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NEEJA- NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CONSTRUÍNDO UM MUNDO NOVO. APOSTILA DE HISTÓRIA ENSINO MÉDIO

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NEEJA- NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CONSTRUÍNDO UM MUNDO NOVO.

APOSTILA DE HISTÓRIA

ENSINO MÉDIO

INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS

1. Conceito de História:

- História é a ciência que estuda a mudança.

- História é vida, é movimento, é transformação.

- a História estuda a vida humana através do tempo: estuda o que os homens fizeram, pensaram ou

sentiram enquanto seres sociais.

- Processo de transformação onde todos os homens são agentes das constantes mudanças que ocorrem:

processo histórico.

2. O Termo História:

- Os gregos foram os primeiros a utilizá-lo: histor, originalmente, significava aquele que apreende pelo

olhar, aquele que sabe, o testemunho, aquele que testemunhou com seus próprios olhos os

acontecimentos.

- “História” (“his” + “oren”) significava apreender pelo olhar aquilo que se sucede dinamicamente, ou

seja, testemunhar os acontecimentos, a realidade.

- por influência de Heródoto, que deu o título de Histórias ao resultado de suas pesquisas acerca das

Guerras Médicas, o termo assumiu o sentido particular de busca do conhecimento das coisas humanas,

do saber histórico.

- História passou a significar a busca, a pesquisa e também os resultados compilados na obra histórica.

3. Sentidos da palavra história:

- realidade histórica: conjunto dos fenômenos pelos quais se manifestou, se manifesta ou se manifestará

a vida da humanidade Òua realidade objetiva do movimento do mundo e das coisas.

- conhecimento histórico: a observação subjetiva da realidade pelo historiador.

- obra histórica: o registro da observação da realidade feita pelo historiador num relato escrito.

4. O Agente da História:

- O Homem é o agentefazedor da História

5. Cultura:

- Cultura é a maneira de manifestar vida de um grupo humano. - é o conjunto das diversas formas

naturais e espirituais com que os indivíduos de um grupo convivem, nas quais atuam e se comunicam e

cuja experiência coletiva pode ser transmitida através de vias simbólicas para a geração seguinte. - o

Homem produz cultura: produz objetos e ideias de acordo com suas necessidades de sobrevivência.

6. Fontes Históricas:

+ vestígios (documento) que permitem a reconstituição do passado.

- arqueológicos: restos de animais, utensílios, fósseis, ruínas de templos, palácios e túmulos, esculturas,

pinturas, cerâmicas, moedas, medalhas, armas, etc.

- escritos: códigos, decretos, tratados, constituições, leis, editais, relatórios, registros civis, memórias,

crônicas, etc.

- orais: tradições, lendas, mitos, fábulas, narrações poéticas, canções populares, etc.]

7. Fato Histórico:

- o fato histórico é o objeto de estudo da História.

- é singular, irreversível e de repercussão social.

8. Ciências Auxiliares da História:

- Economia: estuda os meios de produção, distribuição, consumo e circulação da riqueza.

- Sociologia: estuda o homem em sociedade.

- Geografia: estuda a superfície da terra no seu aspecto físico e humano.

- Antropologia: estuda o homem no aspecto biológico e cultural.

- Arqueologia: estuda as culturas extintas.

- Paleontologia: estuda os fósseis.

- Cronologia: localização dos fatos no tempo.

- Paleografia: escritos antigos em materiais leves.

- Epígrafia: escritos antigos em materiais pesados.

- Heráldica: brasões, escudos e insígnias.

- Numismática: moedas.

AS SOCIEDADES PRIMITIVAS

Para estudar a Pré-História de uma maneira mais organizada, muitos especialistas no período dividiram-

na em partes. Um dos mais conhecidos é o proposto por John Lubbock, banqueiro vitoriano inglês e

amigo de Charles Darwin. Lubbock dividiu a era antiga em dois segmentos, batizando-os com os termos

Paleolítico e Neolítico..

Paleolítico foi denominado como o período da Pré-História em que as sociedades eram baseadas nas

ações de coletores e caçadores. Assim, tudo dependia da caça de animais e da coleta de raízes, frutos e

grãos para matar a fome das populações primitivas. A origem do termo Paleolítico vem do grego

“paleo”, que significa velho e “lítico”, o mesmo que pedra. Ou seja, velha idade da pedra.

Esta parte da Pré-História (Paleolítico), domina aproximadamente 99% do tempo em que as sociedades

humanas existem. Nela, surgem os primeiros hominídeos e foram feitas as primeiras ferramentas: com

utilização de chifres, madeira, entre outros materiais. Quando o alimento acabava, as populações iam

para outras regiões, isso denominava-os nômades, povos que deslocam-se de uma região à outra de

acordo com suas necessidades.

Mas, com o passar o tempo, as ferramentas foram sendo aprimoradas. A pedra, antes lascada, torna-se

polida. Assim a Pré-História entra no período do Neolítico, A Idade da Pedra Polida. Neste período

começam a se desenvolver a criação de animais e as primeiras formas de agricultura. Fora isso, a “nova

idade da pedra” era marcada pela vida sedentária, pois, as populações, ao dominarem a agricultura e a

pecuária, puderam fixar-se por mais tempo nas regiões.

Para muitos historiadores, o Neolítico não aconteceu em todas as partes do mundo ao mesmo tempo. Na

opinião deles, houve diferentes períodos e regiões onde o Neolítico entrou em vigor. Os cálculos

indicam que o início foi em 8.000 a.C no Oriente Próximo, região compreendida entre a Mesopotâmia,

o Egito e demais áreas habitadas pelos hebreus (atual Oriente Médio). Já na América Central, o

Neolítico teria iniciado em 2.500 a.C.

A agricultura do período era baseada no cultivo de diversos alimentos: arroz, batata, mandioca, milho,

cevada , centeio, trigo, entre muitos outros. A pecuária domesticava cavalos, porcos, bois, cabras e

carneiros. Com o domínio destes dois processos, a população teve um crescimento considerável no

Neolítico, porém, apesar do desenvolvimento de itens manuais e domínio natureza, o período também

foi marcado por muitas pestes e epidemias. Outras inovações do Neolítico foram a criação da cerâmica,

tecelagem, metalurgia e construção de muralhas, templos, armazéns para a conservação de alimentos,

entre outros.

O ANTIGO ORIENTE PRÓXIMO

Oriente Próximo ou Próximo Oriente é o nome de uma região geográfica que abrange diferentes

países do sudoeste asiático.

O termo foi aplicado originalmente para os Estados dos Bálcãs no Leste Europeu, mas hoje em dia

descreve também os países do Sudoeste Asiático entre o Mar Mediterrâneo e o Irã, especialmente em

contextos históricos. O termo Oriente Próximo entrou em uso nos anos de 1890.

O conceito de Oriente Próximo inclui países distintos dependendo dos profissionais, já que arqueólogos

e historiadores têm uma definição, e cientistas políticos, economistas e jornalistas uma outra.

O termo é usado por arqueólogos, geógrafos e historiadores, e refere-se à região que engloba a Anatólia,

que é a porção asiática da Turquia, o Levante que compreende a Síria, Líbano, Jordânia, Chipre, Israel e

territórios Palestinos; Mesopotâmia, que é o Iraque, e a Transcaucásia que engloba Georgia, Armênia e

Azerbaijão.

Nos contextos políticos e jornalísticos, essa região é normalmente considerada como compreendida no

Oriente Médio, enquanto que os termos Oriente Próximo são preferíveis nos contextos arqueológicos,

geográficos e históricos.

Oriente Próximo e o Surgimento das Primeiras Cidades

A história antiga do Oriente Próximo tem graves falhas de documentação, já que não existem muitas

fontes escritas.

O Oriente Próximo sofreu uma revolução agrícola no período Neolítico, beneficiando os povos da

Mesopotâmia, os hebreus, fenícios e persas.

A agricultura praticada pelos povos que viviam nas planícies irrigadas por grandes rios (como Tigre e

Eufrates) sofreu um grande desenvolvimento, o que influenciou positivamente a economia e potenciou a

fundação das primeiras cidades no Oriente Próximo.

A descoberta e utilização do bronze constituiu um fator importantíssimo nessa revolução.

Um conceito bastante utilizado por arqueólogos, historiadores e egiptólogos é o de "AntigoOriente

Próximo" ou "Antigo Oriente", referente à região onde surgiram algumas civilizações que precederam as

civilizações clássicas.

Essa região é atualmente conhecida como Oriente Médio (Iraque, parte do Irã, parte da Turquia, Síria,

Líbano, Israel, Egito).

O Antigo Oriente Próximo corresponde a um período que começa na Idade do Bronze e vai até à

expansão dos Persas, no Século VI a.C.

A SOCIEDADE E OS PRINCIPAIS POVOS

Na região mesopotâmica viveram diferentes povos: sumérios, acádios, babilônios, assírios e

caldeus, entre outro. Ao longo da história, esses povos confrontaram-se em vários momentos. Grupos

nômades e seminômades, da montanhas ou do deserto,

Atacavam as populações sedentárias que viviam nos vales e nas planícies, onde havia áreas

férteis para plantar e para criar rebanhos.

EGITO ANTIGO

A Sociedade que Controlou o Nilo

O Egito antigo localizava-se no nordeste da África. O aproveitamento do rio Nilo favoreceu a

fixação de grupos humanos nessa região cercada por desertos.

Para levar as águas do Nilo as regiões mais distantes de suas margens, os egípcios construíram

grandes canais de irrigação. Também ergueram diques e barragens para proteger vilas e casas das

inundações mais violentas.

Com esse sistema de diques e canais, os egípcios dominaram, em grande medida, as águas do

Nilo, conseguindo, assim, plantar e obter colheitas abundantes.

Os egípcios eram politeístas, ou seja, adoravam muitos deuses, que simbolizavam forças e

fenômenos da natureza. Muitas divindades eram representadas em forma de animal. No período das

cheias, as águas do Nilo inundavam as terras de suas margens e depositavam Húmus ( substancia

fertilizante que resulta da decomposição de restos vegetais e animais). Quando o rio retornava ao nível

normal, o solo que tinha sido inundado estava adequado para o cultivo agrícola.

Sociedade - uma visão dos grupos sociais

O faraó era o rei supremo do Egito, considerado um deus vivo, responsável pela proteção e

prosperidade de seu povo. No entanto, essa crença na “condição divina do rei “sofreu variações ao longo

da história egípcia, ora sendo reforçada, ora enfraquecida”.

Os egípcios acreditavam na vida após a morte no reino de Osíris. Imaginavam que os mortos

seriam julgados por esse deus e poderiam retornar aos seus corpos se fossem absolvidos. Para isso, seus

corpos precisariam ser conservados. Desenvolveram, então, a técnica da mumificação.

O salvacionismo, a crença na vinda de um messias ou salvador para libertar o povo hebreu.

Fenícios: comércio era sua principal atividade econômica. Desenvolveram a maior simplificação da

escrita (22 consoantes). Mais tarde os Gregos acrescentaram as vogais e difundiram o alfabeto que

usamos hoje.

PERSAS: Foi no campo religioso que se deu a contribuição mais original dos Persas. Zoroastro

(incessante luta entre o deus do bem e deus do mal) valorizava o livre arbítrio do homem

GRECIA: No mais diversos dos setores do saber humano, os gregos deixaram valiosa herança de

realizações culturais. Herança que representa uma das estruturas fundamentais da civilização ocidental.

Já houve quem afirmasse que “ nada existe movendo-se em nosso mundo, que não seja grego em sua

origem” vejamos alguns aspectos dessa cultura:

Filosofia e Cultura: formularam as primeiras explicações racionais para a realidade do mundo Literatura:

Prosa, poesia, novelas, romance, teatro.

Arquitetura e esculturas: Destaque para estatuas humanas

Religião e Mitologia: series de Deuses Religião: Politeísmo (vários Deuses)

Império romano; Desde 753ª. C., data da fundação de Roma ate o século VI a. c Roma já possuía cerca

de 100 mi habitantes. Desde então a evolução politica de Roma dividiu-se três períodos: Monarquia,

República e império.

Ao atingir o ponto máximo de sua expansão territorial, o Império Romano também encontrou o seu

ponto culminante de suas contradições, que iriam, ocasionar o processo de decadência. São muitos as

causas que podem ser apontadas para explicar sua decadência. Entre elas destacamos a crise econômica,

crise social. ( desigualdade social, o comércio das cidades entro em decadência, tensões, rebeliões, etc).

MESOPOTÂMIA A mesopotâmia abrigou as primeira sociedades conhecidas, por volta do IV milênio antes de

Cristo. O nome mesopotâmia, que significa “terra entre rios” foi atribuído à região pelos antigos gregos,

dada a sua localização entre os rios Tigre e Eufrates.

