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Professor Doutor Rui Pinto Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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Page 1: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

Professor Doutor Rui Pinto

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

- REFORMA DA AÇÃO EXECUTIVA

Rui Pinto, 2013

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Manual da Execução e Despejo, Coimbra Editora, 2013 (novo Código)

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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A. PACOTE LEGISLATIVO GERAL + nCPC

Rui Pinto, 2013

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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PACOTE LEGISLATIVO GERAL (I)

Lei nº 63/2011, de 14 de dezembro (Arbitragem voluntária) LEI nº 78/2013, de 31 de julho Altera a Lei nº 54/2013, de 13 de julho (Julgados de Paz) LEI nº 41/2013, de 26 de junho Aprova o novo Código de Processo Civil Revoga o DL 211/91 de 14 de junho (Proc civil simplificado) Revoga o DL 108/2006 de 8 de junho (Reg proc experimental) PORTARIA 275/2013, de 21 de agosto Altera a Portaria n.º 953/2003, de 9 de setembro (modelos em

citações e notificações) LEI n.º 62/2013, de 26 de Agosto (Lei de Organização do Sistema Judiciário)

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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PACOTE LEGISLATIVO GERAL (II) PORTARIA nº 277/2013 de 26 de Agosto Altera o art. 102º CCm (taxas supletivas de juros moratórios) PORTARIA 280/2013, de 26 de agosto Revoga a Portaria 114/2008, de 6 de fevereiro (tramitação eletrónica do processo) e a Portaria

1097/2006, de 13 de outubro DECRETO-LEI n.º126/2013, de 30 de Agosto Altera o DL 34/2008, de 26 de fevereiro (Regulamento das Custas Processuais) PORTARIA 284/2013, de 30 de agosto Altera a Portaria n.º 419 -A/2009, de 17 de abril

(pagamento e contagem de custas judiciais

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

IV.REFORMA DA AÇÃO EXECUTIVA

• Rui Pinto, 2013

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IV.0.Pacote Legislativo Executivo e Resenha Geral

Rui Pinto, 2013

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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IV.0.A. Pacote Legislativo Executivo

Rui Pinto, 2013

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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PACOTE LEGISLATIVO AVULSO EXECUTIVO (I)

PORTARIA 225/2013, de 10 de julho Altera a Portaria 331º-B/2009, de 30 de março (remuneração do

agente de execução) ATENÇÃO ABSORVIDA pela Portaria 282/2013, salvo no tocante à

revogação do art. 29.º da Portaria n.º 9/2013, de 10 de Janeiro PORTARIA 279/2013, de 26 de agosto VER TEXTO Altera a Portaria 312/2009, de março (apoio ao

sobreendividamento), a Portaria 313/2009, de 30 de março (lista pública de execuções) e Portaria 202/2011, de 20 de maio

(remuneração a instituições que prestem colaboração à execução)

PORTARIA 282/2013, de 29 de agosto VER TEXTO Revoga a Portaria 331º-B/2009, de 30 de março (vários aspetos da ação executiva)

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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PACOTE LEGISLATIVO AVULSO EXECUTIVO (II)

PORTARIA 283/2013, de 30 de agosto VER TEXTO Altera a Portaria 621/2008, de 18 de julho (pedidos de registo predial) Altera a Portaria1535/2008, de 30 de dezembro (depósito eletrónico de documentos particulares autenticados e pedido online de atos de registo predial) Altera a Portaria 99/2008, de 31 de janeiro (promoção online de atos de registo de veículos, certidão

online de registo de veículos, promoção de atos de registo de veículos pelo vendedor que tenha por atividade principal a compra de veículo para revenda, promoção de atos de registo de veículos pelo vendedor que proceda com carácter de regularidade à transmissão da propriedade de veículos e a promoção online do registo da penhora de veículos )

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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RESUMINDO….o que está em vigor para a A/ Executiva

• DECRETO-LEI nº 88/2003, de 26 de Abril (Estatuto da Câmara dos Solicitadores), alterado pelas Leis nº 44/2004, de 24 de Agosto e 14/2006, de 26 de Abril e pelo Decreto-Lei nº 226/2008, de 20 de Novembro;

• DECRETO-LEI nº 201/2003, de 10 de setembro (registo informático de execuções), alterado pelo Decreto-Lei nº 53/2004, de 18 de Março, pela Lei nº 60-A/2005, de 30 de Dezembro e pelo Decreto-Lei nº 226/2008, de 20 de Novembro.

• DECRETO-LEI nº 202/2003, de 10 de setembro (comunicações por meios telemáticos entre a secretaria de execução e o solicitador de execução) alterado pelo Decreto-Lei nº 226/2008, de 20 de Novembro

• PORTARIA nº 985-B/2003, de 15 de setembro (acesso ao (registo informático de execuções)

• PORTARIA nº 312/2009, de março (apoio ao sobreendividamento), alterada pela Portaria nº 279/2013, de 26 de agosto

• PORTARIA nº 313/2009, de março (lista pública de execuções), alterada pela Portaria nº 279/2013, de 26 de agosto

• PORTARIA nº 282/2013, de 29 de agosto (regulamentação de vários aspetos da ação executiva; revoga a Portaria nº 331º-B/2009, de 30 de Março e absorve a 225/2013, de 10 de Julho, salvo no tocante à revogação do art. 29.º da Portaria n.º 9/2013, de 10 de Janeiro).

• PORTARIA 283/2013, de 30 de agosto (altera o registo predial)

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PACOTE LEGISLATIVO AVULSO EXECUTIVO (III)

ENTRA EM VIGOR no dia 1 de Setembro de 2013 DIREITO TRANSITÓRIO da Portaria n.º 282/2013, de 28

de Agosto:

“aplica-se aos processos pendentes à data da sua entrada em vigor” (art. 62º nº 1 )

“os artigos 43.º a 55.º [relativos à remuneração do AEx] apenas se aplicam aos processos iniciados a partir da data de entrada em vigor da (…) portaria, continuando a aplicar -se aos processos pendentes a essa data, em matéria de honorários e despesas dos agentes de execução pelo exercício das suas funções, o regime aplicável a 31 de agosto de 2013”

= arts. 11º ss. da Portaria n.º 331.º-B/2009, de 30 de Março

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IV. 0. B. Resenha geral Rui Pinto, 2013

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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Supressão da força executiva do documento particular assinado pelo devedor (art. 703.º n. 1 al. c));

Alargamento das categorias de agente de execução (art. 722.º);

Destituição fundamentada do agente de execução (art. 722.º n. 4);

Redistribuição das competências entre juiz, secretaria e agente de execução (arts. 719.º - 723.º);

Admissão expressa de duas formas de processo (art. 550.º):

Ordinária (arts. 724.º e ss.); Sumária (art. 855.º);

RESENHA GERAL

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Execução de sentença (arts. 85.º e 626.º);

Alteração do regime de honorários e despesas do agente de execução

Reforço dos direitos do agente de execução ao pagamento dos honorários e despesas: art. 724.º n. 6 (data de apresentação do requerimento executivo); art. 721.º (cfr. Decreto-Lei 4/2013, de 11 de Janeiro);

Clarificação dos fundamentos de oposição à execução de injunção (art. 857.º);

Vinculação à indicação de bens pelo credor e fim do gradus executionis (art. 751º)

Reforço da tutela do direito à habitação efectiva do executado, no objecto da penhora, na execução provisória de sentença, no efeito suspensivo da oposição à execução e à penhora

(arts. 751.º n. 3, 704.º n. 4, 733.º n.5, 785.º n. 4, 856.º n. 4);

Incidente de comunicabilidade da dívida (arts. 741.º e 742.º);

RESENHA GERAL

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RESENHA GERAL

Clarificação e maior tutela do executado na penhora de rendimentos (art. 738.º);

Penhora de saldo bancário sem autorização judicial (art. 780.º n. 1); Plano de pagamentos credor / devedor – penhora vale como hipoteca /

penhor e extinção da execução (arts. 806.º e ss.);

