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NEEJA- NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, CULTURA POPULAR- CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO. APOSTILA DE HISTÓRIA MÓDULO 06 PROFESSORAS IVONE VENDRUSCULO SANDRA MÁRCIA CASSOL SCHERER

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NEEJA- NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS,

CULTURA POPULAR- CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO.

APOSTILA DE HISTÓRIA

MÓDULO 06

PROFESSORAS

IVONE VENDRUSCULO

SANDRA MÁRCIA CASSOL SCHERER

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Industrialização: Uma revolução socioeconômica

É difícil imaginar como seria a vida cotidiana hoje sem automóveis,

eletrodomésticos, telefones etc. Entretanto, esse mundo de máquinas e tecnologia, tal como o

conhecemos, começou a tomar forma com a Revolução Industrial, que teve inicio na

Inglaterra em meados do século XVIII e estendeu-se para outros países a partir, do século

XIX. Ante desse período, a maioria das pessoas vivia no Campo ou em vilarejos.

Trabalhavam em pequenos grupos e produziam, em pequena escala, aquilo de que

precisavam _ alimentos, roupas e objetos. Havia grandes cidades, porém eram cidades

comerciais e principalmente cidades capitais, ou seja, centros do poder político dos reinos.

EXPANSÃO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Etapas:

Considerando os países envolvidos e as questões técnicas, a Revolução industrial

pode ser dividida em pelo menos três momentos importantes.

Primeira etapa

No primeiro momento (1760-1860), ficou limitada, basicamente, a Inglaterra. O

maior destaque foi o desenvolvimento da indústria de tecidos de algodão, com a utilização do

tear mecânico. Além disso, o aperfeiçoamento das máquinas a vapor teve extrema

importância para o progresso das fábricas.

Segunda etapa

No segundo momento (1860-1900), espalhou-se por algumas regiões da Europa

Ocidental e Oriental, atingindo países como Bélgica, França, Alemanha, Itália e Rússia,

Alcançaram também outros continentes, ganhando espaço nos Estados Unidos e no Japão.

Nessa etapa, as principais inovações técnicas foram a utilização do aço (superando o ferro), o

aproveitamento da energia elétrica e dos combustíveis petrolíferos, a invenção do motor a

explosão, das locomotivas e do barco a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos.

Além disso, foram inventados meios de comunicação, como o telegrafo, o telefone, o rádio e

o cinema. O processo tecnológico foi de tal modo significativo que este momento costuma

ser caracterizado como Segunda Revolução Industrial.

Terceira etapa

A partir de meados do século XX, grandes avanços tecnológicos vêm repercutindo

intensamente na produção econômica e no trabalho no mundo como um todo. Alguns

historiadores e analistas contemporâneos denominaram essas transformações de Terceira

Revolução Industrial, que se traduz no impacto das novas tecnologias, como o

microcomputador, a microeletrônica, a robótica, a engenharia genética, a telemática (uso

combinado dos computadores e meios de telecomunicações, como fax, celular, internet,

televisão). Um dos aspectos dessa "Terceira Revolução Industrial” é o aumento da

produtividade com a utilização de um número cada vez menor de trabalhadores, O resultado

dessa equação é o aumento generalizado do desemprego em todo o mundo.

NOVAS IDEOLOGIAS

O debate sobre a nova ordem econômica, e social

O rápido processo de industrialização logo repercutiu em vários aspectos da vida

social.

Crescia o número de operários pobres que, por meio de suas organizações,

reivindicavam condições dignas de trabalho. Já a burguesia industrial estava empenhada,

principalmente, em aumentar seus lucros e enriquecer.

O debate decorrente desse conflito de interesses contribuiu para a elaboração de

varias teorias sociais. Algumas justificavam os rumos da nova sociedade industrial

capitalista.

Outras, identificadas com os interesses dos operários, denunciavam a exploração

do trabalho e pregavam uma sociedade mais livre justa.

EXPLORAÇÃO DO TRABALHADOR

Para desenvolver suas empresas, os industriais ingleses queriam liberdade

econômica, ampliação dos mercados consumidores e mão de obra barata para trabalhar nas

fábricas.

Com o objetivo de aumentar os lucros, o empresário industrial pagava aos

operários salários muito baixos, enquanto explorava ao máximo sua capacidade de trabalho.

Os salários eram tão reduzidos que, para sobreviver, toda a família do operário,

incluindo mulheres e crianças era obrigada a trabalhar nas fábricas.

Em diversas indústrias, eles trabalhavam mais de 15 horas por dia. Vale ressaltar

que na Inglaterra, por volta de 1780, um operário vivia, em media, 55 anos e trabalhava 125

mil horas.

IMPACTOS DO AVANÇO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial consolidou o capitalismo nas sociedades em que se instalou.

Aos poucos, a indústria passou a disputar com o comércio a condição de principal setor de

acumulação de riquezas. Foram muitas as consequências sociais e transformações ocorridas

com o desenvolvimento das indústrias.

Resistência operária

A exploração do trabalho humano gerou conflitos entre operários e empresários não

só na Inglaterra, como em outras regiões da Europa onde se desenvolveu o sistema fabril.

Houve casos de grupos de operários que invadiram fábricas e destruíram suas

máquinas, Para eles, as máquinas representavam o desemprego, a miséria, os salários baixos

e a opressão.

O Imperialismo

Quando o assunto é Imperialismo, alguns aspectos devem sempre ser analisados em

conjunto. Os principais são: Nacionalismo, Neocolonialismo e junção entre o Capitalismo

financeiro e o Capitalismo industrial. Esses aspectos resumem o panorama político,

econômico e cultural de um período que vai desde a década de 1870 até o ano de 1914, ano

em que teve início a Primeira Guerra Mundial.

O termo “Imperialismo” sugere, obviamente, uma “Era de Impérios”; em grande

parte trata-se disso mesmo. Mas, conceitualmente falando, o Imperialismo do século XIX

consistiu num tipo de política expansionista das principais nações europeias, que tinha por

objetivo a busca demercado consumidor, de mão de obra barata e de matérias-primas para o

desenvolvimento das indústrias.

Esse fenômeno de expansão dos países europeus teve início a partir do momento em

que, após as Revoluções Burguesas dos séculos XVII e XVIII e da formação das nações

modernas na Europa (como Alemanha, Itália e França), houve um intenso processo de

industrialização desses países. A industrialização gerou, por conseguinte, uma forte

concorrência entre as nações, que passaram a disputar territórios e estabelecer as suas

fronteiras com exércitos modernizados e uma sofisticada diplomacia. Esse processo acentuou

gradualmente o caráter nacionalista dos países europeus.

Ao mesmo tempo, a industrialização também exigia uma integração econômica nunca

antes vista. O capital gerado pela indústria, isto é, toda a riqueza do processo de produção –

desde maquinários até produtos para consumo –, precisava de crédito e de sustentação

financeira. Os setores do capital financeiro (bancos e bolsas de valores) passaram a se

integrar com o setor das indústrias, criando assim maneiras de estruturar a complexidade da

economia mundial integrada.

E, assim como nos séculos XV, XVI e XVII, nos quais nações europeias como

Portugal e Espanha promoveram a colonização do continente americano (e dessas colônias

extraíram matérias-primas e nelas desenvolveram sistemas de organização política e

administrativa), as nações imperialistas industrializadas do século XIX promoveram a

colonização de regiões da África, da Ásia e da Oceania.

O processo de expansão para essas regiões foi marcado por várias tensões e guerras.

A África, por exemplo, teve seu território divido nesta época entre as nações europeias, num

evento denominado Conferência de Berlim, ocorrido em novembro de 1884. Essa divisão

caracterizou-se pela completa arbitrariedade, tribos africanas inteiras foram desagregadas

com a divisão, enquanto que algumas se mesclaram com outras que eram suas rivais

históricas. A Inglaterra, nessa época, ficou conhecida como o grande Império “onde o Sol

não se põe”, exatamente por conta de sua vasta expansão, que integrava grandes países,

como a Índia e a Austrália.

O Imperialismo chegou ao seu ponto de saturação no início do século XX, quando as

tensões nacionalistas se tornaram mais veementes. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

é fruto direto dessa saturação.

REPÚBLICA BRASILEIRA

A Primeira República corresponde ao período que marcou o fim do Império em 1889

até a Revolução de 1930.

A história republicana brasileira pode ser dividida em algumas fases, tendo como

marcos fatos históricos que representaram mudanças na ordem institucional do Estado.

A Primeira República, também conhecida como República Velha, constitui a primeira fase

da organização republicana nacional e vai desde a Proclamação da República em 1889 até a

chamada Revolução de 1930. Pela liderança do poder de Estado, alteraram-se confrontos e

alianças entre a oligarquia rural e os militares das Forças Armadas.

Entre o fim do Império em 1889 e a posse da presidência por Prudente de Morais, em

1894, militares ocuparam o cargo de líder na Primeira República. O primeiro foi Marechal

Deodoro da Fonseca, presidente interino desde a Proclamação da República e eleito após a

aprovação da Constituição de 1891. Deodoro da Fonseca renunciou em 1891, quando o vice-

presidente Marechal Floriano Peixoto assumiu a presidência até 1894, encerrando o período

conhecido como República da Espada.

A adoção do presidencialismo e do federalismo como forma organizativa do Estado

foram as principais características da Constituição de 1891, o que acarretou em uma política

de alianças para a ocupação da presidência e em uma liberdade política aos governadores dos

estados da Federação. O período foi marcado por conflitos militares, dentre eles, a Revolta

Federalista, no Rio Grande do Sul, e a Revolta da Armada, no Rio de Janeiro, ambas em

1893.

As revoltas foram contidas e a estrutura liberal do Estado foi consolidada, o que

possibilitou a transição para o poder civil. O presidente Prudente de Morais foi o primeiro

presidente civil, eleito em 1894, dando início a alternância entre representantes das

oligarquias rurais do sudeste brasileiro até 1930.

A política do Café com Leite, assim chamada em decorrência da aliança nas

indicações para presidentes entre São Paulo e Minas Gerais, principais produtores de café e

leite, respectivamente, foi o auge da ordem oligárquica. Para manter essa alternância, o

presidente Campos Sales (1898-1902) realizou uma costura política, a política dos

governadores, que proporcionou apoio regional ao poder executivo federal e fortaleceu os

coronéis oligarcas regionais. É desta aliança que surgiu o coronelismo que marcou a prática

política no interior do Brasil até a segunda metade do século XX.

Na ordem econômica, o que se viu no período foi a tentativa de conter a crise do café

e o auge da produção da borracha. Também ocorreram conflitos sociais como a Guerra de

Canudos, entre 1896 e 1897, a Revolta da Vacina, em 1904, a Revolta da Chibata, em 1910,

e a Revolta do Contestado, entre 1913 e 1915.

A partir de 1914, a Primeira República entrou em declínio. Nem o surto de

industrialização suportou a crise pela qual passava a produção do café, que teve seu golpe

final com a crise econômica mundial capitalista de 1929. Por outro lado, novas classes

sociais se fortaleceram, reclamando representação política. Greves operárias foram realizadas

e duramente reprimidas. A burguesia industrial entrava em conflito com a política econômica

voltada preferencialmente à agricultura. Até mesmo nos quadros médios das Forças Armadas

havia insatisfação com o controle político pelas oligarquias rurais.

O resultado foi uma instabilidade crescente dos acordos políticos que caracterizaram

a Primeira República, e a insatisfação no seio do exército proporcionou a aproximação de

vários grupos estaduais que se opunham à política do Governo Federal. As revoltas

tenentistas no Rio Grande do Sul, em 1923, e em São Paulo, em 1924, somadas à

insatisfação das oligarquias com a eleição de Júlio Prestes, em 1930, levaram ao

impedimento do presidente eleito e, com um golpe militar, teve fim a Primeira República.

QUESTÃOES CRAVAGISTA

Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos comerciantes portugueses,

espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos,

colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.

Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-do-mato que perseguiam

os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados

Unidos, da dedicação e ideias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos

ligados a este assunto.

Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do

povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em

batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os

hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.

Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de

tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande

número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance

de comprar sua liberdade.

Escravidão no Brasil

No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do

século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para

utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de

escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os

mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros.

Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que

os corpos eram lançados ao mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos

eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas

trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas

(galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram

constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no

Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e

rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho,

adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições,

não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam

suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de

luta: a capoeira.

As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores

de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos.

Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da

colônia.

No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após

adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam

tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam

fechando as portas para estas pessoas.

O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as

revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos

quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em

liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos

quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O

mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura

A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela

Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o

Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos,

dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta

prática.

Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que

acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre

Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de

1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais

de 60 anos de idade.

Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui

no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita

pela Princesa Isabel.

A vida dos negros após a abolição da escravidão.

Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles.

Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por

dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e

discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições

e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.

AS REVOLTAS DA PRIMEIRA REPÚBLICA BRASILEIRA

Aconteceram por causa do governo elitista que oprimia o povo ao mesmo tempo que

enchia os coronéis de privilégios. As manifestações populares se espalharam pelo país, tantos

nas cidades, quanto no campo.

Aconteceu na cidade de Rio de Janeiro quando o almirante Saldanha da Gama e o

ministro da marinha Custódio de Mello arquitetaram um movimento contra o presidente

Floriano Peixoto, pois ele não respeitou a Constituição brasileira que estabelecia uma nova

eleição caso o candidato anterior desocupasse o cargo antes de completar dois anos no poder.

