade Sem imparidade Sem imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 1p.p. (2014=100%), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração

efetuadas

ROMÉNIA:

Aumento da WACC em 1,0

p.p.

Redução da WACC em 1,0

p.p.

Var. VN +1,0 p.p. (1)

Var. VN -1,0 p.p. (1)

Aumento da margem

EBITDA/Volume de negócios em

0,5 p.p. (2)

Redução da margem EBITDA/Volume de negócios em 0,5 p.p. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 6,50% 7,50% 5,50% 6,50% 6,50% 6,50% 6,50%

CAGR volume de negócios [2014 ; 2019] (3) 4,30% 4,30% 4,30% 5,30% 3,30% 4,30% 4,30%

Margem média EBITDA / Volume de negócios [2014 ; 2019]

64,65% 64,65% 64,65% 64,65% 64,65% 65,66% 64,14%

Valor líquido contabilístico 52.025 52.025 52.025 52.025 52.025 52.025 52.025

Valor recuperável total 52.025 48.124 56.430 57.121 47.500 52.365 51.686

Impacto estimado - (3.902) 4.405 5.096 (4.526) 339 (339) Conclusões da análise de sensibilidade Sem imparidade Imparidade Sem imparidade Sem imparidade Imparidade Sem imparidade Imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 1p.p (2014=100%), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração

efetuadas

No período foram reconhecidas imparidades para a totalidade dos ativos Oborniki no valor total de Euro 576.625,40 detidos na Polónia, por haver risco de não desenvolvimento face as atuais condicionantes económicas envolventes a estes projetos

CONSTRUÇÃO METÁLICA

MARTIFER CONSTRUÇÕES

Ativos fixos tangíveis 36.177.634

Período utilizado 5 anos

Taxa de crescimento (g) 1 2%

Taxa de crescimento média do Volume de Negocio 5 anos 2 13%

Taxa de desconto utilizada 3 7,37%

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128 RELATÓRIO E CONTAS 2014

As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nas expetativas de melhoria de eficiência. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável não irá originar perdas de imparidade para além das registadas, conforme análise que se segue:

Martifer Construções

Aumento da WACC em 1,0

p.p.

Redução da WACC em 1,0

p.p.

Var. VN +5,0 p.p. (1)

Var. VN -5,0 p.p. (1)

Aumento da margem

EBITDA/Volume de negócios em

0,5 p.p. (2)

Redução da margem EBITDA/Volume de negócios em 0,5 p.p. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 7,37% 8,37% 6,37% 7,37% 7,37% 7,37% 7,37%

CAGR volume de negócios [2014 ; 2019] (3) 12,67% 12,67% 12,67% 17,67% 7,67% 12,67% 12,67%

Margem média EBITDA / Volume de negócios [2014 ; 2019]

5,99% 5,99% 5,99% 5,99% 5,99% 6,49% 5,49%

Valor líquido contabilístico 38.193 38.193 38.193 38.193 38.193 38.193 38.193

Valor recuperável total 47.366 35.755 64.137 61.733 27.097 55.945 40.813

Impacto estimado 9.173 (2.438) 25.944 23.540 (11.096) 17.752 2.620 Conclusões da análise de sensibilidade

Sem imparidade Imparidade Sem

imparidade Sem

imparidade Imparidade Sem imparidade Sem imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 5p.p. (2014=100%), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de

Administração efetuadas

20. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO A rubrica ‘Propriedades de investimento’ respeita às seguintes propriedades detidas pelo Grupo Martifer: Centro Empresarial de Benavente, Armazéns de Albergaria-a-Velha e a unidade fabril de Vagos ,todos destinados ao arrendamento.

Estes ativos encontram-se registados ao valor de mercado de acordo com a avaliação independente efetuada por entidades especializadas, de acordo com os padrões internacionais do ‘RICS Valuation Standards’ (RICS Red Book). O Grupo Martifer efetua avaliações regulares a estes imóveis, sendo as eventuais variações no justo valor registadas em resultados.

O movimento ocorrido nos exercícios de 2014 e 2013 na rubrica de ‘Propriedades de Investimento’ foi como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Saldo inicial 16.195.865 16.206.768

Transferências (nota 24) (1.828.565) -

Variações de justo valor - -

Variações cambiais (10.903)

Reclassificação para ativo não corrente detido para venda (nota 28) - -

Saldo final 14.367.300 16.195.865

O terreno da Aricesti (Roménia) foi reclassificado para a rubrica “Outros devedores” com base no parecer dos advogados que acompanham o processo judicial em curso relativo à reclamação da legítima titularidade, sendo o desfecho mais plausível a restituição do valor de compra à Martifer e o ressarcimento por todos os prejuízos causados.

O quadro abaixo apresenta o valor global das avaliações realizadas no exercício, assim como o valor pelo qual os ativos se encontram registados nas contas do Grupo:

JUSTO VALOR REGISTADO AVALIAÇÃO INDEPENDENTE

Gebox 3.588.000 3.589.000

Mad. Vouga 1.415.300 1.421.000

Benavente 9.364.000 9.391.000

14.367.300 14.401.000

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 129

O rendimento obtido das propriedades de investimento em 2014 foi de Euro 444.992 (Euro 662.819 em 2013), e encontra-se registado na rubrica de ‘Vendas e Prestação de Serviços’.

21. ATIVOS FINANCEIROS EM EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a composição dos valores referentes a ativos financeiros em equivalência patrimonial é como se segue:

% CAPITAL DETIDO

31-12-2013 CAPITAL PRÓPRIO

31-12-2013 RESULTADO

LÍQUIDO 2013 ANO 2013

Prio Energy 10,00% 26.868.069 826.536 2.686.807

SPEE 3 - Parque eólico de Baião, SA 50,00% 999.706 339.507 499.853

SPEE 2 - Parque eólico de Vila Franca de Xira, SA 50,00% 2.096.367 589.424 1.048.183

FTP Solar LLC1) 11,75% 27.904.281 (43.355) 36.287.978

Promoquatro - Investimentos Imobiliários, Lda 50,00% 240.519 (131.952) 120.260

Martifer Amal, S.A. (Portugal) 30,00% 50.000 50.000 15.000

Martifer Amal, S.A. (Moçambique) 35,00% 816.489 (411.155) 285.771

Canaverosa1) 29,61% 278.279 35.233 136.301

Parque Sesena 11) 20,63% 524.434 213.456 196.663

Outras participações 5.254

41.282.069

1) Reclassificado em 2014 para ativo não corrente detido para venda (vide Nota 28)

% CAPITAL DETIDO 31-12-2014

CAPITAL PRÓPRIO 31-12-2014

RESULTADO LÍQUIDO 2014 Ano 2014

Prio Energy 5,00% 30.220.314 1.160.419 1.511.016

Eviva Gizalki 100,00% 3.877.141 (122.779) 3.877.141

Martimetal 49,00% 1.197.688 (216.739) 586.867

SPEE 3 - Parque eólico de Baião, SA 50,00% 1.063.864 404.158 531.932

SPEE 2 - Parque eólico de Vila Franca de Xira, SA 50,00% 2.311.319 964.952 1.155.660

Promoquatro - Investimentos Imobiliários, Lda 50,00% (537.945) (778.465) -

Martifer Amal, S.A. (Portugal) 30,00% (43.050) -

Martifer Amal, S.A. (Moçambique) 35,00% 404.013 (563.423) 141.404

Outras participações - (5.504)

7.798.516

Em 2013 a Martifer Solar, através da sua participada Martifer Silverado Fund I LCC com sede nos Estados Unidos da América (detida em 57,125% pela Martifer Solar Inc.), constituiu, em parceria com a Fir Tree Solar LLC, a sociedade FTP Solar LLC. Na constituição desta nova sociedade, a Martifer Silverado Fund I LCC aportou o seu capital através da entrega de projetos em desenvolvimento detidos por esta sociedade assim como algum do passivo associado (contributo líquido de $22.214.400), enquanto a Fir Tree Solar LLC realizou o capital com entrada em dinheiro (contributo de $37.177.817). As percentagens detidas pela Martifer Silverado Fund I LLC e Fir Tree Solar LLC na sociedade FTP Power LLC eram no final de 2013 de 37,4% e 62,6%, respetivamente.

Por estarem reunidas as condições previstas pela IFRS 10 os projetos transferidos foram avaliados ao justo valor com base na avaliação efetuada pela Novogradac & Company LLP.

Em 2014, esta participação está incluída no valor dos ativos não correntes detidos para venda (nota 28).

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130 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O movimento ocorrido nesta rubrica, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, é como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Saldo inicial 41.282.069 15.680.011

Aquisições - 36.302.978

Aplicação do MEP (728.995) 1.706.974

Reduções de capital - (2.043.840)

Alienações - (10.208.467)

Alterações resultantes da perda de controlo nas subsidiárias 3.877.141 4.900

Diferenças cambiais - (22.387)

Reclassificação para ativo não corrente detido para venda (nota 28) (36.620.942) -

Outras variações (10.758) (138.099)

Saldo final 7.798.516 41.282.069

No final do 1º semestre a Martifer SGPS reduziu a sua participação social na Prio Energy SGPS para 5%. Dado que a empresa mantém representatividade no Conselho de Administração daquela participada e, consequentemente, influência significativa, mantém-se a consolidação pelo método de equivalência patrimonial. Nos termos do acordo de venda, o valor da participação será novamente revisto em 2016 em função do EBITDA consolidado recorrente de 2015.

A Martifer Renewables, SGPS, S.A. acordou em 2014 com o IKEA Retail Sp. Zo.o., a venda das ações da Eviva Gizalki, Sp. Zo.o., sujeita ao cumprimento de alguns requisitos definidos no contrato. Os termos do contrato, que prevê que a empresa construa um parque eólico até 2016, não permitem à Martifer Renewables SGPS manter o controlo da participada mas apenas influenciar significativamente a sua gestão. Daqui decorreu a alteração do método de consolidação integral para a equivalência patrimonial.

Os investimentos financeiros são aferidos quanto ao seu valor recuperável sempre que se verifica a existência de indícios de imparidade, sendo considerada a existência de indícios sempre que o Capital Próprio das participadas (considerando quando aplicável o Capital Próprio consolidado) é inferior ao seu valor de aquisição.

22. INVESTIMENTOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a composição dos valores referentes a investimentos financeiros disponíveis para venda é como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Aplicação Financeira Não Corrente 1.954.435 338.166

Outros 237.077 237.457

2.191.512 575.621

O movimento ocorrido nos exercícios de 2014 e 2013 na rubrica de ‘Investimentos financeiros disponíveis para venda’ foi como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Saldo inicial 575.621 2.310.267

Aquisições 1.896.367 306.925

Alienações (24.715) (235.268)

Reclassificação para ativos detidos para venda (10.378) (1.607.994)

Variações de perímetro - (189.688)

Outras variações (245.384) (8.619)

2.191.512 575.621

O aumento desta rubrica, em 2014, resulta da atribuição de certificados verdes à Eviva Nalbant, srl.

Os ativos financeiros disponíveis para venda não têm uma maturidade definida.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 131

23. INVENTÁRIOS A informação relativa a existências com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, pode ser analisada como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Matérias primas, subsidiárias e de consumo 5.611.712 10.584.174

Produtos e trabalhos em curso 3.610.149 3.795.980

Mercadorias 2.596.749 5.663.577

Produtos acabados e intermédios 3.316.921 6.472.076

15.135.531 26.515.807

No exercício de 2014 verificou-se uma redução dos inventários, quando comparado com o mesmo período de 2013, consequência da redução da atividade do Grupo e da reclassificação do segmento Solar para ativo não corrente detido para venda.

24. CLIENTES E OUTROS DEVEDORES Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, os ativos financeiros detidos pelo Grupo, para além dos mencionados nas notas 21 e 22 acima, são os a seguir apresentados.

A informação relativa a ‘Clientes e outros Devedores’ com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 pode ser analisada como se segue:

NÃO CORRENTES CORRENTES

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Valor bruto:

Clientes:

Clientes, conta corrente 739.397 29.132.168 87.642.194 123.985.850

Clientes, títulos a receber - - - 763.697

Clientes de cobrança duvidosa - - 12.390.293 25.620.958

739.397 29.132.168 100.032.487 150.370.505 Outros devedores:

Empresas associadas, participadas e participantes (nota 40) 38.524.408 61.480.963 13.635.740 14.993.979

Adiantamentos a fornecedores 5.222 2.718 7.194.649 10.199.844

Outros 22.997.663 1.982.307 20.615.943 33.699.529

61.527.293 63.465.988 41.446.332 58.893.352 62.266.690 92.598.156 141.478.819 209.263.858

A 31 de dezembro de 2014 a rubrica ’Outros’ inclui Euro 19,6 milhões referentes à venda da participação de 49% detida na Nutre à CERES AGRICULTURE HOLDINGS COӦPERATIEF U.A. em virtude de no contrato de venda estar definido que o valor será recebido em 2016.

Os saldos de clientes e outros devedores de 2014 tiveram uma elevada redução devido à reclassificação do segmento Solar para ativos detidos para venda (nota 28).

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132 RELATÓRIO E CONTAS 2014

As perdas de imparidade acumuladas em contas a receber são como se segue:

NÃO CORRENTES CORRENTES

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Perdas de imparidade acumuladas:

Clientes de cobrança duvidosa - 12.449.720 28.754.831

Outros Devedores 115.839 119.154 5.258.404 7.437.595

115.839 119.154 17.708.124 36.192.426 Valor líquido - Clientes 739.397 29.132.168 87.582.767 121.615.674 Valor líquido - Outros Devedores 61.411.454 63.346.833 36.187.928 51.455.757 Total 62.150.851 92.479.001 123.770.695 173.071.432

O movimento das perdas de imparidade acumuladas em contas a receber é como se segue:

CLIENTES OUTROS DEVEDORES

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Saldo inicial 28.754.831 18.362.123 7.556.749 7.900.645

Aumento (Nota 10) 592.161 14.963.000 3.992 237.987

Aplicação/Reversão (Nota 5) (6.153.355) (1.771.787) (3.516.126) (539.450)

Variações de perímetro, diferenças cambiais e transferências (158.690) (2.798.505) 1.373.206 (42.433)

Reclassificação para ativos não correntes detidos para venda (nota 28) (10.585.227) (43.578)

Saldo Final 12.449.720 28.754.831 5.374.243 7.556.749

O valor que consta da linha Aplicação/Reversão inclui para além do valor de reversões constante da nota 5 cerca de Euro 6 milhões referentes a anulações de saldos totalmente provisionados.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a antiguidade dos saldos relativos a contas a receber, antes de perdas de imparidade acumuladas, pode ser detalhada como se segue:

ANO 2013 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180

DIAS ENTRE 180 E 360

DIAS MAIS DE 360

DIAS Clientes, conta corrente 153.118.018 74.837.527 21.401.481 9.241.465 15.725.098 31.912.448

Clientes, títulos a receber 763.697 498.273 - - 246.884 18.540

Clientes de cobrança duvidosa 25.620.958 4.827.467 146.482 2.471.811 300.561 17.874.637

Outros devedores 122.359.340 89.175.934 3.103.543 1.225.931 9.512.847 19.341.085

Saldo Final 301.862.013 169.339.201 24.651.506 12.939.207 25.785.390 69.146.710

ANO 2014 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E

180 DIAS ENTRE 180 E

360 DIAS MAIS DE 360

DIAS Clientes, conta corrente 88.381.591 43.339.962 14.642.077 5.437.479 5.537.590 19.424.483

Clientes, títulos a receber - - - - - -

Clientes de cobrança duvidosa 12.390.293 - 23.402 - 101.445 12.265.446

Outros devedores 102.973.624 74.286.452 4.742.476 23.944.696

Saldo Final 203.745.508 117.626.414 19.407.955 5.437.479 5.639.035 55.634.625

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível, sobretudo, às contas a receber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas para cobrança duvidosa, que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base nos condicionantes e na envolvente económica existente.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 133

A totalidade dos créditos sobre clientes que se encontram registados na rubrica ‘Clientes de cobrança duvidosa’, em 31 de dezembro de 2014 encontra-se em imparidade.

Para os restantes valores vencidos, o Grupo considera não ter havido deterioração da qualidade creditícia da contraparte, pelo que não se encontram em risco de incobrabilidade.

O prazo médio de recebimentos das contas a receber do Grupo situou-se, em 2014, nos 355 dias, tendo em muito contribuído a atual conjuntura económica. Não obstante este enquadramento, o Grupo continua empenhado no cumprimento rigoroso da política de crédito definida, nomeadamente ao nível da seleção criteriosa do crédito concedido, quer em quantidade quer em qualidade, bem como na respetiva cobrança.

É convicção do Conselho de Administração do Grupo de que o valor pelo qual os saldos de Clientes e Outros Devedores estão registados no balanço se aproxima do seu justo valor, considerando, em particular que relativamente à dívida vencida a mais de 180 dias não se esperam perdas importantes para além das perdas de imparidade registadas.

O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 90 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, os saldos não correntes mantidos com empresas associadas, participadas e participantes dizem respeito, essencialmente, a prestações acessórias de capital concedidas, as quais não vencem juros nem têm prazos de reembolso.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, o Grupo não possui ativos financeiros detidos até ao vencimento nem investimentos registados ao justo valor através de resultados.

25. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS – ATIVO Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte composição:

ANO 2014 ANO 2013

Imposto sobre o valor acrescentado 5.071.580 13.628.629

Impostos em outros países 633.052 1.394.267

Outros impostos 2.270.341 2.373.420

Estado e outros entes públicos 7.974.973 17.396.316

O imposto sobre o valor acrescentado corresponde ao valor deste imposto a recuperar essencialmente em resultado da aquisição de turbinas, no segmento RE Developer (Euro 2,2 milhões). O valor remanescente decorre fundamentalmente do facto da atividade em Portugal e na Roménia, no segmento da Construção Metálica, ser essencialmente para exportação no segmento da Construção metálica.

Na rubrica Outros Impostos estão refletidas os valores de Impostos sobre a receita (ICMS, PIS, COFINS e ISS) a pagar no Brasil relativos a obras (sector da construção metálica).

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134 RELATÓRIO E CONTAS 2014

26. OUTROS ATIVOS CORRENTES Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a rubrica ‘Outros ativos correntes’ pode ser analisada como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Acréscimo de rendimentos:

Trabalhos por faturar (contratos de construção)

Valor bruto 43.554.431 102.714.982

Perdas de imparidade (7.132.109) (5.769.831)

Valor líquido 36.422.322 96.945.151

Juros a receber 97.803 31.309

Outros acréscimos de rendimentos 1.933.955 4.225.822

38.454.080 101.202.282

Gastos diferidos:

Seguros 578.537 732.194

Encargos financeiros 40.362 533.108

Rendas pagas antecipadamente 32.948 485.044

Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente 413.222 797.360

1.065.069 2.547.706

Outros ativos financeiros correntes 1.385.692 365.109

40.904.841 104.115.097

Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica ‘Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente’ inclui, essencialmente, os desembolsos efetuados pelo Grupo associados a trabalhos especializados, os quais irão ser prestados/utilizados no decorrer do exercício de 2015.

O saldo a 31 de dezembro de 2014 da rubrica ‘Outros ativos financeiros correntes’ respeita, sobretudo, a certificados verdes que o Grupo recebeu pela produção de energia elétrica na Roménia e que não tinham ainda sido alienados em 31 de dezembro de 2014.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 135

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a informação sobre os contratos de construção em curso é como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Gastos totais incorridos em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 477.742.213 721.684.287

- Solar - 43.643.305

Gastos incorridos no ano em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 113.468.868 273.853.603

- Solar - 30.354.212

Rendimentos totais incorridos em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 534.617.140 754.340.189

- Solar - 51.508.209

Rendimentos incorridos no ano em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 137.647.901 281.216.649

- Solar - 204.360.317

Adiantamentos recebidos para a execução de contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica (nota 32) 4.379.791 14.338.148

Retenções efetuadas por clientes em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 7.195.844 13.573.779

- Solar -

Garantias prestadas a clientes relativas a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica (nota 38) 19.445.406 25.362.443

- Solar - 2.043.933

Acréscimos de rendimentos relativos a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 43.554.431 54.593.336

- Solar - 48.121.646

Total de Trabalhos em curso (contratos de construção) 43.554.431 102.714.982

Rendimentos diferidos relativos a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 20.972.205 13.168.576

- Solar - 7.181.830

Total de Faturação antecipada (relativa a contratos de construção) - Nota 36 20.972.205 20.350.406

As garantias prestadas a donos de obra, no segmento ‘Metallic Construction’, referidas na Nota 38 dizem respeito a obras em curso e a obras encerradas, para as quais a duração média é de cinco anos.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo de ‘Acréscimos de rendimentos – trabalhos em curso’ são como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Stade de Lyon (Martifer Construções) 5.083.578

Museu do Amanhã (Martifer Construções BR) 4.781.466

Birmingham New Street - Facade and Cladding Works (Martifer UK) 1.167.143

Edifício Marina Baía- Luanda (Martifer Construções) 1) 2.822.385 2.822.385

Baltic Arena Gdansk (Martifer Polska) 2.087.737

Edifício Kilamba (Martifer Angola) 1.479.087

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136 RELATÓRIO E CONTAS 2014

ANO 2014 ANO 2013

Viaduc Hachef (Martifer Construções) 1.302.824

Nova Sede Corporativa da EDP_Lisboa (Martifer Construções) 1.193.826

Scotland's National Arena (Martifer Construções e Martifer UK) 3.858.672 9.099.251

Iter TB 03 (Martifer Construções) 1.139.967

Kasc-Supporting Towers (Martifer RO) 814.851

Viaduct Sibiu (Martifer RO) 812.019

Graneleiro Facaieni (Martifer RO) 807.454

Transcarioca(Martifer Contruções BR) 789.484 1.824.769

Estação Juá (Martifer Contruções BR) 753.762

Centro Parolimpico (Martifer Contruções BR) 698.376

Iter (Martifer RO) 647.943

Renault Tanger Mediterranee (Martifer Construções) 646.928

Arena da Amazônia (Martifer Construções) 606.406

The Horizon (Martifer Alumínios) 598.621

Condomínio Esso 2059 (Martifer Angola) 580.479

Estação Metro Salvador (Martifer Construções BR) 564.912

1822 - Futura Fabrica da Cerveja (Martifer Angola) 563.990

Abbots (Martifer Solar UK) 8.861.314

Aura Solar I (Martifer Solar MX) 6.530.061

Development (Martifer Solar UK) 1.795.035

Halchiu (Martifer Solar IT) 2.133.397

KAFD Parcel 5.03 (Martifer Alumínios) 2.553.923

Little Morton (Martifer Solar UK) 2.567.788

Magurele (Martifer Solar RO) 3.264.960

Mingay (Martifer Solar UK) 6.849.257

Orissa Project (Inspira Solar IN) 1.860.494

Tillhouse (Martifer Solar UK) 2.354.748

Ponte da Ulla (Martifer Construções) 5.705.213

33.801.910 58.222.595

1) Este saldo encontra-se totalmente em imparidade.

27. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES A rubrica caixa e seus equivalentes pode ser analisada como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Caixa e seus equivalentes:

Depósitos bancários 22.905.607 38.781.082

Caixa 75.715 62.627

22.981.322 38.843.709

Caixa e seus equivalentes incluem o dinheiro detido pelo Grupo e os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo. Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, não existiam quaisquer restrições à utilização dos saldos registados nas rubricas de Caixa e seus equivalentes.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 137

28. ATIVOS DETIDOS PARA VENDA O Grupo está em negociações com vista à alienação do projeto imobiliário de Szczecin (Polónia), do segmento ‘Construção Metálica’, o qual tem vindo a ser apresentado como propriedade de investimento, sendo que esta venda é altamente provável. O Grupo continua comprometido com o seu plano de vender este ativo. Por estarem reunidas as condições previstas pela IFRS 5 para a manutenção deste ativo como Ativo não corrente detido para venda por um período superior a 12 meses, o ativo foi mantido como ativo não corrente não corrente detido para venda.

A Martifer SGPS decidiu, em Setembro de 2014, focalizar a atividade do grupo na construção metálica (estrutura metálica e fachadas em alumínio e vidro, infraestruturas para Oil & Gas e Indústria Naval) e dar seguimento ao plano ativo de venda da participação de 55% detida na Martifer Solar. Sendo a venda altamente provável, os ativos e passivos da Martifer Solar foram classificados como “ativos não correntes detidos para venda” e “passivos associados aos ativos não correntes detidos para venda”, respetivamente, sendo o resultado líquido da Martifer Solar apresentado como “resultado de atividades descontinuadas” (tendo os valores do período homólogo sido ajustados por forma a permitir a comparabilidade dos mesmos).

A 31 de Dezembro de 2013 esta rubrica incluía ainda e os ativos e passivos da sociedade Rosa dos Ventos Geração e comercialização de Energias, S.A., que foi entretanto alienada, assim como os terrenos e o edifício fabril da Martifer Polska, Sp. Zo.o., do segmento ‘Construção Metálica’

O detalhe dos ativos e passivos associados aos ativos detidos para venda em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 são como se segue:

31 DEZEMBRO 2014 31 DEZEMBRO 2013

Goodwill 1.906.896 -

Ativos intangíveis 1.186.599 -

Ativos fixos tangíveis 17.159.333 22.048.574

Propriedades investimento1) 4.988.563 5.002.006

Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 14.263.512 -

Investimentos financeiros disponíveis para venda 1.419.852 1.357.067

Ativos por impostos diferidos 994.876 -

Existências 5.165.675 -

Clientes e outros devedores 63.391.030 1.865.544

Estado e outros entes públicos 5.645.539 3.060

Outros ativos correntes 26.667.413 135.622

Caixa e seus equivalentes 5.474.923 400.175

Instrumentos Financeiros Derivados 1.543 -

Total de Ativos detidos para venda 148.265.754 30.812.048 Interesses não controlados associados a ativos detidos para venda (2.060.023) 2.891.441 Passivos não correntes 26.810.843 -

Empréstimos 42.130.808 10.889.344

Fornecedores 34.682.918 2.621

Credores diversos 4.169.611 255.297

Estado e outros entes públicos 9.005.572 29.777

Outros passivos correntes 15.144.525 9.234

Instrumentos Financeiros Derivados 50.681 -

Passivos associados aos ativos detidos para venda 131.994.958 11.186.273 Ativos líquidos de passivos e interesses não controlados dos ativos detidos para venda 18.330.819 16.734.334

1)Projecto imobiliária de Szczecin

O valor total de ativo consolidado da Martifer Solar ascende, a 31 de Dezembro de 2014 a 143 milhões de euros sendo o contributo para o grupo Euro 143 milhões (a 31 de dezembro de 2013 o ativo da Martifer Solar ascendia a Euro 254 milhões). O valor dos ativos não correntes totaliza Euro 70 milhões sendo o contributo para o grupo Euro 71 milhões (a 31 de dezembro de 2013 o ativo da Martifer Solar ascendia a Euro 103 milhões).

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138 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O valor do capital próprio consolidado da Martifer Solar a 31 de dezembro de 2014 totalizava 6 milhões de euros sendo o contributo para o grupo Euro 11 milhões (a 31 de dezembro de 2013 o capital próprio da Martifer Solar ascendia a 74 milhões). A redução resulta, essencialmente, do resultado líquido do período.

O valor do capital próprio consolidado da Martifer Solar atribuível ao grupo é de 14 milhões de euros sendo o contributo para o grupo de Euro 13 milhões.

O Investimento registado em 2014 foi de Euro 1 milhão, sendo explicado essencialmente pela atividade no desenvolvimento de novos projetos no Japão, Reino Unido, França, Chile, entre outros.

A Dívida Líquida a 31 de dezembro ascendia a Euro 58 milhões, mais Euro 7 milhões do que em 2013. Apesar da dívida estar relativamente controlada, o aumento de apenas Euro 7 milhões resulta da necessidade de financiamento do CAPEX e apoio à tesouraria nas participadas nos Estados Unidos.

O detalhe dos Resultados atribuível às atividades descontinuadas em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 são como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Vendas e prestações de serviços 108.307.715 245.137.813

Outros rendimentos operacionais 9.858.833 27.845.695

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (63.664.631) (111.276.094)

Subcontratos (26.198.035) (69.815.081)

Fornecimentos e serviços externos (28.245.447) (40.756.642)

Gastos com o pessoal (15.742.738) (18.481.295)

Outros gastos operacionais (10.092.944) (19.121.094)

(25.777.247) 13.533.302

Amortizações e depreciações (2.580.503) (3.055.034)

Provisões e Perdas de imparidade (19.893.463) (4.888.852)

Resultado operacional (48.251.213) 5.589.416

Rendimentos e ganhos financeiros 7.925.365 2.933.090

Gastos e perdas financeiros (15.947.341) (17.864.283)

Ganhos / (perdas) em empresas associadas e emp. Conjuntos (125.740) 97.302

Resultado antes de imposto sobre o rendimento (56.398.929) (9.244.475)

Imposto sobre o rendimento (8.773.051) 3.335.958

Resultado depois de impostos (65.171.980) (5.908.517) Resultado líquido do exercício (65.171.980) (5.908.517) Atribuível:

a interesses não controlados (34.428.519) (1.658.652)

ao Grupo (30.743.460) (4.249.865)

Conforme é referido no Relatório de gestão, os Proveitos Operacionais registaram em 2014 uma redução significativa justificada, essencialmente, pelo atraso em projetos no Reino Unido e na Jordânia, e ainda pela redução da atividade em Portugal e na Ucrânia, esta última devido à instabilidade político-militar da região.

O EBITDA é negativo e decresce significativamente face a 2013 principalmente devido aos custos adicionais suportados no projeto do México, decorrentes da destruição parcial do parque após ocorrência de um evento de força maior, e nos Estados Unidos, onde, em janeiro de 2014, as sociedades participadas Martifer Solar USA INC e Martifer Aurora Solar LLC incorreram no Chapter 11. No último trimestre, na sequência da assinatura do acordo “settlement, plan support and release agreement”, com a consequente perda de controlo destas sociedades, as mesmas deixaram de integrar o perímetro de consolidação, tendo sido reconhecida a perda de todos os ativos não recuperáveis relacionados com as mesmas.

O EBIT de 2014 foi fortemente penalizado pela elevada imparidade registada no investimento da FTP Solar LLC – sociedade constituída em 2013, pela Martifer Solar, através da sua participada Martifer Silverado Fund I LCC em parceria com a Fir Tree Solar LLC. Na constituição desta nova sociedade, a Martifer Silverado Fund I LCC aportou o seu capital através da entrega de projetos em desenvolvimento detidos por esta sociedade assim como algum do passivo associado enquanto a Fir Tree Solar LLC realizou o capital com entrada em dinheiro. Em 2014, a C2E, LLC vendeu a sua participada Sustainable Power Group, LLC

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 139

(sPower LLC) à FTP Solar LLC (cujo nome foi entretanto convertido para FTP Power LLC), em troca de uma participação nesta, tendo as equipas da sPower LLC e da Silverado Power LLC (sócia da Martifer Solar Inc na Martifer Silverado Fund I LCC) sido fundidas. As percentagens detidas pela Martifer Silverado Fund I LLC, Fir Tree Solar LLC e C2E, LLC na sociedade FTP Power LLC eram no final de 2014 de 1,8%, 95,9% e 2,3%, respetivamente. NA sequência da avaliação efetuada pelo avaliador independente Reinvention Capital Advisors Co. foi registada em 2014 uma imparidade de cerca de Euro 20 milhões (em 2013 havia sido registada uma imparidade de Euro 0,7 milhões).

Estes factos são os grandes responsáveis pelo elevado prejuízo da Martifer Solar no último trimestre do ano.

A redução dos Encargos Financeiros Líquidos em 2014 é justificada pelo não recurso a financiamento por parte de entidades para-financeiras no âmbito do projeto Silverado, cuja alienação ocorreu em finais de 2013.

O Resultado Líquido do exercício é consequência dos efeitos que condicionaram o EBITDA em 2014 e das imparidades e provisões reconhecidas no âmbito da atividade nos Estados Unidos, no México, em Portugal e em Espanha

O detalhe dos fluxos de caixa das atividades descontinuadas em 31 de Dez de 2014 e de 2013 são como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Fluxos das atividades operacionais (2.927.493) 14.142.503

Fluxos das atividades de investimento 561.140 5.251.002

Fluxos das atividades de financiamento (8.006.184) (24.566.657)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (10.372.537) (5.173.152)

Variação perímetro e outras variações 320.089 (290.468)

Efeito das diferenças de câmbio 109.642 (84.476)

Caixa e depósitos bancários no início do período 15.417.730 20.965.826

Caixa e depósitos bancários no fim do período 5.474.923 15.417.730

29. CAPITAL SOCIAL, RESERVAS, AÇÕES PRÓPRIAS E INTERESSES NÃO CONTROLADOS Capital social

O capital social da Martifer SGPS, totalmente subscrito e realizado, em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, ascende a Euro 50.000.000 e é representado por 100.000.000 de ações ao portador com um valor nominal de 50 cêntimos cada. Todas as ações têm os mesmos direitos, correspondendo um voto por cada ação. Durante os exercícios de 2014 e de 2013 não ocorreram quaisquer movimentos no número de ações representativas do capital social do Grupo.

Durante o exercício de 2014, a Martifer SGPS não adquiriu ações próprias através de compras realizadas em bolsa. A Martifer detém 2.215.910 ações próprias, correspondentes a 2,22% do seu capital social.

Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da Empresa é detido em 42,7% pela I’M SGPS, S.A., 37,5% pela Mota-Engil SGPS, S.A., 2,22% em ações próprias, encontrando-se os restantes 17,58% dispersos em Bolsa.

Prémios de emissão

Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime estabelecido para a ‘reserva legal’, isto é, os valores não são distribuíveis, a não ser em caso de liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Reservas

Reserva legal

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da ‘reserva legal’ até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

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140 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Este valor encontra-se incluído na rubrica de ‘Outras Reservas’ e ascende a Euro 7.696.844.

Ações Próprias

O Grupo detém 2.215.910 ações próprias, correspondentes a 2,22% do seu capital social. De acordo com a lei é obrigatório manter uma reserva indisponível no valor de aquisição das ações próprias, incluída em ‘Outras Reservas’.

Reserva de justo valor – Reserva de cobertura

As Reservas de justo valor - Reserva de cobertura refletem as variações de justo valor dos instrumentos derivados de cobertura de cash flow que se consideram eficazes e não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos.

Reservas de conversão cambiais

As reservas de conversão cambiais refletem as variações cambiais ocorridas: (i) na transposição das demonstrações financeiras de filiais em moeda diferente do Euro; (ii) na atualização do investimento líquido nas subsidiárias; e (iii) na atualização de Goodwill, as quais não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos, sendo transferidas para resultados quando as filiais são vendidas ou liquidadas.

Reservas relativas a opções sobre ações

As reservas relativas a opções sobre ações refletem o justo valor dos serviços prestados pelos colaboradores corrigidas, a cada data de relato, pelo impacto da revisão da estimativa original em resultado da determinação do número de opções que se espera que se tornem exercíveis.

Em 31 de dezembro de 2014 não existe no Grupo plano de remunerações em opções sobre ações.

Outras reservas

Para além da reserva legal, estão incluídos nesta rubrica os resultados de exercícios anteriores e uma reserva indisponível no valor de Euro 2.868.519 relativa ao valor das ações próprias.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’).

Em 31 de Dezembro de 2014 a Martifer SGPS, S.A. não dispõe de reservas distribuíveis.

Interesses não controlados

O detalhe dos principais interesses não controlados podes ser analisado como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Saldo Inicial 39.676.431 50.975.912

Resultado Liquido do período (43.166.600) (1.790.277)

Outras variações no capital próprio (5.154.704) (86.240)

Alterações no perímetro de consolidação (4.230.209) (9.874.758)

Transações com interesses não controlados (9.006.587) 745.119

Outros (3.060.627) (293.325)

(24.942.297) 39.676.431

Das unidades operacionais em continuação (22.882.274) 36.784.990

Dos quais associados a ativos não correntes detidos para venda (Nota 28) (2.060.023) 2.891.441

Os interesses não controlados a 31 de Dezembro de 2014 refletem i) o impacto da redução da participação na Martifer Metallic Constructions, detida pela Martifer SGPS para 75%, em virtude do reforço dos capitais próprios (Euro 28 milhões) nesta empresa pelo novo acionista Vector Diálogo SGPS, SA, ii) o impacto da venda da Rosa dos Ventos no segmento RE Developer, iii) o impacto da desconsolidação da Martifer Solar USA, Inc. e Martifer Aurora Solar LLC na sequência da perda de controlo (vide nota 2), iv) a distribuição de dividendos, no segmento RE Developer (Euro 12 milhões) a um minoritário por valor diferente da sua quota parte de capital e v) a classificação da Martifer Solar e participadas como Ativo não corrente detido para venda (vide Nota 28).

