nesta - apm rede mut€¦ · da saúde e da prevenção da do-ença, da inovação e humanização...
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relação, que é a imagem de mar-
ca do próprio mutualismo, e que
muito contribui para a sustentabi-
lidade do sistema de saúde.
A enorme tradição na área da
saúde, que antecipa o próprio
Estado Social, coloca as mutuali-
dades como atores privilegiados
nas mudanças que o sistema de
saúde tem que operar, designa-
damente no campo da promoção
da saúde e da prevenção da do-
ença, da inovação e humanização
dos cuidados à população idosa,
do combate ao isolamento e à
iliteracia em saúde.
O encerramento da jornada, com
o tema “Mutualismo, um parceiro
para a saúde em Portugal”, foi
efetuado pelo Presidente do CA
da RedeMut, José Luís Ferreira,
e pelo Coordenador da Reforma
do SNS na área dos cuidados
hospitalares, Fernando Regateiro,
em representação do Ministro da
Saúde, tendo sido enfatizado o
papel agregador da RedeMut,
que permite às associações mu-
tualistas ganhar escala, facilitan-
do o investimento, contribuindo
para uma gestão mais eficiente e
consequentemente para a susten-
tabilidade das instituições e uma
melhor resposta integrada com o
SNS.
“O desenvolvimento e redefinição
do SNS devem ser realizados
com base no mapeamento sério
do território para que se possa
identificar com rigor os cuidados
de saúde de proximidade que são
prestados pelas Entidades da
Economia Social e integra-los na
estratégia de expansão”, referiu
José Luís Ferreira no encerra-
mento do Dia Nacional do Mutua-
lismo.
A RedeMut – Associação Portu-
guesa de Mutualidades promo-
veu, no passado dia 25 de outubro,
no auditório Dr. António Costa Leal,
em Lisboa, o Dia Nacional do
Mutualismo.
Esta Rede, congregando 21
associações mutualistas e cerca de
800 mil associados mutualistas,
pretendeu, neste dia evocativo da
outonal “arrancada” coimbrã, reafir-
mar a vitalidade das respostas
mutualistas e assumir-se parceira
ativa na construção de uma prote-
ção social integrada.
O mutualismo constitui um exemplo
paradigmático de auto-organização
da sociedade civil, autónomo e sem
dependência financeira do Estado,
que cria valor económico e social,
contribuindo, assim, para a constru-
ção de um modelo social mais justo
e solidário, que tem que ser promo-
vido junto de toda a sociedade.
O Dia Nacional do Mutualismo
2016 contou com a presença de
115 participantes, reunindo especi-
alistas nacionais e estrangeiros,
responsáveis públicos e parceiros
do sector da Economia Social,
dirigentes e técnicos de associa-
ções mutualistas, que participaram
e discutiram ativamente as grandes
questões de natureza estratégica
que preocupam o sector ao nível
das respostas complementares de
previdência e de saúde.
A sessão foi aberta pelo Presidente
da Mesa da Assembleia Geral da
RedeMut, Joaquim Rocha, e pelo
Vereador dos Direitos Sociais da
CML, João Afonso, que valorizou o
papel das Associações Mutualis-
tas, referindo que “as instituições
que pautam a sua atuação pelos
valores solidários devem ser acari-
nhadas. O Estado tem a obrigação
de criar as condições necessárias
ao seu funcionamento e potencia-
mento, pois concorrem para a
coesão social, para o interesse da
Polis, para o primado das pessoas
e dos objetivos sociais”
O painel que se seguiu, subordina-
do ao tema, “Mutualismo e prote-
ção social no século XXI” concluiu
ser urgente o reconhecimento
do movimento mutualista por
parte dos governantes nacionais e
europeus, porque um movimento
que protege, na Europa, 230 mi-
lhões de pessoas, que assenta na
participação, solidariedade e proxi-
midade do cidadão e que promove
a coesão social, não pode conti-
nuar a ser ignorado pelos deciso-
res políticos, seja em Bruxelas ou
em Lisboa.
À tarde, no âmbito do painel com o
tema “A complementaridade do
sector mutualista na sustentabili-
dade do Sistema Nacional de Saú-
de”, salientou-se que a ação das
mutualidades é feita do esforço de
cidadania dos seus associados o
que implica uma humanização da
N E S T A
E D I Ç Ã O :
A RedeMut
1
Destaques
Legislativos
Alterações legislati-
vas para o sector
social
2
Atualidades
Telesaúde e nova
App para o cidadão
2
Barómetro Social
Empobrecimento
dos Portugueses
3
Agenda 3
A Saber
Campanha de Vaci-
nação contra a gripe
3
A Nossa Rede
Montepio Abrantino
“Soares Mendes” -
4
Artigo de opinião
O mutualismo à
procura da demo-
cracia
O número de
portugueses pobres
aumentou entre 2009 e
2014 para 2,02 milhões
de pessoas, ou seja,
mais 116 mil pessoas do
que em 2009. Este
número significa que um
em cada cinco
portugueses vive com
um rendimento mensal
abaixo de 422 euros.
