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Nesta EdiçãoCapaCapa – A Mãe Divina...................................................................CapaEditorialEditorial..........................................................................................2 Matéria da Capa –Matéria da Capa – Oração às Mães............................................3Destaques Destaques – O Fogo Segundo a Doutrina Secreta...................5 Informe CulturalInforme Cultural – IV Seminário Maçônico do Sul de Minas........6Academia da LeituraAcademia da Leitura - Aspectos Cognitivos da leitura e da Escrita.....................7

Trabalhos Trabalhos - Profanação de Nossos Sagrados Templos............................8 - A Grécia e os Mistérios Gregos..............................................9ReflexõesReflexões – A Morte de Cada Dia............................................11Boas Dicas - Boas Dicas - …............................................................................12LançamentosLançamentos – Livros.................................................................12Ficha Técnica -Ficha Técnica - ….......................................................................12

Editorial“Ao cumprir o teu dever, permaneça desapegado de qualquer espécie de resultado,“Ao cumprir o teu dever, permaneça desapegado de qualquer espécie de resultado,

conserva tua mente, totalmente, concentrada e afasta de ti toda preocupação. Mediante estaconserva tua mente, totalmente, concentrada e afasta de ti toda preocupação. Mediante esta renúncia, atingirás a meta superior, que se galga através da Ioga do Conhecimento.”renúncia, atingirás a meta superior, que se galga através da Ioga do Conhecimento.”

(Professor Henrique José de Souza)(Professor Henrique José de Souza)

ue bom, chegamos ao mês de maio, marcado por diversas solenidades, a começar pelo Dia Internacional do Trabalho, data que marca a

celebração das conquistas dos trabalhadores ao longo da história. No Brasil, essa comemoração foi instituída, apenas, em 1924, 38 anos após as manifestações e os protestos realizados pelos trabalhadores na cidade americana de Chicago, fato conhecido como a Revolta de Haymarket.

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O dia 13 de maio é reservado para se festejar o Dia das Mães. Comumente, tal festejo é adequado ao 2º domingo do mês, o que vem a facilitar sua comemoração, porém a data de 13 de maio é a correta, pois esta é reservada ao culto da Mãe Divina, a Mãe de todas as mães, sendo a mãe terrena sua expressão. O Amor materno é a sublimação dos mais nobres sentimentos; não existe Amor maior nem igual. Nesse mesmo dia, celebra-se a Abolição da Escravatura. “Coincidências” à parte, a Lei Áurea foi assinada por uma mulher, a princesa Isabel.

Ainda, nesse mês, o dia 15, por iniciativa da ONU – Organização das Nações Unidas - a partir do ano de 1994, foi consagrado às Famílias, instituição, cada vez mais, desprezada nesse mundo capitalista. Se a mãe é a expressão da Divindade Feminina na face da Terra, a Família é a sua

corte. Portanto, uma instituição sagrada, lamentavelmente, deteriorada em razão das mudanças sócio-culturais, econômicas e religiosas. A modernidade e a crescente conquista da mulher no mercado de trabalho colaboraram muito para sua desintegração, embora todos saibam de sua fundamental importância como célula “mater” de uma nação.

Nessa data, é importante que as pessoas revejam seus conceitos sobre família, assim como seu

papel dentro dela. A educação dos filhos tem ficado a cargo da televisão e da Internet. Os

pais, cada vez mais ausentes, visam, tão somente, ao crescimento de sua carreira profissional, à manutenção e ao acúmulo de seu patrimônio.

A mulher se deixou banalizar. Seu nobre e sagrado ofício da

maternidade foi, há muito, profanado por sua própria conduta. Lamentavelmente, o

que vemos são mães que não se dão ao menor respeito, despreparadas para tão nobre função. É

bom lembrar que a queda de uma civilização se dá com sua degradação.

Duas comemorações – do trabalho e da família - nos convidam a refletir sobre a frase do insigne Professor Henrique José de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose: “A humanidade é infeliz por ter feito do trabalho um sacrifício e do Amor um pecado”.

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Cabe-nos rogar ao Senhor dos Mundos que nos cubra com seu Sagrado Manto e nos dê consciência, para que sejamos dignos da singular oportunidade da vida e de seus propósitos.

A humanidade, ao longo de seu caminhar, tornou-se por demais desespiritualizada. A criatura humana, ofuscando-se com o falso brilho das coisas efêmeras, desviou-se do seu Criador, o único caminho que o levará à evolução. Buscando, cegamente, contentamento no material, no que é passageiro, vive a ojerizar a morte, e, sem saber, morre a cada minuto sem vivenciar os mistérios da vida.

A matéria “Oração às Mães”, de autoria do Irmão

Walter Andrade, corrobora com o teor de nosso Editorial. Convido a todos a refletirem, também, sobre as matérias “O Fogo Segundo a Doutrina Secreta”, de autoria de Hernani Portela; “Profanação de Nossos Sagrados Templos”, do Irmão José Valdecir de Souza.