Atualmente, na maior parte da área da antiga mesopotâmia localiza-se o Iraque, onde existem

mais de 10 mil sítios arqueológicos, fontes de estuo para se conhecer a história dos povos

mesopotâmicos.

SOCIEDADE FENÍCIA

A sociedade fenícia ocupou a região do mediterrâneo oriental por volta do ano 2000 a.C.Essa civilização

ficou conhecida como a grande navegadora do Mundo Antigo.

O território que era ocupado pela sociedade fenícia corresponde hoje ao Líbano e à Síria. Os fenícios

eram conhecidos pelas técnicas utilizadas na agricultura e pelo comércio que desenvolviam com os

povos egípcios e mesopotâmicos

A atividade comercial dessa sociedade se baseava na exploração do cedro, de objetos de metais, de

tecidos, cerâmicas, jóias e tinturas

As embarcações da sociedade fenícia também chamavam a atenção. Eles construíam barcos para

explorarem as regiões costeiras do Mar Mediterrâneo em busca de recursos minerais.

Em relação à religião, os fenícios eram considerados adoradores de divindades relacionadas à natureza.

Eles acreditavam que os deuses eram responsáveis pela fecundidade do solo e pela abundância de

alimentos nas colheitas. Essa civilização ficou conhecida pelos sacrifícios humanos que realizava

para homenagear os deuses Baal, Astartéia, Dagon, Ayan e Anat A sociedade fenícia tinha um governo centralizado. Os principais centros de poder eram as cidades de

Biblos, Sidon e Tiro.

O governo era dominado por comerciantes e aristocratas. A base da população fenícia era composta por

marinheiros, artífices, camponeses e escravos.

Os fenícios inventaram o Alfabeto Fenício, que serviu como base para o alfabeto grego.

A sociedade fenícia entrou em colapso após o ano de 330 a.C, quando o território fenício foi dominado

por Alexandre Magno da Macedônia.

A SOCIEDADE HEBRAICA

A Palestina

-A região da Palestina, onde viviam os hebreus, corresponde hoje ao Estado de Israel.

O patriarcado:

- O patriarca possuía autoridade máxima sobre o povo.

Patriarcas:

Abraão: conduziu o povo de Ur, na Caldeia, para Canaã (Palestina), a Terra Prometida.

Isaac: sucessor de Abraão.

Jacó (Israel): conduziu o povo hebreu para o Egito, onde vivia seu filho José.

Êxodo: saída dos hebreus de Egito, liderados por Moisés, por volta de 1250 a.c.

As Tábuas da Lei: mandamentos para nortear a vida do povo em relação a Javé, segundo a bíblia,

recebidos por Moisés no monte Sinai.

Os hebreus vagaram 40 anos pelo deserto. Moisés morreu antes de chegar a Palestina.

O juizado

Governo exercido por lideres militares e políticos.

Samuel, o Ultimo juiz, instituiu a monarquia.

A monarquia:

Rei com poder centralizado.

Rei Davi: expandiu o território, unificou as tribos e estabeleceu a capital em Jerusalém.

Rei Salomão: durante o seu reinado houve o desenvolvimento do comercio e do artesanato, a construção

de festas religiosas:

Sabá: comemoração do sétimo dia da criação.

Páscoa: comemoração do Êxodo.

Pentecostes: comemoração do recebimento das Tabuas da Lei.

Tabernáculos: comemoração da permanência no deserto.

Cisma: ocorrido após a morte de Salomão. Separação das tribos hebraicas em dois reinos:

Religião: monoteísmo, ou seja, a crença em um único Deus.

A palestina é um território estrategicamente localizado pois fica entre a passagem da África para a Ásia.

Por ter um grande volume de pessoas passando por ali, seria inevitável o desenrolar do comércio na

região, que teve início com a civilização Hebraica.

O Hebreus, se organizaram em um primeiro momento no que foi chamado de “Período dos Patriarcas”,

onde eles se organizavam em vários clãs patriarcas. Essa civilização vivia basicamente da criação de

gado na região, além de serem responsáveis pela criação e do desenvolvimento do comércio na região.

Como toda civilização da antiguidade, a religião era um fator muito importante e ditava as bases da

sociedade. Tinham como característica também moralizar a população. A partir disso, obedeciam

padrões morais muito rígidos e que estavam diretamente ligados a religião, como evitar o sexo quando

jovens e condenavam o homossexualismo; a virgindade também tinha um papel muito importante,

valorizavam o casamento monogâmico e o homem só poderia desfrutar do corpo de uma outra mulher se

por algum acaso a sua esposa não tivesse a condição de gerar filhos.

Sua religião, agora diferente de outros povos antigos, é de cunho monoteísta (um só Deus) e focada na

adoração do DeusIaweh, que inclusive designava a liderança governamental dessa civilização que estava

destinada a homens de boa virtude.

Esses homens tinham um papel muito importante na sociedade, eram eles os líderes das tribos e

possuíam um papel de administração geral da mesma. Já as mulheres tinham como principal função

serem educadas especialmente para o casamento, e depois de casadas viviam basicamente para educar

seus filhos, que geralmente eram muitos, pois esse povo tinha como característica terem famílias muito

grandes.

Um outro papel muito interessante na sociedade Hebraica é a escravidão, que para eles era algo

completamente comum.

Na antiguidade era mais comum a escravidão de povos dominados, conhecidos como “prisioneiros de

guerra”, e não a escravidão de alguém da sua própria civilização. Os escravos de guerra eram sim a

grande maioria, mas também existiam escravos hebreus, como punição para alguns tipos de crimes. Os

escravos também possuíam alguns direitos como o de casar, de se converter a fé judaica, e até mesmo o

direito de estabelecer algum tipo de propriedade.

Direitos destinados a uma “classe social” (escravos) que também eram difíceis de ser encontrados em

outras civilizações na antiguidade.

EXERCÍCIOS

1- Conceitue História:

2- Quem é considerado o Pai da História?

3- Quem é considerado o agente principal da História?

4- O que é Cultura?

5- O que é uma fonte histórica?

6- O que é um Fato Histórico?

7- Cite as principais ciências auxiliares da História:

8- Como se divide a Pré-História?

9- Qual a Importância do Rio Nilo para o Egito?

10- Porque os Egípcios mumificavam seus mortos?

11-Qual o País que hoje se situa na região da Antiga Palestina?

12- Quem eram os Patriarcas conforme os Palestinos?

13- Quem foi o principal Patriarca conforme os hebreus?

14- O que significa êxodo para os Hebreus?

15- Qual o povo que inventou o alfabeto contendo 22 consoantes?

16- Defina: Politeístas e Monoteístas:

A CIVILIZAÇÂO PERSA

A civilização persa foi uma das mais expressivas civilizações da Antiguidade. A Pérsia situava-se a leste

da Mesopotâmia, num extenso planalto onde hoje corresponde ao Irã, localizado entre o golfo Pérsico e

o mar Cáspio. Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis. Esta civilização

estabeleceu-se no território por volta de 550 a.C.. Através de Ciro, que era um príncipe persa, realizou a

dominação do Reino da Média e, assim, deu início à formação de um bem-sucedido reinado que durou

cerca de vinte e cinco anos. Nesse período, este talentoso imperador também conquistou o reino da

Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia.

O processo de expansão iniciado por Ciro foi continuado pela ação do imperador Dario, que dominou as

planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse momento, dada as grandes proporções assumidas pelo território

persa, Dario viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma administrativa. Pelas mãos de Dario, os

domínios persas foram divididos em satrápias, subdivisões do território a serem administrados por um

sátrapa.

Persas

Mosaico representando os exércitos persas.

O planalto do Irã, região montanhosa e desértica, situada a leste do Crescente Fértil, entre a

Mesopotâmia e a Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas.

A princípio, os persas eram dominados pelos medos. Essa situação se inverteria por volta de 550 a.C.

Nessa época, sob o comando de Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a controlar a região.

Os persas conquistaram ainda outros povos que viviam nas proximidades do planalto do Irã, impondo a

todos a mesma administração. Eles acabaram por construir um vasto império. Seu território

compreendia a Ásia Menor, a Mesopotâmia e uma parte da Ásia Central.

Esses domínios seriam ainda ampliados nos governos posteriores a Ciro: Cambises conquistou o Egito

em 525 a.C.; Dario I dominou a Ásia até o vale do rio Indo e também uma pequena parte da Europa,

onde se localizavam algumas colônias gregas.

Dario e depois seu sucessor, Xerxes, tentaram conquistar ainda a região da atual Grécia, mas

fracassaram. Em 330 a.C., o Império Persa foi conquistado por Alexandre Magno, da Macedônia.

A Formação do Império Persa

Ciro inaugurou o chamado império persa. Com o aumento da população, houve a necessidade da

expansão geográfica.

Ciro, o Grande (560-530 a.C.), tornou-se rei dos medos e persas, após haver conquistado Ecbátana e

destronado Astíages (555 a.C.). Conquistou também a Babilônia (539 a.C.). O império ia desde o

Helesponto até as fronteiras da Índia.

Ciro não proibia as crenças nativas dos povos conquistados. Concedia alguma autonomia para as

classes altas, que governavam as regiões dominadas pelos persas, mas exigia, em troca, homens para seu

exército, alimentos e metais preciosos. Ciro morreu em 529 a.C.

Cambises , filho e sucessor de Ciro, iniciou uma difícil campanha militar contra o Egito, em 525 a.C.,

finalmente vencida pelos persas na batalha de Pelusa. Nessa época o império persa abrangia o mar

Cáspio, o mar Negro, o Cáucaso, grande parte do Mediterrâneo oriental, os desertos da África e da

Arábia, o golfo Pérsico e a Índia. Cambise pretendia estender seus domínios até Cartago, mas não

conseguiu levar esse plano adiante por causa de violenta luta interna pelo poder.

A luta pelo poder prosseguiu após a morte de Cambises. Dario, parente distante de Cambises, aliou-se a

fortes setores da nobreza, tomou o trono e iniciou uma nova era na história da Pérsia.

Ciro, o grande (imperador persa)

A Organização do Império

Os povos dominados pelos persas podiam conservar seus costumes, suas leis, sua religião e sua

língua. Eram obrigados, porém, a pagar tributos e a servir o exército persa.

Dario procurou organizar o império dividindo-o em províncias e nomeando pessoas de sua confiança

para governá-las. Para facilitar a comunicação entre as províncias, foram construídas diversas estradas,

entre elas a Estrada Real. Com mais de 2 mil quilômetros de extensão, essa estrada ligava as cidades de

Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o exército e as caravanas de mercados.

A riqueza para sustentar esse enorme império era fornecida por camponeses livres, que viviam em

comunidades e pagavam impostos ao imperador. Havia também o trabalho escravo, mas a maioria dos

trabalhadores não pertencia a essa categoria.

AS SOCIEDADES AMERICANAS

Civilização Maia

O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de

Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os

séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.

Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros

povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um

estado teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.

A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e

conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os

camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das

camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.

Arte e arquitetura: pirâmide da civilização maia

A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas

de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no

interior do império.

Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato

também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.

A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram

um eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.

Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos).

Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados

importantes.

Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.

Civilização Asteca

Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram

no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos,

próxima do lago Texcoco.

A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era

também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos

compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um

trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas

(canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).

Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser

formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império

começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e

tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os

astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.

Arte asteca e arquitetura: pirâmide da civilização asteca

Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas

(ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau,

por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.

O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos

com pinturas.

A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e

uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e

símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos

conceitos matemáticos e de astronomia.

Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos.

Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os

sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.

Civilização Inca

Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e

Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados

pelos espanhóis em 1532.

O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada

e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários

públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última

camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.

Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como

templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a

eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois

plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam

feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios

para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.

Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de

retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.

A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados

sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador

de tudo).

Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de

cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e

somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não

desenvolveu um sistema de escrita.

AS SOCIEDADES ESCRAVISTAS

O Mundo Grego

Geralmente apontamos o lado positivo da civilização grega, destacando o desenvolvimento cultural,

político e econômico. A Grécia Antiga é o berço da democracia, das Olimpíadas e da Filosofia. Porém,

esta mesma sociedade, que gerou toda esta riqueza cultural, utilizou para diversos fins a mão-de-obra

escrava.

