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NEEJA NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CULTURA POPULAR CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO APOSTILA DE BIOLOGIA ENSINO MÉDIO Módulo 8 PROFESSOR: LUIZ PATATT

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NEEJA – NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS CULTURA POPULAR

CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO

APOSTILA DE BIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

Módulo 8

PROFESSOR: LUIZ PATATT

CITOLOGIA

Citologia é a Ciência que estuda as células, estruturas que compõe os órgãos e tecidos dos

seres vivos. Célula: é a menor unidade estrutural básica do ser vivo. Foi descoberta em 1667

pelo inglês Robert Hooke, que observa uma célula de cortiça (tecido vegetal morto) usando o

microscópio. Pouco depois, comprova-se que todas as células de um mesmo organismo têm o

mesmo número de cromossomos. Este número é característico de cada espécie animal ou

vegetal e responsável pela transmissão dos caracteres hereditários. O corpo humano tem cerca

de 100 trilhões de células.

Célula Animal

Membrana: Formada por uma dupla camada de fosfolipídios, bem como por proteínas

espaçadas e que podem atravessar de um lado a outro da membrana. Algumas proteínas estão

associadas a glicídios, formando as glicoproteínas. Controla a entrada e a saída de

substâncias.

Fosfolipídios - fosfato (PO4-3) associado a lipídios(gorduras). São os principais componentes

das: Membranas Celulares. A região do fosfato("cabeça") se encontra eletricamente carregada

(região polar) enquanto que as duas cadeias de ácidos graxos(pertencentes ao lipídio)não

apresentam carga elétrica (região apolar).

Glicoproteínas: associação de proteínas com glicídios (açúcares) presentes nas células

animais em geral. Os glicídios recobrem as células como "pêlos" protegendo-as contra

agressões do meio ambiente e retendo substâncias, como nutrientes e enzimas, constituindo o

glicocálix.

Lisossomos: estrutura que apresenta enzimas digestivas capazes de digerir um grande número

de produtos orgânicos. Realiza a digestão intracelular. Apresenta-se de 3 formas: lisossomo

primário que contém apenas enzimas digestivas em seu interior, lisossomo secundário ou

vacúolo digestivo que resulta da fusão de um lisossomo primário e um fagossomos ou

pinossomos e o lisossomo terciário ou residual que contém apenas sobras da digestão

intracelular.

Retículo endoplasmático (RE): atua como transportador e armazenador de substâncias. Há

duas formas: O R.E. liso, onde há a produção de lipídios, e o R.E. rugoso, onde se encontram

aderidos a sua superfície externa os ribossomos, sendo local de produção de proteínas, as

quais serão transportadas internamente para o Complexo de Golgi. Como origin-se na

membrana plasmática, apresenta também na sua constituição lipídios e proteínas. Além das

funções já citadas atua também aumentando a superfície interna da célula.

RIBOSSOMOS

São grânulos de ribonucleoproteínas produzidos a partir dos nucléolos. A função dos

ribossomos é a síntese protéica pela união de aminoácidos, em processo controlado pelo

DNA. O RNA descreve a seqüência dos aminoácidos da proteína. Eles realizam essa função

estando no hialoplasma ou preso a membrana do retículo endoplasmático. Quando os

ribossomos encontram-se no hialoplasma, unidos pelo RNAm, e só assim são funcionais,

denominam-se POLISSOMOS.

Mitocôndria: Organela citoplasmática formada por duas membranas lipoprotéicas, sendo a

interna formada por pregas. O interior é preenchido por um líquido denso, denominado matriz

mitocondrial. Dentro delas se realiza o processo de extração de energia dos alimentos

(respiração celular) que será armazenada em moléculas de ATP (adenosina trifosfato). É o

ATP que fornece energia necessária para as reações químicas celulares. Apresenta forma de

bastonete ou esférica. POssuem DNA, RNA e ribossomos próprios, tendo asim capacidade de

autoduplicar-se.

Quanto maior a tividade metabólica da célula, maior será quantidade de mitocôndrias em seu

interior. Apresentam capacidade de movimentação, concentrando-se assim nas regiões da

célula com maior necessidade energética. Alguns cientista terem sido "procariontes"que

passaram a viver simbioticamente no interior das células no início evolutivo da vida.

É importante nos glóbulos brancos e de modo geral para a célula já que digere as partes desta

(autofagia) que serão substituídas por outras mais novas, o que ocorre com freqüência em

nossas células. Realiza também a autólise e histólise (destruição de um tecido) como o que

pode ser observado na regressão da cauda dos girinos. originam-se no Complexo de Golgi.

Complexo de Golgi: são bolsas membranosas e achatadas, que podem armazenar e

transformar substâncias que chegam via retículo endoplasmático; podem também eliminar

substâncias produzidas pela célula, mas que irão atuar fora dela (enzimas por exemplo).

Produzem ainda os lisossomos. É responsável pela formação do acrossomo do

espermatozóide, estrutura que contém hialuronidase que permite a fecundação do óvulo. Nos

vegetais denomina-se dictiossomo e é responsável pela formação da lamela média da parede

celulósica.

Centríolos: São estruturas cilíndricas, geralmente encontradas aos pares. Dão origem a cílios

e flagelos (menos os das bactérias), estando também relacionados com a formação do fuso

acromático observado durante a divisão celular. É uma estrutura muito reduzida, de dificil

observação ao M.O. Ao M.E. apresenta-se como uma formação de 9 jogos de 3 microtúbulos

dispostos em círculo, formando uma espécie de cilindro oco.

Peroxissomos: Acredita-se que eles têm como função proteger a célula contra altas

concentrações de oxigênio, que poderiam destruir moléculas importantes da célula. Os

peroxissomos do fígado e dos rins atuam na desintoxicação da célula, ao oxidar, por exemplo,

o álcool. Outro papel que os peroxissomos exercem é converter gorduras em glicose, para ser

usada na produção de energia.

CÉLULA VEGETAL

Cloroplasto: organela formada por duas membranas e por estruturas discóidais internas. É a

sede da fotossíntese, pois contém moléculas de clorofila que capturam a energia solar (luz-

fótons) e produzem moléculas como glicose que poderá ser utilizada pelas mitocôndrias para

a geração de energia na forma de ATP. Apresentam seu próprio DNA, RNA e ribossomos, a

exemplo do que acontece com as mitocôndrias. São encontrados com mais frequência nas

regiões do vegetal que mais expostas à luz - folhas e caules jovens.

Parede celulósica: constituída por celulose (polissacarídio) e também por glicoproteínas

(açúcar + proteína), hemicelulose (união de certos açúcares com 5 carbonos) e pectina

(polissacarídio). A celulose forma fibras, enquanto as outras constituem uma espécie de

cimento; juntas formam uma estrutura muito resistente.

Vacúolo de Suco Celular: Estrutura derivada do retículo endoplasmático que pode conter

líquidos e pigmentos, além de diversas outras substâncias. Está relacionado com

armazenamento e equilíbrio osmótico, sendo que sua membrana é denominada de Tonoplasto.

O tamanho do Vacúolo de suco celular pode ser associado à idade da célua, sendo que em

células envelhecidas chega a ocupar até 95% do volume celular.

Núcleo Celular

Uma das principais características da célula eucarionte é a presença de um núcleo de forma

variável, porém bem individualizado e separado do restante da célula.

Ao microscópio óptico o núcleo tem contorno nítido, sendo o seu interior preenchido por

elementos figurados. Dentre os elementos distingem-se o nucléolo e a cromatina.

Quando uma célula se divide, seu material nuclear (cromatina) perde a aparência

relativamente homogênea típica das células que não estão em divisão e condensa-se numa

serie de organelas em forma de bastão, denominadas cromossomos. Nas células somáticas

humanas são encontrados 46 cromosssomos.

Há dois tipos de divisão celular: mitose e meiose . A mitose é a divisão habitual das células

somáticas, pela qual o corpo cresce, se diferencia e realiza reparos. A divisão mitótica resulta

normalmente em duas células-filhas, cada uma com cromossomos e genes idênticos aos da

célula-mãe. A meiose ocorre somente nas células da linhagem germinativa e apenas uma vez

numa geração. Resulta na formação de células reprodutivas (gametas), cada uma das quais

tem apenas 23 cromossomos.

OS CROMOSSOMOS HUMANOS

Nas células somáticas humanas são encontrados 23 pares de cromossomos. Destes, 22 pares

são semelhantes em ambos os sexos e são denominados autossomos. O par restante

compreende os cromossomos sexuais, de morfologia diferente entre si, que recebem o nome

de X e Y. No sexo feminino existem dois cromossomos X e no masculino existem um

cromossomo X e um Y.

Cada espécie possui um conjunto cromossômico típico ( cariótipo ) em termos do número e da

morfologia dos cromossomos. O número de cromossomos das diversas espécies biológicas é

muito variável.

O estudo morfológico dos cromossomos mostrou que há dois exemplares idênticos de cada

em cada célula diplóide. Portanto, nos núcleos existem pares de cromossomos homólogos .

Denominamos n o número básico de cromossomos de uma espécie, portanto as células

diplóides apresentarão em seu núcleo 2 n cromossomos e as haplóides n cromossomos. Cada

cromossomo mitótico apresenta uma região estrangulada denominada centrômero ou

constrição primária que é um ponto de referência citológico básico dividindo os cromossomos

em dois braços: p (de petti) para o braço curto e q para o longo. Os braços são indicados pelo

número do cromossomo seguido de p ou q; por exemplo, 11p é o braço curto do cromossomo

Além da constrição primária descrita como centrômero, certos cromossomos apresentam

estreitamentos que aparecem sempre no mesmo lugar: São as constrições secundárias.

De acordo com a posição do centrômero, distinguem-se alguns tipos gerais de cromossomos:

Metacêntrico: Apresenta um centrômero mais ou menos central e braços de comprimentos

aproximadamente iguais.

Submetacêntrico: O centrômero é excêntrico e apresenta braços de comprimento nitidamente

diferentes.

Acrocêntrico: Apresenta centrômero próximo a uma extremidade.Os cromossomos

acrocêntricos humanos (13, 14, 15, 21, 22) têm pequenas massas de cromatina conhecidas

como satélites fixadas aos seus braços curtos por pedículos estreitos ou constrições

secundárias.

Telocêntrico: Apresenta o centrômero na extremidade, de modo que ocorre uma única

cromátide. Não ocorre na espécie humana.

