neusa ponchielli lustosa a importancia da...
TRANSCRIPT
NEUSA PONCHIELLI LUSTOSA
A IMPORTANCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA
LEITURA E DA ESCRITA
Monografia apresentada para Obtenc;ao doTitulo de Especialista no Curso de Pas·Gradua~ao em PSicopedagogia daUniversidade Tuiuti do Parana.
Orientadora: ProF Msc Rosilda DaUagassa.
Curitiba
SUMARIO
RESUMO ....
1 INTRODUC;Ao ...
2 ORIGEM E DEFINIC;Ao DA PSICOMOTRICIDADE..
2.1 ORIGEM ....
2.2 DEFINI<;AO ..
3 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR. ...
3.1 SISTEMA NERVOSO ..
3.2 COORDENA<;Ao DINAMICA GERAL
3.3 COORDENA<;AO MOTORA FINA E 6CULO-MANUAL..
3.4 POSTURA ..
3.5 TONUS MUSCULAR..
3.6 EQUILiBRIO ..
3.7 RESPIRA<;AO ..
3.8 ESQUEMA CORPORAL. ..
3.9 LATERALIDADE..
3.10 CONHECIMENTO DE DIREITA-ESQUERDA ...
3.11 ESTRUTURA ESPACIAL..
3.12 ORGANIZA<;Ao TEMPORAL. ..
4 DESENVOLVIMENTO DAS APRENDIZAGENS PSICOMOTORAS ..
4.1 DE DOIS AN OS E SEIS MESES A QUATRO ANOS ..
4.2 DE QUATRO A CINCO ANOS ..
4.3 DE CINCO A SEIS ANOS ..
4.4 DE SEIS A OITO ANOS ..
5 DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA E DA LEITURA. ..
5.1 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA LlNGUAGEM ..
5.1.1 Aquisic;ao do Significado ...
5.1.2 Compreensao da Palavra Falada ..
5.1.3 Expressao da Palavra ..
5.1.4 Compreensao da Leitura e da Escrita ..
5.1.4.1 A leitura ...
iv
4
4
4
7
7
9
9
10
10
11
11
12
12
13
13
15
16
17
18
20
21
21
21
21
21
22
22
5.1.4.2 A escrita.. 23
PRONTIDAO PARA 0 DESENVOLVtMENTO DA LEtTURA E DA 26
ESCRtTA. ..
RELAC;;AO ENTRE PSICOMOTRICIDADE E DESENVOLVIMENTO DA 29
LEITURA E DA ESCRITA. ..
7.1 NA COORDENAC;:AO DINAMICA GERAL... 29
7.2 NA COORDENAC;:AO MOTORA FINA E 6CULO-MANUAL... 29
7.3 NA POSTURA... 30
7.4 NO TONUS MUSCULAR.. 30
7.5 NO EQUILIBRIO.. 31
7.6 NA RESPIRAC;:AO .
7.7 NO ESQUEMA CORPORAL .
7.8 NA LATERALIDADE ..
31
31
32
7.9 NO CONHECIMENTO DE DIREITA-ESQUERDA... 32
7.10 NA ESTRUTURA ESPACIAL..... 33
7.11 NA ORGANIZAC;:AO TEMPORAL.. 34
8 IDENTIFICAC;;AO DOS SINAIS PSICOMOTORES QUE INTERFEREM NO 36
DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA ...
8.1 NA COORDENAC;:AO DINAMICA GERAL.... 36
8.2 NA COORDENAC;:AO MOTORA FINA . 37
8.3 NO EQUILIBRIO... 38
8.4 NO ESQUEMA CORPORAL... 39
8.5 NA ORGANIZAC;:AO ESPACIAL... 40
8.6 NA ESTRUTURA TEMPORAL... 40
8.7 NA LATERALIDADE... 41
9 REEDUCAC;;AO PSICOMOTORA... 42
10 IMPORTANCIA DA REEDUCAC;;AO PSICOMOTORA PARAO 44
DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA ...
11 CONSIDERAC;;OES FINAlS ...
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...
46
48
iii
RESUMO
Esta pesquisa objetivou demonstrar a importancia que a psicomotricidade tern para 0
desenvolvimento da leitura e escrita. Evidenciou 0 desenvolvimento motor, 0
desenvolvimento da leltura e escrita e a prontidao para esta. Explicita a ligayao entre
psicomotricidade e a alfabetizayiio. Demonstra, os sinais de perturbayiio pSicomotor,
no periodo da aprendizagem formal, bern como, aborda a importancia da reeduc8yao
psicomotora, quando necessaria. 0 referendal te6rico foi a base deste trabalho,
atrav8S de uma analise qualitativa. A analise enfaca a psicomotricidade, como sendo
a educayao do ato motor pelo pensamento, constituindo uma educ8<;ao do
pensamento, atrav8S do ato motor e que perturba90es psicomotoras S8 encontram
ligadas aos fen6menos de comportamento. Finalmente, expoe sinais de dificuldades
psicomotoras que interferem no aprendizado da leitura e esc rita de modo geral,
enfocando uma area pouco observada, pelos professores - primeira serie do primeiro
cicio do ensino fundamental, seja do ponto de vista da atuac;ao e formac;ao do
professor, seja da perspectiva da organizayao do trabalho pedag6gico. 0 estudo traz
em suas considerac;oes, a importancia da escola atraves da pratica educacional, ou
seja, 0 papel do professor, pelo contato direto que tern com a crianc;a, em detectar as
dificuldades e/ou disturbios no desenvolvimento da leitura e escrita, advindas da
psicomotricidade.
Palavras chaves: Psicomotricidade; leitura e escrita; reeducac;ao pSicomotora.
iv
INTRODUC;;AO
Este trabalho teve inicio a partir do interesse pessoal em sistematizar
alguns estudos realizados no decorrer do Curso de Especializa,30 em
Psicopedagogia,durante 0 ana 2002, que versou, entre Qutras, sabre as tematicas da
pSicomotricidade, diagn6stico psicopedag6gico, interven,30 psicopedag6gica, e
8sto39io.
Observou-se no transcorrer, destas atividades, que a fun<;:ao matara, 0
desenvolvimento intelectual e 0 desenvolvimento afetivQ estao intima mente ligados na
crianya, da qual a psicomotricidade destaca relar;ao entre a motricidade, a mente e a
afetividade, facilitando a abordagem global da crian,a.
Uma crianr;a cujo desenvolvimento pSicomotor ocorre harmoniosamente,
estara pre parada para uma vida prospera. A capacidade de dominar suas aptid6es de
utiliza-Ias com desenvoltura e eficacia Ihe proporcionara bern estar, tornando facil e
equilibrado seu cantata cam a mundo.
Na entanto, atrav8s de nassa vivencia, fai possivel verificar, que este
desenvalvimenta, que deveria ser natural, para chegar a um aprendizada da leitura e
escrita, sem problemas, nem sempre ocarre.
Muitas crianc;as sao cansideradas ~desastradas", isto e, derrubam coisas
quando passam, possuem movimentos muito lentos ou pesados e tem dificuldades
em participardos jogos com outras crianc;as.
De acordo, com as queixas escolares, estas crianc;as,em salas de aula,
nao conseguem pegar corretamente no lapis, apresentando uma letra ilegivel; as
vezes escrevem com tanta forc;aque chegam a rasgar 0 papel, OU entao, escrevem
tao clarinho que nao se enxerga; muitos possuem uma postura relaxada, tem
dificuldade em se concentrar e entender ordens, sentem-se perdidos. Por exemplo,
quando se exige 0 conhecimento direita-esquerda; nao conseguem manusear uma
tesoura; pulam letras, quando leem ou escrevem, nao conseguem controlar 0 tempo
de suas tarefas.
No passado, nao havia educac;aoinfantil, come9ava-se a estudar a partir
dos 7 anos. Todavia, se desenvolvia a motricidade em brincadeiras de rua, pulando
corda, soltando pipa, subindo em arvores, jogando bolinhas de gude, andando de
carrinho de rolima etc. Atualmente, mesmo em cidades do interior, e raro encontrar
crianc;:as que tenham estas atividades.
Contemporaneamente, observa-se que a infancia e cercada de televisao,
video-games e computadores. E muito comum, quando se investiga 0 perfil motor,
destas criangas, uma oscilac;:ao. As queixas observadas, normal mente, nao foram as
da motricidade, mas da aprendizagem. Sao crianc;:as desatentas, que nao conseguem
um bom desempenho escolar. Possuem, incorporados em seu comportamento, 0
fracasso, estando sua auto-estima rebaixada. Na avaliac;:ao aparecem dificuldades
motoras.
Denota-se, nesse sentido, que crianc;:as que nao tiveram a oportunidade de
desenvolver todo 0 seu potencial motor estao fadadas a enfrentar serias dificuldades
de aprendizagem, as quais aparecerao nas areas da leitura, esc rita e matematica,
dependendo de como a sua percepc;:ao visual, orientac;:ao espac;:o-temporal,
lateralidade, esquema corporal e coordenac;:ao foram mais ou menos atingidos.
Este trabalho procura mostrar, de forma sistematizada, a importancia que a
pSicomotricidade tem para 0 desenvolvimento da leitura e da escrita. Ou seja, em que
medida a pSicomotricidade contribui para a aquisic;:ao da aprendizagem formal.
Nesse sentido, foi realizada uma revisao bibliografica, que se imp6e em
trabalhos desta natureza. Assim, foi excluida a realizac;:ao de qualquer outra aplicac;:ao
pratica.
Em primeiro lugar, foi abordo a origem e definic;:ao da psicomotricidade, seu
desenvolvimento e aprendizagens. Encontra-se descrito tambem, 0 desenvolvimento
da leitura e da escrita.
Em segundo lugar, foi evidenciada a relac;:ao existente entre a
psicomotricidade e desenvolvimento da leitura e escrita. Na sequencia identificamos
os sinais de dificuldades e/ou disturbios pSicomotores que interferem na
aprendizagem.
Por fim, mostrou-se a reeducac;:ao pSicomotora, enfocando a importancia
desta, para a retomada do desenvolvimento da leitura e da escrita.
Nas considerac;:oes finais, fica patenteado a importancia da escola e dos
educadores na responsabilidade que assumem, com a familia do aluno, no tocante a
observac;ao e detecc;:ao das dificuldades e/ou disturbios psicomotores. Pois, e na
escola, 0 professor, que pelo contato direto, tem as melhores condic;:oes de
observac;aode seus alunos e de tomar providencias, junto aos pais, para a soluc;ao
dos problemas.
4
2 ORIGEM E DEFINIC;AO DA PSICOMOTRICIDADE
2.1 ORIGEM
o termo psicomotricidade, segundo OLIVEIRA (2002), surgiu pela primeira
vez citado par Dupre no ana de 1920, tendo como Significado 0 entrela,amento entre
o pensamento e a movimento. Pon;m, desde 1909, Dupre ja chamava a aten,ao dos
seus alunos para 0 desequilibrio motor, que ate entaD S8 denominava "debilidade
motriz". ande S8 verificava uma rela9ao entre as anomalias psicol6gicas e as
anomalias motrizes. levando-o a utilizar 0 terma psicomotricidade.
Realizando uma retrospectiva da psicomotricidade verifica-se que seu
estudo e recente. Pois, ainda no inieio do seculo passado abordava-se 0 assunto
apenas excepcionalmente. Firmou-se paueD a paueD e evoluiu em diversos aspectos
que atualmente voltam a S8 agrupar.
De acordo com FONSECA (1995), em uma primeira fase, a pesquisa
teoriea fixou-se, sobretudo no desenvolvimento motor da crianC;8. Depois, estudou a
rela980 entre 0 at rasa no desenvolvimento motor e 0 atraso intelectual da crian9a.
Seguiram-se estudos sabre a desenvolvimento da habilidade manual e aptid6es
motaras em fun9ao da idade.