Fonte: Fundação Francisco
Manuel dos Santos
Legis - A RedeMut
informa...
Foi publicado, ontem, em Diário
da Republica, o Decreto-Lei
n.º 68/2016, de 3 de novembro,
que estabeleceu duas impor-
tantes alterações a diplomas
legais de interesse para o sec-
tor social.
Por um lado, este diploma legal
alterou a composição do Con-
selho de Gestão do Fundo de
Reestruturação do Sector
Solidário (FRSS) criado pelo
Decreto-Lei n.º 165-A/2013, de
23 de dezembro, com vista a
apoiar a reestruturação e a
sustentabilidade económica e
financeira das Instituições Parti-
culares de Solidariedade Social
e equiparadas, permitindo a
manutenção do regular funcio-
namento e desenvolvimento
das respostas e serviços soci-
ais que estas entidades pres-
tam. O FRSS passa, assim, a
ser gerido por uma estrutura
com composição paritária
integrando, para além dos
membros que já a compo-
nham, um representante do
Instituto da Segurança Social,
I.P., que exerce funções de
vice-presidente e um repre-
sentante da Direção Geral da
Segurança Social.
Por outro lado, o mesmo di-
ploma legal (Decreto-Lei n.º
68/2016) altera a composição
da Comissão Permanente
do Sector Social e Solidário,
órgão nacional, instituído pelo
Decreto-Lei n.º 120/2015, de
30 de junho, com competência
de concertação estratégica e
ao qual compete emitir pare-
ceres e apresentar propostas
e recomendações sobre obje-
tivos em que aquela deve
assentar, sobre a execução
das medidas previstas no
compromisso de cooperação
anual firmado entre o Estado
e as entidades representativas
das Instituições de Solidarie-
dade Social, bem como sobre
a operacionalização dos ins-
trumentos de cooperação.
Passam a fazer parte desta
Comissão um membro do
Governo responsável pela
área das finanças e um repre-
sentante da Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa.
tes, com os estabelecimentos
prisionais e centros educativos
a definir por despacho dos
membros do Governo respon-
sáveis pelas áreas das finan-
ças, da justiça e da saúde”.
Existirá ainda “uma unidade de
teleformação para o SNS, que
corresponde ao recurso aos
serviços partilhados de telefor-
mação a fornecer pela SPMS,
em articulação com as entida-
des interessadas e capacita-
das do SNS e do meio acadé-
mico”.
MySNS – A App para o Cida-
dão
MySNS é o nome da nova
aplicação móvel que permite
aceder, de forma fácil e intuiti-
va, aos serviços digitais da
saúde nos dispositivos móveis.
Para acompanhar o progresso
tecnológico foi desenvolvida
uma nova ferramenta comuni-
cacional, que agrega toda a
informação de saúde e dispo-
nibiliza um vasto conjunto de
serviços e informações úteis
para o utente, acessíveis em
qualquer lugar.
Esta primeira versão permite
O Governo cria Centro Naci-
onal de TeleSaúde
O Governo criou o Centro Na-
cional de TeleSaúde (CNTS),
que visa reforçar a estratégia
nacional para a promoção da
telemedicina e promover a
utilização das tecnologias de
informação e comunicação,
como parte da reforma dos
cuidados de saúde.
De acordo com uma Resolu-
ção do Conselho de Ministros,
publicada no dia 26 de Outu-
bro em Diário da República,
fará parte do CNTS uma uni-
dade coordenadora central
que funciona no seio dos Ser-
viços Partilhados do Ministério
da Saúde.
Deste novo serviço farão parte
“unidades temáticas de presta-
ção de cuidados de telesaúde
em articulação com unidades
prestadoras de cuidados de
saúde do Serviço Nacional de
Saúde (SNS)”.
Estas unidades ainda serão
definidas por despacho do
membro do Governo respon-
sável pela área da saúde e, na
medida das condições existen-
acompanhar as notícias do
SNS, aceder a informações
úteis para o utente e receber
notificações gerais, incluindo
questões de saúde pública.
Disponibilizamos, ainda, um
acesso rápido à Linha de Saú-
de 24 onde, diariamente, po-
derá contactar com Profissio-
nais de Saúde qualificados e
habilitados, que fornecem os
melhores conselhos sobre a
forma de lidar com a sua situa-
ção de saúde, em particular.
Nas próximas versões, será
possível receber notificações
personalizadas, tendo em con-
ta a sua idade e sexo, assim
como o acesso a mais infor-
mação útil e relevante.