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 141

% INTERESSES NÃO CONTROLADOS

ANO 2013 ANO 2013

Construção Metálica

Martifer Construções Angola 21,25% 818.221

Solar

Martifer Solar 45,00% 29.974.130

Martifer Solar Itália 45,00% 3.596.695

Silverado Fund LLC 68,58% 2.724.069

Martifer Solar UK 45,00% 1.983.684

Martifer Solar Hellas, A.T.E. 60,87% (559.460)

Martifer Solar Inc. 45,00% (2.114.444)

Martifer Solar França 45,00% 1.707.199

Martifer Solar Bélgica 45,00% 1.647.949

Martifer Solar Sistemas Solares 45,00% 931.201

M Prime 45,00% 1.519.716

Solarparks 45,00% 189.388

PVGlass - -

Martifer Solar México 45,55% (1.902.566)

AEM 45,39% (4.995.559)

Outros

Rosa dos Ventos 46,37% -

Martifer Renováveis – Geração de Energia e Participações 45,00% 1.409.304

Interesses não controlados associados aos ativos não correntes detidos para venda (nota 28) 2.891.441

Outros interesses não controlados (< Euro 500.000) (144.538)

39.676.430

% INTERESSES NÃO CONTROLADOS

ANO 2014 ANO 2014

Construção Metálica

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. 25,00% (7.132.255)

Martifer - Alumínios, S.A. 25,00% (5.962.520)

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. 25,00% (3.664.488)

Martifer Aluminium Pty, Ltd 25,00% (3.244.930)

Martifer Constructii S.R.L. 25,00% (3.184.647)

Martifer Polska Sp. Zo.o. 25,00% (2.467.012)

Martifer – Construções Metálicas Angola, S.A. 40,94% 2.053.776

Martifer Renováveis - Geração de Energia e Participações S.A. 45,00% 827.794

Interesses não controlados associados aos ativos não correntes detidos para venda (nota 28) (2.060.023)

Outros interesses não controlados (< Euro 500.000) (107.993)

(24.942.297)

30. EMPRÉSTIMOS Os montantes relativos a empréstimos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, são como se segue:

ANO 2013 ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3 ANOS ENTRE 3 E 5 ANOS MAIS DE 5 ANOS TOTAL

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 57.100.333 46.334.767 91.213.197 55.289.820 249.938.117

Descobertos bancários 15.808.078 - 707.711 1.808.595 18.324.384

Contas caucionadas 42.592.133 412.160 4.395.956 10.135.017 57.535.266

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 8.000.000 3.000.000 3.250.000 - 14.250.000

Outros empréstimos 10.251.178 1.712.287 1.926.745 2.656.515 16.546.725

133.751.722 51.459.214 101.493.609 69.889.947 356.594.492

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142 RELATÓRIO E CONTAS 2014

ANO 2014 ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3 ANOS ENTRE 3 E 5 ANOS MAIS DE 5 ANOS TOTAL

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 14.448.560 33.760.563 88.624.207 71.088.200 207.921.530

Descobertos bancários 13.458.228 - 812.636 1.784.259 16.055.123

Contas caucionadas 24.238.327 205.556 3.498.822 12.045.122 39.987.827

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 5.000.000 - - - 5.000.000

Outros empréstimos 16.499.977 723.155 999.962 1.995.989 20.219.083

73.645.092 34.689.274 93.935.627 86.913.570 289.183.563

Em 31 de dezembro de 2014 o net debt do Grupo ascendeu a Euro 282.731.171. De notar que para o cálculo do net debt, para além dos empréstimos acima evidenciados, consideram-se os leasings, derivados e caixa e seus equivalentes. A redução face a 2013 decorre fundamentalmente da transferência para passivos associados aos ativos não correntes detidos para venda (nota 28).

O Grupo continua focalizado no processo de diminuição da Dívida Líquida, como tal, irá continuar empenhado no processo de venda de ativos não core: segmento solar, parques eólicos e, residualmente, pela venda de projetos imobiliários, no decorrer de 2015.

Adicionalmente e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o Grupo procurou reestruturar a divida de forma a que acompanhe a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo.

Nesse sentido, o Grupo tenciona adequar a maturidade de inflows da atividade operacional e de (des)investimento aos outflows da atividade de financiamento.

No final de 2014, o Grupo procurou junto das principais instituições financeiras reestruturar a sua dívida através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e uma maturidade que permita que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

O Grupo tem a expetativa de concluir o processo de negociação durante o primeiro semestre de 2015

Outros empréstimos

Do valor de ‘outros empréstimos’, Euro 2,7 milhões correspondem a operações de locação financeira imobiliária (afetas ao financiamento dos projetos imobiliários registados na rubrica de Produtos e Trabalhos em Curso – Nota 19) as quais, em caso de alienação dos acima referidos projetos imobiliários, terão de ser liquidadas nesse momento e não de acordo com o plano de reembolso definido, que contratualmente ocorre após 2014.

Esta rubrica inclui ainda um total de Euro 7,8 milhões relativo a uma linha grupada de pagamento a fornecedores e Euro 5,5 milhões referente a empréstimos de curto prazo contratados no Brasil.

Os montantes considerados em ‘Outros empréstimos’ incluem, ainda, empréstimos obtidos junto da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) como apoio ao investimento efetuado pelo Grupo, no valor de Euro 2,2 milhões.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, os montantes relativos a empréstimos estão denominados nas seguintes moedas:

ANO 2013 INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS TOTAL

Real 8.082.814 4.297.957 12.380.771

Euro 269.919.935 26.498.768 296.418.703 Zlotis 4.270.858 - 4.270.858 Novo Leu 18.333.320 - 18.333.320 Rupia 317.835 - 317.835

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 143

Dólar americano 24.873.005 - 24.873.005 325.797.767 30.796.725 356.594.492

ANO 2014 INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS TOTAL

Real 302.991 5.534.794 5.837.785

Euro 246.438.425 19.684.289 266.122.714

Zlotis -

Novo Leu 14.171.179 14.171.179

Rupia -

Dólar americano 3.051.885 3.051.885

263.964.480 25.219.083 289.183.564

As taxas de juro médias suportadas em descobertos e empréstimos bancários são as seguintes:

ANO 2013 TAXAS MÉDIAS INTERVALO DE TAXAS (%)

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 6,05% [ 1,22% a 12,30% ]

Descobertos bancários 6,45% [ 3,13% a 8,00% ]

Contas caucionadas 5,82% [ 4,22% a 7,22% ]

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 5,99% [ 5,80% a 6,34% ]

Outros empréstimos 2,81% [ 0,00% a 10,00% ]

ANO 2014 TAXAS MÉDIAS INTERVALO DE TAXAS (%)

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 5,51% [ 3,00% a 23,00% ]

Descobertos bancários 4,32% [ 3,02% a 6,46% ]

Contas caucionadas 5,68% [ 4,73% a 6,46% ]

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 6,38% [ 6,38% ]

Outros empréstimos 10,30% [ 0,00% a 25,34% ]

As taxas de juro suportadas nos empréstimos bancários, por geografia, são as seguintes:

PAÍS INDEXANTE SPREAD

Espanha Euribor [ 3,5 a 6,50 ]

Portugal Euribor [ 2,25 a 9,50 ]

Roménia Robor [ 2,50 a 3,75 ]

Do total dos empréstimos, apenas cerca de 6% dos empréstimos bancários pagam taxa de juro fixa. As taxas de juro fixas estão em linha com as atuais de mercado. Os restantes empréstimos bancários pagam juros que estão indexados a taxas de mercado dos respetivos prazos, pelo que se considera que o justo valor destes empréstimos está próximo do seu valor contabilístico.

Em 31 de dezembro de 2014, os principais empréstimos bancários obtidos pelo Grupo são como se segue:

EMPRESA MOEDA

ORIGINAL CONTRATO

VALOR (EUROS)

DATA CONTRATO PRAZO PERÍODO DE

CARÊNCIA PERIODICIDA

DE DAS RENDAS

MONTANTE DO PRIMEIRO REEMBOLSO

MONTANTE DO ÚLTIMO

REEMBOLSO

Martifer SGPS EUR 26.250.000 ago-10 10 Anos 1 + 2 Anos Trimestral 1.640.625 331.949

Martifer Construções SA EUR 2.150.000 mai-11 8 Anos 4 Meses + 1,5 Anos Mensal 32.673 375.000

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144 RELATÓRIO E CONTAS 2014

EMPRESA MOEDA

ORIGINAL CONTRATO

VALOR (EUROS)

DATA CONTRATO PRAZO PERÍODO DE

CARÊNCIA PERIODICIDA

DE DAS RENDAS

MONTANTE DO PRIMEIRO REEMBOLSO

MONTANTE DO ÚLTIMO

REEMBOLSO

Martifer Alumínios SA EUR 1.500.000 mai-10 8 Anos 4 Meses + 1,5 Anos Mensal 22.795 260.000

Martifer Metallic Construction SGPS EUR 20.000.000 mai-11 5 Anos 1 Ano Trimestral 1.250.000 2.031.250

Gebox SA EUR 6.500.000 set-10 7 Anos 2 Anos Trimestral 325.000 412.698

Martifer Energy Systems SGPS EUR 5.250.000 fev-08 8,5 Anos 1,5 Anos Mensal 76.924 650.000

Martifer SGPS EUR 3.660.500 set-10 3,6 Anos - Trimestral 498.938 48.027

Martifer SGPS EUR 15.000.000 out-12 5 Anos 1 Ano Semestral 10.250.000 791.667

Martifer SGPS EUR 1.900.000 dez-12 7 Anos 2 Anos Trimestral 95.000 95.000

Martifer Construções SA EUR 5.000.000 dez-12 7 + 10 Anos 2 + 2 Anos Trimestral 117.188 1.250.000

Martifer SGPS EUR 7.500.000 dez-12 7 Anos 1 +1 Ano Anual 1.302.638 1.711.063

Martifer Construções SA EUR 2.500.000 mar-13 9,2 Anos 1 Trimestre + 2 Anos Mensal 64.103 30.306

Martifer Construções SA EUR 5.000.000 mar-13 3 Anos - Semestral 774.649 894.309

Martifer Alumínios SA EUR 1.000.000 abr-13 9,2 Anos 1 Ano Mensal 25.641 9.081

Martifer SGPS EUR 5.000.000 mar-13 7 Anos 2 Anos Trimestral 250.000 250.000

Martifer SGPS EUR 50.000.000 mai-13 7 Anos 2 Anos Trimestral 2.500.000 2.500.000

Martifer SGPS EUR 20.000.000 nov-13 7 Anos 2 Anos Trimestral 1.000.000 1.000.000

Martifer SGPS EUR 8.000.000 nov-13 7 Anos 2 Anos Trimestral 400.000 400.000

Martifer Metallic Construction SGPS EUR 14.000.000 jun-14 10 Anos 2 Anos Trimestral 338.710 3.500.000

Martifer Construções SA EUR 2.500.000 nov-14 2,3 Anos - Bullet - 2.500.000

Martifer SGPS EUR 2.500.000 nov-14 2,1 Anos - Bullet - 2.500.000

Martifer Alumínios SA EUR 2.600.000 nov-14 1,2 Anos 1 Trimestre Mensal 216.667 216.667

Martifer - Construções Metálicas Ltda BRL 141.244 out-14 1,5 Anos - Bullet - 141.244

Martifer - Construções Metálicas Ltda BRL 140.605 out-14 1,5 Anos - Bullet - 140.605 Martifer Renewables Investments

ETVE, S.L. EUR 11.500.000 dez-11 4 Anos - Trimestral 718.750 722.500

Martifer Renewables ETVE, S.A.U. [ES] EUR 27.770.000 nov-14 12,7

Anos 2 Anos Trimestral 700.000 600.000

Em 31 de dezembro de 2014, os principais Project Finance obtidos pelo Grupo são como se segue:

EMPRESA MOEDA

ORIGINAL CONTRATO

VALOR (EUROS)

DATA CONTRATO PRAZO PERÍODO

DE CARÊNCIA PERIODICIDADE DAS RENDAS

MONTANTE DO PRIMEIRO REEMBOLSO

MONTANTE DO ÚLTIMO

REEMBOLSO

Eviva Nalbant, srl_RO RON 18.071.897 abr-11 13 Anos 2 Anos + 1 Semestre Semestral 1.505.389 1.199.042

Este valor é apresentado na rubrica ‘Empréstimos Bancários’.

Em 31 de dezembro de 2014, os programas de papel comercial do Grupo passíveis de renovação são os seguintes:

EMPRESA MONTANTE MÁXIMO DO CONTRATO DATA CONTRATO PRAZO VENCIMENTO

DO CONTRATO MONTANTE UTILIZADO

Martifer SGPS, SA 5.000.000 15-09-2010 10-09-2015 5.000.000

A taxa de juro média dos referidos programas de papel comercial é de 6,38%.

Para parte dos empréstimos acima referidos e no âmbito da política de gestão de risco de taxa de juro, o Grupo contratou os instrumentos financeiros derivados mencionados na Nota 37, convertendo dessa forma em taxas fixas as taxas variáveis contratadas nos empréstimos.

Em 31 de dezembro de 2014 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante da taxa de juro pode ser analisada como segue:

IMPACTO ESTIMADO 2014

Variação nos resultados financeiros pela alteração de 1 p.p na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento 2.891.836

Proteção por taxa fixa 162.481

Proteção por instrumentos derivados de taxa juro -

Sensibilidade do resultado financeiro a variações da taxa de juro 2.729.355

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 145

Para estes financiamentos foram prestadas as garantias identificadas na nota 38.

31. CREDORES POR LOCAÇÃO FINANCEIRA Os contratos de locação financeira mais significativos em vigor em 31 de dezembro de 2014, são resumidos como se segue:

DESCRIÇÃO DO BEM PERÍODO DO CONTRATO

VALOR DO CONTRATO

TERMO DE OPÇÃO DE COMPRA

VALOR DA OPÇÃO DE

COMPRA GARANTIAS

Máquinas Fixas da Martifer 201 meses 6.000.000 Final do contrato 120.000 Livrança em branco

Máquinas Fixas da Martifer 201 meses 1.250.000 Final do contrato 22.500 Livrança em branco Equipamento Diverso (Camara Decapagem, Mesa Corte, Calandra) 180 meses 2.192.058 Final do contrato 43.841 Livrança em branco

Estrutura Metálica Amovível 201 meses 8.850.000 Final do contrato 177.000 Livrança em branco

Estrutura Metálica Amovível 85 meses 5.185.415 Final do contrato 103.708 Livrança em branco

Equipamento Diverso 97 meses 5.090.531 Final do contrato 101.811 Livrança em branco

Máquina de Corte e Robot de Decapagem 95 meses 963.200 Final do contrato 19.264 Livrança em branco

Ford Mondeo Station Diesel 149 meses 24.975 Final do contrato 500 Livrança em branco

Estrutura Metálica Amovível 84 meses 1.190.000 Final do contrato 23.800 Livrança em branco Frações Autónomas A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, L, M e N 96 meses 6.366.458 Final do contrato 1.619.686 Livrança em branco

Fresadora 60 meses 90.000 Final do contrato 900 Livrança subscrita e avalizada pela Martifer SGPS

Prédio Urbano 206 meses 2.656.515 Final do contrato Livrança em branco

Prédio Rustico 148 meses 955.000 Final do contrato 21.100 Livrança em branco Terreno e Edifício Gebox - Vagos 2 lotes (artigo n. 2874 e 2896) 182 meses 47.284 Final do contrato 1.946 Livrança avalizada pela Motofil e

MT SGPS Terreno e Edifício Gebox - Vagos lotes n. 104, 106, 108, 110, 112, 114, 132, 133, 134, 135, 136 e 137 182 meses 3.901.356 Final do contrato 1.804.000 Livrança avalizada pela Motofil e

MT SGPS

Ponte Rolante, Calandra Hidráulica 60 meses 412.500 Final do contrato 4.125 Livrança subscrita e avalizada pela Martifer SGPS

Conversores de Energia Eólica 144 meses 18.205.554 Final do contrato 364.111 Livrança em branco

Conversores de Energia 144 meses 9.007.897 Final do contrato 180.158 Livrança em branco

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, o valor das rendas e o valor atual das rendas associados a contratos de locação financeira era como se segue:

RENDAS VINCENDAS DE CONTRATOS DE

LEASING VALOR ATUAL DAS RENDAS DE CONTRATOS DE LEASING

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Até 1 ano 3.071.572 4.919.326 2.481.603 4.357.014

Entre 1 e 5 anos 9.744.719 9.522.716 8.217.999 8.264.091

Mais de 5 anos 6.363.406 6.140.899 5.612.714 5.653.592

19.179.698 20.582.942 16.312.316 18.274.697

Juros incluídos nas rendas (2.867.382) (2.308.246)

Valor atual das rendas de contratos de leasing 16.312.316 18.274.696 16.312.316 18.274.697 Dos quais registados como:

- Empréstimos correntes 3.071.572 4.919.326 2.481.603 4.357.014

- Empréstimos não correntes 13.240.743 13.355.370 13.830.713 13.917.683

16.312.316 18.274.696 16.312.316 18.274.697

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146 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, o valor das rendas associadas a contratos de locação operacional é como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Até 1 ano 1.485.827 1.068.325

Entre 1 e 5 anos 133.649 542.087

Mais de 5 anos 105.134 27.921

1.724.610 1.638.333

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 foram reconhecidos na rubrica de ‘Fornecimentos e serviços externos’ Euro 1.780.651 relativos a rendas de contratos de locações operacionais.

32. FORNECEDORES E CREDORES DIVERSOS A informação relativa a fornecedores e credores diversos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, pode ser analisada como se segue:

NÃO CORRENTES CORRENTES

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Fornecedores 11.522.691 11.972.874 63.638.919 130.031.422 Credores diversos:

Fornecedores de imobilizado - - 791.014 1.016.400

Empresas associadas e outros acionistas (nota 40) 7.247 421.870 924.734 3.648.374

Adiantamentos de clientes e por conta de vendas - - 19.217.883 16.532.026

Credores diversos 851.292 1.330.346 6.245.633 7.654.569

Subtotal 858.539 1.752.216 27.179.264 28.851.369 Total 12.381.230 13.725.090 90.818.183 158.882.791

O valor de fornecedores não correntes relaciona-se, essencialmente, com retenções em trabalhos efetuados por terceiros, as quais serão regularizadas após o período de garantia. Estes valores não vencem juros.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores decorrentes da atividade operacional do Grupo e de aquisições de ativos fixos tangíveis e intangíveis. O Conselho de Administração acredita que o justo valor destes saldos não difere significativamente do seu valor contabilístico e que o efeito da atualização desses montantes não é material. A redução da rubrica resulta não só da redução da atividade, mas também da transferência do segmento ‘Solar’ para ‘Passivos associados a ativos não correntes detidos para venda’ (nota 28).

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a antiguidade dos saldos registados nas rubricas de ‘Fornecedores’ e ‘Credores diversos’ era como se segue:

ANO 2013 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS

ENTRE 180 E 360 DIAS

MAIS DE 360 DIAS

Fornecedores 142.004.296 72.268.176 27.331.272 11.872.408 15.953.487 14.578.953

Credores diversos 30.603.585 17.544.612 2.316.938 449.539 2.471.987 7.820.509

Saldo Final 172.607.881 89.812.788 29.648.210 12.321.947 18.425.474 22.399.462

ANO 2014 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS

ENTRE 180 E 360 DIAS

MAIS DE 360 DIAS

Fornecedores 75.161.610 39.439.880 9.983.147 7.006.362 7.771.345 10.960.876

Credores diversos 28.037.803 5.361.532 8.325.045 1.206.744 5.091.078 8.053.404

Saldo Final 103.199.413 44.801.412 18.308.192 8.213.106 12.862.423 19.014.280

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 147

A redução da rubrica resulta não só da redução da atividade mas também da transferência dos saldos do segmento Solar para passivos associados a Ativos não correntes detidos para venda (nota 28).

O prazo médio de pagamento das compras e dos serviços obtidos pelo Grupo ronda os 485 dias.

A dívida vencida há mais de 180 dias corresponde a valores a pagar a fornecedores com os quais o Grupo mantém relações comerciais regulares.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, os saldos não correntes mantidos com ‘empresas associadas e outros acionistas’ dizem respeito, essencialmente, a empréstimos obtidos junto de empreendimentos conjuntos e associadas, os quais vencem juros à Euribor a 3 meses acrescida de um spread de 6,75%.

Para além dos passivos financeiros referidos nesta nota e nas notas 30 e 31 acima, o Grupo não apresenta outros passivos financeiros.

33. PROVISÕES A informação relativa a provisões, com referência ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, pode ser detalhada como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Garantias de qualidade 1.447.244 3.335.399

Processos judiciais em curso (nota 11) 1.258.968 1.553.533

Aplicação de equivalência patrimonial 6.763.255 5.450.401

Contratos onerosos (nota 11) 5.777.177 16.043

Outras 7.952.565 11.971.506

23.199.209 22.326.882

O movimento ocorrido na rubrica de ‘Provisões’ nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 é como se segue:

SALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO APLICAÇÕES

VARIAÇÕES DE PERÍMETRO, DIFERENÇAS

CAMBIAIS E TRANSFERÊNCIAS

TRANSFERÊNCIA PARA ATIVOS

DETIDOS PARA VENDA

SALDO FINAL

Garantias de qualidade 3.335.399 - (63.456) - (5.060) (1.819.639) 1.447.244

Processos judiciais em curso 1.553.533 788.631 (23.551) 67.792 30.853 (1.022.705) 1.258.968

Aplicação de equivalência patrimonial 5.450.401 511.790 - - 808.545 (7.480) 6.763.255

Contratos onerosos 16.043 26.963.337 (219.243) 21.234.842 267.925 (16.043) 5.777.177

Outras 11.971.506 8.795.864 (179.507) 9.132.662 (176.230) (3.326.406) 7.952.565

22.326.882 37.059.622 (485.757) 30.435.296 926.033 (6.192.273) 23.199.209

As provisões para garantias de qualidade destinam-se a fazer face a eventuais problemas de qualidade nas obras efetuadas pelo Grupo, as quais contemplam, em média, um período de garantia de 5 anos. As provisões são constituídas por uma percentagem do valor da construção, que varia entre os 0,04% e os 0,18%, dependendo do segmento e empresa. O valor relativo ao segmento Solar foi transferido para ‘Passivos associados a Ativos não correntes detidos para venda’ (nota 28).

No ano 2014 as provisões para contratos onerosos dizem respeito essencialmente a responsabilidades estimadas associadas a possíveis obrigações contratuais na atividade operacional do segmento ‘Construção Metálica’.

O valor de outras provisões a 31 de dezembro de 2014 inclui cerca de 3 milhões de euros relativo a uma provisão constituída nas sociedades Eurocab 12 a 19 por um litígio relativo ao cumprimento dos requisitos para a aplicação do regime tarifário que regula a atividade de produção de energia em regime especial. Inclui ainda provisões para responsabilidades estimadas associadas a possíveis obrigações contratuais na atividade operacional, em cerca de 5 milhões euros.

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148 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Conforme referido na nota 1 é constituída uma provisão para os investimentos em associadas cujo capital é negativo (com base na percentagem de capital detida).

Dada a imprevisibilidade do momento de reversão das provisões e dada a natureza a que se destinam, o Grupo não procedeu à atualização financeira das mesmas.

34. PASSIVOS CONTINGENTES A 31 de dezembro de 2014, existiam os seguintes passivos contingentes:

a) Em 29 de Outubro de 2009, a Martifer Polska, em consórcio com a Ocekon Engenharia sro (Eslováquia) celebrou, com a sociedade Energomontaz -Poludnie SA, um acordo para as obras, cujo objeto era a fabricação, execução, entrega e instalação de telhado de aço do estádio Baltic Arena, Em Gdanrisk, na Polónia, no valor de aproximadamente Euro 11,3 milhões. Em 2 de Setembro de 2010, a Martifer recebeu da Energomontaz um aviso de rescisão imediata do contrato, sem qualquer aviso prévio. O motivo indicado para a quebra do contrato foi o atraso na execução da obra, que na opinião da Martifer é totalmente improcedente e ineficaz. No dia 17 de dezembro de 2010, a Martifer entrou com uma ação em tribunal contra a Energomontaz, exigindo um valor de aproximadamente 12.6 milhões de euros, valor que inclui juros, custo de capital envolvido e dano total causado à Martifer por falta de cooperação. Em 17 de Janeiro de 2012, a Energomontaz entrou com uma ação judicial contra a Martifer no montante total de Euro 5,7 milhões. As audiências estão a decorrer tendo o Grupo Martifer reconhecido nas suas demonstrações financeiras o risco de perdas relacionadas com as contas a receber, acréscimo de rendimentos de trabalhos em curso e garantia bancária executada, pelo que considera que o enquadramento deste processo se encontra devidamente refletidos nas demonstrações financeiras. A sociedade Energomontaz entretanto entrou em processo de falência. Em Abril de 2013, foi submetida a lista de reivindicações por parte da Martifer no montante de Euro16,9 milhões ao administrador de insolvência. Á presente data, não existe qualquer informação sobre a lista de créditos sobre massa insolvente.

b) Em 28 de Abril de 2011 foi assinado o acordo para obras nº 3/Z/2011 entre a Martifer Konstrukcje e a Śląskie Centrum Logistyczne. Em 15 de Maio de 2012 Śląskie Centrum Logistyczne exigiu à Martifer Konstrukcje uma penalidade no valor de aproximadamente Euro 540.000 , com o argumento de que a Martifer estava em atraso na execução da obra. Este montante foi tratado pelo cliente como um pagamento devido e deduzido nas respetivas contas. A 4 de Outubro de 2012 a Martifer Konstrukcje sp. z o.o. entrou com uma ação judicial, contra a Śląskie Centrum Logistyczne, em que a Martifer reclama:

O montante de Euro 540.000 acrescido de juros desde 2 de Junho de 2012, pelo não pagamento da fatura datada de 27 de Abril de 2012, com base no acordo de construção;

O montante de Euro 540.000 acrescido de juros desde a data da ação judicial, exigido pelo cliente como penalidades por atrasos no termo de aceitação final;

O montante de Euro 133.000 acrescido de juros desde a data da ação judicial, como pagamento de trabalhos adicionais.

As audiências tiveram início em Janeiro de 2014, tendo sido proferida decisão pelo tribunal de primeira instância, em 10 de Julho de 2014, nos seguintes termos:

Condenação da Śląskie Centrum Logistyczne a pagar à Martifer Konstrukcje uma indemnização no valor de apenas Euro 51.436,32 acrescido de juros contados desde 27 de Outubro de 2012;

Absolvição dos demais pedidos formulados pela Martifer Konstrukcje; e Condenação da Śląskie Centrum Logistyczne a pagar custas de tribunal no montante de Euro 5.607,24.

O valor da indemnização atribuída à Martifer Konstrukcje respeita a pagamento por trabalhos adicionais. Não se conformando com esta decisão a Martifer Konstrukcje interpôs recurso da mesma em 3 de Setembro de 2014, não se encontrando, à data, agendada audiência de julgamento em sede de recurso.

c) A Martifer SGPS celebrou, em 1 de Agosto de 2014, um acordo de investimento denominado “Agreement” relativo ao investimento da quantia de Euro 30 milhões na Nutre SGPS SA a realizar por entidade a deter em 80% pela sociedade Ceres Investments e no âmbito do qual, sujeito à verificação de determinadas condições, a Martifer SGPS aliena a sua participação de 49% detida no capital social da Nutre SGPS SA. O closing da transação ocorreu em 19/12/2014, data em que foi realizado 50% do investimento pela Ceres Investments. Contudo, toda a documentação relativa ao investimento e transmissão de ações ficará em escrow junto de notário até à data em que a Ceres Investments realize o remanescente do investimento de Euro 15 milhões, o que ocorreu durante o mês de Janeiro de 2015.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 149

Nos termos do acordo de investimento acima mencionado, a Martifer SGPS é responsável, na proporção da participação alienada, pelo pagamento das indemnizações a terceiros devidas pela Nutre SGPS SA, ou por alguma das suas subsidiárias, quando estas venham a ser condenadas e o montante da condenação exceda um total acumulado de Euro 500.000, com o limite máximo de Euro 14,7 milhões, por factos ocorridos até à data do acordo de investimento e pelo período de 3 anos após o closing da operação. Até à data a Martifer SGPS ainda não foi notificada de qualquer ocorrência da qual possa resultar a obrigação de indemnizar o adquirente do seu capital social na Nutre SGPS SA, nos termos acima expostos.

É expectativa do Grupo neste processo é que não ocorram perdas superiores às já registadas nas suas Demonstrações Financeiras.

35. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS - PASSIVO Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte composição:

ANO 2014 ANO 2013 Imposto sobre o valor acrescentado 2.145.790 10.976.641

Contribuições para a segurança social 3.678.660 2.289.946

Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares 249.716 755.630

Outros impostos 2.921.181 1.303.425

Impostos em outros países - -

Estado e outros entes públicos 8.995.347 15.325.642

36. OUTROS PASSIVOS CORRENTES A informação relativa aos outros passivos correntes, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 é como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Acréscimo de gastos Encargos com férias e subsídios de férias 5.000.578 5.867.390

Juros a liquidar 5.274.578 3.922.237

Produção efetuada por subempreiteiros não faturada 1.304.965 4.865.198

Outros acréscimos de gastos 2.941.373 7.377.052

14.521.494 22.031.877 Rendimentos diferidos Faturação antecipada (relativa a contratos de construção) (nota 26) 20.972.205 20.350.406

Subsídios ao investimento (nota 39) 688.811 1.753.735

Outros rendimentos diferidos 5.908.955 2.691.439

27.569.971 24.795.580 42.091.465 46.827.457

Os ‘Outros acréscimos de gastos’, em 31 de Dezembro de 2014, correspondem a fornecimentos e serviços externos prestados em 2014 e ainda não faturados. Os ‘Outros rendimentos diferidos’ incluem um valor recebido no âmbito do processo de venda da Repower e que está associado à construção de torres eólicas para o projeto Ancora Wind.

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150 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo de ‘Rendimentos diferidos – Faturação antecipada’ são como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Âncora Project (Martifer Construções) 2.039.363 -

Stadium Steel Structure - Erection (Martifer Arábia Saudita) 1.416.418 -

Scenic River Cruiser (West Sea) 1.274.870 -

Kafd Parcel (Martifer Alumínios) 2.215.903 -

Projecto Sambiente (Martifer Angola) 997.646 -

Kero Rocha Pinto (Martifer Angola) 885.383 -

Halls- Centro Olimpico (Martifer Construções BR) 866.374 -

Martifer-Amal_Fábrica de Moçambique (Martifer Construções) 750.930 788.021

Grand Stade de Lyon (Martifer França) 665.779 -

Birmingham New Street - WP3201 (Martifer Alumínios) 610.829 800.113

Building facades (Martifer Arábia Saudita) 567.585 -

Torre Serrano (Martifer Alumínios) 553.251 -

Hotel Tivoli Estoril Residence (Martifer Alumínios) 534.278 -

Bridges 1-6 Trinidad (Martifer RO) 532.978 -

Loures Business Park (Martifer Construções) 515.627 -

PF Lisboa / Porto (Martifer Solar) - 5.459.987

KASC (Martifer Arábia Saudita) - 2.282.377

KASC (Martifer Construções) - 875.720

Ancelle (Martifer Alumínios França) - 843.441

Viking Torgil (Navalria) - 793.588

2062 - Edifício Kilamba (Martifer Angola) - 745.595

Stade Lille - Charpente Métallique (Martifer França) - 620.905

0110 - Aeroporto Namibe - EM (Martifer Angola) - 568.807

Centro Polivalente Barceló - Madrid (Martifer Alumínios) - 540.062

Sawmill Tier One Solar (Martifer Solar USA) - 514.372

Outros 6.544.991 5.517.418 20.972.205 20.350.406

37. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS O Grupo recorre a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a movimentos nas taxas de juro vigentes nos seus contratos de financiamento, fixando taxas de juro. Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, foram estabelecidos os seguintes contratos de derivados:

31 de dezembro de 2013

INSTRUMENTO FINANCEIRO PARTICIPADA CONTRAPARTE NOCIONAL TIPO VENCIMENTO JUSTO VALOR

Non Deliverable Foreign Exchange Forward

Martifer Metallic Constructions SGPS SA

BANCO ESPIRITO SANTO SA

3.400.000 Cobertura Cambial com câmbio fixado a 3,3030. Sell BRL Buy EUR 25-Jun-2014 18.483

Deliverable Foreign Exchange Forward

Martifer Metallic Constructions SGPS SA

BANCO ESPIRITO SANTO SA

1.000.000 Cobertura Cambial com câmbio fixado a 1,3150. Sell USD Buy EUR 26-Mar-2014 35.323

Non Deliverable Foreign Exchange Forward

Martifer Metallic Constructions SGPS SA

Monex Europe 3.000.000 Cobertura Cambial com câmbio fixado a 3. Sell BRL Buy EUR 23-Jan-2014 75.688

EUR CALL / USD PUT - Forward Sintético

Martifer Construcoes Metalomecânicas SA

BANCO ESPIRITO SANTO SA

2.130.000 Cobertura Cambial EUR Call USD Put strike 1,3380 19-Jun-2014 47.512

Non Deliverable Foreign Exchange Forward

Martifer Metallic Constructions SGPS SA

INTL FCStone Markets, LLC 1.255.000 Cobertura Cambial com câmbio fixado a

1,3494. Sell USD Buy EUR 4-Abr-2014 19.725

Non Deliverable Foreign Exchange Forward

Martifer Metallic Constructions SGPS SA

Monex Europe 3.500.000 Cobertura Cambial com câmbio fixado a 1,3010. Sell USD Buy EUR 22-Mai-2014 184.559

Swap de Taxa de Juro Martifer Solar, S.A. Montepio 901.822 Recebe Euribor for superior a 1% e paga Euribor a 3M ( SWAP com CAP- 15000€) 5-Abr-2019 7.178

388.468

Swap de Taxa de Juro Martifer Solar, S.A. Santander Totta 5.550.000 Paga taxa fixa 2,24% e recebe Euribor 3M 21-Out-2015 (164.254)

(164.254)

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 151

31 de dezembro de 2014

INSTRUMENTO FINANCEIRO PARTICIPADA CONTRAPARTE NOCIONAL TIPO VENCIMENTO JUSTO VALOR

EUR CALL / GBP PUT - Forward Sintético

Martifer Metallic Constructions SGPS SA Novo Banco 1.000.000 Cobertura Cambial EUR Call GBP Put

strike 0,8280 20-mai-2015 (73.118)

EUR CALL / GBP PUT - Forward Sintético

Martifer Metallic Constructions SGPS SA Novo Banco 1.000.000 Cobertura Cambial EUR Call GBP Put

strike 0,8320 5-jun-2015 (78.479)

Deliverable Foreign Exchange Forward

Martifer Metallic Constructions SGPS SA Monex Europe 1.000.000 Cobertura Cambial com câmbio fixado

a 0,825. Sell GBP Buy EUR 10-jun-2015 (68.237)

Martifer Metallic Constructions SGPS SA FC Stone Saldo conta margem 3.221

(216.614)

O justo valor dos instrumentos financeiros acima referidos, avaliados pelas contrapartes, por se tratarem de cash-flow hedges foram registados por contrapartida da rubrica de capitais próprios ‘Reservas de justo valor – Derivados’ e em ‘Derivados’ no ativo e passivo.

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo (essencialmente, swaps de taxa de juro) foi efetuado pelas respetivas contrapartes (instituições financeiras com quem celebramos tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e, utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respetivas taxas forwards e fatores de desconto, que servem para descontar os cash flows fixos (fixed leg) e os cash flows variáveis (floating leg). O somatório das duas legs, dá o NPV (Net Present Value ou Valor Atualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados).