Acordo global de pagamentos - credor / devedor (art. 810.º);

Venda em leilão eletrónico passa a ser a regra (arts. 837.º n. 1);

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RENUMERAÇÃO

Arts. 45.º e 46.º => Arts. 10.º n. 5 e 6, 703.º;

Arts. 47.º - 54.º => Arts. 704.º - 711.º

Arts. 55.º - 60.º => Arts. 53.º - 58.º;

Arts. 90.º - 95.º => Arts. 895.º - 90.º;

Arts. 801.º - 922.º-B => Arts. 712.º - 853.º;

Art. 922.º-C => Art. 870.º;

Arts. 855.º e 856.º ----- Processo Sumário;

Arts. 928.º - 931.º => Arts. 859.º - 867.º;

Arts. 933.º - 942.º => Arts. 868.º - 877.º;

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IV. 1. Supressão da força executiva dos documentos particulares

Rui Pinto, 2013

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SUPRESSÃO DA FORÇA EXECUTIVA DOS DOCUMENTOS PARTICULARES

(“antigo” CPC) ARTIGO 46.º

Espécies de títulos executivos

1 - À execução apenas podem servir de base:

a) As sentenças condenatórias;

b) Os documentos exarados ou autenticados, por notário ou por outras entidades ou profissionais com competência para tal, que importem constituição ou reconhecimento de qualquer obrigação;

c) Os documentos particulares, assinados pelo devedor, que importem constituição ou reconhecimento de obrigações pecuniárias, cujo montante seja determinado ou determinável por simples cálculo aritmético de acordo com as cláusulas dele constantes, ou de obrigação de entrega de coisa ou de prestação de facto; d) Os documentos a que, por disposição especial, seja atribuída força executiva.

2 – Consideram-se abrangidos pelo título executivo os juros de mora, à taxa legal, da obrigação dele constante.

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SUPRESSÃO DA FORÇA EXECUTIVA DOS DOCUMENTOS PARTICULARES

(“novo” CPC) ARTIGO 703.º

Espécies de títulos executivos

1 -

a)

b)

c) Os títulos de crédito, ainda que meros quirógrafos, desde que, neste

caso, os factos constitutivos da relação subjacente constem do

próprio documento ou sejam alegados no requerimento executivo; d)

2 –

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IV.2. Alargamento das categorias de Agente de Execução

Rui Pinto, 2013

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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ALARGAMENTO DAS CATEGORIAS DE AGENTE DE EXECUÇÃO

Solicitador / Advogado; Oficial de Justiça:

Execução em que o Estado seja exequente; Execução em que o Ministério Público represente o exequente; Execução em que não há agente de execução inscrito na comarca:

• Para iniciar a execução, mediante autorização do juiz a requerimento do

exequente, desde que haja “desproporção manifesta dos custos que decorreriam da atuação de agente de execução de outra comarca” (art. 724.º n. 1 al. c) - Requerimento executivo);

• Para cumprir diligência em substituição de agente de execução de processo de fora da comarca, mediante autorização do juiz a requerimento do agente de execução, desde que “as diligências executivas impliquem deslocações cujos custos se mostrem desproporcionados”;

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ALARGAMENTO DAS CATEGORIAS DE AGENTE DE EXECUÇÃO

Solicitador / Advogado; Oficial de Justiça:

Execuções de valor não superior ao dobro da alçada do tribunal de 1.ª

instância em que sejam exequentes pessoas singulares, que tenham como objecto créditos não resultantes de uma atividade comercial ou industrial, desde que o solicitem no requerimento executivo e paguem a taxa de justiça devida, cfr. Art. 19.º Decreto-Lei 226/2008 (art. 724.º, n. 1 al. c) - Requerimento Executivo);

Execuções de valor não superior à alçada da Relação, se o crédito

exequendo for de natureza laboral, se o exequente o solicitar no requerimento executivo e pagar a taxa de justiça devida;

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IV.3. Destituição fundamentada do Agente de Execução

Rui Pinto, 2013 Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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DESTITUIÇÃO FUNDAMENTADA DO AGENTE DE EXECUÇÃO

[“antigo” CPC] ARTIGO 808.º (n. 6)

O agente de execução pode ser livremente substituído pelo exequente ou, com fundamento em actuação processual dolosa ou negligente ou em violação grave de dever que lhe seja imposto pelo respectivo estatuto, destituído pelo órgão com competência disciplinar sobre os agentes de execução.

[“novo” CPC] ARTIGO 722.º (n. 4)

Sem prejuízo da sua destituição pelo órgão com competência disciplinar, o agente de execução pode ser substituído pelo exequente, devendo este expor o motivo da substituição; a destituição ou substituição produzem efeitos na data da comunicação ao agente de execução, efetuada nos termos definidos por portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça.

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DESTITUIÇÃO FUNDAMENTADA DO AGENTE DE EXECUÇÃO

ARTIGO 38º nº1 PORTARIA 282/2013, de 29 de agosto

•1 — A substituição do agente de execução pelo exequente e a exposição do respetivo motivo, prevista na primeira parte do n.º 4 do artigo 720.º do Código de Processo Civil, é efetuada pelas seguintes formas:……

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IV.4. Redistribuição de competências entre Juiz, Secretaria e Agente de Execução

Rui Pinto, 2013 Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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AGENTE DE EXECUÇÃO (1)

PODER DE DIREÇÃO DA EXECUÇÃO

Art. 808.º n. 1 → Art. 719.º n. 1

COMPETÊNCIA EXECUTIVA GENÉRICA (NÃO TÍPICA)

[“antigo” CPC] ARTIGO 808.º n. 1

Cabe ao agente de execução, salvo quando a lei determine o contrário, efectuar todas

as diligências de execução, incluindo, nos termos de portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça, as citações, notificações e publicações.

]“novo” CPC] ARTIGO 719.º n. 1

Cabe ao agente de execução, efetuar todas as diligências do processo executivo que não estejam atribuídas à secretaria ou sejam da competência do juiz, incluindo, nomeadamente, citações, notificações, publicações, consultas de bases de dados, penhoras e seus registos, liquidações e pagamentos.

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AGENTE DE EXECUÇÃO (2)

TIPOS DE ATOS (Art. 723.º n. 1 al. c))

Regra: Atos Executivos (por ex. penhora); Residualmente: Atos Decisórios (por ex. despacho de venda);

NOVIDADES

Mesmo após a extinção da instância, o agente de execução deve assegurar a realização dos atos emergentes do processo que careçam da sua intervenção (Art. 719.º n. 2);

PENHORA DE SALDO BANCÁRIO sem autorização judicial (Art. 780.º n. 1);

O AGENTE DE EXECUÇÃO PERDE A MAIOR PARTE DOS ATOS DECISÓRIOS PARA A COMPETÊNCIA DECLARATIVA DO JUIZ.

