nbr 12216 92 - projeto de estação de tratamento de Água para (1)

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  • 8/11/2019 NBR 12216 92 - Projeto de Estao de Tratamento de gua Para (1)

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    Copyright 1995,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28 andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210-3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereo Telegrfico:NORMATCNICA

    ABNT-Associao

    Brasileira deNormas Tcnicas

    Palavras-chave: Abastecimento de gua. gua 18 pginas

    NBR 12216ABR 1992

    Projeto de estao de tratamento degua para abastecimento pblico

    1 Objetivo

    Esta Norma fixa as condies exigveis na elaborao deprojeto de estao de tratamento de gua destinada produo de gua potvel para abastecimento pblico.

    2 Documentos complementares

    Na aplicao desta Norma necessrio consultar:

    NBR 12211 - Estudo de concepo de sistemas p-blicos de abastecimento de gua - Procedimento

    NBR 12213 - Projeto de sistemas de captao de guade superfcie para abastecimento pblico - Pro-cedimento

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma so adotadas as definies de3.1 a 3.9.

    3.1 Estao de tratamento de gua - ETA

    Conjunto de unidades destinado a adequar as caracte-

    rsticas da gua aos padres de potabilidade.

    3.2 Unidade de estao de tratamento

    Cada um dos elementos da ETA em que certo processo detratamento se realiza.

    3.3 Tempo de funcionamento

    Tempo necessrio para que a ETA produza o volume degua demandado em um dia.

    3.4 Etapas de construo

    Ampliaes sucessivas que podem ser feitas a fim de que aETA atenda, sem sobrecarga, s demandas impostas peloconsumo.

    3.5 Capacidade nominal

    Vazo, em condies normais de funcionamento, para aqual a ETA projetada.

    3.6 Capacidade mxima

    Vazo mxima que a ETA pode produzir, mantido o efluentedentro dos padres de potabilidade.

    3.7 Capacidade hidrulica

    Vazo mxima relacionada com o dimensionamentohidrulico da instalao, independentemente das condiessanitrias.

    3.8 Perodo de deteno

    Relao entre o volume til, referido a determinada unidadeda ETA, e sua vazo.

    3.9 Taxa de aplicao superficial

    Relao entre a vazo, referida a determinada unidade daETA, e a rea de sua superfcie til.

    Origem: Projeto 02:009.30-006/1987CB-02 - Comit Brasileiro de Construo CivilCE-02:009.30 - Comisso de Estudo de Projeto de Sistema de Abastecimento de

    guaNBR 12216 - Public water supply systems - Designs of water treatment works -ProcedureDescriptors: Water. Water supply systemEsta Norma substitui a NB-592/1977Reimpresso da NB-592, JUN 1989

    Procedimento

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    4 Desenvolvimento do projeto

    4.1 Elementos necessrios

    A elaborao do projeto da Estao de Tratamento de guapressupe conhecidos os seguintes elementos:

    a) capacidade nominal;

    b) definio das etapas de construo;

    c) localizao e definio da rea necessria para suaimplantao;

    d) levantamento planialtimtrico e cadastral da rea deimplantao;

    e) execuo de sondagens de reconhecimento dosubsolo da rea de implantao;

    f) manancial abastecedor e caractersticas da gua;

    g) sistemas de captao e aduo, desde o manancialat a ETA;

    h) sistema de aduo de gua tratada;

    i) cotas impostas pelo sistema de abastecimento degua;

    j) corpos receptores para descarga da ETA.

    4.2 Atividades necessrias

    A elaborao do projeto da Estao de Tratamento de guacompreende as seguintes atividades:

    a) definio dos processos de tratamento;

    b) disposio e dimensionamento das unidades dosprocessos de tratamento e dos sistemas de cone-xes entre elas;

    c) disposio e dimensionamento dos sistemas de ar-

    mazenamento, preparo e dosagem de produtosqumicos;

    d) elaborao dos projetos de arquitetura, urbanizaoe paisagismo;

    e) elaborao dos projetos de fundaes e superestru-tura;

    f) elaborao dos projetos de instalaes eltricas,hidrulico-sanitrias, drenagem pluvial, drenagens,esgotamento geral da ETA, com indicao da dispo-sio final e projetos complementares;

    g) elaborao das especificaes dos materiais eequipamentos relacionados aos processos e s suasinstalaes complementares, bem como dos mate-riais e equipamentos de laboratrio e de segurana;

    h) elaborao do memorial descritivo e justificativo;

    i) elaborao das listas de materiais e equipamentos;

    j) elaborao do oramento;

    l) elaborao do manual de operao e manuteno.

    5 Condies gerais

    Para elaborao do projeto da Estao de Tratamento degua devem ser observadas as condies indicadas aseguir.

    5.1 Definio do tempo de funcionamento e dacapacidade da ETA

    A capacidade determinada em funo do tempo defuncionamento e com base em estudo tcnico-econmico,

    conforme NBR 12211.

    5.2 Definio da rea necessria implantao da ETA

    5.2.1A ETA deve ser localizada em ponto de fcil acesso,em qualquer poca do ano.

    5.2.1.1O terreno para implantao da ETA deve estar situadoem local livre de enxurradas e acima da cota de mximaenchente, de modo que esta no comprometa a operao.

    5.2.1.2Na escolha do local para implantao da ETA, devemser levados em conta a disponibilidade de vias de acesso,

    a facilidade de fornecimento de energia eltrica, as posiesrelativas ao manancial e ao centro de consumo, o corporeceptor de descargas da ETA e a disposio do lodo dosdecantadores. Particular ateno deve ser dada naturezado solo, a fim de prevenir problemas de fundao econstruo e oferecer a possibilidade de situar as unidadesacima do nvel mximo de gua do subsolo.

    5.2.1.3Inexistindo terreno livre de enchentes, exige-se pelomenos que:

    a) as bordas das unidades e dos pisos dos recintos,onde so feitos armazenamentos ou se localizamas unidades bsicas para o funcionamento da ETA,estejam situadas pelo menos 1,00 m acima do nvelmximo de enchente;

    b) a estabilidade da construo, estudada levando emconta a ocorrncia de enchentes, deve prever,quando necessrias, obras especiais para evitareroso das fundaes;

    c) as descargas da ETA possam realizar-se sob qual-quer cota de enchente.

    5.2.2 O acesso ETA deve contar com estrada emcondies de garantir o trnsito permanente das viaturasutilizadas no transporte dos produtos qumicos necessriosao tratamento da gua.