Brevemente, será disponibili-
zada a CeS – Carteira eletróni-
ca da Saúde, uma app da fa-
mília MySNS, que o irá aproxi-
mar, ainda mais, do SNS.
As apps da família MySNS são
desenvolvidas pela SPMS ou
por instituições do SNS.
Descarregue a nova aplicação
através dos seguintes links:
IOS
ANDROID
Lamentavelmente, e não obstan-
te diversas solicitações efetua-
das, a RedeMut não foi incluída
nesta alteração legislativa como
podia, e devia, ter sido, conside-
rando a sua dimensão represen-
tativa do setor mutualista.
Um estudo da Fundação Francis-
co Manuel dos Santos conclui
que as famílias mais pobres foram
as que mais sofreram com a crise.
Nos anos da crise (2009 a 2014),
os portugueses perderam em
média 116 euros mensais, uma
quebra que afetou especialmente
as famílias mais pobres, com
quase um terço dos trabalhadores
por conta de outrem a ganhar me-
nos de 700 euros mensais.
Os números indicam que de 2009 a
2014 os rendimentos dos portugue-
ses tiveram uma quebra de 12%
(116 euros por mês), mas mostram
também que os 10% mais pobres
perderam 25% por cento do rendi-
mento enquanto os 10% mais ricos
apenas perderam 13%.
E a crise afetou sobretudo os mais
jovens: "Os jovens com menos de
25 anos sentiram uma perda de
29% nos seus rendimentos, acima
da perda média de rendimentos
para o conjunto de todos os portu-
gueses".
Nos anos da crise foram também os
que têm mais alta formação acadé-
mica quem mais perdeu. Especifi-
cam os dados que a perda de rendi-
mento para quem tem formação
superior foi de 20%, enquanto para
quem tem o 6.º ano ou menos foi de
13%. Mas os primeiros têm por
norma um rendimento duas vezes
acima dos que só fizeram o 6.º ano.
Os trabalhadores que entraram em
2012 viram a sua remuneração
baixar 11% em relação aos que
saíram em 2011. Em 2009 um em
cada cinco trabalhadores por conta
Esta campanha vai decorrer durante todo o
outono e inverno e a vacina é igualmente
gratuita para as pessoas vulneráveis resi-
dentes ou internadas em instituições, sem
necessidade de receita médica ou de pa-
gamento de taxa moderadora.
As vacinas gratuitas foram selecionadas
em concurso e são de marcas comerciais
que também estarão disponíveis em farmá-
cias, mediante receita médica e com com-
participação.
Quanto às receitas médicas nas quais seja
Campanha de vacinação contra a gripe
A campanha da vacinação contra a gripe
arrancou no início de outubro, sendo gra-
tuita para cidadãos com 65 e mais anos de
idade, informou a Direção-Geral da Saúde
(DGS).
A DGS informa que o Serviço que o Servi-
ço Nacional de Saúde (SNS) tem cerca de
1,2 milhões de doses de vacinas para
distribuição gratuita, para além das
existentes nas farmácias.
prescrita, exclusivamente, a vacina contra
a gripe, emitidas a partir de 1 de julho de
2016, são válidas até 31 de dezembro de
2016.
A Web Summit vai decorrer entre 8
e 10 de novembro no MEO Arena e
na FIL, em Lisboa. São esperados
mais de 50 mil participantes de
mais de 150 países, incluindo mais
de 20 mil empresas, 7 mil líderes
de empresas e 2 mil jornalistas
internacionais. link
de outrem recebia por mês menos
de 700 euros, em 2014 já era
quase um em cada três.
Com tudo isto, dizem os números,
8% dos trabalhadores por conta
de outrem vivia há dois anos abai-
xo do limiar da pobreza, os mais
jovens perderam quase um terço
dos rendimentos e em termos
gerais os salários dos homens
caíram 1,5% entre 2009 e 2014 e
o das mulheres 10,5%.
No mesmo período, o número de
pobres aumentou em 116 mil
(para 2,02 milhões), com um quar-
to das crianças e 10,7% dos traba-
lhadores a viverem abaixo do
limiar da pobreza (6,3 % em priva-
ção material severa). E hoje um
em cada cinco portugueses vive
com um rendimento mensal abai-
xo de 422 euros.
A 15 de setembro de 1856, em Abrantes, em casa de António Alves da Luz, reuniu-se um grupo
de dezoito abrantinos, “burgueses de boa têmpera”. Na reunião, organizada por iniciativa de
Miguel Fialho de Castro, estudante em Coimbra, de 28 anos, defensor das ideias mutualistas
“que estavam então na moda”, este propôs que se formasse “uma sociedade com o fim de so-
correr os sócios que fizessem parte da mesma”. Aquela que começou por se intitular Sociedade Filantrópica Abrantina, integrou
-se num vasto movimento nacional de fundação de associações de socorros mútuos, muitas das quais intituladas montepios.