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JUIZ DE EXECUÇÃO (1)

COMPETÊNCIAS TÍPICAS

PODER GERAL DE CONTROLO – PASSIVO (Art. 809.º n. 1 => Art. 723.º n. 1)

Provocado:

[“antigo” CPC] ARTIGO 809.º n. 1 1. Sem prejuízo de outras intervenções estabelecidas na lei, compete ao juiz de execução: c) Julgar, sem possibilidade de recurso, as reclamações de actos e impugnações de decisões do agente de execução, no prazo de 10 dias;

[“novo” CPC] ARTIGO 723.º n. 1 1. Sem prejuízo de outras intervenções que a lei especificamente lhe atribui, compete ao juiz c) Julgar, sem possibilidade de recurso, as reclamações de actos e impugnações de decisões do agente de execução, no prazo de 10 dias;

Oficioso: Sempre que tome contacto com o processo (oposição, requerimentos, etc.);

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JUIZ DE EXECUÇÃO (2)

COMPETÊNCIA DECLARATIVA (Art. 809.º n. 1 => Art. 723.º )

Conhecer de reclamação dos actos do agente de execução;

Conhecer de questões levantadas pelas partes, terceiros intervenientes ou pelo agente de execução, que não sejam reclamações;

Julgar processos declarativos acessórios de oposição à execução (cfr. Art. 728.º ss.), oposição à penhora (cfr. Arts. 784.º e ss.), embargos de terceiro (cfr. Arts. 342.º ss.) e de reclamação, verificação e graduação de créditos (cfr. Arts. 788.º ss.);

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Page 33: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

JUIZ DE EXECUÇÃO (3)

NOVA COMPETÊNCIA DECLARATIVA (Cabia ao agente de execução)

Dirigir as diligências de acertamento e liquidação da obrigação (Arts. 550.º n. 3 als. a) e b), 714.º n. 1, 715.º e 716.º);

Decidir da isenção / redução da penhora (Art. 738.º);

Conhecer do incidente de comunicação de dívida conjugal (Arts. 741.º e 742.º);

Fazer a apreciação da qualidade dos bens e âmbito da herança, na execução de herdeiro

(Art. 744.º n. 3);

Julgar a prestação de contas nas execuções de prestação de facto (Arts. 871.º n. 1 e 872.º n. 1);

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 34: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

JUIZ DE EXECUÇÃO (3)

COMPETÊNCIA EXECUTIVA

(Residual)

Proferir despacho liminar (Art. 723.º n. 1 al. a));

Autorizar o uso da força pública (Art. 757.º n. 4);

Presidir à sessão de abertura das propostas de compra em carta fechada (Art. 820.º n. 1);

NOVA COMPETÊNCIA EXECUTIVA

(Cabia ao agente de execução) Autorizar o fracionamento de imóvel divisível (Art. 759.º n. 1);

Nomear fiscal ou administrador de estabelecimento comercial (Art. 782.º);

Autorizar a venda antecipada de bens (Art. 814.º n. 1);

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 35: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

SECRETARIA (1)

COMPETÊNCIA GENÉRICA (Art. 719.º)

[“antigo” CPC] ARTIGO 719.º n. 3 Incumbe à secretaria, para além das competências que lhe são especificamente

atribuídas no presente título, exercer as funções que lhe são cometidas pelo artigo 157.º na fase liminar e nos procedimentos ou incidentes de natureza declarativa, salvo no que respeita à citação. ;

[“novo” CPC] ARTIGO 157.º n. 1 e 2

Dever de assegurar o expediente, autuação e regular tramitação;

Execução dos despachos judiciais e o cumprimento das orientações de serviço emitidas pelo juiz;

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 36: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

SECRETARIA (2)

COMPETÊNCIAS TÍPICAS

Receber ou recusar o requerimento executivo na FORMA ORDINÁRIA (Art. 725.º);

Designar agente de execução (Art. 720.º n. 2), segundo um processo aliatório;

Gerir o registo informático de execuções (ARTs. 717º e 718º e Decreto-Lei nº 201/2003, de 10, de Setembro);

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 37: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

IV.5. Novo regime de Honorários e Despesas (Port 225/2013 + Port 282/2013)

Rui Pinto, 2013

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 38: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

RESENHA DAS ALTERAÇÕES

princípios da previsibilidade, transparência simplicidade dos custos revogado o nº 2 do art. 11º que dava ao agente de execução competência para fixar livremente as tarifas e as percentagens aplicam-se os valores já fixados nos anexos I, II e III da Port 282/2013 novo art. 44º nº 2 da Portaria nº 282/2013: “o agente de execução deve manter, no sistema informático de suporte à atividade dos agentes de execução [SISAAE], a conta corrente do processo discriminada permanentemente atualizada”; o registo dos atos não praticados através do SISAAE, v.g., os atos, externos, deve ser efetuado até ao termo do 2.º dia útil seguinte ao da prática do ato, sob pena de o agente de execução não poder ser reembolsado das despesas do ato; na conta corrente são incluídas as “despesas previsíveis para a conclusão do processo, designadamente as resultantes de cancelamentos de registos”.

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 39: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

RESENHA DAS ALTERAÇÕES

expressamente “assegurada às partes a disponibilização, através do sistema informático de suporte à atividade dos agentes de execução, do acesso à conta corrente discriminada dos processos em que sejam intervenientes”. importâncias devidas a título de adiantamento de honorários e despesas são pagas com base em identificador único de pagamento emitido através do SISAAE, sendo depositadas na conta-cliente do exequente e a operação de depósito obrigatoriamente registada no SISAAE sempre que o agente de execução receba a provisão, deve emitir recibo reformuladas as fases e valores dos pagamentos devidos (arts. 18.º e 24.º Port 331-B/2009, reformulada = arts. 50º e 54º da Portaria nº 282/2013, de 29 de Agosto)

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 40: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

HONORÁRIOS: quando são devidos? Regra geral…..

execuções para pagamento de quantia certa os honorários são pagos

ao agente de execução no termo do processo ou procedimento, ou quando seja celebrado entre as partes acordo de pagamento em prestações;

execuções para entrega de coisa certa e para prestação de facto, os

honorários são pagos imediatamente antes da entrega da coisa devida ou da prestação do facto,

ATENÇÃ0: se a entrega da coisa ou a prestação do facto não sejam realizadas por facto não imputável ao agente de execução, apenas é devido o pagamento de 1 UC, a qual acresce ao montante da provisão inicialmente paga.

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 41: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

HONORÁRIOS: PARTE FIXA (I)

o agente de execução é remunerado pela tramitação dos processos, atos praticados ou procedimentos realizados, segundo os valores do anexo II da Portaria, e incluem a realização dos atos necessários com os limites nela previstos

a remuneração fixa é objeto de adiantamento a título de provisão, cujos valores

constam do Anexo I, aprovisionados de modo faseado

fase 1: inicia-se com o pagamento da respetiva provisão com a entrega do requerimento executivo (inclui os atos necessários à verificação da regularidade do título executivo, consulta ao registo informático das execuções e às bases de dados de consulta direta eletrónica para apuramento de bens penhoráveis) e termina com a notificação do exequente para proceder ao pagamento da provisão dos honorários da fase 2 ou da fase 3

fase 2: inicia-se com o pagamento da respetiva provisão no termo da fase

anterior (inclui a citação prévia do executado, quando a lei assim o imponha, ou a citação do executado para a indicação de bens à penhora, quando não sejam identificados bens penhoráveis) e termina com a notificação do exequente para proceder ao pagamento dos honorários

Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 42: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

HONORÁRIOS: PARTE FIXA (II)

fase 3: inicia-se com o pagamento da respetiva provisão no termo da fase anterior (inclui as diligências de penhora, bem como as citações que tenham lugar após a realização da penhora) e termina com a notificação do exequente para proceder ao pagamento dos honorários da fase 4

fase 4: inicia-se com o pagamento da respetiva provisão no termo da fase anterior e inclui as diligências de venda, liquidação e pagamento, terminando com a extinção do processo.

a execução para entrega de coisa certa ou para prestação de facto apenas têm uma fase, a ser pago eletronicamente com a entrega do requerimento executivo, fixado na tabela do anexo I da portaria.

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HONORÁRIOS: PARTE FIXA (III)

REGRAS ESPECIAIS (execução p/ pagamento de quantia certa) • Se correrem sem citação prévia do executado e se verifique após a

consulta às bases de dados que não existem bens penhoráveis ou que o executado foi declarado insolvente, caso o exequente desista da instância no prazo de 10 dias contados da notificação do resultado das consultas apenas é devido ao agente de execução o pagamento de 0,75 UC (cf. art. 750º nº 3 nCPC);

• se exequente requerer a realização de atos que ultrapassem os limites previstos nos pontos 1 e 2 da tabela do anexo II da Portaria são devidos pelo exequente pela realização dos novos atos os valores arrolados nas várias alíneas do art. 50º nº 2

• quando haja lugar à entrega coerciva de bem ao adquirente (cf. art. 828º nCPC), o agente de execução tem direito ao pagamento de 1 UC, a suportar pelo adquirente, que poderá reclamar o seu reembolso ao executado

• se o valor da provisão for superior ao valor dos honorários e despesas efetivamente devido no final da respetiva fase, o excesso reverte para a fase subsequente (cf. nº 5 do art. 15º).

