Índice - insjc.com.br · ocultistas: kardecismo, legião da boa vontade, umbanda, quimbanda,...
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ÍNDICE
Introdução ............................................................................................................................. 4
1 – razões para se estudar falsas doutrinas .......................................................... 13
2 – Pluralidade religiosa ................................................................................................ 15
3 – Heresias primitivas .................................................................................................. 21
4 – Adventismo ............................................................................................................... 23
5 – As Testemunhas de Jeová .................................................................................. 27
6 – Mormonismo ............................................................................................................ 30
7 – Catolicismo Romano ............................................................................................ 32
8 – Espiritismo ................................................................................................................ 16
9 – Islamismo ................................................................................................................. 37
10 – Hinduísmo .............................................................................................................. 40
11 - Budismo ................................................................................................................... 42
12 – Anomalia entre as seitas ................................................................................. 45
Bibliografia ....................................................................................................................... 54
Introdução.
Há quatro grandes blocos religiosos no mundo, além do Cristianismo. São eles:
Budismo, hinduísmo, Islamismo, e Judaísmo, e muitas milhares de seitas. Eis o desafio da
Igreja.
Se olharmos para o cenário religioso mundial, entenderemos porque o número de
pessoas sem religião tem crescido a proporções alarmantes, pois chega a ser
desesperador para uma pessoa que busca se encontrar, deparar-se com uma quantidade
tão absurda de visões de todos os gêneros, para todos os gostos.
O triste disso é que muitas (apesar do papel de agente moralizador da sociedade
que têm a maioria das religiões) dessas religiões se afastam tanto da verdade cristã que
estão provocando um verdadeiro estrago espiritual na vida de bilhões de pessoas,
dificultando drasticamente a pregação do evangelho de Jesus Cristo. Eis uma boa
introdução ao por que estudar heresiologia.
1. O que é uma seita?
Geralmente é um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que significa
conhecimento secreto, ao alcance de todos). Podem ter uma devoção a uma pessoa,
objeto, ou a um conjunto de idéias novas.
O termo como aparece na Bíblia significa facção, partido, grupo ou cisão.
Inicialmente, não tinha caráter pejorativo (At. 15:5, 24: 5-14), depois assumiu sentido
negativo (Gl. 5:19-21). Pode designar um subgrupo de dentro de alguma religião
organizada, como os saduceus (At. 5:17), fariseus (At. 15:5), ou dissensões no seio da
própria Igreja (Rm. 16:17, I Co 11:19).
As seitas classificam em Primitiva e moderna.
Seitas Primitivas: Márcion, Gnosticismo, Montano, Ascetismo, Sabélio, Mani, Ário,
Apolinário, Nestório, Pelágio, Eutíquio.
Pseudo-cristãs: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, Adventista do sétimo dia,
Catolicismo Romano, Moonismo, Congregação Cristã no Brasil, etc.
Orientais: Taoísmo, Seicho-no-iê.
Ocultistas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Umbanda, Quimbanda, Candomblé e
Nova Era.
Secretas: Maçonaria e Teosofia. A Marçonaria não é apenas uma associação
confraternária, ela é também, uma religião
No Campo Teológico.
A doutrina responde as perguntas sobre Deus, a trindade: Deus Pai, Deus Filho e
Espírito Santo, sobre a natureza humana, sobre a vontade de Deus, sobre o nosso Destino
eterno. A perseverança na Doutrina está relacionada à salvação (I Tm. 4:16) o conhecimento e
a prática da doutrina cristã nos protegem contra a heresia (I Tm.4:1-6; 2 Tm. 2:18; Tt. 1:11)
Esse conhecimento não anula a espiritualidade do crente (I Co.2:14-15; Rm.12:3) a
doutrina contribuiu para a unidade da Igreja (Rm. 16:17; I Co. 1:10; Ef. 4:12-13)
O Jesus das Seitas.
As seitas distorcem as verdades fundamentais sobre Cristo reveladas na Bíblia, e
isso resulta num outro evangelho (Gl. 1:6-8) e num outro Jesus (2 Co.11:4) que oferece
uma falsa salvação e um falso céu para os seus adeptos.
Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do
Senhor Jesus Cristo), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios
bíblicos.
Como Identificar uma Seita.
As seitas e os Credos: As seitas falsas além de mutilarem a Bíblia, rejeitam o cristianismo
histórico-ortodoxo. Suas crenças são oriundas das supostas revelações de fundadores e
líderes.
Fundação dos Credos: A palavra Credo vem do Latim e significa “creio”. Desde muito
cedo na história do cristianismo, o credo se tornou mais que um conjunto de Crenças: é
uma confissão de fé. Tem como objetivo sintetizar as doutrinas essenciais do cristianismo
para facilitar as confissões públicas e conservar a doutrina contra as heresias.
Confissão de Fé dos Judeus: os primeiros Credos da Bíblia está em Dt. 6:4 “Ouve ó
Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Citado por Jesus no primeiro mandamento
(Mc. 12:29); ainda hoje é citado pelos judeus religiosos três vezes ao dia.
O Credo dos Apóstolos: è o mais antigo dos três principais credos da Igreja Cristã.
a) História: diz a tradição que ele foi formulado pelos apóstolos logo após a ressurreição de
Jesus, e que cada um deles apresentou um artigo de fé. O texto mais antigo desse Credo é
datado de 700 d.C. muitos crêem que esse documento construía a confissão batismal
daquela época.
b) Conteúdo: “Creio em Deus Pai Todo-Poderoso criador do céu e da terra. E em Jesus
Cristo seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu do Espírito Santo e da virgem Maria; que foi
crucificado sob o poder de Pôncio Pilatos, morto e sepultado; ressuscitou ao terceiro dia , subiu
ao céu e está sentado a mão direita do Pai, onde há de vir julgar os vivos e mortos. Creio no
espírito Santo, na santa Igreja Católica, na remissão dos pecados e na ressurreição dos
mortos” a igreja católica por sua vez acrescentou a “ave Maria” ao Credo original.
ASPECTOS COMUNS
Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm se disseminado pelo
mundo. É importante que nós saibamos reconhecer suas características, a fim de que não
sejamos enganados ou até mesmo desviados da verdadeira fé cristã.
a) As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição
secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência;
b) Crêem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como “inspirados” escritos
de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que crêem;
c) Dizem serem os únicos certos;
d) Ensinam de falsa interpretação das escrituras;
e) Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito
totalmente naturalista;
f) Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para o
seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.
1. Freqüentemente isolacionistas – para facilitar o controle dos membros fisicamente,
intelectualmente, financeiramente e emocionalmente.
2. Freqüentemente apocalípticas – dão aos membros um enfoque no futuro e um
propósito filosófico para evitar o apocalipse.
3. Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos – revelados pelo seu líder.
4. Fazem doutrinação – para evangelismo e reforço das convicções de culto e seus
padrões.
5. Privação – quebrando a rotina do sono normal e privação de comida, combinados com
a doutrinação repetida (condicionalmente), para converter o candidato a membro.
A) Muitas seitas contêm sistemas de convicção “não-verificavéis”.
A1) Por exemplo, algumas ensinam algo que não pode ser verificado:
1. Uma nave espacial que vem atrás de um cometa, para resgatar os membros.
2. Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo aparecem ao líder e lhe darem uma revelação.
A2) Os membros são anjos vindos de outro mundo, etc.
1. Freqüentemente, a filosofia da seita só faz sentido se você adotar o conjunto de valores
e definições que ela ensina.
2. Com este tipo de convicção, a verdade fica inverificável, interiorizada, e facilmente
manipulada pelos sistemas filosóficos de seus inventores.
B) O Líder de uma seita:
1. É freqüentemente carismático e considerado muito especial por razões variadas:
1.1. O líder recebeu revelação especial de Deus;
1.2. O líder reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo ou mensageiro especial;
1.3. O líder reivindica ser designado por Deus para uma missão;
1.4. O líder reivindica ter habilidades especiais.
C) O líder está quase sempre acima de repreensão e não pode ser negado nem contradito.
Como se comportam as seitas?
1. Normalmente busca fazer boas obras, caso contrário ninguém procuraria entrar para elas;
2. Parecem boas moralmente e possuem um padrão de ensino ético; 3. Muitas vezes, quando usam a Bíblia em seus ensinos, utilizam também “escrituras”
ou livros complementares.
3.1. A Bíblia, quando usada, é sempre distorcida, com interpretações próprias, que vão ao
encontro à filosofia da seita.
3.2. Muitas seitas “recrutam” o Senhor Jesus como sendo um deles, redefinindo-o
adequadamente.
D) Algumas seitas podem variar grandemente.
1. Do estético ao promíscuo.
2. Do conhecimento esotérico aos ensinamentos muito simples.
3. Da riqueza e poder à pobreza e fraqueza.
1. Rico, pobre, educado, não-educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc.
B) Perfil geral do membro em potencial de uma seita (alguns ou todos os itens
seguintes).
1. Desiludido com estabelecimentos religiosos convencionais.
2. Intelectualmente confuso em relação a assuntos religiosos e filosóficos.
3. Às vezes desiludido com toda a sociedade.
4. Tem uma necessidade por encorajamento e apoio.
5. Emocionalmente carente.
6. Necessidade de uma sensação de propósito, um objetivo na vida.
7. Financeiramente necessitado.
3. Técnicas de recrutamento.
1. As seitas encontram uma necessidade e a preenchem. As táticas mais usadas são:
“Bombardeio de amor – “love bombing” – que é a demonstração constante de afeto,
através de palavras e ações.
Contato físico como abraços, tapinhas nas costas, toques e apertos de mão.
Apoio emocional Ajuda de vários modos, onde for preciso. Desta maneira, a pessoa fica
em débito então com a seita e procura de algum modo retribuir.
Elogios que fazem a pessoa pensar que é o centro das atenções.
2. Muitas seitas usam a influência da Bíblia ou mencionam Jesus como sendo um deles;
dando validade assim ao seu sistema.
1. Escrituras distorcidas.
2. Usam versículos tirados da Bíblia fora do contexto.
3. Então misturam os versículos mal interpretados com a filosofia aberrante delas.
A) Envolvimento gradual
1. Alterando lentamente o processo de pensamento e o sistema de convicção
da pessoa, através da repetição dos seus ensinos (condicionamento).
1.1 – As pessoas normalmente aceitam as doutrinas de uma seita um ponto
de cada vez.
1.2 – Convicções novas são reforçadas por outros membros da seita.
4. Por que alguém seguiria uma Seita?
A) A seita satisfaz várias necessidades:
1. Psicológica – Alguém pode ter uma personalidade fraca, facilmente manipulável;
2. Emocional – A pessoa pode ter sofrido um trauma emocional recente ou no passado.
3. Intelectual – O membro tem perguntas que este grupo responde.
B) A seita dá a seus membros a aprovação, aceitação, propósito e uma sensação de
pertencer a algum grupo.
C) A seita pode ser atraente por algumas razões. Podem ser:
1. Rigidez moral e demonstração de pureza;
2. Segurança financeira;
3. Promessas de exaltação, redenção, “consciência mais elevada” ou um conjunto de
outras recompensas.
5. Como as pessoas são mantidas na
Seita? A) Dependência:
1. As pessoas querem freqüentemente ficar porque a seita vai de encontro às suas
necessidades psicológicas, intelectuais e espirituais.
B) Isolamento:
1. O contato com pessoas de fora do grupo é reduzido e cada vez mais a vida do membro
é construída ao redor da seita.
2. Fica muito mais fácil então controlar e moldar o membro.
C) Reconstrução cognitiva (Lavagem cerebral):
1. Uma vez que a pessoa é doutrinada, os processos de pensamento deles/delas são
reconstruídos para serem consistentes com a seita e ser submisso a seus líderes.
2. Isto facilita o controle pelo(s) líder (es) da seita.
D) Substituição:
1. A Seita e os líderes ocupam freqüentemente o lugar de pai, mãe, pastor, professor, etc.
2. Frequentemente o membro assume as características de uma criança dependente, que
busca ganhar a aprovação do líder ou do grupo.
E) Obrigação:
1. O membro fica endividado emocionalmente com o grupo, às vezes financeiramente, etc.
F) Culpabilidade:
1. É dito para a pessoa que sair da seita é trair o líder, Deus, o grupo, etc.
2. É dito também que deixar o grupo é rejeitar o amor e a ajuda que o grupo deu.