Ressaltamos a realização do IV Encontro Maçônico do Sul de Minas, no Oriente de Alfenas, MG, evento, que vem ganhando espaço no calendário maçônico nacional e tem o Apoio Cultura de nossa Revista. Como em anos anteriores, publicaremos uma edição especial com todas as palestras realizadas.

Encontrar-nos-emos na próxima edição! ?

Matéria da CapaORAÇÃO ÀS MÃES*

Walter Andrade esde a mais remota antiguidade, em todos os povos, dos mais evoluídos aos mais bárbaros, as mulheres, sempre, foram preservadas das guerras. Nunca foram

convocadas para frente de batalha. Enquanto os homens iam às guerras, elas ficavam no lar. Até hoje é assim. Apesar de existirem, atualmente, mulheres profissionais nos exércitos e polícias, sempre, são preservadas dos confrontos mais diretos. Em se tratando de policiais, percebemos que são destacadas para os serviços de manutenção da ordem, assistência humana, orientação pública. Isso não ocorre por acaso, ou por mero fato de diferenciação física, posto que, biologicamente, o homem seja dotado de maior recurso para a força bruta. Não é assim. A humanidade, sempre, manteve aceso, em sua consciência, o fato de que a mulher existe para gerar e manter a vida, e não o contrário.

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Em todas as teogonias, em todas as tradições da humanidade, sempre, existiu a noção da trindade, ou seja, a ideia de que tudo provém de uma Estrutura Básica do Universo, na qual temos um poder masculino, o Pai, um poder feminino, a Mãe, e o resultante desses poderes, o Filho. O Pai origina; a Mãe gera e mantém; o Filho tem a função da transformação. Essa trindade era denominada no Egito como Osíris, Ísis e Hórus; na Índia, como Brahmã, Vishnu e Shiva; entre os cristãos, hoje, denomina-se como Pai, Mãe e Filho ou Espírito Santo.

Daí, vem a tradição ocidental de Maria, a Mãe. Maria vem do latim mare, mar, águas genesíacas. E, no Gênese de Moisés, está escrito que, no início, “o Espírito de Deus vagava por sobre as águas”. Portanto, o termo mãe tem um significado cósmico da mais alta importância.

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A mãe terrena é a projeção da Mãe Divina na Terra, plasmação física do Mundo das Leis. Por isso, a Mãe Divina, o Segundo Logos, Visnhu, Ísis, Maria, ou o nome que se queira dar, de acordo com a tradição de cada povo, coloca, no mundo, um ser que a representa, na figura da mãe humana.

Daí, homenagear a mãe dos homens é homenagear a Mãe Celestial. E nada mais justo do que termos um dia especialmente dedicado a ela, à mãe humana.

O planeta Terra é mãe. Por isso, o chamamos de Mãe Terra. A Natureza é mãe. Por isso, a chamamos de Mãe Natureza.

O Brasil, apesar de ter um nome masculino, é uma mulher. O Brasil é mãe. Tanto que, no Hino Nacional Brasileiro, temos o seguinte: “dos filhos deste solo és mãe gentil”; deste solo, não só o brasileiro, mas do mundo inteiro, porque o Brasil, como mãe planetária, recebe, em seus braços, filhos nascidos nas mais distantes regiões do planeta. Logo, Irmãos na Terra, Irmãos no Céu, tudo o que possamos falar é pouco.

A mãe gera, aquece, aleita, conduz, orienta, ouve, ampara. Os homens, sempre, tiveram consciência disso, através dos tempos, mesmo os mais embrutecidos. Por isso que as mulheres nunca foram convocadas para os campos de batalha.

A mãe veio para dar vida, e não para tirá-la. Preservar a mãe, a mulher, é preservar a vida. Podemos medir a grandeza de um povo pela maneira como trata suas mães. Um homem, que não cuida bem de sua mãe, não merece ter uma boa esposa. Porque sua esposa é a continuação espiritual de sua mãe. Isso é cristalino como a luz do Sol.

Ter mãe é uma bênção. Ser mãe é uma glória! É sabido que muitos contam que, nos campos de batalha, frequentemente, os homens morrem chamando por suas mães. Um dia, as guerras serão banidas da face do planeta. Isso não será por decreto, leis ou pactos internacionais; ocorrerá pela pacificação da alma humana. Essa pacificação será pela atuação da mãe na consciência dos homens, pela atuação da mãe humana e da Mãe Divina. Podemos falar pelo conceito filosófico e profundo que o nome mãe tem.

O ser humano, que gera ideias espirituais, que produz a evolução dos homens, que possibilita o entendimento e a concórdia, exerce o poder de mãe. Por isso, na linha de raciocínio de cidadania, temos uma direção de atuação que começa na mãe, passa pelo professor e se reflete no político.

Temos, então, o seguinte: transformação social efetiva não se conseguirá, somente, por efeito de decretos ou punições. Transformação coletiva em direção do equilíbrio social será conseguida pela manutenção da saúde familiar, pela geração de comportamentos individuais compatíveis com a visão de uma Nova Civilização.