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Page 44: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

HONORÁRIOS: PARTE VARIÁVEL [remun. Adicional] (I)

1ª Regra: O agente de execução tem direito a uma remuneração adicional a pagar pelo

exequente pelos valores recuperados ou garantidos,

em função – dos montantes respetivos – do momento processual em que o montante foi recuperado ou

garantido; – da existência, ou não, de garantia real sobre os bens

penhorados ou a penhora;

credores reclamantes pelos valores que foram recuperados pelo pagamento ou adjudicação a seu favor.

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Page 45: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

HONORÁRIOS: PARTE VARIÁVEL [remun. Adicional] (II)

2ª Regra: O cálculo da remuneração adicional efetua-se

nos termos previstos na tabela do anexo III da portaria ( ≠ anexo II Port 331º-A/2009)

3ª Regra: Há casos especiais na diligência de penhora de bens móveis do executado seguida da sua

citação, em que seja recuperada ou garantida a totalidade dos créditos em dívida, o AEX tem direito a uma remuneração adicional mínima de 1 UC, quando o valor da remuneração adicional apurado nos termos previstos na tabela do anexo III seja inferior a esse montante

o valor da remuneração adicional apurado nos termos da tabela do

anexo III é reduzido a metade na parte que haja sido recuperada ou garantida sobre bens relativamente aos quais o exequente já tivesse garantia real prévia à execução

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Page 46: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

HONORÁRIOS: PARTE VARIÁVEL [remun. Adicional] (III)

Se houver citação prévia e se o executado efetuar o pagamento integral da quantia em dívida até ao termo do prazo para se opor à execução não há lugar ao pagamento de remuneração adicional

na sustação da execução nos termos do art. 794.º nCPC ( = art. 871º

revogado) por pluralidade de penhoras e recuperação de montantes que hajam de ser destinados ao exequente do processo sustado, o AEx do processo sustado e o AEx do processo onde a venda ocorre devem repartir entre si o valor da remuneração adicional, na proporção do trabalho por cada qual efetivamente realizado nos respetivos processos

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Page 47: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

HONORÁRIOS: PARTE VARIÁVEL [remun. Adicional] (I)

havendo substituição do agente de execução, que não resulte de falta que lhe seja imputável ou de delegação total do processo, o agente de execução substituído e o substituto devem repartir entre si o valor da remuneração adicional, na proporção do trabalho por cada qual efetivamente realizado no processo

havendo reabertura da instância por incumprimento de plano

prestacional ou acordo global (cf. arts. 808º nº 1 e 810º nº 3 nCPC), o AEx elaborará a nota discriminativa de honorários e despesas atualizada tendo em consideração o valor efetivamente recuperado, afetando o excesso recebido a título de pagamento de honorários e despesas ao pagamento das quantias que venham a ser devidas, sem prejuízo de, no termo do processo, restituir ao exequente o saldo a que este tenha direito.

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Page 48: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

DESLOCAÇÕES (I)

1ª Regra: o agente de execução tem direito a ser

reembolsado das despesas necessárias à realização das diligências efetuadas no exercício da funções de agente de execução, desde devidamente comprovadas

“despesas comprovadas” = as que sejam lançadas,

de forma automática, pelo SISAE na conta corrente do processo, v.g. as que resultem de registos de penhora eletrónica, expedição de correio, notificações eletrónicas, transferências e pagamentos eletrónicos.

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Page 49: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

DESLOCAÇÕES (II)

2ª Regra: as despesas de deslocação do agente de execução, apenas podem ser ressarcidas ao agente desde que, cumulativamente

sejam realizadas por agente designado pelo exequente sejam relativas a actos a praticar a mais de 50 km da sua comarca,

subsumíveis aos critérios do art. 54º da Portaria, após verificação pela CS

o exequente seja previamente informado, (preferencialmente por via electrónica), (1)

do custo provável da deslocação, (2) de que, sendo o acto praticado por AEx da comarca em causa, não haveria lugar a pagamento de tais despesas, e (3) de que as despesas de deslocação são da sua exclusiva responsabilidade, não podendo ser exigido ao executado o reembolso das mesmas

o exequente aceite expressamente a cobrança da deslocação Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 50: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

DESLOCAÇÕES (III)

3ª Regra: correm por conta do agente de

execução as despesas necessárias à realização das diligências durante a fase 1 do processo

executivo

as despesas de deslocação do agente de execução não cobertas pelo art. 52º nº 4 Portaria 282/2013

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IV.6. Reforço dos Direitos do Agente de Execução ao Pagamento de Honorários e Despesas

Rui Pinto, 2013

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Page 52: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REFORÇO DOS DIREITOS DO AGENTE DE EXECUÇÃO AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS E DESPESAS

Pagamento de quantias devidas ao Agente de Execução

(Art. 721.º cfr. Decreto-Lei 4/2013, de 11 de Janeiro)

1– Os honorários devidos ao agente de execução e o reembolso das despesas por ele efetuadas, bem como os débitos a terceiros a que a venda executiva dê origem, são suportados pelo exequente, podendo este reclamar o seu reembolso ao executado nos casos em que não seja possível aplicar o disposto no artigo 541.º.

2 -A execução não prossegue se o exequente não efetuar o pagamento ao agente de execução de quantias que sejam devidas a título de honorários e despesas.

3 - A instância extingue-se logo que decorrido o prazo de 30 dias após a notificação do exequente para pagamento das quantias em dívida, sem que este o tenha efetuado, aplicando-se o disposto no n.º 3 do artigo 849.º.

4 - O agente de execução informa o exequente e o executado sobre as operações contabilísticas por si realizadas com a finalidade de assegurar o cumprimento do disposto no n.º 1, devendo tal informação encontrar-se espelhada na conta-corrente relativa ao processo. 5 - A nota discriminativa de honorários e despesas do agente de execução da qual não se tenha reclamado, acompanhada da sua notificação pelo agente de execução ao interveniente processual perante o qual se pretende reclamar o pagamento, constitui título executivo.

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Page 53: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REFORÇO DOS DIREITOS DO AGENTE DE EXECUÇÃO AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS E DESPESAS

Data de apresentação do requerimento executivo:

(Art. 724.º n. 6 e 7)

6 – O requerimento executivo só se considera apresentado: a) Na data do pagamento da quantia inicialmente devida ao agente de execução, a

título de honorários e despesas, a realizar nos termos definidos por portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça ou da comprovação da concessão do benefício de apoio judiciário, na modalidade de atribuição de agente de execução;

b) b) Quando aplicável, na data do pagamento da retribuição prevista no n.º 8 do artigo 749. [remuneração por identificação do executado e de bens, quando exequente seja uma sociedade comercial que tenha dado entrada num tribunal, secretaria judicial ou balcão, no ano anterior, a 200 ou mais execuções], nos casos em que este ocorra após a data referida na alínea anterior.

7 – Aplicam-se ao disposto no número anterior os n.ºs 5 e 6 do artigo 552.º, com as devidas adaptações.