38. COMPROMISSOS Garantias Financeiras

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, as garantias bancárias prestadas por conta do Grupo a terceiros referentes a garantias bancárias e a seguros caução prestados a donos de obras cujas empreitadas estão a cargo das diversas empresas do Grupo, discriminadas por moeda eram como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Euro 62.776.134 106.829.281

Zloti 1.527.692 2.186.048

Novo Leu 582.705 88.200

Dólar Americano 57.260.888 53.300.201

Dólar Australiano - 348.352

Dirham Marroquino 81.825 80.027

Libra Estrelina 14.845.136 3.335.944

Real 5.452.876 11.247.833

Rupia 544.845 518.356

Peso do Chile 59.758 -

143.131.859 177.934.242

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152 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O detalhe por empresa do Grupo é como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Martifer Construções 28.049.199 39.596.777

Martifer Metallic Constructions SGPS 8.034.731 12.878.285

Martifer Solar Srl - -

Martifer Solar - 23.899.626

Navalria 13.382 709.882

West Sea Lda 435.500 -

Martifer Alumínios 7.627.965 8.207.459

Martifer Solar Sistemas Solares - 3.214.891

Martifer Construcciones Metálicas Espanha 1.252.100 2.494.421

Martifer Solar NV - 18.757.320

Martifer Polska 554.820 662.451

Martifer Constructii 1.367.981 551.671

Eviva Hidro SRL - -

Eviva Nalbant SRL - 27.511

Sassal Aluminium PTY LTD - 348.352

Martifer Construções SK 853.427 479.546

Martifer Konstrukcje 841.132 1.117.069

EUROCAB FV 1 SL 29.770 29.770

EUROCAB FV 8 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 9 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 10 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 11 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 12 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 17 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 18 SL 11.227 11.227

Martifer Renewables SGPS - -

Martifer Solar USA, INC - 2.275.771

Martifer Silverado Fund, LLC - 46.713.806

Martifer Construções SAS 70.000 1.059.757

Martifer Construções Lda (Brasil) 5.452.876 10.905.292

Martifer Solar Hellas - -

Martifer Alumínios Lda (Brasil) - 342.540

Martifer Construções Angola 3.763.951 2.936.698

Inspira Martifer Solar Lda - 518.356

Martifer Energia RO SRL - 128.400

Martifer Solar Srl 2.411.610 -

Martifer Solar 14.905.136 23.899.626

Martifer Solar Sistemas Solares 37.350 3.214.891

Martifer Solar NV 1.459.388 18.757.320

Martifer Silverado Fund, LLC 53.062.359 46.713.806

Inspira Martifer Solar Lda 544.845 -

MARTIFER SOLAR CHILE OPERACIONES [CH] 59.758 -

MARTIFER SOLAR UK [UK] 12.225.987 -

143.131.859 177.934.242

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 153

Em 31 de dezembro de 2014 não existem compromissos com créditos documentários à importação. Em 31 de dezembro de 2013 os compromissos com créditos documentários à importação eram os seguintes:

ANO 2013

Martifer Solar, S.A. 5.147.669

Martifer Construções, S.A. 1.931.028

Martifer Solar Sistemas Solares 434.469

7.513.166

Adicionalmente, apresentam-se os principais valores de outras garantias operacionais:

ANO 2014 ANO 2013

Martifer Solar SA 4.118.277 3.625.553

Martifer Solar Sistemas Solares 33.795.789 33.533.190

Martifer SGPS 88.898.000 88.898.000

126.812.065 126.056.743

O valor apresentado, em 2014 e 2013, inclui uma fiança de Euro 26,5 milhões a favor da BP Portugal, para garantir pagamentos resultantes da aquisição de combustíveis pela Prio Energy, S.A., bem como outras garantias no âmbito dos compromissos assumidos com a construção de parques solares.

Em virtude dos contratos de EPC para construção de parque solares obrigarem a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas a assumir determinadas garantias, entre as quais, a garantia da qualidade dos materiais e desenho, das instalações fotovoltaicas, de obtenção de determinados rácios de performance e de potência dos módulos fotovoltaicos, a Martifer SGPS comprometeu-se a dotar a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas dos meios necessários para garantir o cumprimento integral das obrigações contratuais. Neste momento, considera-se que a Martifer Solar já tem capacidade de suportar estes compromissos sem o recurso à Holding.

O valor apresentado de responsabilidades assumidas pela Martifer Solar, SA respeita essencialmente a garantias no âmbito dos compromissos assumidos com o desenvolvimento e a construção de parques solares.

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154 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Garantias reais

Em 31 de dezembro de 2014 as garantias reais prestadas pelo Grupo são como se segue:

EMPRESA GARANTIA VALOR DO ATIVO SUBJACENTE

VALOR EM DÍVIDA

Martifer Metallic Constructions SGPS Penhor de Ações da Martifer Alumínios SA 45% (n.º ações 225.000) 225.000 16.250.000 Martifer SGPS Penhor de Ações da Martifer Solar SA 55% (n.º ações 27.500.000) 27.500.000 6.638.986

Martifer SGPS Hipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo 1943) - Fab. Componentes Penhor de bens MT Construções 7.666.657 15.499.448

Martifer Construções SA Hipoteca Genérica de 5M€ sobre prédio urbano Vale Tripeiro, lote 10 - I/J/K/L/M/N/O (Benavente) 3.250.068 5.000.000

Martifer SGPS

Hipoteca Genérica (7,5M€) do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914). 8.901.266

83.000.000 Penhor 2º grau das Ações da Martifer Solar SA 55% (n.º ações 27.500.000) Penhor 1º grau das Ações da Martifer Renewables SGPS 65% (n.º ações 65.000.000)

65.000.000

Martifer SGPS

Hipoteca 1º grau do Edifício Industrial Unidade de Corte (Monoblocos), Hipoteca 1º grau do Edifício Sede, Hipoteca 2º grau do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914).

1.364.366 1.900.000

Martifer Construções SA 5.790.505 3.249.564

Martifer Alumínios SA 3.249.936

Navalria SA 1.590.260

Martifer SGPS Hipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo P-2003) Fáb. OlF MTC 577.639 7.500.000

Martifer Construções SA Hipoteca do Edifício Industrial MT Alumínios (artigo 2079) 1.249.681 5.000.000

Martifer Construções SA

Penhor 1º grau sobre 25% das Ações da Martifer Renewables SGPS (n.º ações 25,000,000) 25.000.000

2.955.286

Martifer Construções SA - Martifer Alumínios SA 1.000.000 Martifer Alumínios SA - Promoquatro Lda 2.000.000

Martifer Energy Systems SGPS 3.000.000

Martifer SGPS Penhor Loan Note Class A n. 5 4.500.000 2.500.000

Martifer Construções SA Promessa Penhor Loan Note Class A n. 6 4.500.000 2.500.000

Martifer Alumínios SA Hipoteca Edifício Piloto Hipoteca Armazém de Alverca Hipoteca Armazém da Trofa Hipoteca Terreno e armazéns Albergaria

102.173 2.600.000

Martifer Metallic Constructions SGPS

218.183

14.000.000 84.524

1.415.300

Martifer Renovables ETVE, S.A.U.

Penhor 1º grau sobre 100% das Ações das seguintes empresas: Eurocab FV 1, S.L., Eurocab FV 2, S.L., Eurocab FV 3, S.L., Eurocab FV 4, S.L., Eurocab FV 5, S.L., Eurocab FV 6, S.L., Eurocab FV 7, S.L., Eurocab FV 8, S.L., Eurocab FV 9, S.L., Eurocab FV 10, S.L., Eurocab FV 11, S.L., Eurocab FV 12, S.L., Eurocab FV 13, S.L., Eurocab FV 14, S.L., Eurocab FV 15, S.L., Eurocab FV 16, S.L., Eurocab FV 17, S.L., Eurocab FV 18, S.L., Eurocab FV 19, S.L.,

425.000 27.770.000

Penhor de 50 % das Ações da Martifer Renovables ETVE 65.100

Martifer Construções Metálicas LTDA Depósito caução Banco Safra

201.819

65.264

Martifer Construções Metálicas LTDA Depósito caução Banco Safra 140.273

Martifer Construções Metálicas LTDA Depósito caução Banco Safra 140.041

Martifer Construções Metálicas LTDA Depósito caução Banco Itaú 93.147

54.207

Martifer Construções Metálicas LTDA Depósito caução Banco Itaú 283.948

Martifer Constructii SRL Hipoteca da Fábrica 4.198.332 615.449

Eviva Nalbant Hipoteca dos terrenos dos parques e de todos os equipamentos/construção inseridos no projeto/parques 114.638

13.555.730 Penhora de 100% das ações da Eviva Nalbant 781

Penhora de todos os bens móveis (seguros, contas bancárias, contas a receber, propriedade intelectual etc…) 1.267.594

Martifer Solar SA Hipoteca sobre imovel e promessa de penhor de equipamento/existências 8.846.980 4.757.913

172.558.753 226.816.305

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 155

No que respeita aos ativos fixos tangíveis adquiridos chama-se atenção para os seguintes compromissos contratuais:

Em 27 de Novembro de 2014 foi assinado acordo de renegociação do Contrato de Atribuição de Capacidade de Injeção de Potência na Rede do Sistema Elétrico de Serviço Público para Energia Elétrica Produzida em Centrais Eólicas celebrado a 18 de Setembro de 2007 entre a Ventinveste, S.A e a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). Este acordo permitiu a alteração da estrutura societária e separação completa e absoluta entre o cluster industrial e o cluster eólico. Relativamente aos compromissos industriais, as negociações havidas com a DGEG permitiram a exoneração do Grupo Martifer de todas as obrigações de investimento e criação de emprego no cluster industrial. Foram também acordados os princípios segundo o quais o compromisso de financiamento de investigação a designar pelo Ministério da Economia e da Inovação (através do Fundo de Inovação) ficaria definitivamente regularizado.

39. SUBSÍDIOS O detalhe dos subsídios ao investimento atribuídos ao Grupo com impacto no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 é como se segue:

VALOR DOS ATIVOS

VALOR DO SUBSÍDIO

SALDO EM RENDIMENTOS

DIFERIDOS (NOTA 36)

EFEITO NA DEMONSTRAÇÃO DOS

RESULTADOS Edifícios e outras construções 5.797.465 4.203.885 431.238 76.673

Equipamento básico 7.832.920 2.373.768 257.452 86.700

Outros subsídios ao investimento 150.620 142.409 121 950

Saldo final 31 dezembro 2014 13.781.005 6.720.062 688.811 164.322

O detalhe dos subsídios à exploração registados na demonstração dos resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2013, na rubrica de outros rendimentos / (gastos) operacionais é como se segue:

EMPRESA DESIGNAÇÃO EFEITO NA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS (NOTA 5) Martifer Construções Estágios 215.567

Martifer Alumínios EOEP 686

Navalria Modernização de infra-estruturas 2.362

Martifer Inovação e Gestão EOEP 3.711

West Sea EOEP 144

222.470

40. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS a) Saldos e transações

As participadas do Grupo têm relações entre si que se qualificam como transações com partes relacionadas. Todas estas transações são efetuadas a preços de mercado.

Nos procedimentos de consolidação estas transações são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias como se de uma única empresa se tratasse.

Os saldos e transações com empresas associadas e empreendimentos conjuntos, bem como com outros acionistas e empresas com eles relacionadas, ascenderam aos seguintes montantes:

CUSTOS PROVEITOS CONTAS A RECEBER CONTAS A PAGAR

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Empresas associadas 456.641 520.440 1.429.223 8.045.978 5.804.058 63.890.558 458.850 1.739.781 Empreendimentos

conjuntos 1.965 11.237 2.749.988 1.318.881 41.745.438 33.791.721 942.851 1.184.598

Outras Entidades 3.301.725 39.151 2.233.316 2.633.823 4.697.138 4.084.915 3.728.268 12.837.186

3.760.331 570.828 6.412.527 13.007.414 52.246.635 115.828.125 5.129.969 16.127.785

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156 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Para além dos valores mencionados, nos quadros apresentados acima e abaixo, não existem quaisquer outros saldos ou transações mantidas com partes relacionadas do Grupo.

As contas a receber e a pagar a empresas relacionadas serão liquidadas em numerário e não se encontram cobertas por garantias. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 não foram reconhecidas perdas de imparidade relativamente a contas a receber de partes relacionadas.

b) Remunerações da administração e de outros gestores chave

As remunerações atribuídas aos membros da administração e a outros gestores chave durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 ascenderam a Euro 940.825 e Euro 1.045.109, respetivamente.

Estas remunerações são determinadas pela comissão de vencimentos, tendo em conta o desempenho individual e a evolução deste tipo de mercado de trabalho.

As remunerações atribuídas ao pessoal chave da gerência por categoria de remuneração podem ser resumidas como se segue (valores em Euro):

ANO 2014 ANO 2013

Remunerações fixas 819.464 945.401

Remunerações variáveis 121.361 99.708

940.825 1.045.109

A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Martifer SGPS, aprovada nos termos da Lei 28/2009, bem como o montante anual da remuneração auferida pelos membros dos referidos órgãos, de forma agregada e individual é apresentado no Relatório de Governo Societário.

Adicionalmente, procede-se à apresentação dos Administradores da Martifer SGPS:

i. Carlos Manuel Marques Martins

ii. Jorge Alberto Marques Martins

iii. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira

iv. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo

v. Luís Filipe Cardoso da Silva

vi. Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha

vii. Luis Valadares Tavares

41. EVENTOS SUBSEQUENTES Desde a data de referência das contas não ocorreram outros factos que que afetem a informação financeira divulgada.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 157

42. RECEBIMENTOS / PAGAMENTOS DE ATIVOS FINANCEIROS Os recebimentos e pagamentos de ativos financeiros ocorridos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 podem ser analisados como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Recebimentos:

Alienação da Vesto 80.000 -

Alienação da Rosa dos Ventos 23.642.134 -

Alienação da MTS Spittleborough Solar Limited 38.720 -

Alienação de 50% da MT Solar Canada 26.675 -

Alienação da MTS Francis Court 128 -

Alienação da MTS Hill Farm 1 -

Alienação da MTS Rydon Solar, Ltd 42.665 -

Alienação da Steadfast Molland Solar 49.473 -

Alienação da Gargano Solar Park s.r.l. 15.000 -

Alienação da Eviva Mepe - 124.000

Alienação da Prio Agriculture BV - 13.780

Alienação da Wiatrowa - 7.573.569

Alienação da LRCC - 1.989.180

Alienação de 51% da MTS3 - 419.604

Alienação da MTS4 - 1.960.932

Alienação da Sol Cativante VII - 50.000

Recebimentos:

das unidades operacionais em continuação 23.722.134 7.587.349

as atividades descontinuadas 172.661 4.543.716

Pagamentos:

Aquisição de 100% Solariant Portfolio GK One (272.074) -

Aquisição de 28% Eviva Gizalki - (1.000.000)

Aquisição de 2,5% Rosa dos Ventos - (622.859)

Pagamentos:

das unidades operacionais em continuação - (1.622.859)

as atividades descontinuadas (272.074) -

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158 RELATÓRIO E CONTAS 2014

43. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 31 março de 2015. Adicionalmente, as demonstrações financeiras anexas em 31 de dezembro de 2014, estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas. No entanto, o Conselho de Administração do Grupo entende que as mesmas virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

Oliveira de Frades, 31 de março de 2015

A Técnica Oficial de Contas A Administração

__________________________________ __________________________________

Isabel Cristina Loureiro Silva Carlos Manuel Marques Martins (Presidente)

__________________________________

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente)

__________________________________

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Luís Filipe Cardoso da Silva (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Luís Valadares Tavares (Vogal do Conselho de Administração)

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160 RELATÓRIO E CONTAS 2014

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162 RELATÓRIO E CONTAS 2014

13 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

NOTAS ANO 2014 ANO 2013

Vendas e prestações de serviços 2 1.016.372 449.728 Outros rendimentos operacionais 244.502 35.378 Fornecimentos e serviços externos 3 (381.089) (469.932) Gastos com o pessoal 4 (589.932) (571.139) Outros gastos operacionais (23.760) (13.529) 266.093 (569.494) Amortizações e depreciações 9 e 10 (8.076) (19.230) Provisões 5 - (596.212) Perdas de imparidade 5 (119.189.472) (65.786.553) Resultado operacional (118.931.455) (66.971.489) Rendimentos e ganhos financeiros 6 7.794.453 28.705.303 Gastos e perdas financeiros 6 (10.508.639) (11.237.308) Resultado antes de imposto sobre o rendimento (121.645.641) (49.503.494) Imposto sobre o rendimento 7 32.710 123.499 Resultado líquido do exercício (121.612.930) (49.379.995) Resultado líquido por ação: Básico 8 (1,2437) (0,5050) Diluído 8 (1,2437) (0,5050)

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 163

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

ANO 2014 ANO 2013

Resultado líquido do exercício (121.612.930) (49.379.995)

Justo valor de instrumentos financeiros derivados, líquido de imposto - 100.705

Resultados reconhecidos diretamente no capital próprio - 100.705 Rendimento integral do exercício (121.612.930) (49.279.290)

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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164 RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

NOTAS 31 DEZEMBRO 2014 31 DEZEMBRO 2013

ATIVO Não Corrente Ativos intangíveis 9 1.189 6.187 Ativos fixos tangíveis 10 4.749 5.577 Investimentos financeiros 11 160.287.373 291.854.870 Empresas do grupo 12 22.141.319 19.824.842 Outros devedores 13 19.600.000 - Ativos por impostos diferidos 7 2.065.066 1.752.346 204.099.695 313.443.820 Corrente Clientes 13 3.331.425 2.911.231 Imposto sobre o rendimento 165.972 - Empresas do grupo 12 5.934.932 19.319.180 Outros devedores 13 2.296.336 336.502 Diferimentos 12.814 115.767 Caixa e seus equivalentes 15 598.842 1.539.580 12.340.321 24.222.260 Total do Ativo 216.440.014 337.666.080 CAPITAL PRÓPRIO Capital 16 50.000.000 50.000.000 Ações próprias 16 (2.868.519) (2.868.519) Prémios de emissão 16 186.500.000 186.500.000 Reservas legais 16 7.696.844 7.696.844 Outras reservas 16 2.868.519 2.868.519 Resultados transitados 16 (63.162.425) (13.782.430) Resultado líquido do exercício (121.612.930) (49.379.995) Total do Capital Próprio 59.421.489 181.034.420 PASSIVO Não Corrente Provisões 19 618.500 618.500 Empréstimos 17 104.184.334 119.257.146 Credores Diversos 290.125 - 105.092.959 119.875.646 Corrente Fornecedores 18 938.867 1.028.326 Imposto sobre o rendimento - 78.351 Estado e outros entes públicos 14 60.551 59.438 Empresas do Grupo 12 25.150.567 8.731.502 Empréstimos 17 23.343.601 25.630.759 Credores diversos 18 2.431.980 1.227.637 Derivados - - 51.925.566 36.756.014 Total do Passivo 157.018.525 156.631.660 Total do Capital Próprio e do Passivo 216.440.014 337.666.080

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 165

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

CAPITAL AÇÕES PRÓPRIAS

PRÉMIOS DE EMISSÃO RESERVAS LEGAIS OUTRAS

RESERVAS RESULTADOS TRANSITADOS

OUTRAS VARIAÇÕES NO

CAPITAL PRÓPRIO

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO

Saldo em 1 de janeiro de 2013 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 7.696.844 2.868.519 (1.264.544) (100.705) (12.517.886) 230.313.709 Aplicação do resultado líquido de 2012 - - - - - (12.517.886) - 12.517.886 - Rendimento integral do exercício: - -

Resultado líquido do exercício - - - - - - - (49.379.995) (49.379.995) Justo valor de instrumentos financeiros derivados - - - - - - 100.705 - 100.705 Justo valor de ativos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - - Reserva de revalorização de ativos tangíveis - - - - - - - - -

Total do Rendimento Integral do período - - - 100.705 (49.379.995) (49.279.290) Distribuição de dividendos - - - - - - - - - Aquisição/alienação de ações próprias - - - - - - - - - Opções sobre ações – valor dos serviços prestados - - - - - - - - - Alienação de ativos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - - Realizações de prémios de emissão - - - - - - - - - Outras operações - - - - - - - - - Saldo em 31 de dezembro de 2013 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 7.696.844 2.868.519 (13.782.430) - (49.379.995) 181.034.420 Saldo em 1 de janeiro de 2014 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 7.696.844 2.868.519 (13.782.430) - (49.379.995) 181.034.420 Aplicação do resultado líquido de 2013 - - - - - (49.379.430) - (49.379.995) - Rendimento integral do exercício: - -

Resultado líquido do exercício - - - - - - - (121.612.930) (121.612.930) Justo valor de instrumentos financeiros derivados - - - - - - - Justo valor de ativos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - - Reserva de revalorização de ativos tangíveis - - - - - - - - -

Total do Rendimento Integral do período - - - (121.612.930) (121.612.930) Distribuição de dividendos - - - - - - - - - Aquisição/alienação de ações próprias - - - - - - - - - Opções sobre ações – valor dos serviços prestados - - - - - - - - - Alienação de ativos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - - Realizações de prémios de emissão - - - - - - - - - Outras operações - - - - - - - - - Saldo em 31 de dezembro de 2014 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 7.696.844 2.868.519 (63.162.425) - (121.612.930) 59.421.489

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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166 RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

NOTAS ANO 2014 ANO 2013

ATIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de clientes 801.644 3.041 Pagamentos a fornecedores (446.761) (142.621)

Pagamentos ao pessoal (470.435) (551.601) Fluxos gerados pelas operações (115.552) (691.181) Pagamento de imposto sobre o rendimento (173.036) 373.788 Outros recebimentos /(pagamentos) de atividades operacionais 234.377 (284.407) Outros fluxos gerados 61.341 89.381 Fluxos das atividades operacionais (1) (54.211) (601.800)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 24 23.080.260 92.786.985 Ativos fixos tangíveis 3.549 5.767 Juros e rendimentos similares 772.834 1.563.563 Dividendos 6 2.942.492

23.856.643 97.298.807 Pagamentos respeitantes a: -

Investimentos financeiros 24 (18.643.735) (94.158.008)

Ativos fixos tangíveis (7.843) (2.641)

Ativos intangíveis (1.750) (18.651.678) (94.162.399) Fluxos das atividades de investimento (2) 5.204.965 3.136.408

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 33.668.947 491.096.608 33.668.947 491.096.608 Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (31.345.659) (481.315.043)

Juros e gastos similares (8.414.780) (11.224.813) Aquisição de ações próprias -

(39.760.439) (492.539.856) Fluxos das atividades de financiamento (3) (6.091.492) (1.443.248) Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (940.738) 1.091.360 Efeito das diferenças de câmbio - Caixa e seus equivalentes no início do período 1.539.580 448.220 Caixa e seus equivalentes no fim do período 598.842 1.539.580

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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168 RELATÓRIO E CONTAS 2014

14 | NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS NOTA INTRODUTÓRIA A Martifer SGPS, S.A. (“Empresa”) é uma sociedade anónima, com sede na Zona Industrial, Apartado 17, Oliveira de Frades - Portugal, constituída em 29 de outubro de 2004 e que tem como atividade principal a gestão das participações sociais por si detidas e prestação de serviços de suporte às empresas do Grupo.

A partir de junho de 2007, e após a realização com sucesso de uma Oferta Pública de Subscrição, a Martifer SGPS, S.A. passou a ter as suas ações cotadas na Euronext Lisboa.

A Empresa encontra-se obrigada, nos termos do Artº 4º do Regulamento nº 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, a elaborar as suas demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS") tal como adotadas pela União Europeia nos termos do Artº 3º do referido regulamento.

De acordo com o permitido pelo Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de julho, as demonstrações financeiras individuais foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro.

Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em Euro, salvo se expressamente referido em contrário.

1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas respeitam às demonstrações financeiras individuais da Martifer SGPS SA e foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de janeiro de 2014. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (‘IASB’) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (‘IFRIC’) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (‘SIC’), que tenham sido adotadas na União Europeia.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da Empresa, no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, exceto para a revalorização de certos ativos não correntes e de certos instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor.

As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados pela Empresa no exercício de 2014 foram consistentes com os aplicados pela Empresa na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para efeitos comparativos, exceto no que respeita às normas e interpretações cuja data de eficácia corresponde aos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014, da adoção das quais não resultaram impactos significativos no rendimento integral ou na posição financeira da Empresa.

Adoção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014, foram adotadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2014:

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 169

DATA DE EFICÁCIA

IAS 32 – Instrumentos financeiros: apresentação 01-01-2014

IAS 36 – Imparidade de ativos 01-01-2014

IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração 01-01-2014

Alterações IFRS 10, 12 e IAS 27: Entidades de investimento 01-01-2014

IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas 01-01-2014

IFRS 11 – Acordos conjuntos 01-01-2014

IFRS 12 – Divulgação de interesses em outras entidades 01-01-2014

Alterações IFRS 10, 11 e 12: Transição 01-01-2014

IAS 27 – Demonstrações financeiras separadas 01-01-2014

IAS 28 – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos 01-01-2014

O efeito nas demonstrações financeiras da Empresa do exercício findo em 31 de dezembro de 2014, decorrente da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi material.

Normas efetivas em ou após 1 de Julho de 2014, ainda não endossadas pela UE

As seguintes normas, interpretações, alterações e revisões, foram já emitidas a esta data, embora não se encontrem ainda aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia:

Interpretações e alterações efetivas em ou após 1 de julho de 2014

DATA DE EFICÁCIA

Melhorias às normas 2011 – 2013 01-01-2015

IFRIC 21 – ‘Taxas do Governo’ (“Levies”) 17-06-2014

Não são esperados efeitos significativos decorrentes da aplicação destas normas nas Demonstrações Financeiras da Empresa.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adotou certos pressupostos e estimativas que poderão afetar os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados (Nota 1 xvii)). Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de

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170 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras, e das informações existentes naquela data.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Acionistas. O Conselho de Administração da Empresa aprovou-as para emissão, no dia 31 de março de 2015, e é sua convicção que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS, JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS

Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demonstrações financeiras individuais da Empresa, nos exercícios apresentados, são os seguintes:

i) Ativos não correntes classificados como detidos para venda

Os ativos não correntes são classificados como detidos para venda quando o valor dos mesmos for recuperado através de uma operação de venda, ao invés do seu uso continuado ou quando a Empresa perde o controlo sobre uma unidade operacional significativa. Contudo, tal classificação exige que a transação de venda seja altamente provável, que o ativo se encontre disponível para venda imediata, que o Conselho de Administração da Empresa esteja comprometido com a alienação do mesmo e que a mesma ocorra no curto prazo (normalmente, mas não exclusivamente no prazo de um ano).

Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são registados ao mais baixo do seu valor contabilístico, ou do seu valor de realização, deduzido dos gastos com a sua alienação, sendo a amortização dos ativos fixos afetos à unidade operacional detida para venda interrompida durante tal período.

ii) Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis adquiridos pela Empresa encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidos se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para a Empresa, se possa medir razoavelmente o seu valor e se a Empresa possuir o controlo sobre os mesmos.

Os ativos intangíveis são constituídos basicamente por software e direitos de propriedade industrial, sendo os mesmos amortizados pelo método das quotas constantes durante um período de três anos.

iii) Ativos tangíveis

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas de imparidade acumuladas.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Equipamento de transporte 4 anos Equipamento administrativo 3 a 5 anos

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.

iv) Ativos e passivos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando a Empresa se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro.

a) Instrumentos financeiros:

A Empresa classifica os ativos financeiros nas seguintes categorias: ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’, ‘Empréstimos e contas a receber’, ‘Investimentos detidos até ao vencimento’ e ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’. A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 171

A classificação é definida no momento do reconhecimento inicial e reapreciada numa base trimestral.

- Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘ativos financeiros detidos para negociação’ e ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria, nomeadamente, se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, exceto se estiverem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expetável que se realizem num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira;

- Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os ativos financeiros, não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;

- Ativos financeiros disponíveis para venda: incluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Os ‘investimentos detidos até ao vencimento’ são classificados como investimentos não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira. Os investimentos registados ao justo valor através de resultados são classificados como investimentos correntes.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é considerado como sendo o valor pago, incluindo despesas de transação, no caso de ativos financeiros disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os ativos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados e os ativos financeiros disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço (medido pela cotação ou valor de avaliação independente), sem qualquer dedução relativa a custos de transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os ativos financeiros que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos ativos financeiros disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda de imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração dos resultados.

Os ganhos ou perdas resultantes da alteração de justo valor dos instrumentos financeiros valorados ao justo valor através de resultados são registados nas demonstrações dos resultados na rubrica de resultados financeiros.

Os ativos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado, através da taxa de juro efetiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

Os ativos financeiros em partes de capital em empresas subsidiárias e associadas são mensurados de acordo com o estabelecido no IAS 27 ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

b) Clientes e outras contas a receber

As dívidas de ‘Clientes’ e de ‘Outros devedores’ não têm implícitos juros e são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade reconhecidas nas rubricas de ‘Perdas de imparidade acumuladas’, por forma a que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.

c) Financiamentos obtidos

Os financiamentos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de comissões com a emissão desses financiamentos. Os encargos financeiros apurados de acordo com a taxa de juro efetiva são contabilizados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

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d) Fornecedores e outras contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor.

e) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação. São considerados pela Empresa instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transação evidencie que a Empresa detém um interesse residual num conjunto de ativos após dedução de um conjunto de passivos.

f) Instrumentos financeiros derivados

A Empresa utiliza instrumentos financeiros derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação. A utilização de instrumentos financeiros derivados encontra-se devidamente aprovada pelo Conselho de Administração da Empresa.

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos financeiros de cobertura de fluxos de caixa respeitam exclusivamente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

Os instrumentos financeiros de cobertura de taxa de juro (cobertura de cash-flow) são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente revalorizados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efetiva, são reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor – Derivados’, sendo transferidos para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta os resultados. A parcela de cobertura não efetiva é registada na demonstração dos resultados do exercício, no momento em que é apurada.

A revalorização dos instrumentos financeiros derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor - Derivados” são transferidas para resultados do exercício, e as revalorizações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

v) Caixa e seus equivalentes

Os montantes incluídos na rubrica de ‘Caixa e seus equivalentes’ correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria (com vencimento inferior a três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro) para os quais o risco de alteração de valor não é significativo.

vi) Rédito e especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de ‘Outras contas a receber’, ‘Diferimentos’ e ‘Outras contas a pagar’’.

O rédito associado a dividendos é reconhecido no momento em que o direito da Empresa ao recebimento dos mesmos for estabelecido.

O rédito associado aos juros é reconhecido de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, tendo em consideração o valor do capital mutuado e a taxa de juro efetiva da operação.

vii) Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data da

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 173

demonstração da posição financeira, são registadas, pelo seu valor bruto, como ganhos e perdas na demonstração dos resultados do exercício.

viii) Impostos sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício inclui o imposto corrente e o imposto diferido, de acordo com a IAS 12. O imposto corrente é calculado com base nos respetivos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede da Empresa.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como a alguns créditos fiscais atribuídos à Empresa.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados apenas quando existem expetativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação dos impostos diferidos ativos, sendo os mesmos desreconhecidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

O montante de imposto diferido que resulte de transações ou eventos reconhecidos em contas de capital próprio, é registado diretamente nessas mesmas rubricas, não afetando o resultado do exercício.

ix) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

x) Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.

xi) Imparidade de ativos

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Provisões e perdas de imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e, consequentemente, o ativo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (quer através do custo histórico, quer através do seu valor reavaliado, líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

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174 RELATÓRIO E CONTAS 2014

xii) Benefícios aos empregados

Remunerações variáveis

De acordo com as disposições estatutárias de algumas sociedades do Grupo, os acionistas destas sociedades aprovam em Assembleia-Geral ou uma Comissão de Fixação de Vencimentos eleita pelos acionistas fixa, quanto eleita, a remuneração fixa e a remuneração variável a ser distribuída aos membros dos órgãos sociais. As remunerações variáveis são contabilizadas nos resultados do exercício a que respeitam.

xiii) Classificação na demonstração da posição financeira

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados como ativos e passivos não correntes.

xiv) Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos divulgados, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota.

Um ativo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

xv) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. A Empresa classifica na rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de financiamento e de investimento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos tangíveis e intangíveis.

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de financiamento incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, e pagamento de dividendos.

xvi) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (adjusting events) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira (non adjusting events), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

xvii) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da Empresa baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 incluem:

- testes de imparidade realizados aos ativos financeiros; - registo de provisões e perdas de imparidade; - apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados; - reconhecimento de ativos por impostos diferidos decorrentes de perdas fiscais;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 175

consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.

xviii) Gestão dos riscos financeiros

A incerteza, característica dominante dos mercados, comporta em si uma variedade de riscos aos quais as atividades do Grupo Martifer se encontram expostas, designadamente, risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro, risco de liquidez e risco de crédito.

a) Risco de taxa de câmbio

O risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A exposição ao risco de taxa de câmbio da Empresa resulta da existência de subsidiárias localizadas em países em que a moeda local é diferente do Euro e das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela Empresa tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados a flutuações cambiais.

b) Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

A Empresa recorre a financiamentos externos no decurso da sua atividade, estando exposta ao risco de taxa de juro já que grande parte da dívida financeira da Empresa está indexada a taxas de juro de mercado.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, a Empresa recorre a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

c) Risco de liquidez

O risco de liquidez traduz a capacidade da Empresa e do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

O principal objetivo da política de gestão de risco da liquidez é garantir que o grupo tem ao seu dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, através de uma adequada gestão da relação custo – maturidade dos financiamentos.

Adicionalmente e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o Grupo procurou reestruturar a divida de forma a que acompanhe a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo.

Nesse sentido, o Grupo tenciona adequar a maturidade de inflows da atividade operacional e de (des)investimento aos outflows da atividade de financiamento.

No final de 2014, o Grupo procurou junto das principais instituições financeiras reestruturar a sua dívida através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e uma maturidade que permita que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

O Grupo tem a expetativa de concluir o processo de negociação durante o primeiro semestre de 2015

A direção financeira faz o acompanhamento da implementação das políticas de gestão de risco definidas pela administração de forma a garantir que os riscos económicos e financeiros são identificados mensurados e geridos de acordo com tais políticas.

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176 RELATÓRIO E CONTAS 2014

d) Risco de crédito

O risco de crédito, na Empresa, resulta maioritariamente do seu relacionamento com Instituições financeiras, no decurso normal da sua atividade, associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais a Sociedade tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, a Empresa diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito e privilegia a contratação de instrumentos financeiros pouco complexos, em detrimento de instrumentos cuja estrutura não seja completamente conhecida.

2. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS As vendas e prestações de serviços para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 referem-se, maioritariamente, aos fees de gestão (management fees) debitados às participadas:

ANO 2014 ANO 2013

Prestações de serviços (Nota 22) 1.016.372 449.728

1.016.372 449.728

Durante o ano de 2014, o nível dos serviços de suporte que a Holding prestou às restantes empresas do Grupo aumentou significativamente, devido ao facto de parte dos serviços prestados pela sociedade, terem sido faturados às Áreas de Negócio, e ao aumento de prestação de serviços por parte da Administração.

3. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 é a seguinte:

ANO 2014 ANO 2013

Trabalhos especializados 261.030 260.611

Seguros 56.178 75.138

Honorários 14.675 96.100

Deslocações e estadas 27.745 15.551

Combustíveis 5.541 9.374

Comunicação 2.918 4.194

Conservação e reparação 2.827 2.866

Material de escritório 221 2.829

Contencioso e notariado 3.861 2.054

Artigos para oferta 66 -

Despesas de representação 2.044 1.153 Outros 3.983 63

381.089 469.932

A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos sofreu uma diminuição em 2014, que está essencialmente relacionada com os seguros de responsabilidade civil e honorários, registados em “Seguros” e “Honorários”. A rubrica de ‘Trabalhos especializados’ está relacionada com a prestação de serviços de assessoria e financeira.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 177

4. GASTOS COM O PESSOAL Os gastos com o pessoal nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 podem ser analisados como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Remunerações 477.377 432.183

Encargos Sociais:

Outros 112.555 138.956

589.932 571.139

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a rubrica ‘Outros’ inclui, essencialmente, os gastos suportados com a Segurança Social, com gastos de ação social, formação, medicina no trabalho e seguro de acidentes de trabalho.

O aumento da rubrica de Gastos com o Pessoal em 2014, deve-se ao facto de os colaboradores afetos à entidade serem de nível superior hierárquico. Durante os exercícios de 2014 e 2013, o número médio de pessoal ao serviço da Empresa pode ser analisado como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Administradores 5 2

Ouros colaboradores 9 8

14 10

5. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE As provisões e as perdas de imparidade dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 são como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Perdas de imparidade em ativos financeiros (Nota 11) 119.189.472 65.786.553

Provisões - 596.212

119.189.472 66.382.765

No final de 2014, foram registadas perdas de imparidade, no valor de 119 milhões de euros, na sequência dos testes de imparidade efetuados àqueles ativos. O reforço da perda de imparidade no exercício deve-se essencialmente à deterioração dos capitais próprios das suas participadas, motivadas pelas perdas resultantes da atividade operacional (vide Nota 11).

Os testes de imparidade aos vários investimentos da Empresa foram elaborados de acordo com o método de Discounted Cash Flow (DCF). Os valores das avaliações são suportados pelos desempenhos passados e pelas expetativas de desenvolvimento do mercado, tendo sido elaboradas projeções, a cinco anos, de cash flows futuros para cada um dos negócios, baseados em planos de médio/longo prazo aprovados pelos Conselhos de Administração.

Essas estimativas foram elaboradas considerando as taxas de desconto e as taxas de crescimento constantes na Nota 11.

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178 RELATÓRIO E CONTAS 2014

6. RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 podem ser analisados como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Juros e rendimentos similares obtidos

Empréstimos e contas a receber (incluindo depósitos bancários)

Juros obtidos 2.014.453 1.564.779

Outros rendimentos e proveitos financeiros 4.250.000 -

Investimentos disponíveis para venda

Rendimentos de participação de capital - 2.942.492

Ganhos na alienação de investimentos 1.530.000 24.198.032

Total dos juros e rendimentos similares obtidos 7.794.453 28.705.303

Juros e gastos similares suportados

Empréstimos e contas a pagar

Juros suportados em empréstimos bancários 9.513.736 9.925.626

Outros gastos e perdas financeiros relativos a outros passivos financeiros

Perdas na alienação de ativos financeiros 560.293 -

Outros gastos e perdas financeiros 434.609 1.311.682

Total dos juros e gastos similares suportados 10.508.639 11.237.308

No exercício de 2014, a rubrica ‘outros rendimentos e proveitos financeiros’ diz respeito ao acordo com o BARCLAYS, referente à liquidação do papel comercial no valor de Eur 9.616.688,56, obtendo um perdão de divida no montante acima mencionado.