Essa Nova Civilização, que tanto almejamos em nossos sonhos de Justiça, Fraternidade e Paz, tem por princípio a família. E a família, por sua vez, tem por princípio a Mãe. Portanto, parabéns às Mães; salve esse dia glorioso no qual homenageamos a mãe humana e a Mãe Divina.

E que sejamos, sempre, dignos dos deuses pelo fato de glorificarmos essa chama que ilumina nossa vida e os destinos da humanidade.

Todos nós podemos reverenciar a chama, mas quem a mantém acesa é a Mãe, por ser ela uma Sacerdotisa. Sacerdotisa de Ísis, Sacerdotisa da Mãe Divina. E que essa Sacerdotisa, a mãe humana, seja glorificada hoje, nessa data, e por todos os séculos que virão, em nome da Mãe Divina e em nome do Grande Plano da Manifestação Universal.

Que assim seja! ?

*Oração proferida em cerimônia ao Dia das Mães na Loja Maçônica Novos Obreiros, São Paulo, no dia 12 de maio de 2006.

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DestaquesO FOGO SEGUNDO A DOUTRINA SECRETA

Hernani Portela fogo não é um elemento, e, sim, um princípio divino. A chama física é o veículo objetivo do espírito supremo. Os elementais do fogo são os de

maior categoria. Todas as coisas desse mundo têm o seu aura e o seu espírito. O granito não arde porque seu aura é ígneo. Os elementais do Fogo carecem de consciência física, porque são muito elevados e refletem a natureza humana.

OOO éter é fogo. A parte ínfima do éter é a chama que

fere nossa vista. O fogo é a presença subjetiva da Divindade no universo. O fogo universal, em diferentes condições, converte-se em água, ar e terra. É o “Kriyashakti” de todas as formas de vida. Dá calor, luz, vida e morte. É o próprio sangue em todas as suas diversas manifestações, é o fogo essencialmente uno.

No fogo, sintetizam-se os Sete Cosmocratores. Na mais grosseira modalidade de sua essência, o fogo é a primeira forma e reflete as formas inferiores dos primeiros seres objetivos do universo. Os elementais do fogo são os primeiros pensamentos caóticos divinos. Na terra, eles tomam a forma de salamandras ou elementais inferiores do fogo, que revoluteiam nas chamas. No ar, existem milhões de seres vivos e conscientes, que se apoderam de nossos emitidos pensamentos, também, ali existentes. Os elementais do fogo estão relacionados com o sentido da vista e absorvem os elementais dos demais sentidos. Assim, só com o sentido da vista, podemos ouvir, cheirar e saborear, posto que todos os sentidos sintetizam-se no da vista.

Segundo Simão, o Mago, toda a criação culmina no fogo. Este era para Ele, como para nós, o princípio universal, a infinita potência emanada da oculta Potencialidade. O fogo era a primitiva causa do manifestado mundo da existência e tinha duplo aspecto: manifesto e secreto. O aspecto secreto do fogo está oculto em seu aspecto objetivo, que, do primeiro, dimana. Para Simão, era inteligência tudo quanto se podia pensar e tudo aquilo sobre que se podia atuar. O fogo continha o todo. E como todas as partes do fogo eram dotadas de inteligência e de razão, eram suscetíveis de desenvolvimento por emanação e extensão. Essa é, precisamente, a nossa doutrina do Logos manifestado, e as partes, primordialmente, emanadas são os nossos “Dhyan Chohans”, os “Filhos da Chama e do Fogo” ou os Eões Superiores. Esse fogo é o símbolo do ativo e vivente aspecto da Natureza Divina. Nele, subjaz a “infinita potencialidade na Potencialidade”, que Simão chamava “o que existiu, existe e existirá”, ou a estabilidade permanente e a imutabilidade personificada.

Da Potência Mental, a Divina Ideação se tornava concreta em ação. Donde as séries de emanações primordiais do pensamento engendram o ato, cuja mãe é o aspecto objetivo do fogo, e cujo pai é o aspecto oculto. Simão denominava “sicigias” (unidades pares) tais emanações, porque emanavam de duas em duas, uma como Adão ativo e outra como Adão passivo. Assim, emanaram três pares (seis Eões no total, que, com o Fogo, eram sete), aos quais Ele nominou: “Mente e Pensamento; Voz e Nome; Razão e Reflexão”, sendo o primeiro de cada par masculino, e o segundo feminino.

O direto resultado desse poder é produzir emanações, possuir o Dom de “Kriyashakti” , cujo efeito depende de nossa própria ação. Portanto, esse poder é inerente ao homem, como o é aos Eões Primordiais e, também, às secundárias emanações, posto que, tanto eles como o homem, procedem do único e primordial princípio da Potência infinita.