Tornando-se um escravo. Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais

comum era através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em

escravo. Estes, eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais. Em Esparta, por

exemplo, cidade voltada para as guerras, o número de escravos era tão grande que a lei permitia aos

soldados em formação matarem os escravos nas ruas. Além de ser uma forma de treinar o futuro

soldado, controlava o excesso de escravos na cidade (fator de risco de revoltas). Em algumas cidades-

estado gregas havia a escravidão por dívidas. Ou seja, uma pessoa devia um valor para outra e, como

não podia pagar, transformava-se em escrava do credor por um determinado tempo. Em Atenas, este

tipo de escravidão foi extinto somente no século VI a.C, após as reformas sociais promovidas pelo

legislador Sólon. O trabalho escravo. A mão-de-obra escrava era a base da economia da Grécia Antiga.

Os trabalhos manuais, principalmente os pesados, eram rejeitados pelos cidadãos gregos. O grande

filósofo grego Platão demonstrou esta visão: “É próprio de um homem bem-nascido desprezar o

trabalho”. Logo, os cidadãos gregos valorizavam apenas as atividades intelectuais, artísticas e políticas.

Os trabalhos nos campos, nas minas de minérios, nas olarias e na construção civil, por exemplo, eram

executados por escravos. A mão-de-obra escrava também era muito utilizada no meio doméstico. Eles

faziam os serviços de limpeza, preparavam a alimentação e até cuidavam dos filhos de seu proprietário.

Estes escravos que atuavam dentro do lar possuíam uma condição de vida muito melhor que os outros.

REVOLUÇÂO INDUSTRIAL

A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e

XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo

assalariado e com o uso das máquinas.

Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia.

De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.

Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam

manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas

manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.

A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma

rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural

e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.

Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a

trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também

eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.

Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e

começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de máquinas“. Outros

movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o trabalhador.

O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação passando

a executar apenas uma etapa.

A Primeira etapa da Revolução Industrial

Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o

aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o

aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.

A Segunda Etapa da Revolução Industrial

A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como

Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da

energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da

locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse

período.

A Terceira Etapa da Revolução Industrial

Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira

etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das

inovações dessa época.

EXERCÌCIOS

17- Qual o País situado hoje onde ficava a Civilização Persa?

18- Quais os Países onde se localizavam os povos Maias?

19- Quais as partesterritoriais ocupados pelos povos Astecas?

20-Em que países Americanos se situaram os povos Incas?

21-Qual o País berço da democracia e das Olimpíadas?

22- Quais as principais Cidades- estados da Grécia?

23- O que foi a Revolução Industrial?

24-A primeira Revolução Industrial se limitou a qual país?

25-Quais os Países atingidos pela segunda Revolução Industrial?

26- Quaisas tecnologias instituídas naTerceira Revolução Industrial?

A AMÉRICA LUTA PELA INDEPENDÊNCIA

1 – A independência das Treze Colônias

A segunda metade do século XVIII foi um período conturbado tanto na Europa quanto na América. Os

colonos franceses do Canadá, da mesma forma que os ingleses estabelecidos nas Treze Colônias,

procuravam ampliar seus negócios coloniais e áreas de influência na América. Na Europa, entre 1756 e

1763, ocorreu um conflito conhecido como Guerra dos Sete Anos, que envolveu vários países europeus e,

onde os colonos ingleses enfrentaram os colonos franceses na América. Tanto a Inglaterra como os

colonos ingleses saíram vitoriosos, afastando a presença francesa nas Índias Orientais e conquistando as

terras dos colonos franceses na América do Norte, além da Flórida espanhola. Com isso, os colonos

ingleses tinham condições de expandir as fronteiras de seus domínios americanos, ampliando a ocupação

das terras indígenas.

A Inglaterra saiu do conflito fortalecida e com a maior marinha mercante e de guerra do mundo.

Porém, teve altos gastos para manter operações militares na Europa, Ásia e América. Para pagar essas

despesas, os ingleses por meio de seu Parlamento, aumentaram sua interferência nas Treze Colônias,

fortalecendo a sua política mercantilista. Essa prática se manifestou por meio de uma série de leis (Acts),

que provocaram grande descontentamento entre os colonos americanos. A Lei do Açúcar de 1764,

intervinha no comércio do melaço e do açúcar nas colônias, determinando que os colonos deveriam

comprar esse produto somente das Antilhas inglesas; a lei também estabeleceu impostos para a maioria

dos produtos importados pelas colônias inglesas. A Lei da Moeda, do mesmo ano, atingia a autonomia

financeira das colônias, proibindo-as de emitirem papéis de crédito, utilizados pelos colonos como

moeda. Em 1765, a Lei do Selo determinava que fossem selados e taxados todos os documentos oficiais,

declarações, jornais e demais publicações feitas na colônia. Os selos seriam fornecidos apenas pelos

agentes ingleses.

Em 1773, o governo inglês aprovou outra lei. Esta beneficiava a Companhia das Índias Orientais.

Conhecida como Lei do Chá, a nova lei estabelecia o monopólio do fornecimento de chá para a América

inglesa pela companhia, abrindo um precedente para que a Inglaterra continuasse a estabelecer

monopólios em outras atividades comerciais. Os colonos, no entanto, que já estavam descontentes, não

aceitaram a imposição dessa nova lei. Muitos passaram a boicotar o chá, substituindo-o por outras

bebidas, como o café. Os mais radicais formaramum grupo de carca de 150 pessoas, que se disfarçaram

de índios e invadiram o porto de Boston, saqueando os primeiros navios que chegaram carregados de chá,

lançando a carga ao mar. Esse episódio ficou conhecido como a Festa do Chá de Boston. Os protestos dos

colonos contra a ingerência da metrópole em seus negócios se ampliaram rapidamente. Manifestações de

descontentamento ocorreram em várias localidades. Em um desses protestos que ficou conhecido como o

massacre de Boston, em março de 1770, uma multidão de colonos se reunirem para protestar contras as

leis e a presença de tropas inglesas, mas foram alvejados pelos soldados ingleses que faziam a guarda do

quartel. Muitos colonos se feriram, e cinco deles morreram. Esse incidente reforçou os sentimentos de

revolta e o desejo de maior autonomia entre os colonos.

A Inglaterra não tardou em lançar represálias contra as agitações promovidas pelos colonos. Por

meio das chamadas Leis de Coação, chamada pelos colonos de Leis Intoleráveis; os ingleses

determinaram a interdição do porto de Boston até o ressarcimento dos prejuízos provocados pela ação dos

colonos no porto, além de restringir as reuniões entre os colonos e intervirem na colônia de

Massachusetts, submetendo-a diretamente a Coroa. Os colonos, por sua vez, reuniram-se

clandestinamente em uma assembleia, formando o Primeiro Congresso Continental, organizado na

Filadélfia, na Pensilvânia. Em março de 1774, com exceção da Geórgia, todas as colônias haviam

mandado representantes. Os colonos que nesse momento ainda não cogitavam o rompimento com a

metrópole, enviaram um documento ao rei da Inglaterra pedindo a abolição das leis, mas não foram

atendidos. Durante a formação desse congresso, os colonos se dividiram em duas correntes políticas: de

um lado os patriotas que eram favoráveis à independência. Esse grupo era composto por pequenos

proprietários, intelectuais, trabalhadores assalariados e pela burguesia ascendente; do outro lado, estavam

os legalistas, que mantinham fidelidade a Coroa inglesa formado principalmente por funcionários da

burocracia e os latifundiários sulistas. Além desses dois grupos, havia uma parcela significativa da

população que era totalmente indiferente às essas questões.

As tensões entre colonos e as autoridades inglesas aumentavam rapidamente. A cada dia ficava

mais claros para os colonos que os interesses mercantilistas dos ingleses eram contrários aos seus. Em

1775, novamente na Filadélfia ocorreu o Segundo Congresso Continental. Esse reuniu os principais

líderes do movimento patriota: John Hancock, Samuel Adams, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin,

entre outros. Nesse momento, apenas parte dos colonos era a favor de se revoltar contra a metrópole.

Após muitas discussões, os partidários da independência saíram vitoriosos e o Congresso deliberou pelo

enfrentamento militar contra os ingleses caso necessário. Para comandar as forças rebeldes foi escolhido

um rico aristocrata da Virginia, proprietário de terras e escravos, chamado George Washington. Enquanto

isso, o rei da Inglaterra declarava que as colônias estavam em estado de rebelião. Em 1775 já haviam

começado os primeiros combates entre os patriotas e as forças inglesas, que eram apoiadas pelos

legalistas norte-americanos.

Em meio aos primeiros combates com os ingleses, os congressistas norte-americanos aprovaram

um importante documento: a Declaração de Independência das Treze Colônias. Este documento, redigido

por Thomas Jefferson, determinava que as colônias se uniriam formando um único país, porém, cada uma

manteria sua autonomia, votando suas próprias leis. Esse documento publicado em 4 de julho de 1776 é o

marco da independência dessas colônias, que mais tarde iriam formar os Estados Unidos da América. A

guerra de independência se estendeu por seis anos, que foram muito difíceis para os rebeldes, que tinham

um exército mal armado e carente de recursos e se treinamento, ao contrário das forças inglesas. A

situação dos colonos melhorou graças à ajuda dada pelos espanhóis e, principalmente, pelos franceses,

tradicionais inimigos da Inglaterra. A ajuda francesa em dinheiro, soldados e armas foi decisiva para a

vitória final dos colonos. Em 1873, a Inglaterra reconheceu oficialmente a independência das Treze

Colônias, com a assinatura do Tratado de Paris. Além disso, por meio desse tratado, a Inglaterra devolvia

para a Espanha e para França territórios que haviam sido conquistados durante a Guerra dos Sete Anos.

A EMANCIPAÇÃO DAS COLÔNIAS ESPANHOLAS

A independência da América espanhola está relacionada às transformações que ocorreram no século

XVIII na Europa e que levaram à ruína o Absolutismo.

A independência das colônias inglesas na América do Norte, a Revolução Industrial, o Iluminismo e a

Revolução Francesa causaram um grande impacto na América Espanhola.

Entre o final do século XV e o inicio do século XVI, a Espanha constituiu na América um imenso império

colonial, riquíssimo em metais preciosos e que, até o final do século XVIII, foi a principal fonte de

sustento da Coroa espanhola. A Coroa dividiu a administração em quatro vice-reinos; Nova Granada,

Nova Espanha, Rio do Patra e Peru. Junto foram criadas quatro capitanias com função de defesa:

Guatemala, Chile, Cuba e Venezuela.

O Pacto Colonial visava permanecer com o monopólio comercial através de uma série de limitações

comerciais e de algumas obrigações por parte da colônia. Em meados do século XVIII, a riqueza das

colônias espanholas já não era a mesma. Em séculos anteriores sugou praticamente toda riqueza de

algumas regiões.

A Espanha tornou-se grande devedora da Inglaterra e da França, pois importava produtos, já que seu

desenvolvimento industrial era atrasado.

Para contornar a situação, a Coroa espanhola, aumentou os impostos e restringiu ainda mais o comércio

colonial. Tais medidas desagradaram os colonos, em especial os criollos. Além dessas restrições

econômicas, os criollos também eram proibidos de tomar decisões políticas, pois o controle estava nas

mãos dos Chapetones.

No século XIX, ocorreram diversas transformações no continente americano. As colônias espanholas e o

Brasil se transformaram em Estados nacionais. Simultaneamente, os Estados Unidos se expandiram para

o Oeste, enfrentaram uma violenta guerra civil, conhecida como Guerra da Secessão e, por fim,

estabeleceram o seu domínio na América Latina.

No século XIX, teve inicio o processo de descolonização da América Latina. No século XIX, teve inicio o

processo de descolonização da América Latina, levando à formação de Estados independentes, cujo

modelo econômico era o agrário-exportador. Pouco antes da emancipação descolonias espanholas, a

sociedade colonial se apresentava rigidamente hierarquizado, onde o nascimento, a tradição e a riqueza

definiam a posição social do individuo.

A elite colonial, dividia-se em:

Criollos – eram descendentes de espanhóis nascidos na América.

Chapetones – eram pessoas nascidas na metrópole e que possuíam todos os privilégios e ocupavam os

altos cargos administrativos.

Camada intermediaria – era formada por comerciantes, advogados, médicos, professores, artesões, etc.

Camada dominada – era formada pela grande maioria da população

.

Brasil – As Primeiras Manifestações contra a presença da Metrópole

O Brasil colonial passou a conviver com movimentos emancipacionistas a partir do século XVII. As

rebeliões coloniais foram influenciadas por pensamentos iluministas. A partir desse momento, grupos

revolucionários começaram a construir os caminhos que culminariam na independência do Brasil.

Os movimentos brasileiros buscavam uma separação política e apresentavam características regionais. No

final do século XVIII, o Brasil começou a enfrentar problemas econômicos, e a cobrança de impostos por

parte da coroa portuguesa passou a desagradar os colonos.

Depois da independência dos Estados Unidos, outras colônias começaram a buscar sua emancipação.