Contemporaneamente, 0 estudo ultrapassa as problemas mota res:
pesquisam tambem as liga90es com a lateralidade, a estrutura espacial e a arienta9ao
temporal par um lade e, por outro, as dificuldades escolares de crian9as de
inteligencia normal. Fazendo com que se tome consciencia das reJa90es existentes
entre 0 gesto e a afetividade, como no seguinte caso: "uma crian9a segura de si
caminha de forma muito diferente de uma crian,a timida." (FONSECA, 1995 p. 35)
2.2 DEFINIi;AO
Antes de entrar na defini9ao de psicomotricidade, se faz necessario,
conceituar 0 que e motricidade, que segundo BUENO (1998), diz ser a mesmo que
motilidade, dominio do corpo, agilidade, destreza, locomo,ao, faculdade de mover-se
voluntariamente. Possibilidade neurofisiol6gica de realizar movimentos. Qualidade do
que e movel ou que obedece as leis do movimento. Ou seja, de acordo com 0
diciom3rio Aurelio e a "propriedade que tern certas celulas nervosas de determinar a
contrayao muscular".
BUENO (1998), segue seu relato, citando Damasceno que diz que as
eta pas evolutivas da motricidade se produzem dentro do utero materno entre 0
segundo e 0 quinto mes de gestac;:aa, a feta a partir de entao, come<;a a organizar
seus movimentos.
Em relayao a pSicomotricidade, muito se tem escrito sobre 0 significado e
sua importancia, embora, seja considerada uma CiElncia relativamente nova. Serao
aqui referenciados alguns autores que tem estudado este assunto de maneira
esclarecedora para n6s, embora perten«am a linhas de pensamento diferentes entre
si.
De acordo com JOSE e COELHO (2002), a psicomotricidade constitui as
questoes motoras e psico-afetivas do ser humano. A mesma seria 0 ponto de
encontro entre a expressao motora (0 que a pessoa faz) e a caracteristica pessoal-
emocional de cada ser humano (0 que a pessoa sente).
o corpo e 0 seu ponto de referenda e 0 seu interesse de estudo. As
alterayoes corpora is constituem-se, assim, no motivo das suas pesquisas e no da sua
intervenyao.
Ja LAPIERRE (1982), diz que a no<;ao de pSicomotricidade e muito vasta
para se pres tar a uma defini«ao precisa e definitiva. 0 pensamento motor e todo
movimento indissoci~wel do psiquismo que 0 produz e implica nesse fato a
personalidade total. E, inversamente, 0 psiquismo, que nos seus diferentes aspectos
(intelectual, afetivo, de relacionamento etc.), e indissociavel dos movimentos que
candicianaram seu desenvolvimento.
Na visao de COSTE (1977), a psicomotricidade e uma tecnica em que se
cruzam multiplos pontos de vista, e, que utiliza as aquisi<;oes de numerosas ciencias
constituidas (biologia, psicologia, psicanalise, sociologia e lingOistica). E, que a
reeducac;:ao psicomatora tern por abjetivo desenvolver esse aspecto comunicativo do
corpa, a que equivale a dar ao individua a possibilidade de dominar seu corpa, de
economizar sua energia, de aperfei«oar 0 seu equilibrio.
BAGATINI (1992), define a psicomotricidade como a "".educa<;ao do
movimenlo ao mesmo tempo em que desenvolve a inteligilncia". (BAGATINI, 1992, p.
73)
6
FONSECA (1995), cita Vayer, 0 qual relata que cad a crian,a busca no
outro a sua propria identidade, sua propria necessidade de seguran,a.
Segundo JOSE e COELHO (2002), 0 desenvolvimento pSicomotor engloba
o desenvolvimento fundonal de todo 0 corpo e suas partes. E, atraves dela, que a
crian({a deixa de ser a criatura fragil da primeira infancia e S8 transforma numa pessoalivre e independente do auxilio alheio.
Independente da abordagem. a psicomotricidade busca na sua interven<;ao
criar condic;6es para que as individuos possam desenvolver, da methor maneira
passivel, a consciencia de suas possibilidades e limitac;6es para agir no mundo.
3 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
3.1 SISTEMA NERVOSO
De acordo com OLIVEIRA (2002), 0 movimento, a integra<;ao do homem as
condi<;:oes do meio ambiente, depende do sistema nervoso. Esse sistema coordena e
contrala todas as atividades do organismo, integra sens8yoes e ideias, interpreta as
estimulos vindos da superficie do carpa, e de todas as fungoes organicas, sendo
responsavel pelas respostas dadas a esses estimulos.
Uma das fungoes desse sistema e selecionar e procurar informa<,;:oes,
canalizando-as para as regi5es motoras corresponctentes do cerebra, para que depois
sejam emitidas respostas adequadas, de acordo com cad a individuo. As celulas que
compoe 0 sistema nervoso, sao as neuronios, que possuem a funy<3o de
condutibilidade e excitabilidade.
Para que a criany8 tenha urn born desempenho, e muito importante que
desde a gesta<;ao, a mae esteja em boas condi<;oes emocionais, psicologicas e
nutricionais. Em caso de desnutri<;ao, a crian<;a podera nascer com menos neuronios,
e nao tera como recupera-Ios, nem com uma boa alimenta<;ao.
Para um bom desempenho tambem e preciso estimular ° ambiente em que
ela vive, quanto mais 0 fazemos, mais provocamos na crian<;a respostas que se
traduzem em um numero maior de sinapses. Conforme OLIVEIRA (2002), "A sinapse
eo ponto de contato transmitindo assim as informa<;6es (Iembran<;as, conhecimentos,
valores ..)". (OLIVEIRA, 2002, p.18).
Aprender, por'tanto, significa usar sinapses, que normal mente nao sao
usadas. Ou seja, a aprendizagem e condicionada pelo uso de maior ou menor numero
de sinapses.
o sistema nervoso se desenvolve em seqOencias. Por isso, deve-se pedir
para a crian<;a apenas 0 que ela e capaz de realizar, considerando seu processo de
matura<;ao. Para Piaget, citado por OLIVEIRA (2002), a matura<;ao nervosa e um dos
fatores relevantes no desenvolvimento mental, sendo importante considerar fatores
como intera<;ao do individuo com 0 meio.
Como relata OLIVEIRA (2002), as crian<;as que residem em lugares sem
espa<;o para recrea<;ao, acabam limitando as experiencias motoras, causando
8
desvantagens ern seu desenvolvimento global. Muitas situa~6es que evidenciam 0 par
que da nao exercitayao motora das crian<;:as podem ser lembradas, par exemplo,
crianyas ricas que sao criadas par babas em apartamentos diante da televisao.
E importante ressaltar que existem muitas desigualdades entre crian9as
que entram na escola. provenientes de seu meio s6cio-economico-cultural, enquanto
urnas estao em desvantagens par morar em apartamentos, par exemplo, Qutras estao
em vantagens par serem criadas em chacaras.
A psicomotricidade, pode auxiliar 0 aluno, a alcanyar urn desenvolvimento
integral, que 0 preparara para uma aprendizagem satisfat6ria. Algumas habilidades
sao muito importantes no desenvolvimento pSicomotor da crianc;a. Essas habilidades
permitem, por exemplo, que uma crianc;a manipule objetos da cultura em que vive.
Para que essa crianc;a se movimente no espac;o com desenvoltura,
equilibrio e coordenac;c3o, e preciso ter 0 dominio do gesto e do instrumento. Qutras
habilidades como esquema corporal, lateralidade, orientaC;ao espacial e orientaC;8o
temporal tambem sao fundamentais.
3.2 COORDENA<;:AO DINAMICA GERAL
Para COSTA (2001), a coordena~iio diniimica geral au global e a contrale
dos movimentos amplos do nosso corpo. Para que esla coordena<;c3o ocorra, e
necessaria uma perfeila harmonia de grupos musculares colocados em movimentos
ou em repouso. A coordena<;c3o dinamica geral se apresenta sob dois aspectos:
a) coordenac;c3o estatica: que e realizada com os musculos em repouso e
esla subordinado a um born controle postural.
b) coordenac;c3o dinamica: e a colocaC;ao em a<;ao simultanea de grupos
musculares. com vista a execu<;ao de movimentos voluntarios mais ou
menos complexos. Compreende movimenlo dos membros superiores e
inferiores simultaneamente e esta subordinado a urn bam automatismo.
A coordenac;ao dinamica geral, que tambem esla associ ada ao que
podemos chamar de dissocia<;ao de movimentos, que e a atividade voluntaria da
pessoa, consistindo em acionar os grupos musculares, independentemente, uns dos
outros e como efetuac;ao simultanea de movimentos que nao tern a mesma finalidade
9
em uma conduc;ao determinada. Isto e, que a pessoa deve ter condic;6es de realizar
multiplos movimentos ao mesma tempo, cada membra realizando urna atividade
diferente, tendo urna unidade na conserva9ao dos ge5t05.
Sendo assim, a dissociaC;8ode movimentos, precisa de urn altfssimo
controle dos automatismos e de urna coordenay8o psicomotora preparada.
3.3 eOORDENA<;Ao MOTORA FINA E beUlO-MANUAl
Para OLIVEIRA (2002), a habilidade e destreza manual se constituem um
aspecto da coordenayao global. E a capacidade de controlar as pequenos museu los
para exercicios refinados, tais como: recorte, colagem, encaixe, entre Qutros.
A autora relata ainda, que 56 a coordenayao fina nao e suficiente, ha a
necessidade de urn controle oGular, au seja, a visao acompanhando 0 controle da
mao. E tambem conhecido como coordenayao aculo-manual ou viso-motora. E uma
coordenac;ao primordial para a escrita e devem atingir tres particularidades da
coordenayao: a destreza, a velocidade e a precisao. Com esta coordenayao
desenvolvida pode-se obter uma escrita com bom desempenho na qualidade,
legibilidade, capricho e ritmo.
3.4 POSTURA
Para BUENO (1998), a postura encontra-se relacionada com 0 tonus,
constituindo uma unidade tonico-postural cujo controle facilita a possibilidade de
canalizar a energia tonica necessaria para realizar os gestos, prolongar uma ayao ou
levar 0 corpo a uma determinada posiyao. Atua na motricidade fina bem como na
motricidade geral. E necessario que a crianya domine cad a postura para executar a
ay8.o pretendida e a cad a modificayao de postura 0 tonus se modifica para ajustar a
nova postura.
A crianya precisa aprender a ter uma postura adequada. Por postura
adequada entende-se uma colocay8.o e um alinhamento dos varios segmentas
corporais que resulte em economia de esfan;o, au seja, ausencia de tensao
des necessaria e facilidade para a execuyao de movimentos. Isso implica, tambem em
um tonus equilibrado, com possibilidade de adapta9ao a diversas situa90es.
10
3.5 TONUS MUSCULAR
Com referencia ao tonus muscular GANONG (1997), relata que a
resistencia de urn musculo a distensao e comumente referida como seu tonus ou tono.
E a firmeza a apaJpa<;ao e esta presente tanto nos museu los em repouso como em
movimento. Quanta a sua tonicidade 0 musculo pode ser: hipotonicQ, hipert6nico OU
normal.
a) muscul0 hipotonico: quando a flacidez e elevada.
b) musculo hipertonico: quando a resistencia tern a distensao elevada.
c) Musculo normal: entre as dois esta 0 que chama mas de tono normal.
o desenvolvimento do tonus e uma condi<;ao necessaria para a aquisi<;ao
de movimentos manuais coordenados e para uma boa coordena<;ao 6cula-manual.
ALEXANDER (1983), relata que "... 0 organismo vivo, em condi90es ideais,
tern urn nivel de tonus homogeneo em todo 0 corpo",
A funC(ao tonica e fundamental na abordagem psicomotora da crian<;a, em
virtude dos diversos aspectos que ele abrange, pois, participa de todas as fun<;6es
motrizes tais como equilibrio e coordena<;ao. E, sobretudo, 0 veiculo da expressao de
emo<;6es; alem disso, e 0 suporte essencial da comunica<;ao da linguagem corporal.