Em 13 de setembro de 1893, os navios sob o poder da revolta abriram fogo contra a cidade

do Rio de Janeiro que evitou o desembarque dos revoltosos até março do ano seguinte.

Alguns participantes da revolta abriram novas frentes de batalha na região sul junto a

membros da Revolução Federalista, mas o governo acabou sufocando os dois levantes com

apoio das classes médias e dos cafeicultores paulistas.

Revolução Federalista – Revolução da Degola (1893 - 1895)

(A Revolução da Degola)

Aconteceu no Rio Grande do Sul quando o presidente Floriano Peixoto começou a

substituir os políticos eleitos durante o governo de marechal Deodoro da Fonseca. Os

gaúchos, que queriam maior autonomia para os estados e por isso eram chamados de

federalistas, foram liderados por Gaspar Silveira Martins e Gumercindo Saraiva, assim

pegaram em armas para exigir a anulação da posse de Júlio de Castilhos como governador. O

governo agiu rápido, obrigando os federalistas a recuarem para regiões do Uruguai e da

Argentina, mas logo depois eles avançaram por Paraná e Santa Catarina e receberam o apoio

da Revolta da Armada.

A revolta só terminou quando o federalista Saldanha da Gama lutou até a morte com

os últimos quatrocentos homens de sua tropa.

Aconteceu na cidade de Rio de Janeiro quando o médico Oswaldo Cruz se tornou

diretor de saúde pública e começou a ordenar demolições de moradias pobres e autorizar

invasões domiciliares para buscar pragas. O estopim foi a obrigatoriedade da vacina contra a

varíola, quando o povo se rebelou por dez dias causando alvoroço nas ruas até ser sufocado

pela polícia com o apoio da Guarda Nacional, Bombeiros, Exército, Marinha e algumas

tropas de SP e MG. Para evitar novo confronto o governo revogou a vacinação.

Aconteceu no RJ quando o marinheiro Marcelino Menezes recebeu 250 chicotadas

por ter levado cachaça ao navio. Os marinheiros tomaram os barcos e apontaram os canhões

para a capital exigindo o fim dos maus tratos e melhor alimentação dentro da corporação

além de anistia aos envolvidos. Conseguiram o que pediram, mas duas semanas depois

começaram uma nova revolta, assim a maioria dos participantes foi morta, alguns foram

degredados no Acre ou Amazônia em serviços forçados, enquanto que o líder João Candido

foi internado num hospício como indigente sendo anistiado em 2008 pelo presidente Lula.

Aconteceu por causa das más condições de trabalho enfrentadas pelos brasileiros

moradores das cidades. Os trabalhadores se organizaram em sociedades beneficentes,

sindicatos e tidos comunistasque levaram a greves e espalharam jornais nas ruas dos estados

industriais como SP e RJ.

Canudos (1893 – 1897)

(Representação da peregrinação de Antônio Conselheiro)

Antônio Mendes Maciel (o Conselheiro) peregrinou o interior de Pernambuco, Bahia

e Sergipe pregando, ajudando as pessoas e conseguindo seguidores, o que ameaçava a Igreja

Católica. Em 1893 fundou Canudos, um povoado numa fazenda da Bahia que chegou há

10.000 moradores que seguiam suas próprias leis sem obedecer à igreja nem aos coronéis.

Três expedições com metralhadores e canhões não conseguiram vencer a comunidade,

somente a quarta com 14.000 soldados teve sucesso. Para garantir a vitória prenderam

poucos, mataram muitos, degolaram outros e destruíram tudo.

Contestado (1912 – 1916)

(Representação do movimento e seu líder)

Aconteceu em terras de SC e PR aonde os moradores foram expulsos para a

construção de uma estrada de ferro. Essas pessoas começaram a seguir José Maria

combatendo o governo e os empresários que ganhariam muito com a instalação desses trens.

Foram derrotados com violência por uma tropa de 8.000 soldados que os mataram de sede e

fome durante um cerco desonesto.

Cangaço (XIX – 1940)

(Exposição com os artefatos, armas e vestimentas dos cangaceiros junto das cabeças

decapitados do grupo de Lampião)

Aconteceu no sertão nordestino com a formação de grupos armados e violentos que eram

sustentados por um político para protegê-lo. Mais tarde esses bandos começaram a trabalhar

para si próprios atacando povoados e fazendas para roubar. Geralmente eram combatidos

pelas volantes. Os lideres cangaceiros mais famosos foram Virgulino (Lampião) e Courisco.

GUERRA DO PARAGUAIGUERRA DO PARAGUAI

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do

Sul no século XIX. Rivalidades platinas e a formação de Estados nacionais deflagraram o

confronto, que destruiu a economia e a população paraguaias.

É também chamada Guerra da Tríplice Aliança (Guerra de la Triple Alianza) na

Argentina e Uruguai e de Guerra Grande, no Paraguai.

A Guerra do Paraguai durou seis anos. Teve seu início em dezembro de 1864 e só chegou

ao fim no ano de 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.

Francisco Solano López, ditador do Paraguai.

Causas

Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos

armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o

governo do ditador Francisco Solano López.

Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia

organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do

Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do

Uruguai, porque contrariava seus interesses.

Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro

Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim

da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território

argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo

paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de

Tríplice Aliança.

Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso,

era um país independente das nações europeias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria

ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império

inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando

dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um

exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca

mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário,

passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.

INDUSTRIALIZAÇÃO E CRESCIMENTO URBANO

Os processo de industrialização e urbanização estão intrinsecamente interligados. Foi com

os avanços e transformações proporcionados, por exemplo, pelas Revoluções Industriais na

Europa que esse continente concebeu o crescimento exponencial de suas principais cidades,

aquelas mais industrializadas. Ao mesmo tempo, o processo de urbanização intensifica o

consumo nas cidades, o que acarreta a produção de mais mercadorias e o aumento do ritmo da

atividade industrial.

A industrialização é um dos principais fatores de transformação do espaço geográfico,

pois interfere nos fluxos populacionais, reorganiza as atividades nos contextos da sociedade e

promove a instrumentalização das diferentes técnicas e meios técnicos, que são essenciais para as

atividades humanas. A atividade industrial, por definição, corresponde ao arranjo de práticas

econômicas em que o trabalho e o capital transformam matérias-primas ou produtos de base em

bens de produção e consumo.

Com o avanço nos sistemas de comunicação e transporte – fatores que impulsionaram a

globalização –, praticamente todos os povos do mundo passaram a consumir produtos

industrializados, independentemente da distância entre o seu local de produção e o local de

consumo. Estabelece-se, com isso, uma rede de influências que atua em escalas que vão do local

ao global.

Graças ao processo de industrialização e sua ampla difusão pelo mundo, incluindo boa parte dos

países subdesenvolvidos e emergentes, a urbanização também cresceu, a ponto de, segundo dados

da ONU, o mundo ter se tornado, pela primeira vez, majoritariamente urbano, isto é, com a maior

parte da população residindo em cidades, feito ocorrido no ano de 2010 em diante.

Mas como a industrialização interfere na urbanização?

É errôneo pensar que a industrialização é o único fator que condiciona o processo de urbanização.

Afinal, tal fenômeno está relacionado também a outros eventos, que envolvem dinâmicas

macroeconômicas, sociais e culturais, além de fatores específicos do local. No entanto, a

atividade industrial exerce uma influência quase que preponderante, pois ela atua tanto no espaço

das cidades, que apresentam crescimento, quanto no espaço rural, que vê uma gradativa

diminuição de seu contingente populacional em termos proporcionais.

No meio rural, o processo de industrialização interfere com a produção e inserção de modernos

maquinários no sistema produtivo, como tratores, colheitadeiras, semeadeiras e outros. Dessa

forma, boa parte da mão de obra anteriormente empregada é substituída por máquinas e técnicos

qualificados em operá-las. Como consequência, boa parte dessa população passa a residir em

cidades, por isso, elas tornam-se cada vez maiores e mais povoadas. Vale lembrar que a

mecanização não é o único fator responsável pelo processo de migração em massa do campo para

a cidade, o que chamamos de êxodo rural, mas é um dos elementos mais importantes nesse

sentido.

A mecanização do campo contribui para o crescimento das cidades

Além disso, a industrialização das cidades faz com que elas se tornem mais atrativas em

termos de migrações internas, o que provoca o aumento de seus espaços graças à maior oferta de

empregos, tanto na produção fabril em si quanto no espaço da cidade, que demandará mais

trabalho no setor comercial e também na prestação de serviços.

Não por acaso, os primeiros países a industrializem-se foram também os primeiros a

conhecer a urbanização em sua versão moderna, tornando-se territórios verdadeiramente urbano-

industriais. Atualmente, esse processo vem ocorrendo em países emergentes e subdesenvolvidos,

tal qual o Brasil, que passou por isso ao longo de todo o século XX. Segundo a ONU, até 2030,

todas as regiões do mundo terão mais pessoas vivendo nas cidades do que no meio rural.

O grande gargalo desse modelo é o crescimento acelerado das cidades, que contribui para

fomentar amacrocefalia urbana, quando há o inchaço urbano, com problemas ambientais e

sociais, além da ausência de infraestruturas, crescimento da periferização e do trabalho informal,

excesso de poluição, entre outros problemas. Estima-se, por exemplo, que até 2020 quase 900

milhões de pessoas estarão vivendo em favelas, em condições precárias de moradia e habitação.

EXERCÍCIOS

1-O que foi aRevolução Industrial?

2-Onde se desenvolveu a1ª Etapa da Revolução Industrial?

3-Quais os Países Atingidos pela 2ª Etapa da Revolução Industrial?

4-Qual a principal característica da 3ª Etapa da Revolução Industrial?

5-Qual o principal impacto da Revolução Industrial?

6-Em que ano foi Proclamada a República Brasileira?

7-Quem Proclamou a República Brasileira?

8-Como era chamada a 1ª fase da República Brasileira e porque?

9- Como e porque os Negros foram trazidos para o Brasil?

10-Cite as Principais Leis Abolicionistas?

11-Quais as Leis que proibiram o Tráficode Negros?

12-Onde aconteceu a Revolução das Degolas?

13-Onde aconteceu a Guerra de Canudos, quem era o líder e qual a contravenção cometida por

eles para serem mortos pelas tropas do governo?

14- Qual a principal causa da Guerra do Paraguai? A quem interessava a destruição do Paraguai?

15-Como se deu a grande Urbanização Brasileira?

16-Quais as consequências da grande Urbanização Brasileira?

REVOLUÇÃO RUSSA

Revolução Russa de 1917

A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a

eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no

estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse

processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da

agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros

agrícolas).

Rússia Czarista

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos

para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma

absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia.

Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa,

viviam descontentes com o governo do czar.

No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No

conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes.

Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.

Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a

liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a

queda da monarquia.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Situação conflituosa

As tensões europeias no inicio do século XX

No inicio do século XX, havia enorme tensão e rivalidade entre os governos das grandes

potências europeias, como Alemanha, Inglaterra e França. Essa tensão resultava de disputas

territoriais e por mercados, tanto na Europa quanto fora dela.

Os empresários buscavam novos mercados que consumissem seus produtos, o que levou

os governos dos países industrializados europeus a disputar colônias na África e na Ásia.

Ao mesmo tempo, o governo de cada país industrializado procurava dificultar a expansão

econômica dos demais fechando seus mercados aos produtos importados e tentando impedir a

expansão do império colonial dos concorrentes. Essa disputa econômica envolveu principalmente

interesses ingleses e alemães.

Movimentos nacionalistas

Ligados a essas disputas econômicas e por colônias, havia os movimentos nacionalistas,

que pretendiam agrupar sob um mesmo Estado povos de matrizes culturais semelhantes, o que

levava a um desejo de expansão territorial. Entre os principais movimentos nacionalistas que se

desenvolveram na Europa no início do século XX, destacaram-se o pan-eslavismo e o

pangermanismo. Os pan-eslavistas, liderados em certa medida pelo governo russo, queriam unir

todos os povos eslavos da Europa Oriental.

Os pangermanistas pretendiam anexar a Alemanha os territórios da Europa Central onde

viviam germânicos. Além disso, havia o revanchismo francês, movimento nacionalista pelo qual

o governo francês visava recuperar os territórios da Alsácia Lorena, região rica em minério de

ferro e carvão que os franceses foram obrigados a entregar aos alemães depois da derrota na

Guerra Franco Prussiana, em 1870.

O clima de rivalidades deu origem a chamada paz armada: diante do risco de guerra, as

potências iniciaram uma corrida armamentista, fortaleceram seus exércitos e formaram alianças

políticas.

POLITICA DE ALIANÇAS

O governo das grandes potência firmaram tratados de aliança entre si, com o objetivo

de somar forças para enfrentar os rivais.

Depois de muitas negociações e tratados bilaterais, a Europa, em 1907, ficou dividida

em dois grandes blocos:

- Tríplice Aliança - formada inicialmente por Alemanha, Áustria e Itália;

-Tríplice Entente - formada inicialmente por Inglaterra, França e Rússia.

As alianças originais sofreram alterações e, conforme seus interesses, algumas forças

acabaram mudando de lado. Exemplo disso foi o governo da Itália, que, em 1915, passou para o

lado da Entente por ter recebido a promessa de compensações territoriais.

As tensões entre os dois blocos foram aumentando, a ponto de qualquer incidente poder dar inicio

a guerra.