G) Ameaça:
1. Ameaça de destruição por “Deus” por desviar-se da verdade.
2. Às vezes ameaça física é usada, entretanto não frequentemente.
3. Ameaça de perder o apocalipse, ou ser julgado no dia do julgamento, etc.
6. Como podemos tirar alguém de uma Seita?
A) A melhor coisa é não tentar um confronto direto no primeiro encontro, o que pode
assustar o membro e afasta-lo de você.
B) Se você é um Cristão, então interceda em oração pela pessoa primeiro.
C) Para tirar uma pessoa de uma seita é necessário tempo, energia, e apoio.
D) Ensine a verdade:
1. Dê-lhe a verdadeira substituição para o sistema de convicção aberrante que ela
aprendeu, ou seja, o Evangelho da Graça de Jesus Cristo.
2. Mostre as inconsistências da filosofia do grupo, à luz da Bíblia.
3. Estude a seita e aprenda sua história, buscando pistas e informações.
E) Tente afasta-lo fisicamente da seita por algum tempo, para quebrar o laço de isolamento.
F) Dê apoio emocional de que ele precisa.
G) Alivie a ameaça de que se ele deixar o grupo, estará condenado ou em perigo.
H) Geralmente, não ataque o líder do grupo, deixe isso para depois. Frequentemente o
membro da seita tem lealdade e respeito para com o fundador ou líder.
I) Confronte outros membros da seita ao mesmo tempo, somente quando for inevitável.
I - RAZÕES PARA SE ESTUDAR FALSAS DOUTRINAS
Muitos se perguntam, porque devem estudar as falsas doutrinas. Tais pessoas
acham que o melhor que os crentes devem fazer é dedicar-se a leitura da Bíblia.
Concordamos. Obviamente, o cristão deve levar a maior parte de seu tempo lendo e
estudando a palavra de Deus. Todavia, esta mesma Palavra nos apresenta diretrizes
comportamentais relacionadas aos que questionam a nossa fé. É por esse motivo que o
servo de Deus deve dedicar tempo em estudar as falsas doutrinas também, pois existem
razões para isto. A saber:
Defesa própria
Várias entidades religiosas treinam seus seguidores para que vão, de porta em porta,
à procura de novos adeptos a exemplo temos o que Norman L. Geisler e Ron Rhodes falam
acerca do assunto “Existem hoje espalhados pelo mundo mais de cinco milhões de
Testemunhas de Jeová (que gastam mais de um bilhão de horas-homem por ano no trabalho
proselitista), quase 9 milhões de mórmons (atualmente crescendo a razão de 1.500 novos
membros por dia), e dezenas de milhões de adeptos da Nova Era” (Respostas às Seitas pág.
9) . Algumas são especializadas em trabalhar com os evangélicos, principalmente os novos
convertidos. Os cristãos devem estar informados sobre o que esses vários grupos ensinam,
somente assim poderão refutá-los biblicamente (Tt 1.9).
Proteção do rebanho
Um rebanho bem alimentado não dará problemas. Devemos investir tempo e
recursos na preparação dos membros da Igreja. Escolas bíblicas bem administradas
ajudam o nosso povo a conhecer melhor a palavra de Deus. Um curso de batismo mais
extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando as
argumentações dos sectários e expondo-lhes a verdade, será útil para proteger os recém-
convertidos dos ataques das seitas.
Evangelização
O fato de conhecermos o erro em que se encontram os sectários nos ajuda a
apresentar-lhes a verdade de que necessitam. Entre eles se encontram muitas pessoas
sinceras que precisam de libertação e do conhecimento da Palavra de Deus. Os adeptos
das seitas também precisam do evangelho. Se estivermos preparados para aborda-los e
demonstrar-lhes a verdade em sua própria Bíblia, poderemos ganha-los para Cristo.
Missões
Desempenhar o trabalho de missões requer muito mais do que se deslocar de uma
região para outra ou de um país para outro. Precisamos conhecer a cultura em que vamos
semear o evangelho. Junto à cultura teremos a religiosidade nativa. Conhecer
antecipadamente estes elementos nos dará condições para alcançá-los adequadamente.
Quanto a este assunto, alguns levantam algumas objeções, como: Não gosto de
falar contra outras religiões. Fomos chamados para pregar o evangelho. Concordamos
plenamente com este pensamento, mas não podemos esquecer que o apostolo Paulo foi
chamado para pregar o evangelho e disse que não se envergonhava disso (Rm 1.16). E
também que Cristo o havia chamado para defender este mesmo evangelho (Fp 1.17).
A objeção mais comum é a seguinte: Jesus disse para não julgarmos, pois com a mesma
medida que julgamos também seremos julgados. Quem somos nós para julgar? Ora o
contexto mostra que Jesus não estava proibindo todo e qualquer julgamento, pois, no
versículo 15, ele alerta: “acautelai-vos, porém, dos falsos profetas”. De que maneira, então,
poderíamos nos acautelar dos falsos profetas se não pudéssemos identificá-los? Não
teríamos de emitir um juízo, classificando alguém como falso profeta? Concluímos,
portanto, que há juízos estabelecidos em bases sinceras, mas, para isso, é preciso usar
um padrão correto de julgamento e, neste caso, o padrão é a própria Bíblia (Is 8.20).
Há exemplos nas Escrituras de que nem todos os juízos são incorretos. Certa vez,
Jesus disse: “julgaste bem” (Lc 7.43). O apostolo Paulo admitiu que seus escritos fossem
julgados (1Co 10.15). Antes havia falado: “O que é espiritual julga bem todas as coisas”
(1Co 2.15).
Conclusão
Essas então são algumas das razões básicas porque devemos estudar essas falsas
doutrinas. Não seria justo que cada um de nós dedicasse pelo menos um pequeno período de
tempo, para entender por que tantas pessoas se envolvem com tais doutrinas e o que a
Palavra do nosso Deus fala a respeito disso? Não tem como sair-se vitoriosos de uma guerra
sem preparar-se antes para ela, esse é justamente o motivo desse tipo de seminário, preparar
guerreiros fortes que equipados com a ferramenta divina da palavra, serão usados pelo poder
do Espírito Santo na conversão de muitos sectários e na defesa da nossa Fé.
II- PLURALIDADE RELIGIOSA
A pluralidade religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Atualmente, existem
milhares de seitas e falsas religiões que pensam estar fazendo a vontade de Deus quando,
na verdade, não estão.
Existem dez grandes religiões principais no mundo:
Hinduismo
Jamismo
Budismo (na Índia)
Siquismo (na Índia)
Confucionismo (na China)
Taoísmo (na China)
Xintoísmo (no Japão)
Judaísmo (na Palestina)
Zoroastrismo (na Pérsia, atual Irã)
Islamismo (na Arábia)
Nesta lista alguns incluem ainda o Cristianismo.
Além destas religiões, existem mais de dez mil seitas (ou subdivisões destas
mesmas religiões). Seis mil delas estão localizadas na áfrica, 1200 nos Estados Unidos e o
restante em outros países.
Para efeitos didáticos, o ICP – Instituto Cristão de Pesquisas – classifica as seitas da
seguinte maneira:
Secretas: Maçonaria, Teosofia, Rosacrucionismo, Esoterismo etc.
Pseudocristãs: Mormonismo,Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia,
Ciência Cristã, A Família (Meninos de Deus), Igreja Apostólica da Santa Vó Rosa etc.
Espíritas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão etc.
Afro – brasileiras: Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Voduísmo, Cultura Racional,
Santo Daime etc.
Orientais: Seicho-No-Ie, Igreja Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Hare Krishna,
Meditação Transcendental, Igreja da Unificação (Moonismo), Perfeita Liberdade
(Perfect Liberty) etc.
Unicistas: Voz da Verdade, Igreja Local, Adebtos do Nome Yehoshua e suas
Variantes (ASNYS), Só Jesus, Tabernáculo da Fé, Cristadelfismo etc.
Enquanto estas e outras seitas se multiplicam, e seus guias desencaminham
milhões de pessoas, nós os cristãos permanecemos indiferentes, desatentos à
exortação de Judas 3 “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”.
Com essa breve análise fica clara a pluralidade religiosa em nossos dias,
mas, pior do que essa pluralidade é o fato de todas essas religiões e principalmente as
seitas estarem crescendo, isso levanta uma importante questão:
POR QUE AS SEITAS ESTÃO CRESCENDO?
Um pesquisador de importante reputação na área de seitas observou que elas são
“as contas não pagas da igreja”. A igreja tem fracassado em oferecer o devido treinamento
doutrinário a seus membros e falhado em termos de fazer uma verdadeira diferença moral
na vida de seus discípulos; não tem ido ao encontro das mais profundas necessidades das
pessoas, e não tem oferecido a elas o sentimento de “fazer parte”, de pertencer. A falha da
igreja é ampla e profunda, e isso tem facilitado o florescimento de seitas.
Porém, certamente o crescimento das seitas pode também ser atribuído a muitos
outros fatores. Dentre outras razões, as seitas estão se multiplicando por causa do
crescimento do relativismo, do egocentrismo, do subjetivismo e do misticismo. Além disso,
a rebelião moral e o colapso de famílias têm contribuído para o aumento do número de
seitas em todo o mundo. Considere o seguinte:
Fracasso doutrinário – Walter Martin disse certa vez que o aumento das seitas é
“diretamente proporcional à ênfase oscilante que a igreja cristã colocou no ensino da
doutrina bíblica para os cristãos leigos. De forma mais correta, alguns pastores,
professores e evangelistas defendem adequadamente as suas crenças. Mas a maioria
deles – bem como a maioria dos cristãos leigos comuns – teria dificuldade de refutar
adeptos bem treinados de praticamente todos os tipos de seitas”. A falha na Igreja no
ensino da sã doutrina leva as pessoas à aceitação de falsas doutrinas. Uma pessoa não é
capaz de reconhecer o errado a menos que primeiramente compreenda a verdade. Só se
podem reconhecer as imitações através da comparação com aquilo que é genuíno.
Aumento do relativismo – (Princípio no qual todo o nosso conhecimento é relativo
e transitório, estando na dependência direta de fatores fisiológicos e experimentais do
observador, algo pode ser verdadeiro para uma pessoa, mas não para todas as pessoas)
– O crescimento do relativismo em nossa cultura também tem contribuído para o
crescimento das seitas. As afirmações do tipo: “Isso pode ser valido para você, mas não
para mim” e “tudo depende da situação” são atualmente quase proverbiais. Essa praga do
relativismo tem quase inundado a terra. Com a mentalidade do “Faça o que achar melhor”
tem vindo a síndrome do “Tenha a própria religião”. A negação feita pelo humanismo
secular em relação a toda a soberania dada por Deus tem conduzido a um vácuo do
tamanho de Deus em nossa sociedade, e nesse vácuo o misticismo oriental tem se movido
rapidamente. Num contexto como esse vale a pena analisar uma frase de um escritor
inglês, Chesterton “Ter uma religião particular, é tão possível quanto possuir um sol e uma
lua exclusivos” (Bíblia Evangelismo em ação, p.502).
Volta ao misticismo oriental – a partir do momento em que a sociedade
ocidental rejeitou suas raízes judaico-cristãs, preferindo o humanismo secular – que não é
capaz de satisfazer os desejos do coração das pessoas – a única força significativa que
restou foi o misticismo oriental. O teísmo cristão afirma que Deus criou tudo. O ateísmo
secularista declara que Deus não existe. Sendo ambas as informações tidas por alguns
como insatisfatórias, nossa cultura tem se voltado agora às seitas orientais que proclamam
que Deus é tudo e tudo é Deus (Panteísmo).
O ato de voltar-se para o Oriente tem sido acompanhado de um retorno as
coisas do íntimo. As seitas místicas, salientando experiências subjetivas e sentimentos
interiores, têm crescido rapidamente no despertamento do misticismo. Passamos da
condição de cultura que explora o universo lá fora para uma de exploradores do universo
aqui mesmo – dentro de nós. O foco não está tanto no espaço externo como no espaço
interno. Isso, com certeza, é o que os místicos orientais sempre ensinam, e se adapta
como luvas nas mãos das seitas da Nova Era.
IMPORTANTE: Claro que não podemos nos tornar xenófobos (aversão a pessoas e coisas
estrangeiras), temendo e discriminando tudo o que vem do Oriente. O intercambio entre o
Leste e o Oeste é útil, inevitável e necessário. Mas temos que ser totalmente conscientes
do conteúdo daquilo com o que estamos travando contato. É como um filme ou um livro.
