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NCE/16/00002 — Decisão de apresentação de pronúncia - Novo ciclo de estudos NCE/16/00002 — Decisão de apresentação de pronúncia - Novo ciclo de estudos Decisão de Apresentação de Pronúncia ao Relatório da Comissão de Avaliação Externa 1. Tendo recebido o Relatório de Avaliação/Acreditação elaborado pela Comissão de Avaliação Externa relativamente ao novo ciclo de estudos Artes (Artes Visuais, Design, Cinema e Media Artes) 2. conferente do grau de Doutor 3. a ser lecionado na(s) Unidade(s) Orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.) Faculdade de Artes e Letras (UBI) 4. a(s) Instituição(ões) de Ensino Superior / Entidade(s) Instituidora(s) Universidade Da Beira Interior 5. decide: Apresentar pronúncia 6. Pronúncia (Português): A pronúncia encontra-se no ficheiro em anexo. 7. Pronúncia (Português e Inglês, PDF, máx. 150kB): (impresso na página seguinte) pág. 1 de 1

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NCE/16/00002 Decisão de apresentação de pronúncia - Novo ciclo de estudos

NCE/16/00002 Decisão de apresentação depronúncia - Novo ciclo de estudosDecisão de Apresentação de Pronúncia ao Relatório daComissão de Avaliação Externa1. Tendo recebido o Relatório de Avaliação/Acreditação elaborado pela Comissão de AvaliaçãoExterna relativamente ao novo ciclo de estudos Artes (Artes Visuais, Design, Cinema e MediaArtes)2. conferente do grau de Doutor3. a ser lecionado na(s) Unidade(s) Orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.)Faculdade de Artes e Letras (UBI)4. a(s) Instituição(ões) de Ensino Superior / Entidade(s) Instituidora(s)Universidade Da Beira Interior5. decide: Apresentar pronúncia6. Pronúncia (Português):A pronúncia encontra-se no ficheiro em anexo.7. Pronúncia (Português e Inglês, PDF, máx. 150kB): (impresso na página seguinte)

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Anexos

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DOUTORAMENTO EM ARTES (Artes Visuais, Design, Cinema e Media Artes)

Processo n.º NCE/16/00002 da A3ES

PRONÚNCIA

O presente documento de pronúncia apresenta os argumentos da Universidade da Beira Interior

(UBI) atinentes ao teor e ao sentido da proposta de decisão constantes do Relatório Preliminar da

CAE (RCAE) sobre o pedido de criação do 3º Ciclo de Estudos em Artes referenciado em epígrafe.

Qual contraditório visa esclarecer os pontos da Apresentação de Pedido (AP) que suscitaram dúvidas

à CAE evitando, contudo, a redundância e a transcrição pleonástica.

1. O RCAE começa por reconhecer, no seu ponto 1, que a proposta de criação do 3º Ciclo em

Artes satisfaz os requisitos legais e formais;

2. O Ponto 2 do RCAE considera as condições de ingresso “discutíveis”, embora o ponto A10 da

Apresentação do Pedido contenha especificações em tudo análogas às da generalidade dos

doutoramentos em funcionamento, que se acham prescritas na Lei;

3. O ponto 2.2.2 considera a designação do ciclo de estudos “não adequada”. Ora, como foi

apontado no pontos 10.1 e seguintes da AP, existem ciclos de estudo em funcionamento em

diversos países, devidamente acreditados, com idêntica ou maior amplitude, sendo disso

exemplo, no caso português, o Doutoramento em Artes (Artes Performativas e da Imagem e

Movimento), fruto da colaboração entre a Faculdade de Letras e a Faculdade de Belas-Artes

da Universidade de Lisboa, o Instituto de Ciências Sociais, a Escola Superior de Teatro e

Cinema e a Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa. Podemos ainda

apontar o Curso de Doutoramento em Arte Contemporânea da Universidade de Coimbra,

sem os antecedentes de 1º e 2º ciclo em que a nossa proposta assenta;