Assim, começaram as revoltas anticoloniais no Brasil, como a Inconfidência Mineira, a Conjuração

Baiana e a Revolução Pernambucana.

Vamos entender mais sobre as primeiras manifestações contra a presença da metrópole no Brasil:

Inconfidência Mineira – O aumento da cobrança de impostos sobre o ouro resultou na determinação do do

quinto, onde todos os garimpeiros deviam dar à coroa portuguesa 20% do ouro descoberto. Com o tempo,

o ouro das minas foi acabando e os colonos já não tinham como pagar Portugal. Com a pressão que

sofriam de Portugal para o pagamento da dívida, os colonos de Minas Gerais decidiram lutar por uma

república independente.

A inconfidência foi liderada por Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes. Os revoltosos

acabaram sendo denunciados por Joaquim Silvério dos Reis e foram presos.

Tiradentes assumiu sozinho a iniciativa da rebelião, e acabou executado no Rio de Janeiro. O corpo de

Tiradentes foi esquartejado. Sua cabeça foi erguida num poste de Vila Rica.

Conjuração Baiana - Dez anos depois da Inconfidência Mineira, a Bahia começou um novo movimento

anticolonial. O movimento contou com a participação de ricos e pobres.

Os baianos pediam a abolição da escravatura, o fim da miséria, da injustiça e da desigualdade social. Os

revoltosos foram inspirados por ideiais iluministas e pela Revolução Francesa.

A conjuração também acabou com fracasso. Os líderes do movimento foram condenados à prisão e à

morte. Entre os mortos estavam o soldado Lucas Dantas do Amorim Torres, o aprendiz de alfaiate

Manuel Faustino dos Santos, o soldado Luís Gonzaga das Virgens e o mestre alfaiate João de Deus

Nascimento.

Revolução Pernambucana - A Revolução Pernambucana foi um movimento emancipacionista que

começou em 6 de março de 1817, na Província de Pernambuco. Os revoltosos lutavam contra a crise

econômica regional, o absolutismo monárquico português e a influência iluminista das sociedades

maçônicas.

O movimento foi liderado por Domingos José Martins. Em 29 de março, os colonos convocaram uma

assembleia constituinte.

A revolução foi marcada pelo sentimento de patriotismo dos pernambucanos. No entanto, as tropas de

Portugal atacaram e derrotaram os revolucionários em 19 de maio. As tropas portuguesas entraram no

Recife e acabaram com o governo provisório.

Nesse movimento, os revoltosos foram anistiados e apenas quatro homens foram executados.

PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Para compreender o verdadeiro significado histórico da independência do Brasil, levaremos em

consideração duas importantes questões:

Em primeiro lugar, entender que o 07 de setembro de 1822 não foi um ato isolado do príncipe D. Pedro, e

sim um acontecimento que integra o processo de crise do Antigo Sistema Colonial, iniciada com as

revoltas de emancipação no final do século XVIII. Ainda é muito comum a memória do estudante

associar a independência do Brasil ao quadro de Pedro Américo, "O Grito do Ipiranga", que personifica o

acontecimento na figura de D. Pedro.

Em segundo lugar, perceber que a independência do Brasil, restringiu-se à esfera política, não alterando

em nada a realidade sócio-econômica, que se manteve com as mesmas características do período colonial.

Valorizando essas duas questões, faremos uma breve avaliação histórica do processo de independência do

Brasil.

Desde as últimas décadas do século XVIII assinala-se na América Latina a crise do Antigo Sistema

Colonial. No Brasil, essa crise foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a Inconfidência

Mineira e a Conjuração Baiana. Foram os primeiros movimentos sociais da história do Brasil a questionar

o pacto colonial e assumir um caráter republicano. Era apenas o início do processo de independência

política do Brasil, que se estende até 1822 com o "sete de setembro". Esta situação de crise do antigo

sistema colonial, era na verdade, parte integrante da decadência do Antigo Regime europeu, debilitado

pela Revolução Industrial na Inglaterra e principalmente pela difusão do liberalismo econômico e dos

princípios iluministas, que juntos formarão a base ideológica para a Independência dos Estados Unidos

(1776) e para a Revolução Francesa (1789). Trata-se de um dos mais importantes movimentos de

transição na História, assinalado pela passagem da idade moderna para a contemporânea, representada

pela transição do capitalismo comercial para o industrial.

Os Movimentos de Emancipação A Inconfidência Mineira destacou-se por ter sido o primeiro movimento social republicano-

emancipacionista de nossa história. Eis aí sua importância maior, já que em outros aspectos ficou muito a

desejar. Sua composição social por exemplo, marginalizava as camadas mais populares, configurando-se

num movimento elitista estendendo-se no máximo às camadas médias da sociedade, como intelectuais,

militares, e religiosos. Outros pontos que contribuíram para debilitar o movimento foram a precária

articulação militar e a postura regionalista, ou seja, reivindicavam a emancipação e a república para o

Brasil e na prática preocupavam-se com problemas locais de Minas Gerais. O mais grave contudo foi a

ausência de uma postura clara que defendesse a abolição da escravatura. O desfecho do movimento foi

assinalado quando o governador Visconde de Barbacena suspendeu a derrama -- seria o pretexto para

deflagar a revolta - e esvaziou a conspiração, iniciando prisões acompanhadas de uma verdadeira devassa.

Os líderes do movimento foram presos e enviados para o Rio de Janeiro responderam pelo crime de

inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Todos negaram sua participação

no movimento, menos Joaquim José da Silva Xavier, o alferes conhecido como Tiradentes, que assumiu a

responsabilidade de liderar o movimento. Após decreto de D. Maria I é revogada a pena de morte dos

inconfidentes, exceto a de Tiradentes. Alguns tem a pena transformada em prisão temporária, outros em

prisão perpétua. Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão, onde provavelmente foi assassinado.

Tiradentes, o de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento. Sua cabeça

foi cortada e levada para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos caminhos de Minas Gerais

(21 de abril de 1789). Era o cruel exemplo que ficava para qualquer outra tentativa de questionar o poder

da metrópole.

O exemplo parece que não assustou a todos, já que nove anos mais tarde iniciava-se na Bahia a Revolta

dos Alfaiates, também chamada de Conjuração Baiana. A influência da loja maçônica Cavaleiros da Luz

deu um sentido mais intelectual ao movimento que contou também com uma ativa participação de

camadas populares como os alfaiates João de Deus e Manuel dos Santos Lira.Eram pretos, mestiços,

índios, pobres em geral, além de soldados e religiosos. Justamente por possuír uma composição social

mais abrangente com participação popular, a revolta pretendia uma república acompanhada da abolição

da escravatura. Controlado pelo governo, as lideranças populares do movimento foram executadas por

enforcamento, enquanto que os intelectuais foram absolvidos.

Outros movimentos de emancipação também foram controlados, como a Conjuração do Rio de Janeiro

em 1794, a Conspiração dos Suaçunas em Pernambuco (1801) e a Revolução Pernambucana de 1817.

Esta última, já na época que D. João VI havia se estabelecido no Brasil. Apesar de contidas todas essas

rebeliões foram determinantes para o agravamento da crise do colonialismo no Brasil, já que trouxeram

pela primeira vez os ideais iluministas e os objetivos republicanos.

A Família Real no Brasil e a Preponderância Inglesa Se o que define a condição de colônia é o monopólio imposto pela metrópole, em 1808 com a abertura

dos portos, o Brasil deixava de ser colônia. O monopólio não mais existia. Rompia-se o pacto colonial e

atendia-se assim, os interesses da elite agrária brasileira, acentuando as relações com a Inglaterra, em

detrimento das tradicionais relações com Portugal.

Esse episódio, que inaugura a política de D. João VI no Brasil, é considerado a primeira medida formal

em direção ao "sete de setembro".

Há muito Portugal dependia economicamente da Inglaterra. Essa dependência acentua-se com a vinda de

D. João VI ao Brasil, que gradualmente deixava de ser colônia de Portugal, para entrar na esfera do

domínio britânico. Para Inglaterra industrializada, a independência da América Latina era uma promissora

oportunidade de mercados, tanto fornecedores, como consumidores.

Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação e Aliança e Amizade), Portugal perdeu

definitivamente o monopólio do comércio brasileiro e o Brasil caiu diretamente na dependência do

capitalismo inglês.

Em 1820, a burguesia mercantil portuguesa colocou fim ao absolutismo em Portugal com a Revolução do

Porto. Implantou-se uma monarquia constitucional, o que deu um caráter liberal ao movimento. Mas, ao

mesmo tempo, por tratar-se de uma burguesia mercantil que tomava o poder, essa revolução assume uma

postura recolonizadora sobre o Brasil. D. João VI retorna para Portugal e seu filho aproxima-se ainda

mais da aristocracia rural brasileira, que sentia-se duplamente ameaçada em seus interesses: a intenção

recolonizadora de Portugal e as guerras de independência na América Espanhola, responsáveis pela

divisão da região em repúblicas.

O Significado Histórico da Independência A aristocracia rural brasileira encaminhou a independência do Brasil com o cuidado de não afetar seus

privilégios, representados pelo latifúndio e escravismo. Dessa forma, a independência foi imposta

verticalmente, com a preocupação em manter a unidade nacional e conciliar as divergências existentes

dentro da própria elite rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados por escravos e

trabalhadores pobres em geral.

Com a volta de D. João VI para Portugal e as exigências para que também o príncipe regente voltasse, a

aristocracia rural passa a viver sob um difícil dilema: conter a recolonização e ao mesmo tempo evitar que

a ruptura com Portugal assumisse o caráter revolucionário-republicano que marcava a independência da

América Espanhola, o que evidentemente ameaçaria seus privilégios.

A maçonaria (reaberta no Rio de Janeiro com a loja maçônica Comércio e Artes) e a imprensa uniram

suas forças contra a postura recolonizadora das Cortes.

D. Pedro é sondado para ficar no Brasil, pois sua partida poderia representar o esfacelamento do país. Era

preciso ganhar o apoio de D. Pedro, em torno do qual se concretizariam os interesses da aristocracia rural

brasileira. Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado por José Clemente Pereira (presidente do

Senado) a D. Pedro em 9 de janeiro de 1822, solicitando sua permanência no Brasil. Cedendo às pressões,

D. Pedro decidiu-se: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao

povo que fico". É claro que D. Pedro decidiu ficar bem menos pelo povo e bem mais pela aristocracia, que o apoiaria

como imperador em troca da futura independência não alterar a realidade sócio-econômica colonial.

Contudo, o Dia do fico era mais um passo para o rompimento definitivo com Portugal. Graças a homens

como José Bonifácio de Andrada e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo, José Clemente

Pereira e outros, o movimento de independência adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde

as leis portuguesas seriam obedecidas somente com o aval de D. Pedro, que acabou aceitando o título de

Defensor Perpétuo do Brasil (13 de maio de 1822), oferecido pela maçonaria e pelo Senado. Em 3 de

junho foi convocada uma Assembléia Geral Constituinte e Legislativa e em primeiro de agosto

considerou-se inimigas as tropas portuguesas que tentassem desembarcar no Brasil.

São Paulo vivia um clima de instabilidade para os irmãos Andradas, pois Martim Francisco (vice-

presidente da Junta Governativa de São Paulo) foi forçado a demitir-se, sendo expulso da província. Em

Portugal, a reação tornava-se radical, com ameaça de envio de tropas, caso o príncipe não retornasse

imediatamente.

José Bonifácio, transmitiu a decisão portuguesa ao príncipe, juntamente com carta sua e de D. Maria

Leopoldina, que ficara no Rio de Janeiro como regente. No dia sete de setembro de 1822 D. Pedro que se

encontrava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, após a leitura das cartas que chegaram em suas

mãos, bradou: "É tempo... Independência ou morte... Estamos separados de Portugal".Chegando no Rio

de Janeiro (14 de setembro de 1822), D. Pedro foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil. Era o

início do Império, embora a coroação apenas se realizasse em primeiro de dezembro de 1822.

A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. As bases sócio-

econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos

privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de

uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.

EXERCÍCIOS

1-As treze colônias da América do Norte pertenciam a qual País?

2- O que foi a Guerra dos Sete Anos e quem saiu vitorioso?

3-Quais as principais Leis Impostas pela Inglaterra ás suas Colônias na América?

4- Em que ano a América do Norte começa a lutar pela Independência, e em que ano a conquista?

5- Como a Espanha dividiu suas Colônias na América Espanhola?

6- O que era o Pacto Colonial implantado nas Colônia da América?

7- Quem eram os Criollos na América espanhola?

8- Quem eram os Chapetones na América Espanhola?

9- A partir de que século tem início os movimentos emancipacionistas brasileiros?

10- Quais os Principais Movimentos Emancipacionistas Brasileiros?