O FIM DA GUERRA

O apoio financeiro e material dado pelo governo dos Estados Unidos ao entrar na guerra

foi decisivo para a vitoriada Entente de seus aliados. Os recursos da Entente eram muito

superiores aos da Tríplice Aliança. No inicio de 1918, as forças da Alemanha ficaram isoladas e

sem condições de sustentar os combates. Em 11 de novembro daquele ano, o governo alemão

assinou o armistício (acordo de Paz) em situação bastante desvantajosa. Aceitava, por exemplo,

retirar suas tropas de todos os territórios ocupados durante a guerra (Parte das tropas alemãs

estavam, no momento, em território francês), devolver aos adversários materiais de guerra

pesados e submarinos apreendidos e pagar indenizações pelos territórios ocupados.

Nos diversos locais onde foram travados combates, eram comuns as cenas de destruição

de plantações, Casas, edifícios, pontes e estradas. Uma grave crise sócio econômica atingiu os

países já abalados pelas perdas de bens materiais e pelos gastos de guerra. Além disso, foram

imensos os sacrifícios humanos: milhões de mortos, feridos e inválidos. Alguns historiadores

estimam que essa guerra deixou um saldo de aproximadamente 10 milhões de mortos e 30

milhões de feridos.

O sentimento de patriotismo eufórico que, em multos países, havia marcado o início da

guerra (Sempre estimulado pela propaganda governamental) transformou-se, em 1918, num

clima geral de profunda desolação e desesperança. Afinal, para que serviu tanta violência e

brutalidade?

O PÓS- GUERRA

A paz dos vencedores

Após a rendição alemã, no período de 1919 a 1920, realizou-se no palácio de Versalhes,

na França, uma série de conferências com a participação de representantes de 27 nações

vencedoras da guerra. Dessas conferências, sob a liderança dos representantes dos Estados

Unidos, da Inglaterra e da França, nasceu o Tratado de Versalhes, que impôs duras condições aos

alemães.

TRATADO DE VERSALHES

O Tratado de Versalhes estipulava, por exemplo, que a Alemanha deveria:

·Restituir a região da Alsácia Lorena a França;

·Ceder outras regiões a Bélgica, a Dinamarca e a Polônia;

·Entregar quase todos os seus navios mercantes a França, a Inglaterra e a Bélgica;

·Pagar uma enorme indenização em dinheiro aos parses vencedores;

·Reduzir o poderio militar de seus exércitos, sendo proibida de constituir aviação

militar.

O conjunto de decisões impostas aos alemães provocou, em pouco tempo, uma intensa

reação das forças políticas que se organizavam em seu país. Os alemães consideravam injustas,

vingativas e humilhantes as condições do Tratado de Versalhes. Anos mais tarde, o desejo de

mudar essas condições motivaria o ressurgimento do nacionalismo alemão.

Além do Tratado de Versalhes, foram assinados outros acordos entre os representantes

dos países envolvidos no conflito. Por meio desses tratados desmembrou-se o império Austro

Húngaro, alguns países ganharam territórios e outros perderam. Surgiram assim novos países,

como Checoslováquia, Hungria, Polônia, Iugoslávia, Áustria, Letônia, Lituânia e Estônia.

Desde o final do século XIX, a produção industrial norte-americana vinha se expandindo

e ampliando seu Campo de ação econômica em diferentes partes do mundo. A eclosão da

Primeira Guerra Mundial na Europa estimulou ainda mais o crescimento agrícola e industrial dos

Estados Unidos.

Conservando-se, a princípio, numa posição de neutralidade, os norte-americanos

forneciam seus produtos aos países envolvidos no conflito. Além disso, enquanto as potências

europeias concentravam seus esforços na guerra, as indústrias norte-americanos aproveitavam

para ocupar e suprir outros mercados na Ásia e na América Latina.

Possuindo aproximadamente a metade de todo o ouro que circulava nos mercados

financeiros do mundo, os bancos e o governo dos Estados Unidos saíram da Primeira Guerra

como credores da Europa, arrasada, projetando-se como grande potência mundial. O país viveu,

durante quase toda década de 1920, um período de euforia e prosperidade, que ficou conhecido

como “anos felizes".

FASCISMO NA ITÁLIA

Após a Primeira Guerra mundial, a Itália teve de enfrentar o saldo doloroso do conflito:

700 mil mortos, 500 mil feridos e dividas enormes contraídas junto aos bancos dos Estados

Unidos e da Inglaterra. Além disso, a fome, a inflação e o desemprego afetavam os operários e os

camponeses, provocando grande agitação social.

Foi nesse clima de instabilidade que Benito Mussolini (1883-1945) fundou, em 1921, o

Partido Nacional Fascista. Mussolini e seus companheiros de partido apresentavam-se como

solução para a crise italiana. Afirmavam ser capazes de acabar com as greves operarias e com a

agitação dos socialistas e de encaminhar a economia do país ao crescimento. Muitos industriais

acreditaram nessas propostas e financiaram a ascensão fascista. Em 1922, Mussolini conquistou o

poder na Itália.

O movimento fascista, segundo o próprio Mussolini, não tinha, em 1919, uma doutrina

claramente elaborada. Representava uma enérgica vontade de ação de cunho nacionalista dirigida

contra o liberalismo e o socialismo.

Sendo também ante proletário, atraiu as classes médias conservadoras e a alta burguesia.

Aos poucos, definiram-se as concepções fascistas sobre a sociedade- modelo a ser

construída. Nessa sociedade, o individuo deveria ser totalmente submisso as necessidades do

estado, que se tornaria, então, uma entidade poderosa, capaz de controlar a vida social. Como

dizia Mussolini: “Tudo no estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”.

NAZISMO NA ALEMANHA

Vencida na Primeira Guerra Mundial e humilhada pelas duras condições impostas pelo

Tratado de Versalhes, a sociedade alemã enfrentou os anos 1920 com imensas dificuldades

econômicas e sociais. Mesmo retomando o desenvolvimento industrial, a população do país ainda

sofria com o elevado número de desempregados e as altas taxas de inflação.

Entusiasmados com o exemplo da Revolução Russa, diversos setores do operariado

protestavam contra a exploração capitalista em greves organizadas pelo Partido Comunista

Alemão (KPD) e pelo Partido Social-democrata (SPD).

Temendo a expansão do socialismo, considerável parcela da elite política e econômica

alemã passou a apoiar o Partido Nazista -autoritário e antidemocrático -, liderado por Adolf

Hitler.

A Grande Depressão da década de trinta do século XX fez com muitos países tivessem

suas economias arrasadas. As democracias liberais foram abaladas, favorecendo a expansão das

ideias socialistas e a instalação de regimes totalitários.

A indústria bélica foi a solução encontrada por vários governos para aumentar o nível de

emprego em seus países. Sem duvida, a Depressão foi um dos motivos que favoreceu a eclosão

da Segunda Guerra Mundial. Além desse, devem ser considerados: a ineficiência da Liga das

Nações, os conflitos da década de trinta do século XX, a busca do espaço vital e o expansionismo

alemão.

Após promover a industrialização alemã, Hitler necessitava conseguir mercados

consumidores. Para concretizar seu projeto, de conquistar o espaço vital, desconsiderou as

disposições do Tratado de Versalhes: restabeleceu o serviço militar obrigatório, organizou a

Marinha e a Aeronáutica, desenvolveu a indústria bélica, reincorporou à Alemanha o território do

Sarre e ocupou a Renânia.

A doutrina do espaço vital consistia, de um lado, na integração de populações alemãs que

viviam na Áustria, na região dos Sudetos (Checoslováquia) e em Dantzig, na Polônia, e, de outro,

na conquista de regiões férteis e ricas em recursos minerais, necessárias ao desenvolvimento do

país.

Em 1938, com o apoio de grande parte da população austríaca, Hitler incorporou a Áustria

a Alemanha e, nesse mesmo ano, anexou a região dos Sudetos. Essa anexação foi reconhecida

pela Inglaterra e França, na conferência de Munique Em 1939, Hitler tomou toda a

Tchecoslováquia.

Em seguida, planejou a invasão do Corredor Polonês, faixa de terra que dava à Polônia

acesso ao mar, pelo porto de Dantzig. Por meio da propaganda controlada, o Führer afirmava que

o governo polonês oprimia os alemães que moravam nessa região. Os poloneses prepararam seus

exércitos e esperavam contar com o apoio da Inglaterra e da França.

Como a Alemanha não queria enfrentar duas frentes de batalha, em agosto de 1939

assinou com a URSS o Pacto de Não-Agressão.

O exército alemão, em 12 de setembro de 1939, invadiu a Polônia, provocando a reação

da Inglaterra e da França, que abandonaram a política de apaziguamento e declararam guerra a

Alemanha. Estava deflagrada a Segunda Guerra Mundial.

A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A partir da segunda metade do século XIX, com a segunda fase da Revolução Industrial e

as suas inovações técnicas e tecnológicas (produção do aço, produção da energia elétrica,

invenção do telégrafo e do telefone e fabricação dos automóveis), financiadas pelos capitalistas

industriais, o mundo passou por intensas transformações.

A concentração de capitais e a ascensão das grandes indústrias (dos monopólios) tornaram

viável o aumento da produção industrial e da industrialização pelo mundo. Porém, o

enriquecimento de poucos capitalistas industriais ocasionou o empobrecimento de grande parcela

da classe trabalhadora.

Nos meios urbanos e nos meios rurais, nas fábricas e nos campos, as máquinas passaram a

substituir a mão de obra humana. Consequentemente, o número de desempregados cresceu

acentuadamente; e os salários dos trabalhadores diminuíram. Dessa maneira, grande parcela da

população que ficou desempregada e com baixos salários passou a consumir mercadorias

industrializadas com menor frequência, retraindo o mercado consumidor.

Nos campos, muitos camponeses empobrecidos passaram a migrar para as cidades em

busca de melhores condições de vida. De 1873 a 1896, o sistema capitalista viveu sua primeira

grande crise, chamada de Grande Depressão.

A Grande Depressão Capitalista, no século XIX, configurou-se como uma crise

decorrente da evolução do sistema capitalista. Essa crise gerou um descompasso entre a

superprodução de mercadorias nas indústrias e uma população de trabalhadores sem poder

aquisitivo para consumir essas mercadorias (decorrente do aumento do desemprego entre os

trabalhadores e da redução dos seus salários).

Em virtude da Grande Depressão Capitalista no século XIX, ocorreram duas principais

consequências na economia dos países industrializados: a primeira foi a falência das pequenas e

médias empresas e a concentração do capital nas mãos de poucos capitalistas industriais. A

segunda consequência da depressão foi a busca de mercados consumidores externos, ou seja, fora

da Europa, nos continentes ainda não industrializados, como a Ásia e a África.

Esse fato deu início ao Neocolonialismo europeu, isto é, à partilha do continente asiático e

africano pelas grandes potências industriais no século XIX. Era o início da exploração capitalista,

da espoliação dos trabalhadores e dos recursos ambientais mundiais.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Na Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), ocorreram diversas frentes de luta que

atingiram todos os mares e Continentes.

As origens da guerra

A Grande Depressão da década de trinta do século XX fez com muitos países tivessem

suas economias arrasadas. As democracias liberais foram abaladas, favorecendo a expansão das

ideias socialistas e a instalação de regimes totalitários.

A indústria bélica foi a solução encontrada por vários governos para aumentar o nível de

emprego em seus países. Sem duvida, a Depressão foi um dos motivos que favoreceu a eclosão

da Segunda Guerra Mundial. Além desse, devem ser considerados: a ineficiência da Liga das

Nações, os conflitos da década de trinta do século XX, a busca do espaço vital e o expansionismo

alemão.

Após promover a industrialização alemã, Hitler necessitava conseguir mercados

consumidores. Para concretizar seu projeto, de conquistar o espaço vital, desconsiderou as

disposições do Tratado de Versalhes: restabeleceu o serviço militar obrigatório, organizou a

Marinha e a Aeronáutica, desenvolveu a indústria bélica, reincorporou à Alemanha o território do

Sarre e ocupou a Renânia.

A doutrina do espaço vital consistia, de um lado, na integração de populações alemãs que

viviam na Áustria, na região dos Sudetos (Checoslováquia) e em Dantzig, na Polônia, e, de outro,

na conquista de regiões férteis e ricas em recursos minerais, necessárias ao desenvolvimento do

país.

Em 1938, com o apoio de grande parte da população austríaca, Hitler incorporou a Áustria

a Alemanha e, nesse mesmo ano, anexou a região dos Sudetos. Essa anexação foi reconhecida

pela Inglaterra e França, na conferência de Munique Em 1939, Hitler tomou toda a

Tchecoslováquia.

Em seguida, planejou -a invasão do Corredor Polonês, faixa de terra que dava à Polônia

acesso ao mar, pelo porto de Dantzig. Por meio da propaganda controlada, o Führer afirmava que

o governo polonês oprimia os alemães que moravam nessa região. Os poloneses prepararam seus

exércitos e esperavam contar com o apoio da Inglaterra e da França.

Como a Alemanha não queria enfrentar duas frentes de batalha, em agosto de 1939

assinou com a URSS o Pacto de Não-Agressão.

O exército alemão, em 12 de setembro de 1939, invadiu a Polônia, provocando a reação

da Inglaterra e da França, que abandonaram a política de apaziguamento e declararam guerra a

Alemanha. Estava deflagrada a Segunda Guerra Mundial.