No “Philosophumena”, Simão compara os Eôes com a Árvore da Vida. E, na “Revelação”, disse: “Escreveu-se que há duas ramificações dos Eões universais que não têm princípio nem fim, como dimanantes ambas da mesma raiz, a Invisível e Incompreensível Potencialidade, cujo nome é Sigê (o Silêncio). Uma dessas séries de Eões procede de cima. É a Grande Potência, a Mente Universal (Ideação Divina ou “Mahat” dos hindus). É masculina e regula todas as coisas. A outra procede de baixo. É o grande Pensamento Manifestado, o Eão Feminino, gerador de todas as coisas. Ambas se correspondem mutuamente, acoplam-se e se manifestam à meia distância (a esfera ou plano intermediário) no Ar Incoercível, que não tem princípio nem fim”. Este Ar Feminino é o nosso éter, é a luz astral dos cabalistas; portanto, corresponde ao Segundo Mundo de Simão, nascido do Fogo, ou o princípio de todas as coisas. Nós o chamamos de Vida Una, a Onipresente, a Infinita, a Inteligente e Divina Chama. ?

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Informe CulturalIV ENCONTRO MAÇÔNICO DO SUL DE M INAS

Francisco Feitosa

o período de 25 a 27 de maio próximo, o Sul de Minas será, mais uma vez, o palco da Cultura Maçônica Nacional, com a realização do IV

Encontro Maçônico do Sul de Minas. O evento é uma realização da ARLS Fraternidade Cleuton Cândido Landre nº 298, jurisdicionada à GLMMG, no Oriente de Alfenas, com a participação do Pacto Maçônico Sul-Mineiro.

NNA programação, farta em atividades culturais, começa

no dia 25, sexta-feira, com uma Sessão Maçônica, aberta a Maçons e convidados, no templo da Loja Fraternidade Cleuton, quando, na oportunidade, alguns Irmãos serão condecorados com Comendas. No dia 26, sábado, acontecerão as palestras para os Irmãos, atividades diversas para as Cunhadas e a Gincana Cultural para os DeMolays e Filhas de Jó. No dia 27, domingo, acontecerá a reunião do Pacto Maçônico, envolvendo as mais de 70 Lojas cadastradas da região sul-mineira.

Realizar-se-á o Encontro nas dependências da UNIFAL – Universidade Federal de Alfenas. O tema brilhantemente escolhido foi “Matemática e Maçonaria”, dividido em 7 painéis, e defendidos pelos respectivos palestrantes: 1- “Regra Áurea e a Sequência de Fibonacci - A Natureza como Mestra dos Mestres”, por Marcelo Libânio; 2- “Geometria Sagrada no Corpo Humano e no Templo Maçônico”, por José Airton de Carvalho; 3- “Vesica Pisces e as Catedrais: O Maçom Operativo”, por Edison Barsanti; 4- “Pentagrama Pitagórico: o que ele, ainda, tem a nos ensinar?”, por Francisco Feitosa; 5- “Números Sagrados: o 1, o 3, o 7, o 9, o 10, o 12, o 33 e o 81”, por Ítalo Barroso Aslan; 6- “Matemática e Música: A Harmonia das Esferas”, por Luiz Alberto Bertozzi; 7- “Filosofia e Matemática”, por Sérgio Quirino.

A programação do evento, como em anos anteriores, conta com atividades para as Cunhadas, DeMolays e Filhas de Jó. Já definidas para as Cunhadas, as palestras: “Saúde da Mulher - Atividades Variadas”, pela Profª Kátia Castilho Leite; “A Mulher e a Maçonaria”, pelo Irmão Sérgio Quirino.

Além de visita às Feiras de Artesanato das cidades de Areado e Carmo do Rio Claro.

As inscrições poderão ser realizadas no blog do Encontro, www.fraternidadecleuton.org/encontromaconico, onde poderão ser encontradas diversas informações, como reservas em hotéis, programação detalhada, localização, telefones e e-mails de contato, patrocinadores, etc.

O evento, dada sua organização e qualidade de conteúdo, vem ganhando, a cada edição, expressão no calendário maçônico nacional, reunindo diversos Irmãos ligados à cultura maçônica, como escritores, acadêmicos, maçonólogos e estudiosos da nossa Ordem de vários estados, que fazem questão de prestigiar com sua valorosa presença.

A Revista Arte Real muito se orgulha em poder dar o Apoio Cultural a tão nobre Encontro, que visa ao engrandecimento cultural, além da integração da Família Maçônica. Como em anos anteriores, será lançada uma edição especial, com a publicação de todas as palestras ministradas.

Contamos com a presença de todos!

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Academia da LeituraASPECTOS COGNITIVOS DA LEITURA E DA ESCRITA

Roberto de Queiroz compreensão de um texto é um processo que se realiza por meio do conhecimento que o leitor adquiriu ao longo da vida (o conhecimento prévio). Portanto, "pode-se

dizer, com segurança, que, sem o engajamento do conhecimento prévio, não haverá compreensão" textual (Angela Kleiman, Texto e leitor, Pontes, 2004). Esse conhecimento divide-se em quatro segmentos, a saber: conhecimento lingüístico; conhecimento textual; conhecimento de mundo; conhecimento partilhado. Serão delimitados a seguir.