Os ganhos na alienação de ativos financeiros incluem, um ganho de Eur 1.530.000 decorrente da alienação, em novembro de 2014, da participação social detida na NUTRE SGPS, S.A. à sociedade CERES AGRICULTURE HOLDINGS COOPERATIEF U.A.

As perdas na alienação de ativos financeiros incluem uma perda de Eur 560.293, em Junho de 2014, decorrente do Closing da Prio Energy SGPS, S.A.

No exercício de 2013, a rubrica ‘Rendimentos de participação de capital’, diz respeito aos dividendos recebidos da participada Martifer Solar, SGPS, S.A. Os ganhos na alienação de ativos financeiros incluem essencialmente o ganho decorrente da alienação, em julho de 2013, da participação social detida na PRIO ENERGY SGPS, S.A. ao fundo representado pela sociedade gestora XYO Capital Energia, SGPS, S.A., reduzindo a participação de 49% para 10%. Esta operação foi objeto de aprovação pela Autoridade da Concorrência em Setembro de 2013.

O montante dos outros gastos e perdas financeiras resultam essencialmente de comissões suportadas nas emissões de papel comercial.

7. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO O detalhe dos ativos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisado da seguinte forma:

ANO 2014 ANO 2013

Prejuízos fiscais reportáveis 2.027.137 1.714.417

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 37.929 37.929

Ativos por impostos diferidos 2.065.065 1.752.346

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 179

De acordo com as declarações fiscais e estimativas de imposto sobre o rendimento das empresas que registam ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais, em dezembro de 2014 e 2013, utilizando para o efeito as taxas de imposto naquela data, os mesmos eram reportáveis como segue:

Em 31 dezembro 2014 PREJUÍZO FISCAL ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS DATA LIMITE DE UTILIZAÇÃO

Gerados em 2009 393.193 104.196 2015

Gerados em 2010 - - -

Gerados em 2011 6.076.302 1.610.221 2015

Gerados em 2014 1.180.075 312.720 2026

7.649.570 2.027.137

Em 31 dezembro 2013 PREJUÍZO FISCAL ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS DATA LIMITE DE UTILIZAÇÃO

Gerados em 2009 393.193 104.196 2015

Gerados em 2010 - - -

Gerados em 2011 6.076.302 1.610.221 2015

6.469.945 1.714.417

Em 31 de dezembro de 2014 existem prejuízos fiscais reportáveis, apurados pelas sociedades tributadas no âmbito do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS) do qual a Empresa é a sociedade dominante, antes e durante a aplicação do RETGS, no montante de Euro 197.928.780,80 (Euro 139.236.143,15 em 31 de Dezembro de 2013), cujos ativos por impostos diferidos, no valor de Euro 44.533.975,68 (Euro 36.897.577,94 em 31 de Dezembro de 2013), numa ótica de prudência, não se encontram registados. A sua decomposição pode ser analisada como se segue:

31 DE DEZEMBRO DE 2014 31 DE DEZEMBRO DE 2013

PREJUÍZO FISCAL

CRÉDITO DE IMPOSTO

DATA LIMITE DE UTILIZAÇÃO

PREJUÍZO FISCAL

CRÉDITO DE IMPOSTO

DATA LIMITE DE UTILIZAÇÃO

Gerados em 2008 27.564.225 6.201.951 2014 26.724.890 7.082.098 2014

Gerados em 2009 11.817.774 2.658.999 2015 6.256.289 1.657.917 2015

Gerados em 2010 19.515.648 4.391.021 2014 19.125.556 5.068.272 2014

Gerados em 2011 24.942.511 5.612.065 2015 25.525.476 6.764.251 2015

Gerados em 2012 24.924.811 5.608.082 2017 24.749.335 6.558.574 2017

Gerados em 2013 37.128.239 8.353.854 2018 36.854.588 9.766.466 2018

Gerados em 2014 52.035.571 11.708.004 2026 - - -

197.928.780 44.533.975 139.236.143 36.897.578

A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Imposto corrente 3.875 11.985

Insuficiência / Excesso de estimativa de imposto (36.585) (135.484)

Impostos diferidos relativos à reversão de diferenças temporárias - -

Imposto sobre o rendimento do exercício (32.710) (123.499)

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180 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a reconciliação entre a taxa nominal e efetiva de imposto é como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Resultado antes de impostos (121.645.641) (49.503.494)

Imposto nominal sobre o rendimento (taxa nominal de 23% / 25%) (27.978.497) (12.375.873)

Gastos não dedutíveis para efeitos fiscais:

Diferenças permanentes - 304

Imparidade de ativos 27.413.578 16.446.635

Provisões não aceites - 149.053

Restituição de impostos não dedutíveis e excesso de estimativa para impostos (9.146) (163.888)

Mais e menos valias na alienação de investimentos financeiros (223.033) (5.947.042)

Menos valias contabilisticas (530) -

Não dedutibilidade juros 617.644 -

IRC e outros impostos que directa ou indirectamente incidam sobre lucros [art.º 45, n.º 1, alínea a)] - 130.017

Outros 265 (60.891)

Utilização de benefícios fiscais 1.536 (8.972)

Prejuízos fiscais gerados no exercício para os quais não foi reconhecido imposto diferido ativo 178.183 1.830.657

Insuficiência / Excesso de estimativa de imposto (1) (36.585) (135.484)

Tributação autónoma (2) 3.875 11.985

Derramas (3) - -

Imposto efetivo sobre o rendimento (1) + (2) + (3) (32.710) (123.499)

No exercício fiscal de 2014, a Martifer SGPS, S.A. encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa normal de 23%, acrescida de derrama municipal à taxa máxima de 1,5% incidente sobre o lucro tributável.

Adicionalmente, sobre a parte do lucro tributável superior a € 1.500.000 sujeito e não isento de IRC incidem as seguintes taxas de derrama estadual: 3% sobre a parte superior a 1.500.000 Euros e inferior a 7.500.000 Euros; 5% sobre a parte superior a 7.500.000 Euros e até 35.000.000 Euros; e 7% que incide sobre a parte do lucro tributável que exceda 35.000.000 Euros.

Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC a Martifer SGPS, S.A. encontra-se, adicionalmente, sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no referenciado normativo.

No exercício de 2011, a Martifer SGPS, S.A. optou pela aplicação do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), do qual fazem parte as empresas portuguesas em que detém, direta ou indiretamente, pelo menos 75% do seu capital e que cumprem simultaneamente com as restantes condições definidas por aquele regime.

De acordo com a legislação portuguesa em vigor, as declarações fiscais da Martifer SGPS, S.A. estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social), exceto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos poderão ser alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2011 a 2014, poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

Está em curso o pagamento de 36 prestações relativamente ao IRC de 2013 no montante total de Eur 512.042, sendo que no passivo não corrente está registado Eur 290.125, efectuado com base num acordo com a Autoridade Tributária.

O Conselho de Administração entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2014.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 181

8. RESULTADOS POR AÇÃO A Martifer SGPS emitiu apenas ações ordinárias, pelo que não existem, nomeadamente, direitos especiais de dividendo ou voto.

A Martifer tem apenas um tipo de potenciais ações ordinárias diluitivas: as opções sobre ações. Para efeitos de cálculo do resultado por ação diluído é necessário determinar se estas opções, independentemente de poderem ou não ser exercidas, têm Na medida em que o preço médio de mercado das ações da Martifer, no período compreendido entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2014, se situou no Euro 0,69, inferior ao preço de exercício das opções (Euro 3,84), as mesmas consideram-se não dilutivas porque o seu exercício daria lugar a uma redução do número de ações ordinárias em circulação.

Assim, em 31 de dezembro de 2014 não existe diferença entre o cálculo dos resultados por ação básicos e o cálculo dos resultados por ação diluídos.

O capital social da Martifer SGPS SA é representado por 100.000.000 de ações ordinárias, totalmente subscritas e realizadas, representativas de um capital social de Euro 50.000.000.

O número médio ponderado de ações em circulação encontra-se deduzido de 2.215.910 ações correspondente ao volume de ações próprias adquiridas pela Martifer SGPS.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o cálculo do resultado por ação básico e diluído pode ser demonstrado como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Resultado líquido do exercício (I) (121.612.930) (49.379.995)

Número médio ponderado de ações em circulação (II) 97.784.090 97.784.090

Resultado por ação básico e diluído (I) / (II) (1,2437) (0,5050)

9. ATIVOS INTANGÍVEIS A informação relativa aos valores brutos do ativo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisada como se segue:

SOFTWARE E

OUTROS DIREITOS

OUTROS ATIVOS INTANGÍVEIS

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE

INTANGÍVEIS TOTAL

31 de dezembro de 2013

Saldo inicial 1.349 40.515 - 41.864

Aumentos - 1.750 - 1.750

1.349 42.265 - 43.614

31 de dezembro de 2014

Saldo inicial 1.349 42.265 - 43.614

Aumentos - - - -

1.349 43.265 - 43.614

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182 RELATÓRIO E CONTAS 2014

A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas do ativo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisada como se segue:

SOFTWARE E

OUTROS DIREITOS

OUTROS ATIVOS INTANGÍVEIS

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE

INTANGÍVEIS TOTAL

31 de dezembro de 2013

Saldo inicial 1.349 25.424 - 26.773

Aumentos - 10.654 - 10.654

1.349 36.078 - 37.427

31 de dezembro de 2014

Saldo inicial 1.349 36.078 - 37.427

Aumentos - 4.998 - 4.998

1.349 41.076 - 42.425

Valor líquido:

2013 - 6.187 - 6.187

2014 - 1.189 - 1.189

10. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS A informação relativa aos valores brutos de equipamento de transporte, equipamento administrativo e de outros ativos fixos tangíveis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisada como se segue:

EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO

OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL

31 de dezembro de 2013

Saldo inicial 55.424 32.954 - 88.378 Aumentos - 3.564 - 3.564

Alienações e abates (6.920) - - (6.920)

48.504 36.518 - 85.022 31 de dezembro de 2014

Saldo inicial 48.504 36.518 - 85.022

Aumentos - 2.250 - 2.250 Alienações e abates (16.763) (2.339) - (19.102)

31.742 36.429 - 68.170

A informação relativa aos valores das depreciações e perdas de imparidade acumuladas de equipamento de transporte, equipamento administrativo e de outros ativos fixos tangíveis para os exercícios findos em 2014 e 2013 pode ser analisada como se segue:

EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO

OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL

31 de dezembro de 2013 Saldo inicial 43.191 28.831 - 72.023

Aumentos 6.013 2.563 - 8.576

Alienações e abates (1.153) - - (1.153) 48.051 31.394 - 79.445 31 de dezembro de 2014

Saldo inicial 48.051 31.394 - 79.445 Aumentos 453 2.625 - 3.078

Alienações e abates (16.763) (2.339) - (19.102)

31.742 31.680 - 63.423

Valor líquido: 2013 453 5.124 - 5.577 2014 - 4.749 - 4.749

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 183

11. INVESTIMENTOS FINANCEIROS Em 31 de dezembro de 2014 e em 31 de dezembro de 2013 o detalhe dos investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas era o abaixo indicado:

% DETIDA VALOR DE AQUISIÇÃO

PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS DE CAPITAL

PERDA DE IMPARIDADE TOTAL

31 de dezembro de 2013 Nutre SGPS 49% - 58.909.000 (39.309.000) 19.600.000 Martifer Renewables, SGPS 100% 99.765.968 159.462.327 (145.330.835) 113.897.460 Eviva Hidro 1% 47 2.006.564 (2.006.611) - Martifer Metallic Constructions, SGPS 100% 12.261.256 106.280.401 (30.083.614) 88.458.043 Martifer Inovação e Gestão 100% 101.291 6.176.455 (2.148.492) 4.129.254 Martifer GMBH 100% 21.800 97.817 - 119.617 Ventinveste SA 5% 2.500 - - 2.500 Martifer Energy Systems SGPS 100% 6.087.775 32.010.327 - 38.098.102 Prio Energy SGPS 10% 534.201 586.386 - 1.120.586 Martifer Gestiuni si Servicii 100% 1.265 - - 1.265 Martifer Solar SGPS 100% 26.280.763 - - 26.280.763 Martifer Global, SGPS 100% 50.000 227.750 (155.470) 122.280 CEC 25.000 - - 25.000 145.131.865 365.757.027 (219.034.022) 291.854.870

% DETIDA VALOR DE AQUISIÇÃO

PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS DE CAPITAL

PERDA DE IMPARIDADE TOTAL

31 de dezembro de 2014 Martifer Renewables, SGPS 100% 99.765.968 145.462.327 (153.291.132) 91.937.163 Eviva Hidro 1% 47 2.006.564 (2.006.611) - Martifer Metallic Constructions, SGPS 100% 12.273.756 123.089.899 (88.537.702) 46.825.953 Martifer Inovação e Gestão 100% 101.291 6.176.455 (2.148.492) 4.129.254 Martifer GMBH 100% 21.800 99.971 (2.821) 118.950 Ventinveste SA 5% 3.000 805.000 (808.000) - Martifer Energy Systems SGPS 100% 6.087.775 36.165.765 (39.415.740) 2.837.800 Prio Energy SGPS 10% 267.100 293.193 - 560.293 Martifer Gestiuni si Servicii 100% 1.265 - - 1.265 Martifer Solar SGPS 100% 26.280.763 - (12.429.068) 13.851.695 Martifer Global, SGPS 100% 50.000 227.750 (277.750) - Ancora Wind – Energia Eólica, S.A. 1% 1 - - 1 CEC 25.000 - - 25.000 144.877.766 314.326.924 (298.917.316) 160.287.373

A 31 de dezembro de 2014 a rubrica reduziu devido á venda da Nutre SGPS, S.A. Eur 19,6 milhões referentes à venda da participação de 49% detida na Nutre à CERES AGRICULTURE HOLDINGS COӦPERATIEF U.A. em virtude de no contrato de venda estar definido que o valor será recebido em 2016.

Os investimentos financeiros são aferidos quanto ao seu valor recuperável sempre que se verifica a existência de indícios de imparidade, sendo considerada a existência de indícios sempre que o Capital Próprio das participadas (considerando quando aplicavel o Capital Próprio consolidado) é inferior ao seu valor de aquisição. Com base neste princípio, identificaram-se indícios de imparidade nas participações detidas na Martifer Inovação e Gestão, S.A., Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A., Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. e Martifer Global, SGPS, S.A.. Os testes de imparidade efetuados consideram os seguintes pressupostos:

Para a Martifer Global, SGPS, S.A. foi considerado como indicador válido o valor dos Capitais Próprios, tendo em consequência disso, sido registadas imparidades no valor de Euro 122.280 (Nota 5). A Martifer Inovação e Gestao S.A., não resultaram cálculos de imparidade por serem imateriais.

Este princípio teve subjacente o facto de esta empresa prestar essencialmente serviços ao grupo e o valor do seu ativo não ser significativo.

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184 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Para as participações na Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A., Martifer Energy Systems, SGPS, S.A., considerou-se adequado validar a sua recuperação com base no valor de uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados, tendo por base business plans desenvolvidos pelos responsáveis das empresas e devidamente aprovados pelo Conselho de Administração do Grupo e utilizando taxas de desconto que variam de acordo com os riscos inerentes aos diversos negócios.

Em 31 de dezembro de 2014, foram registadas perdas de imparidade na Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A. e Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. no valor de Euro 97.869.828. Os métodos e pressupostos utilizados na aferição da existência, ou não, de imparidade, para estes ativos financeiros foram como se segue:

MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS E MARTIFER ENERGY SYSTEMS

Capital Próprio Agregado 59.813.069

Ativo Financeiro 49.663.753

Período utilizado Projeções de cash flows para 5 anos

Taxas de crescimento (g) 1 2,00%

Taxa de crescimento média do EBITDA nos 5 anos 13,00%

Taxa de desconto utilizada 2 7,37%

1 Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan 2 Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados

Os impactos de uma alteração (de um cenários de normalidade) nos principais prossupostos utilizados no cálculo do valor recuperável teriam os impactos constantes do quadro abaixo:

MMC Aumento da

WACC em 1,0 p.p.

Redução da WACC em 1,0

p.p.

Var. VN +5,0 p.p. (1)

Var. VN -5,0 p.p. (1)

Aumento da margem EBITDA/Volume de

negócios em 0,5 p.p. (2)

Redução da margem EBITDA/Volume de negócios em 0,5 p.p. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 7,37% 8,37% 6,37% 7,37% 7,37% 7,37% 7,37%

CAGR volume de negócios [2014 ; 2019] (3) 18,26% 18,26% 18,26% 23,26% 13,26% 18,26% 18,26%

Margem média EBITDA / Volume de negócios [2014 ; 2019]

5,83% 5,83% 5,83% 5,83% 5,83% 6,33% 5,33%

Valor liquido contabilistico 49.664 49.664 49.664 49.664 49.664 49.664 49.664 Valor recuperável total 49.664 24.144 86.925 107.361 (22.031) 70.583 14.104 Impacto estimado - (25.520) 37.262 57.698 (49.664) 20.919 (35.559)

Conclusões da análise de sensibilidade Imparidade Sem

imparidade Sem

imparidade Imparidade Sem imparidade Imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 5p.p. (2014=100%), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa media de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de

Administração efectuadas

Nas situações em que foi apurada imparidade, o valor contabilístico foi ajustado para o valor de uso resultante do teste de imparidade.

Para a Martifer Renewables, SGPS, S.A. o grupo considera como indicador válido o valor dos Capitais Próprios consolidados, tendo, em consequência disso, sido constituída uma imparidade no exercício, no valor de Euro 7.960.297 e Martifer Solar SGPS, S.A., no valor de Eur 12.429.068. Este principio teve subjacente o facto de a Martifer Renewables, SGPS, S.A. ter um volume de negócios relativamente baixo, face ao valor dos seus ativos, e incluir no seu consolidado, esssencialmente, ativos afetos a parques eólicos em relação aos quais, quando aplicavel, já foram efetuadas aferições aos seus valores realizaveis e registadas as respetivas imparidades, pelo que o Capital Próprio consolidado já reflete esses ajustamentos.

As prestações acessórias não vencem juros e não têm prazo de reembolso.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 185

12. EMPRESAS DO GRUPO Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, as posições em aberto referentes a contratos de suprimentos e outras operações financeiras ativas, são as seguintes:

31 DE DEZEMBRO DE 2014 31 DE DEZEMBRO DE 2013

NÃO CORRENTE CORRENTE TOTAL

NÃO CORRENTE CORRENTE TOTAL

Nutre, SGPS, SA - 1.071.409 1.071.409 - 1.071.409 1.071.409

Navalria - - - - 9.128 9.128

Prio Energy, SGPS, SA - - - - - - Martifer Alumínios, S.A. - - - - 85.880 85.880

Martifer Renewables, SGPS, SA - - - - 178 178

Martifer Metallic Constructions, SGPS, SA - 896.894 896.894 - 15.528.281 15.528.281 Martifer Inovação e Gestão, SA - 1.555.275 1.555.275 - 695.674 695.674

Martifer Energy Systems, SGPS, SA - 196.078 196.078 - 74.361 74.361

Martifer Solar, SGPS, SA 1.400.000 127.400 1.527.400 - 1.660.869 1.660.869 Ventinveste, SA 20.726.319 - 20.726.319 19.809.842 - 19.809.842

Martifer GMBH 15.000 1.699 16.699 15.000 1.699 16.699

Martifer Global, SGPS - 2.085.707 2.085.707 - 191.232 191.232 Outras - 470 470 - 469 469

22.141.319 5.934.932 28.076.251 19.824.842 19.319.180 39.144.022

Em 27 de Novembro de 2014 foi assinado acordo de renegociação do Contrato de Atribuição de Capacidade de Injecção de Potência na Rede do Sistema Eléctrico de Serviço Público para Energia Eléctrica Produzida em Centrais Eólicas celebrado a 18 de Setembro de 2007 entre a Ventinveste, S.A e a Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG). Este acordo permitiu a alteração da estrutura societária e separação completa e absoluta entre o cluster industrial e o cluster eólico. Relativamente aos compromissos industriais, as negociações havidas com a DGEG permitiram a exoneração do Grupo Martifer de todas as obrigações de investimento e criação de emprego no cluster industrial. Foram também acordados os principios segundo o quais o compromisso de financiamento de investigação a designar pelo Ministério da Economia e da Inovação (através do Fundo de Inovação) ficaria definitivamente regularizado.

Estes empréstimos vencem juros a taxas de mercado.

As responsabilidades apresentadas pela Empresa, com empresas do Grupo, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, são as seguintes:

31 DEZEMBRO 2014 31 DEZEMBRO 2013

Martifer Construções SA 2.156.161 1.657.732

Martifer Solar SGPS 5.872 16.042

Gebox 1.000 - Navalria 65.506 -

Martifer Solar Srl - -

Martifer Gestão de Investimentos 23.411 60.579 Martifer Renewables, SGPS 22.789.734 6.665.457

Martifer Aluminios SA - -

Martifer Renewables, SA 16.670 17.743 Martifer Inovação e Gestão 73.045 70.299

Soc.Madeiras do Vouga 4.500 10.697

Martifer Metallic Constructions, SGPS 4.519 34.073 Martifer Energy Systems SGPS 5.109 195.380

Martifer Global, SGPS 541 -

Nagatel 4.500 3.500 25.150.567 8.731.502

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186 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Em 31 de dezembro de 2014, o valor apresentado em Empresas do Grupo (passivo) refere-se, essencialmente, às responsabilidades que a Empresa tem com as subsidiárias decorrentes do RETGS e a operações de tesouraria concedidas pela Martifer Renewables SGPS, S.A. Estas operações de tesouraria vencem juros a taxas de mercado.

Os maiores valores dizem respeito à transferência dos prejuízos fiscais que tinham sido constituídos nas subsidiárias e que, de acordo com a expetativa da Administração, serão recuperados no âmbito do Grupo.

13. CLIENTES E OUTROS DEVEDORES Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a antiguidade dos saldos relativos a contas a receber, pode ser detalhada como se segue:

ANO 2013 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E

180 DIAS ENTRE 180 E

360 DIAS MAIS DE 360

DIAS Clientes, conta corrente 2.911.231 1.080.446 9.773 140 531.448 1.289.424

Outros devedores 336.502 830 - 282.555 - 53.117

3.247.733 1.081.275 9.773 282.695 531.448 1.342.541

ANO 2014 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E

180 DIAS ENTRE 180 E

360 DIAS MAIS DE 360

DIAS Clientes, conta corrente 3.331.425 2.102.042 80.486 182 52.490 1.096.225

Outros devedores 21.896.336 20.439.330 485.720 342.389 628.898 -

25.227.761 22.541.372 566.206 342.570 681.387 1.096.225

A Empresa considera não ter havido deterioração da qualidade creditícia da contraparte (incluindo empresas do grupo e associadas), pelo que os saldos que apresentam alguma antiguidade não se encontram em risco de incobrabilidade. O aumento da rubrica de ‘ Outros devedores’ deve-se à operação de venda da NUTRE SGPS, S.A., em que a CERES AGRICULTURE HOLDINGS COOPERATIEF U.A. terá de regularizar a divida no valor de EUR 19.600.000 até dezembro de 2016, de acordo com o que ficou contratualizado.

14. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte decomposição:

31 DEZEMBRO 2014 31 DEZEMBRO 2013

Ativo:

Outros impostos - -

Total - - Passivo:

Retenções de impostos (7.276) (12.368)

Imposto sobre o valor acrescentado (38.635) (34.116)

Contribuições para a Segurança Social (14.639) (12.954)

Total (60.551) (59.438)

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 187

15. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES A rubrica caixa e seus equivalentes pode ser analisada como se segue:

31 DEZEMBRO 2014 31 DEZEMBRO 2013

Depósitos bancários 598.842 1.539.580

Caixa e seus equivalentes incluem os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, não existiam quaisquer restrições à utilização dos saldos registados nas rubricas de Caixa e seus equivalentes.

16. CAPITAL SOCIAL, RESERVAS E AÇÕES PRÓPRIAS Capital social

O capital social da Martifer SGPS, totalmente subscrito e realizado, em 31 de dezembro de 2014, ascende a Euro 50.000.000 e é representado por 100.000.000 ações ao portador com um valor nominal de 50 cêntimos cada. Todas as ações têm os mesmos direitos, correspondendo um voto por cada ação. Durante os exercícios de 2014 e 2013 não ocorreram quaisquer movimentos no número de ações representativas do capital social da Empresa.

Acções próprias

Durante o exercício de 2014, a Martifer SGPS não adquiriu ações próprias através de compras realizadas em bolsa. A Martifer detém 2.215.910 ações próprias, correspondentes a 2,22% do seu capital social. De acordo com a legislação em vigor, a Empresa tem de manter indisponível uma reserva correspondente ao valor de aquisição das ações próprias, a qual se inclui na rubrica de outras reservas.

Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da Empresa é detido em 42,70% pela I’M SGPS, S.A., 37,5% pela Mota-Engil SGPS, S.A., 2,22% em ações próprias, encontrando-se os restantes 17,58% dispersos em Bolsa.

Prémios de emissão

Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime estabelecido para a ‘reserva legal’, isto é, os valores não são distribuíveis, a não ser em caso de liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Reservas

Reserva legal

A legislação comercial portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual positivo tem que ser destinado ao reforço da ‘reserva legal’ até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Outras reservas

Em 31 de dezembro de 2014, esta rubrica inclui uma reserva indisponível no valor de Euro 2.868.519 (2013: Euro 2.868.519), relativa ao valor das ações próprias.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’). Em 31 de dezembro de 2014 a Martifer SGPS, S.A. não dispõe de reservas distribuíveis.

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188 RELATÓRIO E CONTAS 2014

17. EMPRÉSTIMOS Os montantes relativos a empréstimos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, são como se segue:

ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3 ANOS

ENTRE 3 E 5 ANOS

A MAIS DE 5 ANOS TOTAL

31 de dezembro de 2013

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 2.399.088 3.900.448 67.884.098 41.222.600 115.406.234

Descobertos bancários - - - - -

Contas caucionadas 15.231.671 - - - 15.231.671

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 8.000.000 3.000.000 3.250.000 - 14.250.000 25.630.579 6.900.448 71.134.098 41.222.600 144.887.905

ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3

ANOS ENTRE 3 E 5

ANOS A MAIS DE 5

ANOS TOTAL

31 de dezembro de 2014

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 2.844.153 23.884.399 60.991.409 19.308.526 107.028.487

Contas caucionadas 15.499.448 - - - 15.499.448

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 5.000.000 - - - 5.000.000 23.343.601 23.884.399 60.991.409 19.308.526 127.527.935

Os financiamentos da Empresa, nomeadamente as contas caucionadas, têm cláusulas de renovação, pelo que, é expetativa da Administração que, à semelhança do que tem ocorrido no passado e com base nas negociações atualmente em curso com os credores, uma parte destes financiamentos sejam renovados no seu prazo de liquidação. A liquidação do restante financiamento prevê-se que ocorra com a venda de ativos das filiais que lhes permitirão devolver suprimentos ou prestações acessórias de capital à Empresa, nomeadamente a venda dos parques eólicos da Roménia.

Atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efectuados, o grupo procurou reestruturar a divida Financeira de forma a que acompanhe a maturidade dos activos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo. Assim no final de 2014 procurou junto das principais instituições financeiras reestruturar a sua divida através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, procurando estender a maturidade media da divida para a tornar mais coincidente com o com o grau de permanecia dos seus activos de longo prazo e uma maturidade que permita que o excedentes de tesouraria possibilitem cumprir com as suas responsabilidades.

Este processo de reestruturação encontrasse á data de hoje aprovado pelas principais instituições financeiras em que está previsto uma carência de capital de 4 anos com o respectivo ajustamento ao nível do Spread.

Em 31 de dezembro de 2014, os principais programas de papel comercial da Empresa passíveis de renovação é o seguinte:

MONTANTE MÁXIMO DO CONTRATO (EUROS) DATA CONTRATO PRAZO DE VENCIMENTO

DO CONTRATO MONTANTE UTILIZADO

Martifer SGPS 5.000.000 15-09-2010 10-09-2015 5.000.000

A taxa média dos financiamentos da Martifer SGPS durante o ano de 2014 foi 6,38% (em 2013 foi de 6,152 %).

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 189

18. FORNECEDORES E CREDORES DIVERSOS A informação relativa a fornecedores e credores diversos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, pode ser analisada como se segue:

31 DEZEMBRO 2014 31 DEZEMBRO 2013

Fornecedores 938.867 1.028.326 Acréscimos de gastos 2.199.461 1.225.467

Outros acréscimos 96.129 -

Outros credores 136.390 2.170

Credores diversos 2.431.980 1.227.637

Total: 3.370.847 2.255.963

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores e outros credores decorrentes da atividade operacional da Empresa e de aquisições de ativos fixos tangíveis e intangíveis.

O Conselho de Administração acredita que o justo valor destes saldos não difere significativamente do seu valor contabilístico e que o efeito da atualização desses montantes não é material.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a maturidade contratual remanescente dos saldos registados nas rubricas de ‘Fornecedores’ e ‘Credores diversos’ era como se segue:

ANO 2013 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E

180 DIAS ENTRE 180 E

360 DIAS MAIS DE 360

DIAS

Fornecedores 1.028.326 277.145 66.457 10.395 7.624 666.705

Outros credores 2.170 - - - - 2.170 1.030.496 277.145 66.457 10.395 7.624 668.875

ANO 2014 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E

180 DIAS ENTRE 180 E 360 DIAS

MAIS DE 360 DIAS

Fornecedores 938.867 373.114 9.295 8.979 4.002 543.475

Outros credores 136.390 136.390 - - - -

1.075.257 509.504 9.295 8.979 4.002 543.475

A dívida vencida há mais de 180 dias corresponde a valores a pagar a fornecedores com os quais a empresa mantém relações comerciais regulares.

Para além dos passivos financeiros referidos nesta nota e nas notas 16 e 17 acima, a empresa não apresenta outros passivos financeiros.

19. PROVISÕES O valor das provisões no montante de EUR 618.500, dizem respeito a potenciais obrigações contratuais relacionadas com as suas participadas.

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190 RELATÓRIO E CONTAS 2014

20. COMPROMISSOS Garantias Operacionais

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, as principais garantias operacionais prestadas pela Empresa são como se segue:

31 DEZEMBRO 2014 31 DEZEMBRO 2013

Martifer SGPS 88.898.000 88.898.000

O valor apresentado, em 2014 e 2013, inclui garantias no âmbito dos compromissos assumidos com a construção de parques solares e uma fiança a favor da BP Portugal no valor de 26,5 milhoões de euros, para garantir pagamentos resultantes da aquisição de combustíveis pela Prio Energy, S.A.. A Prio assumiu de forma expressa e irrevogável o reembolso de quaisquer montantes entregues pela Martifer SGPS ao beneficiário desta fiança.

Em virtude dos contratos de EPC para construção de parque solares obrigarem a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas a assumir determinadas garantias, entre as quais, a garantia da qualidade dos materiais e desenho, das instalações fotovoltaicas, de obtenção de determinados rácios de performance e de potência dos módulos fotovoltaicos. A Martifer SGPS comprometeu-se a dotar a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas dos meios necessários para garantir o cumprimento integral das obrigações contratuais.

Neste momento, considera-se que a Martifer Solar já tem capacidade de suportar estes compromissos sem o recurso à Holding.

Garantias reais

Em 31 de dezembro de 2014, as garantias reais prestadas pela Empresa são como se segue:

EMPRESA GARANTIA VALOR DO ATIVO SUBJACENTE

VALOR EM DÍVIDA

Martifer, SGPS, S.A. Penhor de Acçoes da Martifer Solar SA 55% (n.º acções 27.500.000) 27.500.000 6.638.986

Martifer, SGPS, S.A. Hipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo 1934) - Fab. Componentes Penhor de bens MT Construções

7.666.657 15.499.448

Martifer, SGPS, S.A. | Martifer Construções, S.A. | Martifer Aluminios, S.A. | Navalria, S.A. *

Hipoteca 1º grau do Edifício Industrial Unidade de Corte (Monoblocos), Hipoteca 1º grau do Edifício Sede, Hipoteca 2º grau do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914).

1.900.000 1.364.366

5.790.505

Martifer, SGPS, S.A. Penhor Loan Note Class A n. 5 4.500.000 2.500.000

Martifer, SGPS, S.A. Hipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo P-2003) Fáb. OlF MTC 577.639 7.500.00

Martifer, SGPS, S.A.

Penhor 2º grau das Acçoes da Martifer Solar SA 55% (n.º acções 27.500.000) Penhor 1º grau das Acçoes da Martifer Renewables SGPS 65% (n.º acções 65.000.000) Hipoteca Genérica (7,5M€) do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914)

73.901.266 83.000.000

121.300.433 109.538.434

‘* Para além do financiamento da Empresa, servem como garantia as contas correntes das subsidiárias Martifer Construções, S.A., Martifer Alumínios, S.A e Navalria, S.A., no valor de 8 milhões de Euros.

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 191

21. COMPENSAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO, CONSELHO FISCAL E ROC As remunerações atribuídas ao pessoal chave da administração por categoria de remuneração podem ser resumidas como se segue:

ANO 2014 ANO 2013

Remunerações fixas 116.367 122.695

Remunerações variáveis - -

116.367 122.695

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal em 2014 foi de Euro 14.400 (2013: Euro 14.400) e os honorários do Revisor Oficial de Contas foram de Euro 41.520 (2013: Euro 41.720).

A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Martifer SGPS, aprovada nos termos da Lei 28/2009, bem como o montante anual da remuneração auferida pelos membros dos referidos órgãos, de forma agregada e individual é apresentado no Relatório de Governo Societário.

22. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Para além dos saldos identificados nas notas acima, os saldos e transações com entidades relacionadas são como se segue:

GASTOS RENDIMENTOS CONTAS A RECEBER CONTAS A PAGAR

ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013 ANO 2014 ANO 2013

Empresa- Mãe - - - - 74.579 74.579 - - Empresas do grupo e associadas 628.192 368.225 2.314.495 2.105.721 339.211.336 388.849.384 24.957.222 9.628.412

628.192 368.225 2.314.495 2.105.721 339.285.915 388.923.963 24.957.222 9.628.412

As contas a receber incluem os valores das prestações acessórias registadas em investimentos financeiros (vide Nota 11).

23. RECEBIMENTOS / PAGAMENTOS DE ACTIVOS FINANCEIROS Os recebimentos e pagamentos de activos financeiros ocorridos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 referem-se essencialmente a prestações acessórias (vide Nota 11).

24. EVENTOS SUBSEQUENTES Desde a data de referência das contas não ocorreram outros factos que que afetem a informação financeira divulgada.

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192 RELATÓRIO E CONTAS 2014

25. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 31 de março de 2015. Adicionalmente, as demonstrações financeiras anexas em 31 de dezembro de 2014, estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas. No entanto, o Conselho de Administração da Empresa entende que as mesmas virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

Oliveira de Frades, 31 de março de 2015

A Técnica Oficial de Contas A Administração

__________________________________ __________________________________

Isabel Cristina Loureiro Silva Carlos Manuel Marques Martins (Presidente)

__________________________________

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente)

__________________________________

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Luís Filipe Cardoso da Silva (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Luís Valadares Tavares (Vogal do Conselho de Administração)

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194 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

CONTEÚDOS PARTE I INFORMAÇÃO SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE

A. Estrutura Acionista

B. Órgãos Sociais e Comissões

C. Organização Interna

D. Remunerações

E. Transações com Partes Relacionadas

PARTE II AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO

ANEXOS AO RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE

Anexo I – Qualificações Profissionais

Anexo II – Cargos exercidos e atividades desempenhadas pelos membros do conselho de administração

Anexo III – Declaração de Política de Remunerações de 2014

Nota: Este relatório adota o novo acordo ortográfico.

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196 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

PARTE I Informação sobre estrutura acionista, organização e governo da sociedade A. ESTRUTURA ACIONISTA

I. ESTRUTURA DE CAPITAL

1. Estrutura do Capital Social O capital social da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta (doravante abreviadamente também designada por “Sociedade” ou “Martifer”) é de € 50.000.000,00 (cinquenta milhões de euros), encontrando-se integralmente subscrito e realizado, representado por 100.000.000 (cem milhões) de ações, com o valor nominal de € 0,50 (cinquenta cêntimos) cada, sob a forma de representação escritural, na modalidade nominativa.

Todas as ações são ordinárias, não existindo diferentes categorias de ações, nem existem direitos e deveres para além dos previstos na lei e no contrato de Sociedade.

As totalidades das ações da Martifer encontram-se admitidas à negociação no mercado regulamentado da Euronext Lisbon, correspondentes ao ISIN Code PTMFR0AM0003, transacionadas sob o Mnemo Code MAR.