3.6 EQUILIBRIO
Para FONSECA (1995), 0 equilibrio e considerado a base de toda a
coordena<;ao dinamica geral. E a no<;ao do peso em rela9ao a urn espa90 e urn tempo
em rela9Bo ao eixo de gravidade. E a capacidade que a pessoa tem de se manter
num centro de gravidade, sem oscila9ao.
HURTADO (1991), menciona que 0 equilibrio pode ser dinamico ou
estatico.
a) equilibrio dinamico: tem que haver 0 controle do corpo em movimento.
Para manter 0 equilibrio dinamico, 0 corpo deve perder e recuperar
alternadamente 0 equilibrio.
b) equilibrio estatico: e 0 inverso, no entanto rna is dificil.
11
Nesse sentido, pode-s8 dizer que 0 equilibria e a capacidade de manter
uma postura adequada, tanto em movimento como em repouso.
3.7 RESPIRA<;;,'iO
Segundo HURTADO (1991). e a soma de todos os mecanismos envolvidos
no trans porte de oxigenio da atmosfera as celulas e, par outro lado, envolvidos no
transporte de dioxido de carbona das celulas para a atmosfera.
Para Lapierre. citado por BUENO (1998. p. 183). "0 controle do corpo e da
reSpira(f8o e a etapa Gulminante da constrU((80 do esquema corporal",
3.8 ESQUEMA CORPORAL
De acordo com DE MEURS e STAES (1991). 0 corpo e uma forma de
expressao da individualidade. A crianc;a S8 percebe e percebe as eoisas que 0 cercam
em func;c3odo seu pr6prio corpo.
Para estes autores 0 desenvolvimento de uma crian9a e 0 resultado da
interac;ao de seu corpo com os objetos de seu meio, com as pessoas com que S8
relaciona e com 0 mundo que esta inserido, no qual estabelece Iiga<;:5es afetivas e
emocionais. E atraves de seu corpo que compreende 0 mundo que 0 cerea.
Segundo OLIVEIRA (2002). um esquema corporal organizado. permite a
uma crianga se sentir bem, na medida em que seu eorpo Ihe obedece, em que tern
dominic sobre ele, em que 0 conhece bern, em que pode utiliza~lo para alcangar urn
maior poder cognitivo.
A crianya deve ter dominic do gesto e do instrumento que implica em
equilibrio entre as foryas musculares, dominio de coordenay8o global, boa
coordenay8o 6culo~manual.
BUENO(1998). evidencia que:
... 0 desenvolvimento do esquema corporal tambem representa a socializa9ao da crian9a.As primeiras experiencias sociais realizam-se com 0 corpo das pessoas significantes querodeiam a crian9a e as alitudes manlidas sao percebidas pela crianrya, que aprende arelacionar essas alitudes com 0 mundo exterior. (BUENO, 1998 p. 58).
Nesse sentido, verifica-se que, sendo 0 corpo um ponto de referenda que 0
ser humano possui para 0 mundo, este ponto de referencia servin] como base para 0
12
desenvolvimento cognitiv~. Para a aprendizagem de conceitos, tao importantes para 0
desenvolvimento da leitura e da escrita.
3.9 LATERALIDADE
Segundo BUENO (1998), e 0 estado de dominancia de um hemisferio
cerebral sabre 0 Dutro, caracterizando 0 predominio motor de urna das metades do
nossa corpo. OiZ-S8 da predominancia lateral, ou esquerda (sinistro) ou direita
(destro), na criany8 esta ligado 80 esquema corporal.
Durante 0 cresci mento, natural mente S8 define a lateralidade ou
dominancia lateral na crianY8. 0 lado dominante sera mais forte, mais agil de urn lado
do corpo do que do outro. No entanto, a lateralidade pode ser:
a) lateralidade homogenea: dizemos que a lateralidade e homogenea
quando ha urna dominancia destra ou sinistra do olho, da audiy8o, da
mao e do pe.
b) lateralidade cruzada: a lateralidade se mostra cruzada quando, por
exemplo, a crianc;:a e destra da mao, sinistra do pet ouvido e otho ou
vice versa.
c) ambidestria: a ambidestria se faz evidente quando ha habilidade tanto
do lado dire ito quanto do lado esquerdo.
3.10 CONHECIMENTO DE DIREITA-ESQUERDA
o conhecimento de direita-esquerda segundo DE MEUR e STAES (1991),
parte da noc;:ao de dominancia lateral. e a generalizac;:ao, da percepc;ao do eixo
corporal, a tudo que cerca a crianc;a; esse conhecimento sera mais facilmente
aprendido quanto maior for a homogeneidade da dominancia lateral da crianc;a.
o conhecimento, direita~esquerda faz parte da estrutura espacial por
referir-se a situac;:ao dos objetos e dos seres, porem, esta muito ligado a noc;:ao de
dominElncia lateral, pois depende desta para situar-se em relac;ao a direita-esquerda
no ambiente.
3.11 ESTRUTURA ESPACIAL
Para OLIVEIRA (2002), a estrutura espacial nao nasce com 0 sujeito, ela eelaborada, e uma constru~ao mental que S8 opera atraves de seus movimentos em
relac;aoaos objetos que estao em seu meio.
BUENO (1998), cita Tassel, para definir a estrulura espacial que diz ser a
orienta<;ao, a estrutura do mundo exterior referindo-se primeiro aD eu referencial,
depois a Qutros objetos au pessoas em posi<;ao estatica au em movimento.
Esta autora, conclui mencionando, que a estrutura espacial e a tomada de
consciencia da situ8<fao das eoisas entre si. E a possibilidade, para a crianC;8, de
organizar-s8 perante 0 mundo que 0 cerea, de organizar as eoisas entre si, de coloca-
las em urn lugar, de movimenta-las. E ter a noyao de direc;:ao (aeirna, abaixQ, a frente,
atras, ao lado), e de distancia (longe, perto, curto, comprido) em integragao.
OLIVEIRA (2002), relala que para a crianga assimilar os conceitos
espaciais precisa tambem, ter uma lateralidade bem definida.
3.12 ORGANIZA<;Ao TEMPORAL
Segundo OLIVEIRA (2002), a palavra tempo e empregada para indicar os
momentos de mudan~a. 0 homem se insere no tempo, seu organismo vive em fun<;ao
de um "rel6gio biol6gico" 0 conceito de tempo nao e um conceito inato, mas sim
aprendido atraves de um trabalho mental da crian~a, no qual apenas ela consegue
realizar quando estiver com 0 cognitiv~ amadurecido para tal.
Para DE MEUR e STAES (1991), e a capacidade de situar-se em fungao
da suceSS30 de acontecimentos (antes, depois, durante). Da durayao de intervalos
(hara, minutos, aceleray3o, freada, andar, corrida), diz respeito, tambem, a dura~ao
c1clica de certos period os (dias da semana, meses, estayoes do ano). Encontra-se
aqui incluso 0 carater irreversivel do tempo (no~ao de envelhecimento, de plantas e
pessoas).
Par fim, 0 conceito mais importante da arientayao temporal, 0 ritmo. Este
nao envolve apenas a nOy3o de tempo, mas tambem esta ligada a no~aode espa~o.
Segundo OLIVEIRA (2002), a combinagao dos dois do origem ao
movimento. 0 ritmo nao e movimento, mas 0 movimento e meio de expressao do
14
ritma. Neste sentido S8 diz que 0 ritmo deve ser vivido corporalmente. 0 ritmo pode
ocorrer em varias areas do nosso comportamento e distingue-se em tres tipos: motor,
auditiv~ e visual.
a) ritmo motor: esta ligado aD movimento do organismo que S8 realiza em
urn determinado intervale de tempo constante. Andar, nadar, correr, sao
alguns dos exemplos de ritmos motores.
b) ritmo auditivo: e normal mente trabalhado em associa<;ao com algum
movimento. Muitas crian<;as nao percebem os ritmos auditivos a nao ser
que estejam realmente unidos aD comportamento motor. Par esta razao,
costuma-S8 associar os dais aD trabalho com crianr;:8s. Exemplo disso eassociar a musica ao movimento corporal.
c) ritmo visual: envolve a explora<;3o sistematica de um ambiente visual
muito amplo para ser inclufdo no campo visual em uma s6 fixa~ao. A
crian~a precisa desenvolver uma tranSfert3ncia espa~o-temporal. S6 0
movimento espacial nao e suficiente. E necessario que possua uma
certa organiza~ao de ritmo tambem. Para que haja ritmo visual, por
exemplo, na leitura, se faz necessario que a crian~a respeite os espa~os
entre as palavras, quando consegue ordenar as letras dentro das
palavras e as palavras dentro das frases. Uma letra deve suceder a
outra. A pontua~ao e a entonac;ao que acompanham uma leitura e uma
esc rita sao consequencias das habilidades ritmicas visuais.
"As noc;6es de corpo, espac;o e tempo tem que estar intimamente ligadas,
para poder se entender 0 movimento do ser humano. 0 corpo coordena-se,
movimenta-se continuamente dentro de um espac;o determinado, em func;ao do
tempo, em relac;ao a um sistema referencial" Essa e a opiniao de Defontaine, citado
por OLIVEIRA (2002, p. 86).
15
4 DESENVOLVIMENTO DAS APRENDIZAGENS PSICOMOTORAS
Conlorme relata FONSECA (1998), ap6s 0 nascimento a crian,a, tem
certas rea(foes que ocorrem mecanicamente diante da ocorrencia de certos
acontecimentos no meio ambiente, que servem para mante-Ia viva ate que aprenda
rea<;oes mais complexas. Neste meio ambiente a criany8 e bombardeada com
informac;:6es sensoriais, pon3m, estes dados sao globais. Eles nao tern nem formas
nem partes; suprem somente impress6es vagas e mal definidas, em vez de
informa<;oes organizadas.
A tarefa da crian<;a, durante urn certo tempo, e descobrir as leis do
universa, que a rodeia, e a forma de controlar seu proprio comportamento, para que
esteja de acordo com 0 complexo legitimo do qual laz parte.
A crianC;8 S8 faz entender par gest05 nos primeiro dias de sua vida e ate 0
momento da linguagem. 0 movimento constitui quase que a expressao global das
suas necessidades. A profundidade e a valor da intercomunicayao humana pelo gesto
sao de extrema importancia para a crianya, nao 56 por estar em estreita relayao com
as emoyoes, como propriamente por ser um veiculo de transmissao do equilibrio do
estado inferior do recem-nascido.
FONSECA (1998), prossegue em seu relato relor,ando que 0 sistema
nervoso central e uma maquina de aprender. Ele permite a coleta, a armazenagem de
dados e seu uso subseqOente na alterayao do comportamento. Ele permite que a
crianya construa urn pequeno modele do universo.
Nesse sentido, Boulch, citado por FONSECA (1998), expoe que 0 sistema
motor permite executar varias ayoes como movimentar, mover objetos, assim como
manter 0 tonus postural. Sao pelas contray5es musculares que ocorre a expressao,
seja pela mimica, seja pela lala.
A coordenayao geral necessita de uma perfeita harmonia de jogos
musculares em repouso e em movimento. A coordenayao possui dois aspectos bern
diferenciados: coordenay8o estatica, que e determinada pelo equilibrio da ayao dos
grupos musculares antagonislas, que estabelece a lun,ao de tonus e permite a
conserva,ao voluntaria de atitude. E, a coordena9ao dina mica determinada pela a9ao
simultanea de grupos musculares diferentes, para realizayao de movimentos
volunb3rlos mats 0 ou menos complexos.
16
Ja DE MEUR e STAES (1991), ampliam a fun,ao psicomotora, quando
dizem que a desenvolvimento intelectual e 0 desenvolvimento afetivo estao
intimamente ligados aD desenvolvimento motor da crian~a, quando relatam. "Uma
criancta cujo desenvolvimento psicomotor OGorre harmoniosamente estara preparada
para uma vida prospera, pois a capacidade de dominar suas aptid6es de utiliz8-las
com desenvoltura e eficacia Ihe proporciona bern estar, tarnando faceis e equilibradas
seu conlato com 0 mundo". (DE MEUR e STAES, 1991, p.21).