11- Quais as causas da Revolução Pernambucana no Brasil?

12- Em que ano o Brasil consegue se libertar definitivamente de Portugal?

13-Quais as duas principais medidas tomadas pela Família Real no Brasil?

14- Porque a Inglaterra desempenhava uma grande preponderância sobre o Brasil, após a Família Real se

instalar aqui?

15- Qual o significado histórico da Independência do Brasil?

EXPANSÃO DO CAPITALISMO OCIDENTAL NO SÉCULO XIX

A Expansão Imperialista do século XIX

Definição de imperialismo

O Imperialismo do século XIX foi uma política de expansão e domínio territorial, cultural, econômico e

político de nações capitalistas que vivenciavam a segunda revolução industrial. Está política deve ser

entendida também como impositora de novas formas de colonização – daí a expressão neocolonialismo –

que foi além do colonialismo praticado dos séculos XV a XVIII, época do Antigo regime.

“Essa expansão deu inicio a chamada fase imperialista do capitalismo, da qual participaria a maioria das

nações industrializadas. Uma das formas adotadas pelo imperialismo nessa expansão foi a partilha da

África e da Ásia, a criação de áreas de influencia em diversas regiões do planeta e a formação de novos

impérios coloniais. A essa forma especifica de dominação imperialista se deu o nome de

neocolonialismo”. Imperialismo: a supremacia inglesa na Era Vitoriana

A indiscutível supremacia da Inglaterra – na Europa do século XIX atingiu seu apogeu entre 1850 e 1875.

O país, que havia iniciado sua Revolução Industrial mais de cem anos antes, colocou-se quase um século

na frente dos demais Estados europeus. Somente na segunda metade do século XIX foi que França, Itália

e Alemanha começaram a avançar, mas não o suficiente para abalar a hegemonia inglesa.

A Inglaterra enviava homens, capitais, car­vão, tecidos e máquinas para o mundo inteiro. A supremacia

naval completava a supremacia econômica. As camadas médias prosperavam, e seu papel político

ganhava importância. Londres era a maior cidade do mundo, e o Parlamentarismo, um regime político

estável, maleável para que as reformas se antecipassem às necessidades sociais. Assim, a Inglaterra evitou

as agitações que assolaram a Europa dos fins do século XVIII ao século XIX.

A união de desenvolvimento econômico com progresso social e estabilidade política criou condições para

a formação de um vasto império colonial na América, África e Ásia.

A dinastia Hannover, surgida no início do século XVIII, teve na rainha Vitória (1837-1901) o grande

símbolo da virtude e da perseverança inglesas. Ela governou o país durante o período de supremacia

britânica, por isso mesmo chamado de Era Vitoriana.

Os Motivos da expansão imperialista

As mudanças tecnológicas que caracterizaram a Segunda Revolução Industrial (motores a gasolina, diesel

e eletricidade, produção de aço em larga escala) aumentaram ainda mais a produção, gerando uma grande

necessidade de mercados consumidores para os excedentes industriais. Além disso, as potencias centrais

do capitalismo, precisavam encontrar fontes de matérias-primas (carvão, ferro, petróleo) e de produtos

alimentícios que faltavam em suas terras. Também buscavam novas regiões para investir os capitais

disponíveis, construindo ferrovias ou explorando minas, por exemplo.

Tal mecanismo era indispensável para aliviar a Europa dos capitais excedentes. Se eles fossem investidos

na Europa, agravariam a superprodução e intensificariam a tendência dos países europeus industrializados

de adotar medidas protecionistas, fechando seus mercados e tornando a situação ainda mais difícil. Some-

se a tudo isso o crescimento acelerado da população europeia, necessitada de novas terras para

estabelecer-se. No plano político cada Estado europeu estava preocupado em aumentar seus contingentes

militares, para fortalecer sua posição entre as demais potências. Possuindo colônias, disporiam de mais

recursos e mais homens para seus exércitos. Tal era a política de revanche, característica da França, que

buscava compensar as perdas na Europa, especialmente a Alsácia-Lorena, para os alemães. Ter colônias

significava ter portos de escala e abastecimento de carvão para os navios mercantes e militares

distribuídos pelo planeta.

Já a ação dos missionários religiosos, típica da segunda metade do século XIX, se encaixava em um

discurso religioso e cultural que justificava o imperialismo. Eles desejavam converter africanos e

asiáticos. Havia gente que considerava mesmo um dever dos europeus espalhar sua civilização entre

povos que julgavam primitivos, atrasados e inferiores. Na realidade, além do olhar etnocêntrico e

preconceituoso, esse discurso era o pretexto para justificar a colonização e espoliação das áreas

dominadas. Foi nesse contexto que assumiu importância um movimento intelectual e pseudo-científico. O

desenvolvimento de ideologias racistas que, partindo das teorias de Darwin, afirmavam a superioridade da

raça branca: o etnocentrismo, baseado na idéia de que existiam povos superiores a outros (europeus

superiores a asiáticos, indígenas e africanos). O darwinismo social interpretava a teoria da evolução a sua

maneira errônea, afirmando a hegemonia de alguns sobre outros pela seleção natural. Assim, além de

fenômeno político-econômico, o imperialismo teve profunda influência na cultura de sua época. Um

exemplo disso foi o poema a “carga do homem branco”, escrito pelo poeta inglês, RudyardKipling (1865-

1936):

A expansão do Imperialismo na África e na Ásia

O Imperialismo foi uma estratégia política que esteve presente no século XIX em várias regiões do

planeta, entre elas na África e na Ásia. Essa foi uma estratégia de expansão e domínio territorial, cultural,

econômico e político.

As nações capitalistas da Europa e da América do Norte usaram o cenário da segunda revolução industrial

para implantar uma nova forma de colonização. Dessa vez, o objetivo era impor um estilo de vida entre as

nações subdesenvolvidas.

O imperialismo também foi chamado de neocolonialismo. As nações poderosas procuravam ampliar o

controle sobre povos mais pobres. O imperialismo também esteve associado à expansão econômica dos

países capitalistas.

Na África, a expansão do imperialismo aconteceu na metade do século XIX, quando nações europeias

começaram a impor sua presença no continente. A África esteve sob domínio da Holanda e da Inglaterra.

As nações ricas estavam interessadas principalmente na grande descoberta de diamantes na África do Sul

e na abertura do Canal de Suez. A partir de 1869, a Europa entendeu a importância econômica da África e

passou a explorar o continente. Isso deu início a uma disputa entre os países europeus para controlar os

territórios.

No período, foram feitos acordos e estratégias militares para conquistar o território africano. O continente

africano passou a ser dominado por Grã Bretanha, Alemanha, França, Portugal, Holanda e Bélgica. As

nações capitalistas exploravam as matérias-primas dos países africanos.

O imperialismo prejudicou a economia e a vida dos africanos. Outro legado negativo foi a implantação de

preconceitos e da ideia de superioridade racial e cultural que eram características europeias.

Já na Ásia, o período da conquista europeia começou em 1500 e seguiu até a metade do século 20. Os

europeus ocuparam a Ásia para explorar as riquezas do continente.

A dominação europeia resultou em novas técnicas para agricultura, a indústria, o comércio, a saúde, a

educação e a política. O imperialismo chegou ao Japão, à Indochina e outros países.

Esse novo colonialismo também resultou em problemas para essas nações asiáticas. Entre os principais

problemas do imperialismo estavam a exploração das riquezas, o desrespeito às culturas e religiões

asiáticas e problemas sociais.

REFORMA RELIGIOSA

Os movimentos religiosos que culminaram na grande reforma religiosa do século XVI tiveram início

desde a Idade Média, através dos teólogos John Wycliffe e Jan Huss. Esses movimentos foram

reprimidos, mas, na Inglaterra e na Boêmia (hoje República Tcheca), os ideais reformistas perseveraram

em circunstâncias ocultas às tendências que fizeram romper a revolta religiosa na Alemanha.

No começo do século XVI, a Igreja passava por um período delicado. A venda de cargos eclesiásticos e

de indulgências e o enfraquecimento das influências papais pelo prestígio crescente dos soberanos

europeus, que muitas vezes influenciavam diretamente nas decisões da Igreja, proporcionaram um

ambiente oportuno a um movimento reformista.

No final da Idade Média surgiu um forte espírito nacionalista que se desenvolveu em vários países onde a

figura da Igreja, ou seja, do Papa, já estava em descrédito. Esse espírito nacionalista foi estrategicamente

explorado pelos príncipes e monarcas, empenhados em aumentar os poderes monárquicos, colocando a

Igreja em situação de subordinação.

Nesse período, os olhos se voltaram para o grande patrimônio da Igreja, que despertou a ambição de

monarcas e nobres ávidos em anexar às suas terras as grandes e ricas propriedades da Igreja, que

perfaziam um terço do território da Alemanha e um quinto do território da França. Sem contar na isenção

de impostos sobre esse território eclesiástico, que aumentava o interesse dos mais abastados.

Observa-se nessa fase o surgimento de uma nova classe social, que na Itália era formada por banqueiros e

comerciantes poderosos. Mas essa classe social não era tão religiosa quanto à da Alemanha, para a qual a

religião tinha um significado muito mais pungente.

O espírito crítico do Humanismo e o aperfeiçoamento da imprensa, por Gutemberg, contribuíram para a

difusão das obras escritas, entre elas a Bíblia. Ao traduzir a Bíblia para outras línguas, vislumbrou-se a

possibilidade de cristãos e não cristãos interpretá-la sem mediação, recebendo conhecimento imediato

sobre o cristianismo e suas verdadeiras práticas.

O ponto de partida da reforma religiosa foi o ataque de Martinho Lutero, em 1517, à prática da Igreja de

vender indulgências. Martinho Lutero era um monge da ordem católica dos agostinianos, nascido em

Eisleben, em 1483, na Alemanha. Após os primeiros estudos, Lutero matriculou-se na Universidade de

Erfurt, em 1501, onde se graduou em Artes. Após ter passado alguns anos no mosteiro, estudando o

pensamento de Santo Agostinho, foi nomeado professor de teologia da Universidade de Wittenberg.

Lutero admirava os escritos e as ideias de Jan Huss sobre a liberdade cristã e a necessidade de reconduzir

o mundo cristão à simplicidade da vida dos primeiros apóstolos. Através de exaustivo estudo, Lutero

encontrou respostas para suas dúvidas e, a partir desse momento, começou a defender A doutrina da

salvação pela fé. Ele elaborou 95 teses que criticavam duramente a compra de indulgências. Eis algumas

delas:

Tese 21 - Estão errados os que pregam as indulgências e afirmam ao próximo que ele será liberto e salvo

de todo castigo dos pecados cometidos mediante indulgência do papa.

Tese 36 - Todo cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado

tem total perdão dos pecados e consequentemente de suas dívidas, mesmo sem a carta de indulgência.

Tese 43 - Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres ou empresta a quem necessita age

melhor do que se comprasse indulgências.

Esses princípios foram considerados uma afronta à Igreja Católica. Em 1521, o monge agostiniano, já

declarado herege, foi definitivamente excomungado pela Igreja Católica, refugiando-se na Saxônia.

Lutero não tinha a pretensão de dividir o povo cristão, mas a repercussão de suas teses foi amplamente

difundida; e suas ideias, passadas adiante. Através da tradução da Bíblia para o idioma alemão, o número

de adeptos às ideias de Lutero aumentou largamente; e, por outro lado, o poder da Igreja diminuiu

consideravelmente.

Seus ideais reformistas religiosos desencadearam revoltas e assumiram dimensões politicas e

socioeconômicas que fugiram do seu controle. A revolta social instalou-se e o descontentamento foi geral.

Os príncipes tomaram as terras pertencentes à Igreja Católica e os camponeses revoltaram-se, em 1524,

contra a exploração da Igreja e dos príncipes. Lutero, que era protegido pelos príncipes, condenou a

revolta dos camponeses e do líder protestante radical, Thomaz Munzer. Munzer foi decapitado e um

grande número de camponeses revoltados foi massacrado pelos exércitos organizados pelos príncipes

locais apoiados por Lutero, que dizia “não há nada mais daninho que um homem revoltado...”.

A preocupação de Lutero em defender as aspirações feudais fez com que sua doutrina fosse considerada

uma religião, a religião dos nobres. Esses nobres assumiram cargos importantes na Igreja, que foi

chamada de Igreja Luterana. A reforma religiosa de Lutero chegou a outros países, como a Dinamarca,

Suécia, Noruega, os quais foram rompendo os laços com a Igreja Católica, fomentando a reorganização

das novas doutrinas religiosas.

EXPANSÃO MARÍTIMO E COMERCIAL DA EUROPA DOS SÉCULOS XV E XVI.