Teremos de assisti-lo ou lê-lo, mas cabe entender como o seu conteúdo esta atingindo
nossa maneira de ver e de pensar. A melhor solução não é o ascetismo, mas o
discernimento que vem com o conhecimento e a reflexão: “Examinai tudo. Retende o bem”
(1Ts 5.21).
Ênfase no próprio ego – O crescimento do amor próprio em exagero tem também
contribuído para a proliferação das seitas. A mentalidade do “Faça o que achar melhor
para você mesmo” conduz naturalmente ao movimento “inicie a sua própria seita”.
Cumpre-nos dizer que as seitas são a liberdade religiosa espalhada como sementes. A
filosofia humanista “Cada homem por si mesmo” é o fertilizante perfeito para o crescimento
de novas religiões que supram as necessidades sentidas pelos indivíduos ao invés de as
reais necessidades deles.
Ênfase nos sentimentos – Outro fator que conduz ao aumento das seitas é o
crescimento do subjetivismo e do existencialismo. Tendo por certo o aparentemente
insaciável apetite por religiões, a síndrome do “Se você se sente bem, faça-o” conduz
naturalmente à busca de religiões que façam a pessoa se sentir bem. Enquanto alguns
buscam ainda o atalho psicodélico para o nirvana através de drogas que ampliem o
pensamento, outros buscam uma experiência mística subjetiva que transcenda as rotinas
da vida cotidiana. Isso explica em grande parte o crescimento de seitas da Nova Era, tais
como a meditação transcendental.
Rebelião moral – Sob todos os fatores sociais e psicológicos que dão ocasião ao
crescimento das seitas, está a depravação moral. A Bíblia deixa muito claro que os seres
humanos estão na condição de rebeldes diante de Deus (Rm 1.18). Uma das dimensões
dessa rebelião é moral. Pessoas se voltam a religiões mais confortáveis quando o estilo de
vida que adotaram é contrário aos imperativos morais de um Deus incomparavelmente
superior e soberano. A perversão moral existente em várias seitas constitui-se em amplo
testemunho da depravação encontrada no mundo delas. Os seguidores do líder hindu
Rajneesh dedicaram-se a orgias no Estado de Oregon (EUA). A seita Os meninos de Deus
de David Berg, é bem conhecida por suas perversões sexuais. De fato, a perversão moral
é característica de muitas seitas. Essa rebelião moral foi manifestada no movimento
antiinstitucional, antigovernamental e antifamiliar surgido nos anos 60, e a sua inércia tem
levado tal movimento até os anos 90.
Colapso social das famílias – Walter Martin disse certa vez “Vemos uma geração
sem senso de história – desligada do passado, alienada do presente e que possui um
conceito incompleto em relação ao futuro. A geração de ‘agora’ é, na realidade, uma
geração perdida” (The new cults, pág 28). Muitas seitas tiraram proveito do colapso de
famílias em nossa sociedade, tornando-se famílias substitutas para a “geração perdida”.
Não é à toa que muitos adeptos de seitas dirigem-se aos seus líderes com termos
paternos ou maternos. Por exemplo, a profetiza da Nova Era, Elizabeth Clare, que dirige a
Igreja Universal e Triunfante, é carinhosamente conhecida pelos seus seguidores como
‘”Mamãe guru”. David “Moisés” Berg, fundador da seita meninos de Deus era
freqüentemente chamado de “Pai David” pelos adeptos da seita. Da mesma forma, o
reverendo Moon é chamado de “Pai Moon” por membros da Igreja da Unificação.
CONCLUSÃO
Com esse estudo percebemos sem dúvida a clara manifestação de seitas e
heresias de toda sorte e tipos – e nisto está à pluralidade – desde os mais tradicionais e
fechados até os mais aberrantes e escrachos que o inimigo de Deus tem lançado sobre a
terra. O que deve ser tirado de informações como essas, não é simplesmente o
conhecimento do conteúdo que nos foi passado, mas sim a reação que teremos em tendo
esse conhecimento, o que faremos com ele, o que nos auxiliou e o quanto nos abriu os
olhos para realidades que até o presente momento pareciam não existir para alguns de
nós. Que a nossa resposta seja à altura ao desafio que essa triste realidade nos aponta
para que com a graça de Deus e o nosso esforço, possamos alertar e arrebatar a muitos
desse fogo sectário que tem consumido almas até o inferno (Jd 22,23).
III - HERESIAS PRIMITIVAS
Marcion (95-165)
Informações indicam que Márcion nasceu em Sinope, no Ponto, Ásia Menor. Foi
proprietário de navios, portanto, muito próspero. Influente líder cristão, suas idéias o
conduziram à exclusão, em 144 d.C. então formou uma escola gnóstica. rejeitou o A.T. por
achá-lo inútil e ultrapassado, além de afirmar que produzido por um deus inferior ao Deus
do evangelho. Para Márcion, o cristianismo era totalmente independente do judaísmo, era
uma nova revelação. Segundo ele, Cristo pegou o Deus do A.T. de surpresa e este teve de
entregar as chaves do inferno àquele. Além disso, Cristo não era Deus, apenas uma
emanação do filho de Deus. O cânon de Márcion restringia-se as dez epístolas de Paulo e
à uma versão modificada do evangelho de Lucas.
Gnosticismo
Nome derivado do termo grego gnosis, que significa “conhecimento”. Os gnósticos
se transformaram em uma seita que defendia a posse de conhecimentos secretos. A
premissa básica do gnosticismo é uma cosmovisão dualista. O supremo Deus Pai
emanava do mundo espiritual “bom”. A partir dele, surgiram sucessivos seres finitos (éons)
até que um deles, Sofia, deu à luz a Demiurgo (Deus criador) que criou o mundo material
“mau”, juntamente com todos os elementos orgânicos e inorgânicos que o constituem. A
maior polêmica contra o gnosticismo apareceu, entretanto, no período patrístico, com os
escritos apologéticos de Irineu, Tertuliano e Hipólito. O gnosticismo foi considerado um
movimento herético pelos cristãos ortodoxos.
Montano (120-180)
Por volta do ano 150 d.C., surgiu na Frigia um profeta chamado Montano que, junto
com Prisca e Maximilia, se anunciou portador de uma nova revelação. As profecias e
revelações de Montano giravam em torno da Segunda vinda e incentivava o ascetismo.
Insistiam sobre estritas exigências morais. Finalmente, Montano afirmou ser o Paracleto,
pois nele iniciaria e findaria o ministério do Espírito Santo. Esse movimento desvaneceu-se
no terceiro século no Ocidente e no sexto, no Oriente.
Ascetismo
Autonegação, visão de que a matéria e o espírito estão em oposição um ao outro. O
corpo físico, com suas necessidades e desejos e desejos inerentes, é incompatível com o
espírito e sua natureza divina. O asceticismo foi amplamente aceito nas religiões antigas e
ainda hoje é filosofia proeminente, sobretudo nas seitas e religiões orientais. Platão
idealizou-se. As seitas judaicas, como os essênios, praticavam-no fervorosamente e o
cristianismo institucionalizou-o, com o desenvolvimento de várias ordens monásticas.
Sabélio (180 – 250)
Nasceu na Líbia, África do Norte, no terceiro século depois de Cristo. Recebeu
influência do modalismo que já estava sendo divulgada na África. Hoje o modalismo é muito
conhecido pelo nome de sabelianismo, devido a influência intelectual fornecida por Sabélio. O
objetivo em vista, que pensava, justificava os meios. Ensinava que havia uma única
essência na divindade, contudo, rejeitava o conceito de três pessoas em uma só essência.
Afirmava que isso designaria um culto triteísta, isto é de três deuses.
IV – ADVENTISMO
1. ORIGEM E HISTÓRIA DO ADVENTISMO
1.1. William Miller
A história da Igreja Adventista do Sétimo Dia (ASD) está ligada a William Miller, que
desempenhou papel proeminente no início do Movimento do Advento na América, já que
foi ele quem fixou a data de 22 de março de 1843 para a vinda de Cristo à terra. Os
adventistas se orgulham de seu nome, pois no livro Fundadores da Mensagem, p. 9, lê-
se:"O MOVIMENTO do Advento na América foi originado por homens que estavam
desejosos de receber a verdade, quando esta a eles chegasse. Aceitaram-na
sinceramente e segundo a mesma viveram, esperando serem dentro em breve
transladados. Depois do grande desapontamento todos caíram em trevas". Não ocorrendo
o retorno de Cristo na data prevista, Miller apontou a data de 22 de outubro de 1844. Jesus
novamente não veio. Willian Miller: Nasceu em, 1782 em Pittsfield Estado de
Massachussetts (EUA), era de Família Batista.
Willian Miller e seu fracasso: Todavia, nenhumas das duas previsões se cumpriram.
Procurando justificar-se, Miller explicou que se enganara nos cálculos. Em seguida,
marcou nova data: 22 de outubro de 1844. Essa data também falhou. Miller arrependeu-se
e procurou a Igreja Batista. Já conciliado, foi servir à Deus, vindo a Falecer em 1849. O
Mal, porém, já estava feito, vários grupos começaram a aparecer. Hiram Edson, Joseph
Bates e James White com sua esposa Ellen Gould White eram os mais proeminentes dos
movimentos adventistas.
1.2. A formação da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Após o "Grande Desapontamento" formaram-se vários grupos: o de Hiram Edson,
em Port Gibson, o de Joseph Bates, de New Hampshire, Washington, e o de Ellen Gould
Harmon White, que começou em Portland,no Maine. Em 1860, em conjunto com a
organização da obra de publicações, escolheu-se um nome. Alguns optaram pelo nome
"Igreja de Deus", mas prevaleceu a opinião de que o nome deveria refletir os distintivos
ensinos da igreja; assim adotaram o nome de "Igreja Adventista do Sétimo Dia", e em maio
de 1863,organizou-se a Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.
1.3. Ellen Gould White e o "espírito de profecia"
No livro Sutilezas do Erro, p. 35, lê-se: "O espírito de profecia é o que, segundo as
Escrituras, a par com a guarda dos mandamentos de Deus, seria o característico da igreja
remanescente". No folheto The Mark of the Beast (A Marca da Besta), de George A. Irwin,
1911, afirma-se: "Acreditamos que o Espírito de Profecia é o único intérprete infalível dos
princípios bíblicos". Concluímos, assim, que os ASD possuem além da Bíblia, uma outra
fonte de direção divina (Veja Gálatas 1:18; 2 Coríntios 11:1-4; 1 Tessalonicenses 5:21;
Salmo 119:105,130).
2. DOUTRINAS DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
2.1. Doutrina da natureza de Cristo
Os ASD ensinam que Cristo, ao vir à terra, tomou sobre si a natureza pecaminosa do
homem: "Em sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza pecaminosa, caída.
Senão, não seria então ‘em tudo semelhante aos irmãos’ , não seria como nós em tudo.... De sua parte humana, Cristo herdou exatamente o que herda todo filho de Adão - uma
natureza pecaminosa " - Compare com Lucas 1:35; João 8:46; 14:30; 1 Coríntios 15:45;
Colossenses 2:9; Hebreus 4:15; 7:26.
2.2. Juízo investigativo
Segundo a teologia de Ellen Gould White a expiação não foi concluída na cruz do calvário
(O Conflito dos Séculos, pp. 420-421). Ao terminarem as 2300 tardes e manhãs, Jesus
entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte da sua solene obra - Purificar o
santuário (Compare com Hebreus 6:19-20; 8:1; 10:19, 20; Levítico 16:2; Números 7:89; 1
Samuel 4:4; 2 Reis 19:15 e Êxodo 26:33). Veja ainda Hebreus 1:3.
2.3. O lugar de Satanás na Expiação
A doutrina da expiação da Igreja Cristã tem defendido que Cristo é o único expiador, sendo
que Satanás não tem nenhuma parte na expiação. Com base em Levítico 16:5-10,
alegando que o bode emissário tipifica Satanás, os ASD defendem que Satanás não
somente levará o peso e castigo de seus próprios pecados, mas também os pecados da
hoste dos remidos, os quais foram colocados sobre ele. - Veja Isaías 53:4-6, 11, 12 e
compare com Mateus 8:16-17; João 1:29; 1 Pedro 2:24; 3:18.