4. A lógica de especialização disciplinar dos doutoramentos, que informa a posição da CAE,

corresponde a um paradigma diverso da epistemologia da criação emergente, que vai muito

para lá do que se convencionou chamar Arte Contemporânea, e cuja tendência internacional

promove o diálogo, a porosidade, a intermedialidade e o hibridismo entre linguagens,

conceitos, temas, processos, materiais e suportes. Tais dinâmicas de cruzamento convidam à

superação da experiência estética, outrora confinada a fronteiras artificiais, esquemáticas e

redutoras, e tem sido o pretexto para novas propostas práticas, teóricas e críticas, cuja

pertinência tem conduzido à inflexão da programação de muitas instituições culturais e

académicas de referência, cada vez mais atentas às dinâmicas de confluência, transfusão e

intercâmbio, seja entre o cinema e as artes plásticas, seja entre o design e a escultura, seja

entre as media-artes e as artes performativas. As próprias categorias que indicamos no

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subtítulo do programa têm visto a sua circunscrição em causa, mercê do alargamento da

extensão dos seus objectos e campos de acção, do desvanecimento de fronteiras com

domínios artísticos outrora circunscritos e mesmo da actual falta de integridade dos

respectivos contextos operativos e tecnológicos, como é o caso da Fotografia, do Cinema e do

vídeo, do Design e das Media-Artes;

5. Neste contexto, a UBI visa orientar o programa para as problemáticas de investigação em

Artes identificadas na AP, em particular nos campos A.10 e 3.1.1, que corroboram o percurso

de investigação que o Grupo de Artes e Humanidades tem vindo a desenvolver. Ao invés de

se cingir a disciplinas, este doutoramento centrar-se-á nos aspectos eminentemente poéticos,

críticos e teóricos, mais do que na observância de taxonomias e classificações desajustadas

das actuais dinâmicas da produção, circulação e recepção das obras;

6. Tal estratégia resulta de uma ampla discussão no seio do grupo de docentes implicados no

processo e foi respaldada pelos professores da Faculdade de Belas Artes da Universidade do

País Basco, que colaborarão com a UBI. Esta instituição procedeu recentemente à fusão dos

anteriores programas doutorais, seccionados por domínios disciplinares (desenho, audio-

visuais, escultura, design, etc.), com resultados muito positivos. O protocolo com esta

instituição assenta nessa sintonia e desejo de reciprocidade, contemplando inclusive a

circulação de doutorandos;

7. O RCAE não especifica nos pontos 2.3.1 e 2.3.2 quais os requisitos legais que a Estrutura

Curricular e o Plano de Estudos não observam;

8. Esclarece-se, a propósito das inferições do ponto 3.1.4 do RCAE, que o curso emana no seu

âmago da estratégia que presidiu à criação da Faculdade de Artes e Letras, pioneira em

Portugal na promoção da simbiose entre as Artes e as Humanidades, estando devidamente

respaldado na estratégia institucional, explicitada no ponto 3.1.3 da AP;

9. Ademais, esta Faculdade tutela já 10 cursos de 1º e 2º ciclos em áreas artísticas (Cinema,

Design Multimédia, Design de Moda, Design Industrial, Design de Jogos Digitais e ensino

das Artes Visuais), com evidência de investigação e de criação nessas áreas;

10. Não obstante ser conveniente integrar as artes na formulação genérica da sua missão, a

Universidade da Beira Interior consagra sem equívocos “a qualificação de alto nível, a

produção, transmissão, crítica e difusão de saber e de cultura, ciência e tecnologia”. As artes,

contempladas nas humanidades, na cultura e nas ciências conexas fazem há muito parte

integrante da matriz moderna das artes liberais, livres também dos preconceitos formais que

opõem a ciência à técnica (v. CHASTEL, André (1959), Art et humanisme à Florence au

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temps de Laurent le Magnifique, Paris: PUF, p.419). Por outro lado, tanto a reflexão como a

criação contemporâneas não podem deixar de considerar a influência e determinação dos

processos de mecanização e mediação tecnológica, que tanto condicionaram o curso das

artes, como sucedeu com o cinema, no final do século XIX e sucede com a digitalização, nos

dias de hoje. Fenómenos que, aliados às complexas e omnipresentes dinâmicas da indústria

cultural, promoveram o desvanecimento disciplinar e potenciaram o surgimento de campos

artísticos que alteraram os processos de predicação e relação com o mundo;

11. Estranha-se que a CAE não haja considerado qualquer ponto forte e tenha interpretado como

apenas “ambíguos” os argumentos constantes dos pontos 3.1 e 3.2 e segs. da AP. Argumentos

ponderosos que demonstram a adequação ao projecto educativo, científico e cultural da UBI,

enquadrando a investigação em Artes na actuação institucional, bem como nas diversas

dinâmicas exógenas;