Quando estudamos 0 comportamento humano e 0 processo educacional
encontramos diferentes niveis de analise. A aprendizagem pode ser classificada ern
tres dominios do comportamento humano:
a) Motor: tambem conhecido como psicomotor. Inclui atividades que
requerem movimento fisico, por ser 0 movimento que embasa esse
dominio.
b) Afetivo: Estao relacionados com as emoyoes, sentimentos. Em sua
quase totalidade, este dominic e aprendido.
c) Cognitivo: envolve comportamentos tipicamente identificados como
atividades intelectuais. Fazern parte do dominio cognitivo, as operayoes
menta is como descoberta ou reconhecimento, retenc;ao au
armazenamento e gerayao de informayoes processadas.
Segundo JOSE e COELHO (2002), durante a primeira infancia, ale os tnos
anos, a inteligencia e funyc30 imediata do desenvolvimento neuromuscular. Mais tarde,
esta associayc3o e rompida, a inteligencia e motricidade se tornam independentes.
Ela se mantem somente nos casos de retardo mental, em que a urn quociente
intelectual diminuido, corresponde urn rendimento motriz tambem deficiente.
A coordenay8o geral da crianya alcanya seu desenvolvimento definitiv~ aos
15 anos, facilitando assim uma educay80 progressiva e normal. De acordo com estes
autares, as crianc;as passam par fases de aprendizagem pSicomotoras conforme
descritos a seguir.
4.1 DE DOIS ANOS E SEIS MESES A QUATRO ANOS
Esquema Corporalo corpo vivido: grande motricidade. Molricidade refinada.
17
Conhecimento do Corpo do ponto de vista motor. percebe as partes do corpo.
Conhece sua denominac;:ao.
Lateralidade
Primeira aborctagem par meio de brincadeiras.
Estruturac;ao Espacial
Conhecimento das nog6es do ponto de vista motor: conhece 0 espac;o imediato.
Desenvolve diferentes n0908s.
Conhecimento das noc;6es, do ponto de vista percepto-motor. faz progress6es.
4.2 DE QUATRO A CINCO AN OS
Esquema Corporal
Conhecimento do corpo do ponto de vista percepto-motor: Realiza discriminayao
visual. Desenvolve varias nOCfoes corpora is. Reproduz uma figura humana.
Orientagao espago-temporal do ponto de vista motor: Apura as sentidos.
Aprendizagem das diversas posic;6es e consegue reproduzi-Ias.
Lateralidade
Membros inferiores. Membros superiores.
Estruturac;ao Espacial
Desenvolve noc;oes em espac;o plano e em espac;o com tres dimensoes.
Reproduyao de formas, grandezas, movimentos ..
Orientagao espacial do ponto de vista motor: Nog6es de fila, fileira, frente a frente,
costas, contra costas ..
Orienta~ao da memoria espacial: Descobre seu lugar. Memoriza urn espa<;:o criado.
Desenvolvimento das orientac;6es: Segue um trajeto. Descobre sua orientayao quando
os pontos de referencia mudam.
Do ponto de vista percepto-motor: Discrimina visual mente. Desenvolve memoria
perceptiva. Com pieta 0 que esta faltado. Encontra figuras idemticas.
18
Orientac;;ao Temporal
Ponto de vista motor por ordem de sucessao: Emprega as termos antes e depois.
Emprega as termos ontem e hoje. Coloca na ordem em que as eaisas sao vistas.
Oescobre a ordem cronol6gica dos gest05 da vida cotidiana.
Ponto de vista motor por durac;ao de tempo: Percebe um tempo curto e longo. Possui
noyao vaga da hora. Entende noc;6es de cedo demais, tarde demais.
Renovac;ao ciclica dos periodos: Associa urn material a manha, a noite. Assoda urn
material as estac;:oes do ano. Responde as questOes inlroduzidas par "quando". Faz
mimicas adequadas aos dias, as estac;6es.
Rilmo: marcha ao som do tamborim. Toea tamborim. Inventa ritmes. Faz evoluc;6es ao
som de musica. Acompanha ritmes.
Pre Escrita
Exercicios motores: Trabalha com cad a articulaljao. Trabalha com plasticina.
Grafismo no plano vertical: horizontais, verticais, quad rados, semicirculos, circulo.
4.3 DE CINCO A SEIS ANOS
Esquema Corporal
Do ponto de vista percepto-motor: Reconhece e exprime diversas posiljoes.
Discrimina visualmente e sorteio de posiljoes. Associa objetos a diferentes partes do
carpo. Reproduzir diversas posiljoes no papel ou par meio de sombras chinesas. Faz
jogo dos pares.
Organizat;ao espaqo-temporal do ponto de vista motor: Percebe, corrige, reproduz
diversos movimentas. Refina seus movimentas com exercicias de coordenayao, de
equilibria, de habilidades. Prev8 0 gesto adequadamente a determinada circunstancia.
Faz mimicas.
Do ponto de vista percepto-motor: Descobre a figura humana descrita. Associa 0
movimento e a material. Descobre a a980 segundo a atitude. Agrupa os movimentos
semelhantes. Recompoe urn rnovimento. Exprime os movimentos, as a90es.
19
Lateralidade
Reconhece membros: inferiores e superiores.
Organiza em funqao de sua laterafidade: Usa jogos de reconhecimento esquerda-
direita. Faz exercicios de orientac;ao simples em que possam ser mudados os pontos
de referenda. Cruza as informac;oes. Transp6e para outrem.
Estruturac;:ao espacial
Ponto de vista percepto-motor: faz os mesmos exercicios que para 4 e 5 anos, mas
escolhe as mais dificeis. Encontra figuras identicas. Colore figuras identicas. Faz
ditada de orientac;ao. Treina a aquisi9ao da direC;8o gratica. Conhece a posic;ao na
sequencia. Colaca e orienta objetos. Faz exercicios de Topologia. Faz exercicios de
reprodu<,;:ao de urn modelo utilizando cartelas: com dais e com varios elementos. De
pe-deitado. Esquerda-direita. Em cima-embaixo. Faz exercicios de previsao: dominos,
f6sforos.
Organizaqao espacial do ponto de vista motor e sensoria-motor: ObselVa medidas
objetivas, Orienta-se de olhos abertos. Orienta-se de olhos fechados. Utiliza jogos de
trajetoria e de mapas. Faz dobraduras. Guia as deslocamentos de outrem. Preve
diversos trajetos tendo uma instruyao.
Ponto de vista percepto-motor: Realiza discriminayao visual. Faz jog os de loto (nao
orientados). Colore figuras identicas. Percebe um modelo em um conjunto. Faz
exercicios de transparencia. Cria assuntos a partir de formas simples. Cria uma
paisagem por superposi,ao de imagens. Entende um plano com dupla entrada. Joga
quebra-cabeya com pec;as. Topologia inclusive ate 9 pontos.
Compreensao de relaq6es espaciais: Faz progress6es simples e Progress6es
complexas.
Orienta~ao temporal
Ponto de vista percepto-motor ordem de sucessao: memoriza uma ordern. Descobre a
ordem cronol6gica. Oescobre seqOencias 16gicas.
Ponto de vista percepto-motor duraqao no tempo: Classifica segundo a velocidade, a
duraC;ao: utiliza os termos ceda e tarde. Faz renovac;ao ciclica dos periodos: ordem
das esta,5es, gestos da manha, da noite, ordem dos dias. Ritmo: reproduz um ritmo
escrito.
20
Pre--escrita
Grafismo no plano vertical: Faz as exercicios de 4 e 5 anos, mas ah§m disso: faz
caramujo, andas, pontes, argolas, linha quebrada, tetos e triangulo.
Grafismo no plano horizontal: ah§m dos exercicios do plano vertical e exercfcios de
pressao do lapis. Faz evolu90es. Modero vazada. Colore. Desenha sem levantar 0
lapis.
4.4 DE SEIS A alTO ANOS
Esquema Corporal
Reproduz desenhos de uma cena vivida QU lida.
Desenho de movimentos.
Faz um personagem-tipo.
Adapta urn texto a uma ilustrac;3o.
Estruturac;ao Espacial
Orientaqilo espacial do ponto de vista percepto-motor: Faz exercicios de transposiq80:
Inverte as cores. Substitui urn elemento par Qutro. Modifica 0 tamanho de um
desenho.
Organizaqilo espacial do ponto de vista percepto-motor: Topologia de 6 e de 20
pontes. Reproduz uma figura complexa. Trabalha com as obliquas: experimenta-8S,
faz ditado de obliquas. Telejogo. Jogo de cartelas quadradas: possui orientaq8o
simples com urn ponto de referencia incomum; possui orientar;ao de acordo com dois
vetores direcionais. Faz exercfcios em cartela com tra<;:05 obliquos. Faz mosaica. Faz
dobraduras. Monta quebra-cabe9as. Joga jogos de trajetas e de mapas.
Transposi9ao. Simetrias.
Compreensao de relaqoes espaciais: Faz apresentar;:oes nao lineares.
Inicio da alfabetiza~ao formal.
5 DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA E DA LEITURA
5.1 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA LlNGUAGEM
Em pesquisa bibliografica aos autores MUTSCHELE (1988), JOSE e
COELHO (2002), GROSSI e BORDIN (1999), SPODEK e SARACHO (1998),
POPPOVIC (1968) e GERBER (1996), verificou-se a unanimidade de pensamento em
relaC;80 aD desenvolvimento da escrita e da leitura.
Para estes autores a leitura e escrita nao podem ser consideradas
atividades isoladas no processo de desenvolvimento da criang8. Estas duas eta pas
graficas fazem parte da evolu980 da linguagem que S8 inicia logo nos primeiros dias
de vida da crianC;8.
5.1.1 Aquisi<;ao do Significado
Nesta primeira etapa do funcionamento verbal, a criany8 adquire a noc;.3o e
a funC;8o dos objetos que a rodeiam atribuindo-Ihes urn significado social. No inicio de
sua interayao com 0 meio ambiente, a crian<;8 nao tern noc;ao dos objetos, nem estes,
despertam qualquer tipo de resposta emocional au comportamental, pais nao tern
quaisquer significados. E atraves da observa~ao e da experimentac;ao que a crianya
relaciona os objetos aos seus respectivos significados.
5.1.2 Com preen sao da Palavra Falada
A segunda etapa e a compreensao da palavra falada. Nela, os objetos que
adquiriam significado para a crianc;a sao associ ados aos seus nomes.
5.1.3 Expressao da Palavra
Nesta terceira etapa apesar da crianya ja ter adquirido 0 significado dos
22
objetos e a compreensao da palavra falada, os sons emitidos par ela paueD S8
assemelham aDs sons emitidos pelos adultos. E a partir desta fase, que 0
comportamento vocal (Iala) da crianl'a comel'a a se assemelhar a lala do adulto, pois
a crianc;a com para as sons que emite aDs sons falados pelos adultos e imita-os.
Portanto, a fala S8 desenvolve par imita<;:8o e, e neste sentido, que uma crianya
surda, geralmente nao passa da etapa do balbucio porque nao consegue comparar
nem imitar os sons emitidos par ela com as palavras faladas pelos adultos.
5.1.4 Compreensiio da Leitura e da Escrita
A quarta e quinta etapas sao respectivamente. a compreensao da palavra
impressa (Ieitura) e a expressilo da palavra impressa (escrita). Estes seriam, portanto,
as estagios superiores do desenvolvimento da linguagem.
Nestes processos de desenvolvimento pode-s8 observar que as eta pas
que envolvem a "compreensao" sao anteriores as eta pas que envolvem a "expressao".
Aliada a seqOencializal'ao destas etapas hi! a interdependencia das
mesmas, acarretando com isso, que, cada etapa do desenvolvimento verbal sofra
infiuencia da etapa anterior e influencie na etapa posterior. Oesta maneira, qualquer
dificuldade e/ou problema que por ventura afete uma determinada etapa, a posterior
tambem sera afetada.
