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Negros na América Latina Professor Yan Navarro.

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Negros na América Latina

Professor Yan Navarro.

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Diáspora Africana• Migração forçada África para a América.• Fenômeno sociocultural e histórico que ocorreu em

países africanos devido à imigração forçada, para fins escravagistas mercantis, até o final do século XIX.

• No total de 514 milhões de pessoas da América Latina e o Caribe, os 119 milhões de afro­descendentes representam o 23% da população.

• Brasil representa o país com maior população negra em termos absolutos da América Latina e o Caribe.

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Quilombo• Os africanos negros deportados e seus

descendentes conseguiram através de diversas formas de luta, abertas ou encobertas, construir espaços fora do sistema dominante, no espaço rural e urbano.

• O espaço de vida livre, compreende as comunidades negras rurais conhecidas no Brasil como quilombos, denominadas cumbes na Venezuela, palenques em Cuba e na Colômbia, e freevillages na Jamaica.

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Quilombo

• Na língua Banto significa Povoação.• A primeira significação da palavra de origem

africana em terras brasileiras partiu de um documento emitido pelo Governo Português em 1740, que definia quilombo como: “toda a habitação de negros fugidos, que passam de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham nem se achem pilões nele”.

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Quilombos• Na historiografia atual o conceito clássico é

contestado.• Não houve quilombo apenas em áreas

distantes, eles também existiram em áreas próximas de fazendas e até mesmo no interior das mesmas em épocas de grandes crises econômicas;

• Não houve quilombos só em lugares despovoados, houve também nos arredores de vilas e nas zonas rurais próximas delas.

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Quilombo• Não houve quilombos apenas em terras

abandonadas, existiu igualmente em propriedades legalmente compradas, recebidas em heranças e doações, em pagamentos de serviços prestados ao Estado, acabaram por tornarem­se refúgios para aqueles que nada mais possuíam, freqüentemente congregando livres, libertos e escravos. Característica essa que estendeu o sentido de quilombo, como comunidade rural habitada pela população africana e afro­descendente com vistas à sobrevivência, para além dos tempos do cativeiro.

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Quilombo• Não houve quilombos formados apenas por

negros, houve quilombos que também possuíam índios, pardos, mulatos e até brancos das camadas oprimidas.

• Não houve quilombos formados somente por negros fugitivos, também por índio fugitivos e muitos quilombos foram formados por ex­escravos após a libertação da escravidão.

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Na América Latina: Haiti• No inicio do século XIX (1804), este país fez sua

revolução. Liderados por Toussaint L´Ouverture venceram o mais poderoso exército da época, e expulsaram os franceses que exploravam as terras, as águas, os minérios e dominavam toda a população negra e nativa pobre. A mesma França, que na Europa, lutava em defesa das idéias de “liberté, igualité, fraternité”, e que inspiraram os revolucionários haitianos, mantinha enormes latifúndios, escravidão, exploração e opressão em sua colônia caribenha.

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Haiti• Tal contradição, pela rebeldia e luta do povo

haitiano, gerou uma revolução negra, popular, anti­escravagista e anti­colonialista, constituindo­se no primeiro país independente da América Latina.

• Portanto, radicalmente diferente da maioria das independências que seguiram.

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Haiti• A destruição da revolução deveria servir

de exemplo ao inculcar medo e servir de aviso para os demais explorados e dominados em todo o continente e demais colônias.

• É o país mais pobre da América Latina e contrasta com a vizinha Repúblicana Dominicana por diferentes razões:

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Algumas razões para o atraso do Haiti.

• A revolução do Haiti expulsou a parcela de maior instrução da população(que fugiu dos escravos em revolta) e o novo país nasceu com pesada indenização de guerra com a França, a ex-metrópole colonial, que só terminou de ser paga no século XX, e mesmo assim às custas de novas dívidas externas. Foi uma transição bem diferente do que aquela realizada pelos EUA, Brasil ou pela América Espanhola, onde as independências foram conduzidas pelas elites locais.