O EQUILÍBRIO DAS FORÇAS: 1942-1943

A partir de 1942, os aliados passaram a obter vitórias em várias frentes. Os norte-

americanos obrigaram os japoneses a recuar e, no norte da África, as tropas inglesas venceram as

alemãs.

Na URSS, os alemães foram derrotados na Batalha de Stalingrado. Entre 1942 e 1943 os

nazistas passaram a usar métodos de extermínio em massa para eliminar o povo judeu. Em

princípios de 1945 Hitler já havia eliminado mais de 6 milhões de judeus.

Nos países ocupados pelos nazistas, começava a surgir diversos movimentos de

resistência, que atuavam através da sabotagem ou guerrilha.

De 1944 a1945, OS ANOS DECISIVOS PARA OS ALIADOS

Em 1943, os aliados, Inglaterra, França, União Soviética e os Estados Unidos

desembarcaram na Sicília e o rei Vitor Emanuel III destituiu Mussolini do poder, que se refugiou

no norte da Itália, onde resistiu até 1945.

A 6 de junho de 1944, ocorreu o desembarque aliado na Normandia, que ficou conhecido

como ”Dia D", Ao mesmo tempo, os alemães foram obrigados a retroceder e a abandonar Paris.

A França foi libertada do domínio nazista.

Iniciava-se a decadência da Alemanha. Suas fábricas já não produziam armas suficientes e

os recursos se esgotavam. O país inteiro sofria as consequências dos bombardeios aliados.

Em 2 de maio de 1945, os aliados chegaram a Berlim. Dias antes, Hitler havia se

suicidado, No dia 8, a Alemanha se rendeu coma assinatura do armistício. A guerra na Europa

havia terminado.

A guerra no Pacifico, entre os Estados Unidos e o Japão, durou até agosto, quando o

presidente Harry Truman tomou a decisão de largar bombas atômicas nas cidades japonesas de

Hiroshima e Nagasaki. O Japão rendeu-se a 15 de agosto de 1945, terminando a Segunda Guerra

Mundial.

EXERCÍCIOS

17-Em que ano aconteceu a Revolução Russa?

18-Como era chamado o Líder Russo?

19- Quemera o Czar Russo em 1917, e quais as medidas tomadas pelo mesmo em 1905?

20-O que eram os Movimentos Nacionalista, causadoras da 1ª Guerra Mundial?

21- Quais os dois principais grupos rivais que se formaram para a 1ª Guerra Mundial e qual o

período da Guerra?

22-Qual a principal consequência da 1ª Guerra Mundial?

23-O que foi o Tratado de Versalhes?

24-Quais os países onde se desenvolveu o Nazismo e o Fascismo?

25- O que foi a grande Depressão Capitalista ou Quebra da Bolsa de Valores de Nova Yorque?

26-Qual o período da Segunda Guerra Mundial?

27- Qual a principal causa da 2ª Guerra Mundial?

A ERA VARGAS

A Revolução de 30, originada dos conflitos internos das oligarquias, da crise da

agricultura cafeeira e das pressões políticas de setores da burguesia, da classe media e das classes

populares, foi um movimento de enorme importância para a História do Brasil contemporâneo.

Rompeu o círculo vicioso dos governos oligárquicos e abriu caminho para a ascensão e atuação

de novas forças sociais. Deu inicio a importantes e profundas reformas econômicas, políticas e

institucionais que representaram o começo da modernização brasileira nos anos 30 e 40.

Getúlio Vargas governou o Brasil por período de quinze anos:

De 193O até 1934, ficou como presidente provisório:

Em 1934, foi eleito pela Assembleia Constituinte para governar por mais quatro anos

Em 1937, através de um golpe de Estado, aumentou muito seu poder, permanecendo

como presidente da Republica até 1945.

O governo provisório (1930- 1934)

Durante o governo provisório, os principais problemas enfrentados pelo novo presidente

foram:

Reorganizar a vida política do país;

Solucionar a crise econômica.

Getúlio Vargas nomeou imediatamente seus ministros, dissolveu o Congresso Nacional,

as Assembleias Legislativas Estaduais e as Câmaras Municipais, e afastou os governadores de

seus cargos. A Constituição de 1891 também foi suspensa, e os partidos políticos foram

proibidos.

Também foram postas em prática no Governo Provisório as medidas seguintes:

Nomeação de interventores para substituir os governadores estaduais;

Criação dos novos ministérios, como o da Educação e Saúde Publica, e do Trabalho,

Indústria e Comércio;

Convocação de uma Assembléia Constituinte para elaboração de uma nova constituição

federal;

Centralização completa da política econômica financeira e da administração do comércio

exterior.

Os tenentes, por sua vez, influenciaram bastante na escolha dos interventores. Assim, do

Espírito Santo para o norte, quem nomeou os interventores para os Estados foi o tenente Juarez

Távora, apelidado, por isso, de vice-rei do Norte,

No campo econômico, o maior problema estava ligado a crise do café. Para resolvê-la,

Getúlio criou o Conselho Nacional do Café, em 1931; em 1933 esse conselho foi transformado

no Departamento Nacional do Café, que era inteiramente controlado pelo governo federal.

A frente do governo Provisório; Getúlio Vargas justificava essas medidas pela

necessidade de “remover os obstáculos que impediam a ação do governo” e de ajustar a nova

realidade político-institucional aos “propósitos moralizadores” da revolução. Constituído por

representantes das diversas forças que participaram ou apoiaram a Revolução de 30, o Governo

Provisório procurava, combinar o atendimento a asses diferentes grupos sociais com as

necessidades de sua própria atuação centralizadora. Começava, enfim, na prática, a execução de

uma estratégia política populista, que iria marcar toda a era Vargas, de 1 930 e 1945. Uma

estratégia difícil e complicada com a qual Getúlio procuraria firmar o Estado no duplo papel de

árbitro dos conflitos sociais, econômicos, e políticos e de principal agentes da modernização geral

do país.

A Era Vargas, que ocorreu entre os anos de 1930 e 1945, foi o período em que Getúlio

Vargas esteve no poder.

Na História do Brasil República, um dos períodos mais decisivos ficou conhecido sob o

nome de Era Vargas. Sabe-se que Vargas foi o político que, por mais tempo, exerceu o cargo de

chefe do poder executivo da República brasileira. Inicialmente, por 15 anos (de 1930 a 1945), e,

depois, por mais 4 anos (de 1950 a 1954). A “Era Vargas” compreende a primeira fase apontada.

A Era Vargas, ou Período Getulista, como também ficou conhecida, teve início com a

Revolução de 1930, que deu fim à República dos Oligarcas, afastando o então presidente

Washington Luís e uma série de governadores do poder. Essa era teve seu fim em 1945, quando

terminou a Segunda Guerra Mundial e Vargas foi pressionado pelos militares a deixar o cargo e

retirar-se para o Rio Grande do Sul, sua terra natal. Esse arco temporal pode ser dividido em três

fases: o Governo Provisório, o Governo Constitucional e o Governo Ditatorial (ou Estado Novo).

Nas fases dos Governos Provisório e Constitucional, uma série de eventos decisivos

ocorreu, mudando radicalmente a estrutura do poder republicano, além de promover

transformações econômicas de grande lastro também. Tudo começou com a já mencionada

Revolução de 1930, que empossou Vargas no poder. As primeiras medidas tomadas tinham em

vista o desmantelamento do “mandonismo” regional e da polaridade política em estados como

Minas Gerais e São Paulo. Uma dessas medidas consistia no envio de interventores para certos

estados, que ocuparam o lugar dos respectivos governadores.

Passados dois anos do exercício da política de intervenção, houve uma reação liderada por

um dos estados mais poderosos da nação, São Paulo. A reação tinha com motivo principal a não

convocação de uma constituinte para a elaboração de uma nova Carta Constitucional (a última

era de 1891). O impasse resultou em guerra e ficou conhecido como Revolução

Constitucionalista de 1932.

Passada a guerra de 1932, finalmente, em 1934, uma Constituição foi elaborada e teve

início o período do Governo Constitucional, que durou até 1937. Nesse espaço de tempo, Vargas

teve de enfrentar outras formas de organização política, sobretudo o comunismo e o integralismo.

A chamada Intentona Comunista, inclusive, foi um dos eventos usados como justificativa para o

golpe que foi dado em 1937, por meio do qual foi instituído o Estado Novo.

Com o Estado Novo, Vargas limitou as liberdades individuais, poder que o exército lhe

conferiu em virtude de sua capacidade administrativa e de sua habilidade de condução populista

da massa de trabalhadores. A criação da CLT, Consolidação das Leis Trabalhistas, foi um dos

feitos desse período. A estrutura simbólica da ditadura varguista emulava muitas características

do fascismo italiano e do nazismo alemão. Durante essa fase, Vargas, inclusive, esteve muito

próximo a esses dois. Além disso, do ponto de vista econômico, uma das medidas mais

importantes foi o desenvolvimento das indústrias de base, como a metalurgia, a siderurgia e a

extração de petróleo.

MUNDO BIPOLAR E A GUERRA FRIA

A Guerra Fria começa a ser contada com o envio das bombas atômicas às cidades de

Hiroshima e Nagasaki e a consequente rendição japonesa na Segunda Guerra, o mundo parecia

finalmente se encaminhar para um cenário mais pacífico. Em meados de 1945, o conflito fora

oficialmente finalizado através da assinatura de acordos de paz que decretaram o triunfo dos

Aliados e, portanto, a derrota das nações fascistas do Eixo. Muitos foram aqueles que

proclamavam, então, a vitória da “democracia” ante o autoritarismo da “extrema-direita”.

No entanto, nesse mesmo cenário, iniciava-se outro conflito que, embora não declarado,

viria a ser travado nas mais diversas esferas sociais, impactando nos destinos de todos os países

do mundo. Liderados pelas duas grandes potências vitoriosas da 2ª Guerra, esse novo combate

colocava em lados opostos dois regimes político-econômicos antagônicos, o capitalismo e o

socialismo, então conduzidos, respectivamente, por Estados Unidos e União Soviética.

Após uma aliança momentânea no combate ao nazi fascismo, URSS e EUA passavam a

se entender como inimigos. Esta luta, porém, não viria a ser combatida numa guerra

convencional. Como as duas potências dominavam a tecnologia nuclear, o risco da “destruição

mútua” limitava as ações militares de ambos os lados, construindo um cenário marcado por uma

espécie de “Equilíbrio pelo Terror”. É justamente a partir de tais referências que podemos

determinar o início da Guerra Fria.

EXPANSÃO CAPITALISTA

Conflito de abrangência internacional, a Guerra Fria serviu como palco de uma intensa e

constante disputa entre as potências envolvidas. Aos Estados Unidos, competia desenvolver

estratégias com o intuito de ampliar a área de influência da economia capitalista. Para tanto,

mostrava-se fundamental estabelecer alianças com o maior número possível de nações. É, neste

sentido, que podemos localizar a formação da “Doutrina Truman” e do “Plano Marshall”.

Baseada nas diretrizes estabelecidas pelo então presidente norte-americano Harry Truman,

a Doutrina Truman previa a intervenção dos EUA em áreas ameaçadas pelo comunismo. Tal

ingerência baseava-se no apoio militar e financeiro a essas regiões. Concomitantemente, o Plano

Marshall fundamentava-se no auxílio econômico aos países europeus destruídos pela Segunda

Guerra. Buscava, com isso, revitalizar a economia de mercado nessas localidades.

Com o mesmo intuito de bloquear a expansão vermelha, foram criadas ainda a OTAN

(Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a OEA (Organização dos Estados Americanos).

Internamente, o governo estadunidense realizou uma verdadeira “caça às bruxas”, com a

perseguição de “simpatizantes comunistas” presentes no território norte-americano. Liderado

pelo senador Joseph McCarthy, tal “caçada” ficou conhecida como Macarthismo.

URSS E O MURO DE BERLIM

Do outro lado da “Cortina de Ferro”, as diretrizes socialistas eram estabelecidas, em sua

maioria, pela União Soviética. Já nos primeiros momentos da Guerra Fria, o governo de Joseph

Stalin liderou a criação do “Comecon” (Conselho Econômico de Assistência Mútua), que

buscava aumentar a interação econômica entre as nações socialistas. Buscava-se, assim, fragilizar

o mercado capitalista, notadamente no Leste Europeu.

A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA

Imagem: Reprodução

O contexto do processo de descolonização da Ásia se dá quase que simultaneamente ao da

Segunda Guerra Mundial, um dos maiores conflitos armados da história. Ao fim da Segunda

Guerra, quando se inicia a Guerra Fria, o capitalismo, encabeçado pelos Estados Unidos e o

socialismo, liderado pelos Soviéticos tinham grandes pretensões de expandir seus domínios e

disseminar suas ideologias e doutrinas para outros territórios. Esses sistemas viram naquele

momento uma oportunidade para atingir seus objetivos, e prestaram apoio a várias colônias que

queriam se tornar independentes.

As colônias asiáticas alcançaram sua independência em datas próximas, formando quase

que uma onda de libertação no continente asiático e quebrando o longo domínio europeu sobre

seus territórios, defendendo seus interesses e suas crenças.

Resumo sobre a descolonização da Ásia

A China deu início à revolução socialista em seu território, impedindo assim que forças

inglesas, alemãs e japonesas continuassem a comandar a região.