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O conhecimento linguístico está armazenado no domínio das regras de comunicação, estabelecidas entre leitor e escritor durante a leitura de um texto. Desse modo, o texto, que é o meio de interação nesse processo, deve-se apresentar num código linguístico comum a ambos os sujeitos, ou seja, numa língua, cujas regras fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas eles dominem (para um leitor, falante nativo de português, que não tenha conhecimento linguístico de inglês, torna-se muito difícil compreender um texto escrito nesse idioma, mas essa dificuldade diminui com a substituição do léxico em inglês pelo léxico em português).

O conhecimento textual consiste no domínio que o leitor tem relativamente ao número de categorias textuais, classificadas como tipos, a respeito das formas textuais, dadas como gêneros, e em relação aos elementos característicos de cada uma dessas categorias, e formas. Os tipos textuais compreendem categorias conhecidas como narração, descrição, exposição, argumentação, injunção e diálogo. Alguns exemplos de gêneros textuais são telefonema, carta pessoal, receita culinária, lista de compras, bula de remédio, horóscopo, reportagem, romance, conto, crônica e poema.

O conhecimento do mundo (ou enciclopédico) abrange desde o conhecimento, que o leitor tem acerca de fatos triviais (peixes vivem na água, o Brasil está na América do Sul), até o conhecimento sobre sua área de atuação profissional (um farmacêutico sabe que a fórmula da cianocobalamina, vitamina B12, é C63H88CoN14O14P), e assim por diante. Dessa maneira, para haver compreensão de um texto, durante a leitura do mesmo, aquela parte do conhecimento de mundo do leitor, é relevante para esse processo, "deve estar ativada, isto é, deve estar num nível ciente, e não no fundo de [...] [sua] memória" (Angela Kleiman, obra citada).

O conhecimento partilhado está armazenado na linguagem do cotidiano. Constitui-se por meio de elementos comuns tanto ao leitor quanto ao escritor, quer dizer, é a fração de conhecimento de mundo (ou enciclopédico), partilhada entre o leitor e o escritor durante a leitura de um texto. Assim, caso o escritor não consiga organizar as ideias que representam esse conhecimento, elas, quando decodificadas, podem apresentar dissonâncias, que provocam conflitos entre aquilo que o escritor deseja representar e aquilo que leitor tenciona compreender (Araken Guedes Barbosa, A paráfrase como proposta linguístico-pedagógica para uso no ensino de línguas, UFPE, 2005).

Em suma, para que haja compreensão de um texto, faz-se necessário que o leitor e o escritor possuam uma fração significativa de conhecimentos afins.

Como de praxe, disponibilizamos mais um livro virtual. Para baixá-lo, basta clicar em seu título. Escolhemos o livro “Simbolismo dos Números na Maçonaria”, de autoria de Boanerges B. Castro, editado pela Livraria Maçônica Paulo Fuchs. Observando os aspectos cognitivos da leitura, citados pelo autor do texto acima, tenham uma leitura bastante proveitosa!

* Artigo publicado no Diário de Pernambuco, 09/08/2010, Opinião, p. A7.

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TrabalhosPROFANAÇÃO DE NOSSOS SAGRADOS TEMPLOS

José Valdecir de Souza ntes de iniciar este trabalho, faço a seguinte pergunta: a quebra de paradigmas se ajusta ao sucesso e às sessões ritualísticas da nossa Sagrada

Instituição Maçônica (publica ou não)? AA

Anos após anos, a Maçonaria, ou a forma de fazê-la, sofre constantes mudanças, podendo ser observadas diariamente dentro da mesma, seja em sessão aberta (pública), seja fechada (ritualística), onde se discutem novas formas inerentes a Ela. Acredito, sim, que tais mudanças são respostas às necessidades humanas e tecnológicas, que, como num passe de mágica, surgem em tempo menor que um piscar de olhos. É importante observar que o que, hoje, é considerado certo no âmbito maçônico, amanhã, poderá ser totalmente prejudicial. No meio administrativo, por que sou graduado, quando ocorre esse processo de mudança de pensamento, chamamos de "quebra de paradigmas", com que devemos ter muito cuidado, sendo considerada negativa, por ser um instrumento perigoso para a evolução do pensamento maçônico.

Quanto ao uso da leitura do Livro da Lei em Sessões Públicas, acredito que deveria ser abolido, ou, então, deveríamos fazer a abertura da sessão ritualística para, depois, entrarem os convidados. Diante do pouco conhecimento das Sagradas Escrituras, posso dizer que Deus fez cada indivíduo livre para adorá-Lo segundo sua própria consciência; ninguém é dono da verdade para julgar a crença alheia a não ser a própria Divindade.

O uso do Livro da Lei deve ser feito com muito critério; é um absurdo vermos em Sessão Pública; um Irmão ler uma passagem e, até mesmo, se ajoelhar perante o mesmo. Deve constar, na fala do Presidente da Sessão, uma rápida explicação de que a Maçonaria não é uma religião, mas nenhum Maçom começa uma nova tarefa sem antes se lembrar (cuidado com a palavra “invocar”) do Criador, e sendo a maioria da sociedade brasileira cristã, será lido um salmo ou um provérbio. Contudo, jamais lido na presença dos profanos, pois os mesmos não estão preparados para tal procedimento maçônico.