12. Quanto à inserção na oferta formativa, os pontos 3.2.2 e 3.2.5 do RCAE parecem

desconsiderar a fundamentação constante nos pontos 3.1.3 da AP;

13. Divergimos claramente do ponto 3.3.3 do RCAE, ao considerar as UC de Metodologia e de

Problemáticas da Arte contemporânea como estando “fortemente ligadas às Ciências da

Comunicação”, porquanto estas se centram na investigação em, sobre e através das artes,

facto comprovado nos respectivos Mapas IV da AP;

14. Acresce que estas UC contam com a participação de diversos docentes e têm bem explicitados

nos campos 3.3.5 das respectivas Fichas os módulos temáticos e conteúdos em que os

docentes colaboradores são especialistas;

15. Divergimos também no ponto 4.4 do RCAE, pois o Regulamento de Avaliação do

Desempenho Docente promove e valora as vertentes da investigação no campo da arte, a

criação artística e literária, a participação em júris de índole artística e cultural. Evidências

(publicações, eventos, catálogos, exposições, etc.) desta actividade científica constam das

páginas da FAL e do LABCOM.IFP;

16. Também não colhe a aludida ascendência das Ciências da Comunicação, pois dos 24 docentes

próprios da UBI / 22 ETI, 10 são doutorados em Artes, aos quais se soma 1 em História da

Arte; Acresce que de entre os 9 docentes doutorados em Ciências da Comunicação, 7

apresentaram teses e têm créditos académicos e artísticos firmados no Cinema ou na

Comunicação Visual, como se constata no quadro 4.1.2 da AP e nas respectivas fichas

curriculares;

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17. A UBI fez um esforço sério na formação do corpo docente próprio das Artes. Considera-se, no

entanto, demasiado restritiva a categorização das áreas de doutoramento feita pela CAE face

à tradição académica e ao vínculo epistemológico estabelecido, que consagra os

doutoramentos em Belas-Artes, Design e Arquitectura como afins das áreas educação e

formação (CNAEF), publicadas em anexo à Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março,

constantes do Grupo 2 – Artes e Humanidades, Subgrupo 210 – Artes, precisamente uma

categoria transversal aos domínios constantes do subtítulo deste CE;

18. Algumas razões históricas para as ambiguidades na designação das áreas de doutoramento

constam do relatório Reforming Arts and Culture Higher Education in Portugal, MCTES,

2009;

19. Eximindo-nos de compilar a informação das fichas dos docente ínsitas no processo, a UBI

satisfaz plenamente o estipulado no Capítulo IV do Decreto-Lei nº 107/2008, de 25 de Junho,

nomeadamente a Alínea 2 a) do seu Artigo 29º: “Só podem conferir o grau de doutor numa

determinada área as universidades que disponham de um corpo docente próprio, qualificado

nessa área, cuja maioria seja constituída por titulares do grau de doutor, e dos demais

recursos humanos e materiais que garantam o nível e a qualidade da formação adquirida”;

20. Não aceitamos de modo algum as considerações expendidas pela CAE em todo o ponto 7 do

RCAE, que exorbitam largamente o mandato de que esta foi investida. Ao longo da sua

existência, a UBI tem dado sobejas provas de solidez da formação académica e científica que

oferece;

21. A CAE considera pouco “fiável” o ponto 8.4, sem no entanto explicitar com que base científica

ou empírica o faz;

22. No ponto 10, o factor diferenciador, visto pela CAE como um óbice, representa uma vantagem

do CE em apreço face aos CE existentes;

23. A ordem jurídica portuguesa veio reconhecer, através do Decreto-Lei nº 230/2009, de 14 de

Setembro, a possibilidade de atribuição do grau de Doutor a criadores de obras e realizações

originais, resultantes da prática de projecto em domínios e formas dificilmente

compagináveis com o clássico e dominante modelo da tese de doutoramento, maxime nos

domínios artísticos. É precisamente essa a possibilidade que contemplamos no neste CE com

a bifurcação Tese / Projecto;

24. Contrariamente às alegações do RCAE nos seus pontos 3.3.3 e 12.4, o Grupo de Artes e

Humanidades tem desenvolvido um assinalável trabalho no seio da linha de Cultura e Novas