CONSTITUIÇAO QUÍMICA DAS CÉLULAS

Todos os seres vivos possuem moléculas e elementos que são essenciais para a sua

composição e para o seu metabolismo. É uma grande variedade de substâncias orgânicas e

inorgânicas que fazem parte dessa composição. Aqui iremos conhecer um pouco dessas

substâncias.

SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS

Proteínas: presentes em todas as estruturas celulares. São formadas por aminoácidos e sua

presença é indispensável para o metabolismo do organismo. As proteínas formam as enzimas.

Vitaminas: podem ser hidrossolúveis (solúveis em água) ou lipossolúveis (solúveis em

lipídeos). São necessárias em pequenas quantidades pelo organismo, sua falta pode causar

doenças. As vitaminas são adquiridas por meio de uma alimentação variada.

Carboidratos ou Glicídios ou Açúcares: são fundamentais, pois dão energia às células e ao

organismo. São de três tipos: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Alguns têm

função estrutural, como celulose e quitina; e de reserva, como o amido e glicogênio.

Lipídios: insolúveis em água, atuam como reserva de energia, isolante térmico etc. São

classificados em glicerídeos, ceras, esteroides, fosfolipídios e carotenoides. Compõem

estruturas celulares.

Substâncias inorgânicas

Sais minerais: formados por íons. Algumas de suas funções são: formar o esqueleto,

participar da coagulação sanguínea, transmissão de impulsos nervosos. Sua falta pode afetar o

metabolismo e levar à morte.

Água: substância encontrada em maior quantidade nos seres vivos. Pode dissolver diversas

substâncias, por isso é classificada como solvente universal. No corpo humano.

DIVISÃO CELULAR: MITOSE E MEIOSE

A divisão celular é o processo no qual as células de um organismo passam ao longo de

toda a sua vida, da origem embrionária até o último segundo de vida. Existem dois tipos de

divisão celular, a mitose e a meiose.

MITOSE

A mitose é o tipo de divisão celular que ocorre desde a formação do embrião, até a morte do

organismo,originando duas células filhas idênticas à célula mãe. À partir da fecundação

(óvulo e espermatozoide) nunca mais nossas células param de realizar mitoses. A importância

da mitose é que ela proporciona o crescimento e desenvolvimento de nosso organismo, e

também atua repondo as células perdidas. As células sanguíneas (hemáceas ou eritrócitos) são

respostas a cada 90-120 dias, graças à divisão celular do tipo mitose.

A mitose se inicia à partir de uma célula 2n, também chamada de célula diplóide. Ou seja,

ela se inicia à partir de uma célula que possui o número total de cromossomos da espécie, no

nosso caso, possuímos 46 cromossomos (23 herdados do pai e 23 da mãe). Em seguida,

ocorre o período da intérfase, que antecede a divisão celular propriamente dita, período este

em que o material genético é duplicado.

O processo de mitose é contínuo, porém, para podermos entender melhor, dividimos este

processo em: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase.

Basicamente, na prófase inicia a "desorganização" do material genético, onde a cromatina

começa a se espiralizar, transformando-se em um cromossomo (com duas cromátides-irmãs).

Em seguida, o nucléolo desaparece, a carioteca se rompe, e os centríolos migram para os

pólos da célula.

O QUE É O MATERIAL GENÉTICO DE UMA CÉLULA (DNA).

Como Ocorrem Todas As Etapas Da Mitose:

DA METÁFASE À TELÓFASE

Após a prófase, temos as outras fases da mitose. Na Metáfase ocorre a espiralização máxima

e os cromossomos passam a ficar no centro da célula, no chamado plano equatorial, presos às

fibras do fuso. NaAnáfase, de acordo com o encurtamento das fibras do fuso, as cromátides-

irmãs migram para pólos opostos da célula. Por fim, na Telófase, as células-filhas 2n

(diplóides) são formadas, idênticas à célula-mãe, que deu origem ao processo. Nessa fase,

termina a divisão do núcleo (cariocinese) e inicia a distribuição equivalente do citoplasma

(citocinese). Por fim, nessa etapa os cromossomos desespiralizam, a carioteca e o nucléolo se

fazem presente.

MEIOSE

A meiose ocorre no processo de produção de gametas ou células sexuais

(espermatozoide e óvulo), que são haplóides ou n (possui metade do número de

cromossomos do indivíduo). No homem, os espermatozoides são produzidos à medida em que

são "usados", pois, durante a ejaculação, cerca de 300 milhões de células são eliminadas. Nas

mulheres, os óvulos já estão formados em seu ovário desde o seu nascimento. São cerca de

400 mil, mas, cerca de 1 óvulo é liberado por mês.

A meiose também é dividida em etapas, porém, essa divisão é dupla: na primeira

divisão, ocorrem a prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. Na segunda, a prófase II,

metáfase II, anáfase II e telófase II.

À grosso modo, o que difere principalmente a meiose da mitose, além desta ser

responsável pela produção de células haplóides, é o fato de que a Prófase I existem subfases:

leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.

ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

Funções Vitais - Nutrição e Digestão

- Respiração

- Excreção

- Circulação

Nutrição e Digestão

A nutrição é o meio pelo qual os sistemas vivos podem continuamente se reabastecer

dos seus combustíveis (alimentos). Os alimentos proporcionam ao organismo a energia

necessária para a execução de suas atividades.

Etapas da nutrição

Alimentação, digestão, desassimilação, dejeção ou defecação.

A alimentação se define como ato de receber no interior do organismo o alimento

proveniente do meio externo.

A digestão é todo um processo físico (mecânico) e químico, destinados a fragmentar

as partículas alimentares a fim de serem assimiladas e utilizadas pelas células.

Processos Físicos

Mastigação, deglutição e peristaltismo

Processos Químicos

Insalivação, quimificação e quilificação

O sistema digestivo humano tem como finalidade capturar, transportar e digerir os

alimentos, para depois absorver os nutrientes necessários.

O sistema digestivo compreende duas partes:

Tubo digestivo ---> boca, faringe, esôfago, estômago e intestinos (delgado e grosso)

Glândulas Anexas ----> Glândulas salivares, fígado e pâncreas

O sistema digestório (digestivo)

Nota. 1.boca; 2. faringe; 3. esôfago; 4. estômago; 5. intestino delgado; 6. intestino grosso; 7.

fígado; 8. Pâncreas.

Boca

É uma cavidade natural, forrada por uma mucosa. No interior da boca ocorre a mastigação e a

insalivação, constituindo o bolo alimentar.

Faringe

É um canal músculo membranoso que se comunica por uma extremidade com a boca, através

do istmo da garganta (orofaringe), e por outra, com o esôfago. A faringe, também se

comunica com as fossas nasais, por meio de orifícios chamados coanas (nasofaringe).

A faringe é considerada um órgão duplo, pois dá passagem tanto para o sistema digestivo

como para o respiratório.

Esôfago

É um conduto musculoso com aproximadamente 25 centímetros de comprimento, que une a

faringe ao estômago. Este conduto, realiza contrações involuntárias que conduzem o alimento

para o estômago. Essas contrações constituem o chamado peristaltismo.

A parte inferior do estômago se comunica ao estômago através da válvula cárdia.

Estômago

É uma dilatação do tubo digestivo, cuja finalidade é de armazenar alimentos e realizar

a digestão.

O estômago está localizado no abdome, logo abaixo do músculo diafragma e

encaixando-se a esquerda do fígado. Apresenta uma pequena curvatura superior (côncava) e

uma grande curvatura inferior (convexa). O estômago vazio mede de 15 - 20 centímetros de

comprimento por 12 - 15 centímetro de largura. Internamente, é revestido pela mucosa

gástrica, que possui glândulas que produzem o suco gástrico.

O estômago se comunica inferiormente com o intestino delgado (duodeno), através de

um músculo em forma de anel, denominado válvula piloro, que impede a passagem prematura

do alimento para o intestino.

Como órgão de absorção, o estômago transfere para o sangue apenas uma quantidade

de água, sais, açúcares álcool e algumas drogas.

Intestino delgado

É provavelmente o órgão mais importante da digestão. Nele se processa as principais

atividades de absorção das substâncias ingeridas com os alimentos.

Anatomicamente, o intestino delgado é um tubo com aproximadamente 6,5 metros de

comprimento e 3 - 5 centímetros de diâmetro, estando dividido em 2 partes: duodeno e jejuno

- íleo.

O duodeno compreende a primeira porção do intestino delgado, com o tamanho

aproximado de 12 centímetros de comprimento.

No duodeno desembocam dois canais:

- O do pâncreas, chamado de canal de Wirsung, que conduz o suco pancreático.

- O canal colédoco, que é uma união do canal hepático (fígado) com o cístico (vesícula biliar).

No jejuno - íleo ocorre a absorção do alimento através da mucosa entérica. Esta mucosa

possui projeções digitiformes, chamadas vilosidades intestinais.

O intestino delgado se comunica através da válvula íleo-cecal com o intestino grosso.

Intestino grosso

É um tubo que mede aproximadamente 1,70 metro de comprimento e 7 centímetros de

diâmetro, que começa na parte inferior direita do abdome. Este tubo está dividido em três

partes: ceco, colo e reto.

O ceco compreende a primeira porção do intestino grosso, onde encontramos uma

projeção com aproximadamente 5 centímetros de comprimento, o apêndice vermifirme.

O colo corresponde a parte maior do intestino grosso, onde ocorre a absorção de água e sais

minerais que não foram absorvidos no intestino delgado.

O reto é um anel cilíndrico com cerca de 15 centímetros de comprimento, cuja

abertura denomina-se ânus. Na parte terminal do reto (ânus) localiza-se um anel musculoso

denominado esfíncter anal, cujo relaxamento voluntário elimina as fezes.

As Glândulas Anexa

Glândulas Salivares

São três pares de glândulas localizadas na região da boca, que produzem a saliva, que é

importante da digestão, alem de umedecer os alimentos, auxiliando a mastigação.

-parótidas, situadas ao lado dos ouvidos (produz 25% da saliva)

-sublinguais, situadas debaixo da língua (produz 5% da saliva)

-submaxilares, situadas abaixo da mandíbula (produz 70% da saliva)

Pâncreas

Tem o formato de uma espiga de milho, disposto horizontalmente por trás do estômago. Mede

de 10 - 15 centímetros de comprimento e peso médio de 60 gramas, se estende do duodeno ao

baço.