5.1.4.1 A Leitura
A leitura envolve, primeiro a identificar;ao dos simbolos impressos
(grafemas) e 0 relacionamento destes simbolos com os sons que eles representam.
No inicio do processo de aprendizagem da leitura a crianr;a tem que diferenciar
visualmente cada letra impressa e, perceber que cada simbolo grafico tern urn
correspondente son oro.
Se a associac;:ao entre palavra impressa e som nao for realizada, a crianr;a
nao podera ler, pOis as letras e as palavras nao terao correspondentes sonoras. Mas,
23
para ler, nao basta apenas realizar a decodifica<;:ao dos simbolos impressos, enecessaria que exista, tambem, a compreensao e a analise critica do material.
A compreensao nao e nada mais do que relacionar as palavras que sao
decodificadas aos seus respectivos significados (objetos). Sem compreensao, a leitura
deixa de ter interesse e de ser uma atividade motivadora, pois nada tern a dizer ao
leitor. Na verdade 56 S8 pode considerar realmente que uma crianc;a Ie quando existe
a compreensao. Quando a crianc;a decodifica e nao compreende, nao S8 pode afirmar
que ela esteja lendo.
A ultima fase do processo da leitura e a analise critica aeerca do material
impressQ, que foi decodificado e compreendido. Ao S8 ler uma frase au urn texte, 0
leitor devera reagir as ideias impressas, as reac;oes podem ser emocionais ou
intelectuais.
Independente do tipo de rea9ao. Se for emocional, intelectual au as duas,
a analise do conteudo lido e sempre feita partindo de referencias internos do proprio
leitor. Cad a individuo vai construindo, de acordo com sua experiencia, um referencial
de ideias e pensamentos que servem de base para a realiza9ao da analise critica.
5.1.4.2 A Escrita
No que se refere a esc rita, pode-se afirmar que este ato e ° inverso da
leltura. Se na leitura se estabelece uma rela980 entre palavra impressa - som -
significado, na escrita a relagao estabelecida e entre som - significado - palavra -
impressa (que e a que se escreve). Existem tres formas de escrita:
a) C6pia: ao copiar, a crian9a, inicia par fazer uma discrimina980 visual de
todos os detalhes das letras e do formato da palavra que esta servindo
como modelo. Depois relaciona os simbolos impressos, as tetras e a
palavras, aos respectivos sons, aos movimentos articulatorios, aos
movimentos graticos (trayado gratico a ser executa do ), aos significados
(conceitos) e, s6 entao, reproduzem graficamente a palavra modelo.
b) Ditado: as palavras ditadas oralmente pela professora devem ser
discriminadas e diferenciadas auditivamente pelo aluno, depois, sao
24
associadas aos significados, a sua forma grafica (Ietras e sflabas que
comp6em a palavras ouvidas e seus respectivos tractados) et sao
escritas, devendo-se respeltar a orientac;:ao tempora-espacial. E atraves
do processo de leitura que a forma grafica das palavras val ficando
registrada na memoria visual.
c) Produyao de texto: Na redayao, as palavras sao elaboradas
mentalmente. associadas aos respectivQs sons, aos significados, aforma grafica e escritos.
Eo atraves da leitura de textos, frases, palavras, que se aprendern palavras
novas, diferentes daquelas usadas em nosso linguajar diario. E atrav8S da leitura que
S8 percebe como S8 articulam as regras gramaticais e S8 aprendem novas estilos de
escrita. Na produc;:ao de texto, 0 escritor busca dentro de 5i as palavras adequadas
para poder transmitir ao outro, aquilo que vivencia, a Op(fao da escolha de palavras e
da forma como estas VaG se articulando. Representam, no fundo, modelos
interiorizados de inumeras leituras que a crian(fa realizou durante a sua vida.
Pode-se concluir, portanto, que ern qualquer urna destas rnodalidades de
escrita, ha uma rela~aa existente entre a palavra impressa e 0 som, que devem estar
automatizados para permitir que a crian(fa se expresse graficamente. Em outras
palavras, a crian~a precisa saber ler, para poder escrever. Se a crianva Ie com
dificuldade ou ainda nao aprendeu a ler, de pouco Ihe adiantam os exercicios escritos
ja que, as palavras que ela escreve nao tem correspondentes sonoros e, nao sao
compreendidas.
Quando se fala em disturbios de aprendizagem envolvendo a leitura e a
escrita, e indispens8vel que se analise a leitura oral e silenciosa antes de se avaliar a
escrita (copia, ditado, reda~ao), visto serem as dificuldades de escrita, na maioria das
vezes, decorrentes de uma leitura lenta, analitica, impregnada de tracas de silabas ou
palavras, sem pontuav8o nem ritmo e incompreens[vel.
No entanto, para DE MEURS e STAES (1991), as dificuldades de leitura e
escrita podem estar, ainda antes da leitura oral e silenciosa, pois estes autores
relatam:
25
Para a maiaria das crian~as que passam por dificuldades de escolaridade, a causa doproblema nao esla no nivel da cJasse a que chegaram, mas bern antes, no nivel dasbases. Os elementos basicQS ou 'pre-requisitos', condi\=Qes minimas necessarias para umaboa aprendizagem, constituem a estrutura da educa~ao psicomotora.
Urna crian98 cujo esquema corporal €I mal constituido nao coordena bern as movimentos.Vemos que e atrasada quando 5e despe, que as habilidades manuais Ihe sao diffceis. Naeseela a caligrafia e feia, e a leitura expressiva, nao-harmoniosa: 0 gesto vern apos apalavra, a crian98 nao consegue 0 rilmo da leilura au entao para no meio de uma palavra.(DE MEURS e STAES, 1991, p. 8).
Nesse sentido, faremos uma analise dos pre-requisitos, ou seja, a
prontidao necessario para 0 desenvolvimento da leitura e da escrita.
26
PRONTIOAO PARA 0 DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA
Com relaC;8o a prontida.o para a leitura e escrita da crianc;a, tanto a autera
MUTSCHELE (1988), como as autoras JOSiO e COELHO (2002), passu em a mesma
viseo, mencionando que a prontida.o significa ter urn nivel suficiente de preparac;ao e
interesse para iniciar uma aprendizagem seja ela qual for. A prontidao esta
intimamente ligada ao problema do treinamento precoce. Elas S8 referem acapacidade da crianc;a em empregar em determinada tarefa habilidades iguais as
exigidas pela situa<;ao.
A prontidao para a aprendizagem da leitura e escrita depende de alguns
aspectos, tais como: urn certa grau de desenvolvimento mental; coordenac;ao dos
olhos suficiente para uma clara percepc;ao; habilidades para atender a simbolos;
experiencias anteriores para que a crianc;a possa relacionar 0 que Ie as coisas que ja
conhece; interesse au desejo de aprender e maturayao intelectual. social, emocional,
fisica e psicomotora.
o desenvolvirnento e a evoluyao das funyoes especificas (Iinguagem oral,
percepyao auditiva e visual, esquema corporal, orientayao espacial e temporal,
lateralidade, analise-sintese, coordenayao motora e a memoria cinestesica), sao
extrema mente necessarias a preparayao para a alfabetizay8o. par serem elas as
menos conhecidas e as quais mais freqOentemente se relacionam posteriormente com
serios problemas, como dislexia 1, disgrafias2 e disortografias3
Prontidao para aprender e a soma total das caracteristicas intrapessoais
que facilitam ou retardam a aprendizagem. Existem fatores da prontidao, tais como:
a) Maturay8o: e urn processo de crescimento interno que opera como falor
fundamental basico durante a aprendizagem;
b) Experiencias passadas: essas experi€mcias constituem a vivencia da
crianya e habitos, que cremos, deve ter aprendido;
1 Dislexia: dislurbio da leilura ocasionando dificuldades para aprender a ler.2 disgrafias: dislurbio da escrila por dificuldade na codifica(fao e/ou execu<;:ao molora dos simbolosgraficos. Escrila manual extremamenle pobre. Dificuldade de realiza<;:ao dos movimentos necessarios aescrita.3 disortografia: dificuldade na expressao da linguagem escrita, revelada par fraseologia incorrelamenleconstruida, normalmente associada a atravesso na compreensao e na expressao da linguagem escrita.
c) Motiva~ao: al8m de ter matura~ao fisica e mental
8xperi€!ncia passada adequada, para tornar a aprendizagem passivel, 0
educando precisa querer aprender.
Quando a crian~a esta pronta para a alfabetiz89ao (Ieitura e escrita) ela
deve preencher certes requisitos, t8is como:
a) Aquis;9ao de fatos, conceitos e significados que servirao posteriormente
para distin9ao entre os fatas reals e as imaginarios;
b) Coordena9ao viso-motora ~ reproduc;ao de figuras geometricas
simples, recorte, colagem, desenho e modelagem de objetos simples e
copia de seu proprio nome, do COl8gioe data;
c) Coorctenac;:ao auditivo-motora ~ exercicios caligraficos ritmados,
executando as ordens contidas numa hist6ria;
d) Discriminayao e memoriz89ao visual -) reconhecer semelhantes e
diferen~as (no tra~ado, grandeza e posi~ao, utilizando desenhos e
objetos enos esquemas visuais de frases e palavras);
e) ler gravuras (isoladas, em series, ou seja, viuias cenas de uma historia);
f) Capacidade de ouvir com aten~ao;
g) Discriminac;:ao auditiva ---+ reconhecer 0 som das palavras que rimam e
completar com palavras adequadas uma quadrinha;
h) Capacidade de pronuncia;
i) Capacidade de reprodu(fao motora e grafica de movimentos;
j) Maturidade emocional e social ---+ iniciativa e desejo de realizar e prazer
em participar das atividades do grupo, atitude de coopera~ao e respeito,
equilibria emocional, autoconfianc;:a e responsabilidade e boas
maneiras;
k) Fatores fisicos ---+ saude, visao e audi(fao norma is, no controle
psicomotor geral (andar, ficar em P8, sentar-se em boa postural e
coordena(fao da visao, voz e das maos.
28
Para iniciar a aprendizagem da leitura e da escrita, a crian98 precisa ter
alcanyado urn certo nivel de desenvolvimento global, ou seja, fisico, intelectual,
afetivD, social e das funyoes especfficas. 0 treinamento de funyoes especificas
intensifiea-s8 no decorrer da educ89ao infantil, mas estas fun90es ja foram iniciadas
na criany8 desde a nascimento.
E preciso que os pais deem apaio e incentivD, para que a crian<;a veja na
eseela a alegria de descobrir urn mundo novo. A alimentac;:ao e importante, pais a
criany8 gastara muita energia. Para 0 desenvolvimento da linguagem oral e preciso a
dialogo, para haver urna comunic8yao mais completa e eficiente com as Qutras
pessoas.
Neste sentido, para que a crianya aprenda a ler e a escrever, e preciso que
todas essas func;:oes estejam inter-relacionadas e organizadas.
29
7 RELA<;:AO ENTRE PSICOMOTRICIDADE
LEITURA E DA ESCRITA
E DESENVOLVIMENTO DA
Para que a alfabetiza~ao Dcorra sem dificuldades, ha a necessidade de que
a crianc;a tenha a sua psicomotricidade desenvolvida de forma a estar apta a esta
nova aprendizagem.
Segundo BUENO (1998), a estimula<;ao do desenvolvimento psicomotor ea base para a consciencia dos movimentos corpora is integrados com sua emoc;ao e
expressados por esse movimento. Ate aos cita anos aproximadamente, e a fase ideal
para S8 trabalhar os aspectos do desenvolvimento, que englobam 0 motor, 0
intelectual e s6cio-emocional.
As habilidades psicomotoras sao essen cia is aD born desempenho no
processo de desenvolvimento da leitura e da eserita. Estas aprendizagens exigem
habilidades tais como:
7.1 NA COORDENA<;AO DINAMICA GERAL
De acordo com JOS~ e COELHO (2002). e atraves de uma a<;ao
educativa, a partir dos movimentos espontimeos da crianr;a e das atitudes corpora is,
que se da 0 inicio da formac;:ao de sua imagem corporal, 0 nucleo de sua
personalidade. E 0 inicio da formayao para a leitura e escrita. Favorece 0 ate de
sentar.