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Humanidades, mas também apresenta evidências de criação e investigação em, sobre e

através das artes;

25. As alegações constantes do ponto 10.5 do RCAE não se encontram fundamentadas, nem

encontram qualquer eco de prova nos documentos que instruíram o pedido. A

fundamentação da CAE incorre em vários equívocos como, por exemplo, considerar as duas

alíneas transcritas no nº 5 como simultâneas quando são alternativas, ou ainda considerar

esta AP para NCE como um guião de auto-avaliação;

26. Serve o supra-dito para rebater a fundamentação aduzida para justificar a recomendação final

de “não acreditação”, constante do ponto 12.4 do RCAE, que enferma de uma visão oblíqua e

redutora da proposta, como se constata, por exemplo, na incapacidade de perceber;

27. De modo algum podemos aceitar a presunção de “não adequação” do corpo docente “apesar

de habilitado academicamente” (sic!), constante do nº 6 deste ponto 12.4. Reitera-se, sem

qualquer margem de ambiguidade, que 20 membros do corpo docente próprio são

efectivamente detentores do grau de doutor, com teses em domínios artísticos;

28. Também nas recorrentes referências à unidade de investigação a que o curso de princípio se

vincula há falta de propriedade, omitindo a existência de um Grupo de Artes e Humanidades,

que tutela, de facto, a linha Cultura e Outras Humanidades, mas cuja intervenção noutras

linhas e projectos de relevância artística se encontra devidamente comprovada;

29. A par da referida falta de rigor, registamos ainda a completa indiferença da CAE ao

significado institucional da consolidação de uma área de conhecimento que a UBI tem

promovido sistemática e continuadamente desde o ano 2000;

30. Consideramos que a recomendação final de “não acreditação” se baseia em inferições e/ou

elementos que a UBI pode com facilidade resolver ou melhorar uma vez viabilizado o curso.

A viabilização deste CE é, aliás, condição para a consolidação das Artes na UBI e, por

extensão, na Universidade Portuguesa, pelo que se apela à inflexão da recomendação da CAE.

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PhD in ARTS (Visual Arts, Design, Cinema and Media Arts)

Process n.º NCE/16/00002 from A3ES

PRONOUNCEMENT

This pronouncement presents University of Beira Interior’s (UBI) appeal regarding the content and

meaning of the decision revealed in CAE’s Preliminary Report (PRCAE) about the request to create

a PhD in Arts. As contradictory this appeal aims to clarify the Presentation Request (PR) items that

arose doubts to CAE, although avoiding redundancies and pleonasms when referring to the original

version.

1. In 1, PRCAE recognizes that the proposal to create a PhD in Arts was conceived in accordance

with the formal and legal requests;

2. CAE’s point 2 considers the admission requirements as “arguable”, although the PR’s point

A10 has the same specifications as other PhD programmes available nationwide, found within

the current Law;

3. Point 2.2.2 considers the PhD designation to be “inadequate”. As referred to in the PR’s 10.1

and following points, there are uncountable PhD running all over the world, accordingly

credited, with identical, or even bigger, inadequacy. For example, the PhD in Arts

(Performative Arts and Arts of Image and Movement), result of a cooperation involving the

University of Lisbon’s Faculty of Humanities and Faculty of Fine Arts, the Social Sciences

Institute (ICS), the Lisbon Film and Theatre School and the Higher School of Dance of the

Polytechnic Institute of Lisbon. We can also point out the existence of a PhD in Contemporary

Arts at the University of Coimbra, even without the correspondent graduate and

undergraduate courses offered by UBI, for which we appeal to a sense of equity from the

Agency;

4. The logic that must preside to a PhD disciplinary specialization, evoked by CAE to frame its

position, corresponds to a diverse paradigm within the ecology of contemporary creation,

further beyond what we have established as Contemporary Art, which international trend

promotes dialogues, porosities, intermediality and hybridism among languages, concepts,

themes, processes, materials and supports. Such crossover dynamics invite the overcoming of

the aesthetic experience, confined in the past to artificial, structured, and narrowing