2.4. A mortalidade ou sono da alma
O livro Subtilezas do Erro, p. 249, diz "O que o homem possui é o "fôlego da vida" ou
"vida" (o que dá animação ao corpo), que lhe é retirado por Deus quando expira. E o fôlego
é reintegrado no ar, por Deus. Mas não é entidade consciente ou o homem real como
querem os imortalistas". A Bíblia desmente tal doutrina – o dormir refere-se ao corpo -
Mateus 27:52 e Deuteronômio 34:5-6, comparados com Mateus 17:1-3.
2.5. Os adventistas do sétimo dia e os dois concertos
Insistem os ASD em dizer que o decálogo é obrigatório, e assim, vivem no Antigo
Concerto, afirmando que todos os não-sabatistas são transgressores da lei. O Antigo
Concerto, porém, foi dado a Israel, que não o cumpriu. Veio Jesus, cumpriu a lei e realizou
um Novo Concerto, sob o qual estamos. - Veja Hebreus 8:6, 7, 10, 11, 13; Colossenses
2:16, 17; Hebreus 12:18-24 e Gálatas 4:21-26.
2.6. A divisão da Lei: Lei de Deus e Lei de Moisés
O folheto Leis em Contraste, pp. 2-3, diz : "A Lei Moral, os Dez Mandamentos, chamados
Lei de Deus"... "O mesmo não se dá com a Lei Cerimonial, freqüentemente chamada de
Lei de Moisés". Entretanto "lei de Deus" e "lei de Moisés" são expressões sinônimas na
Bíblia - Romanos 6:11-17; Gálatas 5:18-21; 2 Coríntios 3:6-11.
2.7. A Guarda do Sábado
Ellen White em O Conflito dos Séculos, p. 611, diz: "O sábado será a pedra de toque da
lealdade... traçar-se-á a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não O
servem". Afirmam ainda que "o selo de Deus na vida do cristão é a guarda do sábado"-
Veja Oséias 2:11; Colossenses 2:16-17; Isaías 1:13-14; Gálatas 4:9-10.
2.8. A guarda do domingo
Dizem os adventistas que a guarda do domingo é de origem pagã. Citam, no folheto Por
que se Guarda o Domingo?, o dicionário Webster’s, que reza: "chama-se assim [Sunday]
(dia do sol), porque era antigamente dedicado ao Sol ou ao seu culto". Por esta lógica, a
guarda do sábado também é de origem pagã, pois Saturday (sábado, em inglês) era o dia
do deus Saturno, celebrado com orgias.
2.9. É a guarda do domingo o sinal da besta (666)?
Para os ASD o selo de Deus na vida do cristão é a guarda do sábado; logo, afirmam que
todos os que não guardarem o sábado receberão o sinal da besta - Veja Efésios 1:13; 2
Timóteo 2:19; 2 Coríntios 6:17; Romanos 4:25 e Apocalipse 1:10.
CONCLUSÃO
Concluímos, com base nos fatos apresentados, que apesar de a igreja ter as melhores
escolas, hospitais, grupos musicais como: Prisma, Karisma, Voz da Profecia, Arautos do
Rei e outro, os Adventistas do Sétimo Dia têm se comportado como judaizantes, paralelos
aos da época apostólica. Os que dependem das obras da lei para a salvação não são
verdadeiros cristãos (Efésios 2:8-15). Para nós, portanto, cada dia é sábado, pois em
Cristo repousamos todos os dias da semana (Hb.4:11). A palavra Hebraica: Yom Rishon,
significa "Dia Primeiro".
V - AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
1. HISTÓRIA
ORIGEM: Charles Taze Russell, o fundador do russellismo, nasceu em 1852 nos estados
unidos. Seus pais eram presbiterianos. Russell pertenceu à Igreja Congregacional e a
seguir, à Igreja Adventista. Em 1874, fundou formalmente o movimento russelita. Em
1879,começou a publicação do período "Torre de Vigia de Sião", hoje chamada "A
Sentinela". O Sucessor de Russell, Joseph Rutherford, efetuou 148 alterações doutrinárias
no seu sistema de crença da seita. Publicou a obra póstuma de Russell, intitulada "O
Mistério Consumado", e o sétimo volume de "Estudos das Escrituras", como meio de
consolidar em torno de si o domínio e o controle da organização. Eles começaram no
Brasil em 1920, sua sede nacional permaneceu em São Paulo, capital, até 1980.
Atualmente a sua sede nacional fica em Cesário Lange, interior de São Paulo.
2. BIBLIA
Dizem que ninguém pode interpretar a Bíblia sem a revista "A SENTINELA". Não
reconhecem qualquer outra versão da Bíblia, além da sua versão deturpada chamada,
"Tradução Novo Mundo". Muitos testemunhas de Jeová adquirem outras versões da Bíblia,
simplesmente porque se interessam por alguns versículos para o seu trabalho de
proselitismo, dando assim a impressão de que conhecem outras versões.
Por exemplo:
Foi preparada para contrabandear as crenças pré-fabricadas da Torre de Vigia para
o texto das Escrituras. É uma obra mutilada, tendenciosa, viciada e cheia de
interpolações. Traduziram Jo 1.1 por; "E a palavra era [um] deus". Disse o Dr. Bruce
M. Metzger, da Universidade de Princeton (prof. de Línguas e Literatura Novo
Mundo): "tradução horripilante...errônea...perniciosa...repreensível". Se os
Testemunhas de Jeová levam essa tradução a sério, eles são Politeístas.
3. DOUTRINA
Deus: O Deus dos Testemunhas de Jeová não sabe todas as coisas. Dizem que ele não sabia
qual seria o resultado da prova de Abraão, em Gn. 22:12; e também desconhecia que se
passava na terra, no caso de Gn. 18:20-21, dizem que o verdadeiro Deus não é onipresente.
Mas a Bíblia nos ensina que Deus enche todo o universo (1 Rs. 8:27; Jr. 23:23- 24) e sabe todas as coisas (Dn. 2:20-22). O Deus deles, portanto, não é o mesmo Deus da
Bíblia.
Trindade: Dizem que a trindade é uma doutrina pagã, desenvolvida por Costantino,
imperador de Roma, no Séc. IV, o que não é verdade. Quando Constantino veio ao
mundo; a doutrina da Trindade já estava no registro bíblico desde os primeiros capítulos
de Gênesis. (Sobre a doutrina da Trindade veja a apostila de Teologia Sistemática I).
O Senhor Jesus Cristo: O Jesus dos Testemunhas de Jeová não é o mesmo da Bíblia. O
Apóstolo Paulo adverte os Cristãos, prevenindo desse "outro Jesus" (2 Co. 11:4). Dizem
que Jesus é igual à Satanás. Afirmam que Jesus é o destruidor, o Abadom de Apocalipse
9:11. Ensinam que Jesus tornou-se Cristo por ocasião de seu batismo; O Jesus da Bíblia,
contudo, nasceu Cristo (Lc. 2:11). Já ensinaram que Miguel não era Jesus, agora dizem
que Jesus é Miguel. A Bíblia afirma que Jesus é Criador e Miguel é a Criatura (Cl. 1:16-18,
Hb. 1:5); dizem que Jesus é um deusinho, a Palavra de Deus, porém, declara que ele é o
Deus verdadeiro (1 Jo. 5:20).
Espírito Santo: Os Testemunhas de Jeová ensinam que o Espírito Santo é a força ativa e
impessoal de Deus, negando tanto a sua personalidade como a sua divindade. A Bíblia,
porém, revela o Espírito Santo como uma pessoa, a terceira Pessoa da Trindade, pois ele
é Deus, "...na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Co. 3:18). O Espírito
Santo possui intelecto; Ele penetra todas as coisas (1 Co. 2:10,11) e é inteligente (Rm
8:27). Ele tem emoção, sensibilidade (Ef. 4:30) e vontade (At. 16:6-11;1 Co. 12:11) As três
faculdades: intelecto, emoção e vontade, caracterizam PERSONALIDADE.
Salvação: Ensinam que a salvação depende de se pertencer à sociedade Torre de Vigia e
estudar seu manual ingresso, o livro "conhecimento conduz à vida eterna". Jesus no
entanto, afirma: "Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por
mim." (Jo. 14:6).
Inferno: Os Testemunhas de Jeová, negam a existência do inferno ardente, porque
Russell antes mesmo de fundar seu movimento, pessoalmente não concordava com tal
crença. Ele já estava decidido a não aceitar a crença do inferno de fogo, isto com base em
seu sistema de lógica e no seu próprio raciocínio carnal. Jesus falou mais sobre o inferno
do que sobre o céu (MT. 10:28).
Céu: Crêem que em 1935 Jeová colocou uma Placa no Céu, dizendo: "Não há vagas".
Rutherford, sucessor de Russell, inventou essa doutrina em 1935, dividindo o rebanho em
duas classes: "a dos ungidos" que são apenas 144000 membros, que representam os
autênticos fiéis desde a fundação da igreja em 1935. Somente estes, segundo eles, vão para o
céu. Os demais são da Classe "grande multidão", que de acordo com o seu ensino, vão herdar
a terra. Dizem os membros dessa última classe que não são filhos de Deus e nem pertencem a
Cristo. Trabalham de casa em casa convidando o povo para religião que ensinam que nem
mesmo seus adeptos são filhos de Deus e nem pertencem a Cristo. A Bíblia diz que há um só
rebanho (Jo. 10:16; Ed. 2:11-18) o Céu é para todos os que crerem (Jo. 14:1-4) e que todos os
cristãos autênticos são Filhos de Deus (Jo 1:12; 1 Jo. 3:1-3).
CONCLUSÃO
O Crente que não tem por hábito de estudar, seguindo o roteiro de crescimento espiritual
(desde o discipulado até o curso de liderança), torna-se presa fácil para os Testemunhas
de Jeová, como qualquer seita herética, crentes que em vez de irem para a Igreja ficam
em casa correm o risco de serem contaminados por estas seitas. Devemos seguir
recomendações do Apóstolo João: "Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina,
não o recebais em casa, nem tão pouco o saudeis." (2 Jo. 10).
VI MORMONISMO
1. HISTÓRIA
Fundador: O Norte-Americano JOSEPH SMITH JR, nasceu em 23 de dezembro de 1805, e
morreu em 27 de junho de 1844, num cárcere. Seus adeptos alegam que, numa visão, em
1820, Joseph Smith teria visto o Pai e seu filho Jesus Cristo. Perguntou-lhes, então, qual era
a religião verdadeira. Como resposta, ele teria ouvido que todas as igrejas haviam
apostatado da fé, e que seu credo era uma abominação. Visão das Placas de Ouro: Há
outra versão de que essa visão teria ocorrido em 1823, quando Joseph Smith tinha 17
anos. Alegam que ele recebeu a visita de um estranho anjo chamado Morôni, o qual lhe
revelou a existência de um livro, escrito em placas de ouro, e que se achava no monte
Cumorah, nas proximidades de Palmyra, Nova Iorque. Traduzidas as Placas, deram
origem ao "Livro de Mórmon".
Organização: A presidência da Igreja de Mórmon é a sua autoridade máxima, constituída
de seu profeta e seus secretários. O Mormonismo jacta-se ao declarar que é a única igreja
a ter profetas e apóstolos, pois mantém um quorum de doze apóstolos. A Bíblia destrói a
compreensão deles porque "profetas e apóstolos", embora apareçam em Efésios 4:11, são
pedras que formam um fundamento da igreja, sendo Jesus Cristo a Pedra Angular (Ef.
2:20). A Igreja tem um só fundamento (1 Co. 3:11). Por isso não ordenamos ninguém ao
cargo de apóstolo nem profeta.
2. FONTE DE AUTORIDADE NO MORMISMO.
O Mormonismo considera o Livro de Mórmon, acima da Bíblia. O artigo 8 das Regras de
Fé declara: "Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, desde que seja correta sua tradução;
cremos também ser o Livro de Mórmon a Palavra de Deus." Doutrina e Convênios:
Contém 138 seções divididas em versículos. São as "revelações" de Joseph Smith, que
tratam sobre a Doutrina de Deus, da Igreja, do sacerdócio, da ressurreição, do homem
após à morte e dos diferentes níveis da Salvação. Batismo pelos Mortos (seções 124, 127
e 128), matrimônio celestial (seção 132, 19, 20), Poligamia (seção 132, 61, 62). Pérola de
Grande Valor: Este Livro, tão conceituado entre os Mórmons, já foi amplamente
desmascarado como fraude, apesar de Joseph Smith alegar tê-lo traduzido
milagrosamente para o Inglês a partir de escritas hieroglíficas egípcias.