7.2 NA COORDENA<;AO MOTORA FINA E 6CULO-MANUAL
Segundo OLIVEIRA (2002). a coordena<;ao motora fina desenvolve formas
diferentes de pegar diversos objetos, pois e por meio desta coordenayao bern
elaborada dos dedos das maos, atraves do ato de preensao, que 8 crianC;:8vai
descobrindo pouco a pouco os objetos do meio ambiente que esta inserida.
BRANDAO (1994). analisa a mao como um importante instrumento de
descoberta do mundo, diz ser urn instrumento de ac;:ao a servic;:o da inteligencia.
Porem, a coordenayao 6culo-manual tern que estar inserido neste contexto, pois a
vi sao est!! ligada ao gesto das maos.
30
A coordenac;:ao 6cuta-manual esta Jigada ao dominic do campo visual, que
S8 liga aos ge5tO$ executados, dando uma maior harmonia nos movimentos. Eprimordial para a atividade da escrita.
Para que naD haja cansado da crianya durante 0 processo de escrita he. a
necessidade da independencia do ombro, do brac;:o, das maDS e dos dedas, que sao
falares decisivos na coordenac;:ao 6cula-manual, controlando assirn, a presseo dos
dedas e canseqOentemente a pressaa grafica exercida sabre a lapis e a papel. Desta
forma a1cany8 maior destreza e conseqOentemente maior velocidade no movimento.
He. tambem, a necessidade do desenvolvimento do freia dos movimentos
(inibic;:ao voluntaria), para responder as exigencias de precisao na forma das tetras.
o freia e a interruP980 parecem depender mais da cinestesia. 0 manter e
retornar a dire<;:ao depende mais da visao.
Nesse sentido pode-se dizer que a escrita e uma aquisi9ao de destreza
manual organizada a partir de certos movimentos, com a finalidade de reprodu<;:ao de
modelas.
Na coordena<;:ao 6culo-manual a crian<;:a desenvolve a habilidade para
reconhecer os simbolos visuais, atraves desta faz uso da mem6ria visual, 0 que faz
com que ela reconhe9a com facilidade os simbolos impressos durante a leitura.
Con segue discernir letras, que passu em a mesmo sam, como par exemplo "sa" que
pode ser representado por "ssa" como par "9a". A palavra a ser esc rita deve estar
retida na mem6ria visual. Aprimora a leitura com 0 controle do movimento ocular.
7.3 NA POSTURA
BUENO (1998), relata que para realizar as mavimentas graficas, no sentida
de torn3-la mais relaxada e comoda, ha a necessidade de uma postura correta.
Auxilia tambem na diminui<;:ao do cansa<;:o.
7.4 NO TONUS MUSCULAR
De acardo com BUENO (1998), as estadas de mudan,as emacianais,
como a angustia, a depressaa, a hiperatividade fisica e disturbias psiquicas estaa
31
intimamente relacionados com 0 tonus muscular. Urn estado tonica como este
interfere na aprendizagem.
7.5 NO EQUILiBRIO
Em conformidade com OLIVEIRA (2002), um equilibrio corporal perfeilo
permite que a criany8 desenvolva maior at8n980. Uma criany8 com equilibria perfeito,
tambem, S8 mostra mais tranqOila na execuC;8o dos movimentos necessarios para a
alfabeliza,ao, e 0 que comenla BUENO (1998).
7.6 NA RESPIRA<;AO
Segundo JOSE e COELHO (2002), e a base para a leilura em voz alia e
esta intimamente ligada com 0 ritmo aqui considerado juntamente com a coordena98o
lemporal.
7.7 NO ESQUEMA CORPORAL
Com relayao ao esquema corporal ests permite a expressao das emo90es
e eslados anleriores. Nesse senlido VAYER (1984) menciona:
Todas as experiencias da criam1a (0 prazer e a dor, 0 sucesso au a fracasso) sao semprevividos comportamentalmenle. Se acrescentarmos valores sociais que 0 meio de'! 80 corpoe a certas de suas partes, este corpo termina par ser investido de significa0es, desentimentos e de valores muito particulares e absolutamente pessoa1. (VAYER, 1984,p.30).
a corpo e 0 ponto de referencia que 0 ser humane tern para conhecer e
inleragir com 0 mundo, diz VAYER (1984). Esle ponlo de referencia e a base para 0
desenvolvimento cognitiv~, para a aprendizagem de conceitos que e de suma
importancia para a alfabetizaqao. Como exemplo podemos citar os conceitos de
espa\=o: embaixo, em cima, ao lado, atras, direita, esquerda, entre outros.
A crianya, inicialmente, aprende estes conceitos atraves de seu corpo,
somente ap6s este, e que con segue visualiza-Ios nos objetos entre si. 0 corpo da
crianya esta tambem inserido em urn tempo e isto ira Ihe permitir situar-se melhor no
mundo em que se encontra.
32
Isto quer dizer que os pontcs de referencia nao estao mais centrados no
proprio carpa, mas e exteriorizado a ele, podendo desta forma criar os pontos de
referencia que iraQ orienta-Io.
o esquema corporal intervem na leitura e na escrita, dando limites de uma
folha ou de urn desenho. Eo importante para se trabalhar com ponto, ponto e virgula,
virgula. Armar corretamente contas de somar. Faz-s8 necessaria, tambem, para 0
desenvolvimento da linguagem.
7.8 NA LATERALIDADE
Segundo DE MEUR e STAES (1991), com a lateralidade bern definida a
crian9a tern condi90es de aprender as conceitos de direita-esquerda e
conseqOentemente a direyao grafica na esc rita e na leitura. A importancia da
lateralidade tambem S8 da, para a crianya poder fazer a relay80 entre as eoisas
existentes em seu meio, pais ja definiu em seu corpo 0 lado dominante.
o usa da mao dominante na esc rita, faz com que a crian9a escreva mais
rapidamente e de forma legivel. Tera uma postura mais adequada, resultando em
menor esfor90 para escrever. Tera maior facilidade na coordena9ao motora fina, tendo
assim, maior precisao dos movimentos. Sentira maior facilidade na discrimina9ao
visual, nao confundindo letras de dire<;5es diferentes como "d" e "b", "p" e "q". Evita 0
aparecimento de sincinesias4. Nesse sentido melhora a auto-estima.
7.9 NO CONHECIMENTO DE DIREITA-ESQUERDA
Esta associ ada a lateralidade que deve estar ja definida. De acordo com
OLIVEIRA (2002), e importante para 0 conhecimento da dire<;ao grilfica tanto da
leitura como da escrita. Com 0 conhecimento de direita-esquerda a crian9a pode fazer
rela9ao com as coisas entre ela e 0 objeto e entre os objeto e pessoas.
A importancia do conhecimento de direita-esquerda segundo DE MEUR e
STAES (1991), para a crian<;a e ser capaz de distinguir urn "b" de urn "d", urn "p"de urn
4 Sincinesia e 0 comprometimento de alguns musculos que participam e se movem, sem a necessidade,durante a execu~ao de oulros movimenlos envolvidos em determinada a~ao. E involuntaria egeralmente inconsciente.
33
"q", "21" e "12".
7.10 NA ESTRUTURA ESPACIAL
Para AJURIAGUERRA (1998), a no~ao de espa~o tern rela~ao direta com
a nOC;8o de tempo e vice e versa, estas sao indissociaveis. Na aprendizagem, a
estrutura espacial e importante para a crianC;8 fazer observaCf8o, realizar
compara<;oes, combinar, verificando as semelhanC;8s e diferenC;8s entre as objetos.
Nesta comparac;ao pode a crian<;a analisar as caracteristicas comuns ou nao entre
elas.
A estrutura espacial realiza urn verdadeiro trabalho mental, pois decondic;6es de selecionar, cemparar extrair agrupar, classificar seus fatares comuns e
chegar aos conceitos dos objetos e as categorizar. Esta estrutura leva a crianC;8 ageneraliz8yao e a abstral{ao.
Na malematica, par exempla, que lida muito com 0 agrupamento, S8 faz
necessario 0 desenvolvimento da noltao espacial. Em sala de aula, muitas atividades
dependem da manipula~ao das rela~6es espaciais entre os objetos.
AJURIAGUERRA (1998), define bem a imporlancia da estrutura espacial
na esc rita.
A escrita e uma atividade molora que obedece a exigencias muito precisas de estruluraespacial. A crianqa deve compor sinais orientados e reunidos de acordo com leis; deve, emseguida, respeitar as leis de sucessao que fazem destes sinais palavras e frases. A escritae, pois, uma atividade espaljo-temporal muito complexa. (AJURIAGUERRA, 1998, p. 290).
DE MEUR e STAES (1991), complementam 0 pensamento de Aluriaguerra
mencionando que a estrutura espacial e ".. a possibilidade, para 0 sujeito, de
organizar-se perante 0 mundo que 0 cerca, de organizar as coisas entre si, de coloca-
las em urn lugar, de movimenta-Ias" (DE MEUR; STAES, 1991, p.8).
As estruturas espaciais aparecem tambem, nas n090es de situa<;oes
atraves de conceitos tais como: dentro, fora, no alto, abaixo, longe, perto. Nas noltoes
de tamanho tais como: grosso, fino, grande, medio, pequeno, estreito, largo. Nas
no~6es de posi~ao tais como: de pe, deitado, sentado, ajoelhado, agachado,
inclinado. Nas no<;oes de movimento tais como: levantar, abaixar, empurrar, puxar,
dobrar, estender, girar, rolar, cair, levantar-se, subir, descer. Nas no<;oes de formas
tais como: circulo, quadrado, triangulo, retangulo. Nas no~6es de quantidade tais
34
como: cheio, vazia, pouco, muito, inteiro, metade. Tambem como noc;oes de
superficies e volumes.
OLIVEIRA (2002), relata que quando a crian<;a consegue se orientar em
seu meio ambiente, estara mais capacitada a assimilar a orientayao espacial no papel.
Quando ista aconteee a crianC;8 organiza mental mente sua folha ao escrever au aD
desenhar, antes de passar para estas atividades.
E importante que a crianC;8 perceba que a nossa leitura e escrita possuem
uma direyao grafica: escreve-se e le-s8 de forma horizontal, da esquerda para a
direita e de cima para baixo.
A mem6ria espacial tambem S8 faz importante, pais, possibilita a criany8
descobrir os objetos que estao faltando em determinados lugares, bern como
reproduzir urn desenho apos obS8IVa-lo.
Uma Dutra importancia, para a crianya, e 0 de lembrar os simbolos graficos
e as direyoes a serem seguidas. Estas etapas das relay6es espaciais baseiam-se
somente no raciocinio partindo de situayoes muito precisas.
De acordo com DE MEUR e STAES (1991), a estrutura espacial facilita 0
aprendizado de mapas geograficos. Tambem e importante para a crian~a distinguir 0
alto e 0 baixo, para entender a diferen~a entre 0 "b" e 0 "p", 0 'n" e 0 "u", 0 "ou" e 0
"on"
7.11 NA ORGANIZA9Ao TEMPORAL
A no~ao de tempo tem rela~ao direta com a no~ao de espa~o e vice e
versa, pais hi! uma indissociabilidade. Para OLIVEIRA (2002), tanto a estrutura
temporal como a estrutura espacial, quando bem trabalhadas podem levar ao sucesso
no aprendizado da matematica. Com efeito, para calcular a crian~a deve ter pontos de
referencia, colocar os numeros corretamente, possuir no~ao de "fileira", de "coluna";
deve conseguir combinar as formas para fazer constru~6es geometricas. Tambem e
importante na ordena~ao de silabas, facilitando a constru~ao gramatical.