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boundaries, giving many institutions a pretext to present new practical, theoretical and critical

proposals, which pertinence has led to the inflection of the cultural programming at several

cultural organizations and top academic institutions, more and more aware of the confluence,

transfusion and interchange dynamics, be it between cinema and fine arts, design and

sculpture, media-arts and performative arts. The categories presented in the PhD programme

have seen their circumscription questioned, given the widening of their objects and fields of

action, the vanishing limits with artistic fields that had once been circumscribed, and the

contemporary lack of integrity of the respective operative and technological contexts, as is the

case of Photography, Film and Video, Design and interactive Media-Arts;

5. In this context, UBI aims to orient the PhD programme to Arts research themes identified in

the PR, especially in the fields A.10 and 3.1.1, corroborating the research path the Group of

Arts and Humanities has been treading. Instead of closing down on disciplines, this PhD will

focus more on the poetic, critical and theoretical aspects than on observing taxonomies and

classifications unadjusted from the current dynamics of production, spreading and reception

of the works of art;

6. This strategy comes from a wide discussion within the faculty integrated in the programme,

and backed by professors from the Faculty of Fine Arts of the University of the Basque Country,

who will cooperate with the proposed PhD. This institution has recently promoted the fusion

of two previous PhD programmes, sectioned by scientific disciplines (drawing, audio-visual,

sculpture, design, etc.), with very positive results. The agreement with this institution lies on

that alignment and reciprocity, even contemplating PhD students’ mobility;

7. The PRCAE does not specify in 2.3.1 and 2.3.2 which are the legal requirements that the Study

Plan or the Credit Structure do not observe;

8. The inferences made in PRCAE’s 3.1.4 are not factual, as the programme is anchored and

sustained in the institutional strategy. That can be explained by RP’s 3.1.3;

9. Furthermore, the Faculty where this PhD will take place oversees the referred nine graduate

and undergraduate programmes, likewise the MAT (Master of Arts in Teaching) in Visual Art.

This Faculty is called, purposely from its beginning, Faculty of Arts and Humanities, where

evidences of research and creation in those areas can easily be found;

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10. Notwithstanding the convenience of integrating the arts within the generic formulation of their

mission, UBI consecrates unequivocally “the higher standard qualification, the production,

transmission, critique, and diffusion of knowledge and culture, science and technology”. Arts,

regarding its presence in the humanities, culture and connected sciences, are fully integrated

within the modern matrix of liberal arts, liberated from the formal prejudices that oppose

science to technique (CHASTEL, André, 1959, Art et humanisme à Florence au temps de

Laurent le Magnifique, Paris, PUF, p. 419). On the other hand, both contemporary reflection

as contemporary creation must take into consideration the influence and the determination of

the mechanical and technological mediation, that have limited the course of the arts, as it

happened to Cinema by the end of the 19th century, and is happening with digitalization

nowadays. These phenomena, along with complex and omnipresent dynamics of the cultural

industry, have promoted the fading of scientific disciplines and gave strength to the outset of

artistic fields that changed the predication processes and the connection with the world;

11. It is rather odd that CAE did not considered any strength and interpreted the statements in 3.1

and 3.2 and following points only as “ambiguous”. These are reasonable and sensible

arguments showing the PhD’s adequacy to UBI’s educational, scientific and cultural project,

framing the research in Arts within the institutional acting, as well as regarding the diverse

outlier dynamics;

12. Concerning the insertion in the formative offer, points 3.2.2 and 3.2.5 of the PRCAE seem to

be oblivious of the statements presented in the RP’s 3.1.3;

13. PRCAE’s point 3.3.3 lacks rigor considering the Methodological course as well as the

Contemporary Art Problematics one to be “strongly attached the Communication Sciences”.

Actually, these clearly focus upon research about, on and through arts, a checkable fact on the

RP’s Map IV;

14. Furthermore, these Credit Units are expected to have several professors from other

universities. On the 3.3.5 field of each Credit Unit formulary, one can find the thematic blocks

and contents as well as its accordance to each one’s specialization;

15. We also diverge in point 4.4 of the PRCAE. The Regulation for Teaching Performance

Evaluation promotes and values the research within arts fields, artistic and literary creation,

belonging to artistic and cultural juries. Evidences such as published papers, activities,

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catalogues, exhibitions, and so on, are shown in the webpages of the Faculty of Arts and

Humanities, and LabCom.IFP;

16. We also find it difficult to accept the reference to Communication Sciences’ ascendent, since

from a total of 24 full time professors / 22 ETI, 10 have a PhD in Arts, and 1 in Art History.