Denominada Montepio Abrantino Soares Mendes a partir de 1931, a associação sofreu os efeitos da política salazarista, que, ao
pretender generalizar o sistema corporativo, limitou a ação dos organismos assistenciais exteriores ao Estado, nomeadamente
das associações de socorros mútuos. O Montepio, para fazer face a esta conjuntura, respondeu da única forma possível, ou
seja, através da qualidade dos serviços que prestava aos seus associados. Com dois médicos de reconhecido mérito ao seu
serviço, o Dr. Santana Maia e o Dr. Manuel Fernandes (homenageados em 1968), o Montepio resistiu e conseguiu mesmo ga-
nhar novo fôlego.
Aderente do Cartão RedeMut—Serviço de Assistência Médica Domiciliária Noturna
Sede Social: Largo José Avelar Machado, 51—1º
2200-358 Abrantes
Telf.: 241 362 414
Email: [email protected]
tualidades.
E sim, porque, esta organiza-
ção, em si uma mutualidade de
segundo grau, nascida com
integral legitimidade, não lhe vê
abertos os caminhos do reco-
nhecimento institucional a que
tem direito…
Será por imobilismo das entida-
des públicas, a quem tal reco-
nhecimento compete (?) ou por
questionáveis comportamentos
ditados por nefastos interesses
político-partidários, que ditam
antidemocráticas regras no seio
de organizações, governamen-
tais e outras, e que se dizem,
elas próprias, legitimadas pelo
funcionamento democrático de
um Estado?
Sejamos claros.
A RedeMut – Associação Portu-
guesa de Mutualidades que
representa, como se disse, cer-
ca de 80% dos associados indi-
viduais mutualistas deste país e
que, não sendo o mais relevan-
te, representa uma dimensão
económica e financeira do sec-
tor acima dos 90% do total, que
pretende desenvolver um legiti-
mo e justificado papel de interlo-
cutor nos sectores complemen-
tares da saúde e segurança
O mutualismo à procura da
democracia
Vai alta a lua! Na mansão da
morte … ou, parafraseando
Soares de Passos, vai agoni-
zando a democracia … na man-
são mutualista!...
Sim, porque o sector mutualista,
em Portugal, que representará,
diretamente, cerca de um mi-
lhão de portugueses, caminha
para agonia democrática… con-
sentidamente?!...
Sim, porque um grupo de asso-
ciações mutualistas, que repre-
sentam cerca de 80% desse
número de cidadãos, descon-
tente com o rumo da duvidosa
democracia que seguia a única
organização que a todas repre-
sentava, a nível nacional, deli-
berou assumir o seu próprio
futuro criando uma nova organi-
zação, de seu nome RedeMut –
Associação Portuguesa de Mu-
social foi já ouvida, recebida,
pelas mais diferentes entidades
públicas. Reconhecida? Nem
por isso!..
Requereu a sua admissão como
membro da Cooperativa António
Sérgio para o Sector Social -
CASES, organismo de cúpula
para o sector da Economia Soci-
al em Portugal; requereu a sua
admissão (reconhecimento)
como membro do Conselho
Nacional para a Economia Soci-
al; solicitou a sua integração na
Comissão Permanente do Sec-
tor Solidário, com vista à negoci-
ação com o Governo do Com-
promisso de Cooperação.
Requereu, solicitou, pediu, há
muito meses, aquilo a que de-
mocrática e legitimamente tem
inegável direito…
E o que obteve? Um silêncio
profundo que até parece humi-
lhante!
Até parece que no seio de um
sector, o mutualista, onde um
princípio fundamental da organi-
zação é a democraticidade, e,
onde, o que conta, ou deveria
contar, é “um homem, um voto”,
quem deveria dar o exemplo do
reconhecimento dessa demo-
craticidade, justificando a sua
própria em critérios democráticos,
nega a dos outros e, assim fazen-
do, negando a própria…
Estamos mal … nesta democra-
cia agonizante!...
Mas porque as mutualidades são
antigas de séculos, e já atraves-
saram ventos, tempestades e
regimes diversos, cabe-nos hon-
rar o nosso legado histórico e
cumprir o presente para garantir o
futuro.
A RedeMut, fiel a si própria, conti-
nuará a pugnar pela defesa dos
fins, valores e princípios que,
histórica e tradicionalmente, re-
gem as associações mutualistas:
a sua essencial função de com-
plementaridade relativamente aos
sistemas públicos de saúde e
segurança social. E, para o deba-
ter, celebrará no próximo dia 25
de Outubro, o Dia Nacional do
Mutualismo, com um debate sério
e estruturado, não sobre a demo-
cracia, mas sobre o papel e a
função dessa complementarida-
de.
Fiel a si própria.
Pedro Bleck da Silva
Artigo de opinião publicado no
jornal expresso de 24 de out