A autora, continua seu relato mencionando que se emitam palavras de uma
forma ordenada e sucessiva, uma atras da Dutra, obedecendo a um certo ritmo e
dentro de um tempo determinado. A leitura tambem exige uma percep~aD temporal e
urn simbolismo, isto e, a visao das formas associadas a urn som e, enfim, a
35
sincroniz8<;ao da leitura com 0 movimento dos olhos e uma linguagem mental (interior)
em coordenac;ao com a respirayc3.o para a leitura em voz alta. Tudo isto pede, pois, urn
outro n"mero de atitudes ao nivel da percep<;iio temporal.
Quanta ao ritma, para que uma criany8 aprenda a [er ha a necessidade
deste, au seja, uma sucessao dos sons no tempo, uma memoriz89ao auditiva, uma
diferenciac;ao dos sons, 0 reconheclmento da freqOencia e das dura<;oes dos sons das
palavras.
A estrutura temporal, faz com que a crian<;a trabalhe com os conceitos de
ontem, hoje e amanha, desta forma can segue entender as sequencias dos
acontecimentos. Tambem, garantira uma experiencia de localiza<;ao dos
acontecimentos passados, trabalhados em historia e uma projeyao para a futuro,
fazendo pianos.
"A capacidade auditiva esta muito ligada a atividade matara, mais
precisamente com a escrita e particularmente com 0 ditado, porem, esta nao implica
na perfeita discrimina<;iio dos sons ...", assim, afirma MORAES (1986, p.36).
36
8 IDENTIFICA<;:AO DOS SINAIS PSICOMOTORES QUE INTERFEREM NO
DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA
Para FONSECA (1995), qualquer disturbio psicomotor liga-se a problemas
que envolvem a crianc;a na sua totalidade. Disturbios pSicomotores e disturbios
afetivos estao estreitamente ligados, S8 influenciam e S8 refor/1am mutua mente. Isto e,as dificuldades afetivas S8 traduzem no comportamento, 0 que eria novas dificuldades.
A psicomotricidade leva em conta a crianc;a como urn todo, pesquisando S8
o problema esta no carpa, na area da inteligencia au na afetividade.
Segundo OLIVEIRA (2002), e comum nas escolas a incidencia de alunos
com disturbios pSicomotores. Embora aparentemente "norma is" , eles tern
dificuldades, e, em alguns casas sao incapazes de aprender a ler e escrever,
apresentando, tambem, uma serie de Qutros problemas que interferem sobremaneira
no processo escolar.
Segundo esta autora, nao se faz necessario a presen9a de uma grave
lesao organica para que se instale um disturbio de pSicornotricidade. Ele pode se
originar de uma disfunyao cerebral minima, de urn problema ffsico ou de um problema
emocional.
BUENO (1998), relata que "Muitas vezes as perturba90es socia is,
emocionais e relacionais sao causadoras dos disturbios pSicomotores, mas 0 inverso
lambem pode ocorrer". (BUENO, 1998, p. 107).
Em razao do aqui exposto, e para facilitar a pesquisa de indicadores de
perturbayao ou disturbios psicomotores, relaciona-se os indicativos que possam estar
interierindo no desenvolvimento da leitura e escrita, de acordo com 0 desenvolvimento
pSicomotor. Fazem parte desta estrutura todos os autores bibliograficamente
referenciados neste trabalho.
8.1 NA COORDENAyAO DINAMICA GERAL
• Agressividade;
Ansiedade;
Aten980 instavel;
• Atividades compulsivas;
37
• Atraso na maturidade geral;
Condutas sociais inadequadas;
• Desajeitamento;
Oescoordena9ao;
• Dificuldade de equilibrio;
• Dificuldade de ritmo;
• Dificuldade em realizar movimentos finDs (recorte, pintura etc.);
Empurrar;
• Fadiga excessiva;
Falta de controle dos automatismos;
• Falta de dissociayao dos movimentos;
• Freio motor nao controlado;
Lentidao;
• Nao amplia movimentos;
• Nao consegue retroceder;
NaG fazer fila;
• Nao ouvir ordens;
• Paratonias5;
Pobreza em mimica;
• Quedas freqOentes;
• Sincinesias;
8.2 NA COORDENAC;Ao MOTORA FINA
Aprendizagem de letras: lenta au custosa;
Coordenayc3o acula-manual debilitada;
C6pia de letras com dificuldade;
• Derruba freqOentemente objetos;
• Dificuldade de afinamento da atividade grafica;
, Paratonia: perturba,8o do lonus muscular (debilidademotom) consisllndo prlncipalmenlenumadificuldade do relaxamenlo volunlario.
38
Dificuldade de dissociac;:ao dos membros superiores e inferiores (picado
insuficiente au impassivel);
• Dificuldade de mecanizar sublinhados;
• Dificuldade do manejo de objetos escolares como lapis, caderno, apontador;
Dificuldade no freia motor tais como: para colorir, recartar, picar;
• Disgrafia;
• Dissacia<;aa (inabilidade na letra cursiva);
• Escrita;
• Impossibilidade de realizar movimentos intencionais;
• Imprecisao de trac;:ados curvas e retos;
• Instabilidade psicol6gica;
NaD colorir no limite;
Numeros com formas irregulares;
• Paratonia;
• Problemas no controle 6culo-manual;
• Rigidez e tensao dos dedos;
• Ritmo alterado;
• Sincinesia;
• Usa inadequado do lapis;
• Usc insuficiente da mao subordinada;
8.3 NO EQUILiBRIO
• Angustia;
• Ansiedade;
• Busca permanente de apoio, estando a crianc;:a em pe ou sentada;
Dificuldade de ritmo corporal;
• Equilibrio fragil;
• Falta QU dispersao de atenc;:ao e concentrac;:ao;
Inseguranc;a;
• Moleza no manejo corporal;
• Posi<;6es e posturas assimetricas e ambiguas;
• Postura inadequada;
• Quedas frequentes;
8.4 NO ESQUEMA CORPORAL
Agressividade;
Apresenta dependencia psicol6gica;
• Assimetria corporal;
• Atenl'ao prejudicada;
• Atitude viciada com postura inadequada;
• Comportamento infantilizado;
• Contratura: tonus perturbado;
• Dificuldade de coordenar bem seus movimentos;
• Dificuldade de percep930: nao fixa 0 olhar;
Dificuldade em abstrair;
• Dificuldade em amarrar, dar la90s, despir-se, de se vestir;
• Dificuldade em manter-se sentado;
Dificuldade em passar do plano vertical para 0 plano horizontal;
Dificuldade em reconhecer todas as partes do corpo;
• Dificuldade para lidar com 0 manejo de cadernos e objetos;
• Distrai-se com facilidade no meio dos movimentos;
• Extremidades do corpo com tremor;
• Falta de harmonia nos gestos;
• Imagem corporal deformada;
• Lentidao;
• Nao imita bern os movimentos observados;
• Nao ordena silabas e palavras;
• Nao possui ritmo de leitura;
• Nao situa bern seus membros ao gesticular;
• Nao coordena bern seus movimentos;
39
40
8.5 NA ORGANIZAt;:AO ESPACIAL
• Oerruba objetos freqUentemente;
• Dificuldade de analise-sintese-analise;
Dificuldade de combina9oes geometricas;
Dificuldade de constru,ao e organiza,ao gramatical;
• Dificuldade de organiz8C;8o dos seus materia is;
• Dificuldade de S8 colocar em fila;
• Dificuldade em mantar quebra-cabec;as;
• Dificuldade em seguir linha;
Dificuldade na coordena,ao motora tina;
• Escreve com tamanhos irregulares;
Falta de conhecimentos dos termos espaciais tais como atras, frente, lado etc.;
Falta de discriminacrao visual;
Falta de organiz8C;8o espacial;
• Nao assimila reversibilidade t8i5 como: tabuada, transposic;ao;
Nao conhecer as posic;:oes embora conheC;8 os termos tais como: em cima,
embaixQ, esquerda, etc;
• Nao consegue progressao;
Nao consegue se orientar;
• Nao tern preservac;ao;
• Organizac;ao deficitaria de nurneros ern soma;
Orientar~se com dificuldade embora perceba bern 0 espac;o;
• Sirnetria: dificuldade na compreensao das relac;6es espaciais;
• Sucessao e progressao de letras orientadas: dificuldade na aprendizagem da
leitura;
• Troca de fonemas: dificuldade de escrita;
• Troca de letras tais como: p-bl n-ul d-pl p-q;
8.6 NA ESTRUTURA TEMPORAL
• Conlusao na ordena,ao de elementos de silabas, Irases;
41
• Dificuldade de organizar 0 tempo;
• Dificuldade de perceber intervalos, que incide no ritmo da leltura;
Dificuldade em matematica;
• Incapacidade de descobrir ordem e sucessao de acontecimentos tais como: da
vida diaria, sequencia logica, 34-43, 21-12 etc;
Interrompe a atividade no meio;
• Nao assimila noyao de hora;
• NaG possui ritmo regular;
8.7 NA LATERALIDADE
• Aspectos posturo~motores:
Ausemcia de determina<;:ao de lateralidade;
• Desorganiz8c;ao nas func;:6es da linguagem tais como: afasia6, agnosia7, apraxia8;
• Dificuldade de organizar ordem no quadro;
• Dificuldade de orientagao;
• Oificuldade em seguir direc;c3o grafica;
• Exercicios de precisao realizados apenas com uma mao, for<;ando com a outra;
• Indecisao lateral;
• lndecisao na hora de escolher a mao para a realizac;:ao de tarefas;
• Lateralidade cruzada;
• Lateralidade heterogenea: nao define qual 0 lad a dire ito e a esquerdo;
• Maos desajeitadas;
Nao faz distinc;:ao entre direita-esquerda;
• Recorte com a mao direita e paratonia com a mao esquerda;
6 afasia: perda da capacidade de usar ou compreender a linguagem oral.7 agnosia: impossibilidade de obter informar;oes por meio de um dos canais de recepCfao dos sentidosembora a 6rgao do senlido nao esteja afelado.a apraxia: impossibilidade de resposta motora na realiza980 de movimentos com uma finalidade.
42
9 REEDUCAC;:AO PSICOMOTORA
Uma vez verificada a impor1ancia da psicomotricidade para a
aprendizagem da feitura e da escrita. e muito importante. que quando esta crianya nao
tenha atingido em sua totalidade este desenvolvimento, a intervenyao especializada,
ou seja, uma reeduca<;ao psicomotora, seja efetuada para que a crian<;a retome seu
aprendizado formal.
Conforme FONSECA (1998), 0 trabalho psicomotor privilegia 0 ato fisico,
associado aD trabalho mental, em que S8 aprende a escutar, interpretar, imaginar,
organizar, representar, passar da ideia para 0 ato. do abstrato para 0 concreto. Sao
bases indispensaveis para 0 aprendizado formal, DU seja, para 0 desenvolvimento da
leitura e da escrita.
A reeduc8yao pSicomotora constitui uma nova abordagem dos problemas
da motricidade perturbada, partindo de urn aspecto essencial e basico: auxiliar a
crian~a nas multiplas a~oes de adapta~ao a vida corrente.
Sendo 0 corpo urn, instrumento de a~ao sobre 0 mundo e um instrumento
de relal{80 com 0 ~Utro, a reeducayao psicomotora deve ser necessaria mente
diferente dos metod os tradicionais e das tecnicas classicas, com as quais nao se deve
confundir.
Intervindo atraves dos movimentos, a reeduca~ao psicomotora, procura
melharar as processos de integra~ao, elaboract80 e realizaif8o, inerentes a realidade
da crianya em face do seu desenvolvimento, agindo nos fatores psicomotores.
A reedUCact80 pSicomotora procura, ainda, readaptar a criancta a atividade
mental que preside a elaboract80 dos movimentos. Nesse sentido, melhara as
estruturas psiquicas responsaveis pela transmissao, execuifao e controle dos
movimentos, atraves de um methar reconhecimento espacto-temporal. Com base
numa maior disponibilidade corporal. Visa, ainda, a determinal{80 de sinergias e a
integractao mental do movimento, buscando a otimizactao do ser humano.
