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ATIVIDADES NA CASA ESPÍRITA Fase 1 Módulo 1 NEDE NÚCLEO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO ESPÍRITA REUNIÕES DE ORIENTAÇÃO A COLABORADORES ESPÍRITA Direitos autorais reservados. É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com autorização da Equipe NEDE (ROCE/RTC). (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998) “Obra Revisada pela Equipe Central ROCE/RTC-Dez/2017

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ATIVIDADES NA CASA ESPÍRITA

Fase 1 Módulo 1

NEDE – NÚCLEO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO

ESPÍRITA

REUNIÕES DE ORIENTAÇÃO

A COLABORADORES ESPÍRITA

Direitos autorais reservados.

É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma

ou por qualquer meio, salvo com autorização da Equipe NEDE (ROCE/RTC).

(Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998)

“Obra Revisada pela Equipe Central ROCE/RTC-Dez/2017”

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SUMÁRIO

Apresentação .................................................................................................... 03 Esclarecimentos Prévios ................................................................................... 04

REUNIÕES TEMAS

1ª Apresentação de Objetivos ................................................................... 06 Como se aprende .................................................................................. 11

2ª Como Estudar e Expor .......................................................................... 13 Reuniões espíritas – objetivos e finalidades ......................................... 17

3ª Preparação de Ambiente ....................................................................... 20 Estrutura e Funcionamento da Casa Espírita ........................................ 24

4ª Preces Decoradas e Espontâneas ........................................................ 26 Dinâmica da Casa Espírita .................................................................... 27

5ª O Grupo e as Características Individuais .............................................. 29 Fases de uma reunião ........................................................................... 33

6ª Teste Relâmpago Nº 1 ........................................................................... 36 Frequentadores da Casa Espírita .......................................................... 37

7ª Ensaios de Tribuna ................................................................................ 39

8ª Caracteres e Deveres do Bom Dirigente ............................................... 41

Líder e Liderança .................................................................................. 48

9ª Dirigente e divisão de responsabilidades ............................................ 44 Planejamento das Atividades da Casa Espírita ................................... 46

10ª Planejando a Reunião ......................................................................... 52 Ensaios de Direção ............................................................................. 55 11ª Como conduzir a Reunião .................................................................. 56 Obras Básicas e Complementares ..................................................... 58

12ª Métodos de Ensino ............................................................................. 61 Dinamização do Ensino na Casa Espírita .......................................... 69 13ª Atitudes Estranhas na Sessão ........................................................... 72 Controle de Situações Difíceis ........................................................... 74

14ª Teste Relâmpago Nº 2 ....................................................................... 78 Espíritos: Como Dialogar com Eles .................................................... 77

15ª Formação de Biblioteca ...................................................................... 82 Dirigente – Unificação e Atualização .................................................. 85

16ª Novos Compromissos ......................................................................... 88

Testes e Formulários ........................................................................... 90

NOTAS DA REVISÃO E ALTERAÇÕES EFETUADAS................... 106

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APRESENTAÇÃO

É com satisfação que elaboramos estes temas nos quais são traçados o perfil e o objetivo do ciclo

de estudos denominado RODSE – Reuniões de Orientação a Dirigentes de Sociedades Espíritas, o

qual é constituído de duas partes distintas:

ROCE: Reuniões de Orientação a Colaboradores Espíritas e

RTC: Reuniões de Técnicas de Comunicação.

Neste volume serão tratados assuntos relativos à ROCE – Reuniões de Orientação a

Colaboradores Espíritas.

Fruto dos esclarecimentos trazidos através do Consolador Prometido pelo Cristo, o Espiritismo

trouxe à humanidade, até então agrilhoada ao materialismo e aos dogmas religiosos, nova

capacidade de raciocínio. Isto, graças ao poder da síntese pedagógica de Allan Kardec, que

realizou o ingente trabalho de codificação da doutrina.

Valendo-se do método experimental de pesquisa científica, Kardec fez ver por meio da lógica, da

simplicidade de conceitos e da facilidade de apreensão dos ensinos, a existência de um mundo

espiritual regido por leis naturais e, por consequência, desfez as ideias fantasiosas do

maravilhoso em que preponderavam a superstição e o medo do invisível.

Após mais de cento e trinta anos de publicação da Codificação, constatam-se algumas distorções

dos princípios doutrinários, motivo pelo qual não nos resta senão buscar uma forma de alertar à

perigosa circunstância.

Soma-se a isto a existência de tarefeiros nas casas espíritas que, embora conhecedores de muitos

princípios doutrinários, desconhecem suas potencialidades pessoais e não possuem ampla

consciência daquilo que fazem. Isso ocorre em face da inexperiência do trabalhador na condução

das tarefas da casa a que pertence, tais como organização, forma de atendimento aos

frequentadores, formação de médiuns, etc.

Impelidos por essas observações, surgiu-nos a ideia da criação da RODSE, que visa contribuir

para a solução desses problemas, mediante a participação de colaboradores das diversas casas

espíritas que darão sua contribuição por meio de novas ideias, de experiências que possuem e, em

especial, do trabalho que desenvolverão como integrantes da equipe rodsiana nessas reuniões.

Depreende-se, pois, que a RODSE é um movimento de caráter esclarecedor que pertence a todas

as casas espíritas, pois esses colaboradores possibilitarão sua realização e constante evolução.

Ao final, temos plena certeza, concluirão que este ciclo de estudos é um verdadeiro laboratório no

qual se aplica o método experimental de que se valeu Kardec.

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__________________________________________________________

E S C L A R E C I M E N T O S P R É V I O S

Caros irmãos, observando a vida em seu sentido universal, podemos afirmar que estamos num constante vir-a-ser, em transformações evolutivas incessantes e adentrando confiantes nos novos caminhos que se nos entreabram. Assim também não poderia deixar de ser esta obra, na qual cuidaremos para que se mantenha evolucionista. Estará ela sempre sujeita a sofrer reformulações, quer pelas descobertas de novos métodos e técnicas de informações, quer por adequações a níveis culturais, sempre pela filosofia de consenso. Lembremo-nos, pois, do trabalho pioneiro dos companheiros da Doutrina Espírita que, como dirigentes e presidentes das primeiras casas espíritas, sofreram uma série de restrições e más interpretações pela falta de compreensão do trabalho inovador que estavam iniciando. Ainda que com adaptações doutrinárias, dificuldades e ótica distorcida, esses pioneiros merecem o nosso enaltecimento, ao invés de reprimendas e críticas pelas falhas que possam ter cometido, pois todos estamos sujeitos a erros, devido à nossa imperfeição. Se hoje vemos o trabalho espírita diferente do daquele iniciado há anos, é porque transformações ocorreram e continuarão a ocorrer dentro dos princípios da evolução. Portanto, devemos ter em mente que todas as experiências vividas, por outrem ou por nós mesmos, muito ensinaram e ampliaram o nosso conhecimento. Assim, utilizando o amor e a boa vontade com os quais, além desse estudo incessante, nos tornaremos verdadeiros discípulos do Mestre Amado. Com base nas experiências adquiridas, este livro didático foi idealizado pelo consenso dos que participaram dos próprios ciclos de reuniões da RODSE. Os temas abordados terão por objetivo assuntos essenciais ao desenvolvimento do trabalho espírita, à prática da doutrina e não deverão, em hipótese alguma, discutir problemas metafísicos ou teológicos de alto nível capazes de entusiasmar ou de criar confusão nos menos informados. São temas simples, de fácil assimilação e que, indubitavelmente, representam um trabalho da responsabilidade de todos os dirigentes das casas espíritas, em mãos dos quais se acham entregues o destino da obra e a preservação da pureza doutrinária que se propõem a expandir. Por norma básica já estabelecida em consenso, a RODSE não trata de trabalhos padronizados ou metódicos nem tampouco os divulga. Limita-se a respeitá-los, desde que, seja evidente, não venham a depor contra a doutrina dos Espíritos. Assim sendo, em seus temas não serão tratados assuntos como, por exemplo, Assistência Espiritual e Social, Desenvolvimento Mediúnico, Trabalhos Práticos de Espiritismo, Curas, etc., uns por possuírem cursos especializados e outros por serem fenomenológicos. Poderá causar estranheza a não inclusão desses temas no programa da RODSE.

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Incumbe-nos, pois, dar as explicações devidas. Os assuntos acima mencionados são abordados pelas casas espíritas de acordo com interpretação, conceito e metodologia que cada dirigente repute serem os mais apropriados à prática espírita, assumindo, pois, o cunho de trabalho especializado. Sabemos que cada responsável julga ser sua forma a mais correta para desenvolver mediunidade, prestar assistência aos frequentadores ou ensinar a doutrina, por ser trabalho intimamente ligado a particularidades de estrutura e funcionamento do centro. Assim, esses assuntos devem ser deixados ao arbítrio dos senhores dirigentes, aos quais compete escolher o método que julguem mais apropriado à prática. E foi exatamente nesse sentido, para bem demonstrar que o Espiritismo não tem nem deve ter hierarquia diretora, que Kardec, em “Obras Póstumas”, disse: “As orientações aos espíritas não devem partir de um foco só”. O dirigente deve ter, portanto, autonomia ampla para realizar a escolha que melhor lhe aprouver. Finalmente, como já dissemos, a RODSE é um produto de consenso. Se você já é ou vai ser um rodsiano, comece a analisar as informações que a RODSE lhe proporcionou, ou poderá lhe proporcionar, em termos de transformação intima. Ao término do ciclo semestral da RODSE apresente suas observações e, em especial, participe pessoalmente. Você espírita é o responsável pela RODSE. Cremos na longa duração e constante evolução do movimento, porque, antes de tudo, confiamos nos dirigentes das casas espíritas, aos quais está entregue o próprio movimento espírita.

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1ª REUNIÃO: OBJETIVOS E PROGRAMA TEMA TÉCNICO

01. – OBJETIVOS:

desenvolver as potencialidades dos dirigentes para que desempenhem plena e conscientemente suas funções, dentro da visão evolucionista que a Doutrina dos Espíritos nos dá;

dinamizar a estrutura das sessões e das casas espíritas, através da permanente atualização de conhecimentos gerais e doutrinários;

ampliar as oportunidades de trabalho dos participantes da seara espírita. Por estes objetivos, a RODSE pretende promover entre as casas espíritas, seus dirigentes e colaboradores, maior contato de confraternização, e propiciar novas oportunidades de estudos e entrelaçamento de todos. 01.01. – ESTRUTURA

As reuniões da RODSE serão desenvolvidas uma vez por semana, em 16 módulos, com duração de duas horas, nos quais serão estudados e expostos temas que envolvem a formação, a disciplina e o desenvolvimento de uma reunião espírita. Serão distribuídos testes, apostilas e bibliografia adequada, para reforçar a orientação transmitida. 01.02. – REUNIÕES

Obedecerá ao seguinte esquema a distribuição de tarefas e de tempo: 01. Abertura pelo dirigente .................................. 03 min. / 05 min. 02. Preparação do ambiente ............................... 05 min. / 05 min. 03. Prece de abertura ......................................... 04 min. / 05 min. 04. Tema técnico ou teste relâmpago ................ 20 min. / 20 min. 05. Perguntas e respostas ................................. 05 min. / 10 min. 06. Tema central ................................................ 20 min. / 20 min. 07. Perguntas e respostas ................................. 05 min. / 10 min. 08. Últimos avisos ............................................. 07 min. / 10 min. 09. Vibrações .................................................... 05 min. / 05 min. 10. Plano Espiritual ........................................... 00 min. / 05 min. 11. Prece de agradecimento ............................. 03 min. / 05 min.

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12. Encerramento pelo dirigente ....................... 03 min. / 05 min. 13. Avaliação .................................................... 10 min. / 15 min. Total ........................................................... 90 min. / 120 min.

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01.03. – DESENVOLVIMENTO GERAL

Durante as primeiras reuniões, a equipe coordenadora da RODSE, a título de exemplificação, desenvolverá as partes da reunião. Estas tarefas serão transferidas aos participantes das reuniões, através de um rodízio semanal que obedecerá ao critério de escala, conforme a assiduidade e participação dos companheiros inscritos, os quais se responsabilizarão pela Direção, Preparação de Ambiente, Prece Inicial, Vibrações e Prece de Agradecimento. Os temas técnico e central serão desenvolvidos pelas equipes expositora e coordenadora da RODSE. A Avaliação será feita após as três primeiras aulas pelos integrantes da equipe coordenadora. Depois, passará a ser exercida pelos participantes das reuniões, como estímulo e exercício de suas capacidades de observação, atenção e autocrítica.

O Plano Espiritual se manifestará conforme o horário estabelecido pelo Esquema da Reunião, somente após seis reuniões consecutivas. 01.04. – DESENVOLVIMENTO ESPECÍFICO

1. Abertura: o dirigente escalado deverá promover um envolvimento vibratório

propício para a realização da preparação do ambiente. Deverá ser firme na direção, amoroso em suas palavras, saudar os companheiros presentes e procurar seguir, com certa fidelidade, o horário da reunião.

2. Preparação de Ambiente: será feita através da leitura e comentário de um texto evangélico-doutrinário, extraído de um livro previamente selecionado pela equipe coordenadora. Um companheiro será escalado para a tarefa e deverá também obedecer ao tempo estipulado pelo esquema da reunião.

3. Prece de abertura: deverá realmente ser feita conforme o Cristo nos definiu o ato de orar: “O caminho de luz que une o coração do homem ao Criador”.

4. Tema Técnico: visa abranger temas de interesse geral ou específico dentro da

direção de uma reunião espírita e enfocar mais diretamente assuntos que tratam de como aplicar os conhecimentos didático-científicos para a divulgação da Doutrina.

5. Tema Central: obedecerá a uma sequência de temas que falem diretamente

dos problemas atuais de uma reunião ou casa espírita, conforme as necessidades dos dirigentes, dos frequentadores, dos tarefeiros, da diretoria da casa, da atualização dos trabalhos e do movimento espírita em geral.

6. Perguntas e Respostas ou Testes/Pesquisa-Relâmpago: através das perguntas que deverão ser formuladas pelos participantes das reuniões, teremos oportunidade de trocar experiências e dissipar as dúvidas que porventura subsistirem da exposição apresentada. As respostas ao tema enfocado serão de responsabilidade do expositor, não impedindo, porém, a participação e o auxílio dos demais membros das comissões coordenadora e expositora, assim como daqueles que estiverem acompanhando as reuniões. Os testes têm como objetivo estimular e motivar a leitura do Livro dos Espíritos (Teste Pesquisa) e promover uma auto-avaliação dos conhecimentos doutrinários (Teste Relâmpago).

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7. Avisos: nesta fase da reunião, o dirigente deverá convocar as equipes que coordenam as reuniões para que sejam dados avisos e informações de interesse geral ou esclarecimentos maiores sobre como conduzir as partes da reunião, conforme o esquema estabelecido. Também nesta oportunidade deverão ser apresentados os novos participantes do grupo.

8. Vibrações: o companheiro indicado deve seguir um roteiro que conduza nossas mentes para a prática da caridade na sua forma mais ampla.

9. Plano espiritual: neste horário, o plano espiritual poderá manifestar-se através dos médiuns, por meio psicofônico ou psicográfico, a fim de transmitir suas apreciações sobre o trabalho realizado.

10. Prece de Agradecimento ou Prece final: também deverá ser feita por um

colaborador, com todo amor e entendimento, acionando os conhecimentos recebidos por ocasião do desenvolvimento no tema técnico específico.

11. Encerramento pelo Dirigente: o encerramento da reunião deverá ser feito imediatamente após o término da Prece de Agradecimento.

12. Avaliação: servirá como exercício de observação das partes realizadas na reunião, formando-se, assim, um laboratório de análises dos nossos erros e acertos para melhor conhecermos as nossas viciações e podermos conscientemente corrigi-las, assim como auto-avaliarmos nossa humildade em aceitar verdadeiramente as imperfeições. Assim procedendo, estaremos aperfeiçoando nossa direção perante os trabalhos que nos são atribuídos dentro da Seara.

OBSERVAÇÃO:

O Encerramento da reunião deverá ser feito imediatamente após a Prece de Agradecimento, a ser feita pelo dirigente ou pessoa para isso indicada;

A distribuição de todo material, como os testes, apostilas, etc., deverá ser feita após o encerramento, na saída dos participantes, para que não haja queda vibratória no decorrer da reunião, provocada pela natural agitação que este tipo de atividade provoca.

Todos os participantes escalados para desenvolver uma das partes da reunião deverão fazê-lo à frente, de pé na tribuna, a fim de que se desinibam e exercitem seu controle e equilíbrio emocional perante o público.

A equipe coordenadora da RODSE deverá manter atualizadas as fichas de identificação de cada participante, com anotação da procedência de cada casa espírita que ele representa.

Deverá a equipe coordenadora promover anualmente um encontro entre os participantes das antigas reuniões orientadas pela RODSE, assim como a atualização nas trocas de experiências e conhecimentos, a fim de manter estreitos laços de fraternidade e amizade.

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02. – Programa, Convite:

A capa do manual da RODSE serve de modelo para a confecção dos convites, usando- se a parte interna para escrever o programa, na qual deverá constar:

Nome da casa anfitriã;

dia da semana e horário;

dias da reunião e temas (conforme a sequência dos temas).

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1ª REUNIÃO: COMO SE APRENDE TEMA CENTRAL

Para melhor ensinarmos, se torna necessário conhecer as noções de como se processa a aprendizagem, sendo que aprender significa adquirir um conhecimento novo, a partir do estudo, ou modificar os já adquiridos. Segundo A. Vieira de Carvalho em “Desenvolvimento de Recursos Humanos na Empresa” aprender é “adquirir uma forma de conduta ou modificar uma conduta anterior” – o que equivale dizer modificar a nossa reforma íntima. Por isto, é tão importante que se dê valor e seleção ao processo de aprendizagem individual, na melhora do conhecimento quanto às técnicas de ensino. Alguns pensam que o aprendizado se dá apenas com uma leitura ou através de preleções. Isto são partes de uma aprendizagem, pois, conforme Roque Jacinto, ela verdadeiramente acontece quando existe a “modificação de conduta com substituição de atos negativos por atos cada vez mais positivos”. Nesse aspecto, existem três princípios fundamentais: 1. É preciso que a pessoa sinta necessidade de adquirir conhecimento positivo –

instrução que não é desejada é educacionalmente negativa. 2. Que aprenda a fazer as coisas boas, realizando-as também – nossas

experiências são a base dos nossos pensamentos. 3. Parta do conhecido para o desconhecido – sempre baseado em princípios

idôneos. O Espiritismo como Doutrina, atual e dinâmica, exige de nós o máximo de esforço para aprendermos seus ensinamentos, a fim de colaborarmos também na difusão do Evangelho e de seus postulados. Aprendemos para ensinar. Por isso, lembremos que é necessário:

especificar os alvos que devem ser atingidos;

mostrar os meios de alcançar estes objetivos;

incentivar através de conhecimentos adquiridos, no sentido de o companheiro se libertar das dificuldades encontradas;

motivar o aprendiz de forma que seu interesse seja ativo;

num curso não podemos nos condicionar às conveniências de quem orienta, mas às necessidades de quem recebe as orientações;

em geral, as lições não sistematizadas ocorrem sempre num momento de grande necessidade para quem as está recebendo;

quando a pessoa que está recebendo orientações não mostra atitudes favoráveis à recepção, terá um aproveitamento de aprendizado mínimo;

a frequência às aulas ou reuniões está intimamente ligada à formação de hábitos novos. A eliminação de um hábito se dá pela sua substituição.

Se quisermos que as pessoas ligadas a nós se modifiquem ou melhorem, é necessário darmos o exemplo.

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Isto permite que aprendamos mais, devido ao esforço que iremos fazer no sentido de nos melhorarmos. Deduzimos daí que a experiência é básica para todo o processo de aprendizagem. Tudo o que ouvimos, cheiramos, vemos, sentimos ou degustamos, só se torna útil quando utilizarmos os elementos de nossas experiências anteriores para darem sentido às novas impressões. A aprendizagem resultará da habilidade em perceber novas relações e novos sentidos em nossas experiências, a fim de guiarmos as ações futuras à luz desta compreensão.

Aprender exige realização e o bom professor deve esforçar-se para que o aluno faça (pratique) aquilo que está aprendendo. O aluno absorverá o que lhe dissermos até o ponto em que o seu cabedal de experiência entender a significação das palavras que usamos.

Para sermos compreendidos por alguém, devemos falar praticamente a língua dele. Empregar palavras que ele compreenda. Qualquer outra linguagem seria tão sem efeito como se estivéssemos falando uma língua estrangeira. Falar das coisas que ele já conhece bem.

Comparações, exemplos e contrastes, não terão valor algum se não tiverem pontos de contato com a experiência de quem está aprendendo. Quanto mais simples e comum for a referência, mais facilmente se transmitirá uma idéia. Ex.: “É tão delicado como um relógio”; “Misture e espalhe do mesmo jeito que espalhamos manteiga no pão”.

Observemos que:

O meio mais comum de se transmitir informações é falar, e aí nos esquecemos de que falar é apenas uma das partes do aprendizado. A aprendizagem surge da participação, do falar, mostrar e explicar. As coisas que são vistas deixam impressões mais fortes do que as simplesmente ouvidas. Por isto, se aconselha cartazes, mapas, modelos, diagramas e, acima de tudo, a participação de cada um.

O bom professor diz, explica, mostra e demonstra o que está ensinando; A aprendizagem é o resultado contínuo e alternado entre aprender e aplicar.

A duração de uma aula ou reunião está sujeita:

ao nível mental e à maturidade dos alunos, pois todos devem tirar o proveito necessário de cada ensinamento sem que haja cansaço ou desinteresse;

à complexidade do assunto, porque, quando a lição envolve noções teóricas com pouca oportunidade para demonstrações práticas, a preleção pode ser mais desenvolvida com auxílio de audiovisual;

à capacidade do aluno em se manter interessado e atento. ex.: numa reunião de assistência espiritual a preleção é de mais ou menos 15 minutos, enquanto que nas aulas é de 40 a 50 minutos.