No começo do século XV, um movimento que ocorreu na Europa tinha o seu início: A Expansão

Marítima. Os países europeus finalmente lançaram-se na conquista dos mares, descobrindo lugares que

sequer suspeitavam da existência e iniciando a colonização de terras em outros continentes. A civilização

europeia estava saindo da Idade Média e iniciando a Idade Moderna, enfrentavam problemas por causa da

crise do feudalismo e sentiram a necessidade de expandir seu mercado, a partir daí começava a expansão

marítima e comercial daquele continente.

Fatores que levaram à Expansão Marítima

1 – A procura de especiarias: A Itália possuía duas cidades (Gênova e Veneza) que dominaram o mercado

de especiarias no Mediterrâneo Oriental, pois era necessário buscar as mercadorias (tecidos, tapetes,

perfumes, etc.) nos portos de Alexandria e Constantinopla. Eles revendiam esses produtos por preços

absurdos, visando apenas um grande lucro. A burguesia europeia, cansada desses preços, percebeu que

era hora de descobrir um novo caminho para as Índias, para quebrar o monopólio italiano sobre o

comércio no mar Mediterrâneo.

2 – A escassez de metais preciosos: As minas europeias já não conseguiam atender a demanda de metais

preciosos. A escassez foi consequência da grande quantidade de moedas usadas para o pagamento das

importações. Eles perceberam que era preciso buscar novas fontes/novas minas fora do continente

europeu.

3 – Aliança entre o rei e a burguesia: Essa aliança buscava a valorização do comércio e a centralização do

poder, possibilitando a derrota da nobreza feudal. Funcionava desse modo: a burguesia fornecia capital e

armas para o exército, em troca, os reis promoviam melhorias no comércio para atenderem aos interesses

da burguesia.

4 – A Catequese: A igreja católica desejava conquistar novos fiéis para compensar as perdas com a

Reforma Protestante (que havia “tomado” muitos de seus religiosos). A possibilidade de conversão dos

pagãos ao cristianismo animava os católicos.

5 – Avanços na Arte Náutica: Desejavam aprimorar seus conhecimentos geográficos, após o

desenvolvimento da cartografia. As tecnologias de navegação estavam em grande grau de avanço, logo,

invenções como a bússola, o astrolábio e a caravela tornaram as viagens bem mais seguras.

O Pioneirismo Português

Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI. Os portugueses já possuíam certa

experiência em navegações – por causa da pesca de bacalhau, por exemplo – o que ajudou bastante o país.

Esse pioneirismo só foi possível com: investimento de capital vindo da burguesia e da nobreza (muito

interessados no lucro que este negócio poderia gerar), boa qualidade de suas caravelas (superiores à de

outras nações) e a preocupação com os estudos náuticos (chegaram a criar até um centro de estudos, A

Escola de Sagres). Foi durante essa boa fase que Portugal chegou ao Brasil. Em 1500, Pedro Álvares

Cabral o descobriu, antes de seguir até a Índia. Existem controvérsias sobre esta vinda (se foi intencional

ou não). Portugal também acabou em disputa com a Espanha, pelas terras da América.

Consequências

Ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra.

Revolução comercial – unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.

A decadência das cidades italianas.

Formação do Sistema Colonial.

Escravismo em moldes capitalistas.

Hegemonia europeia sobre o mundo.

Afluxo de metais provenientes da América para a Europa.

CONQUISTA E COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA O processo de conquista e colonização da América pelos europeus provocou significativa devastação

ambiental e morte das populações nativas.

O objetivo dos conquistadores espanhóis, portugueses, ingleses e franceses era explorar as suas colônias e

proporcionar o maior lucro possível para as metrópoles. Em função disso, apropriaram-se das terras,

escravizaram, mataram, destruíram. Duas grandes civilizações da América pré-colombiana, asteca e inca,

foram dominadas pelos espanhóis. O fabuloso Império Asteca foi conquistado por Hernán Cortês. O

responsável pela conquista do Peru foi Francisco Pizarro.

No inicio do século XVI, Portugal e Espanha e, um pouco mais tarde, a Inglaterra, a França e a Holanda

promoveram a colonização das terras que haviam conquistado na América.

A colonização implantada estava ligada à expansão marítima e comercial da Europa, ao fortalecimento

das monarquias absolutistas e à política econômica do mercantilismo.

O monopólio do comércio colonial garantia à metrópole a aquisição de todos os produtos coloniais a um

preço mínimo, porém suficiente para estimular a produção. As colônias eram também um centro

consumidor dos produtos metropolitanos.

Tanto a Espanha como Portugal foram levados a colonizar suas possessões americanas devido às pressões

políticas de alguns países europeus, particularmente França e Inglaterra. Esses países só respeitavam as

terras efetivamente ocupadas, e não aquelas garantidas pelo Tratado de Tordesilhas.

BRASIL COLÔNIA DE PORTUGAL

Ciclo do pau-brasil (1500 a 1530) - Chegada dos portugueses ao Brasil em 22 de abril de 1500.

- Portugueses começam a extrair o pau-Brasil da região litorânea, usando mão-de-obra indígena. A

madeira era comercializada na Europa.

- Os portugueses construíram feitorias no litoral para servirem de armazéns de madeira.

- Nesta fase os portugueses não se fixaram, vinham apenas para explorar a pau-Brasil e retornavam.

- Época marcada por ataques estrangeiros (ingleses, franceses e holandeses) à costa brasileira

Ciclo do açúcar (1530 até século XVII)

- Em 1530 chega ao Brasil a expedição de Martim Afonso de Souza com objetivo de dar início a

colonização do Brasil e iniciar o cultivo da cana-de-açúcar.

- A região Nordeste é escolhida para o cultivo da cana-de-açúcar em função do solo e clima favoráveis.

- Em 1534 a Coroa portuguesa cria o sistema de Capitanias Hereditárias para dividir o território

brasileiro, facilitando a administração. O sistema fracassou e foi extinto em 1759.

- Em 1549 foi criado pela coroa portuguesa o Governo-Geral, que era uma representação do rei

português no Brasil, com a função de administrar a colônia.

- A capital do Brasil é estabelecida em Salvador. A região nordeste torna-se a mais próspera do Brasil em

função da economia impulsionada pela produção e comércio do açúcar.

- Nos engenhos de açúcar do Nordeste é usada a mão-de-obraescrava de origem africana.

- Invasão holandesa no Brasil entre os anos de 1630 e 1654, com a administração de Maurício de Nassau.

- Nos séculos XVI e XVII, os bandeirantes começam a explorar o interior do Brasil em busca de índios,

escravos fugitivos e metais preciosos. Com isso, ampliam as fronteiras do Brasil além do Tratado de

Tordesilhas.

Ciclo do ouro (século XVIII) - Em meados do século XVIII começam a serem descobertas as primeiras minas de ouro na região de

Minas Gerais.

- O centro econômico desloca-se para a região Sudeste.

- A mão-de-obra nas minas, assim como nos engenhos, continua sendo a escrava de origem africana.

- A Coroa Portuguesa cria uma série de impostos e taxas para lucrar com a exploração do ouro no Brasil.

Entre os principais impostos estava o quinto.

- Grande crescimento das cidades na região das minas, com grande urbanização, geração de empregos e

desenvolvimento econômico.

- A capital é transferida para a cidade do Rio de Janeiro.

- No campo artístico destaque para o Barroco Mineiro e seu principal representante: Aleijadinho.

REVOLUÇÃO BURGUESA

A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O

Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial.

Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.

A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a

economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os

trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram

presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à morte.

A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social,

estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza

formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e

muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e

burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de

altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas

cidades francesas.

A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na

qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma

participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.

A Revolução Francesa (14/07/1789) A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o

objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro

alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo

revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.

O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os

desejos do terceiro estado francês.

Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi

capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e

sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens

da Igreja foram confiscados durante a revolução.

No mês deagosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e

promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia

significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política

para o povo.

Girondinos e Jacobinos Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões

diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma

participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos

representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por

Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na

sociedade que beneficiassem os mais pobres.

A Fase do Terror Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais

Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as

guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo.

Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A

violência e a radicalização política são as marcas desta época.

A burguesia no poder Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês

Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma

nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e

econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário

(9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo

burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.

Conclusão

A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o

fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos

sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou

significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio

social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os

ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também

influenciaram a independênciade alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência

Mineira no Brasil.

EXERCÍCIOS

16-Quais as principais causas de grande expansão Imperialista do século XIX?

17- Porque a Inglaterra assumiu a posição de Supremacia durante o século XIX?

18- Quais as causas do Imperialismo sobre a Ásia e África?

19- O que era o Neocolonialismo implantado pelos países Europeus na Ásia e África?

20- Quais os países que exerceram maior domínio sobre a África e Ásia no século XIX?

21- Após descobrirem diversas riquezas na África, quais os outros países que passaram a dominar este

território?

22-O que foi a Reforma Religiosa?

23-Cite as principais causas da expansão Marítima e comercial europeia?

24-Conforme os países Europeus, quais os motivos que os levaram á Navegação?

25- Qual o País pioneiro na Navegação?

26- Qual a primeira riqueza extraída do Brasil por Portugal?

27-O ciclo do açúcar se desenvolveu em qual a região brasileira?

28-Em 1534, como dividiram as terras brasileiras, para facilitar a administração?

29-Com o fracasso do sistema de Capitanias Hereditárias, qual o outro sistema de governo implantado no

Brasil?

30-Quais as Capitais que o Brasil já teve?

31-A mão de obra utilizada na produção do açúcar no brasil era:

32- Em que região brasileira se desenvolveu o ciclo do ouro?

33-Como era dividida a Sociedade francesa durante a Revolução Francesa?

34-O que era a Bastilha na França?

BRASIL REPUBLICANO

Em 15 de Novembro de 1889 teve início o Brasil Republicano, período de Nossa História que se estende

até aos dias de hoje. Neste ano o Marechal Deodoro da Fonseca declarou a proclamação da Republica

dando um ponto final no Império Brasileiro que havia sido governado pelos imperadores Dom Pedro I e

Dom Pedro II e pelos membros do Governo Regencial.

Acontecimentos do Brasil República

A República Velha Os primeiros 41 anos do Brasil Republicano ficaram conhecidos como República Velha, período em que

o Brasil foi governado pela oligarquia cafeeira da região sudeste.

A Era Vargas A dominação política dos senhores do café seria afetada pela crise econômica que afetou o mundo em

1929. Os opositores do governo uniram-se aos militares do Movimento Tenentista na tarefa de derrubar

a República do Café com Leite.

Em 1930, políticos oposicionistas e militares do exército deram um golpe de estado e fizeram de Getúlio

Vargas a personificação do Estado Brasileiro. Os 15 anos do governo Getúlio Vargas ficaram conhecido

como Era Vargas.

República Populista Brasileira Em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas deixa o poder brasileiro. No mesmo ano,

Eurico Gaspar Dutra tornasse o primeiro presidente eleito da chamada República Populista. Anos depois

Getúlio Vargas, maior nome da politica brasileira, tiraria sua própria vida em nome de sua honra.

Ditadura Militar Brasileira Em 1962 o Populismo no Brasil passou a ser sinônimo de Comunismo. Os grupos políticos de direita

incentivaram os militares brasileiros a derrubarem o governo de João Goulart. Com a desculpa de conter

o avanço do comunismo no Brasil, as Forças Armadas brasileira deram um golpe de estado e passaram a

governar o Brasil.

A República Nova O regime militar brasileiro chegaria ao fim com a eleição que elegeu Tancredo Neves como Presidente

do Brasil. Infelizmente o presidente eleito faleceu antes de tomar posse. Em seu lugar assumiu o

governo vice Presidente, José Sarney.

Cronologia do Brasil Republicano 1989 – Os militares derrubaram o Governo Imperial de Dom Pedro II e proclamaram a República. Os

Marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto governaram o Brasil na chamada República da

Espada

1894 – Prudente de Morais tonasse o Primeiro Presidente Civil do Brasil. Seu governo inaugura a

chamada República do Café com Leite.

1896 – Os sertanejos liderados por Antônio Conselheiro foram derrotados pelas forças governamentais

na Guerra de Canudos.

1904 – Oswaldo Cruz com sua Lei da Vacina fez com que a população do Rio de Janeiro se rebelassem

na Revolta da Vacina.

1910 – Os castigos corporais aplicado aos soldados da Marinha fez com que os mesmos se rebelassem

contras os seus superiores na Revolta da Chibata.

1912 – No Sul do Brasil as disputas por território entre Santa Catarina e Paraná gerou a Guerra do

Contestado.

1922 – Um grupo de militares, contrários a posse de Artur Bernardes como presidente, se rebelaram na

Revolta do Forte de Copacabana.

