nbr-15812-1-2010

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NORMA ABNT NBR Primeira ediçlo 15.03.201 0 Valida a partir de 15.04.201 0 Alvenaria estrutural Blocos cerâmicas Parte 1: Projetos Strucfurai masonry --- Clay blocks Part I: Project ~ssaa A ~ O BRBSILEIW DE NORMAS T~CMICAS Numero de referência ABNT NBR 1581 2-1 201 0 4.1 páginas Q ABNT 2010 Acesso realizado pelo sistema Target GEDWEB de uso exclusivo de Furnas Centrais Eletricas S.A. em 18/06/2012.

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blocos cerâmicos

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NORMA ABNT NBR

Primeira ediçlo 15.03.201 0

Valida a partir de 15.04.201 0

Alvenaria estrutural Blocos cerâmicas Parte 1: Projetos

Strucfurai masonry --- Clay blocks Part I : Project

~ssaa A ~ O BRBSILEIW DE NORMAS T~CMICAS

Numero de referência ABNT NBR 1581 2-1 2 0 1 0

4.1 páginas

Q ABNT 201 0

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ABNT NBR 95892-9 :204 0

O ABNT 2010 Todos os direitos reservados, A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicacão pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e rnicrofilme, sem permissáo por escrito da ABNT.

ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28' andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 [email protected] www.abnt.org.br

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Pagina

Prefácio ....................................................................................................................................................................... vi

1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1

2 Referências normativas ................................................................................................................................ 1

3 Termos e definições ...................................................................................................................................... 2

4 Símbolos e termos abreviados .................................................................................................................... 4 4.1 Letras minúsculas ......................................................................................................................................... 4 4.2 Letras maiúsculas ......................................................................................................................................... 5 4.3 Letras gregas ................................................................................................................................................. 7

5 Requisitos ...................................................................................................................................................... 8 5.1 Qualidade da estrutura .................................................................................................................................. 8 5.2 Qualidade do projeto ..................................................................................................................................... 8 5.3 Documentação do projeto ............................................................................................................................ 8

Propriedades da alvenaria e de seus componentes .................................................................................. 8 Componentes ................................................................................................................................................. 8 Blocos ............................................................................................................................................................. 8 Argamassa ..................................................................................................................................................... 9 Graute ............................................................................................................................................................. 9 Aço .................................................................................................................................................................. 9 Alvenaria ......................................................................................................................................................... 9 Propriedades elásticas .................................................................................................................................. 9 Expansão térmica .......................................................................................................................................... 9 Expansão por umidade ................................................................................................................................. 9 Fluência ........................................................................................................................................................ 10 Resistências ................................................................................................................................................. 10 Valores de cáIculo ....................................................................................................................................... 10 Coeficientes de ponderação das resistências ......................................................................................... 10 Compressão simples ................................................................................................................................... 10 Compressão na flexão ................................................................................................................................ 10 Traçlo na flexlo .......................................................................................................................................... 11 Cisalhamento na alvenaria ......................................................................................................................... 11 Aderência ..................................................................................................................................................... 12

7 Segurança e estados-limites ...................................................................................................................... 12 7.1 Critérios de seguranca ................................................................................................................................ 12 7 . 2 Estados-limites ............................................................................................................................................ 12 7.3 Estados-limites últimos (ELU) .................................................................................................................... ‘i2 7.4 Estados-limites de sewiço (ELS) ............................................................................................................... 12

Ações ............................................................................................................................................................ 13 Disposições gerais ...................................................................................................................................... 13 Ações a considerar ...................................................................................................................................... 13 Ações permanentes ..................................................................................................................................... 13 Agões permanentes diretas ........................................................................................................................ 13 Ações permanentes indiretas .................................................................................................................... 13 . . Ações variaveis ............................................................................................................................................ 14 Cargas acidentais ........................................................................................................................................ 14 Ação do vento .............................................................................................................................................. 14 Ações excepcionais .................................................................................................................................... 14 Valores das agões ....................................................................................................................................... 14 Valores representativos .............................................................................................................................. 14 . . Valores reduzidos de acões variaveis ....................................................................................................... 15

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Anexo A . 1 A.2 A.2.1

Valores de cálculo ....................................................................................................................................... 15 Combinação de ações ................................................................................................................................. 16 Crithrios gerais ............................................................................................................................................ 16 Combinações últimas .................................................................................................................................. 16

Análise estrutural ........................................................................................................................................ 16 Disposições gerais ...................................................................................................................................... 16 Objetivos da análise estrutural .................................................................................................................. 16 Premissas da análise estrutural ................................................................................................................. 17 Hipóteses básicas ....................................................................................................................................... 17 Disposições específicas para os elementos ............................................................................................ 17 Vigas ............................................................................................................................................................. 17 Pilares ........................................................................................................................................................... 18 Paredes ......................................................................................................................................................... 19 Interadáo dos elementos de alvenaria ....................................................................................................... 20 Prescrições gerais ....................................................................................................................................... 20 lnteração para cargas verticais .................................................................................................................. 20 lnteração para açcies horizontais ............................................................................................................... 21 Interação entre a alvenaria e estruturas de apoio .................................................................................... 21

Limites para dimensões. deslocamentos e fissuras ............................................................................... 21 Dimensões limites ....................................................................................................................................... 21 Espessura efetiva de paredes .................................................................................................................... 21 Esbeltez ........................................................................................................................................................ 21 Comprimento efetivo de flanges em painéis de contraventamento ...................................................... 22 Cortes e juntas ............................................................................................................................................. 22 Espessura das juntas horizontais ............................................................................................................. 23 Deslocamentos limites ................................................................................................................................ 23

Dimensionamento ........................................................................................................................................ 23 Disposições gerais ...................................................................................................................................... 23 DimensionamenttJ da alvenaria à compressão simples .......................................................................... 24 Resistência de cálculo em paredes ........................................................................................................... 24 Resistencia de cálculo em pilares ............................................................................................................. 25 Forças concentradas ................................................................................................................................... 25 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos à flexão simples ....................................... 26 Alvenaria não armada ................................................................................................................................. 26 Alvenaria armada ......................................................................................................................................... 26 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos ao cisalhamento ....................................... 29

........................................................................................................................... Tensões de cisalhamento 29 Verificação da resist6ncia .......................................................................................................................... 29 Armaduras de cisalhamento ...................................................................................................................... 30 forças concentradas próximas aos apoios .............................................................................................. 30 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos à flexo-compressão ................................. 30 Introdução .................................................................................................................................................... 30 Alvenaria não armada ................................................................................................................................. 30 Alvenaria armada ......................................................................................................................................... 31

Disposições constr~ltivas e detalhamento ............................................................................................... 33 Cobrimentos ................................................................................................................................................. 33 Armaduras mínimas .................................................................................................................................... 34 Armadura máxima ....................................................................................................................................... 34 . * Diametro máximo das armaduras .............................................................................................................. 34 Espaços entre barras .................................................................................................................................. 34 Estribos de pilares ....................................................................................................................................... 34 Ancoragem ................................................................................................................................................... 35 Emendas ....................................................................................................................................................... 35 Ganchos e dobras ....................................................................................................................................... 35

A (infomativo) Dano acidental e colapso progressivo .............................................................................. 36 Disposições gerais ...................................................................................................................................... 36 Danos acidentais ......................................................................................................................................... 36 Danos diversos ............................................................................................................................................ 36

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ABNT NBR 1581 2-1 :2010

A.22 Impactos de veículos e equipamentos ...................................................................................................... 36 A.2.3 Explos6es ..................................................................................................................................................... 37 A.3 Verificaqão do colapso progressivo .......................................................................................................... 37 A.3.11 Disposições gerais ...................................................................................................................................... 37 A.3.2 Coeficientes de segurança para a alvenaria ............................................................................................. 37 A.3.3 Verificação de pavimentos em concreto armado ..................................................................................... 37

Anexo B (informativo) Alvenaria protendida .......................................................................................................... 38 B.ll Dimensionamento de alvenaria protendida .............................................................................................. 38 B.1 . 1 Introdução .................................................................................................................................................... 38 B.i . 2 Dimensionamento ........................................................................................................................................ 38 B.2 Execução de alvenaria protendida ............................................................................................................ 40

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Foro Nacional de Normalizaçh. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo e de responsabilidade dos Comites Brasileiros (ABNTICB), dos Organismos de Normalizaçáo Setorial (ABNTIONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNTICEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Tecnicos ABNT sáo elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Tecnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podern ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsãvel pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15812-1 foi elaborada no Comite Brasileiro da Construção Civil (ABNTICB-02), pela Comissão de Estudo de Alvenaria Estrutural - Blocos CerSmicos (CE-02:123.03). O seu I" Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital ng 01, de 08.01.2009 a 09.03.2009, com o número de Projeto 02:123.03-00111. O seu 2Vrojeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n q l , de 22.12.2009 a 20.01.2010, com o numero de 2" Projeto 02:123.03-00111.

A ABNT NBR 15812, sob o titulo geral "Alvenaria esirufural - Blocos cerirnicos", tem previsão de conter as seguintes partes:

- Parte 1 : Projetos;

- Parte 2: Execução e controle de obras.

O ESCOPO desta Norma Brasileira ern ingles e o seguinte:

This Pari of ABNT NBR 15812 provides minimum requirernelíts for the structural design of clay block masolíry

73is Part of ABNT NBR 15812 is also applied to the structural perfomance analyses of clay biock rnasonry elements included in anofher structural systern.