O professor deve ser específico em tudo o que diz. Para ser bem compreendido, deve evitar as divagações e a falta de clareza em suas explicações. Deve aproveitar as dúvidas e erros dos alunos para ajudá-los no aprendizado. A dúvida de um, em geral, é também a da maioria. ANOTAÇÕES:

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2ª REUNIÃO: COMO ESTUDAR E EXPOR TEMA TÉCNICO

Disse Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a todas as criaturas, ensinando-as a observar todas as coisas que vos tenho ensinado; e estais certos de que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” NA TRIBUNA:

Palestrar com naturalidade, governar as próprias emoções, sem azedume, sem nervosismo e sem momices e não prelecionar mais do que o tempo previsto. A palavra revela o equilíbrio. Calar qualquer propósito de auto-elogio, silenciar exibições de conhecimento e ajustar-se à inspiração superior, comentando as lições sem fugir ao assunto em pauta. Usar simplicidade e precatar-se contra a formação da dúvida nos ouvintes. Cada pregação deve harmonizar-se com o entendimento do auditório. Respeitar pessoas e instituições nos comentários nas referências. Nunca estabelecer paralelos ou confrontos suscetíveis de humilhar ou ferir. Verbo sem disciplina gera males sem conta. Sustentar a dignidade espírita diante das assembleias e abster-se de historietas impróprias ou anedotas reprováveis. Nas explanações, não se reportar abusiva e intempestivamente a fatos e estudos doutrinários de entendimento difícil. Deve, ainda, selecionar antecipadamente os assuntos oportunos quanto a pessoas e ambientes para tratar de temas delicados. A irreflexão é também falta de caridade. O orador é responsável pelas imagens que plasmar na mente dos que ouvem. Manter-se inalterável durante a alocução, em face de qualquer situação imprevista. Os momentos delicados desenvolvem a nossa capacidade de auxiliar. Procurar abolir, nas palestras, os vocábulos impróprios, as expressões pejorativas e os termos de gírias das ruas. O culto da caridade inclui a palavra em todas as suas aplicações. Sempre que possível, preferir o uso de verbos e pronomes na primeira pessoa do plural (nós), ao invés da primeira pessoa do singular (eu), a fim de não se isolar dos companheiros de aprendizado, como quem distribuísse avisos e exortações. Somos todos necessitados de regeneração e de luz. “Não saia de vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para que dê graça aos que ouvem”- Paulo (Efésios, 4:29). O expositor se forma pelo estudo, pelo trabalho, pela meditação e pela prática. O estudo fornece ao expositor os conhecimentos indispensáveis para ensinar aos seus ouvintes. Trabalho é ação. Um expositor não pode ficar inativo. Os expositores, conquanto não sejam oradores profissionais, encontram larga oportunidade de trabalho e de aprimoramento dos conhecimentos vivenciados.

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A meditação é o dever que tem o expositor de ponderar muito bem sobre suas palavras, para que elas não firam os princípios cristãos de amor a Deus e ao próximo. E para que não seja vão o seu pregar, isto é, muito fala e pouco ensina. De nada valem as teorias se não forem seguidas muito de perto pela prática. A prática é a grande mestra. Quanto mais o expositor pregar, tanto mais senhor da arte oratória se tornará. O hábito de falar em público desperta no expositor qualidades que não suspeitava possuir; desamarra-lhe a língua a ponto de conseguir sublimes efeitos oratórios. O expositor principiante defronta-se com um inimigo terrível: o medo. O medo de falar em pé diante de um auditório levou ao fracasso inúmeras vozes que poderiam ter sido ardorosas propagadoras da verdade. Custe o que custar, é preciso vencer o medo. Quando chega a hora de ouvir o orador, ele se torna a principal figura da reunião, todos os olhares convergem para ele; nesse momento, é muito importante levantar-se resolutamente, com um sorriso nos lábios, tomar o lugar designado, ler o tema e falar. Durante os primeiros tempos é comum ao expositor atrapalhar-se, gaguejar, esquecer as principais partes da preleção ou quase toda; tremer, avermelhar-se, suar. Tudo isso faz parte das primeiras pregações. EXEMPLO DE PAULO

Geralmente, eram Barnabé e Manahen os pregadores mais destacados que ministravam o Evangelho às assembleias heterogêneas. Paulo de Tarso no início de sua vida apostólica limitava-se a cooperar, pois sentia extrema dificuldade em pregar. Entendia que Jesus, por certo, recomendava-lhe absoluto recomeço nas experiências. Certa feita, fez o possível por conduzir as pregações gerais, sem nada conseguir. A palavra, tão fácil em outros tempos, parecia retrair-se na garganta. Compreendeu que era justo padecer as torturas do reinício em virtude da oportunidade que não soubera valorizar. Não obstante as barreiras que se antepunham às suas atividades, jamais deixou-se desanimar. Ao ocupar a tribuna, tinha extrema dificuldade na interpretação das ideias mais simples. Por vezes, chegava a corar de vergonha ante o público que lhe aguardava as conclusões com ardente interesse, dado a fama de pregador de Moisés, no templo de Jerusalém. Além disso, o sublime acontecimento de Damasco cercara-o de nobre e justa ansiedade. O próprio Barnabé, várias vezes, surpreendera-se com sua dialética confusa na interpretação dos Evangelhos e refletia na tradição de seu passado como rabino, que o assomava, justo no momento de conquistar o público. Por esse motivo, foi afastado discretamente da pregação e aproveitado em outros misteres. Paulo, porém, compreendia e não desanimava. Se não era possível regressar de pronto ao labor da pregação, preparar-se-ia de novo para isso. O que menos deve preocupar o expositor é o auditório; seja ele composto de cinco pessoas, de mil ou mais, o trabalho é sempre o mesmo. Quando estiver fazendo a preleção, tenha o cuidado de se dirigir a todo o auditório e nunca fixar o olhar em um único ponto, ou em um ouvinte. Seu olhar deve passar pelo recinto, isto é, ora se voltará para um lado, ora para outro.

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Os dotes naturais que todo expositor deve ter são divididos em dois grupos:

Dotes Interiores: talento, memória, imaginação, inspiração, os quais pertencem

à inteligência, sensibilidade e emoção que pertencem à vontade.

Dotes Exteriores: aparência simpática e voz perfeita.

COMO ESTUDAR Os expositores estudarão três matérias: o idioma que no nosso caso é o português, o Evangelho e a Doutrina. São quesitos indispensáveis à boa e profícua exposição. SUGESTÕES PRELIMINARES PARA ELABORAÇÃO DE TEMAS:

1. escolher o assunto, cuidadosamente. (No caso de programações, esse

assunto já vem determinado, basta ser estudado e desenvolvido);

2. preparar por escrito:

A – esquematizar; C – encaixar ilustrações, B – desenvolver; D – ensaio / treino;

3. fazer consultas sobre o assunto para solidificá-lo;

4. ler em voz alta, repetidas vezes e com naturalidade, o trabalho já concluído

sem preocupação excessiva em decorá-lo;

Obs.: há perigo de dar um branco em discursos decorados; é recomendável, a princípio, montar um esquema escrito, o que ajuda a memorizar.

ESQUEMATIZAÇÃO

Não confiar somente na memória. Se houver alguma perturbação no ambiente, pode-se esquecer o que foi decorado. Logo, deve-se disciplinar a inteligência e a memória por meio de esquemas. São os chamados roteiros de inestimável valor para todos, principalmente para os iniciantes. O esquema deve conter só as partes essenciais. Ele é o traçado do qual não devemos nos afastar. Deve-se evitar muitas divisões e subdivisões, porque o excesso poderá atrapalhar em vez de ajudar. ESTRUTURA E DESENVOVIMENTO DO TEMA: “Como estudar e expor”

Quer para a linguagem escrita quer para a oral, qualquer trabalho literário possui pelo menos três partes principais:

1. Introdução 2. Desenvolvimento 3. Conclusão

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1- Introdução: deve abranger um quarto do trabalho total.

Pode-se utilizar na introdução:

definições ou divisões do termo;

etimologia da palavra;

a trajetória histórica do item;

um fato anterior;

um conto ou historieta que tenha conexão com o assunto.

a proposta do tema.

NOTA:

Pode-se usar mais de um desses itens na introdução, a qual deve terminar de tal forma que a transição para o desenvolvimento não se faça sentir.

Não se deve cortá-la bruscamente, nem avisar que se vai passar para o

desenvolvimento. 2. Desenvolvimento: abrange dois quartos do conjunto da palestra.

será o assunto propriamente dito;

conforme a introdução, se partir de um todo ou do geral, deve-se restringi-la para o particular;

se não houver definições, deve-se fazê-la agora;

divisão do tema e explicação de cada parte;

exemplos vivos, comprovados ou hipotéticos para fixar o assunto;

conteúdo o mais doutrinário possível e, se for evangélico, com exortações à prática, críticas salutares, comparações com vultos eminentes ou com os do Espiritismo; se for científico ou filosófico, apelar para o raciocínio e a lógica com fatos concretos e irrefutáveis.

NOTA:

Deve-se passar à conclusão também de forma sutil. 3. Conclusão: abrange um quarto do esquema global e pode ser:

destacar a importância do assunto;

salientar a influência nos indivíduos e nos povos, nas raças e nos países;

convite à reflexão ou ao incentivo;

comprovação ou convencimento sobre aquilo que foi dito.

ANOTAÇÕES:

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2ª REUNIÃO: OBJETIVO E FINALIDADE DAS REUNIÕES ESPÍRITAS TEMA CENTRAL

Quando falamos sobre reunião espírita, associamos imediatamente, a ideia daquela sessão composta por pessoas que buscam, através do trabalho prático mediúnico, obter um maior equilíbrio e a solução dos problemas a que diariamente são compelidas a enfrentar. É dentro deste conceito arraigado, porém incompleto, que iremos salientar as propostas Kardecistas. Destacamos que a finalidade maior da Doutrina dos Espíritos é de libertar as consciências através do estudo e do conhecimento, na eterna busca da verdade, implícita na cristianização do homem. Existem, pois, dois tipos: a sessão mediúnica, na qual ocorrem fenômenos como psicofonia, psicografia, doutrinação de espíritos, passes, curas espirituais, etc.; e outro tipo de reunião, em que as pessoas se encontram para estudo, troca de experiências, cursos específicos e, até mesmo, debates de ordem administrativa da casa espírita, sem manifestações espirituais de qualquer espécie.

I – OBJETIVOS DA REUNIÃO ESPÍRITA:

Atender às pessoas na busca incessante a Deus, fornecendo-lhes, em doses assimiláveis, explicações e esclarecimentos contidos nos livros da Codificação Espírita. Divulgar a Doutrina e o Evangelho como norma de conduta, facilitando a compreensão dos “porquês” desta vida e da vida espiritual. Consolar os que sofrem pela comprovação de que a vida obedece à Soberana Justiça, à infinita bondade e ao perfeito amor do Criador, manifestados pela lei de causa e efeito que rege os princípios da reencarnação. Promover a evolução espiritual do dirigente, médiuns e frequentadores pelo esforço individual e comum em aprender e vivenciar o Evangelho.

II – REUNIÃO MISTA É a reunião em que se desenvolvem todos os tipos de trabalho espiritual, desde a orientação, o desenvolvimento mediúnico, passes, doutrinação, comentários evangélico-doutrinário, vibrações individuais, coletivas, à distância, etc. Estas sessões mistas podem ser comparadas com as “reuniões frívolas, experimentais e instrutivas” que Kardec salienta no capítulo XXIX pergunta 325/327 do Livro dos Médiuns, nas quais verifica-se não existir uma sequência que obedeça ao aprimoramento de intenções e que, por isso, torna-se não recomendável. EVOLUÇÃO DAS REUNIÕES MISTAS

As reuniões realizadas semanalmente, que obedecem à dinâmica de um roteiro, no qual abrange recepção breve pelo dirigente; abertura dos trabalhos; prece inicial; comentários evangélicos; desenvolvimento mediúnico; comunicação espiritual; vibrações; passes, prece de encerramento; tendem a se desenvolver, pois aumenta o número de assistidos, médiuns, tarefeiros em desenvolvimento e colaboradores. Isto

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faz com que cada uma das partes da reunião mereça maior atenção, exigindo pouco a pouco, uma ampliação das atividades da sessão mista, segundo as necessidades que irão surgindo. É neste momento que se torna prudente e oportuno desmembrar a sessão mista, transformando-a em sessão mediúnica especializada ou restrita, evitando a repetição da sessão mista em outros dias da semana. DESMEMBRAMENTO DA REUNIÃO MISTA O desmembramento consiste na divisão da sessão mista em duas ou mais reuniões que serão desenvolvidas e realizadas em outros dias da semana. O atendimento, a orientação, os passes, os comentários evangélicos, passariam a ser efetuados numa nova reunião pública, num outro dia e hora, estruturando desta forma simples e natural, uma sessão especializada de assistência espiritual. Num outro dia e hora, se organizaria uma reunião de estudos doutrinários; outra de desenvolvimento mediúnico, e assim por diante. Cada etapa ou fase da sessão mista deverá impulsionar o dirigente a iniciar outras especializadas em novos dias da semana, oferecendo elas novas oportunidades de desempenho, trabalho e desenvolvimento aos participantes do grupo. O aprimoramento das sessões mistas é a transformação delas em sessões especializadas. III – REUNIÕES ESPECIALIZADAS

São oriundas do desenvolvimento específico das fases de uma sessão mista. Todo o roteiro da sessão mista passa a ser desenvolvido, não somente em um único dia ou sessão, mas em partes independentes e ampliadas, dão origem aos trabalhos especializados:

Reunião Especializada de Estudo: específica e com cursos predefinidos, na qual os doentes, os desequilibrados ou obsedados não deverão participar, pois não estarão possuidores das condições necessárias para assimilar o ensino evangélico-doutrinário.

Assistência Espiritual: são sessões especializadas e restritas, nas quais se fará o

acompanhamento do irmão necessitado, desde o momento em que entra na casa e é encaminhado aos tratamentos adequados através de passes, porém sem participar diretamente delas, até readquirir o equilíbrio.

Assistência e Promoção Social: são as reuniões que darão oportunidade a todos

de prestarem sua colaboração em forma de trabalho prático em benefício do próximo. Equipes diversas são formadas para triagem dos assistidos, arrecadação de bens, alimentos e promoção humana no campo da profissionalização. Isto permitirá uma vivência maior do verdadeiro espírito da caridade e fraternidade entre todos. Desenvolvimento mediúnico: São sessões especializadas, que oferecerão melhor

condição de esclarecimento e aperfeiçoamento ao médium, no aspecto teórico e prático, bem como àqueles que se incumbirão das tarefas de doutrinação dos espíritos. Infância e juventude: Estas faixas etárias também deverão promover reuniões especializadas de acordo com os interesses comuns a cada grupo.

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IV – QUADRO DEMONSTRATIVO

NECESSIDADE OBJETIVO SESSÃO

ESPECIALIZADA

Ajudar Espiritualmente

Evangelho e Passe

Assistência Espiritual

Assistir Socialmente

Pão, Trabalho, Integração Social

Assistência e Promoção Social

Viver para o bem comum

Instrução Doutrinária

Estudos e Palestras

Equilíbrio Mediúnico

Doutrina e Desenvolvimento

Educação Mediúnica

Vivência Cristã

Evangelho como Norma de Conduta

Aprendizes do Evangelho

Aperfeiçoamento do Dirigente

Estudo e Moral

Cursos e Simpósios

Novos Colaboradores

Cursos Especializados

Trabalhos diversos em novas áreas

Através deste quadro demonstrativo, podemos ter uma ideia das principais necessidades que uma reunião ou sessão espírita especializada busca cumprir. V – FINALIDADE DA REUNIÃO ESPÍRITA Podem ser classificadas como prioritárias e consequentes, sendo que as finalidades prioritárias visam promover o estudo, o ensino e a divulgação da Doutrina dos Espíritos. Do desempenho destas prioritárias é que obteremos as finalidades consequentes, que são o resultado dos conhecimentos adquiridos e irão promover melhores condições para uma vivência evangélica verdadeira e espontânea. Com o cumprimento das finalidades prioritárias, permitiremos a formação de médiuns mais conscientes de suas tarefas e responsabilidades; homens de coração voltado com sinceridade à prática de caridade, companheiros imbuídos do propósito de servir e de viver solidários e fraternalmente junto aos esclarecidos, aptos, portanto, a prestar melhor assistência nas casas espíritas. ANOTAÇÕES:

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3ª REUNIÃO: PREPARAÇÃO DE AMBIENTE TEMA TÉCNICO

A preparação de ambiente tem importância capital no desenvolvimento de uma reunião ou evento, não apenas para os que dela participam, mas para todos que adentram à casa espírita pois, ao serem envolvidos pelo ambiente previamente equilibrado, passam a ter mais facilidade de superar as dificuldades ou angústias de que porventura sejam portadores, ao serem valorizados na recepção, orientados no atendimento e promovidos na integração ao grupo. Estas três posturas de recepcionar o ser humano são de grande valia para sua interação com os demais. A preparação de ambiente tem duas atividades: - atividade meio; - atividade fim. A atividade meio é necessária para que se realize a tarefa, porém não é responsável pelos resultados finais da mesma. Na preparação de ambiente todas as etapas que antecedem a reunião podem ser consideradas como tal. A atividade fim é a realização em si, trazendo-nos os resultados esperados, neste caso, a preparação do ambiente no início de cada reunião. Preparação material é uma das atividades meio. A preparação material é a do ambiente onde será realizado qualquer evento ou reunião, compreendida por toda a adequação necessária, como limpeza, iluminação, disposição de cadeiras e móveis em geral, bem como os auxílios audiovisuais e organizacionais. O ambiente físico deve ser o mais despojado possível, para não atrair os frequentadores pelas exterioridades, como adornos, quadros, imagens e outros atrativos que desviam a atenção dos objetivos maiores. O preparo que cada colaborador faz no período de tempo que antecede a uma atividade, embora não seja material, também pode ser considerado uma atividade meio porque, para que se obtenha um bom resultado, é necessário que cada um saiba como proceder. Preparação espiritual é a atividade fim. Esta preparação pode ser dividida em:

preparo individual (atividade meio);

preparo da equipe de trabalho antes das reuniões;

preparo do ambiente no início de uma atividade. Preparo individual (atividade meio)

O preparo individual começa ao levantar, todos os dias com bom humor, e buscar harmonia com a família, não se esquecendo da leitura evangélica e meditar sobre o que foi lido, além da prece matinal. A chegada e a permanência no ambiente de trabalho devem ser pautadas pela vigilância, buscando envolver a todos em paz e equilíbrio, sem ser de forma acintosa, porém, pela compreensão dos problemas próprios do meio, agindo mentalmente para que não haja dissabores.

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A alimentação deve ser equilibrada e sem exageros, não devendo isto representar motivo para atritos e discussões estéreis, como vemos em alguns grupos (lembrar que Jesus ressaltou que não é o que entra, mas o que sai da boca, o que contamina o homem). Não apenas nos dias em que participamos de atividade espiritual, mas em todos deve existir a predisposição para a participação ativa e consciente, tendo em mente que os resultados desejados vão depender do preparo e das responsabilidades que cada um assume em relação à tarefa de cada dia, com humildade e firme propósito de acertar. O retomo ao lar deve ser motivo de alegria e confraternização com os familiares, de modo a manter o bom relacionamento e vivência dos ensinos adquiridos nas atividades materiais e espirituais, (a autoridade só é adquirida pela coerência existente entre nossas palavras e ações). O recolhimento ao leito deve ser tranquilo, mesmo que tenhamos uma vida difícil, o que é conseguido pelo preparo adequado, com leitura e prece, criando dessa forma o ambiente propício para a recuperação física e espiritual. Caso acordemos durante a noite, devemos levantar, fazer uma prece e leitura evangélica até que o sono venha, o que significará que houve a harmonização necessária para o repouso. Preparo da equipe de trabalho

O preparo da equipe antes das atividades é o resultado do preparo individual e não sua soma, devendo ser lembrado que como numa corrente a ser usada em esforço de tração, a capacidade de suportar é igual à resistência de seu elo mais fraco, por ser neste que ela se romperá. As equipes de trabalho devem se reunir antes do início do mesmo, em horários diferentes se for o caso, como na recepção e outros atividades. A rotina de preparo normalmente se resume em:

recepção fraterna para auxiliar na superação de qualquer dificuldade que possa interferir nas atividades e, se for o caso, o encaminhamento para outra tarefa, após a preparação, se o colaborador ou o dirigente perceber que a dificuldade persiste;

leitura de um tema evangélico, com comentário;

este tema deve ser de acordo com os objetivos da reunião, para facilitar a integração;

as palavras tanto da leitura como do comentário devem transmitir vigor e amor, para gerar o dinamismo necessário;

prece;

troca de passes;

deslocamento para as áreas de atuação ou permanecendo em silencio, em meditação, ou recebendo as orientações do dirigente;

havendo necessidades específicas esta rotina será modificada e adaptada. Observação: Em todas as atividades RODSE, a prece é feita após a leitura e o comentário, por entendermos que há a necessidade de um período de preparação para melhor superar a agitação que trazemos do dia a dia e assim facilitar a sintonia com o Plano Espiritual.

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Preparo no início de uma atividade Em relação à sua preparação, é comum observar a postura dos participantes de uma atividade na casa espírita, que varia entre:

o cuidado desde o amanhecer na vigilância de postura após um contratempo, lembrando de seus compromissos para chegar à casa espírita devidamente equilibrado;

a desatenção até a chegada à casa espírita, ou ao início da reunião, para então acompanhar a preparação, imaginando ser possível conseguir a sintonia rapidamente;

os que não se apercebem que o resultado desejado depende de sua participação e comprometimento, e não se preparam, são os que esperam apenas receber. É comum vermos as pessoas agindo todos os dias da mesma forma e esperando resultados diferentes.