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IV.7. Admissão Expressa de Duas Formas de Processo

Rui Pinto, 2013 Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 55: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

QUADRO ANTERIOR A 2003

FORMA ORDINÁRIA – Execução de título extrajudicial e de decisão judicial que carecesse de liquidação incidental, com despacho liminar e citação prévia [Arts. 465.º, n. 1, 234.º, n. 4 al. e) e 811.º, n. 1 do Código anterior a 2003];

FORMA SUMÁRIA – Execução de decisão judicial que não carecesse de ser liquidada em execução, com despacho liminar e citação posterior à penhora e prazo de embargos mais curto [Art. 465.º, n. 2, 926.º, n. 1 e 928.º, n. 2];

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REFORMA DO CPC DE 2003

FORMA ÚNICA (“novo” CPC Art. 465.º), mas com 2 procedimentos

CITAÇÃO PRÉVIA – execução com despacho liminar e citação prévia (regra, títulos que não coubessem no Art. 812.º-C);

DISPENSA DE CITAÇÃO PRÉVIA – Execução que coubesse no Art. 812.º-C (por ex., decisão judicial, injunção) sem despacho liminar e citação posterior à penhora / execução com dispensa judicial (Art. 812.º-F, n. 3);

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REFORMA DO CPC DE 2013 (1)

[“novo” CPC] Art. 550.º: “o proceso comum para pagamento de quantia certa é ordinário ou sumário”

FORMA ORDINÁRIA – Forma-regra, com recebimento pela secretaria judicial, despacho liminar e citação prévia (títulos que não caibam no Art. 550.º n. 2 ou, ainda que caibam, fiquem salvaguardados pelo n. 3):

[Arts. 724.º ss.]

FORMA SUMÁRIA – Execução de título que caiba no Art. 550.º n. 2, com recebimento pelo agente de execução, sem despacho liminar e sem citação prévia:

[Arts. 855.º a 858.º]

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Page 58: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REFORMA DO CPC DE 2013 (2)

ÂMBITO RELATIVO ARTIGO 550.º

Forma do processo comum 1 - O processo comum para pagamento de quantia certa é ORDINÁRIO ou SUMÁRIO. 2 - Emprega-se o PROCESSO SUMÁRIO nas execuções baseadas: a) Em decisão arbitral ou judicial nos casos em que esta não deva ser executada no próprio processo; [atenção !] b) Em requerimento de injunção ao qual tenha sido aposta fórmula executória; c) Em título extrajudicial de obrigação pecuniária vencida,garantida por hipoteca ou penhor; d) Em título extrajudicial de obrigação pecuniária vencida cujo valor não exceda o dobro da alçada do tribunal de 1.ª instância. CITAÇÃO PRÉVIA (art. 855.º n. 5) 3 – NÃO É, PORÉM, APLICÁVEL A FORMA SUMÁRIA. a) Nos casos previstos nos artigos 714.º e 715.º; b) Quando a obrigação exequenda careça de ser liquidada na fase executiva e a liquidação não dependa de simples cálculo aritmético; c) Quando, havendo título executivo diverso de sentença apenas contra um dos cônjuges, o exequente alegue a comunicabilidade da dívida no requerimento executivo; d) Nas execuções movidas apenas contra o devedor subsidiário que não haja renunciado ao benefício da excussão prévia. 4 O processo comum para entrega de coisa certa e para prestação de facto segue FORMA ÚNICA.

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Page 59: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REFORMA DO CPC DE 2013 (3)

FORMA ORDINÁRIA

RECEBIMENTO – SECRETARIA (Art. 725.º)

DESPACHO LIMINAR (Art. 726.º)

CITAÇÃO

PENHORA

ATENÇÃO: PODE HAVER DISPENSA DE CITAÇÃO PRÉVIA (Art. 727.º).

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Page 60: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REFORMA DO CPC DE 2013 (4)

ESPECIALIDADES DA FORMA SUMÁRIA

ARTIGO 855.º Tramitação inicial

1 - O requerimento executivo e os documentos que o acompanhem são imediatamente enviados por via eletrónica, sem precedência de despacho judicial, ao agente de execução designado, com indicação do número único do processo.

2 -Cabe ao agente de execução:

a) Recusar o requerimento (…),

b) Suscitar a intervenção do juiz, nos termos do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 723.º, quando se lhe afigure provável a ocorrência de alguma das situações previstas no n.º 2 e no n.º 4 do artigo 726.º, ou quando duvide da verificação dos pressupostos de aplicação da forma sumária.

3 - Se o requerimento for recebido e o processo houver de prosseguir, o agente de execução inicia as consultas e diligências prévias à penhora, que se efetiva antes da citação do executado.

(…)

ARTIGO 856.º Oposição à execução e à penhora

1 – Feita a penhora, é o executado citado para a execução e, em simultâneo, notificado do ato de penhora, podendo deduzir, no prazo de 20 dias, embargos de executado e oposição à penhora.

2 – A citação do executado deve ter lugar no próprio ato da penhora, sempre que ele esteja presente; se não estiver, a citação realiza-se no prazo de cinco dias, contados da efetivação da penhora.

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Page 61: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REFORMA DO CPC DE 2013 (5)

FORMA SUMÁRIA

RECEBIMENTO – AGENTE DE EXECUÇÃO (Art. 855.º)

PENHORA

CITAÇÃO

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Page 62: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REFORMA DO CPC DE 2013 (6)

CONCLUSÕES

Forma ordinária é a forma do juiz; Forma sumária é a forma do agente de execução;

Princípio da coincidência: Despacho liminar sempre que houver citação prévia; não há despacho liminar se não houver citação prévia.

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Page 63: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REFORMA DO CPC DE 2013 (6)

UMA PERPLEXIDADE…

Art. 550.º Forma do Processo Comum (…)

2 – Emprega-se o Processo Sumário nas execuções baseadas: c) Em título extrajudicial de obrigação pecuniária vencida, garantida por hipoteca ou penhor; (…)

Excesso de favor creditoris: Seja qual for o montante da obrigação exequenda, qualquer entidade bancária passa a poder executar sem aviso o cliente com empréstimo hipotecário;

Violação da garantia constitucional de defesa prévia pois não é uma restrição razoável;

Atribui a certos credores uma celeridade processual na obtenção da penhora que viola o princípio da igualdade.

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Page 64: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

IV.8. Regime da Execução Imediata da Sentença no Próprio Processo

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Page 65: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REGIME DA EXECUÇÃO IMEDIATA DA SENTENÇA NO PRÓPRIO PROCESSO

I. Apresentação do requerimento de execução nos próprios autos da ação declarativa e execução nesses autos (regra):

Art. 85.º n.1 “Na execução de decisão proferida por tribunais portugueses o requerimento executivo é apresentado no processo em que aquela foi proferida, correndo a execução nos próprios autos e sendo tramitada de forma autónoma, excepto quando o processo tenha entretanto subido em recurso, casos em que corre no translado.”

ATENÇÃO AO ART. 85.º n. 2: Apresentação nos autos, mas seguida de remessa

Quando, nos termos da lei de organização judiciária, seja competente para a execução secção especializada de execução [JUIZO DE EXECUÇÃO], deve ser remetida a esta, com carácter de urgência, cópia da sentença, do requerimento que deu início à execução e dos documentos que o acompanham.

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Page 66: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REGIME DA EXECUÇÃO IMEDIATA DA SENTENÇA NO PRÓPRIO PROCESSO

II. Forma de execução:

a)Decisão judicial – Forma ordinária: [aparente contradição com o art. 550.º n. 2 al. a) ]

Art. 626.º n. 1: “A execução da decisão judicial condenatória inicia-se mediante requerimento, ao qual se aplica, com as necessárias adaptações, o disposto nos artigos 724.º e seguintes [ FORMA ORDINÁRIA]

b) Decisão judicial condenatória em quantia certa – Forma sumária:

Art. 626º n. 2: “a execução da decisão condenatória no pagamento de quantia certa segue a tramitação prevista para a FORMA SUMÁRIA, havendo lugar à notificação do executado após a realização da penhora.”