No pâncreas encontramos conjunto de células que constituem as Ilhotas de Langerhans. Essas

células são chamadas de alfas (produzem o glucagon) e betas (produzem a insulina).

O glucagon promove no fígado a glicogenólise hepática, isto é, o desdobramento do

glicogênio em glicose. É um hormônio hiperglicemiante.

A insulina estimula a queima de glicose, controlando sua taxa no sangue. É um hormônio

hipoglicemiante. O pâncreas produz ainda o suco pancreático, importante na digestão.

Fígado

É a maior glândula do corpo humano, tendo no homem cerca de 1500 gramas, e está dividido

em dois lobos: direito (maior) e esquerdo (menor).

É considerado como o órgão que mais funções realiza no organismo, como:

- produção da bile (líquido amargo que contém bilirrubina)

- formação do glicogênio

- produção de células sanguíneas

- desintoxicante

Na parte inferior do fígado encontra-se a vesícula biliar, bolsa que serve para armazenar a

bile.

A Fisiologia da Digestão

Os alimentos são substâncias que ingerimos periodicamente, necessários a nossa

sobrevivência. Eles fornecem o material para o crescimento e a recuperação do organismo,

bem como energia para a execução das várias funções biológicas. Para serem aproveitados, os

alimentos necessitam de uma série de transformações, que denominamos digestão. Essas

transformações são ocasionadas pela ação dos sucos digestivos e suas enzimas.

Na saliva é encontrado o tiocianato de potássio, que tem ação bactericida. O ácido clorídrico

do suco gástrico abaixa o pH no estômago para 2,0, favorecendo a ação da pepsina.

O fígado produz um fermento chamado bile, que atua sobre o quimo, como uma espécie de

detergente, emulsificando a gordura, transformando-a em finíssimas gotículas, facilitando a

ação das lipáses. A bile não tem enzima e sim sais biliares (tauracolato e glicolato de sódio) e

bilerrubina.

SALIVA + ALIMENTO = BOLO ALIMENTAR

BOLO ALIMENTAR + SUCO GÁSTRICO = QUIMO (quimificação)

QUIMO + SUCO PANCREÁTICO + SUCO ENTÉRICO + BILE = QUILO (quilificação)

O quilo é o produto final da digestão, contendo substâncias capazes de serem absorvidas pelo

intestino delgado e passar à corrente sangüínea.

Monossacarídeos e aminoácidos são absorvidos pela parede intestinal e transportados pela

corrente sangüínea aos tecidos. A gordura é absorvida pelas paredes do intestino, indo para os

vasos linfáticos, encarregados de transportá-las à corrente sangüínea.

A química da digestão

Sucos

digestivos

Enzimas e outros

produtos

Alimentos que sofrem

ação

Saliva Amilase salivar amido

Suco gástrico HCl. pepsina e renina proteínas

Suco

pancreático

Amilase, Tripsina e

Lipase

Amido, lipídios e

dproteínas

Suco entérico

Erepsina. lipase,

maltase, sacarase e

lactase

amido, lipídio, proteína,

maltose e sacarose

Bile Bilirrubina e sais biliares Lipídios

Produto Final da Digestão

Proteínas = (estômago e duodeno) aminoácidos

Lipídios = (duodeno)glicerol e ácido graxos

Carboidratos = (boca e duodeno) Glicose, frutose e galactose

RESPIRAÇÃO

A respiração é um complexo processo bioquímico, pelo qual os seres vivos podem obter

energia desdobrando substâncias orgânicas ao nível celular. Além do nível celular, a

respiração ocorre ao nível de organismo.

A respiração ao nível celular, transcorre em parte no citoplasma celular (hialoplasma) e, em

outra parte, no interior das mitocôndrias. Através das reações de oxidação do metabolismo

celular, as moléculas de glicose e outros catabólitos são dissimilados e, com as quebras das

ligações das suas cadeias de carbono, elas liberam considerável quantidade de energia, que é

acumulada em moléculas de ATP (trifosfato de adenosina).

A obtenção de oxigênio pelo organismo a fim de atender às necessidades íntimas celulares já

é o que chamamos de respiração a nível de organismo.

O Sistema Respiratório Humano

- As vias respiratórias ----> Fossas nasais, faringe, laringe, traquéia e brônquios

- Pulmôes ----> bronquíolos e alvéolos pulmonares

O sistema respiratório

Fossa nasais

São dois condutos localizados na parte média da face, acima da cavidade bucal, separados por

um sépto cartilaginoso. As fossas nasais desembocam na faringe em uma região chamada

nasofaringe.

Internamente, as fossas nasais são revestidas por duas mucosas: a mucosa pituitária

respiratória (ricamente vascularizada) e a pituitária olfativa (rica em terminações nervosas),

responsáveis pela percepção do olfato.

As fossas nasais desempenham as seguintes funções:

- filtração do ar

- umedecer o ar

- aquecer o ar

- identificar os odores

Faringe (estudada no sistema digestivo)

Laringe

É um conduto situado na parte mediana do pescoço, que se comunica na parte superior com a

faringe através de um orifício chamado glote, orifício de passagem do ar durante a inspiração

e a expiração, a qual se fecha durante a deglutição por meio de uma lâmina cartilaginosa

chamada epiglote.

É na laringe que estão situadas as cordas vocais.

Traquéia

É um conduto musculoso com aproximadamente 12 centímetros de comprimento, reforçado

com anéis cartilaginosos. Superiormente, se comunica com a laringe e inferiormente se

bifurca, originando os brônquios.

Brônquios e bronquíolos

Os brônquios são dois tubos músculos cartilaginosos que penetram nos pulmões em uma

região chamada hilo- pulmonar. O brônquio direito é mais curto e se divide em três ramos,

que são os bronquíolos (lobar superior, lobar médio e lobar inferior); o brônquio esquerdo é

mais longo e se divide em dois ramos, também originando os broquíolos (lobar superior lobar

inferior).

Os brônquiolos se dividem várias vezes constituído a árvore brônquica, terminando em

microscópicas cavidades em forma de sacos, que são os alvéolos pulmonares.

Os alvéolos pulmonares realizam a hematose, ou seja, a troca gasosa entre os pulmões e os

vasos sangüíneos. Cada pulmão tem em média 750 milhões de alvéolos pulmonares.

Os alvéolos pulmonares

Pulmões

São dois órgãos esponjosos, localizados na caixa torácica, acima do músculo diafragma. Cada

pulmão mede aproximadamente 25 centímetros de comprimento (altura), com uma massa de

700 gramas.

O espaço entre os dois pulmões é chamado de mediastino, onde encontramos o coração,

traquéia, esôfago e timo.

Externamente, os pulmões são revestidos por uma membrana serosa chamada de pleura.

A FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO

O processo respiratório pode ser dividido em quatro etapas:

a) Ventilação pulmonar: consiste na entrada e saída do ar dos pulmões. Realiza-se através de

dois processos: a inspiração e a expiração.

A inspiração se faz por contrações dos músculos intercostais e diafragma, aumentando o

volume da caixa torácica. A expiração se faz pelo relaxamento dos músculos respiratórios.

b) As trocas gasosas: o ar que entra nos pulmões apresenta alta concentração de oxigênio

(21%) e baixa concentração de gás carbônico (0,03%). O ar que sais pela expiração

apresentam menor concentração de oxigênio (14%) e alta de gás carbônico (5%).

A troca gasosa no nível dos alvéolos pulmonares ocorre por difusão, que se dá através de duas

camadas celulares que separam os alvéolos do plasma, o epitélio pavimentoso dos alvéolos e

o endotélio que envolve os capilares que envolve o próprio alvéolo.

c) O transporte de gases: após a difusão, o oxigênio é transportado pelo sangue aos tecidos.

Cerca de 97% desse oxigênio combina-se quimicamente com a hemoglobina (oxiemoglobina)

e o 3% restante são dissolvidos no plasma.

Hb + 4O2 -----> Hb(O2)4

Quanto ao gás carbônico, ele é muito mais solúvel em água do que o oxigênio. Mesmo assim,

o sangue não teria condições de eliminar grandes concentrações de gás carbônico, nos

pulmões, transportando-o apenas sob a forma dissolvida no plasma.

O gás carbônico é transportado das seguintes maneiras:

- 64% sob a forma de íons HCO3 (bicarbonato) no plasma

- 27% combinado à hemoglobina

- 9% dissolvido no plasma

O transporte sob a forma de íons HCO-3

CO2 + H+O ----> H2CO3 ----> H+ e HCO-3(bicarbonato)

H+ + Hbo2 = HHbo2 ( em seguida libera o O2 para os tecidos, ficando livre e se associando ao

bicarbonato, nos pulmões)

HCO-3 quando chegar aos pulmões se combina com o H+ originando o H2CO3

O gás carbônico liberado pelas células entra nos glóbulos vermelhos, onde pela ação da

enzima anidrase, reage com a água formando o ácido carbônico.

O ácido carbônico, dissocia-se em íons hidrogênio e íons bicarbonato, que são liberados no

sangue. O hidrogênio é captado pela oxiemoglobina e libera oxigênio para os tecidos. Quando

o sangue chega aos pulmões possui a hemoglobina reduzida e bicarbonato.

Nos alvéolos o hidrog6enio da hemoglobina reduzida é deslocado pelo oxigênio. Este

hidrogênio reage com o bicarbonato, formando o gás carbônico e a água.

d)Regulação do ritmo respiratório

Nas artérias carótidas e na aorta há regiões com quimiorrecptadores sensíveis a variação

química que ocorre no sangue. Se houver uma grande queda de tensão de oxigênio no sangue,

esses receptadores mandam um impulso ao centro respiratório no bulbo. Através de nervos

motores, são enviados.

FECUNDAÇÃO HUMANA

Em biologia, chama-se fertilização ou fecundação ao processo em que um espermatozóide

penetra, numas espécies o ovócito II (ou ovócito), como no caso dos seres humanos e maioria

dos mamíferos, e noutras o óvulo (nos restantes animais), ou em que o tubo polínico penetra

no óvulo das plantas durante o processo de reprodução. Confrontar

com singamia e conjugação.

Em geral, a fecundação é intra-específica, isto é, processa-se apenas entre indivíduos da

mesma espécie. Mas há casos de fecundação interespecífica, entre indivíduos de duas espécies

evolucionariamente próximas. Os indivíduos que nascem destas fecundações designam-se por

híbridos (exemplos: os cavalos e os burros podem cruzar-se, dando a origem a um híbrido:

omacho ou mula, que neste caso são estéreis; o jaguar e o leopardo podem cruzar, dando

origem a um híbrido, que neste caso é fértil, etc.).