É importante que os condutores das reuniões esclareçam a todos (colaboradores, alunos e assistidos) sobre esta questão e a necessidade do comprometimento para a obtenção de melhores resultados, tanto no decorrer das reuniões, como na vivência do dia a dia. Estes esclarecimentos devem levar à revisão de conceitos de vida e mudança de postura, até que se torne normal agir em conformidade com as diretrizes evangélicas e estar sempre preparado para agir com a postura do bom samaritano. Isto se faz necessário para evitar o que ocorre com certa frequência: quando a pessoa percebe que não consegue vivificar os ensinos, passa a fingir que já conquistou a condição de equilíbrio, continua a viver em conflito por não ser uma situação real, retardando dessa forma a obtenção do equilíbrio necessário para sair da condição de dependência da assistência espiritual e vir a ser um elemento atuante no grupo. Normalmente feita no inicio das reuniões, a preparação de ambiente é uma atividade coletiva, na qual se procura congregar os participantes em tomo de um pensamento comum, que é o de atingir determinados objetivos, em função do tipo de reunião a desenvolver. Esta preparação pode ser feita de quatro formas; 1. com a leitura de um tema evangélico, sendo depois comentado pelo próprio leitor. Muito comum quando o grupo é grande e heterogêneo, para que não se estenda

nos comentários evitando a perda dos objetivos a atingir. Em grupos menores também é utilizada como forma de padronização, facilitando o seu desenvolvimento, principalmente por dar segurança ao preparador;

2. com o mesmo tipo de leitura, tendo a participação do grupo nos comentários.

Esta forma é utilizada quando se está em um grupo mais harmonizado e afim, onde não se verificam discussões estéreis em tomo de opiniões pessoais e falta de conhecimento dos objetivos da preparação.

Observação: O dirigente deve estar atento, porque podem surgir tais situações, pois é comum as pessoas acharem que sabem mais do que realmente sabem,

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gerando situações contrarias às propostas pela preparação, com comentários não condizentes.

3. apenas a leitura;

Ocorre quando quem lê a mensagem está em sua fase inicial como colaborador, tem o fator inibição e sente falta de conhecimento para fazer comentários. Observação: O colaborador deve ser incentivado, salientando que é uma situação normal e que com o tempo, persistência e aprendizado o problema será contornado.

4. preparação em forma de comentário, sem que seja feita a leitura.

É usada quando o grupo de trabalho já conhece as passagens evangélicas a serem utilizadas na preparação, sendo feita a escala do responsável e o assunto a abordar, ficando automaticamente todo o grupo responsável por estudá-lo para que já venham para a reunião meditando e preparados previamente.

Esta forma também é usada para grupos da primeira situação, na qual o expositor, ao invés de ler o tema, o relata e faz o comentário a seguir. Devemos observar ainda que a forma não é o mais importante e sim o conteúdo, embora não haja erro em adotar uma por medida de organização. Para atingir esses objetivos, o dirigente fará a escala dos participantes da preparação de ambiente, prece inicial, vibrações, etc. de acordo com a relação dos companheiros inscritos para a reunião. Aquele escalado para a preparação de ambiente deverá receber com uma semana de antecedência (pelo menos), o nome do livro, o título da lição, página e outras orientações específicas que se fizerem necessárias. (tempo que ira dispor para falar, etc.). Deve-se utilizar livros de conteúdo evangélico-doutrinário, como “Vinha de Luz”, “Sinal Verde”, “Pão Nosso”, “Ideal Espírita”, etc. ANOTAÇÕES:

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3ª REUNIÃO: ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA CASA ESPIRÍTA TEMA CENTRAL

I. ESTRUTURA DA CASA ESPÍRITA

Definição: estruturar é organizar, distribuir, encadear ou dispor harmonicamente as

partes ou os elementos que irão compor um todo.

O resultado desta composição é que irá constituir a estrutura de um edifício, de um time de futebol, de uma escola ou de um centro espírita.

A organização da estrutura obedece a determinados critérios, a fim de que se torne sólida, equilibrada e incapaz de ruir. Na casa espírita, ela está diretamente ligada à constituição de seus estatutos, que irão dispor sobre a diretoria, seu sistema de eleição e sobre todos os trabalhos, conforme os objetivos prioritários à organização das reuniões e sessões especializadas. Esses trabalhos interligados entre si no funcionamento da casa constituirão uma estrutura homogênea e definida. E essa estrutura tem como finalidade formar a base de casa espírita, capaz de sustentar o seu desenvolvimento.

Assim, o centro espírita estruturará, sem riscos de dissolução, as condições que irão promover o aprimoramento do homem através do estudo e da vivência evangélica em liberdade, fraternidade e amor.

A constituição da estrutura de uma casa espírita abrange três preocupações definidas e interligadas.

Estrutura física: corresponde a todo o aspecto de localização, disposição de

salas, cadeiras e mesas; horário; colaboradores; disponibilidades financeiras; denominação da instituição, etc. É importante lembrar que existem locais a serem evitados como: residências ocupadas por moradores, locais comerciais ou industriais, terrenos de uso comum e todas aquelas construções que não estejam de acordo com o código de Obras Públicas do Município, as quais poderão estar até interditadas.

Na escolha do nome do centro, deve-se evitar os que lembram ligações com outros credos religiosos, aqueles muito extensos, com nomes exóticos, bem como verificar se não haverá na cidade outro com denominação idêntica àquela que escolhemos.

Estrutura evangélico-doutrinária: compreende toda a organização e definição das reuniões e sessões especializadas; material didático doutrinário para os cursos; bibliotecas; normas de trabalho que orientarão as atividades específicas de cada função.

Estrutura Prática: compreende a execução de tudo que foi organizado na

estrutura evangélico-doutrinária dentro dos limites da estrutura física. II – FUNCIONAMENTO DA CASA ESPÍRITA

Definição: é o desenvolvimento prático de sua estrutura, ou seja, a ação e o efeito

daquilo que foi estruturado.

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Para isto é necessário que possua:

1- Presidência: composta por um companheiro que, na condição de Presidente,

responderá juridicamente pela casa e suas atividades em todos os níveis, juntamente com o Vice-Presidente, a Secretaria e a Tesouraria, comporão a Diretoria Executiva, os quais deverão ser periodicamente eleitos conforme regulamentação estatutária.

2- Departamentos: são divisões ou setores específicos, que responderão pelo

funcionamento de cada área de trabalho da casa espírita. Cada departamento executará sua ação dentro dos limites previstos na organização de sua estrutura física, evangélico-doutrinária e prática, sendo que também deverá manter, além dos colaboradores, um Coordenador responsável e um substituto, os quais estarão subordinados diretamente à Presidência.

3- Departamentos especializados e suas interligações: São as colunas de sustentação espiritual que, em perfeitas condições de funcionamento, interligam-se e formam um só ideal de trabalho e de propósitos, pela igualdade dos objetivos que buscam atingir dentro da casa espírita.

4- Organograma: (Anexo I).

ORGANOGRAMA DA CASA ESPÍRITA

PRESIDENTE

SECRETARIA TESOURARIA

Departamento de

Promoção e Serviço Social

Departamento de

Ensino

Departamento de

Assistência Espiritual

Departamento de

Divulgação

Departamento da Infância, Juventude e Mocidade

III - ESTATUTOS

É constituído pelo conjunto de leis, especialmente pelo Código Civil e outros ordenamentos que irão definir e posicionar as diretrizes que a casa espírita deverá assumir. Nele constarão as atribuições da Diretoria Executiva; o funcionamento do Centro; as responsabilidades de todos os colaboradores em seus respectivos departamentos; os direitos e os deveres dos membros da casa espírita. ANOTAÇÕES:

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4ª REUNIÃO: PRECES DECORADAS E ESPONTÂNEAS TEMA TÉCNICO

“Se eu, pois, não entender o que significam as palavras, serei um bárbaro para aquele a quem falo; e o que fala sê-lo-á para mim do mesmo modo, porque se eu orar numa língua estrangeira, verdade é que o meu espírito ora, mas o meu entendimento fica sem fruto. Mas, se louvarem com o espírito, o que ocupa o lugar do simples povo, como dirá amém à tua benção, visto não entender ele o que tu dizes? Verdade é que tu dás bem as graças, mas o outro não e edificado”.

Paulo-I Cor. 14:11,14,16,17.

O Espiritismo – doutrina rediviva do Cristianismo – tem a tarefa de conduzir o desenvolvimento da fé racional e o dever de recolocar o ato de orar às suas origens puras, sem qualquer formalismo místico ou dogmático. Os Espíritos não prescrevem nenhuma fórmula absoluta de prece. Quando dão alguma sugestão, é para orientar ideias ou para chamar a atenção sobre certos princípios da Doutrina Espírita. Os amigos espirituais sempre afirmaram: “A forma não é nada, o pensamento é tudo. Faça cada qual a sua prece de acordo com suas convicções e da maneira que mais lhe agrade, pois um bom pensamento vale mais do que números palavras que não tocam o coração”.

Devido a isso, é preciso que se empregue palavras simples que revelem uma ideia, pois a prece só tem valor pelo pensamento que a informa. E impossível ligar um pensamento àquilo que não se compreende, e o que não se compreende não pode tocar o coração. A prece deve ser concisa e sem fraseologia inútil, pois Deus lê no íntimo dos nossos corações. Perscruta o nosso pensamento e a nossa sinceridade.

Humberto de Campos, no livro Boa-Nova, diz-nos que “A oração é o luminoso caminho entre o coração humano e o Pai de infinita bondade”. Para percorrer esse caminho, temos que modificar nosso íntimo, aperfeiçoando nossa conduta moral e cristã para que não continuemos a louvar, suplicar e agradecer passivamente, mas ativar nossa comunhão com o Criador (prece) através do contínuo esforço em trabalhar para o bem...

“Todo aquele, porém, que trabalha para o bem, com as suas mãos e com o seu pensamento, este aprendeu a orar”. Edificando o Reino dos Céus em nossos corações, estaremos promovendo as condições necessárias para orarmos conforme a pergunta 658 do Livro dos Espíritos: “Sempre é agradável a Deus aquela prece dita com fé, fervor e sinceridade, sendo esta preferível à prece lida, se for dita mais com os lábios do que com o coração”.

Pergunta nº 658 do “Livro dos Espíritos”

A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, porque a intenção é tudo para Ele, e a prece do coração é preferível à que podes ler, por mais bela que seja, se a leres mais com os lábios do que com o pensamento. A prece é agradável a Deus quando proferida com fé e sinceridade. Não creias, pois, que Deus seja tocado pelo homem vão, orgulhoso e egoísta, a menos que a sua prece represente um ato de sincero arrependimento e de verdadeira humildade.

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4ª REUNIÃO: DINÂMICA DA CASA ESPÍRITA TEMA CENTRAL

I - Introdução Como consequência do funcionamento e do ensino da Doutrina dos Espíritos, em toda casa espírita existe uma dinâmica que necessita de conscientização maior por parte dos dirigentes para melhor impulsionar o trabalho. II – Definição Dinâmica é a parte da mecânica que estuda o movimento dos corpos e das forças que o produzem. A estrutura da casa espírita funciona como a mecânica que possibilita a atuação dos dirigentes, médiuns e tarefeiros, e, assim, faz movimentar as sessões e reuniões especializadas, ou seja, as de assistência espiritual, assistência social, escolas, etc. Ao concluírem seus estágios nessas atividades, os participantes tornar-se-ão a força impulsionadora da dinâmica e, nesse movimento contínuo, teremos o aprimoramento permanente da casa espírita.

ANOTAÇÕES:

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III – FLUXOGRAMA NA CASA ESPÍRITA

ASSISTIDO Casa Espírita

Espiritual Material Recepção Assistência Espiritual

ENTREVISTA Assistência Social Habilitado

Reuniões CURSOS de

Estudo Avaliação Avaliação Assistência Convite Espiritual Espiritual TRABALHO

ANOTAÇÕES:

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5ª REUNIÃO: O GRUPO E AS CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS TEMA TÉCNICO

Um grupo é a reunião de pessoas em torno de um objetivo comum.

Um grupo pode formar-se espontaneamente como é o caso das crianças num parque, que se procuram sem se conhecerem para brincar juntas, ou pode formar-se a partir de um planejamento, que se denomina “grupo organizado”.

Uma casa espírita, mesmo tendo se formado espontaneamente, acaba transformando-se em grupo organizado.

Em qualquer grupo, verificam-se laços de simpatia ou antipatia, que podem reforçar a coesão ou destruir sua eficácia.

Num grupo sempre existem pessoas que se simpatizam e se antipatizam, havendo em função disso maior ou menor rendimento nas atividades que devem ser desenvolvidas em conjunto.

O dirigente deve estar atento às diferenças individuais. Há pessoas que têm dificuldade de se entrosar com as outras, não podendo o grupo simplesmente rejeitá-las, uma vez que a função é ajudá-las na superação dessas diferenças e dificuldades individuais, como observaremos a seguir.

Ao indivíduo que não consegue trabalhar junto com os outros, devem ser dadas tarefas nas quais não seja necessária uma participação muito ativa, como, por exemplo: controle de frequência, no qual, após os levantamentos, presta contas apenas a uma pessoa que, de preferência, seja-lhe simpática, para facilitar a sua adaptação ao grupo.

Outro exemplo no serviço de limpeza da casa: deve-se valorizar esse trabalho com a colaboração dos outros componentes em relação ao que executa esta tarefa, tanto na realização como na manutenção, havendo assim maior aproximação do grupo em relação ao que executa a tarefa.

Existem aqueles que têm facilidade de se expressar e se relacionar com os outros e que, por isso, são escolhidos para liderá-los. O dirigente deve ter ainda outras condições, pois se não possuir capacidade técnica e administrativa para desenvolver e organizar uma tarefa em equipe podem surgir grandes problemas no grupo.

Cada tarefa numa casa espírita deve ser ocupada pela pessoa que melhor se adapte a determinado trabalho.

Nas escolas, o aluno deve ser admitido no curso pelo qual se interesse e para o qual tem aptidão.

Esse processo de seleção é muito importante quando se tem em vista que nas casas espíritas se lida com capacidades potenciais e não com indivíduos experientes, tanto no que se refira à Doutrina, como em suas aptidões pessoais. Cada aluno ou frequentador deve ser considerado um futuro colaborador, independentemente do tempo necessário e de suas características pessoais. Os frequentadores das reuniões das casas espíritas devem se familiarizar com as atividades que exercerão no futuro.

NEDE - NÚCLEO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

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Para amenizar as diferenças, melhorar o relacionamento e se obter a cooperação dos alunos e colaboradores, os seguintes procedimentos são de grande valia:

mostrar-se simpático ao grupo;

conversar com todos os componentes do grupo:

observar e estimular os interesses e aptidões especiais;

distribuir tarefas experimentais;

dar oportunidades para auto-expressão;

esforçar-se por guardar o nome dos companheiros;

acentuar o aspecto interessante do trabalho;

desenvolver trabalhos de grupos para incentivar o espírito de equipe. Após o início de qualquer atividade, o dirigente passa a ser responsável pelo treinamento dos participantes e, para que ele consiga a devida cooperação por parte dos colaboradores, é necessário possuir o conhecimento e as qualidades que mais valorizem aquele trabalho. A grande variação na capacidade de aprender que existe entre os participantes exige de quem orienta uma assistência mais individual possível, pois num grupo não há duas pessoas com a mesma capacidade de aprender e de evoluir. Pode-se ver a enorme variedade de características humanas em cada grupo. Há o eterno insatisfeito, que não se contenta com o suficiente para a sua subsistência, sendo imoderado na alimentação, no acúmulo de bens materiais, na ambição de glória, etc. É necessário a esse indivíduo um grande esforço para conter seus ímpetos e aspirações ao se agrupar. Há também aquele que, face à sua ingenuidade na aceitação do que ouve ou lê, ou ainda daquilo que admite por tradição, pode ser denominado simplório. É o tipo de pessoa que se apega teimosamente a certos pontos de vista, revoltando-se contra todas as evidências. Pretende saber tudo e sobre tudo emite opinião, não tendo grande proveito o que diz, e é muitas vezes olhado com piedade pelos demais.

O audacioso geralmente é o tipo lutador, cuja vitória representa apenas um prêmio e a derrota um motivo para entrar em nova luta. Existem os inconsequentes que se atiram a uma tarefa sem medir as próprias possibilidades e a dimensão do trabalho; os que agem corajosamente, mas com certo controle e, ainda, outros que se mantém à espera da ocasião oportuna para entrar na luta, dando a impressão de fracos de vontade, tímidos ou tolos. O tímido é muitas vezes inteligente introspectivo e delicado, ao mesmo tempo humilde e orgulhoso, além de uma forte sensibilidade, o que o faz antipatizar-se com as demais pessoas igualmente tímidas. Quando o tímido consegue vencer a si mesmo e compreender que errar é humano coloca-se em posição superior à do audacioso, pois alia a inteligência à resolução e vence.

O mistificador ocupa um lugar especial por gostar de enganar os demais e, automaticamente, a si mesmo sendo, infelizmente, um tipo bastante comum.

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O conservador possui índole instável e inquieta. É profundamente emotivo e impressionável. Extremamente sensível, ama toda sorte de coisas antigas e adere com tenacidade aos hábitos e costumes antigos, nunca olhando com simpatia as mudanças radicais. Possui mente introspectiva e, de certo modo, serve de freio aos seus semelhantes mais progressistas, controlando-lhes a tendência que mostram em atirar-se à frente sem medir as consequências.

O despeito e o ressentimento ou, entre nós, o conhecido melindre afetam a todos.

O orgulhoso, desejando progredir, não se conforma com a situação a que é forçado a aceitar, rebelando-se contra o meio em que vive, passando a ter uma visão distorcida dos valores humanos, sentindo-se por isso humilhado, vítima de injustiças sociais, supondo-se inferior e incapaz.

Caso não consiga uma saída com tenacidade, paciência e anos de trabalho duro, torna-se revoltado contra o destino, antissocial, inimigo de tudo e de todos.

O homem cresce e se desabrocha na proporção dos seus conhecimentos e é tanto ou mais eficiente, quanto mais conhece as próprias fraquezas e as dos demais.

A grande maioria das pessoas é dotada de uma curiosidade superficial e inexpressiva dirigida apenas às coisas ao alcance das mãos.

O curioso consegue maior desenvolvimento dos sentidos e aprende, desde a infância, a perscrutar o perigo e a evitá-lo.

Muitas descobertas surgem em momentos difíceis, ocasiões em que, premido, o homem pesquisa, analisa e indaga com maior persistência.

Todas as pessoas evidenciam em certos momentos, felizes ou críticos, crises de infantilidade, assumindo atitudes em completo desacordo com a idade, cultura e situação social. (Em toda criança há um pouco de adulto, e em todo adulto há um pouco de criança).

A intolerância, uma das maiores fraquezas do homem, é nociva ao progresso e responsável pelas crises registradas na vida de indivíduos, da família, da coletividade, custando sempre muitas lágrimas e muito sangue. É a irmã gêmea da estupidez e da perversidade.

Nos meios espíritas sabe-se que a pessoa, estando numa das situações citadas acima, tem possibilidades de superá-las e caminhar para níveis mais elevados e, também, que estas características todos nós as temos, umas em maiores outras em menores proporções. Outro detalhe a ser observado é o da inibição. Todos os fatores que podem inibir a produtividade de ideias acham-se, também, presentes naqueles que nos cercam. Suas atitudes podem naturalmente ser estimulantes e encorajadoras, como podem inibir os esforços criadores dos outros. Existem pessoas que, independentemente da posição daqueles que as cercam, estão em constante trabalho de auto-aprimoramento e também de pesquisas para solucionar problemas que muitos julgam insolúveis, superando os fatores inibidores. Atitudes que podem inibir o trabalho criativo:

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recepção das ideias em atitude defensiva ou complacente; por ser comum à pessoa sentir-se ameaçada em sua posição que considera Ideal, não se dispõe a aceitar os desafios que uma novidade traz;

a não aceitação por não ter condições de penetrar na profundidade necessária e compreender a ideia em sua plenitude, no pequeno espaço de tempo que leva para entendê-la;

é importante frisar que muitos atritos surgem devido a impaciência de quem apresenta a ideia amadurecida por longo tempo, por querer que os outros a entendam automaticamente, não compreendendo que em alguns minutos não se pode utilizar toda a energia despendida por ele durante longo tempo, até chegar a conclusão.

No intuito de evitar que as pessoas se acomodem, e se quisermos encorajar a produtividade criadora em nosso meio, devemos eliminar o hábito de esmiuçar as ideias no momento em que são apresentadas e, sim, procurarmos encorajar os que as trazem. As atitudes características do dirigente que podem inibir as atividades na casa espírita são:

o apego excessivo ao cargo ocupado anteriormente;

a não transmissão dos conhecimentos aos companheiros, com a desculpa de que os mesmos não as absorveriam;

a falta de auto-análise, e a consequente acomodação;

a direção excessivamente rígida, ou com falta de pulso;

a centralização das atenções em algumas áreas, com o esquecimento de outras.

ANOTAÇÕES:

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5ª REUNIÃO: FASES DE UMA REUNIÃO TEMA CENTRAL

RECEPÇÃO: é a primeira fase da reunião e deve receber a maior atenção por parte

do dirigente, pois o primeiro sorriso e a atenção individual são o fator agregador e fraternal. Assim, é primordial, na recepção externar as boas vindas aos visitantes e iniciantes e enaltecer o quanto é importante a participação de todos na reunião. ABERTURA: tudo o que começa bem, acaba bem. Sendo a abertura de uma reunião a parte de sustentação do trabalho, ela merece especial dedicação por parte do dirigente, que deverá atrair a atenção dos presentes e convidá-los a se disporem favoravelmente para a prece inicial.

PRECE INICIAL: lembrando que os Espíritos nos ensinam que “a forma não é nada,

o pensamento é tudo”, o dirigente deverá ouvir e sentir a prece para que, no caso de ela ter sido confusa, retome amorosamente e com poucas palavras o padrão vibratório do ambiente, o qual deve permanecer elevado para a fase seguinte.

PRELEÇÃO: faz-se a leitura de mensagens curtas, como aquelas contidas nos livros

Sinal Verde, Pão Nosso, Vinha de Luz, trechos de Evangelho Segundo o Espiritismo, etc. Seguida de breves comentários para servirem de introdução ao trabalho ou de preparo para o passe. No caso de servir de preparação, a preleção pode antecipar a prece.

DESENVOLVIMENTO: é a reunião propriamente dita. Esta fase caracteriza a

reunião. Se for de assistência espiritual, é nela que se fará a assistência específica aos encarnados e/ou desencarnados, através dos passes, palestras, doutrinação, etc. Nas reuniões de estudo, por exemplo, é quando se desenvolverá o esquema previamente planejado pela casa espírita.