This Part of ABNT NBR 15812 does not provide requirernents to ihe lirnit states analyses frorn seisrnic, impaci, blast and fire loads.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15812-1 ~2010

Alvenaria estrutural ---- Blocos cerâmicas Parte 1 : Projetos

i Escopo

Esta Parte do ABNT NBR 15812 estabelece os requisitos mínimos exigíveis para o projeto de estruturas de alvenaria de blocos cerimicos.

Esta Parte da ABNT NBR 15812 tambem se aplica 5 análise do desempenho estrutural de elementos de alvenaria de blocos cerGmicos inseridos em outros sistemas estruturais.

Esta Parte da ABNT NBR 15812 não inclui requisitos exigiveis para evitar estados limite gerados por ações como sismos, impactos, explosóes e fogo.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados a seguir sáo indispensáveis à aplicaçáo deste documento. Para referências datadas, aplicarn-se somente as ediçóes citadas. Para referências náo datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

ABNT NBR 5706, Coordenação modular da construção

ABNT NBR 571 8. Alvenaria modular

ABNT NBR 5729, Princípios fundamentais para a elaboração de projetos coordenados modularmente

ABNT NBR 5799, Ensaio à compressão de corpos-de-prova cilíndricos de concreto

ABNT NBR 61 18, Projeto de estruturas de concreto armado

ABNT NBR 6120, Cargas para o cálculo de estruturas de edificações

ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações

ABNT NBR 7480, Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado

ABNT NBR 8681 :2003, A ~ õ e s e segurança nas estruturas

ABNT NBR 8800, Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios

ABNT NBR 8949, Paredes de aivenaria estrutura/ - Ensaio à compressão simples

ABNT NBR 91162, Projeto e execução de estruturas de concreto pre-moidado

ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Requisitos

ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e fetos - Determinação da resisfência à comilressão

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ABNT NBR 14321, Paredes de alvenaria estrutural - Determinação da resistência ao cisalhamento

ABNT NBR 14322, Paredes de alvenaria estrutural - Verificagão da resistkncia a flexão simples ou a flexo- compressão

ABNT NBR 15270-2, Componentes cerâmicos - Parie 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutura/ - Terminologia e requisitos

ABNT NBR 15270-3, Componentes cerârnicos - Parte 3: Blocos cergmicos para alvenaria estrutural e de vedação - Métodos de ensaio

3 Termos e defini~6es

Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR 15812, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1 componente menor parle constituinte dos elementos da estrutura. Os principais silo: bloco, junta de argamassa, graute e armadura

3.2 bloco componente basico da alvenaria

3.3 junta de argamassa componente utilizado na ligação dos blocos

3.4 graute componente utilizado para preenchimento de espaços vazios de blocos, com a finalidade de solidarizar armaduras ã alvenaria ou aumentar sua capacidade resistente

3.5 elemento parte da estrutura suficientemente elaborada constituída da reunião de dois ou mais componentes

3.6 elemento de alvenaria não armado elemento de alvenaria no qual a armadura e desconsiderada para resistir aos esforços solicitantes

3.7 elemento de alvenaria armado elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras passivas que são consideradas para resistir aos esforços solicitantes

3.8 elemento de alvenaria protendido elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras ativas

3.9 parede estrutural toda parede admitida como participante da estrutura

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3.1 0 parede não estrutural toda parede não admitida como participante da estrutura

3.1 1 cinta elemento estrutural apoiado continuamente na parede, ligado ou náo 5s lajes, vergas ou contravergas

3.1 2 coxim elemento estrutural não contínuo, apoiado na parede, para distribuir cargas concentradas

3.1 3 enrijecedor elemento vinculado a uma parede estrutural, com a finalidade de produzir um enrijecimento na direçáo perpendicular ao seu plano

3.14 viga elemento linear que resiste predominantemente a flexão e cujo vão seja maior ou igual a tres vezes a altura da seção transversal

3.1 5 verga viga alojada sobre abertura de porta ou janela e que tenha a função exclusiva de transmissão de cargas verticais para as paredes adjacentes a aberiura

3.1 6 contraverga elemento estrutural colocado sob o vão de abertura com a função de redução de fissuração nos seus cantos

3.1 7 pilar elemento linear que resiste predominantemente a cargas de compressão e cuja maior dimensão da seção transversal não excede cinco vezes a menor dimensão

3.1 8 parede elemento laminar que resiste predominantemente a cargas de compressão e cuja maior dimensão da seção transversal excede cinco vezes a menor dimensão

3.1 9 excentricidade distância entre o eixo de um elemento estrutural e a resultante de urna determinada ação que atue sobre ele

3.20 área bruta area de um componente ou elemento, considerando-se as suas dimensões externas e desprezando-se a existência dos vazios

3.21 área líquida i rea de um componente ou elemento, com desconto das areas dos vazios

3.22 prisma corpo-de-prova obtido pela superposição de blocos unidos por junta de argamassa, grauteados ou não

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3.23 amarração direta no plano da parede padrão de distribuição dos blocos no plano da parede, no qual as juntas verticais se defasam em no mínimo 113 do comprimento dos blocos

3.24 junta não amarrada no plano da parede padrão de distribuição de blocos no plano da parede que não atenda ao descrito em 3.23. Toda parede corn junta não amarrada no seu plano deve ser considerada não estrutural salvo se existir comprovação experimental de sua eficiência ou efetuada a amarração indireta conforme 3.26

3.25 amarracão direta de paredeç padrão de ligação de paredes por intertravamento de blocos, obtido corn a interpenetração alternada de 511 % das fiadas de uma parede na outra ao longo das interfaces comuns

3.26 amarração it~direta de paredes padrão de ligação de paredes com junta vertical a prumo em que o plano da interface comum e atravessado por armaduras normalmente constituídas por grampos metilicos devidamente ancorados em furos veriicais adjacentes grauteados ou por telas metalicas ancoradas em juntas de assentamento

4 Símbolos e termos abreviados

a - Distância ou dimensão

a, - Distancia da face do apoio de uma viga A carga concentrada principal

b - Largura

bf - Comprimento efetivo de flange

b, - largura da mesa de uma seção T

d - Altura útil

e - Excentricidade

e,,,,- Espessura de enrijecedor

e, - Excentricidade resultante no plano de fIex2o

f - Resistência

fs - Tensão Normal na arrnadura longitudinal

fd--- Resistência a compressão de cAlculo da alvenaria

fk - Resistência característica à compressão simples da alvenaria

fpd - Tensão nominal no cabo de protensão

fpk- Resistência característica de cornpressão simples do prisma

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fppk - Resistência característica de compressão simples da pequena parede

fik - Resistência característica de tração na flexão

fVk - Resistência característica ao cisalhamento

fVk - Resistência característica ao cisalhamento majorada

fVd - Resistência de cálculo ao cisalhamento da alvenaria

fyd- Resistência de calculo de escoamento da armadura

h - Altura ou distância

j - Coeficiente

k, - Coeficiente de dilatação termica da alvenaria

k, - Coeficiente de dilatação termica do aço

I -Vão ou comprimento ou espaçamento

I , , , - Espaçarnento entre eixos de enrijecedores adjacentes

p - Dimensão

q - Dimensão

s - Espaçarnento das barras da armadura

t - Espessura

te - Espessura efetiva

te,,,- Comprimento de enrijecedor

x - Altura da linha neutra

y - Profundidade da região de compressão uniforme

z - Braço de alavanca

4.2 Letras maiúsculas

A - Area bruta da seção transversal

A, - Área da seção transversal da armadura longitudinal de tração

A', - Área da seção transversal da armadura longitudinal de compressão

A,, - Area da seção transversal da armadura de cisalhamento

A,, - Area da seção transversal da armadura comprimida na face de maior compressão

A,, - Area da seção transversal da armadura na face oposta 2 de maior compressão

A, - Área da seção transversal dos cabos de protensão

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C - Fluencia especifica

E - Modulo de elasticidade

E, - MOdulo de elasticidade do aço do cabo de protensão

F - Ação

F, - Resultante das forças de compress30 na alvetiaria

Fd -Valor de cálculo de uma ação

F, - Resultante das forças axiaiç na armadura tracionada

F,' - Resultante das forças axiais na armadura comprimida

FGk - Valor caracteríçtico das açóes permanentes

Fk - Valor caracteríçtico de uma ação

Fo,, - Valor característico da ação variável i

H - Altura

ITD - indicador de traça0 direta

K - fator majorador da reçiçtencia de compresção na flexão da alvenaria

L - Vão ou comprimento

M - Momento

MRd - Momento fletor resistente de c5lculo

M, - Momento fletor em torno do eixo x

M, - Momento fletor em torno do eixo y

M', - Momento fletor efetivo em torno do eixo x

M', - Momento fletor efetivo em torno do eixo y

MZd - Momento fletor de caiculo de Za ordem

N - Força normal

Nrd - Força normal resistente de c5lculo

R - Coeficiente redutor devido a esbeltez

Rd - Esforço resistente de calculo

Sd- Eçforço çolicitante de ca lc~ lo

V - Força cortante

V, - Força cortante absorvida pela alvenaria

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Vd - Força cortante de calculo

VV - MOdulo de resistência de flexão

4.3 Letras gregas

a, - Razão entre os modulos de elasticidade do aço e da alvenaria

6 - Coeficiente auxiliar para calculo de espessura efetiva

AT -Variação da temperatura

Ailo - Variação media da tensão de protensão

E, - Deformação na armadura tracionada

E,-- Deformação maxima na alvenaria comprimida

dl - Diârnetro

:I, - Coeficiente de ponderação das ações permanentes

:I, - Coeficiente de ponderação das ações variaveis

;I, - Coeficiente de ponderação das resistências

h - índice de esbeltez

v. -Coeficiente para redução de ações variáveis

- Taxa geométrica de armadura longitudinal

o - Tensão normal

o - Tensão normal de tração

o -- Tensão normal de compressão

T - Tensão de cisalhamento

T~~ -Tensão de cálculo convencional de cisalhamento

O - Rotação

H, - Angulo de desaprurno

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5 Requisitos

5 . U u a l i d a d e da estrutura

Uma estrutura de alvenaria deve ser projetada de modo que:

a) esteja apta a receber todas as influências ambientais e ações que sobre ela produzam efeitos significativos tanto na sua construçáo quanto durante a sua vida Util;

b) resista a ações excepcionais, como explosões e impactos, sem apresentar danos desproporcionais as suas causas.