As Filipinas tornam-se independentes em 12 de junho de 1946 tendo sua República

proclamada por Manoel Roxas.

O Irã consegue a retirada das tropas do exército soviético em 15 de junho de 1947

tornando-se assim independente.

O Paquistão e a Índia põem fim ao domínio britânico em seu território em 15 de agosto

também de 1947.

Siri Lanka (antigo Ceilão) e Brimânia tornam-se independentes em 4 de janeiro de 1948.

O Camboja torna-se independente no ano de 1954, sendo já autônomo dentro da União

Francesa desde o ano de 1946. Insatisfeitos com a declaração do príncipe NorodonSihanuk, que

declara-se neutro, a extrema direita das forças armadas lançam um golpe de Estado e derrubam o

príncipe em 13 de março de 1970, comandado pelo general LonNol que permite a entrada de

tropas americanas no país com a finalidade de combater o temido Khmer Vermelho, movimento

de extrema que agia na clandestinidade.

O subcontinente da Índia era a parte central do império britânico no século XX, cujos

territórios formam hoje Paquistão e Bangladesh. Sua independência iniciou-se de sob o comando

do advogado hindu Mohandas Gandhi, que posteriormente passaria a ser conhecido como

Mahatma (que significa “grande alma”) Gandhi. Ele pregava resistência de forma pacífica e

reformas socioeconômicas que dariam melhores condições de vida aos 60 milhões de pessoas que

tinham posição contra ao monopólio britânico.

No ano de 1947 Índia e Paquistão, lideradas por JauaharlalNehru e Liaqat Ali Cã (como

primeiro ministro) respectivamente tornam-se independentes, contudo, o alto custo dos conflitos

entre hindus e mulçumanos continuam a causar vítimas e os estados de Jammu e Cachemira,

mesmo o cessar fogo decretado pela ONU (Organização das Nações Unidas) não dá resultado.

Assim no ano de 1957 a Índia tem anexado ao seu território sua parte ocupada do estado da

Cachemira, contrariando a Assembleia Geral.

Apesar das dificuldades o continente asiático conseguiu se sobrepor a dominação

Européia e fazer-se independente, com apoio de capitalistas e socialistas, várias colônias se

libertaram e puderam seguir com suas próprias culturas e sistemas de sociedade.

A DITADURA NAS AMERICANAS

O processo de independência das nações latino-americanas, ao longo do século XIX, deu

origem a uma série de Estados independentes em sua maioria influenciados pelo ideário

iluminista. No entanto, a obtenção dessa soberania política não foi capaz de dar fim à

dependência econômica que submetia tais países aos interesses das grandes potências econômicas

da época. Ao mesmo tempo, a consolidação da democracia ainda era prejudicada pela ação de

governos tomados por uma elite conservadora e entreguista.

No século XX, a desigualdade social e a exclusão econômica ainda eram questões que

permaneciam pendentes nas várias nações latino-americanas. Contudo, a ascensão de forças

reformistas e nacionalistas passou a se contrapor à arcaica hegemonia caudilhista das elites. A

insistência em manter as classes populares excluídas do jogo político e, ao mesmo tempo,

preservar a economia nacional atrelada aos interesses dos grandes centros capitalistas começou a

sofrer seus primeiros abalos.

Após a Segunda Guerra Mundial, a instalação da ordem bipolar e o sucesso do processo

revolucionário cubano inspiraram diversos movimentos de transformação política no continente

americano. Em contrapartida, os Estados Unidos – nação que tomava a dianteira do bloco

capitalista – preocupava-se com a deflagração de novas agitações políticas que viessem a abalar a

hegemonia política, econômica e ideológica historicamente reforçada nos combalidos Estados

latino-americanos.

Nesse contexto, ao longo das décadas de 1960 e 1970, os diversos movimentos de

transformação que surgiram em nações americanas foram atacados pelo interesse das elites

nacionais. Para tanto, buscavam o respaldo norte-americano para que pudessem dar fim aos

movimentos revolucionários que ameaçavam os interesses da burguesia industrial responsável

por liderar essas ações golpistas. Com isso, a ingerência política dos EUA se tornou agente

fundamental nesse terrível capítulo da história americana.

A perseguição política, a tortura e a censura às liberdades individuais foram integralmente

incorporadas a esses governos autoritários que se estabeleceram pelo uso da força. Dessa forma,

os clamores por justiça social que ganhavam espaço no continente foram brutalmente abafados

nessa nova conjuntura. Ainda hoje, as desigualdades sociais, o atraso econômico e a corrupção

política integram a realidade de muitos desses países que sofreram com a ditadura.

A DITADURA NO BRASIL

Ditadura Militar no Brasil - 1964 – 1985.

O Regime militarfoi o período da política brasileira em que militares conduziram o país.

Essa época ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos Institucionais

que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos

constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime

militar.

A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964,

resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o

Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como

uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves

em 1985. Os militares na época justificaram o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça

comunista no país.

Golpe Militar de 1964

O Golpe Militar de 1964 marca uma série de eventos ocorridos em 31 de março de 1964

no Brasil, e que culminaram em um golpe de estado no dia 1 de abril de 1964. Esse golpe pôs fim

ao governo do presidente João Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido de forma

democrática, eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Imediatamente após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-1. Com 11

artigos, o mesmo dava ao governo militar o poder de modificar a constituição, anular mandatos

legislativos, interromper direitos políticos por 10 anos e demitir, colocar em disponibilidade ou

aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime

democrático e a probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas para a

presidência da República.

Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do poder

Executivo, caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a função de

legislar, em detrimento dos outros poderes estabelecidos pela Constituição de 1946. O Alto

Comando das Forças Armadas passou a controlar a sucessão presidencial, indicando um

candidato militar que era referendado pelo Congresso Nacional.

A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos,

sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram

suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações

artísticas foram reprimidos pela censura. A década de 1960 iniciou também, um período de

grandes transformações na economia do Brasil,de modernização da indústria e dos serviços, de

concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e do endividamento externo.

GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967)

Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da

República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia,

porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária.

Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos.

Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus

direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo

militar.

Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento

de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro ( MDB ) e a Aliança Renovadora Nacional (

ARENA ). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo

representava os militares.

O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país.

Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e

suas formas de atuação.

A DEMOCRACIA NO BRASIL

A história da democracia no Brasil é conturbada e difícil. Vencida a Monarquia semi-

autocrática e escravista, e após a fase democratizante mas turbulenta da República da Espada de

1889-1894, a República Velha conhece relativa estabilidade. É, porém, a estabilidade oligárquica

dos coronéis e eleições a bico de pena, que após 22 entra em crise. Com frequência sofre o

trauma dos estados de sitio, ante movimentos armados contestatórios ou disputas intra-

oligárquicas que fogem ao controle, para não falar da repressão a movimentos populares.

• A Revolução de 30 não efetiva sua plataforma de liberalização e moralização política.

Vargas fica 15 anos à frente do Executivo, sem eleição. A ordem constitucional tardiamente

instaurada com a Assembleia de 34 dura apenas 3 anos. Segue-se em 37-45 a ditadura do Estado

Novo, com Parlamento fechado, partidos banidos, uma Constituição outorgada e ainda assim

desobedecida, censura, cárceres cheios, tortura.

• A democratização de 45 sofre o impulso externo da derrota do nazismo. Internamente

não enfrenta maior resistência, até porque o antigo ditador adere a ela, decreta a anistia, convoca

eleições gerais, legaliza os partidos. A seguir, o golpe de 29/10/45 e o empenho conservador do

gen. Dutra impõem-lhe limites. O regime instituído pela Constituinte de 46 é uma democracia

formal. As elites governantes da ditadura estado novista reciclam-se, aglutinam-se no PSD e

conservam sua hegemonia. O gov. Dutra é autoritário: intervém em sindicatos, devolve o PC à

ilegalidade, atira a policia contra manifestações.

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• A instabilidade é a outra marca da democracia pós-45

Após o golpe militar de 29/10/45, vêm os ensaios de ago/54, nov/55, ago./61 e outros

menores. A UDN contesta as posses de Getúlio, JK e Goulart com apelos à intervenção das

Forças Armadas. Confirmasse a imagem, criada na Constituinte pelo udenista João Mangabeira,

que compara a democracia a "uma planta tenra, que exige todo cuidado para medrar e crescer".

• O golpe de 64 trunca a fase democrática ao derrubar pela torça o pres. Goulart. Pela 1a

vez no Brasil, as Forças Armadas não se limitam a uma intervenção pontual; assumem o poder

político enquanto instituição, dando início a 2 décadas de ditadura.

• A ditadura militar de 64-85 é a mais longa e tenebrosa fase de privação das liberdades e

direitos em um século de República. Caracteriza-se pelo monopólio do Executivo pêlos generais,

o arbítrio, a sujeição do Legislativo e do Judiciário, as cassações, a censura, a repressão militar-

policial, a prisão, tortura, assassinato e "desaparecimento" de opositores. Sua 1a fase, até 68,

conserva resquícios de ordem constitucional e impõe certos limites à ação repressiva; a 2a, de 68-

78, à sombra do Al-5, leva ao extremo o arbítrio e a repressão; a 3a, crepuscular, é de paulatino

recuo, sob os golpes de uma oposição que passa da resistência à contraofensiva.

• A consciência democrática surgida na resistência à ditadura introduz um elemento novo

na vida política. Pela 1a vez transborda de setores urbanos minoritários para as grandes massas,

enraíza-se nos movimentos de trabalhadores das cidades e do campo, estudantes, moradores,

intelectuais e artistas, ação pastoral da Igreja, órgãos de imprensa e outras áreas de uma sociedade

civil que se organiza. Cria um vinculo em grande parte inédito entre direitos políticos e direitos

econômico-sociais, um patamar novo de cidadania, mais abrangente e exigente. Sua expressão

mais visível é a Campanha das Diretas-84. Depois dela, a ditadura negocia apenas as condições e

prazos do seu desaparecimento.

• A democratização de 85 é conduzida pelos moderados do PMDB e a dissidência do

oficialismo que forma o PFL. Após a derrota da Campanha das Diretas, adota a via de vencer o

regime dentro do Colégio Eleitoral que ele próprio criou. Negociada com expoentes do Sistema

de 64, traz o selo da conciliação, típico das elites brasileiras desde 1822. Mas traz também a

marca da ebulição político-social de massas que na mesma época rompe os diques erguidos desde

64. O resultado, expresso na Constituição de 88, é uma democracia mais ousada e socialmente

incisiva, se comparada à de 45, embora sua regulamentação e aplicação permaneçam sempre

aquém do texto constitucional.

•O impeachment de Collor põe à prova as instituições da Nova República. Estas passam

no teste sem quebra da ordem constitucional democrática, graças a intensa mobilização da

opinião pública e a despeito do apego do presidente a seu cargo. Porém a emenda constitucional

que institui a reeleição (28/1/97) e várias outras cogitadas pelo bloco de apoio ao gov. FHC (volta

do voto distrital, fidelidade obrigatória, restrições à liberdade partidária) indicam que o regime

político está longe de estabilizar-se.

• O sistema de governo, presidencial ou parlamentarista. é submetido a plebiscito em

21/4/93, por determinação da Carta de 88. Embora as elites se apresentem às urnas divididas, o

eleitorado reafirma o presidencialismo em todos os estados e por expressiva maioria (mais de

2/3). motivado em especial pela defesa da eleição direta para presidente.

•O Brasil pós-30, visto em perspectiva, alterna longos períodos de ditadura e instabilidade

e momentos, bem mais curtos e não menos conturbados, de certo revigoramento democrático (30-

35, jan-out/45, 56-64). Em 7 décadas. apenas um presidente (Juscelino) consegue a proeza de

eleger-se pelo voto, cumprir o mandato e empossar um sucessor também eleito, A

democratização pós-85 ainda é apenas uma promessa de superação desse ciclo histórico.

• As Forças Armadas intervêm pela violência na vida política da República, com

frequência e desenvoltura crescentes, até estabelecerem seu monopólio sobre o poder com o

regime de 64.0 jacobinismo republicano florianista desdobra-se no tenentismo dos anos 20 e

desagua na Revolução de 30, já cindido em 2 vertentes opostas. Uma, nacionalista e com sua ala

esquerda, engaja-se na campanha do Petróleo é Nosso, garante a posse de JK em 55 e Goulart em

61, forma o dispositivo militar do gov. Jango. Outra cria estreito vinculo com os EUA após a

Campanha da Itália, assume a ideologia da Guerra Fria, empenha-se nos pronunciamentos

militares de 45-61, protagoniza a conspiração anti-Jango e o golpe de 64. Entre outras coisas, 64

representa um ajuste de contas entre as 2 tendências, com a derrota estratégica embora não

definitiva da 1a.

• O regime militar degrada seriamente a imagem das Forças Armadas. Afora o desgaste

inerente ao exercício de uma função alheia à sua natureza, o estamento militar arca com os

revezes econômicosociais e, sobretudo, com o ónus da repressão, das torturas e assassinatos.

Embora a maioria dos oficiais e praças não se envolva diretamente na ação repressiva, toda a

corporação acaba afetada pela conduta dos órgãos de segurança e seu comando, que se

confundem com ó regime.