A célula reprodutora feminina (óvulo numas espécies ovócito II noutras), possui barreiras

para a penetração dos espermatozóides: a corona radiata (mais externa, composta de células

foliculares) e a zona pelúcida (camada glicoprotéica situada após a corona radiata).

Os espermatozóides, gametas masculinos, possuem na cabeça o acrossomo, que começa a

liberar enzimas hidrolíticas ao entrar em contato com tais barreiras. Após vencê-las, ocorre a

fusão entre as membranas dos dois gametas.

Imediatamente após a fecundação, as células foliculares glandulares que envolvem a célula

reprodutora feminina retraem-se, liberta-se o conteúdo dos grânulos corticais formando a

membrana de fecundação que não vai permitir a entrada de mais espermatozóides.

O SISTEMA GENITAL

Mudanças no corpo

A descoberta do sexo acontece com a descoberta do corpo. Moças e rapazes costumam

acompanhar atentamente as mudanças que ocorrem nos seus órgãos sexuais externos. Essas

mudanças são provocadas pela ação de hormônios.

As características sexuais primárias, visíveis nos órgãos genitais, são determinadas

geneticamente e estão presentes desde o nascimento, tanto no homem como na mulher.

O corpo masculino

As principais modificações visíveis no corpo masculino ao longo da adolescência estão

descritas abaixo.

Os testículos (dentro do saco escrotal) crescem primeiro e, pouco tempo depois, o pênis. Na

puberdade, os pêlos surgem em diversos locais: no rosto, nas axilas, no peito e nas áreas

próximas aos testículos. A voz também sofre mudanças.

Esse conjunto de características que se definem na puberdade, em conseqüência da ação

hormonal, recebe o nome de características sexuais secundárias. Estas, porém, não obedecem

a padrões rígidos. Adolescentes de mesma idade podem apresentar diferenças significativas

em relação à estatura do corpo, quantidade de pêlos, tamanho do pênis, timbre de voz etc. O

grupo étnico a que pertence o indivíduo, a herança genética, hábitos alimentares, problemas

de saúde, dentre outros fatores, são responsáveis por essas diferenças.

Assim, colegas de mesma idade que a sua podem ser mais altos ou mais baixos que você ou

terem a voz mais ou menos grave que a sua, por exemplo. Isto não deve preocupá-lo. As

pessoas são diferentes e apresentam ritmos desiguais de desenvolvimento do corpo. É

importante gostar de você, aprendendo a cuidar e valorizar o seu próprio corpo.

Veja as principais modificações visíveis no corpo masculino, ao longo do tempo.

Os rapazes possuem uma pequena quantidade de hormônios sexuais femininos, as garotas,

uma pequena quantidade de hormônios sexuais masculinos. Na puberdade, às vezes, um

pequeno desequilíbrio na quantidade desses hormônios pode provocar um ligeiro crescimento

das mamas nos rapazes ou pêlos em excesso nas garotas. Em geral, isso desaparece com o

tempo, mas, se persistir, o mais aconselhável é procurar orientação médica.

Na região genital, encontramos o pênis e o saco escrotal.

Pênis e a Ejaculação – O pênis é um órgão de forma cilíndrica e constituído principalmente

por tecido erétil, ou seja, que tem capacidade de se erguer. Com a excitação sexual, esse

tecido e banhado e preenchido por maior quantidade de sangue, o que torna o pênis ereto e

rígido. Na ponta do pênis, há a glande (a “cabeça”), que pode estar coberta pelo prepúcio.

Na glande, há o orifício da uretra, canal que no corpo masculino se comunica tanto com o

sistema urinário quanto com o sistema reprodutor. O tamanho do pênis varia entre os homens

e não tem relação biológica com fertilidade e nem com potência sexual.

Quando o homem é estimulado, como ocorre numa relação sexual, culmina com o esperma

sendo lançado para fora do corpo masculino sob a forma de jatos. Esse fenômeno chama-se

ejaculação.

O esperma é ejaculado através da uretra, por onde a urina também é eliminada. Durante uma

ejaculação normal são expelidos de 2 a 4 mililitros de esperma; cada mililitro contém

aproximadamente 100 milhões de espermatozóides.

Saco escrotal

Os espermatozóides, gameta sexual masculino, são produzidos nos testículos. Os testículos

ficam no saco escrotal, que tem aparência flácida e um pouco enrugada. É importante eles se

localizarem fora do abdome, pois os espermatozóides são produzidos em uma temperatura

mais baixa do que a do restante do corpo.

Nos dias frios ou durante um banho frio, o saco escrotal se encolhe, favorecendo o

aquecimento dos testículos. O uso de cueca apertada pode causar infertilidade temporária,

decorrente do aquecimento excessivo que provoca nos testículos.

Testículos

Os testículos são glândulas sexuais masculinas. São formados por tubos finos e enovelados,

chamados túbulos seminíferos. Diferentemente do que ocorre com as garotas, que já nascem

com “estoque” de gametas (óvulos) “prontos” no corpo, é na puberdade, sob ação dos

hormônios, que se inicia no corpo masculino a produção de gametas (os espermatozóides) nos

testículos.

A produção de espermatozóides começa na puberdade, por volta dos 12 ou 13 anos de idade e

vai até o fim da vida. Cada espermatozóide é formado basicamente de três partes: cabeça,

colo e cauda com flagelo.

Os testículos produzem também o hormônio sexual masculino, chamados testosterona. O

hormônio testosterona estimula o aparecimento das características sexuais secundárias

masculinas: pêlos no rosto e no restante do corpo, modificações na voz etc.

Epidídimos

Os espermatozóides que acabam de ser formados ficam armazenados no epidídimo, outro

enovelado de túbulos localizados sobre os testículos. Os epidídimos são dois órgãos formados

por tubos enovelados, cada um localizado junto a um testículo. Reveja o esquema do sistema

genital masculino e observe a localização dos epidídimos.

Os espermatozóides podem ficar armazenados nesses tubos por aproximadamente uma a três

semanas, até que a maturação seja completada. Isso aumenta a sua mobilidade.

Os espermatozóides passam do epidídimo para um tubo com parede muscular chamado ducto

deferente. De cada epidídimo parte um ducto deferente. Posteriormente e sob a bexiga

urinária, cada ducto deferente se une ao canal da glândula seminal do mesmo lado e forma um

tubo único, chamado ducto ejaculatório. Os ductos ejaculatórios lançam os espermatozóides

num outro canal – a uretra. A uretra é um tubo que se inicia na bexiga urinária, percorre o

interior do pênis e se abre no meio externo.

Glândulas Seminais e Próstata

As glândulas seminais são duas glândulas em forma de bolsa. Elas produzem um líquido

denso que nutre os espermatozóides e aumenta a sua mobilidade.

A próstata é uma glândula produtora de um líquido de aspecto leitoso. Esse líquido é leitoso

e neutraliza a acidez de restos de urina na uretra e, numa relação sexual, a acidez natural da

vagina, protegendo assim os espermatozóides.

Em sua “viagem” até a uretra, os espermatozóides recebem os líquidos produzidos pelas

glândulas seminais e pela próstata. Ao passar pela uretra, os espermatozóides recebem

também um líquido lubrificante produzidos pelas glândulas bulbouretrais.

Ao conjunto formado pelos espermatozóides e os líquidos produzidos pelas glândulas

seminais, pela próstata e pelas glândulas bulbouretrais dá-se o nome de esperma ou sêmen.

O corpo feminino

Observe a figura abaixo que mostra a passagem da adolescente para a mulher adulta. Algumas

das mudanças dessa passagem são o aumento dos seios e o aparecimento de pêlos pubianos e

pêlos nas axilas. Essas são algumas das características sexuais secundárias femininas.

Antes de falarmos do interior do corpo feminino, vamos conversar sobre a parte externa, por

meio da qual a mulher recebe estímulos e se relaciona com o meio ambiente.

Para a mulher, conhecer o próprio corpo é fundamental para ajudar a mantê-lo saudável. O

ginecologista (médico especializado em órgãos reprodutores femininos) pode esclarecer

dúvidas caso seja notado alguma alteração que cause estranheza.

Monte de Vênus ou púbis

É a área triangular acima da vulva e na qual aparecem pêlos, a partir da puberdade.

Vulva

Nessa região, estão os pequenos e grandes lábios, que são dobras de pele muito sensíveis.

Entre os pequenos lábios, há o clitóris, pequenina estrutura do tamanho aproximado de uma

ervilha e, que em geral, provoca grandes sensações de prazer, quando estimulado.

Abertura da vagina

A abertura da vagina leva aos órgãos sexuais internos. Essa abertura é parcialmente

bloqueada, na maioria das garotas virgens, por uma fina membrana chamada hímen, que,

geralmente, é rompido na primeira relação sexual com a penetração do pênis. O hímen tem

uma abertura por onde ocorre a saída do sangue menstrual.

Uretra O orifício da uretra é por onde sai a urina; não conduz a nenhum órgão sexual interno.

Ânus

O ânus é o orifício por onde saem às fezes; é à saída do tubo digestório. Também não tem

ligação com órgãos sexuais internos.

Períneo

Entre o ânus e a vulva, na entrada da vagina, existe uma região chamada períneo. No homem,

o períneo localiza-se entre o saco escrotal e o ânus.

Na hora do parto, muitas vezes é necessário fazer um pequeno corte no períneo, para que a

cabeça do bebê não lacere (corte) os músculos dessa região. Isso é importante para proteger a

mãe, pois lesões extensas no períneo farão com que ela, no futuro, possa sofrer de “queda de

bexiga” e perda da capacidade de controlar a retenção da urina. Após o nascimento do bebê, o

médico faz a sutura (dá pontos com linha e agulha cirúrgica) do períneo. O procedimento é

feito com anestesia local.

O CORPO FEMININO POR DENTRO

Vagina

É o canal que liga a vulva até o útero.

Útero

É um órgão oco, constituído por tecido muscular, com grande elasticidade, que tem forma e

tamanho semelhantes aos de uma pêra. Em caso de gravidez, o útero está preparado para

alojar o embrião até o nascimento.

Ovários

Os ovários são as glândulas sexuais femininas, nas quais, desde o nascimento da menina –

ficam armazenados aproximadamente 400 mil gametas femininos.