5.2 Qualidade do projeto

O projeto de uma estrutura de alvenaria deve ser elaborado adotando-se:

a) sistema estrutural adequado a função desejada para a edificação;

b) ações compatíveis e representativas;

c) dimensionamento e verificaçáo de todos os elementos estruturais presentes;

d) especificaçáo de materiais apropriados e de acordo com os dimensionarnentos efetuados;

e) procedimentos de controle para projeto.

5.3 Documentagão do projeto

O projeto de estrutura de alvenaria deve ser constituído por desenhos técnicos e especificações. Esses documentos devem conter todas as informações necessarias 6 execuçáo da estrutura de acordo com os critérios adotados, conforme descrito a seguir:

O projeto deve apresentar desenhos tkcnicos contendo as plantas das fiadas diferenciadas, exceto na altura das aberturas, e as elevações de todas as paredes. Em casos especiais de elementos longos repetitivos (como muros, por exemplo), plantas e elevações podem ser representadas parcialmente. Devem ser apresentados, sempre que presentes: detalhes de amarraçáo das paredes, localizaçáo dos pontos grauteados e armaduras, e posicionamento das juntas de controle e de dilataçáo.

As especificações de projeto devern conter as resistências características dos prismas e dos grautes, as faixas de resistência média a compressáo (ou as classes conforme a ABNT NBR 133281) das argamassas, assim como a categoria, classe e bitola dos aços a serem adotados. Também podem ser apresentados os valores de resistência sugeridos para os blocos, de forma que as resistências de prisma especificadas sejam atingidas.

6 Propriedades da alvenaria e de seus componentes

NOTA Quando não especificamente mencionado, as resistências se referem sempre a área bruta

A especificação dos blocos deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 15270-2.

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6.1.2 Argamassa

As argamassas destinadas ao assentamento devem atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 13281

Com relação à resistência à compressão, deve ser atendido o valor mínimo de 1,5 MPa e maximo limitado a 0,7 fhk referida à area liquida.

A resistência da argamassa deve ser determinada de acordo corn a ABNT NBR 13279. Alternativamente a moldagem dos corpos-de-prova pode ser feita empregando-se moldes metálicos de 4 cm x 4 cm x 4 crn, com adensamento manual, em duas camadas, corn 30 golpes de soquete.

Quando especificado o graute, sua influência na resistência da alvenaria deve ser devidamente verificada em laboratório, nas condições de sua utilização.

A avaliação da influência do graute na compressão deve ser feita rnediante o ensaio de compressão de prismas. Esse elemento deve ser grauteado e argamassado corn os mesmos materiais e da mesma forma a ser empregada na edificação.

A especificação do aço deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 7480.

Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço pode ser admitido igual a 210 GPa.

6.2 Alvenaria

6.2.1 Propriedades elásticas

Os valores das propriedades elasticas da alvenaria podem ser adotados de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1 --- Propriedades de deformação da alvenaria

Coeficiente de Poisson

Para verificações de ELÇ recomenda-se reduzir os módulos de deformação em 40 %, para considerar de forma aproximada o efeito da fissuração da alvenaria.

6.2.2 Expansão térmica

Na ausência de dados experimentais para alvenaria, pode-se adotar o coeficiente de dilatação tkrmica linear igual a 6.0 x 1 0 - "C'.

6.2.3 Expansão por umidade

Na ausência de dados experimentais, o coeficiente de expansão por umidade da alvenaria pode ser admitido igual a 300 x 1U6 mm/mm.

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Para efeitos de avaliação aproximada de ELS, a deformação final, com a inclusão da fluência, deve ser considerada no mínimo igual ao dobro da deformação elástica.

6.3 Resistências

6.3.4 Valores de cálculo

A resistência de calculo é obtida pela resistência característica dividida pelo coeficiente de ponderação das resistências.

6.3.2 Coeficientes de ponderação das resist6ncIas

Os valores para verificação no ELU estão indicados na Tabela 2 e são adequados para obras executadas de acordo com a ABNT NBR 15812-2.

Tabela 2 --- Valores de y,,,

Combina~ões Alvenaria / Graute 1

No caso da aderencia entre o aço e o graute, ou a argamassa que o envolve, deve ser utilizado o valor y , = I ,5

Os limites estabelecidos para os ELS não necessitam de minoração.

6.3.3 Compressão simples

A resistencia característica a compressão simples da alvenaria fk deve ser determinada corn base no ensaio de paredes (ABNT NBR 6949) ou ser estimada como 70 % da resistência característica de compressão simples de prisma fpk ou 85 O/o da de pequena parede fppk. As resistências características de pequenas paredes ou prismas devem ser deterrninadas de acordo corn a ABNT NBR 15812-2.

Se as juntas horizontais tiverem argamassamento parcial, a resistência característica à compressão simples da alvenaria deve ser corrigida multiplicando-a pela razão entre a área de argamassamento parcial e a área de argamassamento total. Opcionalmente, se o argamassamento parcial for feito apenas nas faces longitudinais do bloco, esse fator de correção pode ser obtido por 1,15 vez a citada razão, empregando-se, neste caso, as areas de efetivo contato entre argarnassa e material do bloco.

6.3.4 Compressão na flexão

As condições de obtenção da resistência fk devem ser as mesmas da regiáo comprimida da peça no que diz respeito ao porcentagem de preenchimento com graute e a direção da resultante de compressáo relativa a junta de assentamento.

Quando a compressáo ocorrer em direção paralela às juntas de assentamento (como no caso usual de vigas), a resistência característica na flexão pode ser adotada:

a) igual a 70 % do prisma, se a região comprimida do elemento de alvenaria estiver totalmente grauteada;

b) igual a 40 Dio da resistência característica do prisma oco, em caso contrario.

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6.3.5 Tra-ão na flexão

No caso de açles temporirias corno, por exemplo, a do vento, permite-se a consideração da resistência a traçáo da alvenaria sob flexão, segundo os valores característicos definidos na Tabela 3.

Tabela 3 -Valores característicos da resistência à tragão na flexão - ftk (MPa)

Direqáo da traqáo

s faixas de resistência indicadas correspondem as seguintes classes da ABNT NBR 13281:

Classes P2 e P3;

Classes P4 e P5;

Opcionalrnente, a resistencia a traçáo pode ser determinada de acordo com ABNT NBR 14322.

6.3.6 Cisalhamento na alvenaria

As resistências características ao cisalharnento não devem ser maiores que os valores apresentados na Tabela 4.

Tabela 4 - Valores característicos da resistencia ao cisalharnento - fvk (MPa)

NOTA 1 õ é a tensão normal de pré-compressão na junta considerando-se apenas as ações perrnanentes ponderadas por coeficieilte de segurança igual a 0,9 (ação favorável).

NOTA 2 Quando existirem armaduras de flexáo perpendiculares ao plano do cisalhamento e envoltas por graute, a resistência característica ao cisalharnento será obtida por:

onde:

p = &é a taxa geométrica de armadura; bd

A, e a área da armadura principal de flexão;

b e d são as dimensões da seção transversal, largura e altura útil, respectivamente.

Opcionalmente a resistência ao cisalhamento pode ser determinada de acordo com NBR 14321

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6.3.7 Aderencia

Os valores da resistência característica de aderência podem ser adotados de acordo com a Tabela .5.

Tabela 5 --- Resistências características de aderência (MPa)

"7eguranga e estados-limites

"7.2 Cri tér ios d e segurança

Os critérios de segurança desta Norma baseiam-se na ABNT NBR 8681

7.2 Estados-l imites

Devem ser considerados os estados-limites Ultimos e os estados-limites de serviço

7.3 Estados-l imites ú l t imos (El i l l )

A segurança deve ser verificada em relação aos seguintes ELU:

a) ELU da perda do equilíbrio da estrutura, admitida como corpo rígido;

b) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte;

c) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte, considerando os efeitos de segunda ordem;

d) ELU provocado por solicitaçóes dinâmicas;

e) ELU de colapso progressivo;

f) outros ELU que possam ocorrer em casos especiais.

7.4 Estados-l imites d e serv iço (ELS)

Estados-limites de serviço estáo relacionados A durabilidade, aparência, conforto do usuário e funcionalidade da estrutura. Devem ser verificados os ELS relativos i:

a) danos que comprometam apenas o aspecto estético da construção ou a durabilidade da estrutura;

b) deformaçóes excessivas que afetem a utilização normal da construçáo ou seu aspecto estetico;

c) vibração excessiva ou desconfortavel.