A informação discriminada relativa à distribuição do capital social pelos acionistas de referência encontra-se presente no Ponto 7, Parte I do Relatório de Governo.

2. Restrições à transmissibilidade e titularidade das ações

Não existem restrições à livre transmissibilidade das ações da Sociedade, nem existem acionistas titulares de direitos especiais. Deste modo, as ações são livremente transmissíveis de acordo com as normas legais aplicáveis.

3. Ações próprias

Durante o ano de 2014 não ocorreram quaisquer transações relativas a ações próprias. O que significa que a 31 de Dezembro de 2014 a Sociedade detinha, como em 2013, 2.215.910 ações próprias, representativas de 2,22 % do seu capital social. Estas ações teriam 2,22% dos direitos de voto da sociedade.

4. Impacto da mudança de controlo acionista da Sociedade em acordos significativos

A Martifer não celebrou nem é parte de nenhum acordo significativo que entre em vigor, seja alterado ou cesse em caso de mudança de controlo da Sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição.

Nos mesmos termos a Sociedade não adotou, através de aprovação de quaisquer disposições estatutárias ou de outras medidas adotadas pela Sociedade, regras ou normas com vista a impedir o sucesso de ofertas públicas de aquisição.

Igualmente não existe qualquer norma estatutária que preveja a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas.

5. Medidas defensivas em caso de mudança de controlo acionista

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 197

Durante o exercício de 2014 não foram adotadas quaisquer medidas defensivas em caso de mudança de controlo acionista.

6. Acordos Parassociais do Conhecimento da Sociedade

O acordo parassocial e respetivos aditamentos celebrados entre os dois acionistas de referência da Martifer, nomeadamente a I’M - SGPS, S.A. (ex. “MTO-SGPS, S.A.”) e a Mota-Engil SGPS, S.A. (doravante conjuntamente referidas por “Partes”), regulam alguns dos aspetos principais da vida societária da Sociedade, designadamente:

- Relativamente a direitos de voto, as Partes acordam em exercer na Assembleia Geral da Martifer, de forma concertada, os seus direitos de voto quanto às matérias para as quais a lei exija deliberação dos Acionistas tomada por maioria qualificada;

- A pedido de qualquer uma das Partes obrigam-se estas a deliberar as alterações ao contrato social da Martifer que se mostrem necessárias para garantir, nos mais amplos termos permitidos por lei, a boa execução das disposições contidas no Acordo Parassocial; e

- O Acordo Parassocial não prevê quaisquer restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários.

O Acordo Parassocial vigora por tempo indeterminado, mas qualquer das Partes livremente pôr-lhe termo mediante denúncia efetuada com a antecedência mínima de 30 dias relativamente à data em que a denúncia deva produzir os seus efeitos.

II. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS

7. Participações qualificadas

A 31 de dezembro de 2014 os principais acionistas detentores de participações qualificadas continuavam a ser as sociedades I’M SGPS, S.A. e Mota-Engil SGPS, S.A..

Os administradores da Martifer, Eng.º Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins, são os acionistas maioritários da sociedade I´M SGPS, S.A., detendo, respetivamente, ações representativas de 48 % e 50 % do seu capital social.

Os direitos de voto da sociedade Mota-Engil SGPS, S.A. são detidos nos termos do art. 20º do CVM, pela sociedade Mota-Engil, SGPS, SA..

Em conjunto, aos acionistas acima são imputados, a 31 de dezembro de 2014, 80,48% dos direitos de voto da Sociedade, nos termos do acordo parassocial em vigor à data.

As 347.100 ações detidas pelo acionista Carlos Manuel Marques Martins são detidas a título indireto, por força do agregado familiar deste Membro do Conselho de Administração da Sociedade, através da sociedade BLACK AND BLUE INVESTIMENTOS, S.A., da qual o referido Membro é acionista minoritário.

As 230.260; 3.000 e 2.000 ações detidas, respetivamente pelos acionistas e administradores Jorge Alberto Marques Martins, Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo e Luís Filipe Cardoso da Silva são detidas a título direto.

No dia 31 de dezembro de 2014, de acordo com a informação disponibilizada à Sociedade, eram titulares de participações qualificadas, calculadas nos termos do n.º 1 do artigo 20.º do Código de Valores Mobiliários, no capital social da Sociedade as seguintes entidades:

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198 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

ACIONISTAS Nº DE AÇÕES % DO CAPITAL SOCIAL

% DOS DIREITOS DE VOTO 1

I’M – SGPS, SA 42.697.047 42,70% 43,63%

Carlos Manuel Marques Martins* 347.100 0,35% 0,35%

Jorge Alberto Marques Martins* 230.260 0,23% 0,24%

Total imputável à I’M – SGPS, SA 43.274.407 43,27% 44,22%

Mota-Engil – SGPS, SA 37.500.000 37,50% 38,32%

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo ** 3.000 0,00% 0,00%

Luís Filipe Cardoso da Silva ** 2.000 0,00% 0,00%

Total Imputável à Mota-Engil , SGPS, SA 37.505.000 37,51% 38,32%

1 % Direitos de voto = N.º Ações Detidas / (N.º Total Ações - Ações Próprias)

*Membro de um órgão social da I’M SGPS, SA; **Membros de um órgão social da Mota-Engil SGPS, SA;

8. Número de ações e obrigações detidas pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização (De acordo com o disposto no n.º 5 do artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais – “CSC”)

NOME DO MEMBRO DO ÓRGÃO SOCIAL ÓRGÃO SOCIAL AÇÕES DETIDAS EM 31.12.2014

Carlos Manuel Marques Martins* Conselho de Administração 347.100

Jorge Alberto Marques Martins Conselho de Administração 230.260

Mário Rui Rodrigues Matias Conselho de Administração 0

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira** Conselho de Administração 0

Arnaldo Nunes da Costa Figueiredo Conselho de Administração 3.000

Luís Filipe Cardoso da Silva Conselho de Administração 2.000

Luis António de Valadares Tavares Conselho de Administração 0

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha Conselho de Administração 0

Manuel Simões de Carvalho e Silva Conselho Fiscal 0

Carlos Alberto da Silva e Cunha Conselho Fiscal 0

João Carlos Ferreira de Carreto Lages Conselho Fiscal 0

Juvenal Pessoa Miranda Conselho Fiscal 0

*As 347.100 ações detidas pelas acionista Carlos Manuel Marques Martins são detidas a título indireto, por força do agregado familiar deste Membro do Conselho de Administração da Sociedade, através da sociedade BLACK AND BLUE INVESTIMENTOS, S.A., da qual o referido Membro é acionista minoritário. **O Administrador Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira foi cooptado pelo Conselho de Administração da Sociedade, em 06 de Janeiro de 2015, após a renúncia ao cargo do Administrador Mário Rui Rodrigues Matias Nota: Não existem obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e fiscalização.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 199

9. Poderes especiais do Conselho de Administração, nomeadamente no que concerne operações de aumento de capital

O Conselho de Administração está autorizado, nos termos dos Estatutos em vigor, após parecer favorável do Conselho Fiscal e em cumprimento das demais disposições aplicáveis do Contrato de Sociedade, a aumentar o capital social em dinheiro, por uma ou mais vezes, até ao limite máximo de cento e vinte e cinco milhões de euros. O Conselho de Administração fixará os termos e condições de cada aumento de capital, bem como a forma e prazos de subscrição e realização, nos termos do n.º 8 do Artigo 4º dos Estatutos da Sociedade, aprovados por deliberação da Assembleia Geral, tomada em 25 de Maio de 2007.

Até à presente data não foi ainda promovido aumento de capital na Sociedade ao abrigo desta atribuição do Conselho e Administração.

10. Relações Comerciais Significativas entre a Sociedade e Titulares de Participação Qualificada

A 31 de dezembro de 2014 os principais Acionistas detentores de participações qualificadas continuavam a ser as sociedades I’M SGPS, S.A. e Mota-Engil SGPS, S.A.

No ano de 2014 foram realizados negócios ou transações comerciais significativas entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas na Sociedade:

Alienação de 49% do capital social que detinha na sociedade NUTRE SGPS, S.A., a uma cooperativa de direito holandês cujas participações são detidas pelas sociedades CERES INVESTMENTS LIMITED (80%) e SEVERIS, SGPS, S.A. (20%), tendo por contrapartida a emissão de Loan Notes, com vencimento a 30 de dezembro de 2016. O Conselho Fiscal da Sociedade emitiu parecer favorável para esta transação.

A SEVERIS, SGPS, S.A. é parcialmente detida pela I’M - SGPS, S.A., acionista de referência da Sociedade.

Quanto aos negócios ou transações entre titulares de participações qualificadas na Sociedade e outras sociedades participadas da Sociedade integram a atividade normal destas sociedades e foram efetuados em condições normais de mercado.

B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES

I. ASSEMBLEIA GERAL

a) Composição da Mesa da Assembleia Geral

11. Identificação e cargos dos membros da Mesa da Assembleia Geral e respetivo mandato

A Mesa da Assembleia Geral é composta por um presidente, um vice-presidente e um secretário, tendo os atuais titulares destes cargos sido eleitos em Assembleia Geral de 11 de abril de 2012, para um mandato de três anos, com termo a 31 de dezembro de 2014.

Os membros da Mesa da Assembleia Geral de Acionistas são:

PRESIDENTE José Carreto Lages

VICE-PRESIDENTE Francisco Artur dos Prazeres Ferreira da Silva

SECRETÁRIO Ana Maria Tavares Mendes

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200 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto

Os Estatutos da Sociedade não estabelecem qualquer percentagem ou um limite máximo ao exercício do direito de voto por qualquer acionista. A Sociedade não emitiu ações preferenciais sem direito a voto.

A Assembleia Geral é, assim, composta pelos acionistas possuidores de ações da Martifer, sendo que a cada ação corresponde um voto.

É admitida a participação de acionistas possuidores de ações, pelo menos, até 5 dias antes da data agendada para a realização da Assembleia, desde que as ações estejam averbadas em seu nome em contas de valores mobiliários escriturais.

Até três dias antes da data marcada para a reunião, o registo da titularidade de ações deverá ser comprovado, junto da Sociedade, mediante certificado emitido pela entidade relevante. Na eventualidade da ocorrência de suspensão da reunião da Assembleia Geral, a Sociedade não exige o bloqueio durante todo o período até que a sessão seja retomada, bastando-se com a antecedência ordinária exigida na primeira sessão.

Os acionistas podem fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral mediante mandato de representação escrito dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Aquela comunicação também pode ser feita por correio eletrónico de acordo com as instruções constantes do aviso convocatório da respetiva Assembleia Geral.

Os acionistas podem também votar por correspondência em todas as matérias sujeitas à apreciação da Assembleia Geral.

As propostas a submeter à apreciação da Assembleia Geral, bem como os demais elementos de informação necessários à preparação e participação nas reuniões (incluindo, entre outros, o modelo para o exercício do direito de voto por correspondência), são disponibilizados aos acionistas até 21 dias antes da data de realização da Assembleia Geral, na sede da Martifer e no sítio da internet da Sociedade. Tal documentação pode ser consultada no sítio da sociedade na Internet em http://www.martifer.pt/. Para além do sítio da Sociedade na Internet, a referida documentação é ainda disponibilizada aos acionistas, para consulta, na sede da sociedade durante o horário de expediente, bem como no Sistema de Divulgação de Informação da CMVM (www.cmvm.pt), na data de divulgação da convocatória. Ainda no mesmo endereço eletrónico da Sociedade são igualmente disponibilizadas as atas das reuniões das Assembleias Gerais nos cinco dias após a realização das mesmas.

A Martifer tem vindo a assegurar e a implementar medidas destinadas a promover e incentivar a participação dos acionistas nas assembleias gerais:

− Voto por correspondência;

− Disponibilização de cartas de representação e de boletins de voto no sítio eletrónico;

− Divulgação no sítio eletrónico, nas línguas portuguesa e inglesa, da convocatória das assembleias gerais, das formas de

exercício do voto e procedimentos a adotar para o exercício do voto por correspondência ou por representação;

− Disponibilização no sítio eletrónico, nas línguas portuguesa e inglesa, da documentação preparatória relativa aos diversos

pontos da Ordem de Trabalhos;

− A criação de correio eletrónico dedicado exclusivamente à assembleia geral, divulgado na sua convocatória, de forma a facilitar

o esclarecimento de dúvidas.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 201

13. Percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único acionista ou por acionistas que com aquela se encontrem em alguma das relações do n.º 1 do Artigo 20

Não existe qualquer limitação no número de votos que pode ser detido ou exercido por um único acionista ou grupo de acionistas.

14. Deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada.

O artigo 18.º dos Estatutos da Sociedade estabelece, quer em primeira convocação quer em segunda convocação, a regra da maioria simples dos votos emitidos para a aprovação das deliberações sociais, salvo quando o CSC ou os estatutos dispuserem diferentemente.

A única exceção a esta determinação refere-se à disposição dos Estatutos da Sociedade que fixa uma maioria qualificada de dois terços dos votos apurados para as deliberações referentes à destituição sem justa causa de administradores.

II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO

a) Composição

15. Identificação do modelo de governo adotado

A estrutura do governo societário da Martifer é constituída pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e pelo Revisor Oficial de Contas, todos os órgãos eleitos em Assembleia Geral de Acionistas. Para o mandato correspondente ao triénio 2012-2014, o Conselho de Administração delegou poderes relativos à gestão corrente da Sociedade em três Administradores executivos nos termos e com limites adiante definidos no Ponto 21.1 infra.

Os membros que integram os órgãos sociais, a Mesa da Assembleia Geral e a Comissão de Fixação de Vencimentos foram eleitos por um triénio (2012 - 2014). A Comissão de Fixação de Vencimentos, eleita em Assembleia Geral, tem como atribuições a responsabilidade pela fixação da remuneração dos elementos dos órgãos sociais da sociedade e a definição das orientações gerais a observar na fixação concreta dos montantes.

16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do Conselho de Administração

Os membros do Conselho de Administração são propostos e eleitos de três em três anos pelos Acionistas em Assembleia Geral ou cooptados pelo Conselho de Administração, sujeito a ratificação pela Assembleia Geral, sendo permitida a sua reeleição uma ou mais vezes.

De acordo com os Estatutos poderá ser designado um membro do órgão de administração por um mínimo de Acionistas que, representando pelo menos 10% do capital social, tenham votado contra a proposta que fez vencimento na eleição de administradores.

O Conselho de Administração designa o Presidente e Vice-Presidente de entre os seus membros, bem como, conforme entender pertinente e adequado, constitui uma Comissão Executiva ou delega poderes em administradores executivos.

A substituição de administradores é efetuada nos termos previstos no artigo 393º do CSC. De acordo com os Estatutos da Sociedade, para os efeitos de substituição de administradores prevista no n.º 1 do citado artigo do CSC, é qualificada falta definitiva quando, sem justificação aceite pelo órgão de administração, um administrador faltar a mais de cinco reuniões, seguidas ou interpoladas.

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202 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

17. Composição do Conselho de Administração

De acordo com os Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração da Martifer é composto por 5 a 9 membros eleitos em Assembleia Geral.

O mandato dos membros nomeados para o Conselho de Administração é de 3 anos civis, não existindo qualquer restrição quanto à sua reeleição. Os membros do Conselho de Administração consideram-se empossados logo que tenham sido eleitos e permanecem no exercício das suas funções até à eleição de quem deva substituí-los.

A 31 de dezembro de 2014 o Conselho de Administração era composto por 7 membros, eleitos em Assembleia Geral da Sociedade para um mandato de três anos civis, com termo em 31 de dezembro de 2014.

A 31 de dezembro de 2014, a composição do Conselho de Administração para o mandato de 2012-2014 era a seguinte:

NOME DO ADMINISTRADOR PRIMEIRA NOMEAÇÃO TERMO DO MANDATO ATUAL

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente do CA) 2004 2014

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente) 2004 2014

Mário Rui Rodrigues Matias * 2013 2014

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira** 2015 2014

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo 2010 2014

Luis Filipe Cardoso da Silva 2010 2014

Luis António de Castro de Valadares Tavares 2008 2014

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha 2008 2014

* O Administrador Mário Rui Rodrigues Matias renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração da Sociedade em 06 de Janeiro de 2015.

**O Administrador Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira foi cooptado pelo Conselho de Administração da Sociedade, em 06 de Janeiro de 2015, após a renúncia ao cargo do Administrador Mário Rui Rodrigues Matias.

18. Distinção entre membros executivos e não executivos

NOME DO ADMINISTRADOR ESTATUTO (Executivo / Não executivo) INDEPENDENTE ou NÃO INDEPENDENTE

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente do CA) Executivo -

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente) Executivo -

Mário Rui Rodrigues Matias* Executivo -

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira** Executivo

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Não Executivo Não independente

Luis Filipe Cardoso da Silva Não Executivo Não independente

Luis António de Castro de Valadares Tavares Não Executivo Independente

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha Não Executivo Independente

*O Administrador Mário Rui Rodrigues Matias renunciou ao cargo em 06 de Janeiro de 2015, tendo sido designado, em sua substituição, por cooptação do Conselho de Administração o Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 203

**O Administrador Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira foi cooptado pelo Conselho de Administração da Sociedade, em 06 de Janeiro de 2015, após a renúncia ao cargo do Administrador Mário Rui Rodrigues Matias

A 31 de dezembro de 2014, dos 7 administradores do Conselho de Administração, 4 são administradores não executivos com funções de acompanhamento e avaliação da gestão da Sociedade pelos administradores executivos, sendo que 2 dos 4 administradores não executivos são administradores independentes.

Atendendo à dimensão da Sociedade e sua estrutura acionista, considera-se adequado o número de administradores independentes. Para aferição da independência dos membros do Conselho de Administração, os critérios utilizados são quer os previstos no artigo 414.º, nº 5 do CSC, bem como quer o estabelecido no ponto 18.1 do Anexo I do Regulamento 4/2013 da CMVM e da Recomendação II.1.7 do Código de Governo das Sociedades da CMVM (2013).

19. Qualificações profissionais dos membros do Conselho de Administração

A experiência e os conhecimentos dos membros do Conselho de Administração encontram-se melhor descritos nos currículos constantes do documento junto ao presente relatório como Anexo I, sendo que atestam de forma rigorosa e específica, as capacidades dos mesmos para o desempenho das funções que lhes são acometidas.

20. Relações familiares, profissionais e comerciais significativas de membros do Conselho de Administração com acionistas a quem seja imputável participação qualificada

O Presidente do Conselho de Administração Carlos Manuel Marques Martins e o Vice- Presidente Jorge Alberto Marques Martins são titulares do capital social e direitos de voto da acionista de referência I’M - SGPS, S.A.. Os referidos membros do Conselho de Administração são irmãos.

Os administradores não executivos Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo e Luis Filipe Cardoso da Silva desempenham funções de administração em sociedades do Grupo Mota-Engil, sendo certo que a Mota-Engil SGPS, S.A., acionista de referência da Sociedade, é a sociedade holding do mencionado grupo.

Os demais administradores da Sociedade não possuem quaisquer relações de parentesco entre eles.

21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da Sociedade incluindo informação sobre delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da Sociedade

21.1 ORGANOGRAMAS

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204 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

21.2 DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

De acordo com os Estatutos e nos termos previstos no artigo 407º, n.º 3 do CSC, foram delegados poderes de gestão corrente a três administradores executivos, cargos ora desempenhados pelo Eng. Carlos Manuel Marques Martins, pelo Dr. Jorge Alberto Marques Martins e pelo Dr. Mário Rui Rodrigues Matias (e após renúncia deste último, no Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira). Os referidos administradores executivos são responsáveis pela execução das decisões estratégicas tomadas pelo Conselho de Administração, bem como pela gestão corrente da sociedade holding, enquanto sociedade gestora de participações sociais, tudo no âmbito dos poderes que lhe foram delegados.

As funções delegadas aos administradores executivos abrangem a orientação do desempenho das várias Áreas de Negócio, bem como a condução dos serviços corporativos, supervisão do conjunto das áreas de negócio, promoção de sinergias entre estas, afetação os recursos necessários, gestão de recursos humanos e financeiros, definição de estratégias das áreas de negócio e fiscalização da concretização dos objetivos de cada área de negócio, estabelecendo assim políticas transversais a toda a Sociedade. Compete ainda aos administradores executivos exercer os poderes que, em cada momento, neles se encontrem delegados por deliberação do Conselho de Administração, sem prejuízo das matérias cuja delegação se encontre vedada por lei ou pelos Estatutos.

Nos termos das deliberações do Conselho de Administração, datadas de 18 de maio de 2012 e de 30 de Agosto de 2013, foram delegados os seguintes poderes e respetivos limites:

− Subscrição, aquisição ou alienação de participações sociais em quaisquer sociedades;

− Aquisição ou alienação de bens imóveis ou móveis;

− Realização de investimentos ou compromissos de investimento, com exclusão dos que respeitem a novas áreas de negócio;

− Aquisição e alienação de ações próprias no quadro e com os limites constantes de deliberação tomada pela Assembleia Geral da Sociedade;

− Realização de investimentos e desinvestimentos previstos nos orçamentos anuais ou, não o estando, cujo montante envolvido seja inferior a cinco milhões de euros;

− Contratação de prestação de serviços;

ASSEMBLEIA GERAL

Comissão Fixação Vencimentos

Secretário da Sociedade

Comissão de Ética e Conduta

Comité Governo Societário Comissão de Risco

Conselho de Administração ROC Conselho Fiscal

Administradores Delegados

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 205

− Contratação de trabalhadores, definição de níveis, categorias, condições de remuneração e outras regalias ou complementos;

− Exercício de poder disciplinar e aplicação de sanções;

− Emissão de instruções vinculantes às sociedades que com a Martifer – SGPS, S.A. estejam em relação de grupo constituído por domínio total nos termos em que o mesmo é definido no Código das Sociedades Comerciais;

− Participação em Agrupamentos Complementares de Empresas e em Agrupamentos de Interesse Económico e, bem assim, a celebração de contratos de consórcio e de associação em participação, a constituição ou participação em quaisquer outras formas de associação temporária ou permanente entre sociedades e/ou entidades de direito privado ou público, salvo quando as mesmas tenham como objetivo a participação em projetos que impliquem um volume de negócios superior a cem milhões de euros;

− Designação de representantes nas assembleias gerais das sociedades participadas pela Martifer – SGPS, S.A., Sociedade Aberta e determinação do sentido de voto nas mesmas assembleias;

− Representação da sociedade em juízo e fora dele, ativa e passivamente, compreendendo a instauração, contestação e interposição de recursos em quaisquer processos judiciais ou arbitrais e incluindo igualmente a confissão, desistência ou transação em quaisquer ações e a assunção de compromissos arbitrais;

− Constituição de mandatários para a prática de determinados atos ou categorias de atos, definindo a extensão dos respetivos mandatos.

Nos termos do artigo 407.º, n.º 1 do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração atribuiu ainda ao Administrador Dr. Mário Rui Rodrigues Matias encargo especial de responsável Pelouro Financeiro, bem como Representante da Sociedade para as relações com o Mercado e com a CMVM.

Em virtude da renúncia ao cargo do Administrador Dr. Mário Rui Rodrigues Matias, a 06 de Janeiro de 2015, a Sociedade designou para o cargo de responsável Pelouro Financeiro, bem como Representante da Sociedade para as relações com o Mercado e com a CMVM o Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira.

Sem prejuízo das matérias que por lei são insuscetíveis de delegação, nos termos do n.ºs 4 e 8 do artigo 407º do CSC, o Conselho de Administração assegurou expressamente que determinadas matérias ficam excluídas da delegação de poderes conferida aos Administradores executivos, nomeadamente a:

I. definição da estratégia e as políticas gerais da Sociedade; II. definição da estrutura empresarial do Grupo Martifer; e III. tomada de decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características

especiais, sendo que, nestas últimas, a reserva decorre do Regulamento do Conselho de Administração.

A delegação de poderes cessará por deliberação do Conselho de Administração ou, automaticamente, com o termo do mandato do Conselho de Administração que efetuou a delegação.

b) Funcionamento

22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do conselho de administração No sítio da Internet da Martifer – www.martifer.pt (separador investidores, secção relativa ao Corporate Governance, Estatutos) - é disponibilizado o regulamento de organização e funcionamento do Conselho de Administração.

23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne regularmente, uma vez por trimestre e, conforme definido nos Estatutos e no respetivo Regulamento, todas as vezes que o Presidente ou dois dos membros o convoquem, podendo deliberar com a presença ou representação da maioria dos seus membros.

Sem prejuízo do acima exposto e atendendo a que o Presidente do Conselho de Administração acumula o cargo de administrador executivo, de acordo com o Regulamento do Conselho de Administração, os administradores sem poderes delegados poderão

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206 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

ainda realizar reuniões, mediante convocação de administrador não executivo, por sua iniciativa ou a pedido de quaisquer dois daqueles administradores, tendo em vista o exercício das suas competências de supervisão, fiscalização e avaliação da atividade dos membros a quem o Conselho de Administração atribua poderes delegados.

Nesse sentido e, por forma assegurar o exercício, de forma independente e informada, das competências dos administradores não executivos referidas no parágrafo anterior, foram ainda instituídos pelo Conselho de Administração e plasmados no seu Regulamento os seguintes mecanismos e procedimentos:

(i) obrigação de entrega aos administradores sem poderes delegados de toda a informação considerada necessária ou conveniente e que por estes venha a ser solicitada à Sociedade ou a qualquer um dos administradores com poderes delegados;

(ii) a resposta às solicitações dos administradores sem poderes delegados deve ser providenciada de forma adequada e tempestiva, (iii) possibilidade de qualquer administrador não executivo poder solicitar a convocação de reuniões para que os administradores

não executivos possam exercer as competências que lhes são adstritas; e (iv) as comissões especializadas que tenham competências de supervisão de fiscalização e de avaliação da atividade dos

administradores com poderes delegados, devem ser presididas e maioritariamente compostas por administradores sem poderes delegados;

No decurso do ano de 2014 não foram detetados quaisquer constrangimentos à gestão e funcionamento da Sociedade, entendendo-se portanto que está acautelado o mecanismo que assegura a coordenação dos trabalhos dos administradores não-executivos.

Em 2014, o Conselho de Administração reuniu dez vezes. As atas são lavradas e assinadas pelos Administradores e Secretário da Sociedade e registadas no respetivo livro das atas, as quais são ainda enviadas ao Presidente do Conselho Fiscal.

O grau de assiduidade de cada Administrador às referidas reuniões, durante o exercício das respetivas funções, foi o seguinte:

NOME DO ADMINISTRADOR ASSIDUIDADE

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente do CA) 100%

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente)* 90%

Mário Rui Rodrigues Matias 100%

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo* 90%

Luis Filipe Cardoso da Silva * 80%

Luis António de Castro de Valadares Tavares * 90%

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha* 80%

* O administrador justificou a sua ausência, tendo-se feito representear por outro administrador na respetiva reunião, conforme carta de mandato respetivamente emitida para o efeito.

24. Órgãos da Sociedade Competentes para realização da avaliação de desempenho dos administradores executivos

O Comité de Governo Societário da Sociedade é composto por membros não executivos do Conselho de Administração da Sociedade e presidido por um administrador independente que reúne todos os requisitos de independência e compatibilidades previstos no ponto 18.1 do Anexo I do Regulamento 4/2013 da CMVM e da Recomendação II.1.7 da CMVM (2013). Este Comité tem, entre outras, a competência de assegurar a avaliação do desempenho dos Administradores executivos e do desempenho global do Conselho de Administração, bem assim como das diversas comissões existentes.

A Comissão de Vencimentos da Sociedade promove igualmente, na sua esfera de competências, a avaliação de desempenho dos membros do Conselho de Administração, diligenciando pela convergência dos interesses dos administradores, dos demais órgãos sociais e dirigentes com os interesses da Sociedade, privilegiando uma perspetiva de longo prazo.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 207

25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos

O desempenho dos administradores é avaliado com base nos princípios enunciados na Declaração de Política de Remunerações. A política de remunerações e as remunerações dos Órgãos Sociais da Sociedade são revistas anualmente e submetidas, para aprovação, na Assembleia Geral Anual de Acionistas da Sociedade.

A política de remunerações é orientada de acordo princípios e critérios baseados nas funções desempenhadas, no grau de complexidade e responsabilidades assumidas, alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses da sociedade, na avaliação de desempenho, na situação económica da sociedade e condições gerais de mercado para situações equivalentes, conforme melhor enunciado no Ponto 70 infra.

26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício

A indicação e descrição dos cargos exercidos e atividades desempenhadas pelos membros do conselho de administração encontram-se melhor descritos no documento junto ao presente relatório como Anexo II.

c) Comissões no seio do órgão de administração ou supervisão e administradores delegados

27. Identificação das Comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem ser consultados os Regulamentos de funcionamento

Com o objetivo de ir ao encontro das melhores práticas para o governo das sociedades, o Conselho de Administração nomeou 3 (três) comissões especializadas por forma a potenciar a sua eficácia operacional.

O Comité de Governo Societário a Comissão de Ética e Conduta e a Comissão de Risco têm regulamentos próprios que estabelecem as regras relativas à sua composição, funcionamento e competências, os quais podem ser consultado no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

Comité do Governo Societário

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

Comissão de Ética e Conduta Comissão do Risco

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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208 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

28. Identificação de administradores delegados

Os Administradores Delegados designados pelo Conselho de Administração da Sociedade são:

- Carlos Manuel Marques Martins;

- Jorge Alberto Marques Martins; e

- Mário Rui Rodrigues Matias *

- Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira**

*O Administrador Mário Rui Rodrigues Matias renunciou ao cargo em 06 de Janeiro de 2015, , tendo sido designado, em sua substituição, por cooptação do Conselho de Administração o Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira.

** O Administrador Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira foi cooptado pelo Conselho de Administração da Sociedade, em 06 de Janeiro de 2015, após a renúncia ao cargo do Administrador Mário Rui Rodrigues Matias.

As competências delegadas pelo Conselho de Administração nos Administradores Delegados estão elencadas no Ponto 21.2 supra.

29. Indicação das competências de cada uma das Comissões criadas e síntese das atividades desenvolvidas no exercício dessas competências

COMITÉ DO GOVERNO SOCIETÁRIO

O Comité de Governo Societário deve ser composto, de acordo com o respetivo Regulamento, por 2 a 6 membros que integram o Conselho Fiscal e/ou Conselho de Administração, mas que não exerçam funções executivas. Atualmente, o Comité de Governo Societário tem a seguinte composição:

PRESIDENTE Dr. Jorge Bento Farinha (Administrador independente e não executivo)

VOGAIS Eng. Luis Valadares Tavares (Administrador independente e não executivo) Dr. Luís Cardoso da Silva (Administrador não independente e não executivo)

O Comité do Governo Societário tem competência para emitir sugestões de aperfeiçoamento do modelo de governance do Grupo Martifer, tendo por objetivo a promoção do cumprimento de rigorosos princípios éticos e deontológicos e a observância de práticas que assegurem o cumprimento das normas e melhores práticas de governo societário estabelecidas e sustentem uma gestão diligente, eficaz, equilibrada e promotora de conduta ética e responsável, sob a perspetiva dos interesses dos acionistas e demais stakeholders.

Além das reuniões informais e presença de seus membros em grupos de trabalho, o Comité do Governo Societário reuniu formalmente duas vezes em 2014. Este Comité elabora as atas das suas reuniões.

O Comité de Governo Societário tem um regulamento próprio que estabelece as regras relativas à sua composição, funcionamento e competências, o qual pode ser consultado no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

O Comité de Governo Societário tem como principais responsabilidades e competências:

− avaliar e desenvolver o modelo de governo societário; − refletir sobre o sistema de governo adotado e verificar da eficácia do mesmo; − aconselhar e propor aos órgãos competentes da Sociedade a promoção de medidas que terão por fim a melhoria do Governo

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 209

− assegurar a avaliação do desempenho dos administradores executivos e do desempenho global do Conselho de Administração, bem assim como das outras Comissões existentes;

COMISSÃO DE ÉTICA E CONDUTA

A Comissão de Ética e Conduta é constituída por três a sete membros, nomeados pelo Conselho de Administração, o qual designa um Presidente. Atualmente, a Comissão de Ética e Conduta tem a seguinte composição:

PRESIDENTE Dr. Jorge Bento Farinha (Administrador independente e não executivo)

VOGAIS Dr. Rui Correia (Diretor dos Recursos Humanos do Grupo); Dr. José Nunes de Oliveira (Diretor do Dep. Jurídico da Martifer); e Dra. Raquel Ferreira Alves (Diretora do Dep. de Auditoria Interna)

A Comissão de Ética e Conduta tem um regulamento próprio que estabelece as regras relativas à sua composição, funcionamento e competências quanto à elaboração, implementação, acompanhamento e controlo de normas de ética e conduta no Grupo Martifer. O Regulamento da Comissão de Ética e Conduta pode ser consultado no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

Incumbe ainda à Comissão de Ética e Conduta constituir e assegurar o cumprimento da política de denúncia de irregularidades ocorridas no seio do Grupo Martifer, onde os colaboradores possam comunicar, de forma adequada, imediata, confidencial (caso o solicitem) e salvaguardando a sua integridade profissional, informações relativas a denúncia de irregularidades ocorridas no seio do Grupo Martifer, estabelecendo e informando da disponibilização de canais de comunicação adequados e eficazes.

A Comissão de Ética e Conduta coordena a sua atividade com o Conselho Fiscal da Sociedade, tendo em conta as competências próprias desse órgão, designadamente nos termos do CSC.

A Comissão reúne periodicamente ou sempre que for convocada pelo seu Presidente, por convocatória enviada pelo Presidente aos seus membros com a antecedência mínima de sete dias úteis, onde constará a respetiva ordem de trabalhos. A Comissão de Ética e Conduta elabora atas de todas as suas reuniões.

COMISSÃO DE RISCO

A Comissão de Risco é constituída por três a seis membros que integram o Conselho de Administração e/ou o Conselho Fiscal, mas que maioritariamente não exerçam funções executivas. Ao Presidente do Conselho de Administração da Sociedade é vedado integrar a Comissão de Risco, sendo no entanto admitida a sua participação nas reuniões, sem direito de voto. A Comissão de Risco tem a seguinte composição:

PRESIDENTE Dr. Jorge Bento Farinha (Administrador independente e não executivo)

VOGAIS Eng.º Arnaldo Figueiredo (Administrador não independente e não executivo) Dr. Jorge Alberto Marques Martins (Administrador Executivo)

A Comissão de Risco tem um regulamento próprio que estabelece as regras relativas à sua composição, funcionamento e competências quanto à elaboração, implementação, acompanhamento de um sistema de gestão de risco transversal ao Grupo Martifer. O Regulamento da Comissão de Risco pode ser consultado no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

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210 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

A missão da Comissão de Risco constitui apresentar propostas e acompanhar a implementação da política de gestão do risco ao Grupo Martifer, a qual visa estabelecer uma estratégia para prevenção e gestão de risco transversal ao Grupo Martifer de modo a reduzir a exposição ao risco e a salvaguardar o valor do Grupo e a criação de valor para os stakeholders.

As principais atribuições conferidas à Comissão de Risco são:

− emitir recomendações ou pareceres quanto: (a) à definição de uma política de risco para o Grupo Martifer; (b) ao conteúdo, formato e metodologias a considerar nos relatórios de análise de investimentos, sejam estes orgânicos ou de aquisição de empresas; e (c) à criação de sistemas de identificação, monitorização, controle e gestão de riscos de natureza (i) legal e contratual, (ii) financeira, (iii) técnico-operacional, (iv) comercial, (v) ambiental, (vi) política e (vii) de outra natureza, que a Comissão de Risco considere relevante.

− fazer observar o cumprimento dos princípios orientadores da política de risco do Grupo Martifer, auxiliando Conselho de Administração na fixação dos objetivos estratégicos da sociedade em matéria de assunção de riscos;

− elaborar pareceres sobre as operações de financiamentos e investimentos que requeiram parecer prévio da Comissão de Risco;

− apresentar ao Conselho de Administração propostas, sugestões de metodologias de identificação e cobertura de riscos que sejam apropriados e que deverão ser adotadas pelo Grupo Martifer como medidas tendentes a aperfeiçoar o modelo de gestão de risco em vigor e a facilitar a prossecução dos superiores objetivos corporativos;

− informar o Conselho de Administração de quaisquer situações ou ocorrências de que tenha conhecimento e que, em seu entender, configurem incumprimento das normas e práticas de identificação, monitorização e controle de risco;

− acompanhar e analisar as reflexões e orientações produzidas sobre gestão de risco pelos organismos nacionais e internacionais, com vista ao seu eventual aproveitamento na melhoria do modelo de gestão de risco do Grupo Martifer.

Além das reuniões informais e presença de seus membros em grupos de trabalho, a Comissão de Risco reuniu formalmente em 2014 por 4 vezes, tendo sido elaboradas as respetivas atas.