Não podemos ficar preocupados com o que a sociedade pensa sobre nós, com o que as religiões pensam de nossos conceitos e atitudes. Em ponto algum das Escrituras, vi algum verdadeiro cristão criticar, maldizer ou perseguir a

crença de outrem, de fato isso seria ridículo. Jesus, o Cristo, quando estava na Terra, jamais criticou crença alguma, suas repreensões sempre foram severas quanto ao comportamento, às obras e à hipocrisia daqueles que se diziam doutores da Lei e donos da verdade, que ele taxou de “sepulcros caiados”, já que coavam um mosquito e engoliam um camelo. De fato, um verdadeiro cristão está mais preocupado em tirar as traves do seu próprio olho do que o argueiro do olho de seus irmãos. Um verdadeiro cristão segue o exemplo do Divino Mestre, que sempre respeitou as crenças alheias.

Devemos ter, também, bastante cuidado e cautela ao convidar um profano para o Oriente, ou, até mesmo, um Irmão Irregular, pois, ritualisticamente, somos conscientes de que até um Irmão Aprendiz ou Companheiro só tem acesso ao Oriente em caso de extrema necessidade. Devemos ficar felizes por sabermos da existência de tão articulado e ponderado pensamento em muitos Irmãos.

Segundo afirmações dos próprios Maçons, a Maçonaria não é uma sociedade secreta. “Isso é calúnia dos adversários”, apregoam. Dizem, ainda, em alto e bom som, que é discreta, não secreta. Na Constituição do Grande Oriente do Brasil, Art. 17, onde se especificam os deveres das lojas, sob a letra p, vem a seguinte norma: “nada expor, imprimir ou publicar sobre assunto maçônico, sem expressa autorização superior da autoridade a que estiver subordinada, salvo Constituições, Regulamentos Gerais, Regimentos Particulares, Rituais, Leis, Decretos e outras Publicações já aprovadas pelos Poderes competentes. Toda e qualquer publicação atentatória aos princípios, estabelecidos nessa Constituição, ou á unidade da Ordem sujeitará os seus autores às penalidades da Lei”.

É rigorosamente proibido aos profanos (não-maçons) tomar parte nas sessões comuns das lojas, como está relatado no Art.19, parágrafo único, da Constituição: “As oficinas, sob nenhum pretexto, poderão admitir, em seus trabalhos, maçons irregulares; deverão identificar os visitantes pela palavra semestral”.

Com essas declarações de documentos oficiais autênticos, chegamos à conclusão de que a Maçonaria é uma sociedade verdadeiramente secreta, no sentido próprio da palavra.

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A GRÉCIA E OS M ISTÉRIOS GREGOS*

xplicação dos Mistérios Gregos a partir da Doutrina Esotérica, da Verdade Arcaica, parte da qual se encontra, hoje, fragmentada e esparsa pelas

mitologias e religiões do mundo.EE

Temos, a partir da própria base da Filosofia Oculta, isto é, do próprio fundamento da Cosmogênese, o conceito de Substância. Substância, em Cosmogênese, deve ser tomada na acepção que lhe dá Blavatsky: “ um Princípio Onipresente, Eterno, Sem Limites e Imutável, sobre o qual toda especulação é impossível, pois transcende o poder da concepção humana, e só poderia ser diminuído por qualquer expressão ou comparação da inteligência humana”. É, portanto, a “Seidade”, o Sat dos hindus, o Ain-Soph dos hebreus, a Deidade, o Parabrahmã dos vedantinos, o Svayambhuva, a Causa sem Causa, a Raiz sem raiz, o Grande Hálito, a realidade Una, o Absoluto, o Espaço, o eterno Pai das Estâncias de Dzyan.

Ciclicamente, essa Substância se polariza em Espírito e Matéria e, ciclicamente, despolariza-se. Na aurora do Manvântara, o Absoluto, Brahma, e, por isso, os sábios hindus denominam Kalahansa. “O Cisne, no e fora do tempo”, pôs um Ovo de Ouro – alegoria magistral - com que os primitivos pensadores simbolizavam o Universo em sua mais elevada expressão. Diz “Manava Shastra” (O Código do Manu): ”O Senhor, existente por si mesmo, desvanecendo as trevas, fez-se manifestar, e desejando produzir seres da sua Essência, a princípio, criou só a água. Nela colocou a semente. Esta se converteu num Ovo de Ouro”. É como, se a Divindade Primitiva, ao mesmo tempo, fogo e água, isto é, reunião dos princípios masculino e feminino, tivesse destacado o princípio feminino, a água, que o fogo, princípio masculino, fez germinar, surgindo, então, o Ovo do Mundo. A divisão dos dois princípios é importantíssima para o nosso estudo. Vimos que a Divindade Primitiva se polariza em Pai e Mãe, que se unem para surgir o filho, o Universo, no princípio, apenas, um Ovo de Ouro.