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8.1 Disposições gerais

Aplicam-se as definiçóes e prescriçóes da ABNT NBR 8681.

8.2 Ações a considerar

Na analise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a segurança da estrutura, levando-se em conta os possíveis estados-limites últimos e os de serviço.

As a ~ õ e s a serem consideradas classificam-se em:

a) ações permanentes;

b) ações variaveis;

c) ações excepcionais.

8.3 Ações permanentes

São ações que apresentam valores com pequena variação em torno de sua media durante praticamente toda a vida da estrutura.

8.3.1 Aches permanentes diretas

8.3.1.1 Peso específico

Na falta de uma avaliação precisa para o caso considerado pode-se utilizar o valor de 12 kN/m3 como peso especifico para a alvenaria de blocos cer2micos vazados, devendo-se acrescentar o peso do graute, quando existente.

8.3.2.2 Elementos construtivos fixos e instala-ões permanentes

As massas específicas dos materiais de construção usuais podem ser obtidas na ABNT NBR 6120

As ações devidas as instalações permanentes devem ser consideradas com os valores nominais fornecidos pelo fabricante.

8.3.1.3 Empuxos permanentes

Consideram-se permanentes os empuxos que provem de materiais granulosos ou líquidos não removíveis.

Os valores para a massa específica dos materiais granulosos mais comuns podem ser obtidos na ABNT NBR 6120.

8.3.2 Adões permanentes indiretas

São ações impostas pelas imperfeições geométricas, que podem ser consideradas locais ou globais.

8.3.2.2 lmpelfeições geométricas locais

São consideradas quando do dimensionamento dos diversos elementos estruturais.

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8.3.2.2 Imperfeições geométricas globais

Para edifícios de andares rnijltiplos deve ser considerado urn desaprumo global, através do ingulo de desaprurno 0, ,em radianos, conforme se apresenta na Figura 1.

Onde:

1 & = - 7

I OO-u'H

H H é altura total da edificaçso, em metros

Figura I --- Impelfeições geométricas globais

8.4 Aç6eç variáveis

São aquelas que apresentam variação significativa em torno de sua média durante toda a vida da estrutura.

8.4.1 Cargas acidentais

As cargas acidentais são aquelas que atuam sobre a estrutura de edificações em função do seu uso (pessoas, móveis, materiais diversos, veículos etc.). Seus valores podem ser obtidos na ABNT NBR 6120.

8.4.2 Ação do vento

As forças devidas ao vento devem ser consideradas de acordo com a ABNT NBR 6123

8.5 Ações excepcionais

Consideram-se excepcionais as ações decorrentes de explosões, impactos, incêndios etc.

No caso de ações como explosões e impactos, aplica-se o prescrito em A.2.

8.6 Valores das ações

8.6.1 Valores representativos

As ações s5o quantificadas pelos seus valores representativos, que podem ser:

a) valores característicos Fk, conforme definiçáo da ABNT NBR 8681;

b) valores convencionais excepcionais, que são os valores arbitrados para ações excepcionais;

c) valores reduzidos de ações variáveis, em função de combinação de ações, apresentados em 8.6.2.

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8.6.2 Valores reduzidos de ações variáveis

Considerando-se que e muito baixa a probabilidade de que duas ou mais ações variaveis de naturezas diferentes ocorram com seus valores característicos de maneira simultânea, podem ser definidos valores reduzidos para essas ações.

Para o caso de verificaç-es de estados-limites últimos, estes valores serão yreFk (conforme 8.7.2).

0 s valores de yio constam na Tabela 6 da ABNT NBR 8681:2004 ou no resumo apresentado na Tabela 6 para alguns casos mais comuns.

Tabela 6 ---Coeficientes para reducão de ações variáveis

8.6.3 Valores de cáIculo

Cargas acidentais

Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens

0 s valores de calculo Fd são obtidos atravks dos valores representativos apresentados em 8.6.1, multiplicados por coeficientes de ponderação que constam nas Tabelas 1 a 5 da ABNT NBR 8681 :2004 ou do resumo apresentado na Tabela 7 para alguns casos mais cornuns.

Vento

Tabela 7 --- Coeficientes de ponderação para combinações Normais de a ~ õ e s

Tipo de estrutura

Edificações Tipo 1 sáo aquelas em que as cargas acidentais superam 5 k ~ l r n '

Pressão do vento para edificaçães em geral

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0,6

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8.7.1 Critérios gerais

Para cada tipo de carregamento devem ser consideradas todas as combinações de ações que possam acarretar os efeitos mais desfavoraveis para o dimensionamento das partes de uma estrutura.

As ações permanentes devem ser sempre consideradas.

As ações variiveis devem ser consideradas apenas cluando produzirem efeitos desfavoriveis para a segurança

As ações variáveis móveis devem ser consideradas em suas posições mais desfavoráveis para a segurança.

As ações excepcionais, com exceção das ações provenientes de impactos e explosões, náo precisam ser consideradas.

As ações incluídas em cada combinaçáo devem ser consideradas com seus valores representativos multiplicados pelos respectivos coeficientes de ponderação.

As combinações de ações sáo apresentadas na ABNT NBR 8681(2003), na Subseção 5.1.3 para as combinações ultimas das ações e em 5.1.5 para eventuais combinações de utilizaçáo ou serviço.

8.7.2 Combinac;ões últimas

As combinações últimas para carregamentos permanentes e variaveis devem ser obtidas por:

Fd = Y ~ F G , ~ + ;I~(FQI.~ * I: WO,FQ,,~)

Onde:

Fd é o valor de cálculo para a combinação ultima;

.!g é o ponderador das ações permanentes (Tabela 7);

FG,k é O valor caracteristico das ações permanentes;

!q é o ponderador das ações variáveis (Tabela 7);

FalXk é o valor característico da açáo variável considerada corno principal;

yqFqSk representa os valores característicos reduzidos das dernais ações variaveis (conforme 8.6.2, Tabela 6).

Devem ser consideradas todas as combinações necessarias para que se obtenha o maior valor de Fdi alternando-se as ações variaveis que são consideradas como principal e secundaria.

C) Análise estrutural

9.11 Diçposiqõeç gerais

9.1 .i Objetivos da análise estrutural

A análise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada considerando-se sempre o equilíbrio de cada um dos seus elementos e na estrutura corno um todo, bem como o caminho descrito pelas ações, sejam verticais ou horizontais, desde o seu ponto de aplicação ate a fundação ou onde se suponha o limite da estrutura de alvenaria.

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9.1.2 Premissas da análise estrutural

A analise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada sempre se considerando o equilíbrio tanto em cada um dos seus elementos quanto na estrutura como um todo.

O caminho descrito pelas ações, sejam elas verticais ou horizontais, deve estar claramente definido desde o seu ponto de aplicação ate a fundação ou onde se suponha o final da estrutura de alvenaria.

9.1.3 Hipóteses básicas

A analise das estruturas de alvenaria pode ser realizada considerando-se um comportamento elástico-linear para os materiais, mesmo para verificação de estados-limites últimos, desde que as tensóes de compressão atuantes não ultrapassem metade do valor da resistencia característica a compressão fk.

A dispersão de qualquer ação veriical concentrada ou distribuída sobre um trecho de um elemento se dara segundo urna inclinaçlo de 45 O, em relação ao plano horizontal, podendo-se utilizar essa prescrição tanto para a definição da parie de um elemento que efetivamente trabalha para resistir a uma ação quanto para a parie de um carregamento que eventualmente atue sobre um elemento, conforme Figura 2.

Figura 2 --- Dispersão de a ~ õ e s verticais

9.2 Disposições específicas para os elementos

Elementos em alvenaria devem ser verificados conforme disposições a seguir. Eventuais elementos em concreto armado, aço ou concreto pr6-moldado devem ser verificados conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800 e ABNT NBR 9062, respectivamente.

9.2.2 Vigas

9.2.1.1 Vão efetivo

O vão efetivo deve ser tomado corno sendo o menor valor entre:

a) a distância entre as faces dos apoios mais a altura da seção transversal da viga;

b) a distância entre os eixos dos apoios.

9.2.2.2 Secão transversal

Para o calculo das características geométricas, a seção transversal deve ser considerada com suas dimensões brutas, desconsiderando-se revestimentos.

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9.2.1.3 Carregamento para vigas

Q carregamento pode ser considerado de acordo com o princípio geral de dispersão das ações no material alvenaria que se da segundo um Gngulo de 45 O, conforme 9.1.3, respeitando-se as consideraçóes de 9.4, conforme Figura 3.

[ h - altura da viga

Figura 3 - Definicão da região que carrega a viga segundo a regra de dispersão de cargas veHicais

9.2.2 Pilares

9.2.2.1 Altura efetiva

A altura efetiva de um pilar, em cada uma das direçóes principais da sua seção transversal, deve ser considerada igual:

a) à altura do pilar, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais ou as rotações das suas extremidades na direção considerada;

b) ao dobro da altura, se urna extremidade for livre e se houver travamento que restrinja o deslocamento horizontal e a rotação na outra extremidade na direção considerada.

9.2.2.2 Çegão transversal

Para o calculo das características geomktricas, a seçao transversal deve ser considerada com suas dimensóes brutas. desconsiderando-se revestimentos.

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9.2.2.3 Carregamento para os pilares

Excentricidades nos carregamentos sobre pilares devem ser consideradas, sendo necessirio nesse caso dimensioná-los como submetidos a urna flexão composta.