III. FISCALIZAÇÃO

a) Composição

30. Identificação do órgão de fiscalização

O modelo de fiscalização da Martifer assenta num Conselho Fiscal e num ROC. A separação funcional entre Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas poderá ser entendida como uma fiscalização política a ser exercida pelo Conselho Fiscal, cabendo o papel de revisão de contas e certificação para o Revisor Oficial de Contas.

31. Composição do Conselho Fiscal com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data do termo de mandato de cada membro

O Conselho Fiscal da Sociedade é composto por três membros efetivos e um suplente, eleitos em Assembleia Geral de 11 de abril de 2012, para o triénio 2012-2014, reelegíveis nos termos legais.

Os membros do Conselho Fiscal apenas podem ser eleitos, regra geral, pela Assembleia Geral e, no decurso de uma vaga no Conselho Fiscal, será essa vaga suprida pelo membro suplente. Caso exista outra vaga a suprir, tal vaga só poderá ser completada com eleição em Assembleia Geral de um novo membro.

Os membros Dr. Manuel Simões de Carvalho e Silva (Presidente) e Dr. Carlos Alberto da Silva e Cunha (Vogal) foram designados para o primeiro mandato em 2008, terminando o atual e segundo mandato em 2014. Os membros João Carlos Tavares Ferreira de

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 211

Carreto Lages (Vogal) e Dr. Juvenal Pessoa Miranda (Suplente) foram designados para o primeiro mandato em 2012, terminando o atual mandato em 2014.

32. Identificação dos membros do Conselho Fiscal

Atualmente, o Conselho Fiscal da Martifer tem a seguinte composição:

PRESIDENTE Dr. Manuel Simões de Carvalho e Silva

VOGAIS Dr. Carlos Alberto da Silva e Cunha Dr. João Carlos Tavares Ferreira de Carreto Lages

SUPLENTE Dr. Juvenal Pessoa Miranda

33. Qualificações profissionais de cada um dos membros do Conselho Fiscal e outros elementos curriculares relevantes

A experiência e os conhecimentos dos membros do conselho fiscal encontram-se melhor descritos nos curricula constantes do documento em anexo ao presente relatório e atestam, de forma rigorosa e específica, as capacidades dos mesmos para o desempenho das funções que lhes são acometidas.

O Conselho Fiscal da Sociedade é formado por membros independentes e os seus elementos estão sujeitos aos requisitos legais e regulamentares quanto a incompatibilidades, independência e especialização em vigor, nomeadamente os previstos no artigo 414.º-A do CSC, assim como o critério de independência constante do n.º 5 do artigo 414.º do CSC.

Os elementos que compõem o Conselho Fiscal da sociedade cumprem as regras de incompatibilidade e de independência acima identificadas, sendo que a 31 de dezembro de 2014, os seus membros não eram titulares, de acordo com o artigo 447.º do CSC, de ações da Martifer.

b) Funcionamento

34. Local onde pode ser consultado o regulamento de funcionamento

As competências do Conselho Fiscal estão descritas no respetivo Regulamento que pode ser consultado no sítio na Internet da sociedade http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

35. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, no mínimo, uma vez em cada trimestre, sempre que o seu Presidente o entenda ou algum dos membros lho solicite. Cabe ao respetivo Presidente convocar e dirigir as reuniões e as deliberações são tomadas estando presente a maioria dos membros em exercício e por maioria dos votos expressos.

Em 2014, o Conselho Fiscal reuniu 5 vezes, tendo sido elaboradas atas de todas as reuniões.

O grau de assiduidade de cada membro do Conselho Fiscal às referidas reuniões, durante o exercício das respetivas funções, foi o seguinte:

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212 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

ASSIDUIDADE

Dr. Manuel Simões de Carvalho e Silva 100%

Dr. Carlos Alberto da Silva e Cunha 100%

Dr. João Carlos Tavares Ferreira de Carreto Lages 100%

36. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho Fiscal com descrição de cargos exercidos em outras empresas, dentro e fora do grupo e, demais atividades relevantes exercidas

Todos os membros do Conselho Fiscal manifestaram ao longo do ano de 2014 inteira disponibilidade para o exercício das funções que lhe são acometidas, tendo comparecido regularmente quer às respetivas reuniões quer quando a sua presença tenha sido considerada conveniente.

Quanto às atividades dos membros do Conselho Fiscal, cumpre referir que o vogal Dr. Carlos Alberto da Silva e Cunha, é ROC, o Presidente do Conselho Fiscal, Dr. Manuel Simões Carvalho e Silva, e o Vogal Dr. João Carlos Tavares Ferreira de Carreto Lages, são licenciados em Direito e a exercer a atividade de Advocacia com especial relevância na área do direito comercial e societário, aportando a este órgão conhecimentos operacionais na área dos negócios da sociedade.

O Presidente está adequadamente apoiado pelos restantes elementos do Conselho Fiscal.

No âmbito da descrição das atividades mais relevantes dos membros do Conselho Fiscal remetemos para a informação constante do Ponto 33, sendo certo que os membros não exercem qualquer cargo adicional dentro do Grupo Martifer.

c) Competências e funções

37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo.

O Auditor Externo da sociedade é a sociedade PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, SA (PwC) desde o exercício de 2010. A alteração do auditor externo ocorreu na sequência de uma consulta ao mercado nesse ano, a qual foi objeto de análise e ponderação pelo Conselho Fiscal.

Os serviços que não são de revisão legal de contas e auditoria externa solicitados por sociedades do Grupo Martifer ao Auditor Externo e a outras entidades pertencentes à mesma rede, em 2014, não assumem valores relevantes. O Conselho Fiscal aprovou a contratação de serviços diferentes dos de revisão legal de contas e de auditoria ao Auditor Externo, entendendo que os mesmos, para além de globalmente não assumirem um peso relativo superior a 30 % do valor total dos serviços prestados à Sociedade, não colocam em causa a independência do Auditor Externo.

Adicionalmente, qualquer novo serviço a prestar pela PwC e suas empresas (nacionais ou internacionais) ao Grupo Martifer encontra-se sujeito a aprovação prévia quer pela administração da Martifer quer pelo partner responsável pelos trabalhos da PwC no Grupo Martifer, no âmbito do seu sistema de controlo de qualidade.

O Conselho Fiscal da Martifer, no âmbito das suas funções de fiscalização do funcionamento da Sociedade, tem responsabilidades de análise e apreciação dos aspetos mais significativos da relação com o Auditor Externo, nomeadamente nos aspetos tocantes à independência dos seus trabalhos. Em 2014, o Conselho Fiscal da Sociedade procedeu à avaliação da atividade prestada pelo Auditor Externo, entendendo que a mesma foi realizada de uma forma consentânea com os regulamentos e normas aplicáveis, atuando com rigor técnico, transparência e urbanidade.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 213

Adicionalmente, o Conselho Fiscal promove, sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da atividade da Sociedade ou da configuração do mercado em geral, uma reflexão sobre a adequação do Auditor Externo ao exercício das suas funções.

38. Outras funções dos órgãos de fiscalização

Para além das funções descritas no ponto anterior, ao órgão de fiscalização incumbem as competências que lhe sejam atribuídas por lei e pelos Estatutos, entre outras, as relativas ao acompanhamento do funcionamento da Sociedade, o cumprimento das leis, dos estatutos e dos regulamentos que lhe são aplicáveis e a emissão de parecer acerca do orçamento, do balanço, do inventário e das contas anuais.

Assim, no exercício das suas competências e cumprimento dos seus deveres, o Conselho Fiscal propõe à Assembleia Geral:

− a nomeação do Revisor Oficial de Contas efetivo e suplente da Sociedade;

− fiscalizar a independência do ROC, designadamente no que respeita à prestação de serviços adicionais e o âmbito dos respetivos serviços e a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da Sociedade;

− Examinar, sempre que o julgue conveniente e com regularidade, a escrituração da Sociedade;

− Acompanhar o funcionamento da Sociedade, o cumprimento das leis, dos estatutos e dos regulamentos que lhe são aplicáveis;

− Fazer-se representar nas reuniões do Conselho de Administração sempre que o entenda conveniente;

− Pedir a convocação da Assembleia Geral sempre que o entenda conveniente;

− Examinar as situações periódicas apresentadas pelo Conselho de Administração durante a sua gerência;

− Emitir parecer acerca do orçamento, do balanço, do inventário e das contas anuais.

Incumbe também ao Conselho Fiscal representar a Sociedade junto do Auditor Externo, competindo-lhe ainda:

− propor o prestador destes serviços e a respetiva remuneração;

− zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços;

− avaliar anualmente a sua atuação, bem como ser o interlocutor da empresa, sendo o destinatário dos respetivos relatórios, em simultâneo com o Conselho de Administração; e

− propor a destituição do Auditor Externo com justa causa.

Constitui, por fim, uma competência do Conselho Fiscal da Martifer a fiscalização e avaliação da eficácia do sistema de gestão de riscos e acompanhamento dos trabalhos da auditoria interna, incluindo o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, as quais constituem matérias objeto de regular acompanhamento e avaliação pelo Conselho Fiscal no âmbito do seu quadro de competências funcionais e legais, conforme se infere das atas das reuniões e relatório e parecer anual do Conselho Fiscal.

IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa

O Revisor Oficial de Contas, efetivo e suplente, foram eleitos para o quadriénio 2012-2014 na Assembleia Geral de 10 de abril de 2013, tendo sido designados:

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214 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

PRESIDENTE PRICEWATERHOUSECOOPERS & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda., como revisor oficial de contas (efetivo)

SUPLENTE Dr. JOSÉ PEREIRA ALVES, como revisor oficial de contas (suplente)

O ROC apenas poderá ser eleito em Assembleia Geral. Se ocorrer uma vaga no órgão, a mesma será suprida pelo membro suplente, que, caso não permaneça nessa função, só poderá ser preenchida através de eleição de um novo membro em Assembleia Geral.

O Revisor Oficial de Contas pode ser representado por Hermínio António Paulos Afonso ou por António Joaquim Brochado Correia, sendo certo que, no ano de 2014, o representante do Revisor Oficial de Contas da Sociedade foi Hermínio António Paulos Afonso.

40. Indicação do número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da sociedade e/ou grupo

Nos termos melhor descritos no ponto anterior o atual Revisor Oficial de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda foi eleito na Assembleia Geral de 10 de Abril de 2013, desempenhando funções desde então.

41. Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à sociedade

O Revisor Oficial de Contas presta à Sociedade, adicionalmente, serviços de Auditoria Externa conforme descrito nos pontos seguintes.

V. AUDITOR EXTERNO

42. Identificação do auditor externo designado para os efeitos do art. 8.º e do sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções, bem como o respetivo número de registo na CMVM.

O Auditor Externo é a sociedade PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, SA (PwC) registada sob o nº 9077 na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo de um contrato inicialmente celebrado para esse exercício, o qual foi objeto de extensão para o exercício de 2014.

A PwC é, desde 2010, representada por representada pelo Dr. Herminio António Paulos Afonso.

43. Indicação do número de anos em que auditor externo e o respetivo sócio revisor oficial de contas exercem funções consecutivamente junto da sociedade e/ou grupo

Nos termos melhor descritos no ponto anterior o Auditor externo PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. e o respetivo sócio revisor oficial de contas, que o representa no cumprimento dessas funções, exercem consecutivamente funções junto da Sociedade há cerca de 5 anos, desde 2010.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 215

44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções.

No que se refere ao período de rotatividade do Auditor Externo o Grupo Martifer não tem uma política formal definida relativa à rotação do Auditor Externo.

O Conselho Fiscal procede anualmente a uma avaliação do trabalho do Auditor Externo, zelando pelo cumprimento do disposto no artigo 54º do Decreto-Lei nº 487/99, de 16 de novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 224/2008, de 20 de novembro), relativamente à rotação do sócio responsável pela execução do trabalho.

Não obstante, o Auditor Externo e o sócio Revisor Oficial de Contas que o representa no cumprimento dessas mesmas funções, encontram-se ainda no segundo mandato, cumprindo a Sociedade, assim, as regras atualmente em vigor.

45. Órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é feita.

O Conselho Fiscal, no exercício das suas funções, efetua anualmente uma avaliação da independência do Auditor Externo. Adicionalmente, o Conselho Fiscal promove, ao longo de cada exercício e sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da atividade da Sociedade ou da configuração do mercado em geral, uma reflexão sobre a adequação do Auditor Externo ao exercício das suas funções.

46. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo auditor externo para a sociedade e/ou para sociedades que com ela se encontrem em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação.

Para além dos serviços de auditoria foram realizados, para a sociedade e/ou sociedades do grupo, serviços de consultoria fiscal para empresas estrangeiras.

A aprovação e contratação dos serviços prestados pelo Auditor Externo, distintos dos serviços de auditoria, teve por base os procedimentos descritos no ponto 37, sendo que na origem da sua contratação esteve na falta de recursos internos da Sociedade.

O Conselho Fiscal aprovou a contratação dos serviços diferentes dos de revisão legal de contas e de auditoria ao Auditor Externo, entendendo que os mesmos, para além de não assumirem um peso relativo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à Sociedade, não colocam em causa a independência do Auditor Externo.

Adicionalmente, qualquer novo serviço a prestar pela PwC e suas empresas (nacionais ou internacionais) ao Grupo Martifer encontra-se sujeito a aprovação prévia quer pela administração da Martifer quer pelo partner responsável pelos trabalhos da PwC no Grupo Martifer, no âmbito do seu sistema de controlo de qualidade.

47. Indicação do montante da remuneração anual paga pela sociedade e/ou por pessoas coletivas em relação de domínio ou de grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou coletivas pertencentes à mesma rede e discriminação dos serviços em causa

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216 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

Durante o exercício de 2014, o montante da remuneração anual paga aos auditores e a outras pessoas singulares ou coletivas pertencentes à mesma rede, suportada pela sociedade e/ou pessoas coletivas em relação de domínio ou de grupo, ascendeu a 350.270 mil Euros (incluindo despesas e remunerações pagas por subsidiárias localizadas no estrangeiro). A discriminação dessa remuneração é a seguinte:

OUTRAS 2014 % 2013 % 2012 %

Serviços de revisão legal de contas e auditoria 305.485 99,00% 365.508 90.68% 373.226 85,10%

Outros serviços de garantia de fiabilidade 0 0,00% 0 0,00% - -

Serviços de consultoria fiscal 3.065 1,00% 34.506 8,56% 41.899 8,80%

Outros serviços que não de revisão legal de contas 0 0,00% 3.074 0,76% 29.050 6,10%

Total 308.550 100,00% 403.088 100,00% 444.175 100,00%

MT SGPS 2014 % 2013 % 2012 %

Serviços de revisão legal de contas e auditoria 41.720 100,00% 41.720 100,00% 32.655 100,00%

Outros serviços de garantia de fiabilidade 0 0,00% 0,00% 0,00%

Serviços de consultoria fiscal 0 0,00% 0,00% 0,00%

Outros serviços que não de revisão legal de contas 0 0,00% 0,00% 0,00%

Total 41.720 100,00% 41.720 100,00% 32.655 100,00%

TOTAL GLOBAL 350.270 444.808 476.830

** Incluindo contas individuais e consolidadas

C. ORGANIZAÇÃO INTERNA

I. ESTATUTOS

48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade (art. 245.º-A, n.º 1, al. h)

Os estatutos da Martifer não preveem regras especiais aplicáveis à alteração dos Estatutos, aplicando-se, assim, as regras previstas no CSC. Assim:

− Quórum constitutivo, aplica-se o disposto no art.º n.º 383º do CSC. Para que a Assembleia Geral possa deliberar, em primeira convocação, sobre a alteração do contrato de sociedade devem estar presentes ou representados acionistas que detenham, pelo menos, ações correspondentes a um terço do capital social;

− Quórum deliberativo, aplica-se a regra do artigo 18º dos Estatutos e art.º 386 n.º 3 CSC, nomeadamente, as deliberações sociais a tomar em Assembleia Geral, quanto a propostas de alteração dos Estatutos, são tomadas, quer em primeira convocação, quer em segunda convocação, por dois terços dos votos emitidos.

II. COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES

49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade.

A política de comunicação de irregularidades tem como entidade responsável pela receção e gestão de denúncias ou comunicação de irregularidades a Comissão de Ética e Conduta, sem prejuízo das competências próprias do Conselho Fiscal nesta matéria.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 217

Em complementaridade com o Conselho Fiscal, a Comissão prossegue, aplica e dá seguimento aos procedimentos de denúncia de irregularidades internas, dando o adequado tratamento interno às denúncias e comunicação de irregularidades, garantindo a rápida resolução dos factos denunciados.

Desta forma, o Grupo Martifer visa garantir a existência de condições que permitam a qualquer colaborador comunicar livremente as suas preocupações nestes domínios à Comissão de Ética e Conduta e facilitar a deteção precoce de situações irregulares que, a ser praticadas, poderiam causar danos ao Grupo Martifer, bem como aos seus stakeholders.

A participação, comunicação ou denúncia de irregularidades ocorridas no seio do Grupo Martifer é recebida diretamente numa mail box, com acesso exclusivo pelo Presidente da Comissão de Ética e Conduta. O anonimato e confidencialidade das mesmas são garantidos sempre que assim seja solicitado na participação ou denúncia. Este canal foi considerado o mais apropriado e independente para a receção das denúncias, sem prejuízo das mesmas serem rececionadas via postal.

As comunicações de irregularidades dirigidas diretamente ao Conselho Fiscal, e todas as outras que sejam da competência exclusiva do Conselho Fiscal, são de imediato igualmente comunicadas na pessoa do seu Presidente, ao Presidente da Comissão de Ética e Conduta.

Durante 2014 não foram comunicadas irregularidades à Comissão de Ética e Conduta do Grupo Martifer.

A política de comunicação e denúncia de irregularidades da sociedade figura no sítio da sociedade, na Internet em http://www.martifer.pt/, bem como na intranet da Sociedade.

A política de comunicação de irregularidades Martifer abrange todo o perímetro do Grupo Martifer.

III. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS

50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de controlo interno

Conselho de Administração

A política de risco é definida pelo Conselho de Administração com base na análise e mensuração de riscos, o qual ainda coordena e desenvolve processos de gestão de risco de forma a assegurar uma gestão integrada de risco de acordo com a estratégia e objetivos do Grupo Martifer.

Comissão de Risco

A Comissão de Risco da Martifer, que constitui uma Comissão Especializada do Conselho de Administração, tem como atribuições principais o cumprimento dos princípios orientadores da política de Risco do Grupo Martifer, auxiliando Conselho de Administração na fixação dos objetivos estratégicos da sociedade em matéria de assunção de riscos, emitindo ainda recomendações ou pareceres, entre outros, quanto à definição de uma Política de Risco para o Grupo Martifer e criação de sistemas de identificação, monitorização, controle e gestão de riscos de natureza (i) legal e contratual, (ii) financeira, (iii) técnico-operacional, (iv) comercial, (v) ambiental, (vi) política e (vii) de outra natureza.

A composição, funcionamento, atribuições e competências Comissão de Risco encontram-se descritas no Ponto 29 supra, e podem ser consultadas no Regulamento da Comissão de Risco disponível no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

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218 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

Conselho Fiscal

A avaliação de controlo interno e de sistema de gestão de riscos constitui matéria objeto de regular análise e discussão pelo Conselho Fiscal da Martifer, no âmbito do seu quadro de competências legais.

Auditoria externa

Entre as suas funções, avalia os riscos de fiabilidade e integridade da informação contabilística e financeira, reportando os mesmos ao Conselho Fiscal.

Departamento de Auditoria Interna

A Martifer tem na sua estrutura organizacional um departamento de Auditoria Interna que desenvolve a sua atividade no sentido de avaliar a eficácia e eficiência do sistema de controlo interno e dos processos de negócio ao nível de todo o Grupo Martifer de forma independente e sistemática, que verifica se os ativos ao nível do Grupo Martifer estão devidamente registados e suficientemente protegidos contra eventuais riscos e perdas, examinar e avaliar o rigor, a qualidade e a aplicação dos controlos operacionais, contabilísticos e financeiros, promovendo um controlo eficaz e a um custo razoável e propondo medidas que se mostrem necessárias para fazer face a eventuais deficiências do sistema de controlo interno.

O departamento de auditoria interna da Martifer reporta funcionalmente ao Senhor administrador Dr. Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha, administrador não executivo e independente do Conselho de Administração da Sociedade.

É estabelecido anualmente o âmbito das auditorias a realizar de forma a avaliar a qualidade dos processos de controlo que zelam pelo cumprimento dos objetivos do sistema de controlo interno, designadamente os que passam por assegurar a eficiência das operações, a fiabilidade dos relatórios financeiros e operacionais e o respeito pelas leis e regulamentos. As deficiências de controlo interno são reportadas superiormente, sendo que os assuntos mais graves são reportados ao Conselho de Administração.

As atividades do departamento de Auditoria Interna, incluindo o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, são regularmente acompanhadas pelo Conselho Fiscal da Sociedade enquanto órgão de fiscalização, no âmbito das suas competências funcionais, nomeadamente as previstas na alínea i) do artigo 420º do Código das Sociedades Comerciais. Cumpre referir que o Conselho Fiscal da Sociedade reúne regularmente, cumprindo integralmente todas as funções e atribuições, conforme se infere das atas das reuniões e relatório e parecer anual do Conselho Fiscal.

Departamento de Planeamento e Controlo de Gestão e Departamento de Consolidação e Reporting

A Sociedade tem ainda um departamento de Planeamento e Controlo de Gestão que, apoiado nos sistemas de informação da empresa, produz, monitoriza e analisa informação de gestão suscitando questões ao nível de cada unidade.

As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas pelo departamento de Consolidação e Reporting da Martifer, o que garante a consistência na aplicação das políticas contabilísticas adotadas.

De salientar que os riscos de fiabilidade e integridade da informação contabilística e financeira são igualmente avaliados e reportados pela atividade do Revisor Oficial de Contas e do Auditor Externo.

Cumpre ainda referir a existência de um Código de Ética e Conduta e um sistema de comunicação de irregularidades e que permitem aumentar a cultura de controlo do Grupo Martifer.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 219

51. Explicitação, ainda que por inclusão de organograma, das relações de dependência hierárquica e/ou funcional face a outros órgãos ou comissões da sociedade

No que respeita às relações de dependência hierárquica e/ou funcional entre os órgãos sociais e departamentos responsáveis pela implementação e monitorização dos sistemas de controlo interno e melhor descritos no Ponto anterior:

− A Comissão de Risco é uma comissão especializada constituída pelo Conselho de Administração, formada maioritariamente por membros não executivos do Conselho de Administração e/ou do Conselho Fiscal, e presidida por um administrador independente;

− O Conselho Fiscal é eleito em Assembleia Geral de Acionistas da Sociedade e constitui um órgão independente;

− O Auditor Externo, sob proposta do Conselho Fiscal, é eleito em Assembleia Geral de Acionistas da Sociedade e os resultados da sua atividade são avaliados pelo Conselho Fiscal;

− O Departamento de Auditoria Interna reporta funcionalmente a administrador não executivo independente do Conselho de Administração – Prof. Dr. Jorge Bento Farinha;

− O Departamento de Planeamento e Controlo de Gestão e o Departamento de Consolidação e Reporting reportam ao Conselho de Administração da Sociedade.

52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos

Entendemos que este ponto já se encontra detalhadamente explicitado no ponto anterior, pelo que remetemos a sua resposta para a explicação daquele constante.

53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da atividade

RISCOS FINANCEIROS

A) RISCO DE PREÇO

A volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo, tanto na área de Construção Metálica como na Solar. Alterações do preço do aço e do alumínio afetam a atividade operacional da área de negócio de construção metálica, assim como a evolução de mercado dos preços dos painéis solares podem também influenciar a atividade solar. A Martifer tem procurado mitigar este risco da mesma forma nas duas áreas, ou seja, através de contratos com clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no valor pago pelo cliente e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projetos de grande dimensão.

B) RISCO DE TAXA DE CÂMBIO

O risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A internacionalização do Grupo obriga-o a estar exposto ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países.

A exposição ao risco de taxa de câmbio do Grupo resulta fundamentalmente das atividades operacionais (em que os gastos, rendimentos, ativos e passivos são denominados em moedas diferentes da moeda de relato), das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

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220 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resultados a flutuações cambiais.

No âmbito da atividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transações sejam realizadas nas respetivas moedas locais. Pela mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respetivas moedas locais.

No que respeita à cobertura de risco cambial, as operações de cobertura são esporádicas por se considerar que o seu custo é, por vezes, excessivo face ao nível dos riscos envolvidos. No entanto, sempre que considerado adequado, o Grupo contrata a cobertura de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.

Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas de câmbio que se destinam a cobrir riscos de posições já existentes ou contratadas e os termos da cobertura são negociados de forma a serem condizentes com os termos do instrumento coberto de forma a maximizar a eficácia da cobertura.

C) RISCO DE TAXA DE JURO

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

O custo da divida financeira contraída pelo grupo está indexado a taxas de referência de curto prazo, revistas com uma periodicidade inferior a um ano, e adicionadas de prémios de risco oportunamente negociados. Assim, variações nas taxas de juro podem afetar os resultados do Grupo.

A exposição do grupo ao risco da taxa de juro advém de passivos financeiros contratados a taxa fixa e/ou taxa variável. No primeiro caso, o Grupo enfrenta um risco de variação do justo valor desses ativos ou passivos na medida em que qualquer alteração das taxas de mercado envolve um custo de oportunidade. No segundo caso tal alteração tem impacto direto no valor dos juros, provocando, consequentemente, variações de caixa.

No final de 2014, a dívida de médio e longo prazo exposta a taxa fixa situava-se nos 1,75 % (98,25 % taxa variável), o que compara com 3 % (taxa fixa) e 97 % (taxa variável) em 2013.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre sempre que considera adequado a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

No final do ano de 2014 o grupo procurou junto das instituições financeiras renegociar as taxas de prémio de risco (spread) de forma a permitir uma exposição menor ao risco da taxa de juro e, consequentemente, ir ao encontro dos recursos de tesouraria libertos previstos no projeto de reestruturação.

D) RISCO DE LIQUIDEZ

O risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

O principal objetivo da política de gestão de risco da liquidez é garantir que o grupo tem ao seu dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, através de uma adequada gestão da relação custo – maturidade dos financiamentos.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 221

Adicionalmente e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o Grupo procurou reestruturar a divida de forma a que acompanhe a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo.

Nesse sentido, o Grupo tenciona adequar a maturidade de inflows da actividade operacional e de (des)investimento aos outflows da actividade de financiamento.

No final de 2014, o Grupo procurou junto das principais instituições financeiras reestruturar a sua dívida através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e uma maturidade que permita que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

O Grupo tem a expetativa de concluir o processo de negociação durante o primeiro semestre de 2015

A direção financeira faz o acompanhamento da implementação das políticas de gestão de risco definidas pela administração de forma a garantir que os riscos económicos e financeiros são identificados mensurados e geridos de acordo com tais políticas.

E) RISCO DE CRÉDITO

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional podem originar a incapacidade dos clientes do grupo Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.

O Grupo encontra-se sujeito ao risco no crédito que concerne à atividade operacional – Clientes e outras contas a receber.

Cientes desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objetivo último assegurar a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos.

Com este objetivo, o Grupo recorre a agências de informação financeira e avaliação de crédito e efetua regularmente análises de risco e controlo de crédito, bem como cobrança e gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a atividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.

RISCOS OPERACIONAIS

A) CONSTRUÇÃO METÁLICA

Os riscos operacionais na área de Construção Metálica, que a partir de 2011 passou também a integrar a área de equipamentos para energia, agrupam-se atualmente em três fontes de riscos - risco de cliente, risco de fornecedor e risco externo, que por sua vez se subdivide em problemas específicos.

No risco de cliente, podem ser identificadas, por exemplo, questões que possam ocorrer ao nível da contratação, como a falta de convergência na interpretação e aplicação das disposições contratuais, o desagrado ou insatisfação com o serviço/produto e ainda o risco de incumprimento no pagamento do preço estipulado após a entrega dos projetos.

No que diz respeito à volatilidade da procura, será de realçar que a área de negócio depende, em parte, do lançamento de concursos públicos para obras de infraestruturas públicas (e.g. pontes, aeroportos, gares). No âmbito dos concursos públicos, a Martifer está sujeita a uma regulamentação complexa, própria de cada país, nomeadamente no que respeita à apresentação de propostas e à elaboração de dossiers administrativos completos com respeito pelo caderno de encargos definido pela entidade contratante, que poderão representar custos acrescidos para o grupo Martifer. É de realçar que, não obstante a referida dependência de concursos públicos, a Martifer tem tido a capacidade de captar negócios não sujeitos a concurso público, reduzindo a sua exposição a este risco.

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222 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

No risco com o fornecedor é de sublinhar que a Martifer Construções, como perita em projetos de engenharia, recorre muitas vezes à subcontratação de outras empresas, que por sua vez podem falhar na execução dos seus contratos e comprometer em efeito “dominó” o cumprimento do prazo de entrega dos projetos. Ou seja, associado à construção está ainda o risco de eventuais atrasos na entrega de obras, com as inerentes penalizações contratuais.

Finalmente, no âmbito dos riscos externos, e sendo certo que a área de Construção Metálica tem uma forte correlação com o crescimento da economia e com a formação bruta de capital fixo, é portanto sensível à atual conjuntura económica. Nesse sentido, o agravamento da crise da dívida soberana na Europa levanta também outros problemas nomeadamente os planos de austeridade que implicam cortes severos e transversais no investimento público e a diminuição significativa de liquidez na totalidade do sistema financeiro, que leva muitas vezes a que, apesar da existência de projetos aliciantes, não exista, porém, o correspondente capital que permita a sua execução.

A forma que a área de Construção Metálica encontrou para mitigar estes riscos externos foi através da dispersão dos negócios por diferentes geografias, nomeadamente pela entrada em mercados que registam maiores taxas de crescimento no setor da construção, como o caso do mercado angolano, do mercado brasileiro e do mercado argelino, ou mesmo países de visita como a Arábia Saudita, que permitirão compensar quer os efeitos da recessão económica em Portugal quer o abrandamento económico na Europa.

B) SOLAR

Na atividade de desenvolvimento e instalação de parques “chave na mão”, eventuais atrasos na obtenção das licenças necessárias por parte dos clientes finais ou atrasos não antecipados na entrega de equipamentos poderão pôr em causa os calendários inicialmente previstos para a execução dos respetivos projetos. Apesar de contratualmente este tipo de atrasos não ser alvo de penalizações, em alguns casos esta situação pode constituir um risco para o Grupo em virtude das dificuldades de planeamento que pode acarretar.

Adicionalmente, a crise no mercado financeiro tem vindo a dificultar o acesso a financiamento por parte dos promotores, levando ao adiamento de alguns projetos. A diversificação do negócio ao longo da cadeia de valor e a carteira diversificada de clientes, dentro e fora do Grupo, que vêm sendo adotados, permitirão reduzir o eventual impacto desta situação.

Os módulos solares fotovoltaicos produzidos pela empresa são comercializados com uma garantia de produto de 5 anos e garantia de performance de 25 anos, pelo que este segmento está exposto ao risco de reclamações por garantias por períodos muito longos após a venda dos equipamentos. Nesse sentido, eventuais problemas com a qualidade dos produtos ou performance podem implicar custos elevados. A performance dos sistemas solares é também garantida no caso dos módulos que são adquiridos para a construção de parques solares, sendo que, nesta situação, a responsabilidade do Grupo é diminuída porque existe direito de regresso sobre os fornecedores.

Por outro lado, muitos equipamentos de produção de módulos solares fotovoltaicos são customizados para matérias-primas específicas, pelo que existe o risco de dependência de fornecedores de matéria-prima chave. O Grupo tem vindo a mitigar este risco através do estabelecimento de contratos de longo prazo para algumas matérias-primas, realizando uma seleção criteriosa dos fornecedores e diligenciando no sentido da obtenção de uma diversificação de fornecedores para cada uma das matérias-primas relevantes do processo produtivo.

C) RE DEVELOPER

Os índices de produtividade ligados ao negócio das energias renováveis dependem da quantidade de energia produzida pelos parques eólicos e da sua rentabilidade, fatores que dependem da localização dos parques eólicos e das estações do ano (sazonalidade). Uma vez que as turbinas apenas entram em funcionamento quando a velocidade do vento se situa dentro de limites específicos, que variam de acordo com o fabricante e o tipo de turbina, se a referida velocidade não se situar dentro desses limites ou se situar no limiar inferior dos mesmos, a produção de energia nos parques eólicos diminuirá.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 223

A disponibilidade e a curva de potência de cada turbina são garantidas contratualmente, sendo estabelecidas indemnizações a serem pagas pelos fornecedores quando a disponibilidade não for satisfeita ou a curva de potência não for atingida.

Este risco é mitigado também através da diversificação geográfica dos parques eólicos, o que permite compensar as variações do vento em cada área e manter a quantidade total de energia produzida relativamente estável.

LICENCIAMENTO: Os parques eólicos e solares estão sujeitos a rigorosa regulamentação em matéria de desenvolvimento, construção, licenciamento e operação de centrais. Se as autoridades relevantes nas jurisdições em que o Grupo opera deixarem de continuar a apoiar, ou reduzirem o seu apoio ao desenvolvimento de parques eólicos e solares, tais ações poderão ter um impacto significativo sobre a atividade.

RISCOS JURÍDICOS A Martifer está sujeita a leis e regulamentos nacionais e locais das várias geografias e mercados onde está presente e que visam assegurar, entre outros, os direitos dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e o ordenamento do território e a manutenção de um mercado aberto e competitivo. Assim, as alterações legislativas e regulatórias que possam abranger as condições de condução das atividades do Grupo e, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objetivos estratégicos implicam a adaptação da Empresa às novas realidades de regulação.

A gestão dos riscos jurídicos é efetuada pelos departamentos jurídicos da holding e de cada Área de Negócio do Grupo e monitorizada no âmbito das assessorias legais e fiscais dedicadas às respetivas atividades, que funcionam na dependência da administração e gestão, desenvolvendo as suas competências em articulação com os demais departamentos fiscais e financeiros, de forma a assegurar a proteção dos interesses da Sociedade e, em última instância, dos stakeholders, no respeito estrito pelo cumprimento dos seus deveres legais.

Os membros que integram os referidos departamentos jurídicos e assessorias possuem formação especializada e participam regularmente em ações de formação e atualização.

A assessoria legal e fiscal é igualmente garantida, a nível nacional e internacional, por profissionais externos, selecionados de entre firmas de reconhecida reputação e de acordo com elevados critérios de competência, ética e experiência.

54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos.

SISTEMAS DE GESTÃO DE RISCO

A Gestão do Risco é uma das componentes da cultura da Martifer, estando presente em todos os processos de gestão e representando uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores aos diferentes níveis da organização.

A política de risco é definida pelo Conselho de Administração com base na análise e mensuração de riscos, o qual ainda coordena e desenvolve processos de gestão de risco de forma a assegurar uma gestão integrada de risco consonante com a estratégia e objetivos do Grupo.

Em paralelo, a Martifer continua a implementar procedimentos de controlo interno e gestão de riscos com o objetivo de reforçar a gestão integrada dos riscos, estabelecendo uma estratégia para prevenção e gestão de risco transversal ao Grupo, de modo a reduzir a exposição ao risco e a salvaguardar o valor do Grupo. O procedimento caracteriza-se, sumariamente, pela identificação de riscos em cada uma das áreas de negócio, acompanhada, em paralelo, pela formalização de um processo de avaliação, gestão, prevenção e mitigação de risco a efetuar pelo Conselho de Administração da Sociedade, apoiado pela Comissão de Risco.

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224 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

A gestão do risco compreende os processos de identificação dos riscos atuais e potenciais, analisando o seu possível impacto nos objetivos estratégicos da organização e prevendo a probabilidade da sua ocorrência, de modo a determinar a melhor forma de gerir a exposição a esses riscos.

Todos estes riscos são devidamente identificados, avaliados e monitorizados, cabendo a diferentes estruturas dentro da sociedade a sua gestão e/ou mitigação.

A gestão de riscos no Grupo Martifer começa por ser assegurada ao nível das empresas operacionais, com a identificação, medida e análise dos diferentes riscos a que as mesmas estão sujeitas, com particular destaque para os riscos de natureza operacional e de mercado, procurando estimar-se a probabilidade de ocorrência dos diversos fatores que os determinam e o seu impacto potencial nos negócios da empresa ou atividade em causa.

Sem prejuízo da definição da estratégia de risco pelo Conselho de Administração da Martifer, os responsáveis operacionais são igualmente incumbidos da implementação dos mecanismos de controlo de risco, os quais são sujeitos ao escrutínio dos competentes departamentos Financeiro, Fiscal e Jurídico.

A identificação de riscos constitui uma responsabilidade transversal aos diferentes níveis da organização, tendo sido criados templates próprios para identificação e categorização dos principais riscos de cada Área de Negócio, bem como de novos riscos que surjam à medida do desenvolvimento das respetivas atividades, incluindo:

(i) riscos económicos e de negócio, (ii) riscos financeiros, e (iii) riscos jurídicos.