VIBRAÇÕES: é a fase em que doamos nossas energias de amor, através de um

roteiro capaz de envolver as necessidades generalizadamente. (Capítulo 13 - Evolução em Dois Mundos).

PALAVRA DO PLANO ESPIRITUAL: pode-se escalar um médium antecipadamente para transmitir a comunicação, ou, se houver vários médiuns em condições, simplesmente será concedido espaço de tempo para uma manifestação do Plano Espiritual.

PRECE FINAL OU DE ENCERRAMENTO: é a fase em que iremos voltar nossos

corações e nossos pensamentos a Deus, em agradecimento pela assistência recebida, pelas concessões e oportunidades de trabalho.

ENCERRAMENTO: logo após a prece, cabe ao dirigente, em rápidas palavras,

encerrar a reunião agradecendo a presença dos participantes e visitas, convidando-os para as próximas reuniões. É importante que o dirigente sinta a vibração e a harmonia provocada por ocasião da prece final, para que saiba reequilibrar o ambiente, caso tenha havido deficiência ou outras intervenções vibratórias. Deverá despedir os companheiros com palavras firmes de amor e de graças ao Pai pela oportunidade concedida, convidá-los para a próxima reunião (se for curso, valorizar o assunto a ser tratado), com o compromisso para que se disponham a vivenciar o que foi aprendido.

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OBSERVAÇÃO: os elementos humanos que compõem uma reunião podem ser: 1 - DIRIGENTE: é o que coordena a reunião, devendo ter uma visão geral de todo o trabalho e suas fases, nas quais inclui tanto o planejamento e execução com a distribuição das tarefas, como a percepção dos efeitos que a reunião pode promover. Deverá atender a todos os participantes e, em especial aos tarefeiros que irão responsabilizar-se pelas diversas fases da reunião, a fim de que os objetivos sejam alcançados. O dirigente deverá ter uma escala dos colaboradores, conforme o exemplo abaixo:

DIRIGENTE............................................... Pacheco Recepção.................................................. Norma Prece Inicial.............................................. Aparecida Preleção................................................... Antônio Expositor.................................................. Carlos e Antonieta Médiuns................................................... Responsável – Albertina Vibrações................................................ Lurdes Palavra do Mentor................................... Não escalado Prece final............................................... Tereza

Modelo de Roteiro de Direção :

Tarefa Semana / Dia :__________ Semana / Dia :__________

Dirigente

Preparação do Ambiente

Prece Inicial

Desenvolvimento

Passes

DEPOE

Outros

Aviso / Escalas

Vibrações

Palavra do Plano Espiritual

Prece de Agradecimento

Encerramento

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2 - TAREFEIRO: deve conhecer suas tarefas, seus objetivos, como executá-los e atender à responsabilidade com amor e dedicação. 3 - FREQUENTADOR: a princípio não tem obrigações nem deveres para com a

reunião, até que esteja bem esclarecido e equilibrado. OBSERVAÇÃO II Cumpre lembrar que esta ordem das fases de uma reunião não é imutável e pode sofrer alterações conforme a especialidade dos trabalhos. ANOTAÇÕES:

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6ª REUNIÃO: TESTE RELÂMPAGO Nº 01 TEMA TÉCNICO

Leia com atenção para responder com exatidão as questões abaixo:

1. O que responderia se alguém lhe falasse: “Deus é o resultado de todas as inteligências do universo reunidas”.

Certo ( ) Errado ( )

2. Qual a opinião da Doutrina Espírita na explicação abaixo: “Todos os seres, todos os globos do Universo são partes da Divindade e

constituem em conjunto, a própria divindade (DEUS).”

Certo ( ) Errado ( )

3. Como você explicaria o demônio? A. Anjos decaídos por desobediência a DEUS. B. Os demônios não existem na acepção da palavra, atualmente. C. Uma divindade maléfica criada para tentar os homens.

4. Que é alma?

A. Espírito do outro mundo. B. É a união do princípio vital no corpo. C. Um Espírito encarnado.

5. Nos encarnados, há algo mais que alma e corpo?

A. Não. O corpo recebe as manifestações da alma, diretamente. B. Sim, o corpo precisa de um elemento universal além da alma. C. Sim, além da alma e do corpo, o homem encarnado possui também um

elo que une esses dois componentes: o perispírito. Respostas: L.E.: perg. 1: questão 1; perg. 2: questão 15; perg. 3: questão 131; perg. 4: questão 134; perg. 5: questão 135-a. ANOTAÇÕES:

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6ª REUNIÃO: FREQUENTADORES DA CASA ESPÍRITA TEMA CENTRAL

Podemos dividir os frequentadores da casa espírita em:

1 - Visitante

A. Necessitados; B. Ouvintes; C. Fraternos;

2 - Frequentador

A. Assistidos; C. Aprendizes; B. Estudantes; D. Tarefeiros;

1 - VISITANTES

Necessitados: São os que recorrem à Assistência Espiritual ou Social, sendo

preciso encaminhá-los aos respectivos departamentos. Vêm acompanhados de parentes e amigos, encarnados ou desencarnados, que precisam tanto ou mais de auxílio do que o necessitado.

Todos os seus acompanhantes devem ser recebidos com o mesmo carinho e atenção, pois são encaminhados pelo plano Espiritual com o intuito de receberem assistência adequada.

Ouvintes: podemos considerar os ouvintes por dois aspectos: primeiramente,

aquele irmão que vem revestido de curiosidade, adentrando à nossa casa com o intuito primeiro de questionar, às vezes ruidosamente, aquilo que ainda não consegue compreender.

Cabe ao prestativo dirigente tratá-lo com habilidade para que ele passe de inquiridor impertinente a observador criterioso e ponderado.

Em segundo lugar, temos aquele irmão que gosta de ouvir preleções, palestras, simpósios, sem, porém, se interessar pelo estudo mais profundo da doutrina consoladora.

Novamente, o dirigente é peça fundamental que deverá estimular este nosso companheiro a voltar mais vezes e encaminhá-lo a posteriores cursos e trabalhos na casa, se este desejar.

Fraternos: Como a palavra nos diz, são aqueles irmãos que imbuídos de boa

vontade vêm de outras casas assistir aos nossos trabalhos, traçando considerações sobre suas realizações, levantando sugestões várias, enfim verificam a grande união que deve haver entre todos indistintamente.

2. FREQUENTADORES

Assistidos: são os irmãos que se encontram em tratamento espiritual, para serem posteriormente encaminhados às escolas, quando estiverem equilibrados.

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Estudantes: são os companheiros que frequentam as escolas: Educação Mediúnica, Oratória, Simpósios, etc. no intuito de se esclarecerem sobre os princípios e as finalidades que envolvem a Doutrina Espírita, pela luz, racionalidade científico-filosófica e pela fé religiosa consciente.

Aprendizes: estes irmãos estudam os ensinamentos evangélicos concentrados principalmente no curso de “Aprendizes do Evangelho”, para o verdadeiro trabalho cristão na prática da assistência social aos companheiros mais necessitados.

Tarefeiros: são os companheiros responsáveis pela dinâmica da casa espírita. Médiuns, colaboradores diversos, incluindo dirigentes, presidente, os quais devem, todos unidos, impulsionar o trabalho da Seara do nosso Mestre.

OBSERVAÇÃO:

É preciso dar ênfase à função do dirigente frente aos tipos de frequentadores. É necessário que ele esteja sempre atento ao transmitir informações e ideias, levando em consideração as necessidades e o equilíbrio de cada um, pois conhecendo os companheiros e suas características individuais, melhor poderá atendê-los. Deverá o dirigente se acautelar, na preparação do ambiente e durante o trabalho de Assistência Espiritual, com a utilização de vocábulos exóticos ou de difícil entendimento como, por exemplo, mônada, chacra, carma, etc. Tal fato deve ser cuidadosamente observado pelo dirigente, que verificará a aplicabilidade ou não de tais palavras ante as condições várias dos frequentadores da Assistência Espiritual. ANOTAÇÕES:

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7ª REUNIÃO: ENSAIOS DE TRIBUNA (PARTE PRÁTICA) TEMA CENTRAL

I – Considerações Gerais

Este tema visa mostrar ao dirigente quão importante é a postura (olhar, gestos, tom de voz, etc.) diante dos frequentadores, para melhor transmitir-lhes suas palavras e fazer com que eles se sintam realmente acolhidos e com vontade de retornarem à casa espírita, estimulados para progredir em todos os trabalhos da casa. A tribuna é o local de contato amplo que o dirigente tem com os frequentadores; é ali que ele deve utilizar-se de palavras amorosas e vibrantes para com todos os irmãos, seja através da palestra ou da abertura/encerramento de um trabalho. Observemos com atenção como nos colocamos diante do público. Poderá ser com voz baixa, gesticulação exagerada ou um olhar parado sem penetração no entendimento de nosso irmão que ouve. Se uma dessas posturas assim for, como melhorar? Quem sabe os “ensaios de tribuna” possam ajudar a perceber certas técnicas e até cuidar da inibição. Vamos tentar? II – Ensaios de tribuna Vocês, participantes da RODSE, irão atuar dinamicamente nesta reunião. Ela promoverá maior integração entre todos, pois vibrações de amor serão propagadas com toda a intensidade dos corações para o desempenho de cada parte destes ensaios. 1. Partes:

Olhar;

Mímica;

Abertura dos trabalhos;

Encerramento dos Trabalhos.

OBS.: Os participantes irão à frente, na tribuna, para a realização das partes acima citadas. Como dissemos anteriormente, as vibrações de amor serão emitidas através do olhar, da mímica, da fala (abertura/encerramento) para os assistidos.

2. Das partes e seus objetivos:

Olhar – é importante que seja direcionado para todos os participantes da

reunião (olho no olho, e não o olhar parado no vácuo), sintonizando-os individualmente com vibração de paz e amor. Assim, receberemos da assistência a sustentação para o início, meio e fim da reunião que o dirigente está realizando.

OBS.: depois de terem ido à tribuna, comentarão a impressão obtida.

Mímica – deve-se ressaltar o efeito dos gestos e das mãos que uma mensagem

silenciosa provoca nos ouvintes. Atenção, pois, os gestos devem acompanhar o

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raciocínio. Com este exercício, você se aperceberá como gesticular naturalmente, sem exageros, ao mesmo tempo em que se desinibe.

OBS.: deverão ser feitos comentários após a pratica para verificar a compreensão da mensagem que cada um tentou transmitir, exercitando os gestos.

Abertura – usar suas próprias palavras e imaginação para saudar os

frequentadores do trabalho da casa espírita e iniciar o mesmo, observando-se que cada dirigente pode ter suas próprias palavras e fugir dos chavões viciosos.

Encerramento – ao encerrar a reunião, é necessário transmitir o máximo de

entusiasmo para fazer com que o frequentador retorne na próxima semana. Para esta parte do ensaio, utilizaremos as demais partes concomitantemente, ou seja, juntamente olhar, os gestos e as palavras. Vamos ver os resultados! Esperamos que vocês apreciem esta reunião prática! III – Observação Geral Nos intervalos entre a ida à tribuna e a volta ao lugar, o dirigente do ensaio perguntará aos demais, se notaram alguma falha ou se teriam alguma orientação ao colega. Ex.: voz muito baixa ou alta demais incompatível com o ambiente, posição tímida ou arrogante, gesto exagerado ou falha, raciocínio lento ou difícil, frases muito longas ou curtas, etc. ANOTAÇÕES:

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8ª REUNIÃO: CARACTERÍSTICAS E DEVERES DO BOM DIRIGENTE TEMA TÉCNICO

Anteriormente, no conjunto das tarefas, o dirigente era aquele que ocupava a posição de maior responsabilidade e destaque.

Hoje, apesar de ele também destacar-se nas suas atribuições, o dirigente é aquele que se dispõe a aplicar os talentos que lhe foram confiados sem abusar da posição que ocupa, da sua autoridade ou prestígio. Apoia-se, sim, na capacidade de exercer uma direção dinâmica que oferece oportunidade a todos para substituí-lo quando se fizer necessário.

Consideramos que não há regras definidas para caracterizarmos um bom dirigente, a não ser aquela que diz: “em todas as relações humanas, não existe substituto para a sinceridade e para o respeito autêntico pelos outros”. O bom dirigente, no sentido atual, é aquele que:

tem menos tendência a agir com autoritarismo;

não se coloca como “entendido” ou que sabe todas as respostas;

não age como dominador do grupo.

É aquele que, com alguma vivência doutrinário-evangélica, desenvolve:

o senso de responsabilidade;

a confiança na assistência espiritual;

o desejo real de cooperar nas tarefas globais da casa;

a capacidade de exercer uma direção na qual o grupo se ligue ao ele, na preocupação dos problemas e no esforço comum para superá-los.

O dirigente dinâmico incentiva os companheiros de seu grupo a assumirem responsabilidades maiores, dando, porém, toda a assistência, orientação e esclarecimento, a fim de não permitir conflitos com a Doutrina Espírita, com as finalidades ou com as normas da casa. Este zelo impedirá que ocorram danos pela adoção de ideias ou planos capazes de provocar resultados negativos, os quais o dirigente, pela sua experiência, deve prever de antemão.

Quanto mais distribuir as tarefas, mais eficiente será o trabalho em conjunto, pois cada companheiro irá colocar a serviço de todos o seu talento e experiência em benefício de um melhor entrosamento entre o grupo, o dirigente e os objetivos da reunião.

O dirigente atual deve entender esse processo de desenvolvimento na casa espírita no qual inclui a arregimentação de novos colaboradores e procurar a melhor forma de ajuda ao grupo na conquista da maturidade ideal e da execução das tarefas. É importante que cada um se sinta útil e valorizado, pois isso facilita a motivação de todos. ANOTAÇÕES:

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8ª REUNIÃO: LÍDER E LIDERANÇA TEMA CENTRAL

O LÍDER

Líder é toda pessoa que dirige um grupo social, sem que tenha que impor sua direção a qualquer membro do grupo. Pode ocorrer que o dirigente não seja, absolutamente, um líder, porque dirige sem a participação espontânea de todos, mas impõe sua posição através dos mais diversos meios (agressividade, subterfúgios, etc.).

Pode ocorrer, também, o caso de pessoas que são virtualmente líderes, mas de fato, não são porque não assumem essa posição.

Um líder pode ser um fator de estímulo para determinado grupo, como pode ser um fator de desagregação do grupo.

A diferença fundamental entre um simples chefe e um líder, é que o primeiro se contenta com a simples tarefa, enquanto o líder consegue dos membros não só entusiasmo como também um clima de cooperação e interesse na sua execução. COMO SER UM LÍDER

É falsa a ideia de que para ser um líder basta possuir títulos, sejam eles quais forem. Ninguém respeita ninguém, automaticamente, apenas porque o outro possui um diploma ou um anel de graduação.

Para ter autoridade sobre os outros é preciso não apenas possuir qualidades particulares, mas ter aprendido a técnica de direção. TIPOS DE LÍDER

As lições já estudadas tornam melhor compreendida o que seja uma liderança de grupo. Pode-se classificar os líderes em três tipos principais:

AUTOCRATA – é o autoritário, o “manda-chuva”, impõe-se pela denominação.

Tudo gira ao redor de sua vontade suprema. Raramente aceita opiniões do grupo e exige sempre que aceitem as suas sem restrições.

Esse tipo de líder é realmente negativo no ambiente de tarefas, principalmente doutrinárias. Todos nós gostamos de ser ouvidos e precisamos sentir que somos elementos de valor no funcionamento do grupo e só nos sentiremos bem onde nossa opinião for ouvida, mesmo que rejeitada.

Por outro lado, este tipo de liderança possui uma visão distorcida da realidade doutrinária, bem ao contrário do que nos ensina o uso da razão. Destrói a possibilidade de desenvolvimento de novos líderes (um dos grandes objetivos do trabalho em grupo), prejudica o espírito de crítica construtiva e frustra a personalidade dos componentes do grupo empreendedor.

“LAISSEZ-FAIRE” – é aquele que “deixa como está para ver como fica”; sem

dúvida, mais desastroso que o anterior para a vida de um grupo. Isto porque, se omite simplesmente. A pretexto de ser democrático, muitas vezes torna-se negligente

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ou conivente com as falhas dos demais componentes, os quais na maioria das vezes não têm uma visão ampla das tarefas e de sua repercussão.

Dá aos seus liderados um exemplo de relaxamento e irresponsabilidade, que pode transferir-se para a personalidade de cada um, além da deturpação dos objetivos e da razão de ser do grupo a que pertence.

É comum, já o dissemos, o líder desse tipo considerar-se democrata e, por isso, permitir que todos mandem e que todos se neguem respeito criando o caos, a desordem, a indisciplina e dando a oportunidade às trevas.

O verdadeiro líder democrata leva o grupo a querer fazer o que ele (líder) quer e não o grupo fazer o que quiser.

DEMOCRATA – é o que leva o grupo a participar e é considerado pelo grupo

como “um dos nossos”, sem, no entanto, deixar de ser considerado líder.

Distribui funções, aceita sugestões, troca ideias, analisa os prós e os contras com seus liderados. Tudo com a finalidade de que os mesmos aprendam a analisar, sentir e viver os problemas, as dificuldades não só na execução de certas idéias às vezes avançadas para o momento presente ou inadequadas para a espécie de tarefa. Age, de modo que todos se sintam responsáveis pelos êxitos ou fracassos da organização, o que, sem dúvida, cria solidariedade, harmonia e espírito de cooperação em grupo.

Somente a liderança verdadeiramente democrática pode preparar um elemento de um grupo a pensar e agir por si e a favor da casa a que pertence.

Durt Lewin realizou estudos sobre líderes e chegou às seguintes conclusões a respeito dos líderes acima destacados:

a liderança democrática, pela qual o líder ajudou o grupo a se organizar e tomar suas decisões e executar suas tarefas, provou no final conseguir melhores resultados quanto às tarefas, às relações de cooperação e progresso pessoal;

os grupos sob liderança autoritária, nas quais o líder manteve direção e controle rígidos, produzira sempre menos, registrando maior número de atritos e frustrações;

os grupos que conseguiram o menor resultado de todos, foram os controlados pela liderança “laissez-faire”, nos quais o líder permaneceu inativo.

OBS.: às vezes, todo líder deve ser autocrata quando, ao ser tomada uma decisão, o grupo titubeia ou alimenta discussões estéreis; democrata, para valorizar os colaboradores e laissez-faire, quando não há necessidade de intervir como também

para avaliar o poder de decisão e iniciativa do grupo. Ex.: quando estiver ausente. ANOTAÇÕES:

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TEMA TÉCNICO Nº 09 DIRIGENTE E DIVISÃO DE RESPONSABILIDADES

I – CONSIDERAÇÕES GERAIS E FINALIDADES:

Nas atividades de uma casa espírita é possível observar aquele companheiro sobrecarregado de tarefas, como, por exemplo: desenvolve partes da reunião, conversa com os participantes, orienta-os, etc. Este companheiro, nosso conhecido, com certeza deverá ser o dirigente. Dividir responsabilidades nas reuniões e sessões implica na delegação de encargos e autoridade. Então, através da participação de vários companheiros, o desenvolvimento dos trabalhos será realizado de modo mais organizado e equilibrado, permitindo ao dirigente:

aliviar sua carga de trabalho para que possa melhor prever, organizar, coordenar e orientar;

facilitar períodos de estudo, reflexão e planejamento;

dar oportunidade a novos colaboradores;

desenvolver a potencialidade dos colaboradores;

formar colaboradores capazes de decidir em qualquer circunstância e sempre em sintonia com os interesses da casa espírita;

manter a harmonia entre ele e o grupo de colaboradores. II – DIVIDINDO AS RESPONSABILIDADES:

Primeiramente caberá ao dirigente fazer uma reflexão sobre dois aspectos:

1. o ato de dirigir;

2. as tarefas por ele exercidas que:

se repetem frequentemente em seu trabalho;

necessitem ser desenvolvidas por companheiros mais qualificados;

considere de maior importância;

mais o absorvam;

considere desagradável em seu trabalho; A reflexão deve ser baseada no bom senso, critério de observação e conhecimento da doutrina, para que a divisão das responsabilidades seja realizada de modo seguro e correto. O dirigente deve delegar ao colaborador autoridade e responsabilidade para que ele seja útil na medida de sua capacidade. O dirigente deve observar o frequentador da casa espírita, para determinar sua condição espiritual. Ela não é determinada pelo tempo de frequência e sim por uma análise de personalidade, na qual suas características pessoais são classificadas de acordo com as tarefas que lhe poderão ser confiadas.

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As responsabilidades devem ser delegadas paulatinamente para que o sentido da autoridade seja compreendido e vivenciado pelos colaboradores. Estas e outras medidas estarão proporcionando o aprimoramento constante de todos os colaboradores e, por conseguinte, dos trabalhos na casa espírita. Para facilitar esta tarefa, o contato com outros dirigentes, que obtiveram bons resultados na condução da casa espírita, é um fator positivo para superar quaisquer limitações. III - PROCESSO DE DIVISÃO DE RESPONSABILIDADES Este processo não se limita à distribuição de tarefas. Requer o acompanhamento constante de sua execução por parte dos colaboradores encarregados . O dirigente estimulará seus colaboradores na troca de ideias e na aceitação das opiniões compatíveis com as finalidades da casa, preservando a harmonia entre todos aqueles que perseverarem no trabalho do bem. Anteriormente sobrecarregado de tarefas, o dirigente contará com mais tempo para se dedicar a trabalhos que antes lhe eram de impossível realização, aperfeiçoando-se sempre na atualização do estudo da Doutrina. Com o apoio e estímulo do dirigente, aumentam as condições de progresso dos colaboradores que passam a participar diretamente na ajuda ao próximo. Mediante este processo, os colaboradores, estarão preparados para servir em todas as ocasiões em que se fizer necessário seu concurso. ANOTAÇÕES:

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9ª REUNIÃO: O PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES NA CASA ESPÍRITA – TEMA CENTRAL

Quando programamos de forma empírica as atividades a serem desenvolvidas, dificilmente conseguiremos executá-las, devido à falta de previsão do tempo necessário para cada uma ou, então, não serão realizadas por não terem sido projetadas numa sequência lógica e, por vezes, sem o devido entrosamento de umas com as outras.