    5.2.2.1No caso de ETA em que o consumo global dirio deprodutos qumicos exceda 500 kg, o leito da estrada de

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    acesso deve permitir carga de pelo menos 10 t por eixo, eter as seguintes caractersticas:

    a) largura mnima - 6 m;

    b) rampa mxima - 10%;

    c) raio mnimo - 30 m.

    5.2.2.2Em caso de ocorrncia da condio 5.2.1.3, o acesso ETA deve ser previsto de modo que permita, em qualquerpoca do ano, o transporte de pessoal e o abastecimentode produtos qumicos.

    5.2.3 A rea mnima reservada para a ETA deve ser anecessria para permitir a sua implantao, ampliaesfuturas e a construo de todas as obras indispensveis aoseu funcionamento, tais como portaria, estaes elevatrias,cabine de fora, reservatrios, canalizaes, reas eedifcios para armazenamento, oficinas de manuteno,ptios para estacionamento, descarga e manobra deveculos e vias para trnsito de veculos e pedestres.

    5.2.3.1A rea prevista para disposio do lodo da ETA nofaz parte, necessariamente, da rea a que se refere a seo5.2.3.

    5.2.3.2As residncias para o pessoal que trabalha na ETA,quando previstas, devem situar-se fora da rea reservadaexclusivamente instalao, com acesso independente.

    5.2.3.3Toda a rea da ETA deve ser fechada de modo aimpedir o acesso de pessoas estranhas.

    5.2.4A ETA deve ser projetada levando-se em conta, entreoutros fatores, a disposio das tubulaes, a topografianatural do terreno, as descargas de fundo e o recebimentode produtos qumicos.

    5.2.4.1As unidades e o reservatrio de gua tratada devemser projetados de modo que as cotas de fundo sejamsuperiores ao nvel mximo do lenol fretico. No sendoisto possvel, as estruturas devem ser projetadas de modoa permitir inspees peridicas, com vista identificaode defeitos causadores de infiltrao pelas paredes ou pelofundo.

    5.3 Definio dos processos de tratamento

    5.3.1O levantamento sanitrio da bacia deve ser elaboradoconforme NBR 12211.

    5.3.2Para fins desta Norma, devem ser considerados osseguintes tipos de guas naturais para abastecimentopblico:

    Tipo A - guas subterrneas ou superficiais,provenientes de bacias sanitariamente protegidas, comcaractersticas bsicas definidas na Tabela seguinte,

    e as demais satisfazendo aos padres de potabilidade;

    Tipo B - guas subterrneas ou superficiais,provenientes de bacias no-protegidas, comcaractersticas bsicas definidas na Tabela seguinte,e que possam enquadrar-se nos padres depotabilidade, mediante processo de tratamento que noexija coagulao;

    Tipo C - guas superficiais provenientes de bacias no-protegidas, com caractersticas bsicas definidas naTabela seguinte, e que exijam coagulao paraenquadrar-se nos padres de potabilidade;

    Tipo D - guas superficiais provenientes de bacias no-protegidas, sujeitas a fontes de poluio, comcaractersticas bsicas definidas na Tabela seguinte,e que exijam processos especiais de tratamento paraque possam enquadrar-se nos padres de potabilidade.

    Tabela - Classificao de guas naturais para abastecimento pblico

    Tipos A B C D

    DBO 5 dias (mg/L):

    - mdia at 1,5 1,5 - 2,5 2,5 - 4,0 > 4,0

    - mxima, em qualquer amostra 1 - 3 3 - 4 4 - 6 > 6

    Coliformes (NMP/100 mL)

    - mdia mensal em qualquer ms 50 - 100 100 - 5000 5000 - 20000 > 20000

    - mximo > 100 cm > 5000 cm > 20000 cm -menos de 5% menos de 20% menos de 5%das amostras das amostras das amostras

    pH 5 - 9 5 - 9 5 - 9 3,8 - 10,3

    Cloretos < 50 50 - 250 250 - 600 > 600

    Fluoretos < 1,5 1,5 - 3,0 > 3,0 -

    NMP - Nmero mais provvel

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    5.3.2.1 guas receptoras de produtos txicos,excepcionalmente, podem ser utilizadas para abastecimentopblico, quando estudos especiais garantam suapotabilidade, com autorizao e controle de rgos sanitriose de Sade Pblica competentes.

    5.3.3O tratamento mnimo necessrio a cada tipo de gua o seguinte:

    Tipo A - desinfeco e correo do pH;

    Tipo B - desinfeco e correo do pH e, alm disso:

    a) decantao simples, para guas contendoslidos sedimentveis, quando, por meiodesse processo, suas caractersticas seenquadrem nos padres de potabilidade;ou

    b) filtrao, precedida ou no de decantao,

    para guas de turbidez natural, medida naentrada do filtro, sempre inferior a 40 Uni-dades Nefelomtricas de Turbidez (UNT)e cor sempre inferior a 20 unidades,referidas aos Padres de Platina;

    Tipo C - coagulao, seguida ou no de decantao,filtrao em filtros rpidos, desinfeco e correo dopH;

    Tipo D - tratamento mnimo do tipo C e tratamentocomplementar apropriado a cada caso.

    5.4 Disposio das unidades de tratamento e dossistemas de conexes

    5.4.1As unidades devem ser dispostas de modo a permitiro escoamento por gravidade, desde a chegada da guabruta at a sada da gua tratada; permitido o recalque degua apenas para lavagem e usos auxiliares.

    5.4.2Qualquer unidade de um conjunto agrupado em paralelodeve ter dispositivo de isolamento.

    5.4.2.1Quando existe apenas uma unidade, esta deve terdispositivo de isolamento com passagem direta da gua.

    5.4.3 O arranjo dos diferentes grupos deve ser feitoconsiderando a possibilidade de a estao exigir ampliaessuperiores s previstas, atendendo ao fixado em 5.4.2.

    5.4.4Os centros de operaes devem situar-se prximosdas unidades sujeitas ao seu controle.

    5.4.5O acesso s diferentes reas de operaes ou deobservao do desenvolvimento dos processos deve serestudado de modo a evitar escadas ou rampas pronunciadas.

    5.4.6O projeto deve permitir que a ETA seja construda emetapas, sem necessidade de obras provisrias para

    interligao nem paralisao do funcionamento da parteinicialmente construda.