• A volta aos quartéis inicia longa e muda purgação. Porta-vozes militares opinam durante

a Constituinte sobre o papel das Forças Armadas; mais tarde propõem o esquecimento do passado

repressivo nos anos de chumbo; mas em geral silenciam, mesmo no delicado episódio do

impeachment. Entretanto, o fim da Guerra Fria e a globalização sob a égide dos EUA reabrem o

debate sobre Forças Armadas e soberania nacional em países como o Brasil, ao proporem, por

exemplo, a internacionalização do combate ao narcotráfico, da preservação ambiental e em

especial da Amazónia. Os militares brasileiros enfrentam, ao lado do peso do passado, do corte

de verbas e da rebaixa dos soldos, o desafio de formular um pensamento estratégico pós-Guerra

Fria.

• Uma humilhante derrota macula os 1" passos do parlamento brasileiro: a 12/11/1823 d.

Pedro l dissolve pela força a 1a Assembleia Constituinte aberta 6 meses antes; o dep. António

Carlos de Andrada, ao deixar o prédio cercado pela tropa, tira o chapéu com ironia para "Sua

majestade, o canhão". Cria-se ai um padrão: a submissão do legislador ao canhão.

• O parlamento é débil desde o Império, onde o monarca nomeia os senadores e dissolve a

Câmara quando lhe convém. Vinda a República, o pres. Deodoro decreta em 3/11/1891 o

fechamento do Congresso, não efetivado porque o governo cai em seguida. A República Velha

mantém o legislativo aberto, mas degrada-o com as degolas que manipulam sua composição.

Após a Revolução de 30 o Brasil fica 3 anos sem Congresso [3.2], volta a tê-lo por outros 4 e

passa mais 8 sem ele. A República de 45 em certa medida fortalece o legislativo. Mas o regime

de 64 submete-o aos piores vexames, do simulacro de eleição de Castelo ao Pacote de Abril,

passando pelo Al-5.

• Os partidos políticos refletem essa debilidade, a vida democrática precária, intermitente

ou inexistente, e certo pragmatismo da elite governante, avesso a engajamentos ideológicos ou

programáticos. O sistema partidário brasileiro é frágil e instável inclusive em confronto com

outros países latino-americanos.

•Os 1° partidos assim chamados, das vésperas do Grito do Ipiranga ao início das

Regências, não são organizações. nem sequer agremiações, mas correntes de pensamento, fluidas

e imprecisas. Só no debate do Ato Adicional de 1834 formam-se o Partido Liberal e o

Conservador, a 1a geração de partidos propriamente ditos.

•A República varre com as agremiações da Monarquia e produz a 2a geração partidária.

Sua característica é a fragmentação em legendas estaduais, acompanhando o federalismo

centrífugo da época. Predominam os Partidos Republicanos, alguns formados antes de 1889 (o de

SP é de 1873), todos (exceto, em parte, o do RS) com precária nitidez programática e estruturas

fluidas, descentralizadas, assemelhadas a confederações de coronéis.

• O Partido Comunista foge a esta e outras regras. Fundado em 22. como seção da 3a

Internacional, com bases no movimento operário, tem caráter nacional e perfil programático e

ideológico incisivo (revolucionário, marxista). Mesmo proibido, clandestino, perseguido, às

vezes selvagemente (35-42, 64-79). mesmo assim atravessa as sucessivas gerações partidárias da

República.

• Os revolucionários de 30 não conseguem estruturar um partido próprio, permanecendo

no estágio mais rudimentar dos clubes (Legião Revolucionária, Clube 3 de Outubro). As siglas

criadas em 31-37 chegam a centenas, mais uma vez com abrangência estadual (a Ação

Integralista é a exceção mais notável). O golpe do Estado Novo dissolve a todas, sem maior

resistência, e assume o discurso de que os partidos são uma ameaça à unidade nacional.

•A democratização de 45 introduz novidades. Os partidos da 4a geração ]têm, na maioria,

caráter nacional, um mínimo de consistência programática e identidade própria. No entanto, as

tensões políticas que se agravam levam ao seu esgarçamento, acelerado nos anos 60. As

principais legendas se dividem em questões decisivas, cristalizando alas que atuam e votam à

revelia das deliberações partidárias. A vida política e polarizada por coligações e frentes

informais, que não coincidem com as siglas existentes, que João Mangabeira considera "mais

partidas e partilhas do que propriamente partidos". Uma reestruturação de vulto parece iminente

quando sobrevêm o golpe de 64, preparado e desfechado à margem dos partidos; no ano seguinte,

o Al-2 encerra a experiência pluripartidária.

•O bipartidarismo imposto pelo Al-2 (27/10/65) realiza um antigo sonho conservador ao

unificar na Arena o PSD e a UDN, sob a batuta do regime militar e com a tarefa de dar-lhe

sustentação politico-parlamentar e eleitoral. No PMDB ficam os que se opuseram ao golpe,

depurados pelas cassações. Seus defensores invocam o modelo dos EUA, e/ou a instabilidade

derivada de um número excessivo (13) de siglas. Mas a experiência bipartidária acaba voltando-

se contra seus autores, tendendo progressivamente a transformar cada eleição em um julgamento

plebiscitário do regime de 64. A Arena, criada para ser governo, reflui, enquanto avança o MDB,

a começar pelos grandes centros urbanos. Antes de confrontar-se com uma derrota eleitoral

decisiva que parece inelutável, o regime muda novamente as regras do jogo: encerra a 5a geração

partidária, impõe a extinção compulsória da Arena e do MDB e a volta do pluripartidarismo.

• O quadro partidário atual forma-se a partir da reforma de 22/11/79, em um quadro

deacesso dos movimentos político-sociais de massas, fim do Al-5, anistia e retorno de certas

franquias democráticas; o regime militar resiste, mas já em seu crepúsculo. Nesta 6a geração o

corte não é tão abrupto: o PMDB é em essência continuação do MDB; o PDS-PPR-PPB dá

sequência à Arena: o PDT recupera em parte a herança, o perfil e os quadros do PTB pré-65. O

novo leque partidário sobrevive à democratização de 85, mas sofre deslocamentos de vulto: o

PMDB, após as dissidências originadas pela reforma de 79. sofre em 88 outro cisma, que dá

origem ao PSDB; o PSD divide-se na crise de 84, quando surge o PFL; em 85 o n° de siglas sobe

bruscamente, para mais de 40, mas em geral sem maior expressão: os comunistas alcançam afinal

uma legalidade relativamente estável; em 97 o PT, PDT e PCdoB formalizam na Câmara um

bloco oposicionista.

•As gerações partidárias brasileiras, em resumo, são; a fase preliminar dos partidos

inorgânicos, somando 14 anos (1820-1834); a 1a geração, do Império, com 55 anos (1834-1889);

a 2a, da República Velha, 41 anos (1889-1930); a 3a, pós-30, 7 anos (30-37); superado o

interregno estadonovista, vem a 4a geração, com 20 anos (45-65); a 5a.pós-AI-2, dura 14 anos

(65-79); e há a 6a, a partir da reforma de 79, ainda em curso.

•O Congresso dos anos 90 funciona sem interrupções desde 15/4/77, um recorde não

atingido desde 30. Forma o núcleo do Colégio Eleitoral que encerra em 15/1/85 o ciclo de 64.

Atendendo a forte pressão da opinião pública, decide o impeachment de Collor (29/9-30/12/92).

Entretanto, vive problemas estruturais e de imagem que permitem falar em uma crise do

Legislativo.

•A distorção nas bancadas estaduais na Câmara, acentuada pela ditadura e mantida pela

Constituinte, dá ao eleitor de RR peso 18 vezes superior ao do de SP. Os estados menores são

super-representados em detrimento dos maiores, também os mais urbanizados, com sociedade

civil mais organizada e reivindicativa: SP conta 70 deps. federais (o teto permitido) quando a

proporcionalidade indicaria uma bancada de 110.

•A relação com o Executivo, vencida a coação ditatorial. não evolui para a independência

e harmonia, O Executivo, na falta dos Decretos-Leis aprovados por decurso de prazo sob a

ditadura, substitui-os pelas medidas provisórias, editadas e reeditadas com crescente

semcerimônia pelos presidentes da Nova República. Estes garantem maiorias parlamentares

governistas em um balcão de negócios que vai do fisiologismo aético ao suborno ilegal; a gestão

Sarney vale-se da outorga de 1.091 concessões de rádio e TV; em 16/4/97 vem à luz a denúncia,

abafada mas não desmentida, da compra de votos de deputados do AC para votarem a emenda

constitucional que permite a reeleição de FHC. A imagem do parlamento e dos parlamentares

(malgrado as exceções) se degrada, associada à inoperância, oportunismo e corrupção, mas o

descrédito, paradoxalmente, apenas reforça o status-quo.

A NOVA ORDEM MUNDIAL

Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano

geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final

da Guerra Fria.

Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em

1991, o mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos

e do capitalismo se estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado

do Atlântico Norte) se consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O

planeta, que antes se encontrava na denominada “Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a

buscar um novo termo para designar o novo plano político.

A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a uni

polaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da

impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito.

A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o

poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a

potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas

frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber: o Japão e a União Europeia, em um

primeiro momento, e a China em um segundo momento, sobretudo a partir do final da década de

2000.

Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a uni multipolaridade. Tal

expressão é utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar

a supremacia militar e política dos EUA e “multi” para designar os múltiplos centros de poder

econômico.

Mudanças na hierarquia internacional

Outra mudança acarretada pela emergência da Nova Ordem Mundial foi a necessidade da

reclassificação da hierarquia entre os Estados nacionais. Antigamente, costumava-se classificar

os países em 1º mundo (países capitalistas desenvolvidos), 2º mundo (países socialistas

desenvolvidos) e 3º mundo (países subdesenvolvidos e emergentes). Com o fim do segundo

mundo, uma nova divisão foi elaborada.

A partir de então, divide-se o mundo em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul

(subdesenvolvidos), estabelecendo uma linha imaginária que não obedece inteiramente à divisão

norte-sul cartográfica, conforme podemos observar na figura abaixo.

Mapa com a divisão norte-sul e a área de influência dos principais centros de poder

É possível perceber, no mapa acima, que a divisão entre norte e sul não corresponde à

divisão estabelecida usualmente pela Linha do Equador, uma vez que os critérios utilizados para

essa divisão são econômicos, e não cartográficos. Percebe-se que alguns países do hemisfério

norte (como os Estados do Oriente Médio, a Índia, o México e a China) encontram-se nos países

do Sul, enquanto os países do hemisfério sul (como Austrália e Nova Zelândia), por se tratarem

de economias mais desenvolvidas, encontram-se nos países do Norte.

No mapa acima também podemos visualizar as áreas de influência política dos principais

atores econômicos mundiais. Vale lembrar, porém, que a área de influência dos EUA pode se

estender para além da divisão estabelecida, uma vez que sua política externa, muitas vezes, atua

nas mais diversas áreas do mundo, com destaque para algumas regiões do Oriente Médio.

A “Guerra ao terror”

Como vimos, após o final da Guerra Fria, os Estados Unidos se viram isolados na

supremacia bélica do mundo. Apesar de a Rússia ter herdado a maior parte do arsenal nuclear da

União Soviética, o país mergulhou em uma profunda crise ao longo dos anos 1990 e início dos

anos 2000, o que não permitiu que o país mantivesse a conservação de seu arsenal, pois isso custa

muito dinheiro.

Em face disso, os Estados Unidos precisavam de um novo inimigo para justificar os seus

estrondosos investimentos em armamentos e tecnologia bélica. Em 2001, entretanto, um novo

inimigo surgiu com os atentados de 11 de Setembro, atribuídos à organização terrorista Al-

Qaeda.

A tragédia de 11 de Setembro vitimou centenas de pessoas, mas motivou os EUA a

gastarem ainda mais com armas. ¹

A tragédia de 11 de Setembro vitimou centenas de pessoas, mas motivou os EUA a

gastarem ainda mais com armas. ¹

Com isso, sob o comando do então presidente George W. Bush, os Estados Unidos

iniciaram uma frenética Guerra ao Terror, em que foram gastos centenas de bilhões de dólares.

Primeiramente os gastos se direcionaram à invasão do Afeganistão, em 2001, sob a alegação de

que o regime Talibã que governava o país daria suporte para a Al-Qaeda. Em segundo, com a

perseguição dos líderes dessa organização terrorista, com destaque para Osama Bin Laden, que

foi encontrado e morto em maio de 2011, no Paquistão.

O que se pode observar é que não existe, ao menos por enquanto, nenhuma nação que se

atreva a estabelecer uma guerra contra o poderio norte-americano. O “inimigo” agora é muito

mais difícil de combater, uma vez que armas de destruição em massa não podem ser utilizadas,

pois são grupos que atacam e se escondem em meio à população civil de inúmeros países.

O FIM DA URSS

A queda do governo de Stálin trouxe à tona uma série de transformações que abriu portas

para o fim da centralização política promovida pelo stalinismo. No governo de Nikita Kruchev,

várias das práticas corruptas e criminosas do regime stalinista foram denunciadas. Depois de seu

governo, Leonid Brjnev firmou-se frente a URSS de 1964 a 1982. Depois desse período,

Andropov e Constantin Tchernenko assumiram o governo russo.

Nesse período, os problemas gerados pela burocratização do governo soviético foram

piorando a situação social, política e econômica do país. O fechamento do país para as nações

não-socialistas forçou a União Soviética a sofrer um processo de atraso econômico que deixou a

indústria soviética em situação de atraso. Além disso, os gastos gerados pela corrida

armamentista da Guerra Fria impediam que a União Soviética fosse capaz de fazer frente às

potências capitalistas.