É necessário que ao planejarmos as atividades na casa espírita levemos em conta os itens a seguir:

todo trabalho que se pretende iniciar ou aprimorar, deve ser útil aos que frequentam a casa espírita e não apenas interessante para alguns;

é necessário estabelecer prioridades;

quando criamos ou aprimoramos uma atividade, é necessário trabalhar com eficiência e dedicação, para que não se perca ou se gaste mais tempo do que a mesma comporta;

não devemos esperar que as ideias afluam ao acaso, mas estar sempre em contato com livros ou pessoas que possam nos auxiliar no aprimoramento das atividades;

normalmente, o aprimoramento é fruto de pequenos e contínuos melhoramentos e não em função de ideias que revolucionem toda a estrutura existente;

não nos prendermos a um item que mais nos agrada, porém considerar o planejamento no seu todo;

é necessário entender as várias atividades da casa, dando a devida atenção a cada responsável por tarefas;

no planejamento devem constar as datas de:

Festividades; Reuniões, bem como o seu programa (pode ser mensal, ver temário

“Planejando a reunião”); Prazo para desenvolvimento das tarefas.

Estes cuidados permitem que se tenha uma visão de conjunto, sendo desnecessário improvisar. Ao contrário, serão mantidos o entusiasmo e interesse constantes, pois com datas determinadas as pessoas estarão sempre atentas às etapas a serem vencidas, como mostra o gráfico número I anexo (observar as duas situações). Quando não se procede desta forma, pode-se cair em desequilíbrio e não atingir os resultados necessários, porque haverá acúmulo de trabalho na fase final do prazo, como mostra o gráfico número II anexo. Para desenvolver o planejamento, utilizaremos o método de quatro fases ou etapas, a saber: 1. Investigar a finalidade e a direção a seguir

Não é suficiente definir os problemas, mas é necessário que se identifique os rumos a seguir, como podemos ver:

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a - se a região for muito pobre, a assistência social terá maior destaque;

b - se as pessoas sentem necessidade de assistência espiritual, a evangelização terá maior importância.

Em resumo, esta fase concentra-se na finalidade desejada, na situação existente (necessidades e recursos) e na investigação para determinar um meio específico e compensador para a solução do problema. 2. Estabelecer medidas É necessário estabelecer medidas para superar as dificuldades e não surgir desentendimentos entre os colaboradores. Estabelecer os rumos a seguir (tipos de atividades e suas dimensões) em função do que foi levantado. Muitas vezes verificaremos que as soluções apresentadas sem a devida análise, nem sempre permanecem quando foram estabelecidas; ex.: se existem necessidades, mas faltam colaboradores, estes devem ser preparados ou emprestados de outra casa espírita. Os trabalhos serão desenvolvidos em função de necessidades, disponibilidades e disposição de colaboradores e participantes. Nesta fase, determinamos os nomes dos responsáveis para cada uma das atividades. Uma boa série de medidas dá a sensação de realização e estimula o interesse. Se for numericamente conhecido aquilo que se procura alcançar, remover-se-ão as incertezas e dúvidas e, com isso, criar-se-á uma atitude dinâmica e positiva. 3. Criar métodos (ação) Esta etapa é a conclusão das duas anteriores ao resolvermos os problemas. Investigaremos e compreenderemos todas as áreas desconhecidas e incertas de um problema mediante a subdivisão do mesmo. É o momento de por em prática o que foi planejado. 4. Melhorar a avaliação

Nesta fase, fazemos a transição da prova para nós mesmos, de que é possível chegar a uma solução para o problema de elaboração de uma estrutura melhor a fim de podermos convencer outras pessoas quanto ao seu valor. Devemos imaginar a nós mesmos como sendo as pessoas que eventualmente, irão usar nossos resultados. É a fase de detalhamento e revisão. É o momento de analisar o que foi feito para novamente focar a direção a seguir. O planejamento nem sempre tem sido visto com o devido cuidado na casa espírita. No mundo comercial e industrial, os objetivos a serem atingidos são diferentes dos da casa espírita, uma vez que são estabelecidas certas normas e metas a serem

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atingidas, muitas vezes sem levar em conta o fator humano, que é simplesmente substituído por aqueles que preencham os requisitos exigidos para tal. Se na casa espírita não estabelecermos as metas a serem atingidas, sem a devida avaliação do potencial e disposição dos componentes do grupo, fatalmente não conseguiremos atingi-las. Hoje, tanto na vida comercial, industrial, como na casa espírita, a tendência é trabalhar o entusiasmo e a motivação para melhorar o resultado. Quais os passos para obtermos melhores resultados no planejamento? 1ª Etapa (Investigar a direção, após terem sido levantadas as questões iniciais);

ter um grupo disposto a desenvolver um trabalho sério e consciente;

a casa espírita deve iniciar as atividades com uma reunião semanal (evangélica) só passando para duas quando o grupo estiver em condições para tal (centro espírita em início de atividade);

desenvolver reuniões descontraídas, nas quais devem ser verificados os interesses e as condições de cada um para desempenhar atividades na casa espírita. Devemos evitar a todo custo a centralização de atividades, pois isso inibe os que têm potencial para colaborar e ainda não iniciaram. É preciso que as reuniões sejam úteis aos freqüentadores para terem valor

Estimular a participação de todos nas reuniões evangélicas, de forma natural. DO DIRIGENTE

O dirigente deve auto-analisar-se constantemente e corrigir as falhas que venham a ser apontadas, através de estudo e aprendizado nas atividades de sua vida e da obra. Para um bom desempenho na direção, no planejamento, acompanhamento e até redirecionamento,da casa espírita o dirigente necessita de:

conhecimentos de organização;

capacidade de motivar as pessoas que o cercam;

condição de manter o interesse do grupo pelas atividades na casa espírita.

estar vigilante para perceber novas situações (sem pessimismo) antes que elas surjam, pela constante observação e analise de resultados e assistência do plano espiritual. (a decisão sempre é do encarnado).

2ª Etapa (estabelecer medidas):

Nesta fase devem ser providenciados o planejamento e a execução de atividades administrativas e organizacionais, tais como:

preparação de estatuto;

procura de sede, caso a casa espírita não a tenha;

placa;

quadro de avisos;

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desenvolvimento de reuniões, também descontraídas, em que os colaboradores poderão participar das definições de responsabilidades na casa espírita;

caso ainda não tenha sido feita a organização jurídica da casa espírita, as atividades não deverão passar além desta fase;

desenvolver programa de estudos ou cursos, com base em trabalhos e modelos já existentes em outras casas credenciadas, podendo utilizar o temário e ficha denominada “PLANEJAMENTO DE UMA REUNIÃO”;

Atendimento aos Requisitos Legais;

preenchimento da ficha de voluntário. OBSERVAÇÃO:

embora o dirigente outorgue responsabilidades, ele responderá sempre e juridicamente perante a sociedade civil (ver temário sobre o assunto);

quando o dirigente conseguir motivar os componentes do grupo a participarem, descentralizando as atividades, chegará um momento em que esses colaboradores pedirão maiores definições e responsabilidades, ele deverá aproveitar a oportunidade para que cada um assuma espontaneamente as que se julgarem capazes de realizar;

embora estas etapas estejam sendo apresentadas em separado, não haverá uma separação rígida entre as mesmas, mas umas têm mais valor que outras em determinados momentos.

3ª Etapa (criar métodos):

Aqui devem ser definidos os métodos de trabalho baseados nas experiências dos participantes, em obras já publicadas (estudo comparado) e em função das necessidades dos frequentadores e das atividades desenvolvidas pelo grupo (é hora de aplicar o que foi estabelecido). 4ª Etapa (melhorar a estrutura)

O dirigente deve se habituar à auto-analise, para cumprir as obrigações inerentes à direção (não deve ter medo de errar, como também ter a coragem de reconhecer o erro e buscar o acerto). Deve verificar as atividades que a casa espírita desenvolve e observar:

resultados obtidos;

relacionamento entre os elementos do grupo;

dificuldades existentes e soluções sugeridas ou encontradas;

o que deixou de ser feito no plano anterior, quais as razões e alternativas para superar as deficiências;

reavaliação do potencial real do grupo para desenvolver as atividades;

necessidades dos habitantes da região (podem variar com o local ou o tempo). DO GRUPO

Em função do potencial do grupo, devem ser estabelecidas as novas metas a serem atingidas.

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OBSERVAÇÃO: Se o dirigente quiser realmente dinamizar as atividades deverá levar em conta os itens:

necessidade de melhorar o relacionamento humano que é, talvez, o maior problema que observamos nas casas espíritas;

o dirigente deve aprender a ouvir e permitir que as decisões tenham a participação do grupo (sem que se comprometa a Doutrina e a própria casa);

estimular os que ainda estão indecisos, pelo convite ao trabalho, sem especificar que as atividades são difíceis ou estejam emperradas, mas sim pedindo a colaboração, sem mencionar quais as responsabilidades que estes terão de imediato (a aceitação da responsabilidade virá automaticamente, na medida em que as pessoas se entusiasmarem com a atividade).

evitar trabalhar no limite da capacidade do grupo, para diminuir as evasões;

entender como normal o afastamento devido aos problemas profissionais, de estudo, entre outros, estimulando-os a superar as dificuldades, mostrando que as portas estarão sempre abertas.

DA APLICAÇÃO É a fase em que as atividades serão desenvolvidas; ocasião em que são feitas as adaptações necessárias, para que as mesmas possam correr normalmente.(não importa em que etapa do planejamento estivermos, pois este deve ser maleável para não emperrar as atividades devido as intransigências da burocracia. Os gráficos ilustram duas situações a saber: quando não há divisões das atividades em etapas (metas periódicas) a atingir. O grupo relaxa, não assumindo suas responsabilidades e sente a falta do líder. Neste caso haverá correria na fase final do prazo, como o aluno que não estudou durante o ano e pensa que conseguirá fazer tudo na última hora, ou um grupo de colaboradores que não se julga responsável e aguarda que os outros tomem a iniciativa. Resultado: um se sobrecarrega para dar conta do recado.

GA

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GRAFICO Nº 1

Sub-prazos

DA

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Nenhum prazo fixado

TEMPO

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Isto está retratado no segundo gráfico com os estados:

latente, quando todo mundo imagina que tem bastante tempo e que o outro fará.

Ideal: é quando vemos o prazo se aproximar do final e nos enchemos de energia

e executamos em pouco tempo o que empurramos durante a maior parte do tempo. Ex.: prazo do Imposto de Renda (rompimento da preguiça). Neste estado somos capazes de romper barreiras e de termos raciocínio rápido, com tomada de decisões que antes julgávamos difíceis e até impossíveis;

Pânico: acontece quando as exigências se acentuam e reconhecemos estarem

elas acima de nossas forças, ou quando nos sentimos desamparados pelos que deveriam ombrear conosco; É importante não deixar chegar a este ponto e procurar agir na prevenção do caso, estimular e comprometer todo o grupo.

Caos: ocorre com a estafa; muitas vezes com críticas descabidas; novas atividades que exijam energia e apoio que não existem; muitos se desequilibram e necessitam passar por assistência espiritual ou, pior, abandonam as tarefas, enquanto os outros se questionam sobre o porquê disso, sem questionarem sobre suas responsabilidades.

DA REAVALIAÇÃO Nesta devemos reavaliar as atividades e fazer as devidas correções. Esta reavaliação deve ser feita periodicamente, devendo os dirigentes estar atentos para as melhorias e correções necessárias. ANOTAÇÕES:

GRÁFICO Nº 2

prostração

nervosa

ESFORÇO MENTAL

EF

ICIÊ

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10ª REUNIÃO: PLANEJANDO A REUNIÃO TEMA TÉCNICO

Todo planejamento exige atividades que permitirão alcançar as metas ou objetivos que a reunião aspira atingir. Sendo o planejamento de uma reunião a maneira lógica de se evitar a improvisação e a perpetuação de erros, é importante que o dirigente conheça e estabeleça os objetivos que comporão o “conteúdo” de uma reunião. Estes objetivos devem ser:

PARA QUEM PLANEJAR?

É importante que o dirigente trace um plano de trabalho baseado em observações sobre as aspirações, tendências, necessidades, aptidões e habilidades daqueles a quem vai “orientar”, de modo a levá-los a um aprimoramento intelectual, social, emocional e espiritual. É para os companheiros que devem convergir todas as atenções daquele que se propõe a dirigir uma reunião.

POR QUE PLANEJAR?

Porque o planejamento propõe:

assegurar uma boa realização das reuniões;

não permitir a improvisação;

evitar a repetição de falhas, esquecimento de detalhes e até de imprevistos;

promover um acompanhamento melhor do trabalho e sua evolução;

propiciar uma análise mais criteriosa de tudo o que ocorre antes, durante e após as reuniões;

oferecer melhor condição psíquico-emocional ao dirigente para que se sinta mais confiante;

promover o senso de disciplina e organização;

ativar tendências e potenciais que estavam adormecidos, tanto dos companheiros como da própria reunião.

COMO PLANEJAR:

definir claramente os objetivos a serem atingidos (investigar a direção).

- LEVANTAMENTO:

das necessidades individuais e do grupo;

das experiências anteriores;

do número de colaboradores;

das disponibilidades de tempo;

do grau de conhecimento, de experiência e de potencialidades;

PREPARAÇÃO (estabelece medidas):

de planejamento de cada reunião, com descrição do conteúdo específico;

relação e escala de todos os colaboradores com tarefas;

técnicas que serão empregadas e desenvolvidas;

bibliografia.

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APLICAÇAO: execução (prática) do planejamento (criar métodos) VERIFICAÇÃO: sistema de avaliação que visa retratar o desenvolvimento das

reuniões perante as outras atividades da casa, perante o grupo e o próprio dirigente (melhorar a estrutura). FLEXIBILIDADE DO PLANEJAMENTO O planejamento é instrumento flexível, no qual a “qualidade” sempre deve se sobrepor à “quantidade”. Temos anexo um modelo de ficha de um planejamento mensal de reunião que contém: Planejamento das reuniões Acompanhamento dos trabalhos Relatórios dos trabalhos do mês findo Referência para novos planejamentos

Esta ficha obedece à seguinte ordem:

em primeiro plano, o nome da casa espírita;

nome do departamento que coordena a reunião e do setor especializado;

horário em que se inicia e que termina a reunião;

especificar o tipo de reunião;

dia da semana, mês e ano;

livro adotado: título, autor, edição e editora. A distribuição das tarefas nas reuniões segue a ordem abaixo em colunas, logicamente ampliadas conforme a necessidade: 1a. coluna – horário real – deve ser preenchido na hora da reunião, indicando se

houve atraso; 2a.coluna – dia – citar a data no momento do planejamento; 3a. coluna – dirigente – deve ser indicado para os dias de trabalho no mês; 4a. coluna – prece inicial – nome dos responsáveis pela prece em cada uma das

reuniões; 5a. coluna - responsável pela leitura e comentários; 6a. coluna – título do tema escolhido no livro adotado; 7a. coluna – página onde se encontra o tema; 8a. e 9a. – caso o livro seja dividido em capítulos, versículos, itens, etc. eles devem ser assinalados; 10a. coluna – nome dos médiuns passistas, se for reunião de assistência espiritual

ou mediúnica, preencher com os nomes dos médiuns disponíveis, por ocasião do planejamento ou no momento da reunião;

11a. coluna – nome do responsável pelas vibrações de cada reunião; 12a. coluna – nome do responsável pela prece final. No planejamento mensal,

escalar um elemento para cada reunião; 13a. coluna – a frequência deve ser preenchida no final de cada reunião, podendo

separar homens e mulheres, para fins estatísticos.

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OBS. – No final de cada mês, deve ser somada a frequência e assinalada no item TOTAIS.

No verso da ficha, devem ser feitas as anotações necessárias à análise quando da reunião de diretoria, de setor ou do departamento responsável pela continuidade das reuniões.

O acompanhamento é feito durante o mês para o qual foi preparada a ficha, devendo a mesma ser arquivada para consulta posterior.

ANOTAÇÕES:

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO MENSAL DAS REUNIÕES - ESCALA

Casa Anfitriã____________________________________________________

Endereço_______________________________________________________

CEP____________________Fone_________________Zona______________ Responsável_____________________________Cargo___________________

SETOR DOUTRINÁRIO

Tipo de Reunião – RODSE (Reunião de Orientação a Dirigentes de Soc. Espíritas.)

Dia da Semana_____________________Horário:_________às______________(ex.) Data______________Período_________________Total de Reuniões ____________

Livro Adotado na Reunião_______________________________________________

ESCALA – DURAÇÃO DA REUNIÃO - 120min.

horar prep.amb. prece tema t.cent. mens prece frequen

real dia dirig. resp. tit. pg. inicial avalic. tec. perg. Avis. vib. pl.esp. agrad H / M

total

média

Roteiro = Distr.do tempo =

Abertura Dirig. - 05 min.

Prep.de Amb. - 10min.

Prece inicial - 05min. Avaliação - 10min.

Tema Técnico - 30min.

Tema Central - 40min.

Avisos – 05min.

Vibrações - 05min.

Mens.PI.Esp.05min. Prece Agrad –05min.

Encerram. - 05min.

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10ª REUNIÃO: ENSAIOS DE DIREÇÃO TEMA CENTRAL

Já constatamos ser imprescindível o dirigente planejar uma reunião, no sentido de aperfeiçoar o seu trabalho e melhor atender às diversas necessidades das pessoas que a ele cabe assistir e orientar. Desta forma, de posse de um planejamento, o dirigente estará prestando um bom trabalho ao dirigir uma reunião.

Os “Ensaios de Direção” referem-se à elaboração simulada de um planejamento de reunião, para o qual será utilizada uma ficha-modelo de planejamento mensal. Estaremos trabalhando em grupo e cada qual utilizará a ficha de planejamento para determinado tipo de sessão especializada (assistência espiritual, escolas, reuniões públicas, etc.), que será indicada pela equipe coordenadora da RODSE. O grupo terá 20 minutos para troca de ideias e opiniões sobre os diversos itens da ficha, os quais deverão ser preenchidos de acordo com a reunião específica. O verso da folha será utilizado para justificar a escolha dos companheiros para as tarefas das várias fases (direção, preparação de ambiente, prece, etc.), ou para quaisquer observações referentes à reunião indicada.

Após o devido preenchimento, o dirigente escolhido de cada grupo relatará aos demais as opiniões e os apontamentos levantados para a reunião a que coube planejar. ANOTAÇÕES :

PLANEJAMENTO DIÁRIO/MENSAL DAS ATIVIDADES DA CASA ESPÍRITA

Nome da C.E.__________________________________________________

Dept.de___________________________Setor de_____________________ Reunião de____________________________________________________

Horário das____às___ Dia da semana_______________Data____________

Livro Adotado_________________________________________________

ROTEIRO -------ESCALA

horar p.amb. e coment freque.

real dia dirig. respons. cap. titulo perg. pg. p.ini desenv. vibrç pass. p.a h. m.

total

média

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11ª REUNIÃO: COMO CONDUZIR UMA REUNIÃO TEMA TÉCNICO

Ao conduzir uma reunião, o dirigente terá que levar em consideração não só o trabalho de direção que realiza, mas também aquele que efetua antes de seu início e depois de sua conclusão. Portanto, saber dirigir uma reunião envolve uma visão bem mais ampla. Antes de qualquer palavra proferida ou ação manifestada na reunião, o dirigente consciente e criterioso irá organizá-la e planejá-la em seus objetivos e finalidades; programará uma escala para dividir responsabilidades, preparando, orientando e incentivando os colaboradores e tudo mais que julgar necessário ao bom andamento do trabalho . Ao iniciá-la, o dirigente estará colocando em prática o planejamento previamente traçado, sem se esquecer de que contará com os frequentadores e procurará, desta forma, englobar o conjunto formador da reunião. Assim, através das fases e do relacionamento com os tarefeiros e frequentadores, o dirigente terá tempo para exercitar seus conhecimentos evangélico-doutrinários e seu critério de observação e análise. Esses recursos lhe permitirão conduzir a reunião de forma dinâmica e harmoniosa, procurando obter um ambiente de teor vibratório sempre ascendente. É bom lembrar ainda que, para conduzir uma reunião, serão necessários a utilização da fala como meio de comunicação, o olhar, os gestos e toda forma de expressão que propiciará ao dirigente um intercâmbio fraterno e amorável com todos aqueles que participarem do encontro. Quando o dirigente proferir as palavras finais de encerramento, ao invés de indicarem o término da reunião, representarão para ele o inicio de mais acurada reflexão e futuro planejamento. Ao final da reunião, o dirigente fará uma retrospectiva dos momentos que lhe exigiram maior atenção ou que propiciaram qualquer intervenção vibratória, pois estes deverão ser analisados pormenorizadamente, no sentido de se levantar causas e soluções, caso elas tenham sido provocadas por despreparo dos tarefeiros, deficiência de planejamento, ou até por sua própria negligência. Portanto, essas reflexões e análises serão, com certeza, subsídios para que a próxima reunião melhore. Na realidade, o processo de conduzir uma reunião pode ser comparado à evolução que a Doutrina Espírita promove, isto é, progressivo, contínuo e ininterrupto. ANOTAÇÕES :

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ANOTAÇÕES :

COMO CONDUZIR A REUNIÃO (gráfico)

+ = intervenção do dirigente

+

+

+

+

+

+

+

RECEPÇÃO

5 min. 10min. 50 min. 5 min. 5 min. 5 min. 5 min.

Desenv. da Reunião

TEMPO DE DURAÇÃO

5 min.