Em suma, podemos dizer, que a reedUCact80 psicomotora tern, par objetivo
principal, melhorar a atividade mental que preside a elaboray8o, transmiss8o,
exeCUct80 e controle do movimento; reconhecer as direct0es, proporctoes,
43
permanencias e casualidade; determinar sinergias9; destruir sincinesias e paratonias;
integrar 0 movimento; facilitar as reac;oes adaptativas; afirmar a lateralidade; inibir as
puls6es motoras; melhorar a representaC;80 do movimento; verificar a integrac;ao da
noyao do corpo; permitir a realiza980 motora consciente; valorizar 0 aspecto simb6lico
e expressivo do movimento, aperfeiyoar a relac;ao e a comunicaC;8o, que sao as bases
para 0 desenvolvimento da leitura e da escrita.
9 Sinergia: sucessao coordenada das contrac;:oes de varios musculos ou grupos musculares que seacham associados na execuc;:ao renexa ou volunlaria de urn movimento.
44
10 IMPORTANCIA OA REEOUCA<,;Ao PSICOMOTORA PARA 0 DESENVOLVIMENTO
DA LEITURA E DA ESCRITA
Em conformidade com LE BOUCH (1987), a fracasso escolar cria uma
verdadeira segregac;ao das crianc;as. Uma grande parte da porcentagem dos cases da
populac;ao escolar marginalizada, deve-s8 a leitura e escrita nao adquirida.
A leitura e escrita sao, antes de mais nada, urn aprendizado motor,
particularmente complexa. Para a crian<;:8 aprender a ler e escrever, S8 faz necessario
que S8 eduque a func;c3o de ajuste psicomotor. 0 trabalho psicomotor tera como
objetivo proporcionar-Ihe uma motricidade espontanea, coordenada e ritmica,
evitando-se assim possiveis problemas de aprendizagem advindos deste.
o aprendizado motor exige 0 desempenho da func;ao de interioriza<;ao. Se
as ensinas da leitura e da escrita devem adaptar-se as necessidades e as
possibilidades da crianc;;a, estes, se encontram confrontados com uma exigencia muito
grande no plano formal.
No trabalho grafico, por exemplo, a exigelncia leva progressivamente a
espontaneidade. Neste caso, a tom ada de consciencia e colocada em jogo, pois deve
haver uma atitude equilibrada que permita a libera<;ao do bra<;o e a possibilidade de
modifica-Ia para deixa-Ia proxima da vertical.
Em continuidade 0 autor relata a importancia da percepc;;ao e
representac;;ao mental do espac;;o na leitura e na esc rita, e faz referencia a relevancia
da imagem corporal orientada, a qual desempenha importante fun<;ao para a ato
grafico.
C~menta, ainda, que a boa visualizac;:ao, a fixac;:ao das formas e,
principalmente, a possibilidade de respeitar sua sucessao imp6e a dominio, pelo
menos implicito, de uma orienta<;ao fixa, da qual depende a ordem temporal tanto da
decifra<;ao como da reprodu<;ilo da grafia.
Com referencia a leitura de textos, esta e realizada grac;:as a sl!cessao de
movimentos oculares bruscos e ritmados, orientados obrigatoriamente da esquerda
para a direita, mencionando que para haver 0 desenvolvimento da leitura deve ter se
fixado primeiro a dominancia lateral na crianc;:a e assim sucessivamente, como ja
mencionado neste trabalho no capitulo que trata da relac;:ao entre psicomotricidade e
desenvolvimento da leitura e da escrita. (ver cap. 7).
45
Quando 0 desenvolvimento psicomotor safre alguma alterac;:ao, seja ela
apenas, par falta de estimulac;:ao au per disturbios psicomotores, a crianc;:a
apresentara dificuldades no desenvolvimento da leitura e da escrita.
DE MEURS e STAES (1998), relatam que sendo a educa9ao psicomotora
indispensc3vel no desenvolvimento da leitura e da escrita, ou seja, na alfabetiza<;:ao,
esta deve dar inicio 0 mais cedo passivel. Assim, mais rapidamente, a crianc;:a, sera
reeducada, ou seja, quanta mais nova for a crianc;:a, mais rapida, sera incorporada, a
nova estrutura motara e/au cognitiva de forma correta.
Quanto mais 0 tempo passa, mais a crianC;:8 S8 bloqueia em seu
desenvolvimento, dificultando 0 aprendizado da leitura e da escrita, sentindo~se mais
angustiada. A reeduca\=ao 0 ajudan3 a adotar urn outro comportamento e, pouco a
pouco as que 0 cercam a verao de forma mais positiva. Esses autores, ainda fazem
uma importante advertElncia:
A ausencia de reeduca9ao e um abandono da crian9a em sua dificuldade de viver, deperceber uma imagem valorizanle de si, de corresponder convenientemente a expeclativados que a cercam (rendimento escolar insatisfat6rio, falta de habiJidade as refei90es). Umareeduca9ao bem dirigida ajuda a crian9a a resolver seu problema a partir do momento emque surge, a perder menos tempo para se desenvoiver afetiva e inlelectualmente. emsuma, a lorna·la feliz na escola e na sociedade. (DE MEURS e STAES, 1998, p. 24).
46
11 CONSIDERAi;OES FINAlS
A psicomotricidade e a educayao do ata motor pelo pensamento,
constituindo uma educa<;:ao do pensamento atrav8S do ato motor. A complexidade dos
problemas psicomotores sao inumeravel. A eles se encontram ligados fenomenos de
comportamento tais como: instabilidade, debilidade, emotividade, imaturidade,
inibi<;:ao, agressividade, entre outros.
A dificuldade psicomotora esta na base de um problema afelivo, aspecto
este que requer enquadramento conveniente sabre as n090e5 de pessoa, movimento
e carpa. As interac;oes dos aspectos afetivos com as motores traduzem a arquitetura
de toda a personalidade da crianC;8 e a organizayEto das suas func;oes cognitivas. 0
corpo e 0 centro da inteligencia.
As condic;oes fisicas, mentais, psicologicas e s6cio-culturais da crianya
intervem no seu desenvolvimento, no seu ajustamento e, conseqOentemente na sua
vida escolar. E importante para a crianya, que ela possa desenvolver sua
psicomotricidade espontaneamente, e os pais sao responsaveis pela salide ftsica e
mental dos filhos, bern como 0 bern estar social.
No entanto, a escola e os educadores, nao devem eximir-se da
responsabilidade, que assumem com a familia do aluno, no tocante a observayao e
delec~ao das dificuldades e/ou disturbios psicomotores.
A professora, pelo contato direto com a crianya, possui as melhores
condiyoes de observayao devendo tomar providencias, junto aos pais, para a SOlUy30
dos problemas.
Esta observayc3o do aluno, pela professora, nao pode ser vaga e imprecisa.
Faz-se necessario, que seja realizada de acordo com a faixa etaria na qual a crianya
S8 encontra e que reuna dados desde a entrada, da crianya, na escola.
Todas as ocasioes sao favoraveis a observay30: a crianya no patio, na sala
de aula, enquanto trabalha, brinca, quando esta em grupo ou sozinha. Em todas estas
situayoes ela revel a suas necessidades, seus desejos e, atraves de seu
comportamento, as dificuldades elou disturbios que podem prejudicar seu
ajustamento no rendimento escolar e social.
47
Quanta antes a dificuldade e/au disturbio psicomotor for identificado, mais
r<3pido sera sua reeduc89ao, para que retorne 0 ma;s breve passivel ao seu
desenvolvimento de leitura e escrita dentro da sua faixa eta ria.
Na possibilidade, do professor, encaminhar a crianC;8 para tratamento, urn
problema que as pais nem percebem, este 0 deixa numa posic;ao de elo entre a
familia e 0 especiaJista, Atrav9S deste intercambio, a crianC;8 e quem luera, que S8
beneficia em sua saude, de urn modo geral e em seu rendimento escolar.
No entanto, e preciso mencionar que essas dificuldades e/au disturbios,
quando S8 apresentam em ambiente escolar, devern, inicialmente, reeeber a
interferencia da professora, par meio de estimulayao. Em outros casos, com maiores
complica90es, se faz necessaria que a interven9ao seja realizada por outros
profissionais, que possuam especializa9ao, com conhecimento na area da
pSicomotricidade.
Para finalizar, este trabalho nao teve a pretensao de esgotar 0 assunto,
mas apenas a intenyao de mostrar aspectos importantes do porque algumas crian9as
quando chegam na fase da alfabetizayao, encontram dificuldades. Neste sentido,
procurou-se evidenciar a importancia da psicomotricidade para 0 aprendizado formal
no periodo do aprendizado da leitura e da escrita.
Importante ainda mencionar, que 0 desenvolvimento da leitura e escrita
envolvem diversos outros fatores al8m do desenvolvimento pSicomotor. Estes devem
ser reconhecidos e pesquisados.
48
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
AJURIAGUERRA, J. Manual de psiquiatria infantil. Rio de Janeiro: Masson doBrasil,1998.
ALEXANDER, G. Eutonia: um caminho para a percep,ao corporal. Sao Paulo:Martins Fontes, 1983.
BAGATINI, V. Psicomotricidade para deficientes. Porto Alegre: Sagra-DC Luzzatto,1992.
BRANOAo, S. Desenvolvimento pSicomotor da mao. Rio de Janeiro: Enelivros,1994.
BUENO, J. M. Psicomotricidade: teoria & pratica. Sao Paulo: Lovise, 1998.
COSTA, A. C. Psicopedagogia e psicomotricidade: pontos de intersecc;:ao nasdificuldades de aprendizagem. Petropolis: Vozes, 2001.
COSTE, J. C. A pSicomotricidade. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.
DE MEURS, A; STAES, L. Psicomotricidade: educa,ao e reeduca,ao: niveismaternal e intantil. Sao Paulo: Manole, 1991.
FONSECA, V. Introdu~ao as dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: ArtesMedicas, 1995.
Psicomotricidade: Filogenese, Ontogenese e Retrogenese, PortoAlegre, Artes Medicas, 2" edi,ao revisada e aumentada, 1998.
~-"7'c---' Manual de observa~ao psicomotora: significag80 psiconeurol6gicados tatores psicomotores. Porto Alegre: Artes Medicas, 1995.
GANONG, W. F. Fisiologia medica. Sao Paulo: Atheneu, 1997.
GERBER. A. Problemas de aprendizagem relacionados a linguagem: suanatureza e tratamento. Porto Alegre: Artes Medicas, 1996.
GROSSI, E. P., BORDIN, J. Paixao de aprender. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
HURTADO, M. J. G. G. Dicioniuio de pSicomotricidade e cillncias afins. PortoAlegre: Prodil, 1991.
JOSE, E. A.; COELHO, M. T. Problemas de Aprendizagem, 11 ed. Sao Paulo:Atica, (2002).
LAPIERRE, A simbologia do movimento: psicomotricidade e educa,ao. PortoAlegre: Artes Medicas, 1982.
49
LE BOUCHE, J. Educa~30 Psicomolora: psicocinetica na idade escolar. PortoAlegre: Artes Medicas, 1987.
MORAES, A. M. P. Dislurbios da aprendizagem: uma abordagem psicopedag6gica.Sao Paulo: Edicon, 1996.
MUTSCHELE, M. S. Problemas de Aprendizagem da crian~a. 2 ed. Sao Paulo:Loyola, 1988.
OLIVEIRA, G. C. Psicomolricidade: educa,ao e reeduca,ao nurn enfoquepsicopedag6gico. Sao Paulo: Vozes, 2002.
POPPOVIC, A. M. Alfabeliza930: disfun,6es pSiconeurol6gicas. Sao Pula: Vetor,1968.
SPODEK, B.; SARACHO, O. Ensinando crian~as de Ires a oilo anos. Porto Alegre:ArtMed,1998.
VAYER, P. 0 equilibrio corporal. Porto Alegre: Artes Medicas, 1984.