Essas células sexuais são chamadas óvulos. Ela contém a metade do material genético

necessário ao desenvolvimento de um bebê. Os óvulos que existem nos ovários das meninas

são imaturos. Os hormônios sexuais são responsáveis pelo amadurecimento e pela liberação

desses óvulos.

Tubas uterinas

São dois tubos delgados que ligam os ovários ao útero. Revestindo esses tubos internamente,

existem células com cílios que favorecem o deslocamento do óvulo até a cavidade uterina.

Os seios

O desenvolvimento dos seios ocorre na puberdade e nem sempre acontece de forma idêntica,

às vezes, um seio é ligeiramente maior do que o outro. O tamanho do seio varia de uma

mulher para outra. Do mesmo modo que acontece com o nariz, com as mãos ou com os pés,

que não são de tamanho igual em todas as pessoas, nem mesmo no caso de irmãos.

O seio é formado por um tecido

gorduroso e por pequenas glândulas

chamadas glândulas mamárias. Essas

glândulas são ligadas ao mamilo (bico) por

canais, através dos quais o leite passa

durante a amamentação. O mamilo, em

geral, é muito sensível ao toque.

O desenvolvimento dos seios e de outras

formas do corpo das meninas, como a

cintura mais fina, os quadris arredondados,

depende de quando e quanto hormônio

sexual é produzido pelo corpo dela, ou

seja, pelos ovários.

Algumas meninas começam a produzir

mais hormônios sexuais mais cedo do que

outras. Por isso, além de ficarem

menstruadas primeiro determinadas

garotas desenvolvem o “corpo de mulher”

mais precocemente que outras.

Outro fator importante a considerar é a

hereditariedade, os traços físicos herdados

dos pais, avós etc. Numa família na qual as

mulheres possuem seios pouco

desenvolvidos, é bem provável que as

meninas venham a ter, também, seios

pequenos.

Ninguém melhor do que o médico para

dizer se o desenvolvimento dos seios e dos

demais sinais de maturação do corpo está

de acordo com o previsto para a idade da

garota.

A ovulação

A ovulação é a liberação de um óvulo maduro feita por um dos ovários por volta do 14º dia do

ciclo menstrual, contado a partir do primeiro dia de menstruação. No ovário (o local de onde

sai o óvulo) surge o corpo lúteo ou amarelo – uma estrutura amarelada que passa a produzir

o estrogênio e progesterona. Esses hormônios atuam juntos, preparando o útero para uma

possível gravidez, além disso, o estrogênio estimula o aparecimento das características

sexuais femininas secundárias.

O óvulo liberado é “captado” por uma das tubas uterinas, que ligam os ovários ao útero.

Revestindo essas tubas internamente, existem células com cílios que favorecem o

deslocamento do óvulo até a cavidade do útero.

A fecundação

A mulher pode ficar grávida se, quando o óvulo estiver

nesses tubos, ela mantiver relação sexual com o parceiro e

um espermatozóide (célula reprodutora masculina) entrar

no óvulo. O encontro de gametas (óvulo e

espermatozóide), na tuba uterina, chama-se

fecundação. Apenas um dos milhões de espermatozóides

contidos no esperma penetra no óvulo, na fecundação. Depois da fecundação, ocorre então a formação da célula-

ovo ou zigoto. Essa primeira célula de um novo ser sofre

divisões durante o seu trajeto pelo tubo até o útero. O sexo

biológico desse novo ser humano – ou seja, o sexo do bebê

– é definido na fecundação pelos cromossomos X ou Y.

Os seres humanos, salvo raras exceções possuem 46

cromossomos, sendo que dois deles são os cromossomos

sexuais (que definem o sexo). As mulheres possuem dois

cromossomos X (portanto ela á XX) e os homens, um X

e um Y (portanto XY).

Na divisão celular (meiose) para a formação dos gametas (óvulo e espermatozóide) a mulher

só gera gametas (óvulos) X enquanto que o homem pode gerar gametas

(espermatozóides) X e Y.

Então:

Se o espermatozóide que contém o cromossomo X fecundar o óvulo (X), o embrião será do

sexo feminino (XX).

Se o espermatozóide que contém o cromossomo Y fecundar o óvulo (X), o embrião será do

sexo masculino (XY).

A menstruação

A menstruação ocorre quando não há fecundação e o óvulo é eliminado pelo canal vaginal

com o sangue e o material resultante da descamação da mucosa uterina.

O ciclo menstrual é o período entre o

início de uma menstruação e outra. Esse

período dura,em média 28 dias, mas

pode ser mais curto ou mais longo.

A primeira menstruação se

chama menarca e, na maioria das vezes

ocorre entre 11 e 13 anos, embora não

exista uma idade determinada para isso.

A menstruação representa o início da

vida fértil, isto é, o período em que a

mulher pode, se não houver problemas,

engravidar.

Por volta dos 50 anos o “estoque” de

óvulos se esgota, pois alguns foram

liberados nas ovulações e outros se

degeneraram. Cessam as menstruações e,

com isso a fertilidade da mulher. Nessa

fase, denominada menopausa, grande

parte das mulheres sente desconforto por

conta da redução de hormônios. Esse

desconforto é marcado principalmente

por aumento da sensação de calor

corporal e pode ser diminuído com

tratamento médico.

A menstruação pode vir acompanhada de cólicas. Se as dores forem leves, atividades físicas

orientadas, técnicas de relaxamento bolsa de água quente sobre o ventre e chás podem ser de

grande ajuda. Caso as cólicas sejam intensas e dolorosas, é recomendado procurar um

ginecologista, que pode ajudar a solucionar esse problema.

Durante a menstruação o cuidado com a higiene deve ser redobrado. O sangue eliminado não

é sujo, mas, em contato com o ar, pode provocar mau cheiro e se transformar em um meio

propício para o desenvolvimento de micróbios. A rotina não deve ser alterada. Tomar

banho, lavar os cabelos, fazer ginástica, dançar, tomar sorvete não faz mal algum. Os

absorventes descartáveis são os mais indicados, e a troca deles deve ser regular, de acordo

com a intensidade do fluxo sangüíneo.

As mulheres podem alguns dias antes da menstruação, perceber que os seios estão inchados e

doloridos, sentir-se irritada, com vontade de chorar. Quando isso ocorre, elas podem estar

com tensão pré-menstrual (TPM), nome dado a um confundo de várias sensações

desagradáveis que acomete algumas mulheres e parece segundo alguns estudos, estar

relacionado aos hormônios. Nesse caso, deve-se procurar um médico, que vai aconselhar o

que fazer para diminuir ou eliminar os sintomas da TPM.

É bom lembrar que os primeiros ciclos menstruais não costumam ser regulares. Além disso,

preocupações, ansiedade e má alimentação, algumas vezes atrasam ou até suspendem as

menstruações. A ausência de menstruação também é um dos primeiros sinais de gravidez.

Sistema Endócrino

O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos

hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre

os quais atuam. Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções

do nosso corpo. O hipotálamo (1) grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo,

faz a integração entre esses dois sistemas.

Glândulas do Sistema Endócrino

As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo:

hipófise (2), tireoide e paratireoides (3), timo (4), suprarrenais (5),pâncreas (6) e

as glândulas sexuais (7 e 8).

Hipófise

A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos

hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento. É considerada a glândula mestre do

nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as

glândulas sexuais. O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo(crescimento

exagerado) e a falta provoca o nanismo. Outro hormônio produzido pela hipófise é

o antidiurético (ADH), substância que permite ao corpo economizar água na excreção

(formação da urina).

Tireóide

A tireóide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade

do metabolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no

ritmo cardíaco.

O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o metabolismo: o

coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa

emagrece por gastar mais energia. Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas

e vasculares, pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o

surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também a exoftalmia(olhos saltados).

O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o

metabolismo se torna mais lento algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate

mais vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a

engordar e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada pode ocorrer o

bócio.

Paratireóides

As paratireóides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem

o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue. A

diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os

músculos se contraiam violentamente. Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante

ao que ocorre em pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento da produção desse hormônio,

transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-os

quebradiços.

Timo

O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo

do recém-nascido contra infecções. Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo

normalmente até a adolescência, quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de

tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais

As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem aadrenalina, hormônio que

prepara o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:

Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços, aumentando

a capacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas;

Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais energia

para as células;

Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os

músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”.

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz

também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante

papel na digestão.

A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de

energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. A falta ou a baixa produção

de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue

(hiperglicemia).

O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas

sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que

gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos casos, ao desmaio. Nesse caso o

pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em

moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a

hipoglicemia.

Glândulas sexuais

As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte dosistema reprodutor

feminino e do sistema reprodutor masculinorespectivamente.

Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim,

enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem

diversos hormônios, entre eles atestosterona, responsável pelo aparecimento das

características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.

Sistema Nervoso

O sistema nervoso é responsável pela maioria das funções de controle em um organismo,

coordenando e regulando as atividades corporais. O neurônio é a unidade funcional deste

sistema.

Neurônio

O neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso. Os neurônios comunicam-se através de

sinapses; por eles propagam-se os impulsos nervosos. Anatomicamente o neurônio é formado

por: dendrito, corpo celular e axônio. A transmissão ocorre apenas no sentido do dendrito ao

axônio.

Estrutura de um neurônio. Ilustração: Designua / Shutterstock.com [adaptado]

O sistema nervoso é divido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico.

Sistema Nervoso Central

Principais componentes do Sistema Nervoso Central

Medula espinhal

A medula espinhal é o centro dos arcos reflexos. Encontra-se organizada em segmentos

(região cervical, lombar, sacral, caudal, raiz dorsal e ventral). É uma estrutura subordinada ao

cérebro, porem pode agir independente dele.

Cérebro

O cérebro está relacionado com a maioria das funções do organismo como a recepção de

informações visuais nos vertebrados, movimentos do corpo que requerem coordenação de

grande número de partes do corpo. O cérebro encontra-se protegido pelas meninges: pia-

máter, dura-máter e aracnóide.

O encéfalo dos mamíferos é dividido em: telencéfalo (cérebro), diencéfalo (tálamo e

hipotálamo), mesencéfalo (teto), metencéfalo (ponte e cerebelo) e mielencéfalo (bulbo).

Bulbo ou medula oblonga

O bulbo tem a função relacionada com a respiração e é considerado um centro vital. Também

está relacionado com os reflexos cardiovasculares e transmissão de informações sensoriais e

motoras.