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11ª REUNIÃO: OBRAS BÁSICAS E COMPLEMENTARES TEMA TÉCNICO

Toda fé deve ser raciocinada em bases lógicas para nutrir-se de luz diante das Leis Divinas. Revelar significa tirar o véu, mostrar, tornar conhecido o que é secreto; mas todo conhecimento deve ser progressivo e ajustado às mentalidades e à época a que se destina. Cada um será responsável pelo próprio destino, à medida que adquire esses conhecimentos. Periodicamente, a Espiritualidade Maior revela aos homens os princípios que nortearão suas vidas no caminho do bem. Mesmo assim, nem todos os aceitam ou deles se apercebem porque têm livre arbítrio na escolha. As revelações se deram em épocas e povos variados, os quais as receberam através de profetas inspirados e de instrutores espirituais capacitados. O povo hebreu destaca-se por seus numerosos profetas, dos quais Moisés foi o mais notável, depois de Jesus. A Revelação mosaica é individual e sobressai pela herança que nos legou: o Decálogo e o Deus Único; mas nos apresenta a divindade como um ser vingativo, cruel, guerreiro, temido e parcial, próprio de uma época. A revelação cristã desvendou-nos a vida futura e o Deus de que Jesus fala é todo bondade e amor, o Pai Misericordioso e Justo. Jesus trouxe seu Evangelho, exemplificando, o qual é o mais perfeito código de conduta moral que se conhece, para servir de modelo na sua essência mais pura. Todavia seu ensino foi incompleto, como ele mesmo nos advertiu: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vos não o podeis suportar agora” ( João, 16 – 12 ). Ainda nos disse: “Não vos deixarei órfãos; vos enviarei o Consolador para estar convosco, para andar em vós, para recordar tudo que vos tenho dito”. Foi quando a Doutrina Espírita veio em socorro de nossas indagações quanto ao Grande Enigma do porvir, sossegando nossas ânsias e explicando que nos encontramos provisoriamente no mundo a serviço do próprio burilamento. A Doutrina Espírita foi codificada pelo eminente professor Hippolyte Leon Denizard Rivail, cujo pseudônimo - Allan Kardec - foi adotado para apresentá-la em livros, metódica, didática e logicamente organizados e comentados. A Codificação do Espiritismo, em seu aspecto inseparável e inalienável de Filosofia, Ciência e Religião, compreende as seguintes obras do chamado Pentateuco Espírita:

1. “O Livro dos Espíritos” - 1857 2. “O Livro dos Médiuns” - 1861 3. “O Evangelho Segundo o Espiritismo” - 1864 4. “O Céu e o Inferno ou Justiça Divina - 1865 5. “A Gênese” - 1868

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Com as obras da codificação, Kardec definiu a Doutrina Espírita como “ciência que trata de natureza, origem e destino dos Espíritos e de sua relação com o mundo corporal”. E Emmanuel vem confirmar a importância das Obras Básicas, quando nos diz: “Convençamo-nos de que é necessário sentir Kardec, estudar Kardec, analisar Kardec, cultivar Kardec e divulgar Kardec”. O Livro dos Espíritos trouxe para o mundo a era espírita. Nele se cumpre a promessa evangélica do Consolador, do Paracleto Prometido ou Espírito de Verdade. Dizer isso equivale a afirmar que “O Livro dos Espíritos” é o código de uma nova fase da evolução da humanidade. E é exatamente essa a sua posição na história do pensamento humano. Este, assim como todos os livros da Codificação, não é um livro comum, que se pode ler de um dia para outro e depois esquecê-lo num canto da estante. Nosso dever é estudá-lo constantemente e meditar sobre o que foi lido. Além das obras básicas, contamos com as outras complementares que podem ser consideradas:

1. literatura não espírita em seus diversos estilos: romances, dicionário, poesia, mensagens, contos sobre diversos assuntos. Filosofia, Ciência, Religião, etc;

2. literatura espírita não mediúnica;

3. literatura espírita mediúnica;

4. literatura adenda.

Na literatura não espírita, vastíssimo é o número de escritores. Na literatura espírita não mediúnica, os mais conhecidos são: Allan Kardec, Leon Denis, Camille Flamarion, Gabriel Delanne, Alexandre Aksakof, Ernesto Bozzano, William Crookes, Cesare Lombroso, Charles Richet, Rino Curti, Roque Jacinto, Zeus Wantuil, Edgard Armond, J. Herculano Pires, Pedro Franco Barbosa e outros. Na literatura espírita mediúnica, temos: André Luiz, Emmanuel, Bezerra de Menezes, Meimei, Auta de Souza, Casimiro Cunha, Humberto de Campos, Zilda Gama, Maria Dolores, Batuíra, Hilário Silva, Irmão Jacó, Cornélio Pires, etc. A literatura adenda refere-se às obras cujo nome do autor espiritual é encoberto pelo pseudônimo. São os casos do Irmão X e André Luiz, por exemplo. Nos meios espíritas, tem sido assunto de debate e preocupação sobre qual o melhor livro a ser indicado para os iniciantes da casa espírita em seu primeiro contato doutrinário. Muitos argumentam ser o “Livro dos Espíritos” o mais apropriado. Outros consideram não encorajadores a sua leitura, devido à apresentação didática em forma de perguntas e respostas. Alguns entendem as obras complementares como sendo as que melhor podem introduzir a criatura na doutrina, por serem escritas em forma de romance, poesias, mensagens curtas, de comentários evangélico-doutrinários, breves e objetivos, o que facultará para alguns, maior motivação e interesse. No entanto, para outros, os livros que narram forma e fatos da vida espiritual nada mais despertam do que reações comuns à curiosidade natural que o tema oferece.

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Diante do imenso trabalho de divulgação das Obras Básicas e complementares, o dirigente espírita deve dedicar a sua atenção para um completo e sólido conhecimento da mesma. Após isso, acreditamos ser o bom senso o critério ideal a ser utilizado pelo dirigente por ocasião da indicação dos livros espíritas, de acordo com as necessidades de cada frequentador ou colaborador. Não existe regra geral. OBS.: Obras consultadas: “Justiça Divina” - Emmanuel “Espiritismo Básico” - Pedro Franco Barbosa “Obras Básicas” - Allan Kardec “Espiritismo e Reforma Íntima” - Rino Curti ANOTAÇÕES:

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12ª REUNIÃO: MÉTODOS DE ENSINO TEMA TÉCNICO

Numa casa espírita devemos estar sempre atentos para que a dinamização dos trabalhos seja o constante aprimoramento dos colaboradores, independentemente de sua posição hierárquica. Nessa luta do aperfeiçoamento próprio e dos trabalhos, frequentemente estaremos na posição de expositor, pois, para que o grupo evolua, há a necessidade de alguém para liderar e esclarecer. Para desenvolvermos as nossas atividades nas condições expostas, devemos conhecer as melhores formas de transmitir os conceitos, observando ainda que em vários aspectos, muitas reuniões espíritas se assemelham a aulas, razão porque, neste temário, o dirigente é situado como professor e as reuniões como se fossem aulas. Dentre os diversos métodos de ensino destacam-se:

Preleção

Demonstração prática

Dinâmica de grupo

Monitor

Debate orientado PRELEÇÃO

É o método clássico que possibilita a transmissão oral de grande soma de conhecimentos. O expositor precisa ter personalidade, entusiasmo e, principalmente, habilidade em prender a atenção do publico. As aulas poderão ser feitas sem acessórios de ensino, porém, quando visualizadas por projeções, quadros, murais, transparências ou ilustrações com exemplos práticos, tornam-se mais atraentes e motivadas. NO PREPARO DA PRELEÇÃO

Deve-se ter em vista o propósito a alcançar, fazer uma seleção inteligente dos tópicos a serem apresentados, organizando-os numa sequência lógica, sempre do simples para o complexo. NA CONDUÇÃO

Na condução de uma preleção deve-se:

mostrar inicialmente o propósito;

desenvolver racionalmente o assunto, com tópicos previamente selecionados;

frisar os pontos importantes, através de dicção correta, variação de voz, gestos oportunos, quadro negro ou exposição em mural;

adaptar a duração da preleção ao nível médio da turma;

motivar e associar o assunto a outro, sempre que possível;

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manter o interesse e avaliar o conhecimento dos alunos através de perguntas orais.

Qualquer falha nestes pontos será mais notada na preleção, pois o expositor é sempre o centro das atenções. DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA

Tem o propósito facilitar o aprendizado, demonstrar como se executa determinada operação e como funcionam os princípios de uma experiência. O sucesso da aula depende muito de uma proposição cuidadosa. Não há limites para o seu emprego e deve ser usada sempre que possível, pois a abordagem do tema representa grande fator de motivação. Os alunos gostam de ver para crer. Na preparação de uma demonstração, deve-se ter o propósito de:

estudar cuidadosamente as operações ou experiências que irá demonstrar;

preparar antecipadamente o material a ser utilizado;

verificar as condições da sala de reuniões, de modo que todos possam ver;

detalhar as etapas de entendimento complexo ou de difícil visualização com informações suplementares, tais como: desenhos no quadro negro, murais, transparências, etc;

ensaiar a demonstração. Uma vez preparada e pronta a condução do método, seguem-se as fases abaixo:

especificar o propósito da demonstração;

explicar a operação;

dependendo da complexidade do processo, repeti-lo vagarosamente;

fazer perguntas aos assistentes e estimulá-los que as façam também;

realçar os pontos importantes. No final, fazer um sumário, repetir a demonstração ou recapitular o que foi dito. Dependendo da complexidade da operação, algumas das etapas acima poderão ser resumidas, pois, tratou-se, aqui, da sua generalidade. Ao preparar e conduzir essas demonstrações, deve-se ater aos seguintes pontos:

1. Demonstração para pequenos grupos – quanto menor o número de pessoas, melhor a demonstração, pois a visualização e a participação serão melhores e mais intensas.

2. Demonstrações curtas e objetivas – quando as demonstrações forem

longas, procurar demonstrá-las em duas ou mais etapas para obter melhores efeitos, explicando cada uma. Como exemplo, a assistência espiritual será melhor demonstrada se for feita em fases distintas.

DINÂMICA DE GRUPO

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O conceito atual de empresa envolve o trabalho de equipe, com a necessária diversificação de tarefas e consequente especialização funcional. É nesse quadro social que o método de “dinâmica de grupo” se destaca porque possibilita aos seus integrantes a conjunção de experiências e informações. Dinâmica de estudo do caso: o instrutor faz inicialmente uma exposição do caso, impresso e distribuído antecipadamente aos treinandos. “O que fazer?”; “como proceder?”, etc. São as questões formuladas para o encaminhamento correto do caso. Os alunos devem documentar, recorrer aos seus estudos, bibliotecas e pesquisas de outras fontes fornecidas para instrução. O estudo do caso permite ainda aos treinandos:

concentrar a atenção sobre determinado problema de ordem funcional, obrigá-los a apresentar soluções e aplicações praticas e humanistas;

pensar em várias hipóteses e prever alternativas, antes de dar ao caso solução final;

participar das discussões em grupos, conduzindo para um fim previamente determinado;

desenvolver seus sentidos de análise e de discernimento baseados em fatos;

exercitar sua imaginação e flexibilidade mental, analisando várias soluções possíveis, antes de concentrarem-se como definitiva.

Finalmente, entende-se que o estudo do caso antes de ser aplicado necessita de alguns cuidados:

deve ser trabalhado pelos responsáveis com bastante cuidado, em função do tipo de treinamento desejado, delimitando-o adequadamente;

deve ser descrito de modo claro e completo; nada de dados incompletos ou improvisações de treinamentos;

os treinandos, no estudo do caso, devem possuir certa experiência do assunto;

o caso deve ser a continuação do trabalho pessoal, determinado através do exame de documentos, do estudo de uma questão, etc.

MONITOR Faz o papel de agente multiplicador. Propósito: acelerar a aprendizagem e diminuir o trabalho em turmas grandes. Nesse método o aprendiz ouve, vê, participa, ensina e faz. Aqui, utilizam-se muitos elementos de outros métodos. É estimulado o poder de observação dos aprendizes e aumenta sua vivacidade. Dá a eles alguma base para tornarem-se expositores, ao mesmo tempo em que alivia a sobrecarga dos expositores quando estiverem envolvidos com uma turma grande. Este método é conduzido desta maneira:

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dividir a turma em pares, designando em cada par um aprendiz para explicar e outro aluno para aprender;

explicar e demonstrar a ação devagar e cuidadosamente;

tirar as dúvidas por meio de um questionário;

cada aprendiz designado como explicador, explica e demonstra a ação para o designado como aprendiz;

deixar o aprendiz executar a ação, seguindo as instruções do explicador.

o explicador faz revezamento com o aprendiz. O expositor deverá supervisionar os trabalhos e verificar se os explicadores não estão cometendo erros. Caso descubra algum erro que seja geral, pode ter havido algo de errado na sua explicação e será melhor repeti-la. É necessária atenção constante, para que conceitos errados não sejam transmitidos pelo explicador aprendiz. É necessário que não haja desentendimento entre o explicador e o aprendiz. Cuidados durante a utilização do método:

ministrar uma etapa de cada vez;

supervisionar as ações a fim de não permitir que sejam cometidos erros pelos aprendizes;

só passar para nova etapa, depois que todos tenham aprendido perfeitamente a anterior;

não permitir chacotas pessoais entre os participantes. DEBATE ORIENTADO

Propósito: permitir que o assunto já ensinado seja esclarecido através de perguntas especificas, debatidas pelos alunos sob a condução do expositor. A ação do instrutor é a de um guia que dirige o debate por meio de perguntas e encaminha, habilmente, as respostas. O sucesso depende de um cuidadoso planejamento. A princípio, devemos fixar a qual ponto o debate deve atingir. Na condução do debate orientado observar-se-á o seguinte:

apresentar o tema e dar inicio ao debate cujo assunto deve ser baseado na experiência e no conhecimento dos aprendizes;

pautar por um debate equilibrado;

manter o assunto no tema proposto;

fazer um sumário do conteúdo abrangido pelo debate e os resultados atingidos.

VANTAGENS

aumenta o interesse do aprendiz pelo assunto ou ação;

estimula o pensamento;

desenvolve a capacidade de observação de novas ideias;

dá oportunidade para que todos se manifestem;

revela os pontos fortes e fracos dos assuntos e dos participantes;

apresenta os novos conhecimentos tirados da experiência da turma.

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DESVANTAGENS

passível de desorganização, se não for habilmente conduzido;

não se adapta a grandes números;

obriga a desenvolver a arte de fazer perguntas. PERGUNTAS ORAIS Propósito: medir o conhecimento e obrigar o aprendiz a um serviço e esforço mental, estimulando-lhe o pensamento e mantendo-o em constante atividade. PROCEDIMENTO (por ocasião da pergunta)

formular a pergunta para toda a turma;

fazer uma pausa de cinco a seis segundos para que todos pensem na resposta;

chamar um aprendiz pelo nome para respondê-la;

avaliar a resposta e comentá-la, se necessário;

destacar a resposta certa. Para a resposta o professor deve:

convidar o aprendiz a levantar-se;

pedir-lhe que fale, de modo a ser ouvido por toda a turma. CUIDADOS IMPORTANTES

não repetir a pergunta aos aprendizes desatentos;

alternar sempre os participantes;

evitar muitas perguntas sucessivas;

não fazer perguntas que envolvam duas idéias distintas;

desviar-se de perguntas de adivinhação para estimular o pensamento;

usar o tom de voz normal da aula;

evitar interromper o aprendiz(desde que este não esteja desviando o assunto). VANTAGENS

reúne as ideias do expositor e do aprendiz;

dá motivo a esforço mental;

orienta para a criatividade;

organiza o conhecimento;

liga as unidades do apreendido;

leva a uma clara e profunda apreciação e melhor compreensão. Não esquecer que, quando o interesse começa a cair, a pergunta inteligentemente formulada irá trazer de volta a atenção da turma à aula ou reunião. CARTAZES

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CLASSIFICAÇÃO

Cartaz de Ensino: é usado em sala de aula, ajuda o professor a mostrar

etapas de um processo ou fatos relacionados entre si, exemplos: germinação, partes componentes de uma flor, corpo humano, gráficos, mapas, etc.

Cartaz de Divulgação: deve atrair imediatamente o olhar, despertar o interesse e comunicar sua mensagem rapidamente.

Pode ser usado como:

Motivação e ambientação: ex. cartazes turísticos como iniciação à geografia,

história, literatura, etc.

Publicidade: ex. usados em campanhas educativas (segurança, saúde) e atividades escolares em geral.

Incentivo à experiência criadora: ex. cartazes feitos pelos próprios alunos. I – ELEMENTOS COMPONENTES

Tema: assunto de que trata o cartaz.

Texto: mensagem escrita a ser comunicada: slogans, ditados, expressões.

Cores: atração, contraste, ênfase.

Lay-out: distribuição de todos os elementos no cartaz, de modo equilibrado e simples.

Ilustração: filmes, slides, desenhos, pintura, fotografia, gravuras, recortes, etc.

II – NORMAS PARA CONFECÇÃO

O bom cartaz deve atrair os olhares, dominar a atenção, mostrar obviamente as coisas e transmitir uma ideia ou mensagem bem definida.

O chamariz do cartaz é a ilustração, que deve ser viva, expressiva e em cores atraentes.

O texto deve ser curto e incisivo, porém facilmente compreensível.

A disposição geral é fator importantíssimo e deve ser estruturado antes, por meio de esboços (lay-outs).

O uso de cores deve ser balanceado, o colorido não deve ser esmaecido nem agressivo, mas vivo e harmonioso;

Os assuntos tranquilos que sugerem repouso, ternura, etc., pedem cores semelhantes, em combinações suaves, ao passo que cartaz para causar impacto pede cores contrastantes.

Cartazes com avisos importantes ou urgentes, cuja mensagem deve imperiosamente ser lida e de longe, precisam ter letreiros escritos em combinação de cores com visibilidade ótima (ex. preto sobre amarelo, preto sobre o branco, verde sobre o branco).

O tipo e o tamanho das letras devem ser simples e grandes, levando-se em conta a distância e a altura do cartaz, para que se tornem de fácil leitura.

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A intensidade do colorido das letras deve ser considerada, pois, em tons muito claros, conforme a distância, se torna de difícil leitura.

As frases devem ser curtas e falar diretamente do assunto tratado. O Cartaz é parte de um todo e não deve ser usado isoladamente. QUADRO NEGRO

O quadro negro é um tradicional recurso de sala de aula, que há mais de 400 anos vem sendo utilizado pelos educadores, com maior ou menor freqüência e eficiência. Sua grande utilidade é universalmente reconhecida porque, além de reunir as vantagens comuns a todos os meios de comunicação, apresenta as seguintes peculiaridades:

é o meio natural e espontâneo para facilitar a comunicação visual e escrita entre expositor e aprendiz e vice versa;

é de emprego muito econômico;

quando bem utilizado, serve para sistematização de raciocínios;

é muito versátil, permitindo o emprego de palavras e desenhos feitos a giz, devidamente conjugados com ilustrações, fotografias, mapas e recortes de jornal, que podem ser aderidos à sua superfície;

estimula a participação do aluno.

Nem todos os educadores se utilizam desse recurso dentro de suas reais possibilidades. Veremos a seguir que basta a observância de certas normas e técnicas simples, para que se obtenha do quadro negro um bom rendimento.

NOTAS DE UTILIZAÇÃO

a) O Quadro negro deve estar localizado de tal forma que:

Seja bem visível por todos na sala.

Não haja reflexo de luz externa ou interna.

SOLUÇÕES

Modificar a posição e o ângulo de inclinação do quadro.

Adaptar cortina ou quebra-luz à origem da claridade:

Neutralizar com luz artificial o reflexo produzido pela luz externa.

b) Como limpar o quadro negro:

periodicamente, com um pano úmido, para manter a boa aparência e a cor original;

sempre que terminar de ser utilizado;

ao iniciar a reunião, apagar o que estiver escrito, para evitar dispersão; com apagador macio, na posição horizontal, com movimentos de cima para

baixo (limpeza mais homogênea evita a propagação do pó pela sala).

c) Letras ou ilustrações bem visíveis:

devem ser vistas de qualquer lugar da sala;

devem causar impacto pelas expressões oportunas e pontos-chave de um raciocínio escrito na presença da turma;

não devem ficar dispersas, mas sim agrupadas para dar sentido de unidade.

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d. Uso coordenado do quadro negro com outros recursos

O quadro negro tem suas limitações, portanto não devemos usá-lo em tempo integral, a não ser que tenhamos grande domínio no seu manejo e no assunto que estamos apresentando;

Outros meios que em conjunto dinamizam o ensino e despertam o interesse: modelos, mapas, fotografias, slides, etc.

e. Ser simples e breve:

Uma das maiores falhas consiste no uso abusivo de palavras e até mesmo, em certos casos, transcrição de longos textos no quadro negro. Isto, além de resultar em enorme perda de tempo, representa um processo de desgaste do aprendiz, que se limita a um infrutífero trabalho de copiar.

O quadro negro deve ser usado sob a forma de chaves e esquemas.

f. Aprender a fazer desenhos simples no quadro negro:

a execução de desenhos esquematizados, a traço, é tarefa simples ao alcance do professor, até mesmo dos que não tenham habilidades artísticas. É uma questão puramente de observação e treino. Ilustrações desse tipo servem para objetivar conceitos, dar vida à apresentação e muitas vezes proporcionar certo tom humorístico necessário à motivação do grupo

g. Uso do giz de cor:

embora pouco utilizado, é de grande poder de visualização. Deve ser usado para diferenciar certos itens, dar ênfase a pontos chaves e nunca como elemento meramente decorativo.

h. Considerar ainda:

não usar desordenadamente giz, ponteira, etc., porém no momento psicológico e no ritmo adequado;

evitar movimentar-se constantemente na frente do quadro;

ao escrever no quadro negro não ficar de costas para a classe, mas de lado, para que possa ter uma boa visibilidade de todos os presentes.

enquanto se escreve, deve-se falar em voz alta o que estiver sendo escrito;

apagar o que não for mais necessário;

durante uma aula em que são escritos fatores negativos, após os comentários apagar os termos negativos, deixando somente os positivos para que só estes seja fixados;

apagar sempre o quadro negro, quando terminar a aula.

ANOTAÇÕES:

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12ª REUNIÃO: DINAMIZAÇÃO DO ENSINO NA CASA ESPÍRITA - TEMA CENTRAL

É importante a preocupação com a dinâmica do ensino porque o conhecimento evangélico-doutrinário é o alicerce que sustenta o desenvolvimento e a elevação de todos os trabalhos da casa espírita.