    5.4.7A convenincia da execuo em etapas deve ser fixadalevando em conta fatores tcnicos, econmicos e fi-nanceiros.

    5.4.8O dimensionamento hidrulico deve considerar asvazes mnimas e mximas levando em conta a diviso emetapas e a possibilidade de sobrecargas.

    5.5 Grades

    Destinam-se a reter materiais grosseiros existentes nasguas superficiais; so utilizadas na ETA quandocircunstncias especiais no permitem a sua localizaona captao, devendo o projeto ser elaborado conformeNBR 12213.

    5.6 Unidades de micropeneiramento

    5.6.1Destinam-se a reter slidos finos no-coloidais emsuspenso e podem ser adotadas num dos seguintes casos:

    a) quando a gua apresenta algas ou outros microrga-nismos de tipo e em quantidade tal que sua remooseja imprescindvel ao tratamento posterior;

    b) quando permite a potabilizao da gua sem neces-sidade de outro tratamento, exceto desinfeco;

    c) quando permite reduo de custos de implantaoou operao de unidades de tratamentosubseqentes.

    5.6.2Os parmetros para o dimensionamento das unidadesde micropeneiramento devem ser estabelecidos por meiode ensaios.

    5.6.3As unidades devem contar com sistema de limpezapor gua em contracorrente.

    5.7 Aeradores

    5.7.1Destinam-se a introduzir ar na gua para remoo decompostos volteis e oxidveis e gases indesejveis.

    5.7.2Os dispositivos de aerao admitidos so:

    a) plano inclinado, formado por uma superfcie planacom declividade de 1:2 a 1:3, dotado deprotuberncias destinadas a aumentar o contato dagua com a atmosfera;

    b) bandejas perfuradas sobrepostas, com ou sem leitopercolador, formando conjunto no mnimo com quatrounidades;

    c) cascatas, constitudas de pelo menos quatro plata-formas superpostas, com dimenses crescentes decima para baixo;

    d) escadas, por onde a gua deve descer sem aderirs superfcies verticais;

    e) ar comprimido difundido na gua contida em tan-ques;

    f) tanques com aeradores mecnicos;

    g) torre de aerao forada, com anis Rashingousimilares;

    h) outros de comprovada eficincia.

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    5.7.3A aplicabilidade dos diferentes tipos de aeradores esuas taxas de aplicao devem ser determinadaspreferencialmente atravs de ensaios.

    5.7.3.1No havendo possibilidade de determinar as taxasde aplicao por meio de ensaios, os aeradores podem serdimensionados atravs dos parmetros seguintes:

    a) aeradores conforme 5.7.2 a), b), c), e d):

    - admitem no mximo 100 m3de gua por metroquadrado de rea em projeo horizontal/dia;

    b) aerador por ar difuso:

    - os tanques devem apresentar perodo de detenode pelo menos 5 min, profundidade entre2,5 m e 4,0 m, relao comprimento/largura maiorque 2;

    - o aerador deve garantir a introduo de 1,5 L de arpor litro de gua a ser aerado, prximo ao fundo dotanque e ao longo de uma das paredes laterais;

    c) aerador mecnico:

    - o tanque deve apresentar perodo de deteno depelo menos 5 min, profundidade mxima de 3,0 me relao comprimento/largura inferior a 2;

    - o aerador mecnico deve garantir a introduo depelo menos 1,5 L de ar por litro de gua a seraerado.

    5.7.3.2Em caso de dimensionamento conforme 5.7.3.1, aimplantao deve ser em etapas, servindo a primeira paradefinir as taxas reais de aplicao.

    5.7.4 As tomadas de ar para aerao em tanques com ardifuso no podem ser feitas em locais que apresentemimpurezas atmosfricas prejudiciais ao processo detratamento e devem ser protegidas com filtro ou tela.

    5.7.5O sistema mecnico para produo de ar comprimidodeve evitar a introduo de leo na gua.

    5.8 Mistura rpida

    5.8.1Operao destinada a dispersar produtos qumicos nagua a ser tratada, em particular no processo de coagulao,para o qual so destinadas as disposies seguintes.

    5.8.2 As condies ideais em termos de gradiente develocidade, tempo de mistura e concentrao da soluode coagulante devem ser determinadas preferencialmenteatravs de ensaios de laboratrio. Quando estes ensaiosno podem ser realizados, deve ser observada a seguinteorientao:

    a) a disperso de coagulantes metlicos hidrolisveisdeve ser feita a gradientes de velocidade compre-

    endidos entre 700 s-1e 1100 s-1, em um tempo demistura no superior a 5 s;

    b) a disperso de polieletrlitos, como coagulantesprimrios ou auxiliares de coagulao, deve ser feitaobedecendo s recomendaes do fabricante.

    5.8.3 Constituem dispositivos de mistura:

    a) qualquer trecho ou seo de canal ou de canaliza-o que produza perda de carga compatvel com ascondies desejadas, em termos de gradiente develocidade e tempo de mistura;

    b) difusores que produzam jatos da soluo decoagulante, aplicados no interior da gua a sertratada;

    c) agitadores mecanizados;

    d) entrada de bombas centrfugas.

    5.8.4 Podem ser utilizados como dispositivo hidrulico demistura:

    a) qualquer singularidade onde ocorra turbulnciaintensa;

    b) canal ou canalizao com anteparos ou chicanas;

    c) ressalto hidrulico;

    d) qualquer outro trecho ou seo de canal ou canali-zao que atenda s condies de 5.8.2.

    5.8.4.1 A aplicao da soluo de coagulante deve sersempre feita imediatamente antes do ponto de maiordissipao de energia e atravs de jatos separados de nomximo 10 cm.

    5.8.4.2No caso de ressalto hidrulico em que o nmero deFroude, Fr= V/ , esteja compreendido entre 2,5 e 4,5(ressalto oscilante), deve ser previsto dispositivo que anuleas oscilaes de velocidade a jusante do ressalto.

    5.8.5A utilizao de difusores, como dispositivo de misturaem canal ou canalizao, deve satisfazer s condies de5.8.2 mais as seguintes:

    a) a aplicao da soluo de coagulante deve seruniformemente distribuda, atravs de jatos no-dirigidos no mesmo sentido do fluxo;

    b) a rea da seo transversal correspondente a cadajato no deve ser superior a 200 cm2e sua dimen-so mxima no deve ultrapassar 20 cm;

    c) a velocidade da gua onde os jatos so distribudos,deve ser igual ou superior a 2 m/s;

    d) os orifcios de sada dos jatos devem ter dimetroigual ou superior a 3 mm;

    e) o sistema difusor deve permitir limpezas peridicasnas tubulaes que distribuem a soluo decoagulante.