A população que tinha acesso ao ensino superior acabou percebendo que o projeto

socialista começava a ruir. As promessas de prosperidade e igualdade, propagandeadas pelos

veículos de comunicação estatais, fazia contraste com os privilégios a uma classe que vivia à

custa da riqueza controlada pelo governo. Esse grupo privilegiado, chamado de nomenclatura,

defendia a manutenção do sistema unipartidário e a centralização dos poderes políticos.

No ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o controle do Partido Comunista

Soviético com idéias inovadoras. Entre suas maiores metas governamentais, Gorbatchev

empreendeu duas medidas: a perestroika ( reestruturação) e a glasnost (transparência). A primeira

visava modernizar a economia russa com a adoção de medidas que diminuía a participação do

Estado na economia. A glasnost tinha como objetivo abrandar o poder de intromissão do governo

nas questões civis.

Em esfera internacional, a União Soviética buscou dar sinais para o fim da Guerra Fria.

As tropas russas que ocupavam o Afeganistão se retiraram do país e novos acordos econômicos

foram firmados junto aos Estados Unidos. Logo em seguida, as autoridades soviéticas pediram

auxílio para que outras nações capitalistas fornecessem apoio financeiro para que a nação

soviética superasse suas dificuldades internas.

A ação renovadora de Mikhail Gorbatchev criou uma cisão política no interior da União

Soviética. Alas ligadas à burocracia estatal e militar faziam forte oposição à abertura política e

econômica do Estado soviético. Em contrapartida, um grupo de liberais liderados por Boris

Ieltsin defendia o aprofundamento das mudanças com a promoção da economia de mercado e a

privatização do setor industrial russo. Em agosto de 1991, um grupo de militares tentou dar um

golpe político sitiando com tanques a cidade de Moscou.

O insucesso do golpe militar abriu portas para que os liberais tomassem o poder. No dia

29 de agosto de 1991, o Partido Comunista Soviético foi colocado na ilegalidade. Temendo

maiores agitações políticas na Rússia, as nações que compunham a União Soviética começaram a

exigir a autonomia política de seus territórios. Letônia, Estônia e Lituânia foram os primeiros

países a declararem sua independência. No final daquele mesmo ano, a União Soviética somente

contava com a integração do Cazaquistão e do Turcomenistão.

No ano de 1992, o governo foi passado para as mãos de Boris Ieltsin. Mesmo

implementando diversas medidas modernizantes, o governo Ieltsin foi marcado por crises

inflacionárias que colocavam o futuro da Rússia em questão. No ano de 1998, a crise econômica

russa atingiu patamares alarmantes. Sem condições de governar o governo, doente e sofrendo

com o alcoolismo, Boris Ieltsin renunciou ao governo. Somente a partir de 1999, com a

valorização do petróleo no governo de Vladimir Putin, a Rússia deu sinais de recuperação.

O PODERIODOS ESTADOS UNIDOS

As duas guerras contra o Iraque, conduzidas pelos Estados Unidos, demonstram sua força

na nova ordem mundial.

Com o fim da União Soviética, os Estados Unidos se converteram na única super potência

do planeta. O domínio norte-americano baseia-se em sua força econômica, militar, cultural e

científico-tecnológica.

Poderio econômico: O dólar é a moeda-padrão nas transações comerciais. As empresas

transnacionais norte-americanas lideram boa parte do comércio mundial. O Produto Internacional

Bruto (PIB) do país, de 13,8 trilhões de dólares (2007), é maior que o da França, o do Japão e o

da Alemanhasomados.

Poderio militar: Os Estados Unidos são donos de um exército poderoso e do maior

artesanal nuclear e espacial do mundo. O orçamento militar norte-americano para o ano de 2007,

de 600 bilhões de dólares, é um exemplo da força bélica desse país.

Poderio cultural e científico-tecnológico: O inglês é a língua internacional, e os filmes de

Hollywood fazem sucesso em quase todo o mundo. Outra fonte de poder dos Estados Unidos são

a engenharia e a ciência. Apesar da crise econômica, suas universidades seguem liderando

grandes inovações tecnológicas.

A força norte-americana ficou evidente em 2008. A quebra de instituições bancárias

importantes nos Estados Unidos provocou quedas generalizadas nas bolsas de todo o mundo e

uma crise econômica global.

AS GUERRAS CONTRA O IRAQUE

O primeiro conflito entre Estados Unidos e Iraque aconteceu em 1991, durante o governo

de George Bush, o pai. As tropas iraquianas, lideradas pelo ditador Saddam Hussein, invadiram o

vizinho Kuwait. Uma coligação de trinta países, liderada pelos Estados Unidos e apoiada pela

ONU, atacou o Iraque e forçou Saddam Hussein a retirar as tropas do Kuwait.

O segundo conflito começou em 2003. O governo de George W. Bush acusava o Iraque

de participar dos atentados contra o World Trade Center, em 2001, e de possuir armas químicas

de destruição em massa. Representantes da ONU inspecionaram os depósitos de armas iraquianos

e nada encontraram, condenando o ataque. Mesmo assim, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha

atacaram o país e depuseram Saddan Hussein.

Em 2009, as tropas norte-americanas ainda ocupavam o Iraque. O novo governo,

constituído por uma coalizão xiita, encontrava forte oposição dos sunitas (grupo ao qual pertencia

Saddan Hussein). As várias manifestações populares, nos Estados Unidos e em todo mundo, que

pediam a saída das tropas norte-americanas, e os frequentes ataques terroristas contra soldados

norte-americanos e seus aliados no governo do Iraque foram fatores decisivos no desgaste do

governo de George W. Bush e na eleição do democrata Barack Obama.

A GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um dos termos mais frequentemente empregados para descrever a atual

conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação no mundo. Na prática, ela é vista como a

total ou parcial integração entre as diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização

proporcionada pelos sistemas de comunicação e transporte.

Mas o que é globalização exatamente?

O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais diversos

autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História que se pautaram em seu

estudo. Em uma tentativa de síntese, podemos dizer que a globalização é entendida como a

integração com maior intensidade das relações sócio espaciais em escala mundial,

instrumentalizada pela conexão entre as diferentes partes do globo terrestre.

Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou

acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a principal característica da

globalização é o fato de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a

integração mundial por ela gerada é cada vez maior ao longo do tempo.

Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes partes do

planeta até existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente que a dos dias atuais, que, por

sua vez, poderá ser considerada menos eficiente em comparação com as prováveis evoluções

técnicas que ocorrerão nas próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo encontra-se

cada dia mais globalizado.

O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo avanço e

consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que aconteceu de tal forma que

tornou comum a expressão “aldeia global”. O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde

todas as coisas estão próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial

no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor.

A origem da Globalização

Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de globalização. O termo

em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior difusão após a queda

do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a

globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do

século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua expansão

pelo mundo.

De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando evoluções,

recebendo incrementos substanciais com as transformações tecnológicas proporcionadas pelas

três revoluções industriais. Nesse caso, cabe um destaque especial para a última delas, também

chamada de Revolução Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século

XX e que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-se os avanços

técnicos no contexto dos sistemas de informação, com destaque para a difusão dos aparelhos

eletrônicos e da internet, além de uma maior evolução nos meios de transporte.

Portanto, a título de síntese, podemos considerar que, se a globalização iniciou-se há cerca

de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais elaborada e desenvolvida ao

longo dos últimos 50 anos, a partir da segunda metade do século XX em diante.

Características da globalização / aspectos positivos e negativos

Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos

campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico, educação, política,

direitos humanos, saúde e, principalmente, a economia. Dessa forma, quando uma prática cultural

chinesa é vivenciada nos Estados Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é

revivida no Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram suas culturas,

influenciando-se mutuamente.

Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da

globalização, embora existam muitas polêmicas e discordâncias no cerne desse debate. De toda

forma, considera-se que o principal entre os problemas da globalização é uma eventual

desigualdade social por ela proporcionada, em que o poder e a renda encontram-se em maior

parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que atrela a questão às contradições do

capitalismo.

Além disso, acusa-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de comunicação

entre os diferentes territórios, em que culturas, valores morais, princípios educacionais e outros

são reproduzidos obedecendo a uma ideologia dominante. Nesse sentido, forma-se, segundo essas

opiniões, uma hegemonia em que os principais centros de poder exercem um controle ou uma

maior influência sobre as regiões economicamente menos favorecidas, obliterando, assim, suas

matrizes tradicionais.

Entre os aspectos positivos da globalização, é comum citar os avanços proporcionados

pela evolução dos meios tecnológicos, bem como a maior difusão de conhecimento. Assim, por

exemplo, se a cura para uma doença grave é descoberta no Japão, ela é rapidamente difundida (a

depender do contexto social e econômico) para as diferentes partes do planeta. Outros pontos

considerados vantajosos da globalização é a maior difusão comercial e também de investimentos,

entre diversos outros fatores.

É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da globalização

depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da ideologia empregada em sua

análise. Não é objetivo, portanto, deste texto entrar no mérito da discussão em dizer se esse

processo é benéfico ou prejudicial para a sociedade e para o planeta.

Efeitos da Globalização

Existem vários elementos que podem ser considerados como consequências da

globalização no mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a configuração do espaço

geográfico internacional em redes, sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de

trocas comerciais ou de capitais especulativos. Elas formam-se por pontos fixos – sendo algumas

mais preponderantes que outras – e pelos fluxos desenvolvidos entre esses diferentes pontos.

Outro aspecto que merece destaque é a expansão das empresas multinacionais, também

chamadas de transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de origem

ou, simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um

maior mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar tarifas alfandegárias e de angariar

um menor custo com mão de obra e matérias-primas. O processo de expansão dessas empresas

globais e suas indústrias reverberaram no avanço da industrialização e da urbanização em

diversos países subdesenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil.

Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos acordos

regionais ou dos blocos econômicos. Embora essa ocorrência possa ser inicialmente considerada

como um entrave à globalização, pois acordos regionais poderiam impedir uma global interação

econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os

diferentes países e também propiciar ações conjunturais em grupos.

Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização culminou também na expansão e

consolidação do sistema capitalista, além de permitir sua rápida transformação. Assim, com a

maior integração mundial, o sistema liberal – ou neoliberal – ampliou-se consideravelmente na

maior parte das políticas econômicas nacionais, difundindo-se a ideia de que o Estado deve

apresentar uma mínima intervenção na economia.

A globalização é, portanto, um tema complexo, com incontáveis aspectos e

características. Sua manifestação não pode ser considerada linear, de forma a ser mais ou menos

intensa a depender da região onde ela se estabelece, ganhando novos contornos e características.

Podemos dizer, assim, que o mundo vive uma ampla e caótica inter-relação entre o local e o

global.

EXERCÍCIOS

28-Em que ano Vargas tomou o Poder no Brasil?

29-Qual o Período do Governo de Vargas conhecido como Provisório?

30- Qual o período de Vargas conhecido como Constitucional?

31- Em que ano Vargas instituiu a Ditadura do Estado Novo?

32- A CLT, foi instituída por qual governo no Brasil?

33-O que foi a Guerra Fria ou Mundo Bipolar?

34-Qual o Período da Ditadura Militar Brasileira?

35- Como os Militares tomaram o Poder em 1964?

36- Quais os dois Partidos políticos que permaneceram durante a Ditadura Militar no Brasil?

37- Durante a Ditadura Militar foram instituídos vários Ais, o que eram e qual o mais violento?

38- Durante a Guerra Fria o Mundo era Bipolar, e hoje como estão as forças no mundo?

39-O que é Globalização?

CONFLITOS NO MUNDO ATUAL

Se o século XX deu origem à era da guerra total, como afirmou o historiador inglês Eric

Hobsbawm, o século XXI inaugura a era da insegurança e da eminência mundial de uma nova

onda de guerras. Esse receio diante da possibilidade de novos conflitos tem início com a

simbólica data de 11 de Setembro de 2001, com o atentado terrorista de Osama Bin laden às

torres gêmeas do World Trade Center. Dessa forma, o primeiro ano do terceiro milênio começou

com uma grande catástrofe, em que o medo trouxe instabilidade na defesa da paz mundial.

As relações entre os Estados tornaram-se mais complexas a partir do atentado nos Estados

Unidos, e a tensão militar adquiriu força nos últimos anos. Essa instabilidade entre as nações é

exemplificada, por exemplo, na política nuclear do Irã, que descumprindo medidas de seguranças

investe pesado na produção de armas nucleares, com a justificativa de que essa produção será

exclusivamente utilizada para fins pacíficos. Todavia, existe uma insegurança entre vários países,

principalmente do Ocidente, de que essa narrativa iraniana seja coberta de interesses para uma

suposta guerra nuclear.

Nessa era da insegurança, destaca-se recentemente o atentado à capital da Noruega, Oslo,

realizado por um empresário nacionalista que motivado por ideologias xenofóbicas causou a

morte de pelo menos 76 pessoas. Anders Behring Breivik, autor dessa violência, adotou um

discurso fundamentalista em seu julgamento, apoiando-se em ideias que vão contra a diversidade

cultural e religiosa em seu país, principalmente em relação aos cidadãos muçulmanos.