3. O LIVRO DOS MÓRMON X BÍBLIA:
Autenticidade da Bíblia: A Bíblia, desde que foi escrita, nunca precisou de alterações. A
primeira edição do livro de Mórmon, teve 3.913 mudanças, a edição atual tem textos
completamente diferentes da primeira edição. Falácia do Livro de Mórmon: A Origem do
Livro de Mórmon não pode ser comprovada. Não existe o idioma "egípcio reformado",
mencionado ali. O Livro de Mórmon, segundo eles, foi escrito em 421 d.C. Como pode o tal
livro reproduzir textos da versão inglesa do Rei Tiago, que só viria a surgir em 1611? Nada
dos relatos do Livro de Mórmon pôde ser confirmado até agora. Ainda não se descobriu
nenhuma cidade sequer das trinta e oito mencionadas no Livro de Mórmon.
4. DOUTRINA
Deus – Os Mórmons têm deuses para todos os gostos. Uma declaração básica do
livro deles afirma que: "Como o homem é; Deus foi; Como Deus é; o homem poderá vir a
ser." - Eles não reconhecem o conceito Bíblico de Deus, e daí negam a Trindade. A Bíblia
ensina que há um só Deus Verdadeiro e que ele é UNO, mas subsiste em três pessoas
distintas.
Jesus Cristo – Eles pregam um Jesus Polígamo, considerações blasfemas sobre Ele,
inclusive sua concepção virginal. Usam de muitas palavras de fé cristã, com sentidos
trocados. o Jesus da Bíblia foi gerado pelo ESPIRITO SANTO DE DEUS.
Salvação - Para os Mórmons pode ser Geral: significa que, na consumação dos
séculos, os incrédulos serão castigados e depois liberados para a salvação.
Sacerdócio de Arão E Melquisedeque - Todos os mórmons recebem o sacerdócio de
Arão e depois de Melquisedeque. A Bíblia porém, diz que o sacerdócio de Arão foi
REMOVIDO (Hb. 7;7-13) e o de Melquisedeque é exclusivamente de Cristo (Hb. 7:24). A
palavra "perpétuo", que no NOVO TESTAMENTO original só aparece nesta passagem, tem
o sentido de que é intransferível.
CONCLUSÃO
Como o Mormonismo é uma seita missionária, precisamos prevenir os membros de nossa
Igreja para se precaverem, e jamais se deixem levar por estes enganos. Como o
Mormonismo é uma seita missionária, precisamos prevenir os membros de nossa Igreja para
se precaverem, e jamais se deixem levar por estes enganos. Este é o nosso grande desafio.
VII CATOLICISMO ROMANO
1. HISTÓRIA
A igreja católica, que conhecemos hoje, é o resultado de alterações feitas à partir da
igreja primitiva. No século IV, Constantino ascendeu ao posto de Imperador. Este apoiou o
cristianismo e fez da mesma religião oficial do Império Romano. Assim sendo, muitos ímpios
se tornaram cristãos por motivos políticos e escusos. Constantino convocou em 325 d.C. o
Concílio de Nicéia onde surgiu o catolicismo romano influenciado por doutrinas pagãs. Como
pôde haver essa junção entre o cristianismo e Roma? Roma que sempre foi centro de idolatria
em que seus imperadores eram considerados deuses. Muitas doutrinas estranhas continuaram
a penetrar no catolicismo romano. Fazendo que cada vez mais a igreja católica se distanciasse
de sua origem. Citarei alguns exemplos dando datas aproximadas: A oração pelos mortos
começou a ser aceita por volta de 300 d.C. O começo da exaltação a Maria
onde o termo “mãe de Deus” surgiu pela primeira vez em 431 d.C. A doutrina do purgatório
em 593 d.C. A adoração da cruz, imagens e relíquias em 786 d.C. A canonização dos
santos mortos em 995 d.C. O celibato do sacerdócio em 1079 d.C. E assim em diante... No
século XVI ocorreu a tão conhecida reforma protestante que é sempre lembrada no dia 31
de outubro por ser a data que Lutero em 1517 d.C. colocou suas 95 teses na porta da
Igreja do Castelo de Wittenberg. Essas teses combatiam principalmente a compra de
indulgências. Lorraine Boettiner escreveu: “O protestantismo como surgiu no século
dezesseis não foi o começo de alguma coisa nova, mas o retorno ao cristianismo bíblico e
à simplicidade da igreja apostólica da qual a igreja católica se afastou há muito tempo.”
2. DOUTRINAS
O PAPISMO - A tradição Católica diz que Pedro foi Papa em Roma durante vinte e cinco anos.
Vamos aos Fatos Reais: Pedro Nunca foi Bispo de Roma: Se ele foi martirizado no Reinado de
Nero, por volta de 67 ou 68 AD, subtraindo desta data vinte cinco anos, retrocederemos a 42
ou 43 AD. Rastreando a Vida de Pedro: Vasculhando a vida de Pedro, conforme a Bíblia, irá
desmascarar esta mentira dos Romanos. Epístolas escritas em Roma: De Roma, Paulo
escreveu quatro cartas, em 62: Efésios, Colossenses e Filemon. Em 63, Filipenses. Entre 67 e
68, após o incêndio de Roma, quando estava preso pela Segunda vez, 2 Timóteo. Esse tal
papa não é mencionado. Basta entender Mateus 16:16-18.
A MARIOLATRIA E OS CULTOS AOS SANTOS - Adoração e Veneração: Há diferenças
entre "adorar" e "prestar culto"? se prostrar diante de um ser, dirigir-se a ele em orações e
ações de graças, fazer-lhe pedidos, cantar louvores - Chamar isso de veneração é
subestimar a inteligência humana. A Bíblia diz ave há um só mediador entre Deus e os
Homens - Jesus Cristo (1 Tm 2:5), entretanto, os católicos apresentam orações pedindo a
intercessão de Maria. "Glórias de Maria": É o título do livro publicado pela editora
Santuário, de autoria de Afonso Maria de Liguori, canonizado pelo Papa, que atribuiu à
Maria toda a honra e toda a Glória que a Bíblia afirma ser de Jesus Cristo como Senhor.
Chama Maria de Onipotente e outros atributos exclusivamente Divinos.
Livro Apócrifos - Os livros apócrifos (Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria, eclesiástico e Baruc) jamais fizeram parte da Bíblia Sagrada dos Judeus, isto é: O Antigo Testamento.
A Bíblia Hebraica, ainda hoje, está dividida em três partes: LEI, HAGIÓGRAFOS (Escritos
Sagrados) e PROFECIAS.
Celibato Clerical – Foi Instituído em caráter local em 386, por Sirício, bispo de Roma, e
imposto como obrigação vocacional pelo Papa Gregório VII, em 1704. Continua a ser
mantido pela Igreja Católica. O Casamento não é mandamento, mas escolha individual.
Nem a Igreja, nem o Papa, nem ninguém pode interferir neste direito cedido por Deus (Gn.
2:18; 1 Co. 7:2), inclusive aos oficiais da Igreja (1 Tm. 3:2-5;12;Tt 1:6-9).
Purgatório - Essa doutrina ensina que os cristãos parcialmente santificados passam por
um processo de purificação de pecados, para depois entrarem nos céus. Essa crença veio
do Paganismo e é muito antiga. Mas nós sabemos que só há um Caminho descrito na
Bíblia para a Salvação (Jo. 14:6).
Tradição - Jesus criticou durante o fato de se colocar a tradição em igualdade de condição
com a Palavra de Deus, ou até mesmo acima dela. A Igreja Católica, através de suas
tradições, aprova práticas frontalmente condenadas pela Bíblia: A Idolatria e outros
desvios doutrinários. É a Bíblia quem julga a Igreja e não vice-versa.
Batismo Infantil - A Criança é inocente e não tem responsabilidade alguma diante de Deus.
Ela não tem ainda capacidade de amar e aborrecer a Deus. A questão delas Jesus já
resolveu: "Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de
Deus". O Batismo exige profissão de fé (At. 8:37); oração (At.22:16) e voto de consagração
(1 Pe. 3:21). A Criança não é capaz de realizar esses três requisitos.
Salvação pelas Obras - A Igreja Católica prega salvação pelas obras contrariando a Palavra
de Deus. A Salvação é um ato da Graça de Deus, e não um mérito humano (Ef. 2:8-10;Tt
2:11;3-5).
VIII ESPIRITISMO
1. HISTÓRIA
ALLAN KARDEC - O PROFETA DO ESPIRITISMO - Hippolyte Léon Denizard Rivail,
nasceu em Lyon, a 3 de outubro de 1804 e morreu em Paris a 31 de março de 1869. A partir
de 1852;começou manifestar interesse por problemas mentais, investigando fenômenos já
observados por médicos e estudiosos de outros países: Nas suas investigações, acabou
entrando em contato com alguns praticantes do espiritismo como, por exemplo, o médium
Fortier que fazia trabalhos com mesas gigantes, e outros que praticavam uma espécie de
psicografia sobre uma (lousa). Crédulo e ingênuo, nesse campo, logo lhe apresentaram um
"espírito familiar" que seria o seu "guia" (Método que o espiritismo usa ainda, em nossos dias
para iniciar os seus seguidores). Tal espírito fez-lhe saber que o conhecera em existência
anterior, na época dos druidas, nas Gálias, com o nome de Allan Kardec, que teria sido um
poeta celta.Em 1856, Kardec reuniu todas as informações que tinha sob o espiritismo e
codificou uma série de leis, publicando no ano seguinte uma obra com o nome Le Livre des
Esprits. Este livro alcançou tremenda repercussão, e a ele se seguiram outros treze livros, dos
quais, o Livro dos Médiuns é considerada sua obra mais importante sobre a prática do
espiritismo. Escreveu também o Evangelho Segundo o Espiritismo, onde se baseia em alguns
ensinamentos de Jesus Cristo para expor suas ideias. O que realmente despertou a atenção
de Kardec, foi a experiência das irmãs Magie e Katie Fox, que levantaram uma onda de uma
série de pesquisas e experiências resultando no espiritismo moderno. O Codificador do
Espiritismo moderno, que baseou suas experiências e observações a partir da experiência das
irmãs Fox, infelizmente, não viveu o suficiente para assistir à retratação daquelas irmãs.
Morreu cerca de dezenove anos antes. Talvez, se estivesse vivo na época e se fosse sincero,
teria feito uma revisão de tudo o que escrevera e, quem sabe, a história do espiritismo teria
sido outra.O Espiritismo Kardecista brasileiro está dividido em várias correntes. Os ortodoxos
ficam apenas com os ensinamentos de Kardec, enquanto que as demais correntes assimilam
também, ensinamentos de diversos espíritas como Pastorino, Chico Xavier e outros.
2. AS DOUTRINAS DE KARDEC
A Reencarnação - É a crença no simples retorno do espírito à vida terrena, em um corpo
humano, ora para purificar-se das más ações praticadas na vida anterior (como no
hinduísmo), ora para cumprir uma missão especial. A teoria do Carma - lei da causa e do
efeito - está implícita nessa doutrina. Crêem que o que se faz aqui, paga-se aqui. Admitem
que o sofrimento ou é a paga de algum mal praticado, ou um benefício que visa
aperfeiçoar o espírito. Costumam classificar os espíritos em quatro categorias: imperfeitos,
bons, superiores e puros. A doutrina da reencarnação inválida a obra de redenção do
pecador mediante a morte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sem contar que diz
Hebreus 9.27,28.
Comunicação Com Os Mortos - No espiritismo moderno, devido a estudos de comunicação
com os espíritos por intermédio da Mediunidade, tem-se enfatizado a possibilidade de se
comunicar com espíritos desencarnados. Essa prática, embora enfatizada modernamente por
alguns falsos profetas do espiritismo, é muito antiga. Já nos tempos do Antigo Testamento,
encontramos os judeus envolvidos com a consulta àquilo que entendiam serem os mortos.
Deus, na Sua Palavra, proíbe explicitamente tal prática Deuteronômio 18. 10 - 12.