    5.8.6 Os agitadores mecanizados devem obedecer sseguintes condies:

    a) a potncia deve ser estabelecida em funo dogradiente de velocidade;

    gh

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    b) perodos de deteno inferiores a 2 s exigem que ofluxo incida diretamente sobre as ps do agitador;

    c) o produto qumico a ser disperso deve ser introduzi-do logo abaixo da turbina ou hlice do agitador.

    5.8.7O uso de bombas de recalque de gua bruta, comodispositivo para mistura de coagulantes, somente deve serpermitido se, alm de atendidas as condies de 5.8.2, socumpridas mais as seguintes:

    a) a instalao de bombeamento possa ter somenteuma bomba em funcionamento;

    b) caso exista possibilidade de funcionarem bombasem paralelo, a cada bomba corresponde um dosador;

    c) os produtos qumicos utilizados no atinjam con-centraes que os tornem agressivos s bombas.

    5.8.8Aps a mistura do coagulante, o tempo mximo depercurso da gua at o floculador deve corresponder a1 min, tempo este que pode ser aumentado para at 3 minquando, entre a mistura e a floculao, existe um sistemacapaz de conferir gua gradiente de velocidade igual ousuperior ao do incio no floculador.

    5.8.9Produtos qumicos que no se hidrolisam podem sermisturados por um sistema de agitao que confira guagradiente de velocidade entre 100 e 250 s-1.

    5.8.10 Produtos qumicos dosados a seco devem serpreviamente dispersos ou dissolvidos em gua, antes desua aplicao.

    5.8.11Quando, para realizar a coagulao, mais de umproduto qumico tem de ser aplicado, devem ser previstosdiferentes pontos para adio desses produtos, cada umcom seu dispositivo de mistura, permitindo ao operadorproceder sua aplicao, na ordem que for consideradaconveniente.

    5.9 Floculadores

    5.9.1So unidades utilizadas para promover a agregaode partculas formadas na mistura rpida.

    5.9.2O perodo de deteno no tanque de floculao e osgradientes de velocidade a serem aplicados devem serdeterminados por meio de ensaios realizados com a gua aser tratada.

    5.9.2.1Dependendo do porte da estao e a critrio do rgocontratante, no sendo possvel proceder aos ensaiosdestinados a determinar o perodo de deteno adequado,podem ser adotados valores entre 20 min e 30 min, parafloculadores hidrulicos, e entre 30 min e 40 min, para osmecanizados.

    5.9.2.2No sendo realizados ensaios, deve ser previstogradiente de velocidade mximo, no primeiro compartimento,de 70 s-1e mnimo, no ltimo, de 10 s-1.

    5.9.3A agitao da gua pode ser promovida por meiosmecnicos ou hidrulicos.

    5.9.3.1A potncia fornecida gua por agitadores mecnicosdeve ser determinada pela expresso:

    P = G2C

    Onde:

    P = potncia, em W

    = viscosidade dinmica, em Pa.s

    G = gradiente de velocidade, em s -1

    C = volume til do compartimento, em m3

    5.9.3.2O gradiente de velocidade em um compartimento dofloculador hidrulico dado pela seguinte expresso:

    G

    gh

    t.

    Onde:

    G = gradiente de velocidade, em s-1

    g = acelerao da gravidade, em m/s2

    h = soma das perdas de carga na entrada e ao longodo compartimento, em m

    = viscosidade cinemtica, em m2/s

    t = perodo de deteno no compartimento, em s

    5.9.4 Deve ser previsto dispositivo que possa alterar ogradiente de velocidade aplicado, ajustando-o scaractersticas da gua e permitindo variao de pelo menos20% a mais e a menos do fixado para o compartimento.

    5.9.5Os tanques de floculao mecanizados devem sersubdivididos preferencialmente em pelo menos trscompartimentos em srie, separados por cortinas ouparedes, interligados, porm, por aberturas localizadas deforma a reduzir a possibilidade de passagem direta da guade uma abertura para outra.

    5.9.5.1Para definio do local conveniente das aberturas,de modo a reduzir a passagem direta, devem ser levadasem conta as direes de fluxo impostas pelo sistema deagitao e pela prpria entrada da gua no tanque.

    5.9.5.2Quando o fluxo de gua incide diretamente sobrea abertura, deve-se colocar um anteparo capaz de desvi-lo.

    5.9.5.3As dimenses das aberturas devem ser suficientespara que o gradiente de velocidade, na passagem da gua,tenha valor igual ou inferior ao do compartimento anterior.

    5.9.6Nos floculadores hidrulicos, a agitao deve ser obtidapor meio de chicanas ou outros dispositivos direcionais defluxo que confiram gua movimento horizontal, vertical ouhelicoidal; a intensidade de agitao resulta da resistnciahidrulica ao escoamento e medida pela perda de carga.

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    5.9.6.1A velocidade da gua ao longo dos canais deve ficarentre 10 cm/s e 30 cm/s.

    5.9.6.2O espaamento mnimo entre chicanas deve ser de0,60 m, podendo ser menor, desde que elas sejam do-tadas de dispositivos para sua fcil remoo.

    5.9.7As cortinas destinadas a subdividir os tanques de flo-culao em compartimentos devem suportar os esforosdecorrentes da movimentao da gua. Quando a passa-gem da gua de um compartimento para outro se d porcima da cortina, esta deve ter, na parte inferior, aberturaque permita o escoamento por ocasio de esvaziamento docompartimento, abertura essa que, se necessrio, podeser provida de dispositivo basculante que impea apassagem de quantidade significativa de gua em qualquersentido, durante o funcionamento normal.

    5.9.8 Os tanques de floculao devem ser providos de

    descarga com dimetro mnimo de 150 mm e fundo comdeclividade mnima de 1%, na direo desta.

    5.9.9Os tanques de floculao devem apresentar a maiorparte da superfcie livre exposta, de modo a facilitar o examede processo.

    5.10 Decantadores

    5.10.1So unidades destinadas remoo de partculaspresentes na gua, pela ao da gravidade. Podem serconvencionais, ou de baixa taxa, e de elementos tubulares,ou de alta taxa.