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Page 67: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REGIME DA EXECUÇÃO IMEDIATA DA SENTENÇA NO PRÓPRIO PROCESSO

c) Decisão judicial condenatória em entrega de coisa certa – Forma ordinária, sem citação prévia Art. 626.º n. 3: “Na execução de decisão judicial que condene na entrega de coisa certa, feita a entrega, o executado é notificado para deduzir oposição”. III. Execução cumulada de todos os pedidos julgados procedentes pela mesma sentença, seja qual for a sua finalidade (Art. 710.º);

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Page 68: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

REGIME DA EXECUÇÃO IMEDIATA DA SENTENÇA NO PRÓPRIO PROCESSO

IV. Forma da execução cumulada (Art. 626.º n. 3 a 5) 4 - Se o credor, conjuntamente com o pagamento de quantia certa ou com a entrega de uma coisa [FORMA SUMÁRIA], pretender a prestação de um facto [FORMA ÚNICA], a citação prevista no n.º 2 do artigo 868.º [CITAÇÃO DA FORMA ÚNICA] é realizada em conjunto [É ATRASADA] com a notificação do executado para deduzir oposição ao pagamento ou à entrega. 5 - Se a execução tiver por finalidade o pagamento de quantia certa e a entrega de coisa certa ou a prestação de facto, podem ser logo penhorados bens suficientes para cobrir a quantia decorrente da eventual conversão destas execuções, bem como a destinada à indemnização do exequente e ao montante devido a título de sanção pecuniária compulsória.

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Page 69: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

RESUMINDO…

Sentença (Pagamento de Quantia Certa) => FORMA SUMÁRIA (salvo o art. 550 n. 3):

Quando se execute no próprio processo (art. 626.º n. 2); Quanto não se execute no próprio processo (art. 550.º n. 2 al. a);

Injunção (Pagamento de Quantia Certa) => FORMA SUMÁRIA (salvo o art. 550.º n. 3);

Títulos Extrajudiciais com Hipoteca / Penhora (Pagamento Quantia Certa) => FORMA SUMÁRIA (salvo o art. 550.º n. 3);

Títulos Extrajudiciais até 10000€ (Pagamento Quantia Certa) => FORMA SUMÁRIA (salvo o art. 550.º n. 3);

FORMA SUMÁRIA (salvo o art. 550.º n. 3); FORMA SUMÁRIA LIMITADA – CITAÇÃO PRÉVIA (art. 855.º n. 5);

Título para Entrega / Prestação FORMA ÚNICA (art. 550.º n. 4); Sendo sentença Entrega Coisa Certa – Sem Citação Prévia mas com

diferimento liminar (art. 626.º n. 3); Sendo sentença CUMULADA – PROCESSO MISTO (art. 626.º n. 4);

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Page 70: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

RESUMINDO…

Restantes casos de Pagamento de Quantia Certa: => FORMA ORDINÁRIA (art. 550 n. 1):

Salvo o art. 727.º; “O exequente pode requerer que a penhora seja efectuada sem a

citação prévia do executado, desde que alegue factos que justifiquem o receio de perda da garantía patrimonial do seu crédito e ofereça de imediato os mieos de prova.”

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Page 71: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

IV.9. Clarificação dos Fundamentos de Oposição à Execução de Injunção

Rui Pinto, 2013 Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 72: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

CLARIFICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DE OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO DE INJUNÇÃO

ARTIGO 857.º Fundamentos de oposição à execução baseada em requerimento de injunção

1- Se a execução se fundar em requerimento de injunção ao qual tenha sido aposta fórmula executória, apenas podem ser alegados os fundamentos de embargos previstos no artigo 729.º [EXECUÇÃO DE SENTENÇA], com as devidas adaptações, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.

2- VERIFICANDO-SE JUSTO IMPEDIMENTO à dedução de oposição ao requerimento de injunção, tempestivamente declarado perante a secretaria de injunção, nos termos previstos no artigo 140.º, podem ainda ser alegados os fundamentos previstos no artigo 731.º [EXECUÇÃO DE OUTRO TÍTULO], nesse caso, o juiz receberá os embargos, se julgar verificado o impedimento e tempestiva a sua declaração.

3- INDEPENDENTEMENTE DE JUSTO IMPEDIMENTO, o executado é ainda admitido a deduzir oposição à execução com fundamento: a) Em questão de conhecimento oficioso que determine a improcedência,

total ou parcial, do requerimento de injunção; b) b) Na ocorrência, de forma evidente, no procedimento de injunção de

exceções dilatórias de conhecimento oficioso. Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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IV.10. Vinculação à indicação de bens pelo credor e fim do gradus executionis

Rui Pinto 2013 Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 74: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

ARTIGO 751.º (ORDEM DE REALIZAÇÃO DA PENHORA)

1 — A penhora começa pelos bens cujo valor pecuniário seja de mais fácil realização e se mostrem adequados ao montante do crédito do exequente. 2 — O agente de execução deve respeitar as indicações do exequente sobre os bens que pretende ver prioritariamente penhorados, salvo se elas violarem norma legal imperativa, ofenderem o princípio da proporcionalidade da penhora ou infringirem manifestamente a regra estabelecida no número anterior. 3 — Ainda que não se adeque, por excesso, ao montante do crédito exequendo, é admissível a penhora de bens imóveis ou do estabelecimento comercial desde que: •a) A penhora de outros bens presumivelmente não permita a satisfação integral do credor no prazo de 12 meses, no caso de a dívida não exceder metade do valor da alçada do tribunal de 1.ª instância e o imóvel seja a habitação própria permanente do executado; •b) A penhora de outros bens presumivelmente não permita a satisfação integral do credor no prazo de 18 meses, no caso de a dívida exceder metade do valor da alçada do tribunal de 1.ª instância e o imóvel seja a habitação própria permanente do executado; •c) A penhora de outros bens presumivelmente não permita a satisfação integral do credor no prazo de seis meses, nos restantes casos.

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Page 75: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

ARTIGO 751.º (ORDEM DE REALIZAÇÃO DA PENHORA)

4 — A penhora pode ser reforçada ou substituída pelo agente de execução nos seguintes casos: a) Quando o executado requeira ao agente de execução, no prazo da oposição à penhora, a substituição dos bens penhorados por outros que igualmente assegurem os fins da execução, desde que a isso não se oponha o exequente; (…) •5 — Nos casos previstos na alínea a) do número anterior em que se verifique oposição à penhora, o agente de execução remete o requerimento e a oposição ao juiz, para decisão. •6 — Em caso de substituição, e sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 745.º, só depois da nova penhora é levantada a que incide sobre os bens substituídos. •7 — O executado que se oponha à execução pode, no ato da oposição, requerer a substituição da penhora por caução idónea que igualmente garanta os fins da execução.

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IV.11. Suspensão da Execução; Tutela do Direito à Habitação Efetiva

Rui Pinto, 2013 Rui Pinto / Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Page 77: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO

ARTIGO 818.º

Efeito do recebimento da oposição

1- Havendo lugar à citação prévia do executado, o recebimento da oposição só suspende o processo de execução quando o opoente preste caução ou quando, tendo o opoente impugnado a assinatura do documento particular e apresentado documento que constitua princípio de prova, o juiz, ouvido o exequente, entenda que se justifica a suspensão. 2 - Não havendo lugar à citação prévia, o recebimento da oposição suspende o processo de execução, sem prejuízo do reforço ou da substituição da penhora. 3 - A execução suspensa prosseguirá se a oposição estiver parada durante mais de 30 dias, por negligência do opoente em promover os seus termos. 4 - Quando a execução prossiga, nem o exequente nem qualquer outro credor pode obter pagamento, na pendência da oposição, sem prestar caução.