Incumbe ainda à Comissão de Risco da Sociedade a apreciação e emissão de pareceres, que são submetidos ao Conselho de Administração, entre outros, sobre novos investimentos do Grupo Martifer a partir de um determinado montante e sobre as novas geografias de atuação do Grupo.

A eficiência destes mecanismos é periodicamente avaliada pela holding, através do departamento de Auditoria Interna, no cumprimento de um plano de auditorias financeiras e aos sistemas de informação, de processo e de conformidade com os procedimentos aprovados. Este plano de auditoria é preparado e desenvolvido anualmente, baseado numa avaliação prévia de riscos do negócio, sendo os mecanismos e avaliações do departamento de auditoria interna acompanhados e fiscalizados pelo Conselho Fiscal da Sociedade no âmbito das suas competências funcionais.

A função de Planeamento e Controlo de Gestão também promove e apoia a integração da gestão de risco no processo de planeamento e controlo de gestão das empresas.

É objetivo da Holding obter uma visão integrada dos riscos em que o Grupo incorre em cada uma das suas diferentes atividades ou áreas de negócios e assegurar a consistência do perfil de risco daí resultante com a estratégia global do Grupo e, em particular, aquilo que considera ser, dada a sua estrutura de capital, um nível de riscos aceitável.

Neste sentido, as operações de maior relevância e impacto no Grupo Martifer, bem como as de maior pendor financeiro são diretamente avaliadas e validades pelos departamentos Financeiro, Fiscal e Jurídico ao nível da holding, seguindo as políticas e estratégias de risco fixadas pela administração.

55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira (art. 245.º-A, n.º 1, al. m)

Relativamente à divulgação de informação financeira, o Grupo Martifer promove a cooperação estreita entre todos os órgãos, departamentos e demais intervenientes no processo, para que a informação financeira seja preparada de acordo com os preceitos legais em vigor e obedeça às melhores práticas de transparência, relevância e fiabilidade, a sua verificação seja efetiva, quer por

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 225

análise interna, quer por análise dos órgãos de fiscalização e Auditor Externo, a sua aprovação seja realizada pelo órgão social competente e a sua divulgação pública cumpra todos os requisitos legais e recomendatórios, nomeadamente os da CMVM.

No processo de divulgação de informação financeira destaca-se:

− O uso dos princípios contabilísticos que são explicados nas notas às Demonstrações Financeiras;

− A informação financeira é analisada pelos responsáveis de gestão das respetivas áreas de negócio, visando a monitorização permanente e o respetivo controlo orçamental;

− Os registos contabilísticos e a preparação das demonstrações financeiras são assegurados pelos Departamentos Financeiro, de Contabilidade e de Planeamento e Controlo de gestão, que garantem o controlo do registo das transações dos processos de negócio e dos saldos das contas de ativos, passivos e capitais próprios;

− As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas com periodicidade trimestral pelo Departamento de Consolidação e Reporting e validadas pelo Departamento de Planeamento de Controlo de Gestão;

− O Relatório de Gestão é preparado pelos departamentos internos competentes, com a contribuição e revisão adicional das várias áreas de negócio e de suporte. O Revisor Oficial de Contas também revê o conteúdo deste relatório e a sua conformidade com a informação financeira de suporte;

− As demonstrações financeiras do Grupo são preparadas sob a supervisão dos administradores executivos do Grupo. Os documentos que constituem o relatório anual são enviados para revisão e aprovação do Conselho de Administração. Depois da aprovação, os documentos são enviados ao Auditor Externo, que emite a sua Certificação Legal de Contas e o Relatório de Auditoria Externa;

− O Revisor Oficial de Contas executa uma auditoria anual e revisões trimestrais das contas consolidadas, efetuados de acordo com as Normas de Auditoria em vigor.

IV. APOIO AO INVESTIDOR

56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esses serviços e elementos para contacto.

A Martifer desde sempre tem privilegiado o contacto permanente com o mercado de capitais, procurando garantir o acesso permanente a informação sobre o Grupo de forma continuada e consistente, quer através da divulgação de informação financeira periódica, quer através de contactos com investidores institucionais, nomeadamente participando em roadshows e conferências, quer através do contacto permanente com analistas financeiros.

Os acionistas e os investidores de forma geral podem obter toda a informação relevante do Grupo através do sítio da Martifer em http://www.martifer.pt/, em particular na página de Investor Relations, onde podem encontrar, para além da informação obrigatória, de natureza corporativa e financeira, a informação sobre a evolução da sua cotação. Acionistas e investidores podem ainda recorrer ao Gabinete de Apoio ao Investidor, que, de forma permanente, assegura o contacto com o mercado.

Durante o ano 2014 a Martifer participou em vários eventos entre roadshows, seminários, reuniões one-to-one e conferências dirigidas a investidores institucionais.

A Direção de Relações com os Investidores e Comunicação pretende garantir ao mercado, investidores, analistas e jornalistas a divulgação de informação sobre o Grupo Martifer de forma continuada, oportuna e equilibrada.

As principais funções do Gabinete de Apoio ao Investidor são, entre outras:

− Assegurar, junto das autoridades e do mercado, o cumprimento das obrigações legais e regulamentares de reporte que impendem sobre a Martifer SGPS, SA. Salienta-se a difusão da informação enquadrável na moldura de ”divulgação de informação privilegiada”, a prestação de informação trimestral sobre a atividade e os resultados do Grupo e a preparação dos relatórios e contas anuais, semestrais e trimestrais;

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226 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

− Dar resposta às solicitações de informação dos investidores (institucionais e particulares), analistas financeiros e demais agentes;

− Apoiar e assessorar a Comissão Executiva da Martifer em aspetos relacionados com o estatuto de sociedade aberta, a título de exemplo destaca-se o acompanhamento da evolução das ações Martifer em mercado, nas suas múltiplas vertentes, o apoio nos contactos diretos que a Comissão Executiva regularmente realiza com analistas financeiros e investidores institucionais (nacionais e estrangeiros), no âmbito de conferências, reuniões e roadshows. A nível orgânico, o Gabinete de Apoio ao Investidor reporta diretamente à Comissão Executiva do Conselho de Administração da Martifer SGPS, S.A..

− A Informação disponibilizada pelo Gabinete de Apoio ao Investidor:

• Kit do Investidor

• Informações Gerais

• Principais Indicadores

• Corporate Governance

• Órgãos Sociais

• Estatutos

• Ética e Conduta

• Assembleias Gerais

• Cotação

• Agenda

• Publicações

• Informações Financeiras

• Apresentações

• Comunicados

O Gabinete da Apoio ao Investidor pode ser contactado nos seguintes contactos: [email protected] Martifer SGPS, Apartado 17 3684-001 Oliveira de Frades Portugal Telefone: +351 232 767 702 Fax: +351 232 767 750

57. Representante para as relações com o mercado

Para efeitos do Código dos Valores Mobiliários, o Responsável pela Relações com o Mercado é, atualmente, o Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira, que assumiu o cargo após a renúncia do Dr. Mário Rui Rodrigues Matias, a 06 de Janeiro de 2015. Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira Martifer SGPS, Apartado 17 3684-001 Oliveira de Frades Portugal Telefone: +351 232 767 702 Fax: +351 232 767 750

58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes de anos anteriores

− Os pedidos de informação ao Gabinete de Apoio ao Investidor registou um aumento significativo desde o secundo semestre de 2014, que se justifica pela melhoria das espectativas dos mercados financeiros relativamente a Portugal e performance das empresas. Os pedidos de informação na sua maioria foram feitos por investidores institucionais, mas também foram registados alguns pedidos de informação de pequenos investidores de retalho.

− O Gabinete de Apoio ao Investidor tenta minimizar ao máximo o tempo de resposta aos pedidos que, na impossibilidade de ser imediata, não deverá ultrapassar, exceto em condições pontuais, as 24 horas.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 227

V. SÍTIO DE INTERNET

59. Endereço(s)

A Martifer dispõe de um sítio de Internet com o endereço eletrónico http://www.martifer.pt/ contendo um conjunto alargado de informação sobre o Grupo Martifer.

60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais.

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.com/pt/grupo/legal-disclaimer/

61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/corporate-governance/estatutos/

62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor ou estrutura equivalente, respetivas funções e meios de acesso.

Informação pode ser consultada nos seguintes endereços eletrónicos:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/corporate-governance/orgaos-sociais/

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/informacoes-gerais/gabinete-de-apoio/

63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, que devem estar acessíveis pelo menos durante cinco anos, bem como o calendário semestral de eventos societários, divulgado no início de cada semestre, incluindo, entre outros, reuniões da assembleia geral, divulgação de contas anuais, semestrais e, caso aplicável, trimestrais.

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/publicacoes/informacoes-financeiras/

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228 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da assembleia geral e toda a informação preparatória e subsequente com ela relacionada.

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/corporate-governance/assembleias-gerais/

65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, com referência aos 3 anos antecedentes.

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/corporate-governance/assembleias-gerais/

D. REMUNERAÇÕES

I. Competência para a determinação

66. Competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, dos membros da comissão executiva e dos dirigentes da sociedade

A política de remunerações e as remunerações dos Órgãos Sociais da Sociedade são fixadas por uma Comissão de Fixação de Vencimentos, eleita em Assembleia Geral de Acionistas. Esta política é revista anualmente e submetida para aprovação, na Assembleia Geral Anual de Acionistas da Sociedade, onde está presente, pelo menos, um representante da referida Comissão de Fixação de Vencimentos.

A atividade da Comissão de Fixação de Vencimentos está vocacionada para a elaboração das linhas mestras e determinação da política remuneratória dos órgãos sociais da Sociedade, no acompanhamento da execução dessa política e na garantir do alinhamento da atuação daqueles com os interesses da Sociedade.

A Comissão de Fixação de Vencimentos tem como principais competências:

− Definir a política de remunerações dos Órgãos Sociais da Empresa, especialmente os membros executivos do Conselho de Administração, fixando critérios de determinação da componente variável da remuneração;

− Determinar as várias componentes da remuneração fixa e variável, eventuais benefícios e complementos, bem como o valor da remuneração anual a pagar aos membros dos Órgãos Sociais da Martifer;

− Acompanhar o desempenho dos membros executivos do Conselho de Administração para efeitos de determinação da remuneração variável;

− Acompanhar o desempenho dos membros não executivos do Conselho de Administração;

− Submeter, com caráter consultivo, à Assembleia Geral anual, exposição informativa sobre a política de remunerações da sociedade.

A Comissão de Fixação de Vencimentos pontualmente solicita, se necessário, a departamentos internos da Martifer (nomeadamente Departamento de Recursos Humanos, Departamento de Planeamento de Controle de Gestão e Departamento Jurídico) informação especializada e dados de natureza técnica, entre outros, relativos à estrutura da sociedade, resultados do

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 229

grupo e membros e atividades dos órgãos sociais. A informação solicitada e recebida pela Comissão visa reunir informações e dados técnicos que permitam definir e implementar a política de remunerações do Grupo.

A informação solicitada é prestada de forma gratuita, não carecendo a Comissão da contratação de pessoas singulares ou coletivas para o desempenho das suas funções.

Compete ainda ao auditor externo a verificação da aplicação das políticas descritas e dos sistemas de remuneração dos órgãos sociais, incumbindo-lhe a comunicação de qualquer desconformidade eventualmente detetada ao Conselho fiscal.(

II. Comissão de remunerações

67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores

A composição da Comissão de Fixação de Vencimentos eleita em Assembleia Geral, cujo mandato tem a duração de três anos (2012-2014), é a seguinte:

PRESIDENTE António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota

VOGAIS Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Júlia Maria Rodrigues de Matos Nogueirinha

Os membros da Comissão de Fixação de Vencimentos são independentes relativamente ao órgão de administração, com a explicação contida no parágrafo seguinte.

No exercício social de 2014, um membro da Comissão de Fixação de Vencimentos - Dr. Júlia Matos - foi também membro de órgão social de sociedade, cujo capital social é detido por dois administradores executivos da Sociedade, designadamente os Senhores Eng.º Carlos Marques Martins e Dr. Jorge Marques Martins. Contudo, a Sociedade entende que a independência da Comissão de Fixação de Vencimentos está acautelada quer pela formação profissional deste membro em particular, quer pelo facto de os restantes membro da Comissão, que formam uma maioria, serem independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração da Sociedade.

Não existem pessoas contratadas para integrar a Comissão de Fixação de Vencimentos.

68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de remunerações.

A Sociedade considera que todos os elementos que integram a Comissão de Fixação de Vencimentos estão, quer pela sua formação profissional, quer pelos cargos que têm desempenhado, totalmente aptos ao excelente desempenho das suas funções.

A Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos é Presidente da Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos do grupo Mota-Engil.

A experiência e os conhecimentos dos membros da comissão de remunerações encontram-se melhor descritos nos curricula constantes do documento em anexo ao presente relatório e atestam as capacidades dos mesmos para o desempenho das funções que lhes são acometidas.

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230 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

III. Estrutura das remunerações

69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho.

A Remuneração dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal da Sociedade é determinada, nos termos estatutários, pela Comissão de Fixação de Vencimentos que submete anualmente à apreciação da Assembleia Geral um documento contendo as orientações gerais a observar na fixação concreta dos montantes a atribuir aos membros dos vários Órgãos Sociais.

Na Assembleia Geral da Sociedade ocorrida em 28 de abril de 2014, foi apreciada e submetida a aprovação a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização elaborada pela Comissão de Fixação de Vencimentos, em cumprimento ao disposto no artigo 2º da Lei nº 28/2009, de 19 de junho, a qual se encontra disponível no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Assembleia Geral).

Em termos gerais, a referida política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização, pretende seguir de perto as disposições do CSC e do Código de Governo das Sociedades da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários que lhe sejam aplicáveis, estando refletida na declaração submetida a aprovação da Assembleia Geral referida no Ponto seguinte.

Na definição da política de remunerações para o ano de 2014 foram consideradas as disposições legais previstas (i) no CSC, designadamente no seu artigo 399º; (ii) a Lei 28/2009, de 19 de junho; (iii) o Código do Governo das Sociedades da CMVM de 2010; e (iv) o regime especial consagrado nas normas estatuárias da sociedade.

70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos.

A política de remunerações da Martifer pretende promover a convergência dos interesses dos administradores, dos demais órgãos sociais e dirigentes com os interesses da Sociedade, designadamente na criação de valor para o acionista e o crescimento real da empresa, privilegiando uma perspetiva de longo prazo.

Assim, a Comissão estruturou os componentes integrantes dos vencimentos dos órgãos de Administração de forma a premiar o seu desempenho, desincentivando contudo a assunção excessiva de riscos por aqueles, alcançando um crescimento elevado e, simultaneamente, sustentado. São ainda fatores determinantes a situação económica da sociedade e as condições gerais praticadas pelo mercado para funções equivalentes.

A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração será composta por uma parte fixa e, quando assim deliberado pela Comissão de Fixação de Vencimentos, por uma parte variável, não podendo a parte variável da remuneração dos administradores exceder os 5% (cinco por cento) dos lucros de exercício, nos termos da lei e do artigo 20.º, n.º 3 dos Estatutos.

Os princípios informadores observados pela Comissão na fixação das remunerações são:

a) FUNÇÕES DESEMPENHADAS, grau de complexidade inerente às funções, responsabilidades atribuídas, tempo despendido e valor acrescentado que o produto do seu trabalho aporta à sociedade. Relevam ainda outras funções desempenhadas em sociedades participadas em virtude do aumento das responsabilidades atribuídas e de constituir fonte adicional de rendimento.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 231

b) ALINHAMENTO DOS INTERESSES DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO COM OS INTERESSES DA SOCIEDADE, avaliação de desempenho dos membros do órgão de administração e da criação de valor para os acionistas.

c) SITUAÇÃO ECONÓMICA DA SOCIEDADE, atual e futura, privilegiando os interesses da sociedade numa perspetiva de longo prazo e do real crescimento da empresa e da criação de valor para os seus acionistas, com base em critérios caracterizadores da situação económica da sociedade, entre outros, de índole financeira.

d) CONDIÇÕES GERAIS DE MERCADO PARA SITUAÇÕES EQUIVALENTES, sendo que a remuneração deverá estar alinhada com a prática de mercado, permitindo servir como meio para atingir um elevado desempenho individual e coletivo, assegurando-se os interesses do próprio mas essencialmente os da sociedade e do acionista.

As orientações gerais de política remuneratória observada pela Comissão de fixação de Vencimentos no ano de 2014 foi a constante da Declaração de Política de Remunerações, que foi sujeita a deliberação da assembleia geral da sociedade de 28 de Abril de 2014, a qual pode no Anexo III ao presente relatório.

71. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente

Nos termos já melhor descritos no ponto anterior a remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração será composta por uma parte fixa e, quando atribuída, por uma parte variável.

A parte fixa da remuneração dos membros do Conselho de Administração com funções executivas, bem como dos membros não executivos não independentes (quando atribuída), consistirá num valor mensal, pagável catorze vezes por ano, não podendo a parte variável da remuneração dos administradores exceder os cinco por cento dos lucros de exercício, nos termos da lei e do artigo 20.º, n.º 3 dos Estatutos.

Na fixação de todas as remunerações, incluindo designadamente na distribuição do valor global da remuneração variável dos membros do Conselho de Administração, serão observados os princípios gerais acima consignados: funções desempenhadas, alinhamento com os interesses da sociedade, privilegiando o longo prazo, situação da sociedade e critérios de mercado.

O processo de atribuição de remunerações variáveis (RV) aos membros executivos do Conselho de Administração deverá seguir os critérios propostos pela Comissão de Fixação de Vencimentos, designadamente, a sua posição hierárquica, a avaliação de desempenho efetuada, o crescimento real da sociedade, procurando na determinação daqueles potenciar a convergência dos interesses dos órgãos da Administração com os da sociedade, privilegiando a perspetiva de longo prazo, sendo esta considerada nos critérios de performance da Administração. Serão assim determinantes para a avaliação e mensuração de RV:

− o Contributo dos administradores executivos para os resultados obtidos;

− a rentabilidade dos negócios na perspetiva do acionista;

− a evolução da cotação das ações;

− o grau de realização dos projetos integrados e medidos pelo Balanced Scorecard do Grupo.

No decorrer do ano de 2014 não foram celebrados quaisquer contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que for fixada pela Sociedade aos membros do órgão de administração.

72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento

No exercício de 2014 não foi atribuída qualquer remuneração variável aos administradores da Martifer, pelo que, consequentemente, não houve lugar ao diferimento desta componente remuneratória. Por outro lado, a Política de Remunerações

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232 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

dos órgãos de administração e fiscalização, elaborada pela Comissão de Fixação de Vencimentos e aprovada em Assembleia Geral de 28 de abril de 2014, não prevê o diferimento da remuneração variável, quando atribuída.

Assim, no exercício em análise não foram auferidas remunerações variáveis pelos administradores da Sociedade, nem se procedendo, em consequência, ao diferimento do seu pagamento.

73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em ações bem como sobre a manutenção, pelos administradores executivos, dessas ações, sobre eventual celebração de contratos relativos a essas ações, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respetivo limite, e sua relação face ao valor da remuneração total anual

O Plano de Remuneração em Opções sobre Ações da Martifer existente foi constituído e atribuído no exercício social de 2008, prevendo o diferimento do exercício das opções por um período de 4 anos, tendo, por consequência, o exercício das opções que dele decorrem caducado no exercício social de 2013.

Relativamente ao Plano de 2008 nenhum dos administradores exerceu o seu direito de opção durante o período de diferimento do seu exercício.

No decurso do exercício social de 2014, a Sociedade não implementou, nem atribuiu outro plano de atribuição de ações e/ou de opções de aquisição de ações, pelo que, em consequência, também não foi atribuída qualquer remuneração variável em ações aos administradores, nem foram, por isso, estabelecidos critérios para a manutenção dessas ações pelos administradores executivos.

74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercício.

Nos termos melhor descritos no ponto anterior, atendendo a que no decurso do exercício social de 2014, a Sociedade não implementou, nem atribuiu plano de atribuição de ações e/ou de opções de aquisição de ações, a Sociedade entende este Ponto como não aplicável.

75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários.

A Sociedade não tem implementado qualquer sistema de prémios anuais ou outros benefícios não pecuniários.

76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos individuais.

Não existe na Sociedade um regime complementar de pensões ou de reforma antecipada de que beneficiem os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na aceção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários.

77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de administração da sociedade

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 233

ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR EXECUTIVO

REMUNERAÇÃO FIXA

REMUNERAÇÃO VARIÁVEL

OPÇÕES SOBRE AÇÕES

SENHAS DE PRESENÇAS TOTAL (€)

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente) Sim 0 0 0 0 0

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente) Sim €27.300,00 0 0 0 €27.300,00

Mário Rui Rodrigues Matias Sim €60.367,68 0 0 0 €60.367,68

Arnaldo Nunes da Costa Figueiredo Não 0 0 0 0 0

Luis Filipe Cardoso da Silva Não 0 0 0 0 0

Luis António de Valadares Tavares Não 0 0 0 €25.000,00 €25.000,00

Jorge Bento Barbosa Farinha Não 0 0 0 €25.000,00 €25.000,00

78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum

No decurso de 2014, apenas os seguintes membros do Conselho de Administração auferiram remuneração fixa pelas seguintes sociedades participadas da Sociedade:

ADMINISTRADOR SOCIEDADE REMUNERAÇÃO FIXA

Carlos Manuel Marques Martins Martifer Construções Metalomecânicas, S.A. €70.428,96

Jorge Alberto Marques Martins Martifer Construções Metálicas, Lda (Brasil) R$ 63.002,00 (i)

Jorge Alberto Marques Martins SPEE 2 - Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A. €28.000,00

Jorge Alberto Marques Martins SPEE 3 - Parque Eólico de Baião S.A €28.000,00

(i) Remuneração auferida em moeda local – Real Brasileiro, cujo montante global corresponde a €19.548,23, à taxa de câmbio a 31/12/2014 ( R$ 3.2229), por referência ao último dia do exercício económico a que o presente relatório respeita.

79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e/ou participação nos lucros foram concedidos

No exercício de 2014 não foi liquidada qualquer quantia a título de remuneração sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios.

80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício

Não foi liquidada em 2014, nem é devida, a qualquer a ex-administradores executivos quantia alguma a título de indemnização pela cessação de funções.

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234 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do órgão de fiscalização da sociedade, para efeitos da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho

DR. MANUEL SIMÕES DE CARVALHO E SILVA €4.800,00

DR. CARLOS ALBERTO DA SILVA E CUNHA €4.800,00

DR. JOÃO CARLOS TAVARES DE CARRETO LAGES €4.800,00

DR. JUVENAL PESSOA MIRANDA € 0,00

TOTAL € 14.400,00

82. Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral

JOSÉ CARRETO LAGES €1.200,00

FRANCISCO ARTUR DOS PRAZERES FERREIRA DA SILVA €0,00

ANA MARIA TAVARES MENDES €400,00

TOTAL € 1.600,00

V. Acordos com implicações remuneratórias

83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração

A Sociedade não estabeleceu nem convencionou qualquer limitação contratual relativa à compensação eventualmente devida a administrador da Sociedade em caso de destituição sem justa causa.

A Política de Remunerações aprovada na assembleia geral de 28 de Abril de 2014 também não prevê qualquer fórmula de cálculo ou de apuramento de valor devido a um administrador nestas circunstâncias, aplicando-se assim a estas situações o regime geral.

84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na aceção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade. (art. 245.º-A, n.º 1, al. l)

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 235

A Sociedade não é parte em nenhum acordo com os titulares do órgão de administração ou dirigentes, de acordo com o n.º 3 do artigo 248.º-B do CVM, que preveja indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessão da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da Sociedade.

VI. Planos de Atribuição de Ações ou Opções sobre Ações (“stock options”)

85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários.

A Martifer atualmente não tem ativo nenhum Plano de atribuição de ações e Opções.

86. Caraterização do plano (condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de ações, critérios relativos ao preço das ações e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, características das ações ou opções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de ações e/ou o exercício de opções)

Nos termos descritos no ponto anterior a Sociedade não tem ativo nenhum Plano de atribuição de ações ou Opções, pelo que informação constante deste ponto é não aplicável.

87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações (‘stock options’) de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa

A Sociedade não tem ativo nenhum Plano de atribuição de ações ou Opções, pelo que informação constante deste ponto é não aplicável.

88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes (art. 245.º-A, n.º 1, al. e))

A Sociedade não tem ativo nenhum Plano de atribuição de ações ou Opções, pelo que informação constante deste ponto é não aplicável.

E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

I. Mecanismos e procedimentos de controlo

89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas (Para o efeito remete-se para o conceito resultante da IAS 24).

As transações com Administradores da Martifer ou com sociedades que estejam em relação de grupo ou domínio com aquela em que o interveniente é Administrador, independentemente do montante, estão sujeitas à autorização prévia do Conselho de Administração com parecer favorável do órgão de fiscalização, nos termos do artigo 397º do Código das Sociedades Comerciais.

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236 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

90. Indicação das transações que foram sujeitas a controlo no ano de referência

Em 2014, realizaram-se os seguintes negócios ou operações significativas em termos económicos entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos de administração e de fiscalização:

− A sociedade participada Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A., foi objeto de um aumento de capital, levado a cabo mediante a entrada no capital da sociedade Vector Diálogo – SGPS, S.A., no montante de € 9.700.000,00 (nove milhões e setecentos mil euros), na modalidade de novas entradas em dinheiro, com ágio a deliberar, e emissão de 9.700.000 (nove milhões e setecentas mil) novas ações, ao portador, com o valor nominal de um euro cada, passando o capital social de € 29.050.000,00 (vinte e nove milhões e cinquenta mil euros) para € 38.750.000,00 (trinta e oito milhões setecentos e cinquenta mil euros), o qual foi objeto de parecer favorável do Conselho Fiscal da Sociedade, conforme parecer datado de 27 de Março de 2014. A Vector Diálogo – SGPS, S.A. é detida pelos acionistas de referência I’M – SGPS, S.A. e Mota Engil, SGPS, S.A., o que motivou a necessidade de elaboração do parecer em questão.

− A Sociedade procedeu à alienação de 49% do capital social que detinha na sociedade NUTRE SGPS, S.A., a uma cooperativa de direito holandês cujas participações são detidas pelas sociedades CERES INVESTMENTS LIMITED (80%) e SEVERIS, SGPS, S.A. (20%), tendo por contrapartida a emissão de Loan Notes, com vencimento a 30 de dezembro de 2016. A NUTRE SGPS, S.A.,. Considerando que valor da transação de 19.600.000,00 Euros correspondia ao valor registado no balanço da Sociedade, a 30 de junho de 2014. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 11 de Setembro de 2014.

91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários

O Conselho Fiscal definiu os procedimentos ou critérios necessários à definição do nível relevante de significância de negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas, ou entidades que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo, a partir do qual é exigida a intervenção do órgão de fiscalização.

Assim, sem prejuízo das disposições previstas no artigo 397.º do CSC, ficam sujeitos a avaliação e parecer prévio do Conselho Fiscal, os negócios ou operações entre, por um lado, a Sociedade ou as sociedades integrantes do Grupo e, por outro, os titulares de participações qualificadas ou entidades que com eles se encontrem em qualquer relação, que preencham um dos seguintes critérios:

a) Tenham um valor igual ou superior a meio milhão de Euros, ou, sendo um valor inferior, quando somados com o valor dos

demais negócios celebrados com o mesmo Acionista titular de participação qualificada durante o mesmo exercício, perfaçam

um valor acumulado igual ou superior a um milhão de Euros, exceto os relacionados com as atividades correntes das

sociedades;

b) Independentemente do valor, possam causar um impacto material na reputação da Sociedade, no que respeita à sua

independência nas relações com titulares de participações qualificadas.

II. Elementos relativos aos negócios

92. Indicação do local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas, de acordo com a IAS 24, ou, alternativamente, reprodução dessa informação

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 237

Os negócios com partes relacionadas encontram-se descritos na Nota 39 às demonstrações financeiras consolidadas, constante do Relatório e Contas Consolidadas 2014, disponível no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Informações Financeiras).

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238 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

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240 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

PARTE II Avaliação do governo societário 1. Identificação do Código de governo das sociedades adotado A Martifer, enquanto sociedade emitente de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado, encontra‐se sujeita às disposições do Regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (doravante “CMVM”) n.º 4/2013, de 18 de Julho de 2013, regendo-se ainda pelas recomendações constantes do Código de Governo das Sociedades de 2013 aprovado pela CMVM, ambos disponíveis no sítio eletrónico da CMVM no endereço www.cmvm.pt.

A Martifer não aderiu voluntariamente a nenhum outro código de governo das sociedades.

O presente relatório foi elaborado e obedece, nos termos do n.º 2 do artigo 4.º Regulamento da CMVM nº 4/2013, ao modelo constante do anexo ao referido Regulamento e tem por referência o Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013.

2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado

Em matéria de Governo Societário e enquanto Sociedade Aberta, a Martifer tem vindo a promover a implementação e a adotar as melhores práticas de corporate governance, incluindo as constantes do novo Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013, pautando a sua política por elevados padrões de conduta, ética e responsabilidade social, que se pretendem como transversais ao Grupo.

Constitui objetivo do Conselho de Administração implementar uma gestão integrada e eficaz do Grupo, que permita a criação de valor pela Sociedade, promovendo e garantindo os legítimos interesses de Acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores, mercado de capitais e da própria comunidade, sempre fomentando a transparência no relacionamento com os investidores e com o mercado.

A Martifer considera que, não obstante o não cumprimento integral das recomendações constantes do novo Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013, tal como detalhadamente justificado nos capítulos seguintes deste relatório, o grau de adoção das recomendações é bastante amplo e completo.

3. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado

3.1 DECLARAÇÃO SOBRE O ACOLHIMENTO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES

Nos termos e para os efeitos do disposto na al. o) do n.º 1 do artigo 245.º-A do Código dos Valores Mobiliários, em seguida são elencadas as recomendações incluídas no Código de Governo das Sociedades da CMVM, com indicação da respetiva adoção ou não adoção, sempre que as mesmas sejam aplicáveis à estrutura da Martifer, acompanhadas de remissão para o texto do relatório onde se descreve, de modo mais pormenorizado, a forma da respetiva adoção:

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 241

RECOMENDAÇÕES DA CMVM ADOÇÃO REMISSÃO

CAPÍTULO, TÍTULO, PONTO

I.1. Neste ponto deveria ter sido discriminada a informação relativa à distribuição do capital pelos acionistas, ou incluída remissão para ponto do relatório onde essa informação seja prestada

Adotada Parte I A. I - 1

I.2. A sociedade deveria mencionar expressamente a possibilidade (ou não) de os referidos acordos parassociais conduzirem a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto.

Adotada Parte I A. I - 6

I.3. Recordamos que, nos termos regulamentares, a descrição das participações qualificadas deve incluir indicação clara dos diferentes títulos de imputação, sugerindo-se a adoção do modelo de exposição apresentado pela CMVM na Circular sobre Contas Anuais (ponto 2.3), disponível em http://www.cmvm.pt/CMVM/Recomendacao/Circulares/Documents/Circular%20Contas%20Anuais%202013%20%282014-01-24%29.pdf

Adotada

Parte I A. II - 7

I.4. Deveria ter sido mencionada expressamente a existência ou não de obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e fiscalização. Adotada Parte I

A. II - 8

I.5. A sociedade deveria ter indicado a data em que os poderes especiais do órgão de administração foram atribuídos Adotada Parte I

A. II - 9

I.6. Deveria ter sido incluída informação sobre as relações familiares entre os membros do conselho de administração e acionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto.

Adotada Parte I B. II a) -20

I.7 Deveria ter sido indicada a hiperligação correta para o local na internet onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas Adotada Parte I

C. V - 63

I.8 A sociedade deveria ter feito menção ao facto de prever ou não (a par do pagamento no exercício da componente variável da remuneração) o diferimento da componente variável, quando atribuída.

Adotada Parte I D. III - 72

I.9 Neste ponto deveriam ter sido indicados os valores envolvidos nas transações sujeitas a controlo no ano de referência. Adotada Parte I

E. I - 90

3.2 EXPLICITAÇÃO DAS DIVERGÊNCIAS ENTRE AS PRÁTICAS DE GOVERNO DA SOCIEDADE E AS RECOMENDAÇÕES DA CMVM

Neste capítulo estão explicitadas as fundamentações da não adoção ou não aplicação de cada recomendação individual, as quais deverão ser lidas em conjunto com a tabela do capítulo anterior.

A Sociedade considera terem sido adotadas, no presente Relatório de Governo, todas as recomendações da CMVM.

4. Outras Informações

Além da informação e fundamentações constantes do presente Relatório, não existem outros elementos ou informações adicionais que sejam relevantes para a compreensão do modelo e das práticas de governo adotadas pela Martifer.

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242 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

Oliveira de Frades, 31 de março de 2014

A Administração,

__________________________________

Carlos Manuel Marques Martins

__________________________________

Jorge Alberto Marques Martins

__________________________________

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira

__________________________________

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo

__________________________________

Luís Filipe Cardoso da Silva

__________________________________

Luís Valadares Tavares

__________________________________

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha

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244 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

ANEXO I

Qualificações Profissionais

ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

Carlos Manuel Marques Martins é membro do Conselho de Administração da Martifer (Presidente do Conselho de Administração e administrador com poderes delegados) e um dos acionistas fundadores do Grupo Martifer em 1990, tendo iniciado a sua atividade profissional em 1987 na Empresa Carvalho & Nogueira, Lda., como Diretor de produção no setor do ferro. É licenciado em Engenharia Mecânica pela FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto).

Jorge Alberto Marques Martins é membro do Conselho de Administração da Martifer (Vice-Presidente e administrador com poderes delegados) e um dos acionistas fundadores do Grupo Martifer em 1990, tendo iniciado a sua atividade profissional em 1987 na SOCARPOR – Sociedade de Cargas Portuárias (Douro e Leixões), Lda., como adjunto do Diretor Financeiro. É licenciado em Economia pela FEP (Faculdade de Economia do Porto) e possui um MBA da UCP (Universidade Católica Portuguesa).

Mário Rui Rodrigues Matias é membro do Conselho de Administração da Martifer (Vogal e administrador com poderes delegados) desde 2 de Setembro de 2013. Concluiu o Curso de Perito Contabilista no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (1973) e é licenciado em Economia pela Universidade Técnica de Lisboa (1983). Realizou ainda cursos de Formação Profissional nas áreas de Contabilidade (POC e SNC), Fiscalidade, Gestão, Recursos Humanos e Marketing, bem como realizou pós-graduação, pela Universidade Católica, em PAGECO – Plano Avançado de Gestão para a Construção. Entre 1973 e 1984 desempenhou funções de Responsável Administrativo e Financeiro em diversas organizações. Entre 1984 e 1990 desempenhou funções nas sociedades Auditur – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Amável Calhau, Justino Romão & José Maria Ribeiro da Cunha, SROC e Mazars, SA. Entre 1990 e 1995 trabalhou para a Terrazul, SA, pertencente ao Grupo Ciments Français, tendo desempenhado funções de Director Administrativo e Financeiro de diversas empresas do Grupo, nomeadamente: Duartes, SA, CIB, SA, BETASA, SA, JODOFER, SA, BETAZUL, SA e BETABEIRAS, SA. Entre 1995 e 2000 trabalhou para a CIMPOR – BETÃO, SA, empresa na qual se incorporaram as empresas do Grupo Terrazul, SA. Desempenhou funções de Director Administrativo e Financeiro da Área do Betão Industrial. Em 2000 foi nomeado Administrador da sociedade “OPCA – OBRAS PÚBLICAS E CIMENTO ARMADO, SA”, atualmente denominada “OPWAY – ENGENHARIA, SA”, sendo membro do Conselho de Administração da própria Construtora, bem como, de outras sociedades do Grupo, nomeadamente da OPWAY, SGPS, SA, OPWAY – IMOBILIÁRIA, SA, OATA, SA e SARRION, S.A.. Mais recentemente foi Presidente do Conselho de Administração nas sociedades PAVICENTRO, SA, PAVILIS, SA, PONTAVE, SA, PAVISEU, SA, PAVIJOPACE, PAVI DO BRASIL, MARMETAL, SA, MARGRIMAR, LDA., RECIGREEN, SA, RECIGROUP, SGPS, RECIPNEU e RECIPAV. Foi ainda Presidente dos Conselhos Fiscais das sociedades LUSOSCUT- AUTO ESTRADAS DO GRANDE PORTO S.A., LUSOSCUT - AUTO ESTRADAS DA COSTA DE PRATA S.A., LUSOSCUT - AUTO ESTRADAS DAS BEIRAS LITORAL E ALTA, S.A..