    5.10.2O nmero de decantadores da ETA depende defatores operacionais e econmicos, observando-se oseguinte:

    a) estaes com capacidade inferior a 1000 m3/dia, emoperao contnua, ou estaes com capacidadede at 10000 m3/dia, com perodo de funcionamentoinferior a 18 h/dia, podem dispor de apenas umaunidade de decantao, desde que no-mecaniza-da;

    b) estaes com capacidade superior a 10000 m3/dia,ou com perodo de funcionamento superior a18 h/dia ou ainda em que os decantadores so me-canizados, devem contar pelo menos com duas uni-dades iguais.

    5.10.3A taxa de aplicao nos decantadores determinadaem funo da velocidade de sedimentao das partculasque devem ser removidas pela relao:

    QA

    f Vs=

    Onde:

    Q = vazo que passa pela unidade, em m3/s

    A = rea superficial til da zona de decantao, em m2

    f = fator de rea, adimensional

    Vs = velocidade de sedimentao, em m/s

    5.10.3.1Em decantadores convencionais, o fator de rea igual unidade.

    5.10.3.2Em decantadores de elementos tubulares inclinados,o fator de rea determindado pela expresso:

    fsen (sen L cos )

    = +

    S

    Onde:

    = ngulo de inclinao dos elementos tubulares, em graus

    L = l/d, superior ou igual a 12, adimensional

    l = comprimento do elemento tubular ou da placa, em m

    d = dimetro interno do elemento tubular ou distncia entre unidades sucessivas de placas paralelas, em m

    S = fator de eficincia (1,0 para placas planas paralelas, 4/3 para tubos circulares e 11/8 para tubos quadrados), adimensional

    5.10.3.3Em decantadores de elementos tubulares horizontais

    ou de pequena inclinao (at 8), o fator de rea f = L/S,devendo-se tomar para clculo de L a distncia verticalentre dois elementos consecutivos.

    5.10.4A velocidade de sedimentao, determinada por meiode ensaios de laboratrio, deve ser multiplicada por umfator K, conforme segue:

    a) estaes com capacidade de at 1000 m3/dia,K = 0,50;

    b) estaes com capacidade de 1000 a 10000 m3/dia,em que possvel garantir bom nvel de operao,

    K = 0,70; caso contrrio, K = 0,50;

    c) estaes com capacidade superior a 10000 m3/dia,K = 0,80.

    5.10.4.1 No sendo possvel proceder a ensaios delaboratrio, as velocidades de sedimentao para o clculodas taxas de aplicao devem ser as seguintes:

    a) estaes com capacidade de at 1000 m3/dia,1,74 cm/min (25 m3/m2x dia);

    b) estaes com capacidade entre 1000 e

    10000 m3

    /dia, em que possvel garantir bomcontrole operacional, 2,43 cm/min (35 m3/m2x dia);caso contrrio, 1,74 cm/min (25 m3/m2x dia );

    c) estaes com capacidade superior a 10000 m3/dia,2,80 cm/min (40 m3/m2x dia).

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    5.10.5A velocidade longitudinal mxima Vono deve sersuperior ao valor resultante das expresses:

    a) Vo = (NR/8)1/2 . VS, para fluxo laminar, com nmero

    de Reynolds NRmenor que 2000;

    b) Vo

    = 18 VS, para fluxo turbulento, com nmero de

    Reynolds NRmaior que 15000.

    5.10.5.1No sendo possvel determinar a velocidade desedimentao atravs de ensaios de laboratrio, avelocidade longitudinal mxima Vo, em decantadoreshorizontais convencionais, deve ser :

    a) em estaes com capacidade at 10000 m3/dia,0,50 cm/s;

    b) em estaes com capacidade superior a10000 m3/dia, em que possvel garantir bomcontrole operacional, 0,75 cm/s e, havendo ainda

    remoo contnua de lodo por sistemas mecnicosou hidrulicos, 1,00 cm/s.

    5.10.5.2 Em decantadores de elementos tubulares, avelocidade longitudinal mxima, para fluxo laminar, deveser de 0,35 cm/s, e para fluxo no-laminar, de 0,60 cm/s.

    5.10.6 A distribuio de gua para um conjunto dedecantadores de igual capacidade deve ser feita de modoque dela resultem vazes aproximadamente iguais, e vazesproporcionais para unidades desiguais; em qualquer doscasos, o desvio mximo da vazo no deve ultrapassar20% da vazo nominal de cada unidade.

    5.10.6.1Quando um conjunto de decantadores recebe guafloculada do mesmo tanque de floculao, a distribuiodeve, adicionalmente, satisfazer s condies:

    a) ter a entrada afogada atravs de abertura comdimenses tais que o gradiente de velocidaderesultante seja inferior a 20 s-1;

    b) ter a velocidade da gua, no canal que a conduz aosdecantadores, no mximo igual metade da veloci-dade nas aberturas de entrada nos decantadores;

    c) nos casos em que, para satisfazer s condies a)

    e b), a velocidade resultante no canal seja inferior a0,15 m/s, devem ser previstas facilidades paralimpeza do canal, tais como declividade, registrosde descarga ou outros.

    5.10.7A entrada de gua nos decantadores deve ser feitapor dispositivo hidrulico capaz de distribuir a vazouniformemente, atravs de toda a seo transversal, egarantir velocidade longitudinal uniforme e coincidente emintensidade, direo e sentido com a que, teoricamente, lheseria atribuda.

    5.10.7.1A entrada de gua nos decantadores convencionaisou nos de elementos tubulares de fluxo horizontal pode serfeita por uma cortina perfurada que atenda s condies:

    a) ter o maior nmero possvel de orifcios uniforme-mente espaados segundo a largura e a altura tildo decantador; a distncia entre orifcios deve serigual ou inferior a 0,50 m;

    b) estar situada a uma distncia d da entrada,calculada por:

    d 1,5aA

    H=

    Onde:

    a = rea total dos orifcios, em m2

    A = rea da seo transversal do decantador, em m2

    H = altura til do decantador, em m

    c) gradiente de velocidade nos orifcios iguais ouinferiores a 20 s-1;

    d) quando a parede da cortina tem espessura inferior dimenso que caracteriza as aberturas de passa-

    gem da gua, estas devem receber bocais decomprimento pelo menos igual referida dimenso;

    e) a cmara de entrada que antecede a cortina deveser projetada de modo a facilitar a sua limpeza;

    f) relao a/A igual ou inferior a 0,5.