Cerebelo

O cerebelo é responsável pelo controle motor. A organização básica do cerebelo é

praticamente a mesma em todos os vertebrados, diferindo apenas no número de células e grau

de enrugamento. Pesquisas recentes sugerem que a principal função do cerebelo seja a

coordenação sensorial e não só o controle motor.

Ponte

A função da ponte é transmitir as informações da medula e do bulbo até o córtex cerebral. Faz

conexão com centros hierarquicamente superiores.

O córtex sensorial coordena os estímulos vindos de várias partes do sistema nervoso. O córtex

motor é responsável pelas ações voluntárias e o córtex de associação está relacionado com o

armazenamento da memória.

Principais divisões do Sistema Nervoso Periférico

O SNP pode ser divido em voluntário e autônomo.

Sistema Nervoso Voluntário

Está relacionado com os movimentos voluntários. Os neurônios levam a informação do SNC

aosmúsculos esqueléticos, inervando-os diretamente. Pode haver movimentos involuntários.

Sistema Nervoso Autônomo

Está relacionado com os movimentos involuntários dos músculos como não-estriado e

estriado cardíaco, sistema endócrino e respiratório.

É divido em simpático e parassimpático. Eles têm função antagônica sobre o outro. São

controlados pelo SNC, principalmente pelo hipotálamo e atuam por meio da adrenalina e

da acetilcolina. Omediador químico do SNA simpático é a acetilcolina e a adrenalina,

enquanto do parassimpático é apenas a acetilconlina.

Arco reflexo

Os atos reflexos são reações involuntárias que envolvem impulsos nervosos, percorrendo um

caminho chamado arco reflexo.

Um exemplo muito conhecido de arco reflexo é o reflexo patelar. O tendão do joelho é o

órgão receptor do estímulo. Quando recebe o estímulo (ex. uma pancada) os dendritos dos

neurônios ficam excitados. O impulso é transmitido aos neurônios associativos por meio de

sinapses, que por sua vez transmitem o impulso aos neurônios motores.

Os neurônios associativos levam a informação ao encéfalo e os neurônios motores excitam os

músculos da coxa, fazendo com que a perna se movimente.

Sistema Circulatório

O sistema circulatório é dividido em sistema cardiovascular e sistema linfático. O sistema

cardiovascular é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos. O coração é a bomba

propulsora do sangue e os vasos sanguíneos são as vias de transporte. O sistema linfático é

composto de órgãos e vasos que participam da defesa do organismo contra doenças.

O sistema cardiovascular transporta elementos essenciais para o funcionamento dos tecidos,

como gás oxigênio e gás carbônico, hormônios, excretas metabólicas, células de defesa, etc.

TIPOS DE SISTEMA CIRCULATÓRIO

Muitos seres vivos não apresentam um sistema circulatório, como é o caso

dos protistas, poríferos,celenterados, platelmintos e nematelmintos.

Outros não possuem um sistema circulatório verdadeiro, como é o caso dos celenterados e

dosequinodermos. Os celenterados possuem um sistema gastrovascular e os equinodermos

possuem um sistema ambulacrário, e neste não há liquido sanguíneo.

Sistema circulatório aberto ou lacunar

É o tipo de sistema circulatório dos moluscos e artrópodes. O coração é pouco musculoso e

composto por câmaras que bombeiam a hemolinfa, que é um tipo de sangue sem pigmentos.

Esta hemolinfa é bombeada por um vaso dorsal e cai em cavidades do corpo do animal onde

realiza trocas gasosas e depois é coletado pelos vasos e lacunas, voltando ao coração. Em

artrópodes o coração é um tubo muscular longo.

Esta circulação é chamada de aberta, pois o sangue não circula totalmente dentro dos vasos.

Circulação fechada

Neste tipo de circulação todo o percurso do sangue é realizado dentro dos vasos sanguíneos. É

mais evoluída que a circulação simples, o coração é mais musculoso, há capilares, a pressão

sanguínea e velocidade do fluxo são maiores e a quantidade de alimento que pode ser

transportado por unidade de tempo também é maior. Encontramos este tipo de circulação nos

anelídeos e nos vertebrados, e nestes últimos, ela pode ser simples ou dupla.

Circulação fechada simples

Só existe um tipo de sangue, o venoso. Ocorre em vertebrados de respiração branquial – os

peixes. O sangue realiza trocas gasosas nas brânquias e retorna ao coração.

Circulação fechada dupla

Neste tipo de circulação há dois tipos de sangue: o sangue venoso e o sangue arterial, pois há

circulação pulmonar e circulação sistêmica. Esses dois tipos de sangue nuca saem da rede de

vasos sanguíneos.

Pode ser dividida em completa e incompleta. Quando há mistura dos dois tipos de sangue

porque o coração possui menos de quatro câmaras ou a separação destas é incompleta, a

circulação é dita incompleta. Se não há mistura dos dois tipos de sangue, ela é dita completa.

SISTEMA CARDIOVASCULAR EM HUMANOS

Coração

O coração é uma bomba em forma de cone e se localiza no mediastino, entre os pulmões. Está

envolvido em uma dupla membrana chamada pericárdio. Esta membrana pode inflamar e

causar pericardite. O coração é formado por músculos e necessita de gás oxigênio para seu

funcionamento. Esse suprimento de gás através do sangue pelas artérias.

Câmaras do coração

O coração humano é composto de quatro câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos. Os átrios estão na

região superior do coração e são menores que os ventrículos. Os átrios possuem um septo que

os separam, chamado septo interatrial, e os ventrículos são separados pelo septo

interventricular.

Vasos do coração

O sangue venoso entra no átrio direito pela veia cava inferior e veia cava superior. As quatro

veias pulmonares trazem sangue da circulação pulmonar pelo átrio esquerdo. O sangue que

sai do coração em direção ao corpo sai pela artéria aorta e o sangue que vai para os pulmões

sai pelas artérias pulmonares.

Valvas do coração (válvulas)

As valvas servem para direcionar o fluxo sanguíneo pelas câmaras do coração. Entre os átrios

e ventrículos encontramos as valvas atrioventriculares, também chamadas de bicúspide ou

mitral. Estas valvas impedem que o sangue que foi para o ventrículo retorne para o átrio

quando há contração.

As valvas que impedem que o sangue que sai do coração retorne para o ventrículo são

chamadas valvas semilunares.

TIPOS DE CIRCULAÇÃO

Circulação pulmonar

É a circulação no qual o sangue que sai do coração e está rico em gás carbônico é levado até o

pulmão, onde é oxigenado e retorna ao coração.

Circulação sistêmica

É o tipo de circulação na qual o sangue oxigenado sai do coração em direção ao corpo, irriga

os tecidos onde ocorrem as trocas gasosas e ele volta para o coração rico em gás carbônico.

Circulação pelo coração

O sangue rico em gás carbônico do corpo chega ao coração pelas veias cavas superior e

inferior, entrando no átrio direito, que se contrai e envia o sangue para o ventrículo direito,

que também se contrai, bombeando este sangue para o pulmão através da artéria pulmonar até

a rede de capilares do pulmão onde ocorrerá a troca gasosa. O pulmão recebe o gás carbônico

e fornece oxigênio ao sangue, que retorna ao coração pelas veias pulmonares, que entram no

átrio esquerdo. O átrio esquerdo bombeia o sangue para o ventrículo esquerdo, que bombeia

este sangue rico em oxigênio pela artéria aorta para o corpo, onde vai chegar ate uma rede de

capilares que irrigam os tecidos, onde o oxigênio é fornecido ás células e recebe gás

carbônico, retornando ao coração pelas veias cavas.

REINO ANIMAL

O Reino Animal ou Animalia (Metazoa) é composto por organismos heterótrofos, ou seja,

aqueles que não produzem o próprio alimento, sendo portanto, uma característica muito

marcante que os difere, por exemplo, do Reino Vegetal (Plantae).

Em sua maioria, os seres que pertencem ao reino animal têm capacidade de locomoção e

fazem reprodução sexuada. São classificados em diversos filos, sendo muitos deles animais

invertebrados (aqueles que não possuem vértebras). Os animais vertebrados que possuem

crânio, vértebras e coluna dorsal pertencem ao Filo dos Cordados.

São organismos eucariontes e pluricelulares. O desenvolvimento embrionário determina

características importantes para sua classificação, todos os animais possuem o estágio

da blástula no seu desenvolvimento.

Características do Reino Animal

Eucariontes: células com núcleo diferenciado, ou seja, envolvido por membrana.

Heterótrofos por ingestão: necessitam ingerir outros seres vivos, pois não produzem o próprio

alimento;

Pluricelulares: corpo formado por muitas células;

Aeróbicos: respiram o oxigênio que tiram do ar ou da água, conforme o meio em que vivem;

A reprodução é sexuada, ou seja, envolve a união de gametas. Mas alguns invertebrados

fazem de modo assexuado.

Não possuem celulose e clorofila (aclorofilados);

Possuem tecidos e órgãos, com exceções dos filos mais simples como os Poríferos;

Presença da blástula: esfera de células, oca, com líquido no interior. É a segunda fase de

segmentação das células no desenvolvimento embrionário depois da formação do zigoto

(mórula-blástula-gástrula-nêurula).

Presença de Celoma: é uma cavidade embrionária presente em todos os vertebrados, sendo

que os platelmintos são pseudocelomados e os poríferos não possuem;

A maioria dos animais têm simetria bilateral: duas metades do corpo simétricas. Também

pode acontecer a simetria radial (vários planos longitudinais a partir do centro do corpo,

exemplo: equinodermos) ou ainda ausência de simetria (esponjas).

Filos do Reino Animal

O reino animal é dividido em diversos filos, sendo os principais: poríferos, cnidários,

platelmintos, nematódeos ou nematelmintos, anelídeos, equinodermos, moluscos, artrópodes e

cordados (vertebrados).

Animais Vertebrados

Os animais vertebrados são pertencentes ao Filo dos Cordados (Chordata), marcados pela

presença da medula espinhal e coluna vertebral. São divididos em 5 classes, a saber:

Peixes: Corpo coberto por escamas e respiração branquial (retiram oxigênio da água). Não

controlam a temperatura do corpo(pecilotérmicos). Exemplos: dourado, arraia, tubarão.

Anfíbios: Animais que dependem da água na fase larval (respiração branquial) e passam por

uma metamorfose corporal na vida adulta e adquirem a respiração pulmonar, é o caso dos

sapos, rãs, pererecas e salamandras. São pecilotérmicos.