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira é membro do Conselho de Administração da Martifer (Vogal e administrador com poderes delegados) desde 6 de Janeiro de 2015, por cooptação do conselho de administração, em virtude da renúncia ao cargo do Dr. Mário Rui Rodrigues Matias. É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (1999) Concluiu Programa Avançado de Gestão pela Porto Business School e Programa de Formação Executivos In-Company pela AESE Business School . Possui vasta experiencia internacional , inicialmente desempenhando funções de coordenação financeira corporativa nas operações do Grupo Mota Engil na Europa Central, África e América Latina ; entre 2008 e 2014 residiu em Varsóvia e Budapeste, e assumiu diversos cargos de Administração no Grupo Mota-Engil nas operações na Europa Central nas áreas de Real Estate, PPP/PFI, M&A e Corporate Development. Nesse período desempenhou funções membro do Conselho de Administração em diversas sociedades do Grupo com destaque para a Mota Engil Central Europe SA (Polónia) , Mota-Engil Real Estate Management (Holding Imobiliária Europa Central) , Mota Engil CE CZ (Rep.Checa), Mota-Engil CE Slovakia (Eslováquia ), Mota-Engil Magyar (Hungria) , Mota Engil CE RO(Roménia)) , Mota-Engil Brand Management (Holanda) , Mota-Engil Brand Development (Irlanda) .

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo é membro do Conselho de Administração da Martifer (administrador não executivo não independente) desde 30 de abril de 2010. É licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (1977). Desempenhou funções de Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA e do Conselho de Administração da MEITS - Mota-Engil, imobiliária e turismo, SA; Gerente da Mota Internacional, LDA.; Presidente

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 245

da Mesa da Assembleia Geral da Maprel-Nelas, Indústria de Pré-Fabricados em Betão, SA; Membro da Mesa da Assembleia Geral da Paviterra, SARL; Presidente da Comissão de Fixação de Vencimentos (em representação da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA) da Ferrovias e Construções, SA; da Aurimove – Sociedade Imobiliária, SA; da Nortedomus – Sociedade Imobiliária, SA; e da Planinova – Sociedade Imobiliária, SA.

Luís Filipe Cardoso da Silva é membro do Conselho de Administração da Martifer (administrador não executivo não independente) desde 30 de abril de 2010. É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Desempenhou funções de Administrador da: MESP, Mota-Engil Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão SA; MESP Central Europe Sp. z.o.o.; MESP - Central Europe, S.A.; Operadora Lusoscut e Mota-Engil Brand Management B.V.. Foi membro do Conselho Geral e de Supervisão da Vortal - Comércio Eletrónico, Consultadoria e Multimédia, SA e membro Conselho Superior da Ascendi Group, SGPS, SA, tendo sido ainda membro do Conselho Fiscal de várias sociedades do Grupo Ascendi.

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha é membro do Conselho de Administração da Martifer (administrador não executivo independente) desde 2008. Na sua atividade académica, desde 1987 que é docente, na categoria de professor auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) desde 1999 e, desde 1999, que desempenha vários cargos na Porto Business School, Universidade do Porto. Foi ainda Vice-Presidente do Conselho Pedagógico da FEP (2002-2006). Nas suas atividades extra-académicas, foi Analista Financeiro de Mercado de Capitais da Cisf-Companhia de Investimentos e Serviços Financeiros, S.A. (1987-1989), Analista Sénior do Departamento de Fusões e Aquisições do Banco Português de Investimento, S.A. (1990-1992), Diretor-Adjunto do Departamento de Fusões e Aquisições do Banco Português de Investimento, S.A. (1992-1993), sócio da CFf&A Associados - Consultores de Gestão, Lda. (1993-1994), sócio da Futop – Consultores de Gestão, S.A. (1994-1995) e Administrador não-executivo da Enotum.com (2000-2002). É licenciado em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (1987), possui um MBA - Master of Business Administration pelo INSEAD- Institut Européen d´Administration des Affaires, Fontainebleau, França (1990) e um PhD em Accounting and Finance pela University of Lancaster (Management School), Reino Unido (1999).

Luis António de Castro de Valadares Tavares é membro do Conselho de Administração da Martifer (administrador não executivo independente) desde 2008. Desde 1980 que é Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico de Sistemas e Gestão e é Presidente do Observatório de Prospetiva – OPET, desde 2002. É presidente da APMEP - Associação Portuguesa de Mercados Públicos e é provedor do cliente da EDP, entidade independente da própria EDP. Anteriormente, foi Presidente do Instituto Nacional de Administração (2003-2007), Primeiro Coordenador do Mestrado de Investigação Operacional e Engenharia de Sistemas (IST), Diretor e Fundador do Mestrado em Engenharia da Saúde da UCP, Diretor do Programa de ensino a Distância em Gestão (Dislogo) da UCP, Primeiro Coordenador do MBA no Instituto Inter-Universitário de Macau, Diretor Geral do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Educação, Gestor do Programa de Desenvolvimento da Educação em Portugal (PRODEP), Diretor do Programa de Financiamento pelo Banco Mundial do Sistema Educativo, Diretor do Programa Minerva (Informática nas Escolas), Vice-Presidente do Comité de Educação (OCDE), Presidente do Comité de Educação (OCDE), Presidente do Comité de Educação do Conselho das Comunidades Europeias (1ª Presidência Portuguesa), Primeiro Presidente da Associação Portuguesa de Investigação Operacional (APDIO), Vice-Presidente da Federação das Sociedades de Investigação Operacional (IFORS), Professor convidado nas seguintes Universidades: Carolina do Norte (Raleigh, EUA); Colorado (Denver, EUA); Columbia (NY, EUA); Princeton (NY, EUA); UCLA (Los Angeles, EUA); Business School da Universidade de Newcastle (Newcastle, RU); Paris-Dauphine (Paris); Mohammed (Rabat, Marrocos); Middle East Technical University (Ankara, Turquia); Técnica de Poznan (Poznan, Polónia); Técnica de Helsínquia (Helsínquia, Finlândia); PUC do Rio de Janeiro (Brasil); Federal de Santa Catarina (Florianópolis). É licenciado em Engenharia Civil pelo IST, Mestre em Investigação Operacional pela Universidade de Lancaster (Reino Unido), Doutor em Ciências da Engenharia pelo IST e Agregado em Investigação Operacional pelo IST.

CONSELHO FISCAL

Manuel Simões de Carvalho e Silva é licenciado em Direito, pela Universidade de Coimbra. Inscrito na Ordem dos Advogados, exerce advocacia na comarca de Aveiro e limítrofes desde outubro de 1980, com incidência nas áreas do direito civil, laboral, comercial e societário e ainda penal. É Presidente do Conselho Fiscal da Martifer - SGPS, S.A..

Carlos Alberto da Silva e Cunha detém um Diploma de Estudos Avançados (Programa curricular de Doutoramento em Ciências Empresariais) da Universidade de Vigo, Espanha. É Mestre em Contabilidade e Administração pela Universidade do Minho e tem curso de Pós-Graduação “O Impacto do Euro nas Empresas” pelo Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais. É

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246 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

licenciado em Auditoria e Diplomado com o curso de Estudos Superiores Especializados em Auditoria pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, é ainda diplomado com o curso de Contabilidade pelo Instituto Comercial do Porto. É Revisor Oficial de Contas, inscrito na Lista Oficial desde março de 1990. Exerce ainda funções de Professor Assistente, convidado a lecionar na Escola de Economia e Gestão (Universidade do Minho), tendo lecionado na Universidade Lusíada (Porto), a cadeira de Auditoria. Em 2008 e 2009 foi convidado a lecionar no Curso de Pós graduação “Gestão de Fraude”, promovido pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. É Vice-Presidente da Comissão de Estágio e Membro do Conselho Superior da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, aí também exercido funções de Controlador - Relator da Comissão de Controlo da Qualidade. É Membro do Conselho Geral da APECA e Membro do Conselho Técnico da Associação Portuguesa de Contabilistas. É consultor de empresas, nas áreas de organização e gestão, financeira, fiscalidade e contabilidade.

João Carlos Tavares Ferreira de Carreto Lages é licenciado em Direito pela Universidade Católica do Centro Regional do Porto. Desde 1995, exerce Advocacia na comarca de Oliveira de Frades, com processos domiciliados nos mais diferentes pontos do país. Exerceu funções de Vogal do Conselho de Administração da APA, S.A., Administração do Porto de Aveiro tutelando os seguintes pelouros: Marketing e Relações Públicas, Segurança e Ambiente, Recursos Humanos e Pilotos. Em julho 2002, constituiu a Sociedade de Advogados “Carreto Lages e Associados”, com escritório em Aveiro e em Oliveira de Frades, exercendo funções de sócio administrador. Em 2004 concluiu Pós-Graduação em Direito Administrativo.

Juvenal Pessoa Miranda é licenciado em Economia pela Faculdade de Economia de Coimbra. Está inscrito na Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas e exerce funções de economista, consultor e perito no Tribunal da Comarca do Baixo Vouga – Juízo do Comércio. É sócio-gerente da sociedade Latinocontas, Lda..

COMISSÃO DE FIXAÇÃO DE VENCIMENTOS

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota é licenciado em Engenharia Civil (Vias de Comunicação) pela Faculdade de Engenharia Civil da Universidade do Porto. Atualmente exerce funções de Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, S.A., cargo que ocupa desde 2000. Já exerceu funções de Presidente do Conselho de Administração em outras sociedades, designadamente, na Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. (2003-2006), na Mota-Engil Internacional, S.A. (2000-2003), na Engil – Sociedade de Construção Civil, S.A. (2000-2003) e na Mota & Companhia, S.A. (1995-2003), onde ocupou também o cargo de Vice-Presidente (1987-1995). Iniciou a sua atividade profissional em 1977 como estagiário na Mota & Companhia, Lda, tendo entre 1979 e 1981 passado a interagir em diversas Direções da mesma sociedade, onde exerceu funções de Diretor Geral de Produção (1981-1987).

Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos é licenciada em Economia pela Faculdade de Economia do Porto. Tem exercido funções de Administração em diversas sociedades do Grupo Mota-Engil, sendo atualmente Presidente da Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos do grupo. Atualmente exerce o cargo de Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, S.A..

Júlia Maria Rodrigues de Matos Nogueirinha é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e inscrita na Ordem dos Advogados desde 2002. Atualmente exerce funções de Vogal do Conselho de Administração na I’M SGPS, S.A., tendo exercido funções de Vogal do Conselho de Administração em outras empresas do grupo I’M, nomeadamente na Almina – Minas do Alentejo, S.A..

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 247

ANEXO II

Cargos Exercidos e Atividades Desempenhadas pelos Membros do Conselho de Administração

CARLOS MANUEL MARQUES MARTINS

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer: PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer - SGPS, S.A. Martifer Global SGPS, S.A. Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. Martifer Construções Metalomecânicas, S.A. Martifer – Alumínios, S.A. Martifer - Gestão de Investimentos, S.A. Sociedade de Madeiras do Vouga, S.A. Navalria- Docas,constr. e reparações navais, S.A. Gebox, S.A. Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. Nagatel Viseu - Promoção Imobiliária, S.A. Martifer – Amal, S.A Martifer Construcciones Metálicas España, S.A. Martifer Aluminium PTY LTD (Austrália) Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH (Áustria) Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer – Inovação e Gestão, S.A. Martifer Renewables SGPS, S.A. Martifer Renewables, S.A. Prio Agriculture B.V. (Holanda) Porthold B.V. (Holanda) Martifer Aluminium LTD (UK) Martifer Construction UK, LTD (UK) Martifer Aluminium LTD (Irlanda) Martifer Construction Ltd (Irlanda) Martifer Constructions SAS (França) Martifer Aluminium SAS (França) MT Constructions Maroc, SARL (Marrocos) Martifer Construcciones PERÚ, SA Martifer Construções Metalomecânicas, SA, Suc. Colombia Martifer Mota Engil Coffey Joint Venture Limited

MEMBRO DO ÓRGÃO DE SUPERVISÃO: Martifer Renewables, SA (Polónia) GERENTE: Parque Eólico da Penha da Gardunha, Lda. Promoquatro - Investimentos Imobiliários Lda. PRESIDENTE DA COMISSÃO DE FIXAÇÃO VENCIMENTOS: Martifer Renewables, S.A. SECRETÁRIO: Martifer Renovables ETVE S.A.

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248 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

b) Cargos em sociedades participadas pelo Grupo Martifer: PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Prio E. SGPS, S.A. Prio Energy, S.A. Prio Biocombustíveis, S.A. Mondefin Combustíveis, S.A.

MARTIMETAL Spa Prio Parque de Tanques De Aveiro, S.A. PRIO.E – Electric, S.A. Nutre SGPS, S.A. Nutre, S.A. Nutre - Indústrias Alimentares, S.A Nutre Farming West Part SRL (Roménia) Nutre Brasil, Ldta. (Brasil) Prio Agro Industries Sp. Z.o.o (Polónia) Agromec Balaciu S.A. (Roménia) Agrozootehnica Facaeni S.A. (Roménia) Miharox S.A. (Roménia) Prio Agricultura Ialomita SRL (Roménia) Prio Agro Facaeni SRL (Roménia) Prio Agromart SRL (Roménia) Prio Balta SRL (Roménia) Prio Rapita SRL (Roménia) Prio Terra Agricola SRL (Roménia) Prio Turism Rural SRL (Roménia) Prio Agrotrans SRL (Roménia) Prio Meat SRL (Roménia) Zimbrul SRL (Roménia) VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Ventinveste, S.A. Bunge Prio Cooperatie U.A. (Holanda) Nutre Farming B.V. (Holanda) Nutre – MZ (Moçambique) GERENTE: Centralrest, Lda. c) Cargos noutras sociedades fora do Grupo: PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: I’M - SGPS, S.A. I´M Mining, SGPS, S.A. ESTIA – SGPS, S.A. ESTIALIVING, SGPS S.A. Tavira Gran Plaza, SA EPDM – Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro, SA Severis, SGPS S.A. VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: ESTIALIVING, SGPS S.A. PCI - Parque de Ciência e Inovação, S.A. Estia Retail & Warehousing S.R.L. Mamaia Investments S.R.L. OFFICE BUILDING VACARESTI SRL

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 249

GERENTE: Exclusipolis, SGPS, Lda. PANNN - Consultores de Geociências, Lda. ADMINISTRADOR ÚNICO: Black and Blue Investimentos, S.A. Expertoption, SGPS, SA

JORGE ALBERTO MARQUES MARTINS

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer: PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer – Inovação e Gestão, S.A. Martifer Solar - SGPS, S.A. Martifer Solar Ltda. (Brasil) Martifer Renewables, SGPS, S.A. Martifer Renewables, S.A. MPRIME – Solar Solutions, S.A. Martifer Renovables ETVE, S.A. (Espanha) Martifer Renewables Investments ETVE, S.L. SPEE 3 - Parque Eólico do Baião, S.A.

VICE-PRESIDENTE DO CONS. DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer - SGPS, S.A. Martifer Global SGPS, S.A. Martifer Metallic Constructions - SGPS, S.A. VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. SPEE 2 – Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A. Martifer Renewables Italy B.V. (Holanda) Martifer Renewables Brazil B.V. (Holanda) Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH (Austria) Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH (Austria) Martifer Deutschland GmbH (Alemanhã) Martifer Renováveis Geração de Energia e Particip S.A. Rosa dos Ventos Geração e Comerc. de Energia S.A. (Brasil) Martifer – Construções Metálicas, Ltda (Brasil) Martifer Wind Energy Systems LLC (EUA) Martifer Construcciones Metálicas España, S.A.

MEMBRO DO ÓRGÃO DE SUPERVISÃO: Martifer Renewables, SA (Polónia) GERENTE: Martifer Contruções Metálicas Ltda. (Brasil) Martifer – Aluminios, Ltda (Brasil) Global Holding Limited (Malta) Global Engineering & Consulting Limited PRESIDENTE DA COMISSÃO DE FIXAÇÃO Martifer Alumínios, S.A. VENCIMENTOS: Martifer – Construções Metalomecânicas, S.A.

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250 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

VOGAL DA COMISSÃO DE FIXAÇÃO VENCIMENTOS: Martifer Renewables, S.A. ADMINISTRADOR ÚNICO: Martifer Renewables Investments Etve, S.L. SECRETÁRIO: Martifer Construcciones Metálicas España CARGO DE REPRESENTANTE: EUROCAB FV 1, S.L.; EUROCAB FV 2, S.L.; EUROCAB FV 3, S.L.;

EUROCAB FV 4, S.L.; EUROCAB FV 5, S.L.; EUROCAB FV 6, S.L.; EUROCAB FV 7, S.L.; EUROCAB FV 8, S.L.; EUROCAB FV 9, S.L.; EUROCAB FV 10, S.L.; EUROCAB FV 11, S.L.; EUROCAB FV 12, S.L.; EUROCAB FV 13, S.L.; EUROCAB FV 14, S.L.; EUROCAB FV 15, S.L.; EUROCAB FV 16, S.L.; EUROCAB FV 17, S.L.; EUROCAB FV 18, S.L.; EUROCAB 19, S.L.

b) Cargos em sociedades participadas pelo Grupo Martifer: VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Ventinveste, S.A. c) Cargos noutras sociedades fora do Grupo: VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: I´M– SGPS, S.A. I´M Mining, SGPS, S.A. ESTIA SGPS, S.A. GERENTE: BRASEME -Investimentos e Consultoria, Lda. MÁRIO RUI RODRIGUES MATIAS*

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer: VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer - SGPS, S.A. Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A.

Martifer – Construções Metalomecânicas, S.A. Martifer - Alumínios, S.A. Martifer Gestão de Investimentos, S.A. Nagatel Viseu - Promoção Imobiliária, S.A. Sociedade de Madeiras do Vouga, S.A. Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. Navalria - Docas, Construções e Reparações Navais, S.A. Gebox, S.A. Martifer Global, SGPS, S.A. Martifer – Amal, S.A. Martifer Inovação e Gestão, S.A. Martifer Solar SGPS, S.A. Martifer Renewables, SGPS, SA Martifer Renewables, S.A.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 251

Martifer Construcciones Metalicas Espana S.A. MT Constructions Maroc, SARL

GERENTE: Promoquatro - Investimentos Imobiliários, Lda. WEST SEA – Estaleiros Navais, Lda.

b) Cargos em sociedades participadas pelo Grupo Martifer: VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Ventinveste, S.A.

c) Cargos noutras sociedades fora do Grupo:

MEMBRO DO CONSELHO GERAL: AEM - Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado **

*Apresentou carta de renúncia a todos os cargos desempenhados nas sociedades do Grupo Martifer ou participadas pelo Grupo Martifer em 31 de Dezembro de 2014, com excepção do cargo desempenhado na sociedade Martifer - SGPS, S.A., ao qual renunciou em 6 de Janeiro de 2014. **Renunciou ao cargo desempenhado nesta associação, por carta datada de 31 de Dezembro de 2014.

ARNALDO JOSÉ NUNES DA COSTA FIGUEIREDO

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer:

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer - SGPS, S.A.

b) Cargos noutras sociedades fora do Grupo:

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Mota-Engil, Indústria e Inovação, SA

VICE-PRESIDENTE DO CONS. DE ADMINISTRAÇÃO: Mota-Engil, SGPS, SA (Vice-Pres. e adm. executivo)

MEMBRO DO CONSELHO GERAL: AEM - Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado

ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e

a Cooperação PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL: Mercado Urbano – Gestão Imobiliária, S.A.

DIRECTOR Tabella Holding, B.V.

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252 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

LUÍS FILIPE CARDOSO DA SILVA

a) Cargos em sociedades do Grupo Martifer:

VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer - SGPS, S.A. b) Cargos noutras sociedades fora do Grupo: VOGAL DO CONS. DE ADMINISTRAÇÃO: Mota-Engil, SGPS, SA MESP - Mota-Engil, Serviços Partilhados, Administrat. e de Gestão, SA

DIRECTOR: Mota-Engil Brand Management, B.V. LUIS ANTÓNIO DE CASTRO DE VALADARES TAVARES

Cargos em sociedades do Grupo Martifer:

CARGO DE VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer, SGPS, S.A. Não exerce cargos em nenhuma outra sociedade do Grupo ou fora do Grupo Martifer.

JORGE BENTO RIBEIRO BARBOSA FARINHA

Cargos em sociedades do Grupo Martifer:

CARGO DE VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer, SGPS, S.A. Não exerce cargos em nenhuma outra sociedade do Grupo ou fora do Grupo Martifer.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 253

ANEXO III

[DECLARAÇÃO SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E

FISCALIZAÇÃO APROVADA NA ASSEMBLEIA GERAL DE 28 DE ABRIL DE 2014]

I - INTRODUÇÃO

No uso da faculdade legal conferida pelo artigo 399.º do Código das Sociedades Comerciais, os Estatutos da Martifer - SGPS,

S.A., no seu artigo 20º, delegam numa Comissão de Fixação de Vencimentos a competência para a fixação das remunerações dos

Órgãos de Administração e de Fiscalização da sociedade.

Nos termos estatutários aplicáveis, a Comissão de Fixação de Vencimentos foi eleita pela Assembleia Geral de Accionistas em

11 de Abril de 2012, para exercer funções durante o triénio 2012-2014 tendo actualmente a seguinte composição:

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (Presidente)

Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos (Vogal)

Júlia Maria Rodrigues de Matos Nogueirinha (Vogal)

De forma a promover a transparência e a legitimação da fixação das remunerações dos membros dos órgãos sociais, a Comissão

de Fixação de Vencimentos, no cumprimento do disposto no artigo 2º da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, vem submeter à

aprovação da Assembleia Geral de Accionistas da Martifer - SGPS, S.A., do dia 28 de Abril de 2014, a presente declaração sobre

a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização da Sociedade.

A presente declaração pretende acompanhar as disposições aplicáveis do Código das Sociedades Comerciais e do Código de

Governo das Sociedades de 2013 da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários.

Cumpre referir que a presente declaração, para além de obrigatória, pretende constituir-se como um eficaz instrumento da boa

governação societária, visando a informação dos accionistas, a protecção dos seus interesses e uma maior transparência do

governo societário em matéria de políticas de remuneração dos órgãos sociais.

II – REGIME LEGAL

Na definição da política de remunerações a fixar pela Comissão de Fixação de Vencimentos foram consideradas as disposições

legais previstas no Código das Sociedades Comerciais, designadamente no seu artigo 399º, a Lei 28/2009, de 19 de Junho,

relativa ao regime de aprovação e de divulgação da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de

fiscalização de entidades emitentes de acções admitidas à negociação em mercado regulamentado, bem como o Código do

Governo das Sociedades de 2013 da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários, em particular o disposto na sua

Recomendação II.3.3. Em segundo lugar, considerou-se ainda, para definição da política de remunerações, o regime especial

consagrado nas normas estatuárias da Sociedade.

O Código das Sociedades Comerciais estabelece, no seu artigo 399º, o regime legal da remuneração para o conselho de

administração, o qual, em síntese, dispõe que:

- A fixação das remunerações compete à Assembleia Geral de acionistas ou a uma comissão por aquela nomeada, devendo

ter em conta as funções desempenhadas e a situação económica da sociedade;

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254 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

- A remuneração pode ser certa ou consistir parcialmente numa percentagem dos lucros do exercício, mas a percentagem

máxima destinada aos administradores deve ser autorizada por cláusula do contrato de sociedade e não incidir sobre

distribuições de reservas nem sobre qualquer parte do lucro do exercício que não pudesse, por lei, ser distribuído aos

acionistas.

Para os membros que integram o Conselho Fiscal e a Mesa da Assembleia Geral o Código das Sociedades Comerciais estipula

que a remuneração deverá consistir numa quantia fixa, e que é determinada nos mesmos moldes pela Assembleia Geral de

acionistas ou uma comissão por aquela nomeada, devendo ter em conta as funções desempenhadas e a situação económica da

sociedade.

Por outro lado, os Estatutos da Sociedade, nos seus artigos 13º e 20º, referem que:

- As remunerações dos membros dos Órgãos Sociais serão fixadas por uma Comissão de Fixação de Vencimentos;

- A Assembleia Geral que elege os corpos sociais elegerá a Comissão de Fixação de Vencimentos;

- As remunerações do Conselho de Administração podem ser constituídas por uma parte fixa e por outra variável, traduzida

esta última numa participação que não exceda os cinco por cento dos lucros do exercício, nos termos da lei; e

- A remuneração dos membros do Conselho Fiscal deverá consistir numa quantia fixa.

III – PRINCÍPIOS GERAIS

A Comissão de Fixação de Vencimentos tem procurado, na sua política de remunerações, promover a convergência dos

interesses dos administradores, dos demais órgãos sociais e dirigentes com os interesses da Sociedade, designadamente na

criação de valor para o accionista e o crescimento real da empresa, privilegiando uma perspectiva de longo prazo.

Perseguindo este desiderato e no seguimento da política que tem adoptado nos últimos anos, a Comissão estruturou as

componentes integrantes dos vencimentos dos órgãos de Administração de forma a premiar o seu desempenho,

desincentivando contudo a assunção excessiva de riscos por aqueles. Pretende-se, desta forma, alcançar um crescimento elevado

e, simultaneamente, sustentado.

Por último, refira-se que é ainda determinante na missão desta Comissão a situação económica da Sociedade e as condições

gerais praticadas pelo mercado para funções equivalentes.

Concretizando a política geral enunciada, apresentam-se de seguida os princípios informadores a observar por esta Comissão na

fixação das remunerações:

a) Funções desempenhadas

Na determinação da remuneração de cada um dos membros do órgão de Administração deverá ser tido em conta, para cada

elemento, as funções desempenhadas por cada um dos elementos, o grau de complexidade inerente à sua função, as

responsabilidades que lhe estão, em concreto, atribuídas, o tempo dispendido e o valor acrescentado que o produto do seu

trabalho aporta à sociedade.

Nesta medida, não poderá deixar de se diferenciar a remuneração fixada para os Administradores executivos e não

executivos da Sociedade, bem como a própria remuneração entre os Administradores de cada citada categoria, ponderados

os elementos de avaliação supra enunciados.

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RELATÓRIO DE GOVERNO 2014 255

Relevam ainda outras funções desempenhadas em outras sociedades participadas que não devem ser excluídas de

consideração em termos de, por um lado, aumento das responsabilidades atribuídas e, por outro, fonte adicional de

rendimento.

b) Alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses da sociedade -

Avaliação de desempenho

Para garantir um efectivo alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses da

sociedade, esta Comissão não deixará de procurar adoptar uma política que recompense os Administradores pelo

desempenho da sociedade no longo prazo e na criação de valor para os accionistas.

c) A situação económica da sociedade

Este critério terá de ser compreendido e interpretado de forma cautelosa. A dimensão da empresa e a inevitável

complexidade de gestão associada é claramente um dos aspectos relevantes na determinação da situação económica da

sociedade, em sentido lado. A um maior nível de complexidade corresponde necessariamente uma remuneração mais

elevada, mas a remuneração terá de ser ajustada considerando outros critérios caracterizadores da situação económica da

sociedade (de índole financeira, de recursos humanos, etc).

A Comissão tem em consideração a situação económica da sociedade, actual e futura, privilegiando os interesses da

sociedade numa perspectiva de longo prazo e do real crescimento da empresa e da criação de valor para os seus accionistas.

d) Condições gerais de mercado para situações equivalentes

A definição de qualquer remuneração não pode fugir à lei da oferta e da procura, não sendo o caso dos titulares dos Órgãos

Sociais uma excepção. Apenas o respeito pelas práticas do mercado permite manter profissionais com um nível de

desempenho adequado à complexidade das suas funções e responsabilidades. É importante que a remuneração esteja alinhada

com o mercado e seja estimulante, permitindo servir como meio para atingir um elevado desempenho individual e colectivo,

assegurando-se não só os interesses do próprio mas essencialmente os da sociedade e do accionista.

IV – OPÇÕES CONCRETAS

Com base nos princípios atrás identificados, a Comissão apresenta de seguida informação relativa às opções concretas de

política de remuneração, que se submetem à apreciação dos accionistas da sociedade:

1ª A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração será composta por uma parte fixa e, quando assim

deliberado pela Comissão de Fixação de Vencimentos, por uma parte variável, não podendo a parte variável da remuneração

dos administradores exceder os 5% (cinco por cento) dos lucros de exercício, nos termos da lei e do artigo 20.º, n.º 3 dos

Estatutos.

2ª A remuneração dos membros não executivos independentes do Conselho de Administração, dos membros do Conselho

Fiscal e dos membros da Mesa da Assembleia Geral será composta apenas por uma parte fixa.

3ª A parte fixa da remuneração dos membros do Conselho de Administração com funções executivas, bem como dos membros

não executivos não independentes (quando atribuída), consistirá num valor mensal, pagável catorze vezes por ano.

4ª A fixação de valor predeterminado por cada participação em reunião aos membros do Conselho de Administração será feita

para aqueles que sejam considerados independentes e tenham funções não executivas.

5ª As remunerações fixas dos membros do Conselho Fiscal consistirão todas num valor fixo, pagável doze vezes por ano.

6ª Na fixação de todas as remunerações, incluindo designadamente na distribuição do valor global da remuneração variável dos

membros do Conselho de Administração, serão observados os princípios gerais acima consignados: funções desempenhadas,

alinhamento com os interesses da sociedade, privilegiando o longo prazo, situação da sociedade e critérios de mercado.

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256 RELATÓRIO DE GOVERNO 2014

7ª As remunerações fixas dos membros da Mesa da Assembleia Geral consistirão todas num valor predeterminado por cada

reunião.

8ª O processo de atribuição de remunerações variáveis (RV) aos membros executivos do Conselho de Administração deverá

seguir os critérios propostos pela Comissão de Fixação de Vencimentos, designadamente, a sua posição hierárquica, a

avaliação de desempenho efectuada, o crescimento real da sociedade, procurando na determinação daqueles potenciar a

convergência dos interesses dos órgãos da Administração com os da sociedade, privilegiando a perspectiva de longo prazo,

sendo esta considerada nos critérios de performance da Administração. Serão assim determinantes para a avaliação e

mensuração de RV:

o Contributo dos administradores executivos para os resultados obtidos;

a rentabilidade dos negócios na perspectiva do accionista;

a evolução da cotação das acções;

o grau de realização dos projectos integrados e medidos pelo Balanced Scorecard do Grupo.

9ª Não obstante as políticas atrás referenciadas de protecção dos accionistas e dos interesses da sociedade no longo prazo, a

Comissão, com o propósito de adoptar e implementar as melhores práticas de corporate governance no Grupo em matéria de

remuneração dos órgãos sociais, na presente data continua: (i) a promover um estudo e análise comparativa das políticas e

práticas remuneratórias de outros grupos de sociedades do mesmo segmento negocial em matéria de fixação da

remuneração, para futura implementação e adopção na Martifer, bem como (ii) a estudar a possibilidade de adopção de

políticas que, mostrando-se exequíveis e equilibradas para todos os intervenientes, prevejam a possibilidade de o pagamento

da componente variável da remuneração, quando atribuída, poder ter lugar, total ou parcialmente, apenas após o apuramento

das contas de exercício correspondentes a todo o mandato e, por outro lado, permitam a limitação da remuneração variável

(quando esta seja fixada e efectivamente auferida pelos administradores), no caso de os resultados evidenciarem uma

deterioração relevante do desempenho da empresa no último exercício apurado ou quando esta seja expectável no exercício

em curso.

V – LIMITES

Em caso de verificação de um acréscimo permanente e de carácter não excepcional do volume de actividade associado ao

exercício dos cargos aos membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, o montante máximo a pagar aos

membros dos órgãos sociais, em particular aos membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, não poderão

exceder, respectivamente, quer de forma individual, quer de forma agregada, em 25% da quantia paga na média dos últimos 3

exercícios para o membro do órgão social correspondente.

VI – OUTRAS RESPONSABILIDADES

Na contratação ou designação de membros para os seus órgãos sociais, a Sociedade não deverá celebrar quaisquer contratos ou

acordos com membros da administração que reconheçam ou atribuam o direito ao pagamento de qualquer indemnização ou

compensação, além da legalmente devida em caso de destituição ou cessação de funções de administradores.

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Sobre as Contas Consolidadas

Exercício de 2014

Exmos. Senhores Acionistas, 1. Nos termos legais, estatutários e do mandato que nos conferiram, vimos apresentar o nosso relatório sobre a

ação fiscalizadora desenvolvida e dar o nosso parecer sobre o Relatório, Contas e Propostas apresentados pela Administração da MARTIFER - SGPS, S.A. referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014.

2. Acompanhámos com regularidade a atividade da Empresa e das suas principais participadas, tendo obtido dos

Administradores executivos, bem como dos Serviços todos os esclarecimentos julgados convenientes para o cumprimento das nossas funções.

3. Constatámos que o volume de negócios do Grupo decresceu de forma acentuada para cerca de 189 milhões de euros, os Capitais Próprios foram reduzidos para cerca de 15 milhões de euros e o Passivo atinge 617 milhões de euros, para um ativo de cerca de 632 milhões de euros. O resultado líquido foi muito negativo, em cerca de 137 milhões de euros.

4. Acompanhámos o processo de consolidação das contas do Grupo, os trabalhos do Auditor Externo com quem

tivemos várias reuniões, apreciámos a Certificação Legal das Contas Consolidadas emitida com ênfase, que mereceram a nossa concordância.

5. No âmbito das nossas funções, verificámos que:

a) O Balanço Consolidado, a Demonstração Consolidada dos Resultados, a Demonstração do Rendimento Integral Consolidado, Demonstração da Posição Financeira Consolidada e a Demonstração das Alterações dos Capitais Próprios Consolidados e as correspondentes Notas, permitem uma compreensão da situação financeira do Grupo e dos seus resultados.

b) As políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adotados estão de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro.

c) O Relatório Único de Gestão é esclarecedor da evolução dos negócios, da situação financeira do Grupo, evidenciando com clareza os aspetos mais importantes das atividades do Grupo.

d) Em consequência dos prejuízos avultados acima referidos, a empresa tem em curso um plano de restruturação da dívida bancária pelo que a recuperação financeira do Grupo está dependente da concretização desse plano e do sucesso das operações futuras das empresas do Grupo.

6. Nestes termos, levando em conta os esclarecimentos prestados pelo Conselho de Administração, pelo Auditor

Externo e as conclusões que retiramos da Certificação Legal das Contas Consolidadas e do Relatório de Auditoria, somos de parecer que:

a) Seja aprovado o relatório único de gestão. b) Sejam aprovadas as demonstrações financeiras consolidadas.

Oliveira de Frades, 09 de Abril de 2015

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MARTIFER GROL.JP

ManMerSGPSS.A. . SociedadoAbena

Zo4 (ndjiot - Ap:itodo 17

364.03 1 Ct,vv,a dv 'od

Po.iviq,l

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Sobre as Contas Individuais

Exercício de 2014

Exmos. Senhores Acionistas,

1. Nos termos legais, estatutários e do mandato que nos conferiram, vimos apresentar o nosso relatório sobre a oçàa fiscalizadora desenvolvida e dar o nosso parecer sobre o Relatório, Contos e Propostas apresentados pelo Administração da MARJ7FER - SUS, S.A. referentes ao exercido findo em 31 de Dezembro de 2014.

2. Acompanhámos com regularidade a atividade do Empresa e dos suas principais participadas, tendo obtido dos Administradores executivos, bem como dos Serviços todos os esclarecimentos julgados convenientes para o cumprimento das nassas funções.

3. Acompanhámos os trabalhos do Auditor Externo, com quem tivemos várias reuniões, apreciámos a Certificação Legal das Contos emitido com ênfase, que mereceram o nossa concordância.

4. No âmbito das nossas funções, verificámos que;

o) O Relatório Único de Gestão do Conselho de Administração e as Contas evidenciam com clareza a situa çdo financeiro, os resultados e os fluxos de caixa da Sociedade.

b) Compete-nos salientar que o resultado liquido no período foi multo negativo, em cerco de 122 milhões de euros, essencialmente devido ao reconhecimento de perdas de imparidade em participações de algumas subsidiários e associadas. Em consequência, a empresa tem em curso um plano de restruturaçâo da divida bancária pelo que a recuperação financeira da empresa está dependente da concretização desse plano e do sucesso das operações futuras das empresas do Grupo.

c) As políticas contabilísticos e os critérios volorimétricos adotados, de acordo com os Princípios contabilisticos geralmente aceites em Portugal, permitem a correta avaliação do património e dos resultados.

d) A Proposto de Aplicação dos Resultados é adequada, tendo em conta as circunstâncias.

5. Nestes termos, tendo em canta os esclarecimentos prestados pelo Conselho de Administração, pelo Auditor Externo e as conclusões que retiramos da Certificação Legal das Contos com ênfase, somos de parecer que:

1) Seja aprovado a Relatório Único de Gestão;

2) Sejam aprovadas os demonstrações financeiras individuais da Sociedade;

3) Seja aprovada a proposta de aplica çdo dos resultados.

Oliveira de Frades, 09 de Abril de 2015

t'4 Carvalho H-4' ManueL Simoes de

Presidente Fiscal 2Znte Conselho

0/

Carlos Alberto da Silva e Cunha Vogal do Conselho Fiscal

João Caqos TavarTt?r1rrdt -Carrete-Lagéb. Vogal do Conselho Fiscal

TI siÇi 7U 7,5, 7 Capital Scail 50.000.030.00

r5 +351 M 7t,7 7Q NIPC , Maulcu'a: 505 327 261

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Cens Reg. Cor,ce:,5 de OILveira de rric.

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