    5.10.7.2A entrada de gua nos decantadores convencionaisde fluxo vertical ou nos de elementos tubulares inclinadosdeve ser feita por pontos, fendas ou por borda inferior decortina, de modo a assegurar a distribuio uniforme dagua em toda a rea superficial do decantador.

    5.10.8A coleta de gua decantada deve ser feita por umsistema de tubos perfurados submersos ou de vertedoresno-afogados organizados de modo a garantir vazouniforme ao longo deles.

    5.10.8.1As canaletas de coleta de gua decantada devemproporcionar escoamento superfcie livre, ter bordashorizontais, ao longo das quais podem existir lminassobrepostas ajustveis, para garantir a coleta uniforme. Acolocao das lminas deve ser feita de modo a impedir apassagem de gua nas juntas com a canaleta.

    5.10.8.2O nvel mximo de gua no interior da canaletadeve situar-se distncia mnima de 10 cm abaixo da bordavertente.

    5.10.8.3Os tubos perfurados submersos podem descarregarem canal ou cmara, preferencialmente em descarga livre;se afogada, a carga hidrulica deve ser uniforme, visando aobter vazes iguais nas sadas do decantador.

    5.10.8.4 Em decantadores convencionais e nos de ele-mentos tubulares de fluxo horizontal, para os quais a velo-cidade de sedimentao VStenha sido determinada atravsde laboratrio, a vazo por metro de vertedor ou de tuboperfurado de coleta deve ser igual ou inferior a:

    q = 0,018 HVS

    Onde:

    q = vazo, em L/s x m

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    H = profundidade do decantador, em m

    VS= velocidade de sedimentao, em m3/m2x dia

    5.10.8.5 No sendo possvel proceder a ensaios delaboratrio, a vazo nos vertedores ou nos tubos perfura-

    dos de coleta deve ser igual ou inferior a 1,8 L/s por metro.5.10.8.6Em decantadores de fluxo vertical e nos de elementostubulares inclinados, a vazo nos vertedores ou nos tubosperfurados de coleta deve ser inferior a 2,5 L/s por metro. Adistncia entre as canaletas ou tubos de coleta no deveser superior a duas vezes a altura livre da gua sobre oselementos tubulares ou sobre a zona de lodo, nosdecantadores de fluxo vertical.

    5.10.9O decantador com remoo manual de lodo deveapresentar as seguintes caractersticas:

    a) ser provido de descarga de fundo, dimensionada

    para esvaziamento no tempo mximo de 6 h;

    b) a descarga do decantador deve situar-se preferen-cialmente na zona de maior acumulao de lodo;

    c) o fundo deve ter declividade mnima de 5% no sentidodo ponto de descarga.

    5.10.9.1Nos decantadores convencionais, com remoomanual de lodo, deve ser prevista altura adicional suficientepara acumular o lodo resultante de 60 dias de fun-cionamento. Nos de elementos tubulares, o lodo de dezdias.

    5.10.9.2 Deve ser previsto dispositivo de lavagem porjateamento; os jatos devem atravessar o decantador nasua menor dimenso, utilizando-se requintes de 13 mm,conforme estabelecido em norma brasileira sobreinstalaes prediais contra incndio sob comando.

    5.10.10A remoo hidrulica do lodo acumulado exige ofundo do decantador inclinado de ngulo superior a 50,formando poo em forma de tronco de pirmide ou de coneinvertido, na extremidade inferior do qual deve situar-se aabertura da descarga.

    5.10.10.1As vlvulas de descarga devem situar-se em localde fcil acesso, para manuteno.

    5.10.10.2 A descarga, quando automtica, deve conterdispositivo de ajuste do tempo de funcionamento.

    5.10.10.3A carga hidrulica de descarga deve ser igual ousuperior a 1,50 m, acrescida da soma das perdas de cargana canalizao desde a entrada at o ponto de descarga.

    5.10.10.4Em caso de a carga disponvel no alcanar ovalor fixado em 5.10.10.3, necessrio fazer a descargapor meio de bombas prprias para esse fim, devendo existirpelo menos duas, sendo uma de reserva.

    5.10.10.5 A canalizao para descarga de lodo, comcomprimento at 10 m, deve ter dimetro mnimo de150 mm e, quando situada sob estruturas ou locais de difcilacesso, ou ainda, com comprimento superior a 10 m, odimetro mnimo deve ser de 200 mm.

    5.10.10.6Deve ser previsto dispositivo para observao dascaractersticas do lodo descarregado.

    5.10.11A adoo de raspador mecnico deve obedecer sseguintes condies:

    a) ter poo de lodo com sua descarga obedecendo scondies fixadas em 5.10.10;

    b) velocidade mxima do raspador, 30 cm/min;

    c) descarga do poo do lodo sempre automtica esincronizada com o movimento do raspador.

    5.10.12Os decantadores devem ser dotados de remoohidrulica de lodo, com ou sem dispositivo mecnico dearraste, quando o lodo acumulado rico em matria orgnicano-estabilizada ou outras condies demonstrem ser adescarga hidrulica mais vantajosa do que a limpeza manual.

    5.10.13 Deve ser previsto destino para o lodo dosdecantadores, sujeito a disposies legais e aspectoseconmicos.

    5.11 Filtros lentos

    5.11.1So unidades destinadas a tratar guas tipo B, ouguas que, aps pr-tratamento, se enquadrem nas dessetipo.

    5.11.2A camada filtrante deve ser constituda de areia, comas seguintes caractersticas:

    a) espessura mnima de 0,90 m;

    b) tamanho efetivo de 0,25 a 0,35 mm;

    c) coeficiente de uniformidade menor que 3.

    5.11.3Na falta de areia no local, deve ser previsto tanquedestinado a lavagem de areia retirada dos filtros, dotado deextravasor, descarga de fundo e entrada de gua bruta e degua filtrada, sendo a areia lavada acumulada em local comcapacidade para o volume correspondente a duas retiradassucessivas.

    5.11.4A transio entre a camada filtrante e o sistema dedrenagem dos filtros deve ser feita atravs de camadasuporte, salvo com sistema drenante projetado de forma adispens-la.

    5.11.4.1A camada suporte, constituda de estratos comgranulometria decrescente, no sentido ascendente, deveter espessura mnima de 20 cm acima do sistema dedrenagem.

    5.11.4.2A granulometria do estrato que envolve o sistemade drenagem deve ser superior s aberturas do sistema e a

    do estrato adjacente camada filtrante deve ser capaz deimpedir a passagem dos gros mais finos desta.