Auto-Salvação - É a doutrina que afirma que. os homens vão se aperfeiçoando, pela
evolução espiritual, a cada reencarnação. Dessa forma, através do sofrimento e da prática
das boas obras, o "espírito" atinge uma categoria de pureza tal, que se pode dizer ter
atingido a sua própria salvação. O choque com os ensinamentos de Jesus é evidente
João1.12.
3. KARDEC NÃO ACREDITAVA :
Na Existência do Céu - Para ele e para o espiritismo, existem diferentes mundos para
habitações dos espíritos. Segundo eles, diferentes "planos espirituais" destinados aos
vários estágios de evolução, Jesus Cristo afirmou: "Na casa de meu Pai há muitas
moradas..." (João 14.2), mas, claramente, estava se referindo a muito lugar, à amplitude
junto ao Pai Celestial, e não aquilo que imaginam. Ao ladrão da cruz, Jesus prometeu
estar com ele imediatamente no paraíso, ou seja, na presença de Deus.
Na Existência do Inferno - Para Kardec, o inferno era mera superstição. ISSO está
bem de acordo com a sua teoria da evolução do espírito. Se o espírito evolui
constantemente, certamente não viria alcançar um castigo no inferno como crêem
os cristãos. É bom frisar, que no espiritismo Kardecista, a crença é que o espírito
está sempre em evolução. Por menor que seja a evolução de um espírito, o seu
estado é de aperfeiçoamento constante. Assim, um determinado momento na
evolução, por pior que seja, nada tem a ver como inferno cristão, que é fixo e do
qual, os que ali estão condenados, jamais sairão.
Na Existência do Diabo - No espiritismo Kardecista, bem como nos demais, o diabo
é apenas a representação do mal. Embora seja confundido com alguns exus ou
outros espíritos "malignos", nas mais diversas ramificações e filosofias espíritas, na
verdade, os adeptos do espiritismo não acreditam que ele seja uma personalidade,
um ser espiritual, dotado de vontade, razão e raciocínio. Mas, veja: João 8.44; II
Coríntios 11, 14.
Conclusão
O atual avanço do Espiritismo em todo o mundo é um sinal do final dos tempos, pois
a Palavra de Deus avisa que nos últimos tempos, muitos darão ouvidos a doutrinas
demoníacas (1 Tm 4,1).
IX ISLAMISMO
1. HISTÓRIA DO ISLAMISMO
Maomé nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, centro de animismo e idolatria.
Como qualquer membro da tribo Quirache, Maomé viveu e cresceu entre mercadores. Seu pai,
Abdulá, morreu por ocasião do seu nascimento, e sua mãe, Amina, quando ele tinha seis anos.
Aos 40 anos, Maomé começou sua pregação, quando, segundo a tradição, teve uma visão do
anjo Gabriel, que lhe revelou a existência de um Deus único. Khadija, uma viúva rica que se
casou com Maomé, investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina. Maomé passou
a pregar publicamente sua mensagem, encontrando uma crescente oposição. Perseguido em
Meca, foi obrigado a emigrar para Medina, no dia 20 de Junho de 622. Esse acontecimento, chamado Hégira (emigração), é o marco inicial do calendário
muçulmano até hoje.
Maomé faleceu no ano 632.
Segundo os muçulmanos, o Corão contém a mensagem de Deus a Maomé, as
quais lhe foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são considerados
infalíveis. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho, tendo o maior 286
versos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto de preceitos baseados
nos ahadith (ditos e feitos do profeta).
Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos: os Sunitas e os Xiitas. Os
Sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e
Hambanitas. Os Sunitas são os seguidores da tradição do profeta, continuada por All-
Abbas, seu tio. Os Xiitas são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. São os
líderes da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé.
O Islamismo é atualmente a segunda maior religião do mundo, dominando acima de 50%
das nações em três continentes. O número de adeptos que professam a religião
mundialmente já passa dos 935 milhões.
2. ARTIGOS DE FÉ DO ISLAMISMO
O Islamismo crê que existe um só Deus verdadeiro, e seu nome é Alá
Alá não é um Deus pessoal, santo ou amoroso, pelo contrário, está distante e
indiferente mesmo de seus adeptos. Suas ordens expressas no Corão são
imperativas, injustas e cruéis. Segundo Maomé, ele é autor do bem e do mal. Num
dos anais que descreve as mensagens de Alá para Maomé, ele diz: “Lutem contra
os judeus e os matem”. Em outra parte diz: “Oh verdadeiros adoradores, não
tenham os judeus ou cristãos como vossos amigos. Eles não podem ser confiados,
eles são profanos e impuros”.
• O islamismo crê erroneamente em anjos
• Segundo eles, Gabriel foi quem transmitiu as mensagens de Alá para
Maomé. É ensinado que os anjos são inferiores aos homens, mas intercedem
pelos homens.
• Islamismo crê que exista um só livro sagrado dado por Alá, o Corão,
escrito em Árabe.
• Os muçulmanos crêem que Alá deu uma série de revelações, incluindo
o Antigo e Novo Testamentos, que é chamado de Corão. Segundo eles, as
antigas revelações de Alá na Bíblia foram corrompidas pelos cristãos, e, por
isso, não são de confiança.
• Islamismo crê que Maomé, é o último e o mais importante dos profetas
Conforme o Islamismo, Alá enviou 124,000 profetas ao mundo, apesar de unicamente
trinta estarem relacionados no Corão. Os seis principais foram:
• Profeta Adão, o escolhido de Alá
• Profeta Noé, o pregador de Alá
• Profeta Abraão, o amigo de Alá
• Profeta Moisés, o porta-voz de Alá
• Profeta Jesus, a palavra de Alá
• Profeta Maomé, o apóstolo de Alá
• Crê na predestinação do bem e do mal
• Tudo o que acontece, seja bem ou mal, é predestinado por Alá através
de seus decretos imutáveis.
• Islamismo crê que haverá o dia da ressurreição e julgamento do bem e
do mal Neste grande dia, todos os feitos do homem, seja bem ou mal, serão
colocados na balança. Os muçulmanos que adquiriram suficientes méritos
justos e pessoais em favor de Alá irão para o céu; todos os outros irão para o
inferno.
CINCO COLUNAS DO ISLAMISMO
A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas, as quais são
chamadas de “Colunas da Religião”.
1- Recitação do credo islâmico:
Não existe nenhum deus além de Alá e Maomé, o seu profeta.
2 -Preces cotidianas:
Chamadas de slãts, feitas cinco vezes ao dia, cada vez em uma posição diferente
(de pé, ajoelhado, rosto no chão, etc), e virado em direção à Meca.
A chamada para a oração é feita por uma corneta, denominada de muezim, desde
uma torre chamada de minarete, a qual faz parte de um santuário ou lugar público
de adoração conhecido como mesquita.
3 - Observação do mês de Ramadã:
O qual comemora a primeira revelação do Corão recebida por Maomé. Durante um mês,
as pessoas jejuam desde o nascer até o pôr do sol. Segundo eles, os portões do
paraíso abrem, os do inferno fecham, e os que jejuam têm seus pecados perdoados.
4 - Pagamento do zakat:
Imposto anual de 2.5% do lucro pessoal, como forma de purificação e ajuda aos
pobres. Também ofertam para a riquíssima Liga Muçulmana.
5 - Peregrinação para Meca:
Ou Hajj, ao lugar do nascimento de Maomé, na época de Eid el Adha (festa islâmica
que rememora o dia em que o profeta Abraão aceitou a ordem de sacrificar um
carneiro em lugar de seu filho), pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano
dotado de condições físicas e econômicas.
O Jihad, ou guerra santa: é a batalha por meio da qual se atinge um dos objetivos
do islamismo, que é reformar o mundo. Qualquer muçulmano que morra numa
guerra defendendo os direitos do islamismo ou de Alá, já tem sua vida eterna
garantida. Por esta razão, todos que tomam parte dessa “guerra santa”, não têm
medo de morrer ou de passar por nenhum risco.
Avaliação:
O pastor Edino Luiz de Melo traz alguns pontos para a avaliação do islamismo como:
Sobre o céu, a guerra santa e salvação – O céu é um grande oásis (para o
Islã) e aquele que morrer na guerra santa irá direto para lá. Creem na
salvação pelas obras e não tem conhecimento de um Deus de amor e de
graça Jo 3.16;1Jo 3.1; Ap 22; Ef 2.9.
Sobre Jesus – Colocam Jesus na mesma posição que os profetas (como visto
acima) – Leia Jo 1.1; 8.58; 14.9,10; Mq 5.2; Jo 3.16; 1Jo 5:11-21; Cl 1:15;2.9.
Sobre Deus e a Trindade – Para os muçulmanos “Alá” é o único Deus e
“Maomé” o seu profeta. O Islamismo não aceita a Trindade. Acredita que o
Espírito Santo é uma força que emana de Deus. A Bíblia coloca que Deus
se revela em três pessoas, Mt 3.16-17; 28.19; Jo 14.16,17;15.26; 2 Co
13.13; Ef 2.18.
X HINDUISMO
1. INTRODUÇÃO AO HINDUÍSMO
Denominação do conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas que surgiram na
India, a partir de 2000 a.C. O termo é ocidental e é conhecido pelos seguidores como
Sanatana Dharma, do sânscrito (língua original da India), que significa "a ordem
permanente". Estão fundamentados nos quatro livros dos Vedas (conhecimento), um
conjunto de textos sagrados compostos de hinos e ritos, no Século X, denominados de
Rigveda, Samaveda, Yajurveda e Artharvaveda. Estes quatro volumes são divididos em
duas partes: a porção do trabalho (rituais politeístas) e a porção do conhecimento
(especulações filosóficas), também chamada de Vedanta. A tradição védica surgiu com os
primeiros árias, povo de origem indo-européia (os mesmos que desenvolveram a cultura
grega) que se estabeleceram nos vales dos rios Indo e Ganges, por volta de 1500 a.C.
2. HISTÓRIA DO HINDUÍSMO
Segundo ensina o hinduísmo, os Vedas contêm as verdades eternas reveladas pelos
deuses e a ordem (dharma) que rege os seres e as coisas, organizando-os em castas.
Cada casta possui seus próprios direitos e deveres espirituais e sociais. A posição do
homem em determinada casta é definida pelo seu carma (conjunto de suas ações em
vidas anteriores). A casta à qual pertence um indivíduo indica o seu status espiritual. O
objetivo é superar o ciclo de reencarnações (samsara), atingindo assim, o nirvana, a
sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e de todo o Universo. O caminho para
o nirvana, segundo ensina o hinduísmo, passa pelo ascetismo (doutrina que desvaloriza os
aspectos corpóreos e sensíveis do homem), pelas práticas religiosas, pelas orações e pela
ioga. Assim a pessoa alcança a “salvação”, escapando dos ciclos da reencarnação.
3. PRÁTICA DE FÉ DO HINDUÍSMO
Nos cultos védicos, os pedidos mais solicitados aos deuses são vida longa, bens materiais e
filhos homens. São várias as divindades. Agni é o pai dos homens, deus do fogo e do lar. Indra
rege a guerra. Varuna é o deus supremo, rei do universo, dos deuses e dos homens. Ushas é
a deusa da aurora; Surya e Vishnu, regentes do sol; Rudra e Shiva, da tempestade. Animais
como a vaca, rato, e serpentes, são adorados por serem possivelmente, a reencarnação de
alguns dos familiares. Existem três vezes mais ratos que a população do país, os quais
destroem um quarto de toda a colheita da nação. O rio Ganges é considerado sagrado, no
qual, milhares de pessoas se banham diariamente, afim de se purificar.
Muitas mães afogam seus filhos recém-nascidos, como sacrifício aos deuses.
4. SACERDÓCIO DO HINDUÍSMO
Os brâmanes (sacerdotes) criaram o sistema de castas, que se tornou a principal
instituição da sociedade indiana. Sem abandonar as divindades registradas nos Vedas,
estabeleceram Brahma como o deus principal e o princípio criador. Ele faz parte da
Trimurti, a tríade divina completada por Shiva e Vishnu. De acordo com a tradição, Brahma
teve quatro filhos que formaram as quatro castas originais: brâmanes (saídos dos lábios de
Brahma), são os sacerdotes considerados puros e privilegiados; os xátrias (originários dos
braços de Brahma), são os guerreiros; os vaicias (oriundos das pernas de Brahma), são os
lavradores, comerciantes e artesãos; e sudras (saídos dos pés de Brahma), são os servos
e escravos. Os párias são pessoas que não pertencem a nenhuma casta, por terem
desobedecido leis religiosas. Estes não podem viver nas cidades, ler os livros sagrados
nem se banharem no Rio Ganges.