Répteis: Possuem respiração pulmonar e corpo coberto de escamas ou carapaça. Podem viver

na água ou na terra e são pecilotérmicos. Exemplos: tartarugas, jacarés e lagartos.

Aves: Corpo coberto de penas e respiração pulmonar, controlam a temperatura do corpo

(homeotérmicos). Exemplos: galinha, avestruz, ema, pinguim, papagaio, beija-flor.

Mamíferos: Presença de pelos, homeotérmicos e respiração pulmonar, as fêmeas alimentam

os filhotes por glândulas mamárias. Exemplos: seres humanos, gatos, cachorros, morcegos.

Animais Invertebrados

Os animais invertebrados são representados por inúmeros filos com características bem

diferentes, mas todos são pluricelulares e não possuem parede celular, a saber:

Poríferos: Animais primitivos de água doce ou salgada. São organismos que não possuem

órgãos, nem capacidade de locomoção e a reprodução pode ser sexuada ou assexuada.

Exemplos: esponjas.

Cnidários: Vivem em água doce ou salgada e alguns deles possuem capacidade de

locomoção enquanto outros são sésseis(fixos). Uma característica que os torna peculiares é

que os cnidários possuem os “cnidócitos”, ou seja, células urticantes. Alguns exemplos são os

corais, as anêmonas e águas vivas (medusas).

Platelmintos: Possuem corpo achatado e podem ser de vida livre ou parasitas. Exemplo:

tênias, solitárias, esquistossomos e planárias.

Nematódeos ou nematelmintos: Possuem corpo cilíndrico e podem ser de vida livre ou

parasitas (humanos e de plantas). Exemplo: lombrigas, oxíuros e outros vermes.

Anelídeos: Possuem corpo segmentado, composto de anéis. Vivem em habitats úmidos na

terra e nas águas doces ou salgadas. Exemplos: minhocas, poliquetas e sanguessugas.

Equinodermos: Animais marinhos com presença de exoesqueleto calcário e sistema

hidrovascular. O corpo deles possui simetria pentarradial (5 lados iguais). Exemplos: pepinos-

do-mar, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar.

Moluscos: Animais de corpo mole com presença de concha, pode ser interna (lulas e polvos)

ou externa (caramujos, mexilhões) que habitam água (doce ou salgada) e terras úmidas.

Exemplo: mexilhões, polvos, lulas, lesmas, ostras, caramujos.

Artrópodes: Os artrópodes compreendem um filo muito diversificado. São caracterizados

pelo corpo segmentado e presença de exoesqueleto de quitina. Os principais são: Insetos:

borboletas, abelhas, baratas, moscas; Aracnídeos: aranhas, ácaros, escorpiões, carrapato;

Miriápodes: centopeia, lacraias, gongolos; Crustáceos: lagostas, caranguejos, siris, camarões.

HISTOLOGIA

O que é Histologia?

É a parte da Biologia que estuda os tecidos.

Tecido

"Tecido é uma especialização morfológica, físico-químico e fisiológica de células.”

"Tecido é um conjunto de células da mesma natureza, diferenciadas em determinado sentido

para poderem realizar a sua função própria.”

"Tecido é um grupo de células que apresentam a mesma função própria.” Todos estão

corretos. Os tecidos do corpo dos animais vertebrados desempenham variadas funções que por

sua vez são formados por células especializadas. No corpo dos animais pluricelulares, exceto

espongiários, o tecido é constituído por células agrupadas e organizadas, formando os tecidos.

Precisa-se de requisito para termos um tecido que seja composto de um grupo de células, que

deverá apresentar a mesma função.

Os tecidos fundamentais nos animais são estes: Epitelial, Muscular, Nervoso, Sangüíneo e

conjuntivo. Nos invertebrados estes tipos de tecido são basicamente os mesmos, porém com

organizações mais simples. A maioria dos tecidos além de serem compostos de células,

apresentam entre elas substâncias intracelulares(intersticiais).

HISTOLOGIA ANIMAL

Tecido Epitelial

Tecido que se compõe quase exclusivamente de células, e que apresenta pouca substancia

intersticial a cimentar as células.

Do ponto de vista fisiológico, o tecido epitelial tem por função atapetar superfícies. Na

função especifica, existem três tipos de tecido, mas para nós só interessa dois:

Tecido Epitelial De Revestimento ou Epitélio De Revestimento

A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por

este tecido sendo também responsáveis pela constituição das glândulas. Sua principal

característica é ser formado por células justapostas, isto é, bem encaixadas entre si de modo a

não deixar espaços entre elas, a fim de evitar penetração de microrganismos e ainda evitar a

perda excessiva de água, sendo impermeabilizado por queratina. Nos epitélios nunca se

encontram vasos sangüíneos.

Quanto ao numero de camadas celulares o tecido epitelial de revestimento são classificados

em: simples ou uniestratificados (formados por uma única camada de células). Os tecidos de

revestimento externo protegem o organismo contra desidratação, atrito e invasão bacteriana; o

tecido de revestimento externo pode ser classificado como: Estratificado, composto ou

multiestratificada (formado por várias camadas de células); e pseudo-estratificado (uma só

camada de células com alturas diferentes). O tecido epitelial de revestimento forma em

primeiro lugar a pele, formando também as mucosas (membranas que forram os órgãos ocos);

sua superfície é muito úmida devida a secreção de mucinógenos, que, ao hidratar-se

transforma-se em muco que produz e forma uma camada protetora; é encontrada no tubo

digestivo, urinário genital, fossas nasais, boca, etc.

Os epitélios ainda podem ser classificados quanto a forma de suas células as quais variam:em

alguns casos as células são cúbicas(epitélios cúbicos ocorrendo no ovário); outros achatados

como os de um pavimento (epitélio pavimentoso ocorre no Endotélio (revestimento dos vasos

sangüíneos); Mesotélio reveste as serosas: pleura (pulmão), pericárdio (coração), peritônio

(estômago), etc; outros ainda são prismáticas (epitélis prismáticos ).

Tecido Epitelial Glandular ou secretor

É o segundo tipo de tecido, que além de possuir função revestidora, forma glândulas,

produzem e eliminam substâncias necessárias nas superfícies do tecido. Estas glândulas

podem ser exócrinas (eixos, fora), que tem origem através de um canal ou ducto e lança o

produto de secreção na superfície ou seja eliminam suas secreções para fora do corpo ou para

a cavidade dos órgãos, tais como: as sudoríparas, as lacrimais.

Outras conduzem a secreção para um órgão oco como as salivares e o pâncreas.

No aspecto morfológico, as glândulas exócrinas podem ser tubulosas sendo elas as glândulas

do aparelho digestivo.

As acinosas são as glândulas salivares, e as túbulo-acinosa são as glândulas parótidas; E as

alveolares são as glândulas mamárias.

As glândulas também podem ser endócrinas (endo, dentro), não há formação de canal ou de

ducto e a glândula não pode lançar produtos de secreção na superfície do epitélio de origem

mas elimina a secreção diretamente nos vasos sangüíneos. Estas secreções são denominadas

hormônios, pôr exemplo: são a tireóide, que produz e libera no sangue o hormônio tiroxina, e

a hipófise, que libera, entre outros, o hormônio de crescimento (somatotrofina).

As glândulas se formam ainda no estágio embrionário, a partir de superfícies epiteliais.

Glândulas exócrinas e endócrinas formam-se de maneira parecida: células da superfície

epitelial multiplicam-se e aprofundam-se nos tecidos mais internos, formando um cordão

celular.

Existem ainda glândulas que possuem ao mesmo tempo uma parte exócrina, tais como mistas

ou mesócrinas ou anfícrinas, possuem funções exócrinas e endócrinas ao mesmo tempo,

como é o caso do pâncreas. As unidades glandulares chamadas ácinos pancreáticos que

liberam no intestino o suco pancreático (função exócrina), enquanto outras unidades

secretoras, as ilhotas de Langerhans, secretam os hormônios insulina e glucagon na

corrente sangüínea (função endócrina).

Tecido Conjuntivo

Esse tecido forma o arcabouço que sustenta as partes moles do corpo, apoiando e ligando os

outros tipos de tecido. Caracterizam-se pela grande quantidade de material intracelular e pelo

distanciamento das suas células e fibras.

Outros tecidos de sustentação possuem função importante na difusão e fluxo de metabolismo.

Por fim, os tecidos de sustentação participam ativamente nas funções de defesa do organismo.

Os tecidos de sustentação dividem-se em vários grupos dentre eles os principais são: Tecido

conjuntivo, adiposo, cartilaginoso e ósseo.

Têm como principal função o preenchimento de espaços e ligação de outros tecidos e

órgãos.O material intracelular é abundante e as células se mantêm bem afastadas umas das

outras. O material intracelular compreende uma matriz onde se encontram fibras colágenas,

reticulares e elásticas.

A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída

principalmente por água e glicoproteínas. São encontradas abaixo do epitélio e tem a função

de sustentar e nutrir tecidos não vascularizados. Pode ser denso ou frouxo.

As fibras colágenas são grossas, flexíveis e resistentes; são formadas por uma proteína

denominada colágeno.

As fibras elásticas são mais finas que as colágenas, têm grande elasticidade e são formadas

por uma proteína denominada elastina.

As células conjuntivas são de diversos tipos. As principais são:

Fibroblastos: com função de produzir material intracelular;

Macrófagos: com função de defesa do organismo;

Plasmócitos: com função de fabricação de anticorpos;

Adipócitos: com função a reserva de gordura;

Mastócitos: com função de elaborar a histamina, substância que envolve reações alérgicas,

inflamatórias e a heparina.

Há variedades de tecidos conjuntivos assim como o frouxo, que tem seus componentes

igualmente distribuídos: células, fibras e material intracelular. Ele preenche os espaços entre

feixes musculares e serve de apoio aos tecidos epiteliais, encontrando-se na pele, nas mucosas

e nas glândulas. Em praticamente todos os órgãos do corpo, ele por exemplo forma a derme, a

camada mais interna da pele, e o tecido subcutâneo, ainda mais interno que a derme.

Tecido conjuntivo denso

É rico em fibras colágenas que orientadas na mesma direção fazem com que esse tecido seja

pouco flexível, muito resistente ao estiramento, formam tendões e aponeuroses que unem os

músculos aos ossos.