    5.11.5O sistema de drenagem deve permitir que o filtro tra-balhe com taxa uniforme, evitando percolaes prefe-renciais.

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    5.11.6 Em filtro com taxa constante, a entrada deve ser feitapor meio de dispositivo que distribua a gua igualmente portodos os filtros.

    5.11.7Em filtro com taxa declinante, a entrada no deverestringir a vazo mxima observada com o filtro limpo,devendo porm, haver dispositivo de controle de vazo sua sada, que pode ser a vlvula de isolamento, desde queadequada ao controle de vazo.

    5.11.8A sada de gua filtrada deve ser feita de modo amanter sempre uma lmina lquida sobre a superfcie doleito filtrante.

    5.11.9A taxa de filtrao a ser adotada deve ser determinadapor experincias em filtro-piloto, em perodo superior aonecessrio para a ocorrncia de todas as variaes daqualidade da gua. No sendo possvel realizar essasexperincias, a taxa de filtrao no deve ser superior a6 m3/m2x dia.

    5.11.10 Devem ser previstos pelo menos dois filtrosfuncionando em paralelo.

    5.11.11Os filtros devem possuir dispositivo que permitaesgotar as primeiras guas filtradas, aps a remoo dasuperfcie da camada filtrante colmatada.

    5.12 Filtros rpidos

    5.12.1So unidades destinadas a remover partculas emsuspenso, em caso de a gua a tratar ser submetida aprocesso de coagulao, seguido ou no de decantao,ou quando comprovado que as partculas capazes de

    provocar turbidez indesejada possam ser removidas pelofiltro, sem necessidade de coagulao.

    5.12.2Os filtros podem ser de camada filtrante simples oudupla, de fluxo ascendente ou descendente, sendo os defluxo ascendente sempre de camada simples.

    5.12.2.1A camada filtrante simples deve ser constituda deareia, com espessura e caractersticas granulomtricasdeterminadas com base em ensaios em filtro-piloto; quandoos ensaios no so realizados, pode-se utilizar camadafiltrante com espessura mnima de 45 cm, tamanho efetivode 0,45 mm a 0,55 mm e coeficiente de uniformidade de 1,4a 1,6. Outras combinaes desses parmetros podem ser

    utilizadas, desde que demonstrado que a eficincia do filtrono menor que com a camada especificada acima.

    Nota: Em caso de filtro de fluxo ascendente, na falta de ensaiosem filtro-piloto, pode-se utilizar a camada filtrante com es-pessura mnima de 2,0 m, tamanho efetivo de 0,7 mm a 0,8mm e coeficiente de uniformidade inferior ou igual a 2.

    5.12.2.2A camada filtrante dupla deve ser constituda decamadas sobrepostas de areia e antracito, com espessurase caractersticas granulomtricas determinadas por ensaiosem filtro-piloto; quando os ensaios no so realizados, podeser utilizada a especificao bsica seguinte:

    a) areia:- espessura mnima da camada, 25 cm;

    - tamanho efetivo, de 0,40 mm a 0,45 mm;

    - coeficiente de uniformidade, de 1,4 a 1,6;

    b) antracito:

    - espessura mnima da camada, 45 cm;

    - tamanho efetivo, de 0,8 mm a 1,0 mm;

    - coeficiente de uniformidade, inferior ou igual a 1,4.

    Outras combinaes desses parmetros podem serutilizadas, desde que demonstrado que a eficincia do filtrono menor do que com as camadas especificadas acima.

    5.12.3A camada suporte deve ser constituda de seixosrolados, com as seguintes caractersticas:

    a) espessura mnima igual ou superior a duas vezes adistncia entre os bocais do fundo do filtro, pormno inferior a 25 cm;

    b) material distribudo em estratos com granulometriadecrescente no sentido ascendente, espessura decada estrato igual ou superior a duas vezes e meia adimenso caracterstica dos seixos maiores que oconstituem, no inferior, porm, a 5 cm;

    c) cada estrato deve ser formado por seixos de tama-nho mximo superior ou igual ao dobro do tamanhodos menores;

    d) os seixos maiores de um estrato devem ser iguaisou inferiores aos menores do estrato situado imedia-

    tamente abaixo;

    e) o estrato situado diretamente sobre os bocais deveser constitudo de material cujos seixos menorestenham o tamanho pelo menos igual ao dobro dosorifcios dos bocais e dimenso mnima de 1 cm;

    f) o estrato em contato direto com a camada filtrantedeve ter material de tamanho mnimo igual ou inferiorao tamanho mximo do material da camada filtranteadjacente.

    5.12.3.1A camada suporte em filtro de fluxo descendente

    pode ser prescindida, quando o sistema coletor de guafiltrada e distribuidor de gua de lavagem tem caractersticasadequadas para impedir a passagem do material filtranteatravs de suas aberturas; neste caso, a espessura mnimada camada filtrante de areia fixada em 5.12.2.1 e 5.12.2.2deve ser aumentada de altura igual a 1,5 vez o espaamentoexistente entre os bocais do sistema coletor.

    Nota: Em caso de filtro de fluxo ascendente, a espessura mnimada camada suporte deve ser de 0,40 m, sendo que cadaestrato deve ter a espessura mnima de 7,5 cm.

    5.12.4O fundo do filtro deve ter caractersticas geomtricas

    e hidrulicas que garantam a distribuio uniforme da guade lavagem.

    5.12.5A taxa de filtrao a ser adotada determinada pormeio de filtro-piloto operado com a gua a ser filtrada, comcamada filtrante igual dos filtros a serem construdos.

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    5.12.5.1No sendo possvel proceder a experincias emfiltro-piloto, as taxas mximas so as seguintes:

    a) para filtro de camada simples, 180 m3/m2x dia;

    b) para filtro de camada dupla, 360 m3/m2x dia.

    Nota: Em caso de filtros de fluxo ascendente, a taxa de filtraodeve ser de 120 m3/m2x dia.

    5.12.6O nvel de gua sobre a camada filtrante e o de sadado filtro so estabelecidos de modo a eliminar ou reduzir aocorrncia de presso inferior atmosfrica no leito filtrante.

    5.12.7A vazo de gua de lavagem em contracorrente devepromover a expanso do leito filtrante de 20% a 30%.

    5.12.7.1A vazo de gua de lavagem deve ser previamenteajustada, em cada filtro, por elemento diferencial de presso,que pode ser uma vlvula.