Furthermore, from the 9 professors with a PhD in Communication Sciences, 7 have presented

thesis and have academic and artistic credits well grounded both in Film Studies and Visual

Communication, as it can easily be confirmed through RP’s table 4.1.2 and their respective

curricular files;

17. UBI has made a serious effort regarding the composition of a faculty exclusive to the Arts.

Nevertheless, we consider CAE’s categorization of the PhD areas to be too restrictive, in view

of the academic tradition and the established epistemological bond, that consecrates Fine Arts,

Design and Architecture’s PhD as keen educational and formative areas (CNAEF), published

in attachment to Portaria n.º 256/2005, from March 16th, included in Group 2 - Arts and

Humanities, Subgroup 210 - Arts, a transversal category to the domains that integrate the

subtitle of the proposed Cycle of Studies (CS);

18. Some historical reasons to the ambiguities in the designation of the PhD can be found in the

report Reforming Arts and Culture Higher Education in Portugal, MCTES, 2009;

19. We excuse ourselves from compiling the information from the faculty’s curricular files

included in the process; nevertheless, UBI fully satisfies the stipulated in Chapter IV from

Decreto-Lei nº 107/2008, from June 25th, namely Point 2 a) from its Article 29th: “The

attribution of a PhD degree in a certain area will only be allowed to the universities that have

a faculty of their own, qualified in that area, whose majority is composed by PhD detainers, as

well as the remaining acquired program”;

20. We will in no way accept CAE’s considerations in all PRCAE’s point 7, which largely exceed the

mandate with which it was invested. Throughout its existence, UBI has given abundant proofs

of the solidity of its academic and scientific programs;

21. CAE considers point 8.4 not to be very “reliable”, without clarifying the scientific or empirical

grounds that may justify such a comment;

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22. In point 10, the differential factor, seen by CAE as an obstacle, actually represents an advantage

from our CS regarding other existing CS;

23. Portuguese juridical order came to recognize, through Decreto-Lei nº 230/2009, from

September 14th, the possibility to atribute a PhD to creators of original works and realizations,

resulting from the practice of project within domains and forms easily articulated with the

classical and dominant PhD model of thesis, maxime in artistic domains. That is precisely the

possibility being contemplated in this CS with the bifurcation Thesis / Project;

24. Contrary to PRCAE’s allegations in points 3.3.3 and 12.4, the Group of Arts and Humanities

not only has been developing a remarkable work within the research line of Culture and New

Humanities, but also presents evidence of creation and research in, about and through arts;

25. The allegations included in PRCAE’s point 10.5 are not justified, nor do they find any echo in

the documents that formalized the proposal. CAE’s justification incurs in several

tergiversations such as, for instance, considering the two subpoints transcribed in nº 5 as being

simultaneous, when in fact they are alternative, or even considering this RP to NCE as a self-

evaluating report;

26. The above is intended to reject and contradict the evoked justifications to the final

recommendation of “non accreditation”, included in PRCAE’s point 12.4, that suffers from an

oblique and reductive vision of the proposal, as we can confirm, for instance, in the inability to

understand the mentioned aspects;

27. In no way are we able to accept the assumed “inadequacy” or the faculty, “in spite of its

academic habilitations” (sic!), included in the nº6 of point 12.4. We reiterate, without any

margin for ambiguities, that 20 members of the full time faculty have a PhD, with thesis in

artistic domains;

28. We also detect a lack of propriety in the recurrent references to the research unit to which the

CS is connected, disregarding the existence of a Group of Arts and Humanities, which has

tutelage over the line on Culture and New Humanities, but whose intervention in other lines

and projects of artistic relevance is also dully proved;

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29. Siding with the mentioned lack of accuracy and rigor, we must also register CAE’s absolute

indifference to the significance of the institutional consolidation of an area of knowledge that

UBI has been continuously and systematically promoting since the year 2000;

30. We consider that the final recommendation of “non accreditation” is based upon inferences

and/or elements that UBI can easily solve or improve once the CS is accepted. This CS’s

viabilization is seen as an actual condition to the consolidation of Arts in UBI and, by extension,

in the Portuguese University, for which we appeal to the reversal of CAE’s recommendation.