Outras tensões vêm acontecendo na atualidade, como os conflitos entre os países árabes

que representam historicamente as divergências políticas e religiosas. A divisão do mundo

islâmico em duas perspectivas – sunitas e xiitas – pode ser entendida como uma dessas

divergências que contribui para o distanciamento entre governo e população. Um exemplo dessas

diferenças de cunho religioso são as manifestações na Síria contra o governo de Bashar al-Assad,

que, sendo ele um membro xiita, realiza perseguições contra os muçulmanos sunitas.

Conflitos civis no Norte da África também ganharam força nos últimos anos. A história

nos mostra que grande parte do continente africano tem sua identidade construída através do

sofrimento e das práticas coloniais que impediram o crescimento da região. O resultado dessa

herança colonial é caótico para a população civil que, através de reivindicações, tenta suprimir a

ausência de liberdade e democracia, como a resistência civil na Líbia, que derrubou o ditador

Muammar Gaddafi, no poder desde 1969.

Portanto, para compreender mais sobre os conflitos e tensões ocorridos no mundo atual,

acompanhe os textos destacados por esta seção e obtenha informações necessárias para uma

análise criteriosa dessas complexas relações políticas.

BLOCOS ECONÔMICOS

Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos

econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros.

Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em

comum para problemas comerciais.

Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera

crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos

ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada

vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de

um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.

Veremos abaixo uma relação dos principais blocos econômicos da atualidade e suas

características.

UNIÃO EUROPEIA

A União Europeia ( UE ) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de

Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária,

Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia,

Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia,

Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia. Este bloco possui uma moeda

única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países membros

são também cidadãos da União Europeia e, portanto, podem circular e estabelecer residência

livremente pelos países da União Europeia.

A União Europeia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e

de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos : Comissão Europeia, Parlamento

Europeu e Conselho de Ministros.

NAFTA

Fazem parte do NAFTA ( Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ) os seguintes

países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos

países membros vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras

alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não

é uma zona livre de comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.

MERCOSUL

O Mercosul (Mercado Comum do Sul) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É

formado pelos seguintes países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e

Venezuela. Futuramente, estuda-se a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia. O

objetivo principal do Mercosul é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o

comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro

próximo, uma moeda única.

PACTO ANDINO - COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES

Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia, Equador e

Peru. Foi criado no ano de 1969 para integrar economicamente os países membros. As relações

comerciais entre os países membros chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos

sejam o principal parceiro econômico do bloco.

APEC

A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na

Conferência de Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômicos os

seguintes países: Estados Unidos da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como

Taiwan), Coreia do Sul, Hong Kong (região administrativa especial da China), Cingapura,

Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné,

Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os

países, chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento

(previsão para 2020), será o maior bloco econômico do mundo.

ASEAN

A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) foi criada em 8 de agosto de

1967. É composta por dez países do sudeste asiático (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura,

Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos, Camboja).

SADC

A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) foi criada em 17 de

outubro de 1992 e é formada por 15 países da região sul do continente africano.

MCCA

Criado em 1960, o MCCA (Mercado Comum Centro-Americano) é o bloco econômico da

região da América Central, cujo principal objetivo é a integração econômica entre os países-

membros (Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Honduras e Costa Rica).

Aliança do Pacífico

Criado em junho de 2012, este bloco econômico latino-americano é composto por

México, Colômbia, Peru e Chile.

BENELUX

Considerado o embrião da União Europeia, este bloco econômico envolve a Bélgica,

Holanda e Luxemburgo. O BENELUX foi criado em 1958 e entrou em operação em 1 de

novembro de 1960.

UEAA

União Euroasiática Bloco de integração política e econômica composto por Rússia,

Belarus e Cazaquistão. Tem como fundamento principal a união aduaneira entre estes três países,

estabelecendo a livre circulação de serviços, produtos e pessoas. O mais novo bloco econômico

entrou em vigor a partir de 1 de janeiro de 2015.

SITUAÇÃO POLÌTICA, ECONÔMICA E SOCIAL DA AMÉRICA

Apoiado no tema “América Latina: revendo a arte, política e os movimentos sociais”, o

professor de Teoria da Comunicação e Realidade Sociopolítica Brasileira da ECA-USP,

Waldenyr Caldas, ministra um curso no Anexo dos Congressistas, do dia 21 de agosto a 27 de

novembro, no Memorial da América Latina. Ao todo serão 14 aulas, realizadas às terças-feiras,

das 19h às 22h. O custo para adesão é de R$200.

O curso é voltado para os estudantes de ciências humanas, políticas e sociais,

historiadores, acadêmicos e a todos que têm interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre a

realidade político-econômica e social da América Latina, tanto no plano interno, quanto

internacional. Certificados serão concedidos aos alunos com presença igual ou superior a 75% da

carga horária total (42 horas-aula).

As aulas serão sustentadas pela apresentação de documentários, fotos, filmes,

depoimentos de personagens que fizeram e fazem parte da história recente da América Latina

(intelectuais, políticos e artistas), citação de bibliografia e canções pertinentes ao tema.Devido à

crise econômica que assola a União Europeia e os EUA, está em ascendência uma nova ordem

mundial. O Brasil, em companhia dos outros países que compõem o BRICS (Índia, Rússia, China

e África do Sul) aparece como uma potência emergente nesse novo panorama mundial, como

afirma Waldenyr.

“A partir de 94, com a estabilização da moeda, queda da inflação e declínio econômico da

Argentina, o Brasil se fortaleceu muito, assumindo um papel de liderança econômica e política

não só na América Latina, mas mundialmente, devido a uma política internacional muito bem

feita. Hoje, a renda per capita é muito maior do que era há 15 anos e o país está muito menos

pobre”, contou o especialista.As inscrições para o curso podem ser realizadas de segunda a sexta,

das 10h às 18h, no Anexo dos Congressistas/CBEAL – Memorial da América Latina. O curso

tem vagas limitadas e depende de um número mínimo de adeptos para que seja realizado. Caso

esse número não seja atingido, o evento pode ser cancelado, sendo a taxa de adesão (R$200)

devolvida integralmente.

BRASIL ATUAL

Quando falamos de Brasil Atual, geralmente nos referimos a temas que dizem respeito aos

últimos trinta anos de nossa história, isto é, desde o fim dos Governo Militares até os dias de

hoje. Nesse sentido, comentaremos temas relativos a esse período, que vai desde a abertura

democrática, começada com a Lei de Anistia (de 1979), até as manifestações populares que

ocorreram nos anos de 2013 e 2015.

Nesse arco temporal, diversos temas interpõem-se. O Movimento pelas Diretas Já é um

dos primeiros e mais significativos. Com a abertura política articulada entre civis e militares,

entre os anos de 1979 e 1985, a população vislumbrou a possibilidade de voltar a exercer o

direito ao voto direto na eleição de seus representantes. Entretanto, o primeiro presidente civil,

após o longo período militar, foi eleito indiretamente em 1985. Seu nome era Tancredo Neves,

que faleceu antes de tomar posse. José Sarney, eleito vice, assumiu o cargo, exercendo-o até

1989.

O governo Sarney foi um dos mais conturbados da chamada “Nova República”, sobretudo

pelos transtornos econômicos pelos quais o país passou. Todavia, foi durante o governo Sarney

que foi reunida a constituinte para a elaboração da nova Constituição Federal. O processo de

elaboração da carta constitucional foi encabeçado por Ulisses Guimarães, um dos líderes do novo

partido herdeiro do MDB, o PMDB. A versão oficial da Constituição ficou pronta em 1988. Nela

havia o restabelecimento da ordem civil democrática e das liberdades individuais, bem como a

garantia das eleições diretas.

Em 1989, as primeiras eleições diretas ocorreram e foi eleito como presidente Fernando

Collor de Melo. Collor também desenvolveu um governo com forte instabilidade econômica,

porém permeado também com grandes escândalos políticos, que desencadearam contra ele um

processo de impeachment, diante do qual preferiu renunciar ao cargo de presidente. O vice de

Collor, Itamar Franco, continuou no poder até o término do mandato, na passagem de 1993 para

1994. Nesse período, um importante dispositivo financeiro foi criado para resolver o problema

das sucessivas crises econômicas: o Plano Real, elaborado e efetivado por nomes como Gustavo

Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Esse último, parlamentar e sociólogo por formação, candidatou-se à presidência,

vencendo o pleito e ocupando esse cargo de 1994 a 1998. Depois, foi reeleito e governou até

2002. Nas eleições de 2002, um dos partidos que haviam nascido no período da abertura

democrática, o PT – Partido dos Trabalhadores, conseguiu eleger seu candidato: Luís Inácio Lula

da Silva, que, a exemplo de Fernando Henrique, governou o país por oito anos, de 2002 a 2010.

De 2010 até o momento presente (2015), a sucessora de Lula, a também filiada ao PT, Dilma

Rousseff, vem governando o país.

PRIMEIRO GOVERNO DE DILMA

A presidente eleita e seu vice-presidente, Michel Temer, foram diplomados pelo Tribunal

Superior Eleitoral (TSE) em solenidade realizada no dia 17 de dezembro de 2010, às 17 horas, na

sede do TSE, em Brasília, com a presença de 250 convidados, entre parentes e políticos. Dilma

disse que iria "honrar as mulheres, cuidar dos mais frágeis e governar para todos". Os diplomas

foram confeccionados na Casa da Moeda do Brasil.

Este é o teor da diplomação:

Pela vontade do povo brasileiro, expressa nas urnas em 31 de outubro de 2010, a

candidata pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Vana Rousseff, foi eleita

presidente da República Federativa do Brasil. Em testemunho desse fato, a Justiça Eleitoral

expediu o presente diploma, que a habilita à investidura do cargo perante o Congresso Nacional

no dia 1º de janeiro de 2011, nos termos da Constituição.

— Texto do diploma conferido a Dilma Rousseff pelo Tribunal Superior Eleitoral

Ver artigo principal: Posse de Dilma Rousseff em 2011

Dilma Rousseff discursa no Congresso Nacional do Brasil como presidente.

Dilma Rousseff tomou posse como Presidente do Brasil em 1 de janeiro de 2011. O

evento - que foi organizado pela sua equipe de transição, pelos Ministérios das Relações

Exteriores e Defesa e pela Presidência da República - foi aguardado com alguma expectativa,

visto que ela se tornou a primeira mulher a presidir o país. Figuras femininas importantes na

história do Brasil foram homenageadas com painéis espalhados por todo o Eixo Monumental. De

acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, em torno de 30 mil pessoas compareceram ao

evento.

Dilma Rousseff recebe a faixa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 1 de janeiro

de 2011.

Até 21 de dezembro de 2010, a editora do Senado tinha impresso 1 229 convites para a

posse de Dilma Rousseff.[11] O Congresso Nacional recebeu um total de 2 mil convidados para a

cerimônia. Conforme relatado pela imprensa, entre 14 e 17 chefes de Estado e de governo

confirmaram a sua presença.[12] [13] Entre eles estavam José Sócrates, Juan Manuel Santos,

Mauricio Funes, Alan García, José Mujica, Hugo Chávez, Álvaro Colom, Alpha Condé,

Sebastián Piñera, Evo Morales[12] (mas não pôde comparecer devido a protestos de última hora

em seu país) e Boyko Borisov. O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou a

Secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, para representá-lo. O ex-primeiro-ministro do

Japão, Taro Aso, também participou da cerimônia.

Além da cerimônia formal, a posse de Dilma Rousseff também contou com apresentações

de cinco cantoras brasileiras: Elba Ramalho, Fernanda Takai, Zélia Duncan, Mart'nália e Gaby

Amarantos. O Ministério da Cultura organizou a parte cultural do evento, com um orçamento

estimado em 1,5 milhão de reais. Os concertos começaram às 10h00 e terminaram às 2:00 horas,

com o início da cerimônia oficial. As apresentações continuaram entre 6:00-21:00. Rousseff não

participou, já que ela realizou uma recepção no Palácio do Itamaraty para as autoridades

estrangeiras que participaram da cerimônia de posse. Cada autoridade estrangeira teve a

oportunidade de falar com ela por 30 segundos.

EXERCÍCIOS

40- Qual o principal Objetivo da criação dos Blocos Econômicos no Mundo?

41-Qual o Bloco Econômico que representa os países Europeus?

42- O Bloco NAFTA, representa quais países?

43- Qual o Bloco Econômico que representa os países da América do Sul?

44- Qual o período conhecido como Brasil Atual?

45- Quem foieleito Presidente e Vice em 2011 e que foram reeleitos em 2014?

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFA

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CORTI, ANA PAULA, VIVER, APRENDER, INTERDISCIPLINAR, 1ª EDIÇÃO, EDITORA

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LUCI, Eliam Alabai, Homem e Espaço Geografia. 11º edição. São Paulo: Saraiva 1998..

MELHEM, Adas. Geografia. 3º edição. São Paulo: Moderna, 1988.

MOREIRA, Igor Antônio Gomes. Construindo o espaço brasileiro. São Paulo: Ática, 2002;

MORINA, Lúcia: RIGOLIN, Tércio. Geografia. 1ºEdição. São Paulo: Ática,2002.

NOVO Dicionário Aurélio (Aurélio Buarque de Holanda)

Rubem Gorki, TELECURSO 2000;

VESENTINI, j.Willian; Wlach, Vânia. Geografia crítica- O espaço natural e a ação humana. 1º

edição. São Paulo Ática,2000.

William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. -7ed. Reformada. -São Paulo: Saraiva 2010

eleito Presidente e Vice em 2011 e que foram reeleitos em 2014?