9.2.3 Paredes

9.2.3.2 Altura efetiva

A altura efetiva (h,) de uma parede deve ser considerada igual:

a) a altura da parede, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas extremidades;

b) ao dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamento que restrinja conjuntamente o deslocamento horizontal e a rotacão na outra extremidade.

9.2.3.2 Espessura efetiva

A espessura efetiva (i,) de urna parede sem enrijecedores será a sua espessura (i), não se considerando revestimentos.

A espessura efetiva de uma parede corn enrijecedores regularmente espaçados deve ser calculada de acordo corn a expressão:

Onde:

te e a espessura efetiva da parede;

ii e um coeficiente calculado de acordo com a Tabela 8 e parsmetros dados pela Figura 4;

t e a espessura da parede na região entre enrijecedores

Tabela 8 --- Valores do coeficiente 6 (interpolar pl valores intermediários)

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Legencla:

i',,,, = espaçamento entre eixos de enrijecedores adjacentes

ecnr = espessura dos enrijecedores

tenr = comprimento dos enrijecedores

t = espessura da parede

Figura 4 ----- Parârnetros para cáIcuIo da espessura efetiva de paredes

A espessura efetiva é utilizada apenas para o cálculo da esbeltez da parede, conforme 10.1.2, e não pode ser utilizada para o c5lculo da 5rea da seção resistente quando a parede apresentar enrijecedores.

9.2.3.3 Secão resistente

A seção resistente de urna parede ser5 sempre calculada, desconsiderando-se os revestimentos.

9.3 lnteração dos elementos de alvenaria

9.3.1 Prescrições gerais

A interação de elementos adjacentes deve ser considerada quando houver garantia de que as forças de interação possam se desenvolver entre esses elementos e que haja resistência suficiente na interface para transmiti-las.

0 modelo de cálculo adotado deve ser compatível com o processo construtivo.

Caso seja considerada a interaçáo de paredes, deve ser verificada e garantida a resistência de cisalhamento das interfaces.

Aberluras cuja maior dimensão seja menor que 116 do menor valor entre a altura e o cornprirnento da parede na qual se inserem podem ser desconsideradas para efeitos de interação. Aberturas adjacentes, cuja menor distância entre as suas faces paralelas seja inferior ao citado valor-limite, são consideradas corno abertura única.

9.3.2 Interacão para cargas verticaic;

9.3.2.11 Interaçlo de paredes em cat~tos e bordas (L, T e X)

Deve-se considerar que existira a interação quando se tratar de borda ou canto com arnarraçáo direta.

Em outras situações de ligaçáo, que não a de amarração direta, a interação somente pode ser considerada se existir comprovação experimental de sua eficiência.

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9.3.2.2 Interagão de paredes através de aberturas

As interações de paredes atravks de aberiuras devem ser desconsideradas, a rnenos que haja comprovação experimental de sua eficiência.

9.3.3 Interagão para agões horizontais

9.3.3.2 Interagáo em flanges

Considera-se que existe a interação quando se tratar de flange com amarração direta.

Em outras situaçóes de ligaçáo, a interaçáo deve ser considerada somente se existir comprovaçáo experimental de sua eficiência.

O comprimento de cada flange não deve exceder o limite apresentado em 10.1.3.

Em nenhuma hipótese poderá haver superposiçáo de flanges.

As abas (flanges) devem ser utilizadas tanto para calculo da rigidez do painel de contraventamento quanto para o cálculo das tensães normais devidas à flexão, provenientes das ações horizontais, não sendo permitida a sua contribuição na absorção dos esforços cortantes durante o dimensionamento.

9.3.3.2 Associação de paredes

Na associação de pain&s de contraventamento, 6 obrigatória a verificação dos esforços internos ou das tensões resultantes nos elementos de ligação, tais como os trechos sob e sobre as aberturas.

9.4 Interaqáo entre a alvenaria e estruturas de apoio

O carregamento resultante para estruturas de apoio deve ser sempre coerente com o esquema estrutural adotado para o edifício, representando a trajetória prevista para as tensões.

São proibidas reduçães nos valores a serem adotados como carregamento para estruturas de apoio, baseadas na consideração do efeito arco, sem que sejam considerados todos os aspectos envolvidos nesse fenomeno, inclusive a concentração de tens6es que se verifica na alvenaria.

Tendo em vista o risco de ruptura fragil, cuidados especiais devem ser tomados na verificação do cisalhamento nas estruturas de apoio.

20 Limites para dimensões, deslocamentos e fissuras

10.i Dimensões limites

Devem ser obsewados os seguintes limites para as dimensóes das peças de alvenaria.

'i 0.1 .i Espessura efetiva de paredes

Para edificações de mais de dois pavimentos não se admite parede estrutural com espessura efetiva inferior a 14 cm.

'i 0.1.2 Esbeltez

O índice de esbeltez e a razão entre a altura efetiva e a espessura efetiva da parede ou pilar:

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A Tabela 9 apresenta os valores maximos permitidos para a esbeltez

Tabela 9 -----Valores máximos do índice de esbeltez de paredes e pilares

Não armados 24 I Armados 3 O I

Os elementos estruturais armados devem respeitar as armaduras mínimas prescritas na Subseçao 12.2.

10.1.3 Comprimento efetivo de flangeç em painéis de contraventamento

O comprimento efetivo de flange em painéis de contraventamento deve obedecer ao limite bf c: 6 t, conforme Figura 5.

Figura 5 --- Comprimento efetivo de flanges

10.1.4 Cortes e juntas

10.1.4.1 Paredes

Não é permitido corte individual horizontal de comprimento superior a 40 cm em paredes estruturais. Não sáo permitidos cortes horizontais em uma mesma parede cujos comprimentos somados ultrapassem 116 do comprimento total da parede em planta,

Cortes verticais, de comprimento superior a 60 cm, realizados em paredes definem elementos distintos.

Não são permitidos condutores de fluidos embutidos em paredes estruturais, exceto quando a instalação e a manutenção náo exigirem cortes.

10.1.4.2 Juntas de dilatação

Devem ser previstas juntas de dilataçáo no maximo a cada 24 m da edificação em planta. Esse limite pode ser alterado, desde que se faça uma avaliaçáo mais precisa dos efeitos da variação de temperatura e expansáo sobre a estrutura, incluindo a eventual presença de armaduras adequadamente alojadas em juntas de assentamento horizontais.

10.1.4.3 Juntas de cotltrole

Deve ser analisada a necessidade da colocação de juntas verticais de controle de fissuração em elementos de alvenaria, com a finalidade de prevenir o aparecimento de fissuras provocadas por: variaçáo de temperatura, expansão, variação brusca de carregamento e variação da altura ou da espessura da parede.

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Para painéis de alvenaria contidos em um único plano e na ausência de uma avalia-áo precisa das condiçóes específicas do painel, devem ser dispostas juntas verticais de controle corn espaçamento máximo que não ultrapasse os limites da Tabela 10.

Tabela 10 --Valores miximos de espa-amento entre juntas vevticais de controle

Localitadão do elemento

NOTA 2 Os lirnites acima serão reduzidos ern 15 % caso a parede tenha abertura.

armaduras horizontais

i 0.1 .!i Espessura das juntas horizontais

A menos que explicitamente especificado no projeto, a espessura das juntas de assentamento deve ser considerada 10 mrn.

'i 0.2 Deslocamentos limites

Os deslocamentos finais (incluindo os efeitos de fissuraçlo, temperatura, expanslo e fluencia) de quaisquer elementos fletidos não devem ser maiores que Li150 ou 20 mm para peças em balanço e Li300 ou 10 rnm nos demais casos.

Os deslocamentos podem ser parcialmente compensados por contraflechas, desde que elas náo sejam maiores que LJ400.

Os elementos estruturais que servem de apoio para a alvenaria (lajes, vigas etc.) não devem apresentar deslocamentos maiores que LI500, 10 mm ou 8 = 0,0017 rad.

Sempre que os deslocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos devem ser incorporados, estabelecendo-se o equilíbrio na conFiguraçlo deformada.

"I .'i Disposições gerais

Para um elemento de alvenaria em estado-limite último, o esforço solicitante de cslculo, Sd, deve ser menor ou no máximo igual ao esforço resistente de cálculo Rd.

O dimensionamento deve ser realizado considerando-se a seção homogênea e corn sua Ares bruta, exceto quando especificamente indicado.

No projeto de elementos de alvenaria não armada submetidos a tensões normais, admitem-se as seguintes hipóteses:

a) as seções transversais se mantêm planas após deformação;

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b) as máximas tensões de traçáo devem ser menores ou iguais a resistência a traçáo da alvenaria conforme 6.3.5;

c) as máximas tensões de compressão deverão ser menores ou iguais a resistência a compressão da alvenaria indicada em 6.3.3 para a compressão simples e a esse valor multiplicado por 1,s para a compressão na flexão;

d) as seções transversais submetidas a flexão e flexo-compressáo serão consideradas no Estádio I (alvenaria náo fissurada e comporiamento elistico linear dos materiais)

No projeto de elementos de alvenaria armada submetidos a tensões normais, admitem-se as seguintes hipoteses:

e) as seções transversais se mantêm planas após deformação;

f) as armaduras aderentes têm a mesma deformação que a alvenaria em seu entorno;

g) a resistência a tração da alvenaria e nula;

h) as máximas tensões de compressão devem ser menores ou iguais a resistência a compressão da alvenaria indicada em 6.3.3;

i) a distribuiçáo de tensóes de compressáo nos elementos de alvenaria submetidos à flexão pode ser representada por um diagrama retangular, conforme 11.3;

j) para flexáo ou flexo-compressão o mixinio encurlamento da alvenaria se limita a 0,35 %;

k) o máximo alongamento do aço se limita em 1 %.