A conscientização de que a casa é uma verdadeira escola de formação moral e espiritual irá impulsionar o dirigente a dinamizar e atualizar o sistema de ensino. A doutrina, por si só, é dinâmica e progressista.

Segundo o dicionário Aurélio, dinamizar é movimentar, ativar, empreender, sendo que os fatores que provocam movimento, ação e empreendimento estão diretamente ligados à graduação da vontade, interesse, conhecimento e capacidade para aprimorar as atividades em função das necessidades do grupo.

Na dinamização das atividades o planejamento é recurso indispensável ao aprimoramento das mesmas, como se pode ver nos temários planejamento das atividades da casa espírita e no planejamento das reuniões.

O desenvolvimento das reuniões da casa que frequentamos comparado com o das casas que temos contatado e dialogado, além do estudo de artigos e livros que abordam o assunto, facilitam o estabelecimento da direção a seguir.

A dinamização do ensino não implica na criação imediata de cursos regulares, mas sim no preparo de colaboradores e na pesquisa das necessidades daqueles que frequentam a casa. A região onde esta se situa, exige que o próprio dirigente seja dinâmico e se esforce para aprimorar os seus conhecimentos e as atividades das quais participa.

As atividades da casa espírita devem ser constantemente analisadas e observadas: como são; o que se pretende fazer; que abordagem fazer.

Em lugar carente é necessário que as atividades estejam voltadas mais para a área de assistência social, sem se descuidar das demais.

Neste caso as orientações devem abranger assuntos como: higiene; alimentação; orientação para documentação, escolas profissionalizantes, emprego, etc.; evangelização e assistência espiritual para adultos e crianças; mocidade; educação mediúnica.

Nos lugares menos carentes as necessidades passam a ser outras, pois os problemas de higiene, alimentação e profissionalização deixam de ser os mais prementes, com exceção das atividades de assistência social. Nestas regiões as três últimas atividades citadas para lugares carentes passam a ser as mais importantes. (evangelização e assistência espiritual para adultos e crianças; mocidade e educação mediúnica).

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Em quaisquer dessas situações há necessidade de os colaboradores e dirigentes se aprimorarem no conhecimento e nas atividades de que participam. O aprimoramento tem que ser feito na observação da própria conduta, dos conhecimentos doutrinários, da cultura geral e específica, bem como da didática e das relações humanas. Como primeiro passo, instituir um ano de Curso Básico, com matérias comuns às demais escolas de Aprendizes do Evangelho, Educação Mediúnica e Expositor, capazes de reafirmar aptidões, a fim de que, ao término de cada ano, o dirigente possa encaminhar o aluno conforme as características e o potencial revelado. As escolas específicas, com duração variável, irão preparar colaboradores para as diversas áreas, de maneira que, recebendo uma formação especializada, se tornem elementos firmes nos seus conhecimentos e convictos de suas responsabilidades como tarefeiros na Seara do Senhor. As reuniões de modo geral tendem a ser rotineiras após algum tempo, pois as situações se repetem e as pessoas se acomodam nas mesmas. Caso o dirigente não estiver atento a estes aspectos, não conseguirá observar as situações e encontrar as soluções por estar envolvido nelas. Para que isso não aconteça é necessário que o dirigente e colaboradores estejam sempre atentos e dispostos a superar os imprevistos, com as melhores soluções possíveis. É necessário envolver-se de força de vontade e do desejo ardente de trabalhar, progredir, evoluir e iluminar-se. O importante é que não se fique desatento às necessidades de dinamizar o ensino na casa espírita, mesmo partindo de uma sessão de estudos para uma visão mais ampla e capaz de proporcionar melhores condições para o desenvolvimento espiritual de todos. É importante que o dirigente, consciente de suas atribuições e responsabilidades, estimule e dinamize o sistema de ensino da casa espírita a fim de que este não se torne obsoleto e inadequado em relação às necessidades dos que recorrem à casa. Isto porque nosso aprendizado é contínuo e ininterrupto, em constante evolução. Quando terminar um ciclo, sempre estará ingressando em outro. A linha do horizonte estará sempre adiante. É neste contexto de evolução e progresso eterno, que se toma por base, ou como exemplo, a ilustração a seguir: ANOTAÇÕES:

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ANOTAÇÕES:

ASSISTÊNCIA SOCIAL E

ESPIRITUAL

CURSO

BÁSICO

ESCOLA DE APRENDIZES

DO EVANGELHO

ESCOLA DE EDUCAÇÃO

MEDIÚNICA

TRABALHO NA ASSIST. SOCIAL

EXEMPLO CRISTÃO NO

DIA-A-DIA

- ESCOLA EDUCAÇÃO MEDIÚNICA

- ASSIST.ESPIRITUAL

- OUTROS

CURSOS

ESPECIAIS

EX: RODSE

PREPARAÇÃO PARA NOVOS TRABALHOS

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13ª REUNIÃO: ATITUDES ESTRANHAS NA SESSÃO TEMA TÉCNICO

Os erros e atitudes estranhas a uma sessão espírita provêm de duas fontes:

dos homens e dos espíritos, isto porque encontramos neles uma ampla diversificação de conhecimento, de inteligência e de moral. Isto acarreta ao dirigente da sessão, uma responsabilidade maior em torno de sua vigilância para não endossar levianamente opiniões contrárias ao bom senso e agir com discernimento e prudência, mantendo-se, assim, fiel à interpretação e aplicação da Doutrina dos Espíritos. ERROS QUANTO À INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA

Mediunismo: pela ignorância e irresponsabilidade, as práticas de terreiro se misturam com as do Espiritismo, estabelecendo lamentável confusão.

Ritualismo: resulta do conjunto de práticas repetitivas por uso ou normas que passam a ser rigidamente observadas, de forma invariável, em sessões determinadas pelo dirigente. Podem ocorrer em vários níveis, desde a prece lida ou decorada até viciações verbais exóticas.

Misticismo: as sessões tomam um caráter de culto misterioso, quase fúnebre, não condizente com os postulados espíritas que mandam guardar a fé baseada na razão, na lógica e nas convicções firmadas na realidade.

Imediatismo: sob a alegação de estar praticando a caridade com a utilização dos dons espirituais, esquece-se de que, suprindo as necessidades materiais dos companheiros que procuram obter vantagens imediatas e se desviam das responsabilidades espirituais.

ERROS QUANTO À APLICAÇÃO Mediunismo, ritualismo, misticismo e imediatismo fazem com que muitas práticas inadequadas se configurem como próprias do conhecimento espírita. Por isso, é importante que o dirigente se mantenha em permanente estudo e confirme na sua vivência o que nos disse o Mestre: “o bem procede de uma fonte boa e o mal de uma fonte má: por que haveríeis de querer que uma boa árvore desse maus frutos?”. Cabe ao dirigente atentar para que o desenvolvimento mediúnico se processe sob o respaldo da reforma íntima e do estudo evangélico-doutrinário. Esta é a única maneira de impedir que atitudes estranhas à sessão espírita, como o uso de símbolos, amuletos, cânticos, aplausos, indumentárias, retratos, imagens, velas, abertura dos trabalhos pelos “protetores”, etc., venham revelar uma prática distante do verdadeiro aspecto doutrinário, independente, elevado e esclarecedor. O dirigente, para se manter incólume a esses erros e atividades, deve cultivar a humildade e observar se não está incorrendo em:

1. hipocrisia (faça o que eu mando e não o que eu faço);

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2. saber tudo (orgulhoso); 3. inércia (líder sem ação – só fala); 4. só aparecer na reunião (eterno ausente); 5. querer ser o médium mais importante (jactância); 6. apresentar-se sem conhecimento e sem estudo (predomínio da ignorância); 7. ser confuso com a doutrina (sem pureza: aparatos, sincretismo e superstição);

ANOTAÇÕES:

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13ª REUNIÃO: CONTROLE DE SITUAÇÕES DIFÍCEIS TEMA CENTRAL

A. Caso a reunião se torne desordenada, o dirigente pode:

fazer uma pausa no que estiver dizendo. No silêncio subsequente, os membros turbulentos provavelmente se acalmarão;

usar o controle visual: dirigir seu olhar para os membros que estão descontrolados. O dirigente atrairá a atenção para si e fará com que eles voltem a se interessar pela reunião;

levantar-se, se estiver sentado: a ação física de se levantar à mesa da reunião chama a atenção para o dirigente;

usar o quadro negro para resumir, para ilustrar e guiar a discussão. Outros auxílios podem ser introduzidos, tais como: filmes, gráficos, folhas distribuídas;

dirigir uma pergunta à pessoa que está atrapalhando;

dirigir uma pergunta ao membro mais antigo, cuja posição seja de peso e que possa trazer ordem à reunião.

introduzir uma nova fase do assunto;

Com tato, mas energicamente, chamar o grupo à ordem;

Se a desordem é extrema, recorrer a um intervalo.

B. Se a reunião afastar-se de seu objetivo:

usar perguntas diretas e perguntar como essa discussão se relaciona com o problema a tratar;

ligar, gradualmente, a conversação afastada ao tópico principal. Moldar a contribuição do grupo é uma das tarefas mais importantes do dirigente;

introduzir novo material mais próximo do tema central;

chamar a atenção do grupo e observar que a conversa é interessante, mas não é, exatamente, aquilo que se deve discutir.

resumir o que foi discutido até ali;

usar o tempo para fazer um inventário do desenvolvimento da reunião ou planejar a próxima etapa;

evitar tais digressões mediante um planejamento cuidadoso da reunião, anunciar o plano ao grupo e aderir a ele.

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Enquanto as situações A e B, de um modo geral indicam a negligência do dirigente, as situações que se seguem resultam do comportamento do grupo ou de causas externas.

C. Caso o grupo permaneça em silêncio, pode o dirigente:

afastar-se ligeiramente do tópico principal e introduzir alguns tópicos de interesse mais geral que possam ser relacionados ao tema central;

começar uma discussão ou estimular uma troca de pontos de vista, dirigindo uma pergunta a alguém que saiba como respondê-la;

usar perguntas cujas respostas serão “sim” ou “não”, seguidas por uma pergunta “por quê?”;

dirigir uma pergunta geral ao grupo, que seja de natureza provocativa;

mostrar pelas perguntas que está alerta e interessado;

não usar perguntas que possam criar antagonismos no grupo ou colocar um dos seus membros em posição desfavorável;

cometer um engano intencional que os membros possam criticar, ou tomar temporariamente, uma posição positiva em um ponto de controvérsias;

relaxar o grupo, contando uma história ou anedota apropriada.

D. O grupo se recusa a aceitar as conclusões do dirigente:

o dirigente talvez tenha que aquiescer com o grupo;

dirigir a discussão de perto, de tal forma que a mesma conclusão se origine do grupo, sob outro aspecto;

encorajar aqueles membros que concordam com o dirigente a tomar sua defesa e falar;

usar a pergunta redirecionada. Quando um membro antagoniza uma afirmativa do líder, fazer com que outro membro anule este antagonismo;

fazer um levantamento das opiniões do grupo;

E. Um membro do grupo opõe-se ao dirigente:

permitir que outros membros respondam às suas perguntas e objeções;

deixar que o assunto questionado pelo membro apareça como uma afirmativa e, de acordo com o grupo, fazer com que não seja aceita;

fazer uma votação no grupo para mostrar que ele está em minoria.

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F. Os membros do grupo discutem violentamente uns com os outros:

o líder controla a situação resumindo ou doutrinando, até que o grupo se acalme;

o líder interrompe e faz uma pergunta;

o líder pede à ultima pessoa que falou para repetir o comentário dela;

se o argumento é relevante para a discussão, fazer com que dois membros que se antagonizam interpretem suas posições respectivas.

“Vamos escrever no quadro negro os pontos dos quais os senhores concordam e dos quais discordam”.

G. Um ou mais membros do grupo são tímidos:

fazer perguntas que esta pessoa possa responder;

dar os cumprimentos a este membro, quando ele der sua opinião;.

H. Um dos membros, frequentemente se opõe aos pontos de vista do dirigente ou dos outros membros:

procurar saber porque é ele tão hostil;

evitar sua participação, tanto quanto possível;

tentar reajustar as opiniões dele a fim de torná-las mais aceitáveis;

permitir que o grupo o questione usando, por exemplo, a pergunta redistribuída (refazer ao opositor o mesmo questionamento dele);

encoraje outros membros a mostrar concordância com as suas/dele opiniões;

se possível, faça-o ver que as ideias dele representam a minoria;

use uma pergunta “reversível” , ou seja, controvertida ou ambígua.

I. O assunto discutido está acima do poder de decisão do grupo:

1) Mostre que ele está acima da capacidade de decisão do grupo e passe a outro assunto.

J. Existe superior hierárquico presente à reunião:

1. tratá-lo como qualquer outro membro do grupo; 2. não colocar os outros membros em posição que possa embaraçá-los

perante o superior;

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3. não permitir que o superior se sente à parte ou distanciado do grupo; 4. desencorajar a tomada de notas pelo superior durante a reunião. Os

outros membros poderão julgar que ele esteja registrando suas opiniões ou falhas e isto gerará inibição ou silêncio.

K. O grupo está aborrecido ou desencorajado por motivos externos:

1) a introdução de bom humor ou de um comentário espirituoso pode

afastá-los dessas ansiedades;

2) se eles persistirem em introduzir suas queixas na reunião, deixá-los falar até que, sentindo-se aliviados por tê-lo feito, estejam prontos a prosseguir com o assunto da reunião;

3) Mostrar os elementos positivos ou as possibilidades favoráveis destes

acontecimentos “externos”;

4) Começar um movimento paralelo para cuidar destes acontecimentos (por exemplo: um grupo de supervisores, durante uma reunião de treinamento, queixou-se de que não davam opinião durante a seleção de seus subordinados. Com o apoio do dirigente da reunião, esta queixa foi estudada com o supervisor da fábrica e, como resultado, eles passaram a opinar na seleção).

ANOTAÇÕES:

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14ª REUNIÃO: TESTE RELÂMPAGO Nº 02 TEMA TÉCNICO

Leia com atenção para responder as perguntas abaixo: (livro dos Médiuns – Capítulo 31 ) COMUNICAÇÃO Nº 1:

A união faz a força. Sede unidos, para serdes fortes. O Espiritismo germinou, deitou raízes profundas. Vai estender por sobre a terra sua ramagem benfazeja. É preciso vos torneis invulneráveis aos dardos envenenados da calúnia e da negra falange de espíritos ignorante, egoístas e hipócritas. Para chegardes a isso, mister se faz que uma indulgência e uma tolerância recíproca presidem às vossas relações; que os vossos defeitos passem despercebidos; que somente as vossas qualidades sejam notórias; que o facho da amizade santa vos funda, ilumine e aqueça os corações. Assim, resistireis aos ataques impotentes do mal, como o rochedo inabalável à vaga furiosa. São Vicente de Paula COMUNICAÇÃO Nº 2

Não, não se pode mudar a religião, quando não se tem uma que possa, ao mesmo tempo, satisfazer ao senso comum e a inteligência que se tem e que possa, sobretudo, dar ao homem consolações presentes. Não, não se muda a religião, cai-se da inépcia e da dominação na sabedoria e na liberdade. Ide, ide, pequeno exército nosso. Ide e não temais as balas inimigas; as que vos hão de matar ainda não forem feitas, se estiverdes sempre, do fundo do coração, da senda do senhor, isto é, se quiserdes sempre combater pacificamente e vitoriosamente pelo bem estar e pela liberdade.

São Vicente de Paula Qual das comunicações é verdadeira? Nº 1 ( ) Nº 2 ( ) Por quê?____________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________

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14ª REUNIÃO: ESPÍRITOS... COMO DIALOGAR COM ELES TEMA TÉCNICO

O diálogo com os espíritos tem sido preocupação de quase todos os espíritas. Em nosso mundo podemos considerar dois planos: Plano dos encarnados: Familiares Amigos Conhecidos Companheiros ou colegas (ex.: G. Espírita) Autoridades Plano dos desencarnados: Mentores (plano superior: esclarecidos) Espíritos comuns (familiares, alguns esclarecidos) Espíritos inferiores (inimigos, obsessores, não esclarecidos). O móvel de seu relacionamento é intrinsecamente o grau moral dos homens. A Doutrina Espírita, nos seus aspectos ciência e filosofia, tem conscientizado e beneficiado esses dois planos. No aspecto científico, a Doutrina dos Espíritos revela as leis que regem o universo, tornando natural o que, até a Codificação feita por Kardec, permanecia no abstrato e sobrenatural. Com seu caráter científico e métodos próprios, torna-se possível o relacionamento entre os vivos e os chamados mortos. No aspecto filosófico, conscientiza o homem de seu livre arbítrio, responsabilizando-o quanto ao próprio destino, isto porque, não podendo culpar a ninguém pelos seus sofrimentos e por ser artífice do futuro, cabe ao homem pensar e questionar as suas concepções.

A Doutrina dos Espíritos, sendo filosofia, ensina aos homens as normas de conduta na conquista de sua liberdade, baseadas no “Evangelho Segundo o Espiritismo”, acrescidas das Leis Universais ensinadas no Livro dos Espíritos, assim preparando as criaturas de boa vontade na seus relacionamentos. O diálogo com os espíritos, entre os dois planos, depende do médium que poderá estar ciente ou não de sua capacidade e que, quando não conscientizado, resultará em influência de sua moral na comunicação, o que torna maior a responsabilidade de todos. Na comunicação espiritual, levamos em consideração o seguinte:

a. O médium: Considerado mediador entre dois planos, temos primeiramente

que analisar a sua condição. Não sendo possível avaliar o medianeiro, sem o conhecimento da mediunidade e seu mecanismo, surge o imperativo de se estudar o “Livro dos Médiuns”.

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(1ª Parte) Capitulo III - Método Capítulo X - Natureza das Comunicações Capítulo XXI - Influência do Meio Capítulo IX - Penetração do nosso pensamento pelos espíritos - Perguntas 456 a 458.

b. Os Espíritos: avaliado o médium, é forçoso avaliar o espírito comunicante e enfatizar novamente a necessidade do estudo, desta vez o “Livro dos Espíritos“.

(Livro 2º) Capítulo II - Mundo Normal e Primitivo Capítulo IV - Perispírito Capítulo V - Diferentes Ordens de Espíritos Capítulo VI - Escala Espírita

c. Objetivo: Avaliados os médiuns e os espíritos comunicantes segue a

direção do dialogo que objetiva o seguinte :

a. Prova da existência após a morte. b. Condição de vida no plano espiritual. c. Nossa transformação moral. d. Amparo fraternal e caridoso. e. Desobsessão de espíritos desencarnados. f. Toda consequência desse intercâmbio consciente ou inconsciente dá-

se pela afinidade. g. Evolução do ser humano

Considerando-se que nas sessões mediúnicas o intercâmbio não se dá por acaso, cabe ao doutrinador a aplicação do bom senso, quanto a:

a. esclarecer os espíritos menos felizes, com amor e indulgência, mesmo tratando-se de criminosos e ignorantes;

b. aos encarnados, enfatizar os ensinos e as lições decorrentes da comunicação

que trazem alerta e convite para a reforma de todos;

c. aos médiuns, tarefeiros e aos próprios dirigentes, destacar o imperativo do aprimoramento na vigília e oração.

Dado o permanente diálogo mental que se mantém com os espíritos e de que estes influenciam no dia-a-dia, considera-se oportuno o ensino que Herculano Pires, na tradução do „Livro dos Médiuns”, anota no capítulo XXV: “espíritos e encarnados se conjugam no trabalho, conscientes do aperfeiçoamento humano”. Aperfeiçoamento Humano

A própria evolução impõe deveres no campo da caridade, criando necessidade de o mais evoluído ajudar o menos evoluído. Decorre disso, todo um mecanismo de diálogo, complexando-se nas relações distintas da sociedade, e o êxito da comunicação vai depender da coerência entre os aspectos considerados, principalmente nos de ordem moral.

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Em ambos os planos, encontram-se diferentes grupos de indivíduos cujo inter-relacionamento depende basicamente da afinidade moral e do grau da necessidade de conhecimento da Doutrina dos Espíritos. Afinidade

Não basta falar que se tenha afinidade ou não com os espíritos. O que determina isso é o grau moral revelado nos pensamentos, nas vibrações e no perispírito; daí considera-se que o dialogo toma outras formas além da palavra articulada, e que se pode corresponder com os espíritos pelas intenções e pela vontade. Conclui-se, assim, que o diálogo com os espíritos é inerente às faculdades humanas. É bom lembrar que o dirigente, além de conhecer os aspectos da doutrina, deverá direcionar a sua aplicação na organização das sessões, no desenvolvimento dos tarefeiros e em benefício do necessitado. ANOTAÇÕES:

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15ª REUNIÃO: FORMAÇÃO DE BIBLIOTECA NO CENTRO ESPÍRITA TEMA TÉCNICO

O espírita não tem o direito de acomodar-se na poltrona da fé cega e simplória. Seu dever é estudar e esclarecer-se quanto aos princípios de sua própria doutrina. A fé raciocinada exige o desenvolvimento das potencialidades da razão, o que pode ser feito através da instrução. Para amar e auxiliar o próximo, o espírita não pode estacionar na ignorância; precisa aprender, adquirir conhecimentos, instruir-se. Por isso é de suma importância que a casa espírita, por mais humilde e simples que seja não dispense de organizar e manter a sua biblioteca, pois como diz André Luiz: “a biblioteca espírita é um viveiro de luz”. Para organizar uma biblioteca deve-se preocupar com alguns caracteres de ordem técnica, a fim de se manter um controle sobre os livros e atender mais eficientemente às necessidades do grupo a que ela serve. COMO A BIBLIOTECA DEVE SER ESTRUTURADA: (rever)

1. o fichamento do livro deve obedecer a normas previstas em Biblioteconomia; 2. classificação do livro pelo título; 3. se for obra mediúnica, considerar o espírito como autor do livro, uma vez que

as bibliotecas comuns consideram como autor o médium; 4. caso seja obra científica, romance, tratado, etc., de autoria comum, será

fichado com o nome do autor;

Podemos considerar três as principais fases do preparo ou fichamento do livro:

1ª fase: registro e carimbo; 2ª fase: preparo para localização do livro e dos assuntos contidos no

mesmo; 3ª fase: preparo do livro para empréstimo.