Na Estância III, solka 3 do “Livro de Dzyan”, isso é explicado alegoricamente com as seguintes palavras: “As trevas irradiaram a Luz, e a Luz emite um raio solitário nas Águas, dentro do abismo da Mãe. O Raio traspassa o Ovo Virgem; o Raio faz estremecer o Ovo Eterno, desprende o Germe eterno que se condensa no Ovo do Mundo”. Nasce, assim, o 3º Logos, o Demiurgo, realmente, composto de 7 Hierarquias Andróginas, como as próprias estâncias de Dzyan, veladamente, expressam.

“O Espírito de Deus” – diz o Gênese – “pairava por cima das águas”. Disse Deus: “Haja luz; e houve luz”. Esta luz, de que nos fala a Bíblia, é o Filho, como, mais claramente, ainda, depreende-se do Evangelho de São João: “Houve um homem, enviado por Deus, e chamava-se João; este veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era luz, mas veio para dar testemunho dela, Havia a verdadeira que, vinda ao mundo, alumia a todo homem. Ele pesava no mundo e o mundo, foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”. Ainda, no Evangelho de S. João (VIII,12), diz Jesus: “Eu sou a luz do mundo”, o que torna definitivamente clara a alegoria.

O símbolo do Ovo, como demonstra Bryant, era usado entre os gregos, os persas, os sírios e os egípcios. Aristóteles nos diz, numa de suas peças, que o Ovo Órfico e os mistérios dionisíacos, justamente, apresentavam uma cerimônia em que era consagrado o Ovo do Mundo e explicada sua significação. No livro dos Mortos, o Deus Rá é representado radiante em seu Ovo, até que o Deus Shu o desperta e lhe dá o necessário impulso.

Em primeiro lugar, temos a Divindade Primitiva, A Seidade, a Causa sem Causa de tudo e de todos. Iremos encontrá-la representada na Mitologia Grega? Sim, e logo no portal; é o Caos, o Espaço, tal como se apresentava antes da Criação. É, às vezes, também, identificado como Cronos, pois este, devorando seus filhos, faz algo semelhante à Substância Divina, que reabsorve os universos e deuses no fim do

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Manvântara. E, realmente, se meditarmos um pouco, veremos que nada mais justo do que representar-se a Divindade Suprema por Caos, o Espaço, e, por Cronos, o Tempo, uma vez que Espaço e Tempo são as coordenadas básicas do Movimento, e este é a essência dessa Raiz numeral de tudo que existe. De fato – ao contrário do que pensava Parmênides – existe um Movimento Absoluto e Transcendente, pois, se a Substância Divina permanecesse em repouso, em absoluta imobilidade, os universos não poderiam ser emanados e reabsorvidos.

Vemos, aqui, uma alegoria de que, ciclicamente, Zeus se une ao princípio feminino, personificado, na mitologia sob os mais variados nomes. Em Hera, por exemplo, é transparente o simbolismo, uma vez que ela é irmã gêmea de Zeus. Da união de Zeus e Senele, surge Dionísios, o Baco dos latinos, o Filho. Eis aqui a trindade de todas as mitologias e religiões. Na teogonia hindu, temos a famosa Trimurti, Brahmã, Shiva e Vishnu, embora a antiga trindade védica fosse constituída de Agni, Vayu e Surya. Entre os hebreus, uma Trindade superior se superpõe às dez Sephiroth – Kether, Chochmah e Binah – tríade que poderia corresponder ao Atmã, Budhi e Manas da Teosofia. Na mitologia egípcia, vemos a trindade suprema representada por Osíris, Ísis e Horus. Na teogonia babilônica, temos Anu, Ea e Bel. O introdutor do dogma da Santíssima Trindade dos cristãos, Atanásio, Padre da Igreja, que viveu toda a sua vida no Egito, só precisou de esforço para dar outros nomes à Trindade egípcia.

Vejamos, agora, que relação há entre essas verdades ocultas, que já vimos estarem expressas não só pela mitologia grega, mas também por todas as mitologias e os mistérios gregos. Será útil esclarecer, antes, que embora as mesmas verdades vivificassem todos os mistérios gregos, cada um deles dedicava-se, principalmente, a cultuar apenas uma delas. Podemos, portanto, fazer a seguinte afirmação, o que muito nos auxiliará na compreensão e na classificação dos mistérios gregos: esses mistérios tinham como finalidade, além do ensino interior das verdades fundamentais, reverenciar cada um dos aspectos da divindade: aspecto absoluto de Causa sem causa – eis a razão dos Mistérios de Cronos; aspecto masculino – para isso, existiam os mistérios de Zeus; aspecto feminino – glorificado nos mistérios dionisíacos. Os outros mistérios, como não podia deixar de ser, originam-se desses quatro fundamentais.