11.2 Dimenslonamerrto da alvenaria à compressão simples

11 11 -2.11 Resistência de cálculo em paredes

Em paredes de alvenaria estrutural o esforço resistente de calculo deve ser obtido através da equação:

Nrd = fd A R

onde:

Nrd E? a força norrnal resistente de cálculo;

fd é a resistência a compressão de cálculo da alvenaria;

A e a área da seção resistente;

é o coeficiente redutor devido a esbeltez da parede.

A contribuição de eventuais armaduras existentes deve ser sempre desconsiderada.

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11.2.2 Resistência de cálculo em pilares

Em pilares de alvenaria estrutural a resistência de cilculo é obtida através da equaçáo:

Nrd = 0,9 fd A R

onde:

Nrd é a força normal resistente de cilculo;

fd é a resistência a compressão de cálculo da alvenaria;

A é area da seçáo resistente;

é o coeficiente redutor devido à esbeltez do pilar

A contribuição de eventuais armaduras existentes deve ser sempre desconsiderada.

11.2.3 Forças concentradas

Forças de compressáo que se concentram em regiões de reduzidas dirnens-es devem atender às seguintes condições:

a) a regiáo de contato deve ser tal que a dimensáo segundo a espessura t seja no mínimo igual ao maior dos valores: 50 mrn ou tl3, conforme Figura 6;

b) a tensão de contato deve ser menor ou no máximo igual a I ,5 fd.

a 2 50 mrn e a 2 tl3; F d i(ab) 5 1,s fd

Figura 6 --- Cargas concentradas

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14.3 Dirnensionamento de elementos de alvenaria submetidos à flexão simples

11.3.1 Alvenaria não armada

Para a alvenaria não armada, o calculo do momento fletor resistente da seção transversal pode ser feito com o diagrama simplificado indicado na Figura 7.

Figura 7 -- Diagramas de tetlsõeç para a alvenaria não-armada

A maxima tensão de compressão de cálculo na flexão não deve ultrapassar em 50 O/o a resistência a compressão de calculo da alvenaria (1,s fd).

A rnixirna tenslo de traçlo de cálculo não deve ser superior a resistencia a traçlo de cálculo da alvenaria ftd.

11 -3.2 Alvenaria armada

Para a alvenaria armada, o cálculo do momento fletor resistente da seclo transversal pode ser efetuado com o diagrama simplificado indicado na Figura 8.

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Legenda:

d é a altura util da s e ~ a o ;

x é a altura da linha neutra:

As e a área da armadura tracionada;

A's é a área da armadura coniprimida;

iis e a deformação na armadura tracionada;

EC é a deformação máxima na alvenaria comprimida;

fd e a máxima tensão de compressão;

fs é a tensão detração na armadura;

Fc é a resultante de compressão na alvenaria;

Fs é a resultante de forças na armadura tracionada:

Fs' é a resultante de forças na armadura comprimida.

Figura 8 - Diagramas de deformacões e tensiles para a alvenaria armada

í 1.3.2."1eções retangulares com armadura simples

No caso de uma se-ao retangular fletida com arrnadura simples, o momento fletor resistente de calculo e igual a:

na qual o braço de alavanca z e dado por

onde:

i,=: 0,5.fyd= 0,5 fyk/ym ou seja, metade da resistência ao escoamento de caIculo da armadura

O valor de MRd não pode ser maior que 0,4f, bd2

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1 1.3.2.2 Segões com flanges (flexão no plano do elemento)

O rnomento resistente de cálculo e igual a:

nn,, = Asfsz

onde o braço de alavanca r e dado por

O valor de MRd obtido para as seções de paredes com flanges náo pode ser maior que fd b,ti(d - 0,5ti)

A largura do flange, bf, deve respeitar os limites da Çubseçáo 10.1.3 e a largura da mesa b,, náo pode ser maior que 113 da altura da parede, conforme Figura 9.

A espessura do flange, ti, não deve ser maior que 0,s d.

figura 9 -- Segões transversais de paredes com flanges

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11.3.2.3 Segõeç com armaduras isoladas (flexão em plano perpendicular ao do elemento)

Em seç6es com armaduras concentradas localmente, a largura paralela ao eixo de flexão não deve ser considerada superior ao triplo da sua espessura, conforme Figura 10.

Neste caso considera-se a area líquida.

Figura 10 -- Largura de segóes com armaduras concentradas

Quando a razão vão1altura de uma viga for inferior a três ela deve ser tratada como uma viga parede. Neste caso, a resultante de tração deve ser absorvida por armadura longitudinal, calculada corn braço de alavanca igual a 213 da altura, não se tomando valor maior que 70 % do vão.

11.4 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos ao cisalhamerito

1 I .4.1 Tensões de cisalhamento

A tensáo convencional de cisalhamento de calculo, em peças de alvenaria armada, 6 dada por:

Para peças de alvenaria não-armada, a tensão de calculo de cisalhamento é obtida tomando-se a área da seção transversal em que a força cortante atua.

Em seções corn flanges, deve-se tomar apenas a área da alma da secáo para o cálculo da tensão de cisalhamento.

11.4.2 Verifica-ão da resistência

A tensão de calculo náo pode superar a resistencia de calculo obtida a partir dos valores característicos da resistência ao cisalhamento, fvk, especificados em 6.3.6 e na Tabela 4.

No caso de paredes de alvenaria, pode-se dispensar o uso de armaduras de cisalhamento quando não se ultrapassam as resistências de calculo correspondentes aos valores característicos indicados na Tabela .4.

No caso de elementos estruturais submetidos i flexão simples é obrigatório o uso de armaduras de cisalhamento nas regiões em que a tensão r,d supera a resistência de calculo obtida a partir de 6.3.6, ou seja, quando

Ao se utilizarem armaduras transversais, a tensão convencional de cisalhamento deve ser inferior ou no máximo igual a 0,7 MPa.

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1 1.4.3 Armaduras de cisalhamento

Para a determinação das armaduras de cisalhamento, pode-se descontar a parcela da força cortante absorvida pela alvenaria, V,, dada por:

Quando necessária, a armadura de cisalhamento paralela i direção de atuação da força cortante é determinada por:

Onde s é o espaçamento da armadura de cisalhamento

Em nenhum caso admite-se espaçamento s maior que 50 Oio da altura Útil. No caso de vigas de alvenaria esse limite n5o deve superar 30 cm. No caso de paredes armadas ao cisalhamento o espaçamento não deve superar 60 cm.

1 1.4.4 Forcas concentradas próximas aos apoios

No caso de vigas em que a razão entre a distancia da face do apoio i carga concentrada principal a, é menor que o dobro da altura útil d, permite-se considerar a resistência característica ao cisalhamento rnajorada pela razão 2d/a,. Não se admite valor majorado superior a 0,7 MPa.

2d f;, = f,,, -I 0,7 MPa

a,

Urna carga concentrada é considerada principal quando contribui com pelo menos 70 % da força coriante junto ao apoio.

11.5 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos à flexo-compressão

11.5.1 Introdução

Todo elemento de alvenaria submetido à flexo-compressão deve resistir à força de compressão de calculo atuante, de acordo com as prescrições de I 1.2.

"1.5.2 Alvenaria náo armada

As tensões normais na seção transversal devem ser obtidas mediante a superposição das tensões normais lineares devidas ao mornento fletor com as tensões normais uniformes devidas & força de compressão.

As tensões normais de compressão devem satisfazer a seguinte inequaç-o:

onde:

Nd é a força normal de calculo;

é o momento fletor de calculo;

fd é a resistência à compressão de calculo da alvenaria;

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A é área da seção resistente;

W é o mínimo m0dulo de resistkncia de flexão da seção resistente;

R é o coeficiente redutor devido à esbeltez do elemento;

K = 1,s e o fator que ajusta a resistkncia a compressáo na flexáo.

Caso exista tensão de tração, seu valor máximo deve ser menor ou igual a resistência de traçáo da alvenaria ftd.

1 1 3.3 Alvenaria armada

11.5.3.1 Elementos curtos

Admite-se como curto o elemento que possui esbeltez menor ou no máximo igual a 12. Nesses casos, permite-se o dimensionamento de acordo com as aproximações a seguir, apropriadas para a flexáo reta de elementos de seção retangular. Para seções transversais não retangulares devem ser feitas as adaptações necessárias, obedecidas as hipoteses previamente estabelecidas em 1 1 .I.

a) quando a força normal de cálculo NSd não excede a resistência de cálculo apresentada na expressão a seguir, apenas i+ necessária a armadura mínima indicada em 13.2;

N,, =[.! b jh-2e,)

onde:

b e a largura da seção;

e, é a excentricidade resultante no plano de flexáo;

fd e a resistência de cálculo i2 compressão;

h é a altura da seção no plano de flexão.