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SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO

ARTIGO 733.º Efeito do recebimento (FORMA ORDINÁRIA E SUMÁRIA)

1- O recebimento dos embargos só suspende o prosseguimento da execução se: a) O embargante prestar caução;

b) Tratando-se de execução fundada em documento particular, o embargante tiver impugnado a genuinidade da respetiva assinatura, apresentando documento que constitua princípio de prova, e o juiz entender, ouvido o embargado, que se justifica a suspensão sem prestação de caução; c) Tiver sido impugnada, no âmbito da oposição deduzida, a exigibilidade ou a liquidação da obrigação exequenda e o juiz considerar, ouvido o embargado, que se justifica a suspensão sem prestação de caução. 2 - A suspensão da execução, decretada após a citação dos credores, não abrange o apenso de verificação e graduação dos créditos. (…)

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Page 79: Ncpc Aexecut- Rui Pinto v 16913

SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO

ARTIGO 733.º Efeito do recebimento (FORMA ORDINÁRIA E SUMÁRIA)

•(…)

3 - A execução suspensa prossegue se os embargos estiverem parados durante mais de 30 dias, por negligência do embargante em promover os seus termos. 4- Quando a execução embargada prossiga, nem o exequente nem qualquer outro credor pode obter pagamento, na pendência dos embargos, sem prestar caução. 5– Se o bem penhorado for a casa de habitação efetiva do embargante, o juiz pode, a requerimento daquele, determinar que a venda aguarde a decisão proferida em 1.ª instância sobre os embargos, quando tal venda seja suscetível de causar prejuízo grave e dificilmente reparável. 6 – Quando seja prestada caução nos termos do n.º 1, aplica-se, com as necessárias adaptações, o disposto no n.º 3 e no n.º 4 do artigo 650.º

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TUTELA DO DIREITO À HABITAÇÃO EFETIVA: SOLUÇÕES IDÊNTICAS DE TUTELA DO DIREITO À HABITAÇÃO

OPOSIÇÃO À PENHORA (ART. 785º Nº4) Se a oposição respeitar ao imóvel que constitua habitação efetiva do executado, aplica-se o disposto no n. 5 do artigo 733.º. OPOSIÇÃO À PENHORA AUTÓNOMA (ART. 856º Nº4) Quando não se cumule com os embargos de executado é aplicável ao incidente de oposição à penhora o disposto nos n. 2 e 6 do artigo 785.º. EXECUÇÃO PROVISÓRIA (ART. 704º Nº 4 = ART. 47º) 4 - Enquanto a sentença estiver pendente de recurso, se o bem penhorado for a casa de habitação efetiva do executado, o juiz pode, a requerimento daquele, determinar que a venda aguarde a decisão definitiva, quando aquela seja suscetível de causar prejuízo grave e dificilmente reparável.

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TUTELA DO DIREITO À HABITAÇÃO NO OBJECTO DA PENHORA

Art. 751.º n. 3 => Art. 834.º n. 2 (após a Lei nº 60/2012, de 9/11) Ainda que não se adeqúe, por excesso, ao montante do crédito exequendo, é admissível a penhora de bens imóveis ou do estabelecimento comercial, desde que a penhora de outros bens presumivelmente não permita a satisfação integral do credor. No prazo de doze meses, no caso de a dívida não exceder metade do valor

da alçada do tribunal de primeira instância— i.e., ser até 2500 euros — e o imóvel seja a habitação própria permanente do executado;

No prazo de dezoito meses, no caso de a dívida exceder metade do valor da alçada do tribunal de primeira instância— i.e., ser superior a 2500 euros — e o imóvel seja a habitação própria permanente do executado;

No prazo de seis meses, nos restantes casos (solução única antes da Lei)

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IV.12. Incidente de Comunicabilidade da Dívida

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INCIDENTE DE COMUNICABILIDADE DA DÍVIDA

Regra fundamental na penhora de bens comuns

ARTIGO 740.º (<= art. 825º) Penhora de bens comuns em execução movida contra um dos cônjuges 1 - Quando, em execução movida contra um só dos cônjuges, forem penhorados bens comuns do casal, por não se conhecerem bens suficientes próprios do executado, é o cônjuge do executado citado para, no prazo de 20 dias, requerer a separação de bens ou . juntar certidão comprovativa da pendência de ação em que a separação já tenha sido requerida, sob pena de a execução prosseguir sobre os bens comuns. 2- Apensado o requerimento de separação, ou junta a certidão, a execução fica suspensa até à partilha; se, por esta, os bens penhorados não couberem ao executado, podem ser penhorados outros que lhe tenham cabido, permanecendo a anterior penhora até à nova apreensão.

Citação prevista no art. 786.º n. 1 al. a) primeira parte ( = art. 864.º n. 3 al. a) primeira parte)

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INCIDENTE DA COMUNICABILIDADE SUSCITADO PELO EXEQUENTE

ARTIGO 741.º

1-Movida execução apenas contra um dos cônjuges, o exequente pode alegar fundamentadamente que a dívida, constante de título diverso de sentença, é comum; a alegação pode ter lugar:

No requerimento executivo (art. 724.º n. 1 al. e) segunda parte, GARANTIA DE DESPACHO LIMINAR / FORMA ORDINÁRIA (cf. art. 550º nº 3 al. b)) ou

Até ao início das diligências para venda ou adjudicação, devendo, neste caso, constar de requerimento autónomo, deduzido nos termos dos artigos 293.º a 295.º e autuado por apenso.

2- (…) é o cônjuge do executado citado para no prazo de 20 dias, declarar se aceita a comunicabilidade da dívida, baseada no fundamento alegado, com a cominação de que, SE NADA DISSER, a dívida é considerada comum. 5 – (..) se a dívida for considerada comum a execução prossegue também contra o cônjuge não executado, cujos bens próprios podem ser nela subsidiariamente penhorados se, antes da penhora dos bens comuns, tiverem sido penhorados bens próprios do executado inicial, pode este requerer a respetiva substituição.

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INCIDENTE DA COMUNICABILIDADE SUSCITADO PELO EXEQUENTE

3 – O cônjuge não executado PODE IMPUGNAR a comunicabilidade da dívida:

a) Se a alegação (...) tiver sido incluída no requerimento executivo, - em oposição à execução, quando a pretenda deduzir / ou - em articulado próprio, quando não pretenda opor-se à execução; no primeiro caso, se o recebimento da oposição não suspender a execução, apenas podem ser penhorados bens comuns do casal, mas a sua venda aguarda a decisão a proferir sobre a questão da comunicabilidade;

b) Se a alegação (…) tiver sido deduzida em requerimento autónomo, - na respetiva oposição.

4 - A dedução do incidente previsto na segunda parte do n.º 1 determina a suspensão da venda, quer dos bens próprios do cônjuge executado que já se mostrem penhorados, quer dos bens comuns do casal, a qual aguarda a decisão a proferir, mantendo-se entretanto a penhora já realizada.

5 - (..) se a dívida for considerada comum a execução prossegue também contra o cônjuge não executado (…).

6 - Se a dívida não for considerada comum e tiverem sido penhorados bens comuns do casal, o cônjuge do executado deve, no prazo de 20 dias após o trânsito em julgado da decisão, requerer a separação de bens ou juntar certidão comprovativa da pendência da ação em que a separação já tenha sido requerida, sob pena de a execução prosseguir sobre os bens comuns, aplicando-se o n.º 2 do art. 740º.

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INCIDENTE DA COMUNICABILIDADE SUSCITADO PELO EXECUTADO(A)

ARTIGO 742.º

- Movida execução apenas contra um dos cônjuges e + penhorados bens próprios do

executado, na oposição à penhora; - O executado pode alegar fundamentadamente que a dívida, constante de título diverso

de sentença, é comum, - - especificando logo quais os bens comuns que podem ser penhorados;

- O cônjuge não executado é citado nos termos e para os efeitos do n.º 2 do art. 741º.

2 – Opondo-se o exequente ou sendo impugnada pelo cônjuge a comunicabilidade da dívida, A questão é resolvida pelo juiz no incidente de oposição à penhora, suspendendo-se a venda dos bens próprios do executado e aplicando-se o art. 741º nºs 5 e 6 , consoante a dívida seja ou não considerada comum.

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IV.13. Clarificação da penhora de rendimentos

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CLARIFICAÇÃO DA PENHORA DE RENDIMENTOS

Artigo 738.º <= Artigo 824.º

OBJECTO:

”1 - São impenhoráveis dois terços da parte líquida dos vencimentos, salários, prestações periódicas pagas a título de aposentação ou de qualquer outra regalia social, seguro, indemnização por acidente, renda vitalícia, ou prestações de qualquer natureza que assegurem a subsistência do executado.” ATENÇÃO: apenas são considerados os descontos legalmente obrigatórios.