1ª FASE: REGISTRO E CARIMBO

a. deve-se escrever ou carimbar na primeira página (que se chama pagina de rosto e contém as informações básicas sobre ele, como autor, título, edição, editor, local de publicação, ano de publicação) e no meio do livro, o nome da casa espírita;

b. dar um número de ordem ao livro (1, 2, 3, 111, 600) que é o de seleção por assunto ou tema mais o da seqüência de sua entrada na biblioteca e anotar tudo em caderno de registro em colunas, conforme os dados do quadro (de fls/anexo) e colocar esse número também na página de rosto, no meio do livro e na sua lombada neste último local é interessante afixar uma etiqueta também com o número). Isto servirá para marcar a seqüência dos livros na estante: 1,2,3... 600.

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2ª. FASE: LOCALIZAÇÃO DO LIVRO OU DOS ASSUNTOS CONTIDOS NELE

Utilizam-se fichas (de cartolina, por exemplo) que serão guardadas em três caixas ou pastas diversas:

a. Uma com fichas em ordem alfabética de autores b. Outra com fichas em ordem alfabética de títulos c. Outra com fichas em ordem alfabética de assuntos

A. Nas fichas de caixa dos autores escreve-se: Autor: André Luiz ou Francisco C. Xavier No mundo maior 1, 20, 27 número de registro do livro, pois podem existir vários exemplares da mesma obra na biblioteca.

a. Nas fichas da caixa dos títulos, escreveremos: No mundo maior Autor: André Luiz Médium: Francisco C. Xavier 1, 20, 27 Estas duas primeiras caixas são as mais importantes, pois para saber onde está cada livro na estante basta procurar o nome do autor ou seu título em ordem alfabética nas fichas, nas quais encontraremos o seu número de localização.

b. Na terceira caixa, iremos armazenando também em ordem alfabética fichas com nomes de assuntos de interesse, com os nomes dos livros e dos capítulos que os contém. Este último trabalho irá sendo feito aos poucos e é muito interessante.

3ª. FASE: PREPARO DO LIVRO PARA EMPRÉSTIMO

Anota-se num caderno-brochura o nome e o número do livro, a data, quem o retirou e a data em que devolveu.

Cola-se na capa do livro (parte interior) uma bolsa de papel (tipo envelope), com uma ficha/cartão dentro, sendo que nessa ficha estão identificados autor, título e número do livro.

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Quando o livro é emprestado, escreve-se na ficha o nome de quem levou a data e guarda-se em ordem alfabética de autor ou título e, quando o livro for devolvido, coloca-se a ficha na bolsa novamente e guarda-se o livro em seu lugar na estante.

Data de Registro

Registro Número

Autor Médium Título Edição Local da

Publicação Editora

Ano de Publicação

MODELO DE BOLSA-ENVELOPE PARA FIXAR NA CONTRACAPA DO LIVRO:

BIBLIOTECA “CAIRBAR SCHUTEL” D A T A D E E N T R E G A

23 / 01 / 05 Leonardo

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15ª REUNIÃO: DIRIGENTE - UNIFICAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TEMA CENTRAL

O verbo unificar tem o significado de: reunir(-se) ou transformar(-se) em uma unidade ou em um todo coerente; tornar(-se) uniforme, semelhante ou, ainda, fazer convergir para um mesmo fim.

Com base nessa definição, entende-se que o movimento de unificação, do qual todos fazemos parte, seja direcionado para um único fim: a preservação e a aplicação dos princípios e fundamentos da Doutrina dos Espíritos.

Em “Obras Póstumas”, nos capítulos referentes à constituição do Espiritismo, Kardec mostra a importância da unidade de princípios fundamentais para a percepção da doutrina e o relacionamento fraterno entre todos os espíritas

Ele nos diz ainda: “Organizado o Espiritismo, os espíritas de toda a parte terão princípios comuns, que ligarão a grande família pelos laços sagrados da fraternidade; mas a respectiva aplicação poderá variar, segundo os países, sem que por isso, seja rompida a unidade fundamental, sem que se formem seitas dissidentes, que se lancem a anátema, o que seria antiespírita”. Dentro dessa visão ampla, é que se coloca o trabalho dos espíritas, independentemente das casas em que frequentam e das instituições às quais são filiadas ou adesas, e esse trabalho deve ser direcionado para a unificação de pensamentos de amor e confraternização, como também para o aprimoramento espiritual e intelectual, pela constante atualização de conhecimentos.

Atualização significa ato ou efeito de atualizar; tornar atual; modernizar, de vez que a Doutrina Espírita é progressiva e não estanque. Em “Obras Póstumas” - Constituição do Espiritismo - Cap. II - o Codificador esclarece: “(a doutrina) apoiada exclusivamente em leis naturais, não pode ser mais variável que estas leis, mas se uma nova lei for descoberta deve-se modificar para harmonizar-se com esta; não deve cerrar a porta a nenhum progresso sob pena de suicidar-se”. Quando Kardec nos diz que “não se deve cerrar a porta a nenhum progresso”, entenda-se que a doutrina, em seus princípios e fundamentos, é invariável, mas encoraja o estudo constante para sua compreensão, com a consequente atualização dos conhecimentos científicos e filosóficos.

Por meio dessa permanente atualização, o estudo é aprimorado com a utilização de novas técnicas didáticas e outros recursos, aperfeiçoando-se o trabalho nas casas espíritas (Ass. Espiritual, Ass. Social / Escola, etc.), sem que, contudo, se desvie das bases evangélico-doutrinárias. Uma vez que o movimento de unificação promove o contato entre os espíritas, a atualização dos conhecimentos também se faz presente quando da troca mútua (consequentemente natural) de informações referentes a diversos aspectos pertinentes ao desenvolvimento ou à utilização deste ou daquele método ou técnica nos trabalhos da casa espírita.

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Assim unidos num só propósito de trabalho, levando como bandeira o “amai-vos uns aos outros” e o “amai-vos e instrui-vos”, é que os espíritas chegarão ao aperfeiçoamento a que tanto aspiram.

Na mensagem abaixo, Bezerra de Menezes, define a posição do espírita:

“Nenhuma hostilidade recíproca, nenhum desapreço a quem quer que seja; acontece, porém, que temos necessidade de preservar os fundamentos espíritas, honrá-los e sublimá-los, senão acabaremos estranhos uns aos outros, ou então cadaverizados em arregimentações que mutilarão os melhores anseios, convertendo o movimento de libertação numa seita estanque, encarcerada, em novas interpretações e teologias que nos acomodariam nas conveniências do plano inferior e nos afastariam da verdade”. É importante a conscientização dos dirigentes das casas espírita quanto à sua participação no movimento de unificação. Para melhor firmar isso, vejam-se algumas vantagens: I – quanto à unificação das casas espíritas e seus dirigentes:

1) mantém as casas unidas e impede o desmembramento sectarista ou interferências estranhas;

2) avalia e compara as casas espíritas, em relação ao desenvolvimento e às experiências de cada uma delas. Isto possibilita solucionar problemas que já tenham sido resolvidos por outros dirigentes;

3) instrui nos temas e assuntos doutrinários pesquisados, analisados e expostos coletivamente nesse movimento;

4) proporciona incentivo às casas espíritas e reconhecimento de suas atividades no todo do movimento.

II – Quanto ao movimento:

1) une os espíritas comprometidos com a orientação kardequiana; 2) evita o desvirtuamento da doutrina em face de interpretações individualistas e

práticas eivadas de erros e ritualismo; 3) define o que é Espiritismo, confundido com outras seitas e religiões que têm

em comum o mediunismo e a crença na reencarnação, porém diferenciado na interpretação e na prática;

4) regulamenta estatutariamente a casa espírita, quanto à formação de diretoria e do quadro de associados, possibilitando a todos trabalharem fraternalmente;

5) orienta e firma o propósito de não permitir infiltrações ideológicas estranhas e movimentos político-revolucionários, assim fugindo de qualquer pacto político-partidário;

6) alerta quanto à necessidade de se estar interessado e informado do papel relevante do Espiritismo na sociedade.

PAPEL DO DIRIGENTE NO MOVIMENTO DE UNIFICAÇÃO

Por ser o dirigente aquele com o maior número de experiências no campo das atividades doutrinárias, conclui-se que ele terá melhores condições de participar e influir no movimento de unificação espírita, quer levando o fruto das experiências colhidas em todo o movimento, quer contribuindo com as suas próprias ideias e pareceres.

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Comenta-se nos meios espíritas a falta de união e a existência de personalismo. Não será isto decorrente da ausência de participação nas reuniões e encontros de dirigentes? A resposta, acredita-se, só se fará sentir quando as salas estiverem repletas de dirigentes conscientizados. ANOTAÇÕES:

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16ª REUNIÃO: NOVOS COMPROMISSOS TEMA TÉCNICO

I. AGRADECIMENTOS

Ao término desta série de reuniões da RODSE, apresentamos nossos agradecimentos pela paciência e companheirismo de todos. Reconhecemos que, pela importância da tarefa que desempenham os dirigentes das casas espíritas, estas reuniões ficam muito a desejar quanto às técnicas, aos estudos e mesmo quanto à pratica, em relação às responsabilidades exigidas em sua função.

Porém, compete a todos os participantes apresentar suas observações quanto às deficiências dos temas, da equipe, dos expositores, etc., para que a RODSE se aperfeiçoe a fim que, gradualmente, melhor atenda aos propósitos a que se dispõe.

Para isto, solicitamos a todos que nos enviem seus relatórios, caso ainda não o tenham entregues à equipe coordenadora, endereçados ao:

- Instituto de Divulgação e Comunicação Espírita - Área de Estudo e Ensino - Rua do Lavapés, 811 - CEP 01519-000 - São Paulo / SP

II RESPONSABILIDADE NA UNIFICAÇÃO

A doutrina nos convoca a uma participação que visa obter um maior entrelaçamento entre os representantes das casas espíritas, como também à “unidade de princípios fundamentais para a perpetuação da doutrina” (ver OBRAS POSTUMAS - CAP. II e III).

Honrando e sublimando estes ideais, continuaremos coesos neste movimento libertador de unificação, na preservação da pureza doutrinária em seus fundamentos, pelo estudo constante das obras básicas da Doutrina Espírita, das complementares, como também do aprimoramento nos processos organizacionais, pedagógicos e assistenciais. III. CONFRATERNIZAÇÃO

A confraternização convida para a paciência, tolerância, solidariedade e trabalho, sem que se alterem os princípios fundamentais da doutrina dos espíritos. Não desprezemos aquelas casas espíritas que porventura estejam em “atraso”, uma vez que elas conduzem os seus frequentadores ao bem. Essas casas vêm progredindo em relação ao que têm ministrado, por isto reclamam um maior entendimento da Doutrina Espírita. Longe de nós apontá-las como imperfeitas, ao contrário, devemos oferecer nossa contribuição seja ela direta, ou através de convite e incentivo a seus dirigentes para participarem dos movimentos unificadores. IV. PARTICIPAÇÃO Queremos oferecer a todos a oportunidade de ampliar a participação junto à RODSE, convidando os companheiros a engrossar as fileiras da seara espírita na

formação de novas equipes em novos compromissos.

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V. NOVOS COMPROMISSOS

Neste momento, formaremos uma nova equipe coordenadora da RODSE. E, para isso, estamos trocando ideias sobre vários aspectos de organização, em reuniões marcadas a contento de todos os que desejam participar deste trabalho. Sugerimos para esta iniciativa a continuidade das reuniões aos sábados, em local e hora a serem também definidos em comum acordo. ANOTAÇÕES:

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FORMULÁRIOS

PLANEJAMENTO (REFAZER OS TÍTULOS DOS TEMAS, SE FOR PRECISO)

DATAS EXPOSITOR TEMAS Preparação Ambiente

Livro: _______

1ª Reunião

___/___/___ Apresentação de objetivos

Como se aprende

2ª Reunião ___/___/___

Como estudar e expor

Sessões espíritas – objetivos e finalidades

3ª Reunião ___/___/___

Preparação de ambiente

Estrutura e funcionamento da Casa Espírita

4ª Reunião ___/___/___

Preces decoradas e espontâneas

Dinâmica da casa Espírita

5ª Reunião ___/___/___

O grupo e as características individuais

Fases de uma reunião

6ª Reunião ___/___/___

Teste relâmpago Nº 1

FreqUentadores da casa espírita

7ª Reunião ___/___/___

Ensaios de tribuna

8ª Reunião ___/___/___

Caracteres e deveres do bom dirigente

Líder e liderança

9ª Reunião ___/___/___

Dirigente e divisão de responsabilidades

Planej. das atividades da casa Espírita

10ª Reunião ___/___/___

Planejando a reunião

Ensaios de direção

11ª Reunião ___/___/___

Como conduzir a reunião

Obras básicas e complementares

12ª Reunião ___/___/___

Métodos de ensino

Dinamização do ensino na casa Espírita

13ª Reunião ___/___/___

Atitudes estranhas na sessão

Controle de situações difíceis

14ª Reunião ___/___/___

Teste relâmpago Nº 2

Espíritos... como dialogar com Eles

15ª Reunião ___/___/___

Formação de biblioteca

Dirigente – unificação e atualização

16ª Reunião ___/___/___

Novos compromissos

ANOTAÇÕES:

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TESTE Nº 01

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 2) O que se deve entender por infinito?

R.:

02 – (LE 76) Complete: Pode dizer-se que os espíritos são seres________________

e que eles

03 – (Le 78) Os espíritos tiveram princípio ou existem desde toda a eternidade como Deus? R.:

04 – (Le 614) o que se deve entender por Lei Natual? R.:

05 – (Le 617) O que é que as Leis Divinas abrangem? R.:

06 – (Le 920) O homem pode gozar na terra uma felicidade completa? R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento. R.:

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TESTE Nº 02

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 10) O homem pode compreender a natureza íntima de Deus?

R.:

02 – (LE 76) Que definição se pode dar dos Espíritos? R.:

03 – (LE 92 A) Todos os Espíritos irradiam com o mesmo poder? R.:

04 – (LE 621 A) Pois que o homem traz na sua consciência a lei de Deus, que necessidade tem que lhe revelem? R.:

05 – (LE 622) Deus deu a alguns homens a missão de revelar a sua Lei? R.:

06 – (LE 922) Para a vida material, a posse do necessário; para a vida moral a consciência pura e a fé no futuro... É tudo para se ter felicidade completa ( ) ou relativa ( ) R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento. R.:

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TESTE Nº 03

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 14) Deus é um ser distinto, ou seria segundo a opinião de alguns, a resultante de todas as forças e de todas as inteligências do universo, reunidas? R.:

02 – (LE 80) A criação dos Espíritos é permanente ou verificou-se apenas na origem dos tempos? R.:

03 – (LE 81) Os Espíritos se formam espontaneamente, ou procede uns dos outros? R.:

04 – (LE 625) Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e de modelo? R.:

05 – (LE 628) Porque a verdade não foi posta sempre ao alcance de todos? R.:

06 – (LE 621) Onde está escrito a Lei de Deus? R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento. R.:

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TESTE Nº 04

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 17) É dado ao homem conhecer o Princípio das coisas? R.:

02 – (LE 85) Qual dos dois, o mundo espiritual ou o mundo corpóreo, é o principal na ordem das coisas? R.:

03 – (LE 87) Os espíritos ocupam uma região circunscrita e determinada no espaço? R.:

04 – (LE 629) Que definição pode dar-se à moral? R.:

05 – (LE 640) Aquele que não faz o mal, mas aproveita o mal feito por outro, é culpável no mesmo grau? R.:

06 – (LE 944 A) O suicídio não é sempre voluntário? R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento. R.:

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TESTE Nº 05

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 18) O homem penetrará um dia no mistério das coisas que lhe estão ocultas? R.:

02 – (LE 88) Os Espíritos têm uma forma determinada, limitada e constante? R.:

03 – (LE 89) Os Espíritos gastam algum tempo para atravessar o espaço? R.:

04 – (LE 641) O desejo do mal é tão repreensível quanto o mal? R.:

05 – (LE 642) Será suficiente não fazer o mal, para ser agradável a Deus e assegurar uma situação futura? R.:

06 – (LE 945) Que pensar do suicídio que tem por causa o desgosto da vida? R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento R.:

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TESTE Nº 06

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 23) O que é Espírito? R.:

02 – (LE 20) É dado ao homem receber, for a das investigações da nossa ciência, comunicações uma ordem mais elevada, sobre aquilo que escapa ao testemunho dos seus sentidos? R.:

03 – (LE 92) Os Espíritos têm o dom da ubiqüidade, ou em outras palavras, o nosso espírito por dividir-se ou estar ao mesmo tempo em vários pontos? R.:

04 – (LE 91) A materia oferece obstáculo ao espírito? R.:

05 – (LE 649) Em que consiste a adoração? R.:

06 – (LE 950) Que pensar daquele que tira a própria vida, com a esperança de chegar mais cedo uma vida melhor? R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento. R.:

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TESTE Nº 07

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 22 A) Que definição podeis dar da material? R.:

02 – (LE 94) De onde tira o espírito o seu invólucro semi-material? R.:

03 – (LE 96) Os Espíritos são todos iguais ou existe entre eles alguma hierarquia? R.:

04 – (LE 115) Uns Espíritos foram criados bons e outros maus? R.:

05 – (LE 117) Depende dos Espíritos apressar o seu avanço para a perfeição? R.:

06 – (LE 658) A prece é agradável à Deus? R.:

07 – (LE 951) O sacrifício da vida não é as vezes meritório, quando tem por fim salvar a de outros ou seu útil ao seu semelhante? R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento. R.:

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TESTE Nº 08

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 25) Os Espíritos são independentes da material ou não são mais do que uma propriedade desta, assim como as cores são propriedade da luz e o som uma propriedade do ar? R.:

02 – (LE 38) Como criou Deus o Universo? R.:

03 – (LE 132) Qual a finalidade da encarnação dos Espíritos? R.:

04 – (LE 134 B) As almas e os Espíritos são, portanto, uma mesma coisa? R.:

05 – (LE 660) A prece torna o homem melhor? R.:

06 – (LE 674) A necessidade do trabalho é uma lei da natureza? R.:

07 – (LE 952) Comete suicídio o homem que perece vítima de paixões que ele sabia lhe haviam de apressar o fim, porém a que já não podia resistir porque o hábito as transformou em verdadeiras necessidades físicas? R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento. R.:

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TESTE Nº 09

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 86) O mundo corpóreo poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem isso alterar a essência do mundo Espírita? R.:

02 – (LE 123) Porque Deus permitiu que os espíritos pudessem seguir o caminho do mal? R.:

03 – (LE 125) Os espíritos que seguiram o caminho do mal, poderão chegar ao mesmo grau de superioridade que os outros? R.:

04 – (LE 129) Os anjos também percorreram todos os graus? R.:

05 – (LE 675) Não devemos entender por trabalho se não as ocupações materiais? R.:

06 – (LE 680) Não há homens que estão impossibilitados de trabalhar, seja no que for, cuja existência é inútil? R.:

07 – (LE 958) Porque o homem tem, instintivamente, horror ao nada? R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento. R.:

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TESTE Nº 10

Nome:______________________________________Zona:__________________

OBSERVAÇÕES: Procure pelo número de pergunta no Livro dos Espíritos e responda de conformidade com o livro, claro e simples.

01 – (LE 29) A ponderabilidade é um atributo essencial da matéria? R.:

02 – (LE 30) A material é formada de um só ou de muitos elementos? R.:

03 – (LE 118) Os Espíritos podem degenerar? R.:

04 – (LE 120) Todos os Espíritos passam pela fieira do mal, para chegar ao bem? R.:

05 – (LE 682) Sendo o repouso uma necessidade após o trabalho, não é uma Lei da natureza? R.:

06 – (LE 686) A reprodução dos seres vivos é uma Lei natural? R.:

07 – (LE 961) No momento da morte; qual o sentimento que domina a maioria dos homens: o medo ou a esperança? R.:

Obs.: Tem alguma sugestão referente às reuniões? Faça uma apreciação sobre o que recebeu até o presente momento. R.:

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Ficha de Frequência

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Roteiro das Reuniões

RODSE: Reuniões de Orientação a Dirigentes de Sociedades Espíritas

Roteiro da Reunião de: ________/____________/________

Tarefa Participante Tempos (min.)

Dirigente

Preparação do Ambiente

Prece Inicial

Desenvolvimento

Aviso / Escalas

Vibrações

Prece de Agradecimento

Encerramento

Casa Espírita : _________________________________________________________ ANOTAÇÕES:

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EXERCÍCIO : ENSAIO DE DIREÇÃO

RODSE: Reuniões de Orientação a Dirigentes de Sociedades Espíritas

Ensaio de Direção : _____________________________________

Tarefa Semana / Dia :__________ Semana / Dia :__________

Dirigente

Preparação do Ambiente

Prece Inicial

Desenvolvimento

Passes

DEPOE

Outros

Aviso / Escalas

Vibrações

Palavra do Plano

Prece de Agradecimento

Encerramento

ANOTAÇÕES:

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OB

S. :

AP

TID

ÕE

S

/

AS

PIR

ÕE

S

Conhec. Doutrinário

Conhec. Evangélico

Trab. Juventude

Trab. Infância

Orient. Encam.

Mediunidade:

Med. Psicograf.

Med. Incorporação

Med. Vidência

Assist. Espiritual

Assist. Social

Avisos

Preleção Técnica

Preleção Doutrinária

Preleção Evangélica

Vibrações

Preces

Recepção

Direção

DIS

PO

NIB

ILID

AD

E

HO

RIO

DOMINGO

SÁBADO

6ª FEIRA

5ª FEIRA

4ª FEIRA

3ª FEIRA

2ª FEIRA

CE

:

De

pa

rtam

en

to

Co

lab

ora

do

res

Fo

ne

Ho

rári

o

Nomes

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NOTAS DA REVISÃO E ALTERAÇÕES

Alterações efetuadas

Página Texto/palavra que fora Alterado: Texto/palavra correto Alteração efetuada

em:

78 14ª Reunião: Teste relâmpago nº 2 Tema técnico – Comunicação 2 de Vicente de Paula – palavra “inércia”

Correto palavra - “inépcia” 06/12/2017