1924 – Em São Paulo acontece a segunda revolta militar do Tenentismo. Passados alguns dias de luta na

capital paulista, o comando tenentista retirou-se para o Sul da Brasil para formarem a Coluna Prestes.

1930 – A Revolução de 30 derruba o governo de Washington Luís, entregando o poder presidencial a

Getúlio Vargas.

1932 - Os representantes políticos de São Paulo que faziam parte política do café com leite, persuadiram

a população do Estado de São Paulo a lutarem contra o governo revolucionário de Getúlio Vargas. A

revolta dos Paulistas ficou conhecido como M.M.D.C..

1938 - Morre na Bahia o cangaceiro Virgulino Ferreira da Sila, maior nome do Cangaço no Brasil.

1945 – Getúlio Vargas pressionado pela oposição política saiu da presidência do Brasil para dar lugar ao

presidente eleito, Eurico Gaspar de Dutra. Era o início dos governos populistas do Brasil.

1964 - Humberto Alencar Castelo Branco tornasse o primeiro presidente escolhido pelo Regime Militar.

1985 – Jose Sarney toma posse como Presidente do Brasil. Era o início da Nova República do Brasil.

Estado Novo

O Estado Novo foi o período que marcou o governo de Getúlio Vargas, depois do golpe militar. Vargas

manteve o controle da nação com a ditadura do Estado Novo, que tinha influência fascista e autoritária.

Nesse período, Vargas impediu a realização de eleições diretas e controlou os poderes Legislativo,

Executivo e Judiciário. O Estado Novo só terminou depois de 1945, com o fim da Segunda Guerra

Mundial.

A redemocratização aconteceu graças à elite, que tirou Vargas do poder. Com o fim do Estado Novo, o

Brasil viveu seu primeiro processo de transição democrática.

A Volta de Vargas ao Poder

O governo do general Dutra representou alinhamento do país com os Estados Unidos dentro do quadro

internacional da guerra fria. A influência norte-americana trouxe como conseqüência a abertura

econômica às empresas multinacionais dos EUA e também a ruptura de relações do Brasil com a URSS

dentro do conceito de segurança do hemisfério ocidental atlântico. Em seguida, foi decretada a

ilegalidade do Partido Comunista Brasileiro (1947).

No plano interno, o governo Dutra procurou reduzir a intervenção do Estado na economia, enquanto

fracassava no propósito de estabelecer uma política econômica baseada na saúde, alimentação,

transporte e energia: o famoso Plano Salte, que ficou sem aplicação. No entanto, conseguiu ampliar a

acumulação de capitais, adotando inclusive modelo agroexportador, enquanto o país passou a importar

equipamentos ferroviários, artigos de plástico, automóvel e equipamentos de televisão, com a

implantação das primeiras emissoras em 1950.

O governo empreendeu uma "política de conciliação nacional", que se traduzia na divisão de poderes

entre os grupos oligárquicos e as forças consolidadas com a Revolução de 30, o setor urbano industrial e

também representantes das camadas sociais em ascensão. O controle sobre as representações sindicais

permaneceu, com mais de 180 intervenções estatais no sindicato nesse período.

Getúlio Vargas: a preparação da volta A abertura ao capital estrangeiro limitava a ação do estado e dificultava o crescimento industrial de

setores da economia nacional. Setores da burguesia fabril, ideólogos do nacionalismo de seguimentos

das classes médias urbanas desejavam a volta de Getúlio. O ex-ditador possuía também apoio popular,

graças a sua imagem de "pai dos pobres".

O retorno de Getúlio significava a retomada de um desenvolvimento sob o patrocínio do Estado com

uma política de subsídios à expansão industrial com concessão de créditos e ainda com a redução de

preços de matérias primas, a serem produzidas pelas empresas estatais. Essa convergência de interesses

privilegiava Getúlio como o único dirigente capaz de realizar esse programa de desenvolvimento.

Os defensores da industrialização nacionalista apegavam-se à ilusão de que o desenvolvimento levaria à

emancipação, ao mesmo tempo e com igual resultado, o país e classe trabalhadora. A mobilização das

massas - através de comícios, sindicatos e do PTB - tornou-se o principal instrumento de pressão dos

populistas contra a oposição conservadora: os setores agroexportadores, os importadores, as parcelas

mais tradicionais da classe média, os representantes do capital estrangeiro e as facções (grupos) "mais

retrógrados" (mais conservadores e contrários) das forças armadas.

Além disso, Getúlio podia acionar um sólido controle das reivindicações das classes trabalhadoras

através dos sindicatos sob controle estatal.

Nas eleições de 3 de outubro de 1950, Getúlio (Partido Trabalhista Brasileiro - PTB) venceu com 48,7%

dos votos, Eduardo Gomes (União Democrática Nacional - UDN) conseguiu 29,7% e Cristiano

Machado (Partido Social Democrático - PSD) 25,5%. Na Câmara Federal, o PSD reuniu 112 deputados,

a UDN conseguiu 81, o PTB conquistou 51 e o PSP (Partido Social Progressista) - comandado por

Ademar de Barros, com grande força política em São Paulo - obteve 24 deputados; os demais partidos

ficaram com 36 deputados.

O Nacionalismo Varguista

Em janeiro de 1951, Vargas e Café Filho assumiram a presidência e a vice-presidência, já contando com

o apoio do PSD. Embora esse partido tenha lançado Cristiano Machado para candidato a presidente, na

prática o PSD trabalhou para Getúlio.

A política de Vargas foi a de incentivar a industrialização. Assim, o nacionalismo econômico getulista,

pregado na campanha presidencial, era o de reservar a exploração mineral e as indústrias de base

(siderurgia, usinas hidrelétricas, construção de rodovias, eletrificação) ao capital privado de algumas

empresas nacionais ou ao capital do Estado. Aliás, o Estado garantia o desenvolvimento de setores da

economia quando a iniciativa privada não se interessava, quer porque os custos fossem elevados e,

portanto, com lucros menores, quer porque o retorno do capital investido e sua lucratividade

demorassem um tempo considerado grande demais para os setores privados.

Esta política econômica deixava ao capital estrangeiro as indústrias de bens de consumo. Outra

finalidade do nacionalismo varguista era reduzir a participação das empresas estrangeiras no comércio e

nas atividades financeiras (como os bancos).

É importante compreender a dupla contradição do nacionalismo de Getúlio. De um lado, buscava uma

autonomia econômica através da expansão industrial, financiando setores fabris nacionais; ao mesmo

tempo, tentava fazer essa política parecer de interesse de toda a população brasileira. De fato, atendia

aos interesses das classes abastadas dos setores industriais. Por outro lado, Vargas precisava dos capitais

internacionais para implantar uma suposta independência econômica. Verifica-se, portanto, que o

desenvolvimento do país estava condicionado aos empréstimos estrangeiros.

Assim, os setores da burguesia brasileira mais identificados com o capital internacional, como a UDN,

fizeram oposição às políticas nacionalizantes de Vargas. Em 1951, Getúlio enviou ao Congresso o

projeto de criação da Petrobrás - empresa de capital misto, mas com a maioria das ações em poder do

Estado, garantindo monopólio estatal para realizar a perfuração de poços de prospecção e o refino de

petróleo.

Confusões e perigos do populismo A oposição a Getúlio relacionava-se aos discursos da campanha, na qual chegou a dizer:

"Empenhar-me-ei a fundo em fazer um governo eminentemente nacionalista. O Brasil ainda não

conquistou a sua independência econômica e, nesse sentido, farei tudo para consegui-lo. Cuidarei de

valorizar o café, de resolver o problema da eletricidade e, sobretudo, de atacar a exploração das forças

internacionais. Mas, além disso, Getúlio prometia de forma populista que se for eleito a 3 de outubro, no

ato de posse, o povo subirá comigo as escadas do Catete (palácio presidencial)... E comigo ficará no

governo".

Estas posições populistas aterrorizavam os grupos conservadores, pois a identificação da posição

nacionalista com os postulados comunistas provinha do fato de que o PCB, através de seus porta-vozes

"legais'; vinha defendendo o desenvolvimento de um capitalismo nacional ; estimulado pela ideia de que

haveria um setor "burguês-nacionalista" interessado em competir com o capital monopolista estrangeiro.

Oposições conservadoras a Getúlio Nos dois anos que se seguiram até a aprovação da Petrobrás (criada em 1953), a UDN e o capitalismo

internacional promoveram intensa campanha contra a política de "emancipação nacional". O ano de

1953 ficou marcado pelo impasse sócio-político e econômico do getulismo.

De um lado, as classes trabalhadoras reivindicavam melhores salários (afinal, desde 1951 o salário-

mínimo não subia), mais empregos e exigiam o cumprimento das promessas varguistas do "povo subir

as escadas do palácio e governar com ele". De outro lado, a ampliação do parque industrial e a infra-

estrutura (siderurgia, eletrificação etc.) para garantir o crescimento fabril necessitavam de investimentos

estrangeiros. Vargas expôs-se, então, aos ataques do capital internacional.

A UDN, identificada com os interesses norte-americanos, criticava as "nacionalizações" do governo,

defendendo o fim da intervenção estatal para beneficiar a indústria. Para a UDN, a indústria e a

agricultura deveriam desenvolver-se livremente, de acordo com as forças do mercado (o que era uma

forma de tentar manter vivo o "país agrário", além de valorizar o capital estrangeiro, atribuindo-lhe o

papel de "suprir" as dificuldades "naturais "do país.

Quanto à política externa, o partido, ao lado das correntes das Forças Armadas, era o maior defensor do

alinhamento com o bloco "ocidental"; liderado na Guerra Fria pelos Estados Unidos.

É fundamental compreender, entretanto, que Vargas tinha clareza a respeito das intenções da política

imperialista norte-americana e não desejava de forma alguma romper com os Estados Unidos. Mas

pretendia, como era do seu estilo, manter uma política de conciliação entre os setores mais

conservadores, que não ofereciam resistência ao imperialismo, e os nacionalistas, que acreditavam numa

suposta autonomia nacional , esquecendo-se do caráter internacional da economia capitalista.

1954: Ano Decisivo O ano de 1954 foi marcado pela proposta do ministro do Trabalho, João Goulart, de conceder um

aumento de 100% no salário mínimo. As reações das classes empresariais e dos setores conservadores se

fizeram presentes através de inúmeros protestos nos jornais e manifestos das Forças Armadas contra as

medidas do Ministério, resultando na demissão de Goulart e do ministro da Guerra.

Para os dois ministérios, Vargas nomeou homens mais conservadores, mas manteve sua política de

nacionalização, enviando ao Congresso um projeto para a criação da Eletrobras. Desse modo, os ataques

oposicionistas continuaram. Em abril do mesmo ano, a UDN e setores de direita das Forças Armadas

formaram a Cruzada Democrática - união das forças mais reacionárias (aquelas que são contrárias a

qualquer ação do progresso social) - para lutar pelo afastamento do presidente.

A UDN tentou no Congresso a aprovação do impedimento de Vargas no exercício da presidência.

Vargas ainda dispunha de deputados do PSD, PTB e PSP que não apoiaram a medida da UDN e

resolveu dar um "troco" à oposição. No dia 1° de maio de 1954, fez vários elogios ao ex-ministro João

Goulart e concedeu 100% de aumento no salário mínimo.

Novos ataques surgiram e um incidente selou a administração varguista. Um dos mais fiéis

colaboradores de Getúlio, o general Mendes de Morais, ordenou ao guarda-costas do presidente,

Gregório Fortunato, que preparasse um atentado ao jornalista Carlos Lacerda - o mais critico

oposicionista ao governo Vargas, aliado à UDN e ligado às Forças Armadas. No dia 5 de agosto, na

fracassada tentativa de assassinar Carlos Lacerda, saiu mortalmente ferido o major da Aeronáutica

Rubens Vaz - membro de um grupo militar que escoltava Lacerda.

A repercussão do fato provocou manifestações, nas quais as Forças Armadas e os setores conservadores

exigiam diariamente a renúncia do presidente.

Diante das pressões, Vargas reuniu o Ministério no dia 23 de agosto, para anunciar que concordava em

tirar uma "licença" do cargo, mas não aceitava renunciar. As forças oposicionistas e, em particular, o

Exército não aceitaram a decisão presidencial e reafirmaram o desejo de renúncia de Vargas. Na manhã

de 24 de agosto de 1954, após um encontro com o ministro da Guerra, Zenóbio da Costa, que lhe

comunicou a posição do Exército, Vargas foi para seus aposentos e suicidou-se com um tiro no coração.