Esta aproximaçáo náo pode ser aplicada se a excentricidade e, excede 0,s h

b) quando a força normal de cálculo excede o limite do item anterior, a resistência da seção pode ser estimada pelas seguintes expressões, conforme Figura 1 1 :

onde:

A,, e a área de armadura comprimida na face de maior compressão;

As2 é a área de armadura na outra face;

b é a largura da seçáo;

d, e a distancia do centroide da armadura A,, a borda mais comprimida;

CJ;! 6 a distância do centroide da armadura As2 à outra borda;

y é a profundidade da região de compressão uniforme (y =: 0,8x);

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fd e a resistEncia A compressáo de cálculo da alvenaria;

f,, é a tensão na armadura na face mais comprimida = 0,s fYd,

f,, é a tensão na armadura na outra face, podendo ser + 0,5 fyd, se estiver tracionada ou comprimida, respectivamente;

h e a altura da seção no plano de flexão.

O valor de y deve ser tal que os esforços resistentes de calculo superem os atuantes

c) quando e necessario considerar o elemento curto submetido a uma flexão composta oblíqua, pode-se dimensionar uma seção com armaduras simetricas, mediante a transformadlo em uma flexlo reta composta, aumentando-se um dos mornentos fletores, de acordo com o seguinte:

P Mx Mi =Mx + j-h$ para --L> 4 P 4

4 Mx MY =M, + j-M, para -<- P P 4

onde:

M, é o momento fletor em torno do eixo x;

M, e o mornento fletor em torno do eixo y;

M', e o momento fletor efetivo em torno do eixo x;

M', é o momento fletor efetivo em torno do eixo y;

p e a dimensão da seção transversal na direçlo perpendicular ao eixo x;

q é a dimensáo da seção transversal na direção perpendicular ao eixo y;

j e o coeficiente fornecido na Tabela I i.

Figura i i - Flexo-cornpresslo .-- Seçlo retangular

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Tabela 11 ---Valores do coeficiente j

1 1.5.3.2 Elementos esbeltos

No caso de elementos comprimidos corn índice de esbeltez superior a 12, o dimensionamento deve ser feito de acordo corn o exposto no subitem anterior, sendo que aos efeitos de primeira ordem é necessario adicionar os efeitos de segunda ordem. Na ausência de determinação mais precisa, o momento de segunda ordem pode ser aproximado por:

Onde:

Nd e a força normal de ciilculo;

h, 6 a altura efetiva do elemento comprimido;

t a dimensáo da seçáo transversal da peça no plano de flexáo

Figura 12 --- Momento de 2" ordem

"1 DDisposi~ões construtivas e detalhamento

As barras de armadura horizontais dispostas nas juntas de assentamento devem estar totalmente envolvidas pela argamassa com um cobrimento mínimo de 15 mm na horizontal.

No caso de armaduras envolvidas por graute, o cobrimento mínimo é de 15 mm, desconsiderada a espessura do bloco.

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i 2 .2 Armaduras mínimas

Em vigas e paredes de alvenaria armada, a area da armadura longitudinal principal não sera menor que 0,10 % da area da seção transversal.

Em paredes de alvenaria armada deve-se dispor uma armadura secundaria, perpendicular a principal, com area mínima de 0,05 % da seção transversal correspondente.

No caso de paredes de contraventamento, cuja verificação da compressão seja feita como alvenaria não armada, conforme 11.5.1 e 11.5.2, a armadura longitudinal de combate à tração, se necessária, não deve ser menor que 0,10 % da 5rea da seção transversal. Dispensa-se, neste caso, a exigência de armadura secundaria mínima.

A armadura colocada em juntas de assentamento para reduzir efeitos nocivos de variações volumétricas, fendilhamento ou para garantir dutilidade deve ter taxa geometrica no mínimo igual a 0,03 %,

Em pilares de alvenaria armada, a area da armadura longitudinal na0 deve ser menor que 0,30 nio da area da seção transversal.

Em vigas com necessidade de armadura transversal, esta deve ter taxa mínima igual a 0,05 Oio da area da seção transversal, tomada igual ao produto da largura pela altura util.

i 2.3 Armadura m5xima

Armaduras alojadas em um mesmo espaço grauteado (furo vertical ou canaleta horizontal) não podem ter area da seção trans\/ersal superior a 8 % da correspondente area da seção do graute envolvente, considerando-se eventuais regiões de traspasse.

12.4 Diâmetro máximo das armaduras

As barras de armadura não devem ter diâmetro superior a 6,3 mm quando localizadas em juntas de assentamento e 25 mm em qualquer outro caso.

12.5 Espaços entre barras

As barras de armaduras devem estar suficientemente separadas de modo a permitir o correto lançamento e cornpactação do graute que as envolve.

A dist2ncia livre entre barras adjacentes não deve ser menor que:

a) o diâmetro maximo do agregado mais 5 mrn;

b) 1,5 vez o diâmetro da armadura;

c) 20 mm.

"1.6 Estribos de pilares

Nos pilares armados, devem-se dispor estribos de diâmetro mínirno 5 rnm, com espaçamento que não exceda:

a) a menor dimensão do pilar;

b) 50 vezes o diâmetro do estribo;

c) 20 vezes o diâmetro das barras longitudinais.

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Nos elementos fletidos, excetuando-se as regiões dos apoios das extremidades, toda barra longitudinal deve se estender além do ponto em que não é mais necessiria, pelo menos por uma distância igual ao maior valor entre a altura efetiva d ou 12 vezes o diâmetro da barra.

As barras de armadura não devem ser interrompidas em zonas tracionadas, a menos que uma das seguintes condições seja atendida:

a) as barras se estendam pelo menos o seu comprimento de ancoragem alem do ponto em que não são mais necessarias;

b) a resistência de cilculo ao cisalhamento na seção onde se interrompe a barra e maior que o dobro da força cortante de calculo atuante;

c) as barras contínuas na seção de interrupção provêm o dobro da area necessaria para resistir ao momento fletor atuante na seção.

Em uma extremidade simplesmente apoiada, cada barra tracionada deve ser ancorada de um dos seguintes modos:

a) um comprimento efetivo de ancoragem equivalente a 12 O alem do centro do apoio, garantindo-se que nenhuma curva se inicia antes desse ponto;

b) um comprimento efetivo de ancoragem equivalente a 12 O mais metade da altura útil d, desde que o trecho curvo não se inicie a uma distancia inferior a di2 da face do apoio;

12.8 Emendas

No maximo duas barras podem ser emendadas em uma mesma seçáo, quando alojadas em um mesmo espaço grauteado (furo vertical ou canaleta horizontal). Urna segunda emenda deve estar no mínimo a uma distancia de 40 @ da primeira emenda, medida na direção do eixo das barras, sendo O o diâmetro da barra emendada.

O comprimento mínimo de uma emenda por traspasse e de 40 O, não se adotando valor menor que 15 crn no caso de barras corrugadas e 30 crn no caso de barras lisas.

Em nenhum caso a emenda pode ser inferior ao comprimento de ancoragem.

12.9 Ganchos e dobras

Ganchos e dobras devem ter dimensóes e formatos tais que não provoquem concentração de tensóes no graute ou na argamassa que as envolve.

O comprimento efetivo de um gancho ou de uma dobra deve ser medido do início da dobra ate um ponto situado a urna distancia de quatro vezes o diametro da barra alem do fim da dobra, e deve ser tomado como o maior entre o comprimento real e o seguinte:

a) para um gancho, 8 vezes o raio interno, ate o limite de 24 O;

b) para uma dobra a 90-, 4 vezes o raio interno da dobra, até o limite de 12 O.

Quando uma barra com gancho é utilizada em um apoio, o inicio do trecho curvo deve estar a uma distância mínima de 4 0 sobre o apoio medida a partir de sua face.

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Anexo A (infomativo)

Dano acidental e colapso progressivo

A."IDisposições gerais

As prescrições aqui apresentadas tem como objetivos principais:

a) evitar ou reduzir a probabilidade da ocorrência de danos acidentais em elementos da estrutura;

b) evitar colapsos progressivos de uma parte significativa da estrutura no caso da ocorrência de danos acidentais.

Para tanto devem ser verificados pelo menos os casos contidos nos itens scibseqCientes e as providências estabelecidas para cada um deles.

A.2 Danos acidentais

A.2."1anos diversos

Elementos estruturais que possam estar sujeitos a quaisquer açóes fora do conjunto que normalmente e considerado para as estruturas de alvenaria devem ser tratados de forma cuidadosa e especifica.

Esses elementos devem receber basicamente três tipos de cuidados, que muitas vezes podem ser superpostos:

a) proteção contra a atuação das açóes excepcionais atraves de estruturas auxiliares;

b) reforço com armaduras construtivas que possam aumentar a ductilidade;

c) consideração da possibilidade de ruptura de um elemento, computando-se o efeito dessa ocorrência nos elementos estruturais da vizinhança.

A.2.2 Impactos de veículos e equipamentos

Precauções especiais devem ser tomadas em relação às paredes e pilares para os quais não seja desprezível a possibilidade de choques provocados por veículos ou equipamentos que estejam se deslocando junto A estrutura.

Nos casos de elementos que possam ser submetidos a impactos significativos, recomenda-se a adoção de estruturas auxiliares que possam impedir a possibilidade de ocorrência desses impactos.

Quando estruturas auxiliares que previnam os danos acidentais não puderem ser utilizadas de forma confiavel, as seguintes providencias deverão ser tomadas simultaneamente:

a) os elementos sob risco devem ser reforçados utilizando-se armaduras com uma taxa mínima de 0,2 % da 6rea da seção transversal;

b) as lajes dos pavimentos e os elementos estruturais da vizinhança devem ser dimensionados e detalhados de forma que os elementos passíveis de serern danificados possam ser retirados da estrutura, um de cada vez e com coeficientes de segurança reduzidos, sem que outros elementos do sistema estrutural atinjam um ELU.