REDUÇÃO DE PENHORA - passa para o juiz = (art. 824º nº 4 “novo” CPC):

“6 - Ponderados o montante e a natureza do crédito exequendo, bem como as necessidades do executado e do seu agregado familiar, pode o juiz, excecionalmente e a requerimento do executado, reduzir, por período que considere razoável, a parte penhorável dos rendimentos e mesmo, por período não superior a um ano, isentá-los de penhora.”

AUMENTO DA PENHORA - suprimido (art. 824ºnº 7).

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IV.14. Penhora de Saldo Bancário

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PENHORA DE SALDO BANCÁRIO

Artigo 780.º <= Artigo 861.º-A Supressão da necessidade de despacho judicial prévio

“1- A penhora que incida sobre depósito existente em instituição legalmente autorizada a recebê-lo é feita por comunicação eletrónica realizada pelo agente de execução às instituições legalmente autorizadas a receber depósitos nas quais o executado disponha de conta aberta ( ! );

Obtenção eletrónica de informações junto do Banco de Portugal (art. 749/6)

Procedimento de preparação (“bloqueio”) e consumação da penhora

Procedimento de preparação (“bloqueio”) e consumação da penhora

“2 - O agente de execução comunica, por via eletrónica, às instituições de crédito (..), que o saldo existente, ou a quota-parte do executado nesse saldo fica BLOQUEADO desde a data do envio da comunicação, até ao limite estabelecido no n.º 3 do artigo 735.º” [valor da dívida, custas e honorários]

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PENHORA DE SALDO BANCÁRIO

Artigo 780.º <= Artigo 861.º-A “8 - Após a comunicação (…), as instituições de crédito, no prazo de dois dias úteis, comunicam, por via eletrónica, ao agente de execução:

a)O montante bloqueado; ou

b) O montante dos saldos existentes, sempre que, pela aplicação do disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 738.º, a instituição não possa efetuar o bloqueio a que se refere o n. 2; ou c) A inexistência de conta ou saldo.

“9 - Recebida a comunicação (…), o agente de execução, no prazo de cinco dias, respeitados os limites previstos nos n.os 4 e 5 do artigo 738.º [imp. parcial] comunica por via eletrónica às instituições de crédito a PENHORA dos montantes dos saldos existentes que se mostrem necessários para satisfação da quantia exequenda e o DESBLOQUEIO dos montantes não penhorados, sendo a penhora efetuada comunicada de imediato ao executado pela instituição de crédito.”

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IV.15. Plano de Pagamentos

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PLANO DE PAGAMENTOS

Anteriores Artigos 882.º a 884.º

ARTIGO 882.º Requerimento para pagamento em prestações 1- É admitido o pagamento em prestações da dívida exequenda, se exequente e executado, de comum acordo, requererem, ao agente de execução, a suspensão da execução. 2 - O requerimento para pagamento em prestações é subscrito por exequente e executado, devendo conter o plano de pagamento acordado e podendo ser apresentado até à transmissão do bem penhorado ou, no caso de venda mediante propostas em carta fechada, até à aceitação de proposta apresentada.

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PLANO DE PAGAMENTOS

Anteriores Artigos 882.º a 884.º

ARTIGO 883.º Garantia do crédito exequendo 1 - Na falta de convenção em contrário, vale como garantia do crédito exequendo a penhora já feita na execução, que se manterá até integral pagamento (…).

ARTIGO 884.º Consequência da falta de pagamento A falta de pagamento de qualquer das prestações, nos termos acordados, importa o vencimento imediato das seguintes, podendo o exequente requerer o prosseguimento da execução para satisfação do remanescente do seu crédito.

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PLANO DE PAGAMENTOS

Novos Artigos 806.º a 808.º

ARTIGO 806.º Requerimento para pagamento em prestações 1- 0 exequente e o executado podem acordar no pagamento em prestações da dívida exequenda, definindo um plano de pagamento e comunicando tal acordo ao agente de execução. 2- A comunicação (…) pode ser apresentada até à transmissão do bem penhorado ou, no caso de venda mediante proposta em carta fechada, até à aceitação de proposta apresentada e determina a extinção da execução.

ARTIGO 807º Garantia do crédito exequendo 1- Se o exequente declarar que não prescinde da penhora já feita na execução, aquela converte-se automaticamente em hipoteca ou penhor, beneficiando estas garantias da prioridade que a penhora tenha (…) 3- As partes podem convencionar que a coisa objeto de penhor fique na disponibilidade material do executado. 4 - O agente de execução comunica à conservatória competente a conversão da penhora em hipoteca, bem como a extinção desta após o cumprimento do acordo.

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PLANO DE PAGAMENTOS

Novos Artigos 806.º a 808.º

ARTIGO 884.º Consequência da falta de pagamento A falta de pagamento de qualquer das prestações, nos termos acordados, importa o vencimento imediato das seguintes, podendo o exequente requerer a renovação da execução para satisfação do remanescente do seu crédito, aplicando-se:

o art. 850º nº 4 = art. 920º nº 5 do “antigo” CPC

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IV.16. Acordo Global de Pagamentos

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ACORDO GLOBAL DE PAGAMENTOS

Novo Artigos 810.º

ARTIGO 806.º Requerimento para pagamento em prestações 1 – O executado, o exequente e os credores reclamantes podem acordar num plano de pagamentos, que pode consistir nomeadamente numa simples moratória, num perdão, total ou parcial, de créditos, na substituição, total ou parcial, de garantias ou na constituição de novas garantias. (aplica-se, com as necessárias adaptações, as regras procedimento do plano de pagamentos)

3 – O incumprimento dos termos do acordo, no prazo de 10 dias após interpelação escrita do exequente ou de credor reclamante, implica, na falta de convenção expressa em contrário, a caducidade do acordo global, podendo o exequente ou o credor reclamante requerer a renovação da execução para pagamento do remanescente do crédito exequendo e dos créditos reclamados, aplicando-se, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 808.º. 4 – A caducidade do acordo global prevista no número anterior não prejudica os efeitos entretanto produzidos. 5 – O exequente e os credores reclamantes conservam sempre todos os seus direitos contra os coobrigados ou garantes do executado.

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IV.17. Venda em Leilão Eletrónico - Regra

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VENDA EM LEILÃO ELETRÓNICO - REGRA

Anterior Artigo 907.º-B

“1 - Excepto nos casos referidos nos artigos 902.º e 903.º, a venda de bens imóveis e de bens móveis penhorados é sempre feita em leilão electrónico, nos termos a definir por portaria (…): a) Quando, ouvidos o executado, o exequente e os credores com garantia sobre os

bens a vender, estes não se oponham no prazo de cinco dias; b) Nos casos referidos nas alíneas d) e e) do artigo 904.º e no n.º 3 do artigo 907.º,

quando o agente de execução entenda preferível a venda em leilão electrónico à venda por negociação particular ou à venda por propostas em carta fechada.“

Novo Artigo 837.º

“1- Excepto nos casos referidos nos artigos 902.º e 903.º [venda em bolsa e venda direta], a venda de bens imóveis e de bens móveis penhorados é feita preferencialmente em leilão eletrónico, nos termos a definir por portaria(…)”.

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IV.18. Direito transitório

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DIREITO TRANSITÓRIO

• Artigo 6.º (Ação executiva)

• 1 — O disposto no Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, aplica-se, com as necessárias adaptações, a todas as execuções pendentes à data da sua entrada em vigor.

• 2 — Nas execuções instauradas antes de 15 de setembro de 2003 os atos que, ao abrigo do Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, são da competência do agente de execução competem a oficial de justiça.

• 3 — O disposto no Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, relativamente aos títulos executivos, às formas do processo executivo, ao requerimento executivo e à tramitação da fase introdutória só se aplica às execuções iniciadas após a sua entrada em vigor.

• 4 — O disposto no Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, relativamente aos procedimentos e incidentes de natureza declarativa apenas se aplica aos que sejam deduzidos a partir da data de entrada em vigor da presente lei.

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IV.19. PEPEX

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DIREITO TRANSITÓRIO

• Ver texto

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MUITO OBRIGADO.

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