As características principais do hinduísmo são o politeísmo, ioga, meditação e a reencarnação.
Estima-se que atualmente existam mais de 660 milhões de adeptos em todo o mundo, com um
panteão de 33 milhões de deuses e 200 milhões de vacas sagradas. Todo
gado existente na India, alimentaria sua população por cinco anos, entretanto, a fome é
devastadora no país por causa da idolatria.
5. TEOLOGIA DO HINDUÍSMO
Tudo é deus, deus é tudo: o hinduísmo ensina, como no Panteísmo, que o homem está
unido com a natureza e com o universo. O universo é deus, e estando unido ao universo,
todos são deuses. Ensina também que este mesmo deus, é impessoal. Muitos deuses
adorados pelos hindus são amorais e imorais.
O mundo físico é uma ilusão: no mundo tridimensional, designada de maya, o homem e
sua personalidade não passam de um sonho. Para se ver livre dos sofrimentos
(pagamento daquilo que foi feito na encarnação passada), a pessoa deve ficar livre da
ilusão da existência pessoal e física. Através da ioga e meditação transcendental, a
pessoa pode transcender este mundo de ilusões e atingir a iluminação, a liberação final. O
hinduísmo ensina que a ioga é um processo de oito passos, os quais levam a culminação
da pessoa transcender ao universo impessoal, no qual o praticante perde o senso de
existência individual.
6. A lei do carma:
O bem e o mal que a pessoa faz, determinará como ela virá na próxima reencarnação. A
maior esperança de um hinduísta é chegar no estágio de se transformar no inexistente (a
salvação na perspectiva hinduísta). Vir ser parte deste deus impessoal, do universo.
XI BUDISMO
1. INTRODUÇÃO AO BUDISMO
Sistema ético, religioso e filosófico fundado pelo príncipe hindu Sidarta Gautama (563-483
a.C.), ou Buda, por volta do século VI. O relato da vida de Buda está cheia de fatos reais e
lendas, as quais são difíceis de serem distinguidas historicamente entre si.
O príncipe Sidarta nasceu na cidade de Lumbini, em um clã de nobres e viveu nas
montanhas do Himalaia, entre Índia e Nepal. Seu pai, era um regente e sua mãe, Maya,
morreu quando este tinha uma semana de vida.
Apesar de viver confinado dentro de um palácio, Sidarta se casou aos 16 anos com a
princesa Yasodharma e teve um filho, o qual chamou-o de Rahula.
2. HISTÓRIA DO BUDISMO
Aos 29 anos, resolveu sair de casa, e chocado com a doença, com a velhice e a com
morte, partiu em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Juntou-se a um grupo
de ascetas e passou seis anos jejuando e meditando.
Durante muitos dias, sua única refeição era um grão de arroz por dia. Após esse período,
cansado dos ensinos do Hinduísmo e sem encontrar as respostas que procurava, separou-se
do grupo. Depois de sete dias sentado debaixo de uma figueira, diz ele ter conseguido a
iluminação, a revelação das Quatro Verdades. Ao relatar sua experiência, seus cinco amigos
o denominaram de Buda (iluminado, em sânscrito) e assim passou a pregar sua doutrina
pela Índia.
Todos aqueles que estavam desiludidos pela crença hindu, principalmente os da casta
baixa, deram ouvido a esta nova faceta de Satanás. Como todos os outros fundadores
religiosos, Buda foi deificado pelos seus discípulos, após sua morte com 80 anos.
3. PRÁTICA DE FÉ DO BUDISMO
O Budismo consiste no ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana (estado
total de paz e plenitude) por meio da disciplina mental e de uma forma correta de vida.
Também crêem na lei do carma, segundo a qual, as ações de uma pessoa determinam sua
condição na vida futura. A doutrina é baseada nas Quatro Grandes Verdades de Buda:
A existência implica a dor -- O nascimento, a idade, a morte e os desejos são sofrimentos.
A origem da dor é o desejo e o afeto -- As pessoas buscam prazeres que não duram muito
tempo e buscam alegria que leva a mais sofrimento.
O fim da dor -- só é possível com o fim do desejo.
A Quarta Verdade -- se prega que a superação da dor só pode ser alcançada através de
oito passos:
Compreensão correta: a pessoa deve aceitar as Quatro Verdades e os oito passos de Buda.
Pensamento correto: A pessoa deve renunciar todo prazer através dos sentidos e o
pensamento mal.
Linguagem correta: A pessoa não deve mentir, enganar ou abusar de ninguém.
Comportamento correto: A pessoa não deve destruir nenhuma criatura, ou cometer atos
ilegais.
Modo de vida correto: O modo de vida não deve trazer prejuízo a nada ou a ninguém.
Esforço correto: A pessoa deve evitar qualquer mau hábito e desfazer de qualquer um que
o possua.
Desígnio correto: A pessoa deve observar, estar alerta, livre de desejo e da dor.
Meditação correta: Ao abandonar todos os prazeres sensuais, as más qualidades, alegrias
e dores, a pessoa deve entrar nos quatro graus da meditação, que são produzidos pela
concentração.
4. MISSÕES DO BUDISMO
Um dos grandes generais hindus, Asoka, depois do ano 273 a.C., ficou tão impressionado
com os ensinos de Buda, que enviou missionários para todo o subcontinente indiano,
espalhando essa religião também na China, Afeganistão, Tibete, Nepal, Coréia, Japão e
até a Síria. Essa facção do Budismo tornou-se popular e conhecida como Mahayana. A
tradicional, ensinado na Índia, é chamado de Teravada.
O Budismo Teravada possui três grupos de escrituras consideradas sagradas, conhecidas
como “Os Três Cestos” ou Tripitaka:
O primeiro, Vinaya Pitaka (Cesto da Disciplina), contêm regras para a alta classe.
O segundo, Sutta Pitaka (Cesto do Ensino), contêm os ensinos de Buda.
O terceiro, Abidhamma Pitaka (Cesto da Metafísica), contêm a Teologia Budista.
O Budismo começou a ter menos predominância na Índia desde a invasão muçulmana no
século XIII. Hoje, existem mais de 300 milhões de adeptos em todo o mundo,
principalmente no Sri Lanka, Mianmá, Laos, Tailândia, Camboja, Tibete, Nepal, Japão e
China. Ramifica-se em várias escolas, sendo as mais antigas o Budismo Tibetano e o Zen-
Budismo. O maior templo budista se encontra na cidade de Rangoon, em Burma, o qual
possui 3,500 imagens de Buda.
5. TEOLOGIA DO BUDISMO
A divindade:
Não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofrimento é uma
refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados, necessitam seguir seus
próprios caminhos espirituais e transcendentais.
Antropologia:
O homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária.
Salvação:
As forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam iluminados
(salvos).
A alma do homem:
A reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza em transições. Todas as
criaturas são ficções.
O caminho: O impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a ignorância lendo e
estudando.
Posição ética:
Existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:
Proibição de matar
Proibição de roubar
Proibição de ter relações sexuais ilícitas
Proibição do falso testemunho
Proibição do uso de drogas e álcool
No Budismo a pessoa pode meditar em sua respiração, nas suas atitudes ou em um objeto
qualquer. Em todos os casos, o propósito é se livrar dos desejos e da consciência do seu
interior.
XII - ANOMALIA ENTRE AS SEITAS – (A proliferação de manifestações religiosas e
exóticas)
Matéria da revista Defesa da Fé – Edição Especial 2005, por: Paulo Cristiano. Adaptado
por Carlos Roberto Araújo Santos.
O que você diria de pessoas que adoram legumes, bebem sua própria urina, se
alimentam de luz e/ou ainda adoram astros da mídia? Que perderam a razão? Que são
visionárias ou devotas? Independente do que seja o certo é que todos os anos milhares de
pessoas em todo o mundo trocam sua religião oficial por cultos estranhos. Essas novas
seitas caminham paralelamente com as grandes religiões e possuem objetivos pouco
claros, provavelmente desvios comportamentais autênticos e atitudes patológicas
extremamente preocupantes.
O ultimo censo do IBGE mostrou que 2,3% da população brasileira professa essa
“outra religiosidade”. Fanáticos religiosos não faltam no mundo atual, por isso um grupo de
autoridades no Chile, comissionadas para investigar o fenômeno, chegou à conclusão de
que o perfil de uma seita envolve fanatismo, obediência incondicional, exclusividade do
grupo e liderança messiânica. Mas há alguns grupos (ou seitas) que se destacam por
causa de suas práticas anômalas, promovendo cultos com elementos que se afastam dos
padrões convencionais.
Sabemos que devemos respeitar aqueles que pensam e crêem diferente de nós, afinal, a
liberdade religiosa é uma questão que toca a todos, indistintivamente. No entanto, não
podemos confundir as coisas, a ponto de sermos ingênuos e tolerarmos as ações
irracionais de tais grupos e seus cultos excêntricos.
1. CULTO
O termo “culto” denota basicamente dois possíveis significados inter-relacionados:
1. Adoração ou homenagem a uma divindade.
2. Ritual ou liturgia; isto é, o modo de exteriorizar esta adoração.
O primeiro significado refere-se à natureza do culto propriamente dito, enquanto a segunda
traduz a formalização que pode ou não estar associada com o pensamento e doutrina que
emerge dele.
O culto está essencialmente ligado à religião, e como esta possui uma conotação de
ligação do individuo a divindade (do latim religare), o culto atua então como o meio pelo
qual se consegue pôr em prática a religião. Também se enquadra neste contexto a
adoração devotada às forças da natureza, aos animais e aos astros celestes.
2. QUANDO UM CULTO GERA UMA SEITA
Um culto pode gerar uma seita quando determinado grupo de pessoas se reúne de modo
organizado, ou, talvez quando parte desse grupo se desintegra, formando subgrupos
dissidentes. Neste caso, temos, o uso do termo, uma seita.
A terminologia sofreu várias modificações morfológicas em sua etimologia através dos
tempos. De partido ou facção, recebeu uma conotação pejorativa de não – ortodoxia,
doutrina falsa, crença heterodoxa. No contexto cristão, refere-se a toda e qualquer doutrina
(pensamento ou prática) que contraria a Palavra de Deus.
Para um melhor entendimento a Série Apologética do ICP traz a definição dos termos:
“Saibamos o que significam as palavras seita e heresia. Ambas derivam do vocábulo grego
háiresis, que significa “escolha”, “partido tomado”, “corrente de pensamento”, “divisão”,
“escolha”, entre outros significados.
1. A palavra heresis é uma adaptação do termo háiresis. Quando passada para o
latim, háiresis virou secta. Foi do latim que veio a palavra seita.
2. Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o cristianismo foi
chamado de seita (At 24.5), não foi de forma depreciativa. Os líderes judaicos viam os
cristãos como mais um grupo, uma facção, dentro do judaísmo. Foi com o tempo que
háiresis recebeu a conotação negativa. É o que vemos em (2Pe 2.1,2).
Em termos teológicos, seita refere-se a um grupo de pessoas e heresia indica as doutrinas
antibíblicas defendidas por esse grupo. “Baseados nesta explicação, podemos dizer que
um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de
uma seita”.
À psicoteologia das seitas encontra-se ligado o fenômeno do fanatismo, conseqüência da
contracultura pregada por elas. Nestas últimas décadas, tem havido uma superpromoção
desses cultos.
Enquanto uns são amplamente aceitos na sociedade, outros são marginalizados. Enquanto
alguns causam grande sofrimento, outros são aparentemente benéficos ou até patéticos.
3. ABSURDOS TEOLÓGICOS
Os absurdos ou aberrações são o mesmo que distorções, anormalidades, defeitos
que se apresentam. As seitas produzem incessantemente tais desvios teológicos e muitas
delas podem até conduzir seus fiéis ao suicídio coletivo. Steve Hassan, ex-membro da
seita do reverendo Moon (Igreja da Unificação), hoje pesquisador de cultos e seitas que
realizam algum tipo de controle mental, explica o porquê de as pessoas aceitarem
facilmente uma doutrina aberrante. Segundo ele, “as seitas operam na personalidade da
pessoa, desligando-a de sua vida anterior, fazendo-a redefinir suas crenças e valores de
acordo com as normas estipuladas pelo grupo”.