Formaram-se protestos populares contra os oposicionistas, e os jornais anti-varguistas

fecharam por alguns dias, além de sofrerem vários atentados. Líderes da oposição, como

Carlos Lacerda, tiveram que se ausentar do país. Houve uma comoção total por parte

da população brasileira.

No dia 25 de agosto, tomava posse o vice-presidente Café Filho, que reformulou o Ministério,

colocando um ministro do Exército menos comprometido com os setores políticos, o general Henrique

Teixeira Lott, que acima de tudo gozava de grande respeitabilidade em todos os setores militares. Diante

das pressões, o governo de Café Filho facilitou a ascensão da UDN.

A tentativa de golpe Com a aproximação de novas eleições, as forças getulistas do PSD e PTB uniram-se novamente e

lançaram para candidato o ex-prefeito de Belo Horizonte e governador de Minas Gerais: o mineiro

Juscelino Kubitschek de Oliveira. Realizadas as eleições, JK conquistou 36% dos votos.

A UDN não aceitou a derrota e tentou impugnar através do Congresso a posse dos eleitos, acusando de

corrupção o pleito eleitoral. Fracassada nas suas tentativas perante o Congresso para anular as eleições,

a UDN e grupos das Forças Armadas organizaram um golpe de Estado. Evidenciava-se, dessa forma,

que os conservadores, não possuindo adesão popular, utilizavam as forças militares para "salvar a

democracia", ou seja, recorriam ao Exército, Marinha e Aeronáutica para conseguir o poder.

As articulações foram montadas: Café Filho tirou licença por motivo de doença, sendo substituído por

Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados. Do lado das forças militares, o coronel Bizarria

Mamede era o encarregado de incitar as forças armadas. Assim, no enterro do general Canrobert,

pronunciou um discurso contra a posse de JK. O general Lott determinou a punição de Mamede,

colocando-o preso. Mas os superiores do coronel recusaram-se a puni-lo. Lott exigiu que o presidente-

interino Carlos Luz o apoiasse, deixando evidente sua posição: ou cumpriam-se suas ordens ou ele seria

demissionário do cargo de ministro. Carlos Luz não aprovou a decisão de Lott, o que o obrigou a romper

com o governo.

No entanto, na noite do dia 10 de novembro, Lott participou de uma reunião com chefes militares de

confiança, os quais advertiram-no sobre as intenções do presidente Carlos Luz.

Na manhã do dia 11 de novembro de 1955, tropas e tanques militares ocuparam o Rio de Janeiro,

provocando a fuga de Carlos Luz, Carlos Lacerda e outros líderes conservadores, que tentaram organizar

uma resistência em São Paulo, mas as forças militares colocaram-se a favor da lei, ou seja, garantiram a

posse dos eleitos. O Congresso destituiu Carlos Luz, mas também impediu o retorno de Café Filho - que

subitamente "curou-se" de sua enfermidade, estando evidente seu apoio à tentativa de golpe. O

Congresso nomeou então o senador Nereu Ramos para presidente até a posse de JK e de seu vice, João

Goulart, em 01 de fevereiro de 1956.

A Redemocratizaçâo no Perìodo de 1945-1964 A Redemocratização no Brasil aconteceu no período que compreendeu os anos de 1945 a 1964. O

período marcou grandes mudanças no Brasil.

Nessa fase, o país foi governado por Gaspar Dutra, Getúlio Vargas, João Café Filho, JK e João Goulart.

A redemocratização do Brasil aconteceu em dois processos de transição política que colocaram fim a

regimes ditatoriais.

A primeira redemocratização aconteceu em 1945, e marcou o fim do Estado Novo de Getúlio Vargas.

Essa mudança ocorreu depois de 8 anos de um governo ditador de Vargas (1937-45). Nesse período

houve um golpe militar comandado por Getúlio para controlar o poder no país.

O segundo processo de redemocratização aconteceu em 1985, quando o Regime Militar chegou ao fim

depois de 21 anos de ditadura (1964-1985).

Vamos conhecer alguns fatos das duas redemocratizações do Brasil:

Ditadura Militar

A Ditadura Militar durou duas décadas. O período foi marcado por censura, violência e repressão. A

ditadura só começou a perder força quando a sociedade passou a reivindicar as liberdades individuais.

A volta da democracia aconteceu depois dos anos de chumbo do governo Médici, do governo de Ernesto

Geisel e do governo de João Baptista Figueiredo. Em 1985, o Brasil viveu o processo de

Redemocratização.

A eleição presidencial de Tancredo Neves, em 1984, marcou o fim da Ditadura Militar. Nesse momento,

o vice-presidente, José Sarney, também ocupou o governo e lançou uma nova Constituição para o país.

Em 1989, a sociedade votou pela primeira e elegeu o presidente Fernando Collor de Mello.

EXERCÌCIOS

1-Em que data foi Proclamada a República Brasileira?

2- Quem governou o Brasil no Período conhecido como República Velha?

3- Em que ano Vargas assume o poder brasileiro e como?

4- Quais as classes sociais que lutaram para derrubar os oligarcas?

5-Qual o período da 2ª Guerra Mundial?

6-Porque em 1945, Vargas perde o poder no Brasil?

7- Qual a ala partidária que estimulou os Militares a derrubar o governo Goulart?

8-- Qual o motivo usado pela direita para derrubar Goulart?

O PERÍODO MILITAR 1964-1985 O Regime militarfoi o período da política brasileira em que militares conduziram o país. Essa época

ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos Institucionais que colocavam em

prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de

democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.

A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultando no

afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo Branco.

Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma

ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram

o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.

Golpe Militar de 1964

O Golpe Militar de 1964 marca uma série de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que

culminaram em um golpe de estado no dia 1 de abril de 1964. Esse golpe pôs fim ao governo do

presidente João Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido de forma democrática, eleito

vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Imediatamente após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-1. Com 11 artigos, o

mesmo dava ao governo militar o poder de modificar a constituição, anular mandatos legislativos,

interromper direitos políticos por 10 anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar

compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e a

probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas para a presidência da

República.

Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do poder Executivo,

caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a função de legislar, em detrimento

dos outros poderes estabelecidos pela Constituição de 1946. O Alto Comando das Forças Armadas

passou a controlar a sucessão presidencial, indicando um candidato militar que era referendado pelo

Congresso Nacional.

A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos,

agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram suprimidas ou

sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram

reprimidos pela censura. A década de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na

economia do Brasil,de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura

ao capital estrangeiro e do endividamento externo.

Governo Castello Branco (1964-1967)

Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de

abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu

governo, assume uma posição autoritária.

Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários

parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos

políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.

Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois

partidos: Movimento Democrático Brasileiro ( MDB ) e a Aliança Renovadora Nacional ( ARENA ).

Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.

o Brasil Hoje

O primeiro presidente civil eleito desde o golpe militar de 1964 foi Tancredo Neves. Ele não chegou a

assumir, sendo operado no dia 14 de março de 1985 e contraindo infecção hospitalar. No dia da posse,

15 de março de 1985, assume então José Sarney de modo interino, e após 21 de abril, data do

falecimento de Tancredo Neves, como presidente em caráter pleno.

A democracia foi reestabelecida em 1988, quando a atual Constituição Federal foi promulgada.

Fernando Collor foi eleito em 1989, na primeira eleição direta para Presidente da República desde. Seu

governo perdurou até 1992, quando renunciou devido a processo de "impugnação" movido contra ele. O

processo de afastamento ocorreu em decorrência de uma série de denúncias envolvendo o Presidente

Collor em esquemas de corrupção, que seriam comandados pelo seu ex-tesoureiro de campanha, Paulo

César Farias. O vice-presidente, Itamar Franco, assume em seu lugar.

No governo de Itamar Franco é criado o Plano Real, articulado por seu Ministro da Fazenda, Fernando

Henrique Cardoso. O governo Itamar contou com a presença de vários senadores como ministros.

Historiadores chegam a considerar esse fenômeno como um "parlamentarismo branco". Cardoso foi

eleito em 1994 e reeleito em 1998. Cumpre dois mandatos e transmite a faixa presidencial ao seu

sucessor em 1º de janeiro de 2003.

Imagem do Porto de Santos. As exportações são o símbolo do novo crescimento econômico.

O candidato Luis Inácio Lula da Silva, do PT, foi eleito presidente com aproximadamente 61% dos

votos válidos. Lula repetiria o feito em 2006, sendo reeleito no segundo turno disputado contra Geraldo

Alckmin, do mesmo PSDB.

Apesar da estabilidade macro-econômica que reduziu as taxas de inflação e de juros e aumentou a renda

per capita, colocando o país em uma lista dos países mais promissores do mundo, ao lado de China,

Rússia, Índia e África do Sul com Fernando Henrique e Lula, diferenças remanescem ainda entre a

população urbana e rural, os estados do norte e do sul, os pobres e os ricos.[6] Alguns dos desafios dos

governos incluem a necessidade de promover melhor infra-estrutura, modernizar o sistema de impostos,

as leis de trabalho e reduzir a desigualdade de renda e diminuir o custo Brasil.

A economia brasileira contém uma indústria desenvolvida, inclusive com indústria aeronáutica e uma

agricultura desenvolvida e associada à indústria - o agronegócio, sendo que o setor de serviços cada vez

ganha mais peso na economia . As recentes administrações expandiram a competição em portos

marítimos, estradas de ferro, em telecomunicações, em geração de eletricidade, em distribuição do gás

natural e em aeroportos com o alvo de promover o melhoramento da infra-estrutura. O Brasil começou à

voltar-se para as exportações em 2004, e, mesmo com um real valorizado e a crise internacional, atingiu

em 2008 exportações de US$ 197,9 bilhões, importações de US$ 173,2 bilhões,o que coloca o país entre

os 19 maiores exportadores do planeta.

No dia 1º de janeiro de 2011, Dilma Rousseff assumiu a Presidência da República, tornando-se a

primeira mulher a assumir o posto de chefe de Estado, e também de governo, em toda a história do

Brasil.

EXERCÌCIOS

9-Em que ano os Militares tomaram o poder brasileiro e governaram até quando?

10- Quem foi o último governo Ditatorial brasileiro?

11- Quem foram os primeiros candidatos eleitos indiretamente após a Ditadura?

12- Quem foram os primeiros candidatos á Presidente e Vice após a Proclamação da República?

13- Quem foi o Primeiro Presidente Civil da República brasileira?

14- Quem era Líder do Arraial de Canudos do Sertão Baiano?

15-Quem foi o Primeiro Sanitarista brasileiro, responsável pela vacina da varíola e também pela Revolta

da Vacina?

16-Porque houve a Revolta da Chibata?

17- A Guerra do Contestado entre Santa Catarina e Paraná era causada por qual motivo?

18- O que foi a Revolta do Forte de Copacabana?

19- Onde teve início os Movimentos Tenentistas, que se uniram a Coluna Prestes?

20- O que foi a Revolução de 1930?

21- Quais as iniciais dos nomes dos 4 estudantes que morreram lutando por São Paulo, contra Getúlio

Vargas?

22- Em que ano morre o Cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, popularmente conhecido como

Lampião?

23- Em que ano Vargas volta ao poder, após ser derrubado pelos Militares em 1945?

24-Quando Getúlio volta ao poder, qual seu lema para governar?

25-Em que ano Getúlio Vargas se suicidou?

26- Qual a fase após o período ditatorial de Vargas no Brasil, onde se deu a Redemocratização?

27-Qual o Período conhecido como Ditadura Militar no Brasil?

28-O Plano Real foi criado no Governo de quem?

29- Quem foi o Presidente brasileiro que sofreu Impugnação deixando o poder para Itamar Franco?

30- Qual o ano em que Luís Inácio Lula da silva foi eleito pela 1ª vez, e qual o ano de sua reeleição?

31- Em que ano Dilma Rousseff, foi eleita para seu primeiro mandato e qual o ano de sua reeleição?

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFA

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CORTI, ANA PAULA, VIVER, APRENDER, INTERDISCIPLINAR, 1ª EDIÇÃO, EDITORA

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LUCI, Eliam Alabai, Homem e Espaço Geografia. 11º edição. São Paulo: Saraiva 1998..

MELHEM, Adas. Geografia. 3º edição. São Paulo: Moderna, 1988.

MOREIRA, Igor Antônio Gomes. Construindo o espaço brasileiro. São Paulo: Ática, 2002;

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NOVO Dicionário Aurélio (Aurélio Buarque de Holanda)

Rubem Gorki, TELECURSO 2000;

VESENTINI, j.Willian; Wlach, Vânia. Geografia crítica- O espaço natural e a ação humana. 1º edição.

São Paulo Ática,2000.

William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. -7ed. Reformada. -São Paulo: Saraiva 2010 eleito

Presidente e Vice em 2011 e que foram reeleitos em 2014?