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14.2.3 Explosões

Paredes e pilares ao lado de ambientes onde seja possível a ocorrkncia de explosões, por exemplo, cozinhas, laboratórios etc., devem ser considerados passíveis de serem danificados por esses efeitos.

Para esses casos, todos os elementos que estejam no entorno desses ambientes devem ser desconsiderados no sistema estrutural, um de cada vez e com coeficientes de segurança reduzidos, sem que outros elementos do sistema estrutural atinjam um ELU.

A.3 Verificação do colapso progressivo

A.3.1 Disposições gerais

No caso de dano acidental a um elemento estrutural deve-se garantir que sua ruptura não possa levar a ruptura de parte significativa da estrutura como um todo.

A.3.2 Coeficientes de segurança para a alvenaria

O dimensionamento dos elementos de alvenaria estrutural, quanto ao carregamento produzido pela suposição de retirada de um elemento danificado, deve ser realizado considerando-se os coeficientes y, igual a 1,O para a alvenaria e para o aço e yf igual a 1 ,O.

A.3.3 Verificação de pavimentos em concreto armado

Recomenda-se para todos os casos e exige-se para as regióes onde haja elementos que possam sofrer danos acidentais, que os pavimentos possam suportar a ausência de elementos de alvenaria que lhes serve de suporte sendo dirnensionados e armados adequadamente para essa finalidade.

Os elementos de supofie devem ser retirados um de cada vez, e o carregamento pode ser considerado corri -if igual a I ,O.

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Anexo E3 (Informativo)

Alvenaria protendida

B."Iimensionamey1to de alvenaria protendida

A alvenaria protendida é recomendada para casos onde inicialmente a tração é o esforço predominante, situação comum em paredes sujeitas a ações laterais elevadas em relação ao carregamento vertical.

São exemplos dessa situação muros de contenção como arrimos e silos, reservatórios de água, paredes de galpões sujeitos 21 ação do vento, entre outros.

O dimensionamento é feito de forma que a força de protensão elimine a tração em serviço no elemento de alvenaria.

B.1.2.1 flexão e compressão

São adotadas as seguintes condições:

a) as hipóteses de 11 .I para alvenaria não armada;

b) em serviço, não são permitidas tensões de tração na alvenaria;

c) a tração em cabo não aderido não deve exceder 70 % da sua resistência última no instante da aplicação da protensão;

d) a altura util, d, da seção é determinada levando em conta toda a liberdade de movimento dos cabos;

B.1.2.2 Força de protensão

O dimensionamento da força de protensão deve ser feito através da verificação de tração nula em serviço, considerando os coeficientes de ponderação em serviço das ações, com coeficiente de majoração de esforços igual a 0,9 para efeito favorável da força de protensão e permanente.

B.1.2.3 Resistência da alvenaria

0 dimensionamento da alvenaria é feito como se esta fosse não armada. Deve-se verificar a resistência da alvenaria antes e depois da ocorrência de perdas por protensão, sendo permitido reduzir o valor do coeficiente de ponderação da resistência da alvenaria em 20 % para verificação da resistência antes das perdas.

Deve-se levar em conta a força de protensão na consideração de esbeltez e possibilidade de ruptura por flambagem quando do dimensionamento da alvenaria, exceto se os cabos tiverem seu deslocamento lateral restrito, Podem ser considerados restritos cabos que sejam totalmente envolvidos com graute, ou que sejam presos a parede, ou por grauteamento localizado ou pela utilização de algum dispositivo, em pelos menos três pontos interrnedigrios ao longo da altura da parede.

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B.1.2.4 Verificação da ruptura

O momento maximo aplicado (Md) deve ser menor que o momento ijltimo (M,).

Para o caso de seções com largura uniforme tem-se:

X = Ap.fpd / (fd.b)

M, = Ap.fpd-(d-x/2)

Onde:

fpd é a tensão nominal no cabo de protensão, considerando as perdas de protensão;

A, é a area dos cabos de protensão;

d é a altura Ctil da seção;

fd e a resistência a compressão da alvenaria;

b é a largura da parede;

x é a posição da linha neutra.

Em seçóes de largura não uniforme deve-se adaptar a expressão convenientemente.

B.1 2 . 5 Cisalhamento

Para verificação do cisalhamento é permitido computar a força de protensão (após perdas) para o calculo do aumento da tensão devido à pré-compressão.

B.1.2.6 Perdas de protensão

As perdas de protensão devidas à relaxação do aço, deformação elastica da alvenaria, movimentação higroscopica da alvenaria, fluência da alvenaria, acomodação das ancoragens, atrito e por efeitos térmicos podem ser calculadas de acordo com os itens a seguir:

a) deformação elgstica da alvenaria, movimentação higrosc0pica, efeitos térmicos e fluencia;

b) atrito, acomodação das ancoragens e relaxação do aço;

c) tensão de contato;

d) ancoragem nos apoios;

B.1.2.6.1 Deformação elástica da alvenaria, movimentação higroscópica, efeitos térmicos e fluência

A perda de protensão devida a deformaçáo elastica da alvenaria, movimentação higroscópica, efeitos térmicos, flcrencia e retração, pode ser estimada pela expressio:

a c 'crn Aa=- 2 + E,, [(k,k,-k,) .AT + C,G,]

Onde:

40 é a variação média da tensão de protensão;

a, é a razão entre os módulos de elasticidade do aço e da alvenaria (quando a protensão for aplicada com apenas um cabo adotar esse valor igual a zero, pois não h6 perda por deformação elastica da alvenaria nesse caso);

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rr, e a tensão de protensáo inicial no centróide dos cabos de protensão;

E, e o modulo de elasticidade do aço do cabo de protensão;

AT e a variação da temperatura;

k, o coeficiente de dilataçáo t8rmica da alvenaria, em 6.2.2;

k, e o coeficiente de dilataçáo térmica do aço, podendo-se adotar o valor de 113 x 10 .~ mmlmm/ -C;

C e a fluência especifica, C = 0,4 rnm/m/MPa.

B.2.2.6.2 Atrito, acornodaqão das ancoragens e relaxacão do aqo

As perdas por atrito, acomodação das ancoragens e relaxação do aço podem ser previstas de acordo com as recomendações do concreto protendido. Para o caso de alvenaria protendida com cabos retos e não aderidos, náo existe perda por atrito, assim como náo h5 perdas por acornodaçáo das ancoragens nos casos de protensáo com barras.

B.L.2.7 Tensão de contato

Sob a placa de ancoragem dos cabos deve ser executada pelo menos uma fiada de alvenaria grauteada ou coxim de concreto, devendo as tensões de contato ser corretamente verificadas.

B.2.2.8 Ancoragem nos apoios

A ancoragem do cabo de protensáo pode ser feita através de conjunto de placa e porca ou diretamente em base de concreto.

B.2 Execudãio de alvenaria protendida

Quando a alvenaria e construída sobre as esperas dos cabos são recomendadas emendas a cada 2,0 m. Sempre que possível, cabos posicionados dentro de alvenarias não grauteadas devem ser presos a alvenaria, atraves do grauteamento localizado de alguns pontos ou atraves de outros dispositivos, em tres pontos ao longo da altura.

0 s cabos e emendas devem ser protegidos contra corrosáo.

A aplicação da protensão pode ser feita de maneira tradicional utilizando-se macacos hidráulicos ou atraves de torquímetros quando o nível de protenslo não e elevado.

Quando é utilizado torquimetro são feitas as seguintes considerações:

a) e recomendada a utilizaçáo de indicadores de tração direta (ITD) para medir a força de protensáo; quando náo previstos deve-se considerar um erro de 30 % (para limite inferior e superior) no dimensionarnento da força de protensão;

b) em todos os casos deve ser prevista uma arruela de grande dureza (HRC 2 50) entre a porca e a placa de ancoragem ou entre a porca e o ITD;

c) quando utilizados torquímetros manuais, um multiplicador de torque pode ser acoplado ao torquimetro para facilitar a operaçáo;

d) para escolha do torquírnetro e multiplicador de torque pode-se prever uma faixa de torque entre 0,15 e 0,35 x diãmetro da barra x força de protensáo;

e) as barras utilizadas para protensão devem estar limpas, livres de corrosão ou irregularidades e a extremidade a ser protendida deve ser engraxada.

40 Q ABNT 2010 - Todos os direitos reservados

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ABNT NBR 1581 2-1 :2(310

Antes da protensão deve ser verificada a resistencia a compressão da alvenaria.

Para minimizar os efeitos de fluência são recomendadas idades niínimas para protensão iguais a sete dias. interessante realizar uma pré-protensão aos três dias, corn parte da força prevista, por exemplo, 20 %,

para acelerar as deformações iniciais por fluência e tambkm para garantir uma certa estabilidade em paredes com pequenas idades.

Para evitar perdas de protensão devidas a variação de temperatura, deve ser evitada a realização da operação de protensão em dias rnuitos quentes ou pelo menos deve-se fazer essa operação em horarios de menor calor nesses dias. Não devem ser realizadas protensões em paredes úmidas.

admitido um erro niaximo no posicionamento dos cabos de protensão igual a 0,5 cm para seções corn dimensão inferior a 20 cm, no plano de flexão; e I ,O cm para dimensões superiores. Em caso de ocorrência de erros maiores deve-se informar o projetista da estrutura e ser feita revisão dos calculas.

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