A seguir, breves exemplos de cultos anômalos desses novos movimentos religiosos.
4. CULTOS EXCÊNTRICOS
É incrível como as pessoas estão propensas a exercer fé nos mais estranhos tipos de
deuses. Quando tocamos neste assunto, obviamente nos vem alguns exemplos de cultos
anormais, porém, os exemplos que seguem são tão excêntricos que desafiam os limites do
que consensualmente denominamos de anormal. Vejamos:
Culto à cebola – Existe um grupo em Paris, França, que cultua a cebola. Estamos
falando de um legume, considerado pelos adeptos como “bulbo divino”. A liturgia do culto é
a seguinte: as pessoas se reúnem em volta de uma cebola e vão descascando-a
lentamente, camada após camada, até chegarem ao talo, que, segundo crêem é a parte
mais importante do ritual. O indivíduo que estiver em concentração e contemplar a sagrada
gastronomia alcançará a pureza espiritual.
Adoradores do umbigo – Este culto também gira em torno da meditação, sendo que,
desta vez, o deus venerado é o ventre, ou melhor, o umbigo. Dentro do templo, com as
portas fechadas e um ambiente repleto de incenso, sob um calor quase insuportável, o
grupo (também francês) se concentra em seus próprios umbigos. Acreditam que, pela
meditação profunda, poderão regredir, por meio do seu próprio cordão umbilical, até o
umbigo de Adão, onde, dizem, encontrarão a paz do paraíso original – acredito que nunca
fizeram a pergunta que muitos fizeram e não obtiveram resposta: uma vez que adão não
nasceu do ventre materno, será que Adão tinha umbigo?
Ingestão de excrementos – Algumas seitas esotéricas, para adquirirem o que
chamam de qualidades místicas (como, por exemplo, poder, força física e espiritual),
ensinam a beber a própria urina. Até mesmo o padre Joseph Dillon, 53 anos, da Paróquia
de Nossa Senhora Aparecida (SP), ficou conhecido por dizer em entrevistas que a urina
seria a “água da vida”. Essas práticas irracionais, do ponto de vista bíblico e científico, tem
levado muitos a crer que ingerindo urina conseguirão força espiritual. Inclusive, há até
congressos internacionais sobre o assunto. Mas muitos não se contentam em “deliciar-se”
somente com sua própria urina, preferindo também comer as próprias fezes, como é o
caso de algumas seitas hindus.
Veneradores do sexo – “Nós temos um deus sexy, uma religião sexy e um líder
muito sexy, com um grupo de jovens seguidores extremamente sexy. Se você não gosta
de sexo, que vá embora enquanto pode”. Esta é uma das doutrinas centrais da seita que
ficou conhecida por muito tempo como Meninos de Deus, hoje Família do Amor. Seu líder
que se identifica como MO pregava o sexo livre, inclusive para a prática de um
evangelismo que denominam de “pesca coquete”. Defendem a prática homossexual e a
prostituição. É o “vale-tudo” do sexo no recrutamento de adeptos. Por isso, a seita foi
denunciada e perseguida em vários países e continua sob investigação da Polícia Federal.
Igreja da Eutanásia – De acordo com esse grupo religioso, os problemas do mundo
são todos causados pelo excesso de população. Então, a solução “óbvia” proposta, seria a
redução da população. Mas como? Pelo suicídio, eutanásia, sodomia, aborto e
canibalismo. Como não poderia deixar de ser, esse grupo também professa fé em
elementos extravagantes. Crêem em extraterrestres e se dedicam a práticas mórbidas.
Adoradores da luz – Tal grupo possui um corpo de crenças doutrinárias
essencialmente esotéricas. Acreditam que não precisão mais comer. Segundo eles,
“comida é veneno”, por isso se “alimentam” exclusivamente da luz do Sol. Por outro lado, a
rejeição ao nosso tipo de alimentação, como dizem, pode provocar um poder espiritual
capaz de fazê-los ter visões de seres espirituais, além de viagens astrais. Este ascetismo
fanático tem levado alguns praticantes à morte. O pior de tudo é que tentam mesclar essa
doutrina perigosa com os ensinamentos bíblicos, dizendo que Jesus também á praticava.
Tais ensinamentos, contudo, são alheios á doutrina cristã.
Os seguidores da “Bíblia Branca” – A Igreja Mundial do Criador é um grupo racista
fundado em 1971, na Flórida, por Bem Klassen, ex-corretor de imóveis. É um dos movimentos
que mais crescem nos EUA, segundo o jornal The New York Times. São partidários da filosofia
de Adolf Hitler e possuem um livro chamado White Bible [Bíblia Branca], no qual pregam o ódio
contra os judeus e contra os negros, e defendem a supremacia da raça branca. Baseado nesta
nefasta ideologia, Benjamin Nathaniel Smith, membro ativo de extrema direita da seita, que
chegou a alterar seu nome para August Smith porque considerava seu nome “excessivamente
judeu”, assassinou um coreano, cinco judeus e três negros. A justificativa? Ele os considerava
“pessoas sujas”. A seita possui sites espalhados pela internet, onde convida crianças para seu
evangelho do horror.
5. CULTOS ÀS CELEBRIDADES
Os termos “adorar” e “ídolos” possuem uma conotação estritamente religiosa.
Contudo, em seus significados clássicos, foram sendo gradativamente alterados, pela
mente popular, com o surgimento da mídia televisiva. Muitos fãs fanáticos de astros do
cinema e do esporte têm mesclado a devoção pelo artista com fé religiosa. Alguns destes
ídolos estão sendo literalmente adorados nos altares de templos religiosos que lhes são
dedicados. Vejamos alguns exemplos:
Idólatras de Elvis Presley – Parece que a frase “Elvis não morreu” é muito mais que
um simples chavão, pelo menos para os fãs religiosos da “Igreja Presleyteriana”. A home
page do grupo mostra desde testemunhos de graças recebidas de adeptos até os 31
mandamentos de Elvis. Tal igreja foi fundada em 1998, na Austrália, após a líder e
fundadora, Anna, ter tido uma experiência mística com o rei do rock. E hoje conta com
algumas congregações espalhadas pelos EUA e possui até um “teólogo”, o dr. Edward’s,
responsável pela parte doutrinária. Entre as muitas práticas esdrúxulas exigidas pelo
grupo, destacamos as seguintes.
Pelo menos uma vez na vida os adeptos deverão peregrinar até Graceland (nome
da mansão que Elvis comprou para seus pais).
Todos devem possuir em casa todos os 31 preceitos de Elvis, que incluem receitas
de comida.
Devem incentivar, diariamente, as crianças a elogiar o cantor já falecido.
Mas disparates não param por aí. Determinado sacramento, uma paródia da santa
ceia, é feita com carne moída e pudim de banana. Os hinos, é claro, são alusões ao ex-
roqueiro, e tudo isso recheado de muito rock-and-roll.
Veneradores de Raul Seixas – Talvez não organizado como o do roqueiro norte-
americano, o raulseixismo é um movimento que está ganhando cada vez mais perfil de
grupo esotérico. Em muitos fãs-clubes, já se perdeu o limite entre a admiração e a
veneração. E não é para menos, pois Raul Seixas tinha tudo a ver com religião. Suas
músicas só começaram a fazer sucesso quando o compositor, hoje bruxo (é assim que ele
se autodenomina), Paulo Coelho passou a compô-las. Noventa por cento das músicas de
Raul Seixas faziam alusão a temas religiosos, principalmente esotéricos. Seu último
trabalho recebeu o título de “A panela do diabo”.
“Chegar a ser parecido com religião é uma coisa meio sobrenatural”, avalia a socióloga
Juliana Abonizio. “Os raulseixistas realizam quase uma peregrinação rumo ao
autoconhecimento [...] Para a Cidade das Estrelas, uma pousada terapêutica coordenada
pelo instituto Imagick, segundo o presidente do instituto, Arsênio Hipólito Jr.”. Na pousada,
o objetivo é intensificar a luz de cada pessoa, inclusive por meio da reprogramação mental.
Discípulos de Jedi – Mais de 70 mil pessoas na Austrália declaram ser seguidores
de Jedi. A religião foi criada baseando-se nos filmes de Star Wars, o famoso Guerra nas
estrelas, de George Lucas, o “papa” da ficção científica hollywoodiana. Talvez tudo não
passe de uma brincadeira de fanáticos, que promoveram uma enxurrada e-mails
incentivando os fãs a voltarem no censo religioso como seguidores de Jedi.
Para que se tornasse uma doutrina, era preciso que dez mil pessoas professassem
a “fé jedi”. Mas o caso vem surpreendendo as autoridades, já que 0,30% da população
australiana diz acreditar em tal “força”, a fonte de poder dos cavaleiros “jedis”. O jedaísmo
prega os princípios de algumas religiões, como, por exemplo, a busca pelo autocontrole e
pela iluminação. Sua estrutura assemelha-se às filosofias orientais, mas com valores
cristãos. Por isso, não será estranho se algum dia ouvirmos alguém orar a “Saint Luke
Skywalker!
Adoradores de Maradona – Torcedores argentinos fanáticos resolveram radicalizar.
Promoveram o ex-jogador Diego Maradona, ainda em vida, de “rei” do futebol a “deus” de
uma seita denominada “Igreja Maradoniana”, também conhecida como “A Mão de Deus”,
uma referência ao gol que o atleta marcou em 1986 contra a Inglaterra.
O grupo possui menos de mil adeptos. Foi fundado em outubro de 2002, em Paso Sport, na
cidade do Rosário. O único objetivo é a exaltação de Maradona. Já possuem um templo, um
calendário religioso para marcar os eventos principais da vida do craque, que se dividem em
a.D. (antes de Diego), para não se sentirem inferiores as outras igrejas, resolveram também
criar sua própria “bíblia”, intitulada “Eu sou Diego do povo”, uma biografia do ex-jogador.
6. COMO É POSSÍVEL ALGUÉM EXERCER FÉ NESTES ABSURDOS?
Como são possíveis tamanhos absurdos? Devem estar perguntando os leitores.
Haveria alguma explicação plausível concernente à tendência megalomaníaca dentro
desses caóticos grupos religiosos e seus cultos aberrantes? Alguns estudiosos do
assunto, como o professor Moraleda, que, entre outras matérias, leciona antropologia
religiosa, dizem que essa tendência é fruto da aplicação de controle mental.
Quanto a essa questão, declarou o professor: “...há nelas (nas técnicas mentais)
uma tendência bem visível de constituir-se em organizações autoritárias e fortemente
estruturadas. O passo para o fanatismo é fácil de ser dar. A seita destrutiva se organiza
como agrupamento totalitário, no qual se utilizam técnicas de persuasão coercitiva (que
constrange alguém a fazer algo) e controle mental, para conseguir a total submissão dos
indivíduos ao líder e a entrega sem reservas à idéia coletiva: por seu caráter alienante, são
grupos potencialmente destruidores da personalidade dos membros”.
Cremos, portanto, que a origem de todas essas heresias está fincada no âmbito
espiritual. As pessoas estão cansadas da fé que professam e, para a maioria, sua religião tem-
se tornado fria e impessoal. Não há vida, não preenche a necessidade básica de seus
membros. O modo alternativo de crença e prática das seitas é extremamente atrativo para
alguns. As seitas oferecem um mundo alienado, porém, personalizado. Lembre-se, o homem é “incuravelmente religioso” (Paul Sabatier), portanto, “precisa ter um Deus, ou, então,
criará um ídolo” (Martinho Lutero). O que expomos foram apenas alguns exemplos que
pesquisamos, entre muitos, os quais não caberiam neste artigo.
Devemos ficar atentos ao perigo que as seitas e seus cultos representam para a
sociedade, de modo geral. Felizmente, muitos governos estão tomando providências a
respeito. Como cristãos, temos a tarefa de alertar sobre toda e qualquer manifestação
religiosa que contrarie as verdades bíblicas. Eis o motivo deste texto.
BIBLIOGRAFIA
Série Apologética Volume I. Ed. ICP, 2002.
Edição especial Defesa da Fé, as melhores matérias dos últimos quatro anos!, Edição 71,
Ed ICP, 2005.
L. Geisler, Norman; Rhodes,Ron. Resposta às Seitas. 3a ed. CPADA: 2004.
Melo, Edino Luiz. Séries: Combatendo Seitas e Heresias.São Paulo: Projeto Vida Discipular.