Tecido conjuntivo adiposo

É constituído principalmente por células adiposas. São acúmulos de tecido adiposo localizado

sob a pele ou nas membranas que revestem os órgãos internos, por exemplo no tecido

subcutâneo do abdome e das nádegas, ele funciona como reservatório de gordura,

amortecedor de choques e contribuiu para o equilíbrio térmico dos organismos. As células

(adipócitos) são encontradas no tecido conjuntivo frouxo e ao longo dos vasos.

Tecido hemapoiético ou sangüíneo

Tem este nome hemapoiético (hematos, sangue; poiese, formação), sua função é produção de

células do sangue. Localizado principalmente na medula dos ossos, recebendo nome de tecido

mielóide (mielos, medula). Nesse tecido encontram-se células sangüíneas sendo produzidas

em diversos estágios de maturação.

Há duas variedades desse tecido: o linfóide, encontrado no baço, timo e gânglios linfáticos, e

o mielóide, que forma a medula óssea.

Tecido linfóide produz alguns tipos de leucócitos e o tecido mielóide, além de vários tipos de

leucócitos, produz hemácias (ou glóbulos vermelhos) e plaquetas.

Sangue é um tipo especial de tecido que se movimenta por todo o corpo, servindo como meio

de transporte de materiais entre as células. É formado por uma parte líquida, o plasma, e por

diversos tipos de células. O plasma contém inúmeras substâncias dissolvidas:

aproximadamente 90% de água e 10% sais (Na,Cl,Ca,etc.), glicose, aminoácidos, colesterol,

uréia, hormônios, anticorpos etc.

As hemácias apresentam-se dissolvidas no plasma, importantes para o transporte do oxigênio.

As hemácias dos mamíferos têm a forma disco bicôncavo e não apresentam núcleo nem

organelas, e os demais vertebrados têm hemácias esféricas ou elipsóides, nucleadas e com

organelas, e sua forma facilita a penetração e saída de oxigênio, o que é importante para a

função dessas células, que é transportar oxigênio.

Os leucócitos são células incolores nucleadas e como os demais organóides celulares, tem

quase o dobro do tamanho das hemácias. Encarregados da defesa do organismo, eles

produzem anticorpos e fagocitam microorganismos invasores e partículas estranhas.

Apresentam a capacidade de passar pelas paredes dos vasos sangüíneos para o tecido

conjuntivo, sem rompê-los, fenômeno este denominado diapedese. Distribuem-se em dois

grupos: granulócitos e agranulócitos, conforme tenham ou não, granulações específicas no

citoplasma.

Os leucócitos granulócitos são:

Neutrófilos: coram-se por corantes neutros. O núcleo é polimórfico e

apresentam-se dividido em segmentos unidos entre si por delicados filamentos. São os

leucócitos mais abundantes do sangue circulante (65%); realizam diapedese, indo

fazer a defesa através da fagocitose.

Eosinófilos: apresentam geralmente dois segmentos ligados ou não por um

filamento delicado e material nuclear. Também realizam diapedese e fagocitose.

Basófilos: apresentam núcleos parcialmente dividido em dois segmentos;

encerram metade da histamia existe no sangue circulante e possuem também heparina.

Estão relacionados com reações alérgicas.

Os leucócitos agranulados são:

Linfócitos: apresentam núcleo arredondado e citoplasma escasso. Os linfócitos

B passam para o Tecido conjuntivo e se transformam em plasmócitos que produzem

anticorpos. Os linfócitos T produzidos no timo, também estão relacionados com a

defesa imunitário.

Monócitos: são as maiores células do sangue circulante normal; o citoplasma é

abundante, o núcleo é arredondado, oval ou uniforme. Em células mais velhas o

núcleo pode apresentar a forma de ferradura. Os monócitos têm capacidade de emitir e

retrair pseudópodos; são portanto, móveis e tendem a abandonar a corrente sangüínea

e ingressar nos tecidos onde fagocitam e são denominados macrófagos. Representam

6% dos leucócitos.

As plaquetas (ou trombócitos), são pequenos corpúsculos que resultam da fragmentação

de células especiais produzidas pela medula óssea. Elas detêm as hemorragias, pois

desencadeiam o processo de coagulação do sangue que é o fenômeno da maior importância

para os animais vertebrados: quando há um ferimento, externo ou interno, forma-se um

coágulo, que age como um tampão para deter a hemorragia. Apesar de aparentemente

simples, sabe-se atualmente que a coagulação é controlada por inúmeros fatores, incluindo-se

aí fatores genéticos.

Tecido cartilaginoso

O tecido cartilaginoso tem consistência bem mais rígida que os tecidos conjuntivos.

Ele forma as cartilagens dos esqueléticos dos vertebrados, como, por exemplo, as orelhas a

extremidade do nariz, a laringe, a traquéia, os brônquios e as extremidades ósseas.

As células são os condrócitos, que ficam mergulhados numa matriz densa e não se

comunicam. A matriz pode apresentar fibras colágenas e elásticas, em diferentes proporções,

que lhe conferem maior rigidez ou maior elasticidade.

A cartilagem pode ser hialina quando tem somente fibras colágenas; elásticas, quando

também fibras elásticas; fibrosa, quando tem ambos os tipos de fibra, com predomínio das

colágenas.

Tecido ósseo

O tecido ósseo é o tecido de sustentação que apresenta maior rigidez formando os

ossos dos esqueletos dos vertebrados. É constituído pelas células ósseas, os osteócitos e por

uma matriz compacta e resistente.

Os osteócitos são dispostos ao redor de canais, formando os sistemas de Havers;

dispõe-se em círculos concêntricos ao redor de um canal, por onde passam vasos sangüíneos e

nervos. As células se acham alojados em cavidades na matriz e se comunicam umas com as

outras por meio de prolongamentos finos.

A matriz é constituída por grande quantidade de fibras colágenas, dispostas em feixes,

entre os quais se depositam cristais, principalmente de fosfato de cálcio. A grande resistência

do tecido ósseo resulta dessa associação de fibras colágenas com o fosfato de cálcio.

TECIDO MUSCULAR

O tecido muscular é constituído por células alongadas, em forma de fibras, que se

dispõe agrupadas em feixes. Essas células são capazes de se contrair e conferem ao tecido

muscular a capacidade de movimentar o corpo.

Há três variedades de tecido muscular: liso, estriado e cardíaco.

O tecido muscular liso tem células mononucleadas, alongadas, de extremidades

afiladas. O citoplasma apresenta miofibrilas (Miofibrila: mio, músculo, fibrila, pequena

fibra), dispostas longitudinalmente, formadas por proteínas contráteis. É o tecido que forma as

paredes de vários órgãos, com intestino, vasos sangüíneos, bexiga etc.

O tecido muscular estriado é capaz de contrações rápidas, sob o controle da vontade,

denominado esquelético, por se prender aos ossos. Suas células são alongadas cilíndricas e

multinucleadas. Apresentam estrias transversais típicas, formadas pela disposição paralela e

regular das miofibrilas no citoplasma. Essas miofibrilas são constituídas por duas proteínas

contráteis: a actina forma filamentos finos e a miosina filamentos mais grossos.

O tecido muscular cardíaco é um tecido estriado especial, cujas células apresentam

estrias como as do tecido esquelético, mas têm apenas um ou dois núcleos e são mais curtas.

Além disso, as fibras se fundem umas com as outras pelas extremidades.

TECIDO NERVOSO

O tecido nervoso forma os órgãos dos sistemas nervoso central, periférico e autônomo.

Ele tem por função coordenar as atividades de diversos órgãos, receber informações do meio

externo e responder aos estímulos recebidos. É constituído por células nervosas ou neurônios

e células de apoio ou células da glia.

As células nervosas ou neurônios são células altamente diferenciadas, de ciclo vital

longo, sem capacidade de divisão e de regeneração, têm prolongamentos ramificados, os

dendritos, e um cilindro-eixo, o axônio, geralmente mais longo que os dendritos. Muitas vezes

o axônio é protegido por um envoltório denominado bainha de mielina.

Os neurônios têm uma forma especial de reação, que consiste no impulso nervoso,

produzido sempre na mesma direção: dos dentritos são prolongados e partem do corpo

celular, recolhem impulsos nervosos e deste para o axônio.

Os neurônios relacionam-se uns com os outros pelas extremidades de suas

ramificações, que não se tocam mas ficam bem próximas. Essas áreas de conexão são

denominadas sinapses. É através das sinapses que o impulso passa do axônio de uma célula

para os dentritos de outra.

Feixes de axônios revestidos por tecido conjuntivo formam os nervos. Conforme os

axônios apresentam ou não a bainha de mielina, os nervos são classificados em mielínicos

(nervos brancos) e a amielínicos (nervos cinzentos).

Encaixadas entre os neurônios, com função de apoio e preenchimento, encontram-se

células especiais que constituem a neuróglia.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Marque V ou F

1. Segundo a teoria celular, todo ser vivo é formado por células e produtos dessas células.

2. A função da célula é a mesma entre seres unicelulares e seres pluricelulares

3. A água e os sais minerais são os constituintes inorgânicos das células.

4. proteínas, carboidratos e lipídios são compostos orgânicos das células.

5. A água é importante apenas para os seres vivos aquáticos.

6. Uma célula é composta de 75 a 85% de água.

7. A proteína é um constituinte orgânico da célula, formada principalmente por C, H e O.

8. A célula dos animais possui uma parede celular muito resistente.

9. Os cromossomos são estruturas formadas durante o processo da divisão celular.

10. Os processos de divisão celular são: meiose e mitose.

Responda:

1. O que significa DNA

2. Quais as funções dos lipídios?

3. Cite as partes de uma célula e suas funções.

4) Defina Histologia:

5. Quais os principais tipos de tecidos do corpo humano?

6. Qual o tecido especializado na coordenação das funções dos diferentes órgãos do nosso

corpo?

7. O tecido cujas funções são: assegurar a estabilidade do esqueleto, manter a forma do corpo,

ligar os outros tecidos, transportar substâncias, nutrir as células, defender o organismo e

cicatrizar lesões é o....................

8. Como é constituído o tecido cartilaginoso?

9. Cite um exemplo de animal que pertença ao grupo dos equinodermos.

10. Em que parte do organismo humano é absorvido os nutrientes que entram para a corrente

sanguínea?

11. O que são enzimas?

12. Diferencie animais homotérmicos de pecilotérmicos.

Referências bibliográficas:

Biologia. Cézar. Sezar. Caldini. Vol. 1 e 2. Ed. Saraiva

Biologia. Paulino, Wilson Roberto. Vol 1, 2 e 3. Editora Saraiva

Internet.