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• As constantes invasões militares estrangeiras (França, Estados Unidos) e os impactos dos embargos econômicos. As sanções da década de 1990, por exemplo, danificaram bastante a indústria têxtil que ascendia como principal alternativa comercial do país.

• A língua créole falada no Haiti funcionou como um elemento de isolamento internacional, por não ser um idioma de uso difundido, como o inglês ou o espanhol.

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• Na era colonial, a especialização econômica no açúcar criou uma dependência perversa desse produto, que requer uma escala de produção muito ampla (latifúndios) para ser rentável e com freqüência resulta em relações de trabalho coercitivo análogas à escravidão. Mesmo depois da independência, o poder permaneceu nas mãos de uma reduzida elite de proprietários, que tem se mantido no controle do país desde o início do século XIX, transformando o Estado numa estrutura mafiosa.

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• O descaso com o Meio Ambiente, tornando o Haiti um dos países mais desmatados do planeta, com sérios impactos para a produtividade agrícola. Novamente, há forte constraste com a vizinha República Dominicana.

• A ajuda externa é fundamental. Mas como? Dar mais voz aos haitianos que vivem em outros países.

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Fronteira Haiti e República Dominicana.

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Haiti x Rep. Dominicana

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Terremoto Haiti 2010

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Terremoto Haiti 2010

• 200 mil mortes: 2% da população/

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Terremoto Haiti 2010• O terremoto de magnitude 7 que matou cerca de 200

mil haitianos no início deste ano não foi causado por deslocamento na falha geológica de Enriquillo­Plantain Garden. A verdadeira causa foi o colapso de múltiplas falhas, sendo que uma delas, mais profunda, nem era conhecida pelos geólogos. A falha de Enriquillo é a “fronteira” entre a placa tectônica do Caribe e a placa Norte­Americana.

• A crosta da Terra é constituída por cerca de uma dúzia de grandes placas tectônicas (ou litosféricas), delimitadas por grandes falhas e profundas fossas oceânicas.

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Terremoto Haiti 2010• O movimento da camada mais externa da Terra,

mesmo que sejam só poucos centímetros por ano, produz tensões que vão se acumulando em vários pontos. Os terremotos são efeitos desse processo geológico de acúmulo lento e liberação rápida de tensões entre as placas, quando as rochas atingem o limite de resistência e ocorre uma ruptura. O tamanho da área de ruptura determina a intensidade do evento.

• Como o terremoto no Haiti, como agora se sabe, não envolveu deslizamento perto da superfície, mas na recém­descoberta “falha de Léogâne”, mais profunda, o estudo sugere que o tremor não liberou toda a tensão geológica acumulada nos últimos dois séculos.

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Deformações de terreno em Léogâne, oeste da capital haitiana Porto Príncipe

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Negros na AL atualmente.

• Os negros ganham menos que os brancos.• As mulheres ganham menos que os homens.• As mulheres negras ganham menos que os

homens negros.• Em 2007, taxa de desocupação entre

mulheres negras chegava a 12,4%.Mulheres negras recebem 34% do rendimento médio de homens brancos.

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Negras na AL• “As discriminações raciais somadas às de gênero

são eixos estruturantes das desigualdades sociais no país e América Latina”, afirma a gerente de programas da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, Júnia Puglia. “As mulheres negras sofrem com a dupla desigualdade.”

• Para garantir equidade racial é necessário investir em ações inclusivas, de acordo com a ONU. “Quando uma parcela da população não está matriculada na escola, as estratégias para buscá­la deverão ser diferentes. São crianças de comunidades quilombolas e indígenas, para as quais a escola não chega”.

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Atividade

1­ Explique o que foi a chamada diáspora africana.2­ Explique os motivos que levaram o Haiti a uma

situação de grave contraste com a República Dominicana.

3­ Explique as causas do terremoto que atingiu o Haiti em 2010.

4­ Explique que problemas as Mulheres negras enfrentam para se inserirem no mercado de trabalho do Brasil.