Raciocinemos e vejamos se chegamos, também, a essa

conclusão. A alma humana, ou melhor, a Mônada Eterna, saída do Mundo Divino, está presa ao corpo como a ostra à casca. O corpo é a grande prisão da alma e, portanto, ela só poderá retornar ao seio da Mãe Celeste libertando-se do corpo. Que mais devemos desejar, então, no mundo? A morte, é claro, pois só ela nos libertará do corpo e nos reconduzirá à nossa Terra Natal. Porém, não é qualquer morte que serve para libertar a alma. Platão nos ensina que, no inferno, as nossas boas ações recebem a sua recompensa e as más ações, os castigos correspondentes, mas, no fim, a alma volta ao corpo para novamente morrer. Além do mais, se, apenas, na eliminação do corpo, estivesse a solução, o suicídio seria o grande remédio. Algo mais precisa ser eliminado com o corpo, e é isso que devemos saber. Agora já podemos concluir sem hesitar: precisamos aprender a morrer. Justamente, a isso devemos devotar a nossa existência”. Como e onde se aprende, porém, a morrer? Eis a finalidade maior dos mistérios: ensinar a morrer. Na iniciação, aprendia-se a grande distinção entre morte e MORTE.

Porfírio esclarece magistralmente: “A morte é dupla: uma, conhecida de todos, tem lugar quando o corpo se afasta da alma; a outra, a dos filósofos, quando a alma se afasta do corpo”. Sócrates, condenado à morte, diz, ainda, no Fédon: “os homens ignoram que os verdadeiros filósofos trabalham durante a vida para preparar-se para a morte”. O neófito devia aprender a morrer para o mundo dos sentidos, dos desejos e paixões corporais. Antes que o corpo, os desejos devem ser extintos, consumidos, nas chamas da purificação – daí o simbolismo das chamas dos infernos.

A metempsicose era uma ideia que, nos Mistérios, estava, sempre, associada à

morte. A alma não passava, apenas, por corpos humanos. Os gregos admitiam que, após a morte, a alma podia transmigrar através dos mais diferentes corpos, seja de homens, seja de animais, como leões, asno, etc. Ao primeiro contato, tal noção pode trazer certa inquietação à nossa mentalidade ocidental, de fundo católico-científico, estritamente ortodoxa. Platão, entretanto, defende tal teoria, e, realmente, ela encerra muito de verdadeiro. Para quem admite, aliás, que a alma pode existir independentemente do corpo, nada há de mais que se conceba poder ela penetrar em corpos de animais. Um iogue hindu pode dominar a sua mente a tal ponto, que a projeta de seu corpo e pode fazê-la penetrar numa pedra, num animal, no que desejar, enfim. É o que eles chamam de fazer

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“samyama”, e, por essa prática, adquirem-se os mais fantásticos poderes sobrenaturais. Entretanto, a passagem da alma humana para o corpo de um animal, como podemos imaginar facilmente, não é um fenômeno natural dentro da evolução. Se os homens não se animalizassem tanto no espaço de uma vida, jamais, a alma humana teria necessidade de passar para o corpo de um animal. Entretanto, se conseguiu identificar-se tanto com um animal, nada mais lógico do que

essa alma, pela lei da auto-gravitação dos semelhantes, acabe sendo atraída para a espécie animal com quem mais teve afinidade. É através das reencarnações sucessivas que as almas vão evoluindo, libertando-se do Karma e fazendo brotar os seus princípios superiores, até então, apenas, embrionários.

*Extraída da Revista Dhâranâ nº 33 – 1970/77 – órgão oficial de divulgação da Sociedade Brasileira de Eubiose.

REFLEXÕESA MORTE DE CADA D IA

Autor ignorado um artigo muito interessante, Paulo Angelim, arquiteto, pós-graduado em Marketing, dizia, mais ou menos, o seguinte: "Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte, apenas, à

ausência de vida, e isso é um erro. NN

Existem outros tipos de morte, e precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio!

A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro. Se você quer ser um bom universitário, mate, dentro de você, o secundarista aéreo, que acha que, ainda, tem muito tempo pela frente. Quer ser um bom profissional? Então, mate, dentro de você o universitário descomprometido, que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. Caso queira um bom relacionamento, então, mate, dentro de você, o jovem inseguro ou ciumento ou o solteiro solto, que pensa poder fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém.

Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior. E, qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, prejudicando nosso sucesso.

Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos

"infantilizados". Precisamos manter as virtudes de criança que, também, são necessárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, etc.

Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, para que nasça o ser que você tanto deseja ser ? Pense nisso e morra! Mas, não esqueça de nascer melhor ainda!

Matéria disponibilizada na Internet pelo pelo Irmão Amaro Peixoto.

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Boas Dicasossa dica é visitar o site administrado pelo nosso Irmão Kennyo Ismail, “No Esquadro – Derrubando Mitos na Maçonaria”. Cliquem no link http://www.noesquadro.com.br e desfrute de matérias muito bem elaboradas! NN

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Um trabalho único e ousado, já que pouquíssimos autores ousaram adentrar nessa linha de pesquisa que, com certeza, vai de encontro a “verdade” imposta pelo Vaticano!

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rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, gratuitamente, via Internet, hoje, para 24.000 e-mails de

Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “Quarto de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho!

AAEditor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33ºRevisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ - 33º Colaboradores nesta edição: José Valdecir de Souza Martins – Roberto de Queiroz – Walter T. AndradeContatos: MSN - [email protected] / E-mail – [email protected] / Skype – francisco.feitosa.da.fonseca / (35) 3331-1288 / 8806-7175

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