    5.12.8A lavagem de filtro de fluxo descendente deve sercomplementada por agitao auxiliar do material filtrante.

    5.12.8.1Em estaes com capacidade at 10000 m3/dia, aagitao pode ser feita manualmente com rastelo, ou com

    jato de gua, conforme estabelecido em 5.10.9.2.

    5.12.8.2 Em estaes com capacidade superior a10000 m3/dia, a agitao deve ser feita hidraulicamente, nacamada superficial do filtro, ou mediante a introduo de arcomprimido a partir do fundo.

    5.12.9A gua de lavagem deve ficar em reservatrio comcapacidade mnima para lavagem de dois filtros, excetopara sistema que utilize efluente de outras unidades.

    5.12.9.1 No dimensionamento do reservatrio, o tempomnimo de lavagem deve ser de 10 min e a velocidade delavagem a determinada conforme 5.12.7, no devendoser inferior a 60 cm/min.

    Nota: Em caso de filtro de fluxo ascendente, a velocidade mnimade lavagem deve ser de 80 cm/min e o tempo de lavagemmnimo, de 15 min.

    5.12.9.2Junto ao filtro deve existir indicao do nvel degua no reservatrio que mostre pelo menos os nveismximo, mdio e mnimo.

    5.12.10A gua de lavagem pode provir de reservatrioelevado situado em cota suficiente para garantir a lavagemem contracorrente.

    5.12.10.1O enchimento do reservatrio elevado deve serfeito automaticamente, por meio de bombas ou derivaesde linha de recalque. Em qualquer dos casos deve existir,instalada, uma bomba de reserva.

    5.12.10.2A vazo do sistema de recalque de gua para o

    reservatrio deve ser capaz de ench-lo em 60 min.

    5.12.10.3Em caso de bombas de recalque afogadas, acanalizao de gua para o reservatrio elevado pode serconectada diretamente linha que distribui gua de lavagempara os filtros. Em caso de bombas no-afogadas, a

    canalizao deve ser conectada diretamente ao reservatrioelevado, de forma a impedir que a gua de recarga atinjadiretamente a sada e facilitar o escape de ar porventuraaspirado pelas bombas.

    5.12.10.4A sada de gua de lavagem deve ser feita atravsde dispositivo capaz de evitar a formao de vrtice aonvel mnimo do reservatrio.

    5.12.11Em caso de lavagem por bombeamento direto, asbombas devem apresentar curva caracterstica que permitao ajuste da vazo de gua de lavagem.

    5.12.11.1 Essas bombas devem ser instaladasobrigatoriamente afogadas, de forma a impedir, em qualquercircunstncia e com toda a segurana, a ocorrncia devrtice e de cavitao.

    5.12.11.2A partida dessas bombas deve ser comandadamanualmente, no local de operao dos filtros.

    5.12.11.3 A canalizao de gua de lavagem deve serprojetada de modo a evitar ou reduzir a presena de ar.

    5.12.12A lavagem superficial pode ser feita por meio de umdos seguintes dispositivos:

    a) torniquetes dispostos de modo a cobrir o mximo derea filtrante; a presso de trabalho deve ser nomnimo de 0,3 MPa e a vazo de 20 L/min x m2;

    b) bocais fixos dotados de orifcios, instalados comespaamento entre 60 cm e 75 cm; o nmero e odimetro dos orifcios devem ser estabelecidos demodo que deles resultem a velocidade mnima de3,0 m/s, a vazo entre 80 e 160 L/min x m2, e osbocais instalados a uma distncia entre 5 cm e10 cm da superfcie do leito expandido;

    c) tubos horizontais espaados de 0,80 m a 1,00 m,com perfuraes separadas no sentido do compri-mento de, no mximo, 20 cm; a velocidade, a vazonos orifcios e a distncia dos tubos acima dasuperfcie do leito filtrante devem ser estabelecidasconforme a alnea b) desta seo.

    Nota: Os jatos de gua devem ter inclinao de aproximadamente

    15.

    5.12.13Em caso de agitao suplementar com ar, exige-sevazo de ar de 0,60 a 1,20 m3/min por metro quadrado derea do filtro e presso de trabalho suficiente para vencer aaltura da gua no interior do filtro mais as perdas de carganos condutos.

    5.12.14As calhas de coleta de gua de lavagem devem ter ofundo localizado acima e prximo do leito filtrante expandido.

    5.12.14.1O espaamento entre as bordas das calhas deveser no mnimo de 1,00 m e no mximo igual a seis vezes aaltura livre de gua acima do leito expandido, no devendo,entretanto, ser superior a 3,00 m.

    5.12.14.2A seo transversal das calhas deve ser simtricaem relao ao plano longitudinal que passa pelo seu eixo. Aparte inferior deve ter inclinao nos sentidos longitudinal etransversal, de modo a evitar depsito de material.

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    12 NBR 12216/1992

    5.12.15Filtro com uma dimenso em planta igual ou inferiora 3,00 m pode ter a gua de lavagem descarregadadiretamente em canal lateral, perpendicular a essa dimenso.

    5.12.15.1A borda do canal deve situar-se acima da camadafiltrante expandida, altura livre no inferior a 15% da

    dimenso do filtro perpendicular ao canal.

    5.12.16 admitida a reutilizao de gua de lavagem, desdeque submetida a pr-sedimentao e clorao intensa.

    5.12.17Na primeira etapa de construo, devem existir pelomenos duas unidades filtrantes, sendo desejvel o mnimode trs.

    5.12.17.1Em instalaes com rea filtrante total at 4 m2,admite-se a existncia de apenas uma unidade.

    5.12.18As paredes laterais dos filtros devem ser isentas desalincias na zona de expanso da camada filtrante.

    5.12.19No filtro, deve existir passadio para observao doleito filtrante.

    5.12.20Os comandos dos filtros devem estar situados emrea que permita o controle completo da operao.

    5.12.20.1A rea de operao deve ser coberta quando oequipamento assim o exija. Seu fechamento lateral deveficar condicionado a caractersticas climticas locais.

    5.12.21O funcionamento dos filtros deve ser controlado pormeio dos seguintes elementos:

    a) entrada de gua no filtro feita atravs de comporta,adufa, vlvula de gaveta ou vlvula-borboleta;

    b) sada de gua filtrada atravs de vlvula-borboletaou vlvula de gaveta, quando sua funo somentefechamento e abertura;

    c) entrada de gua de lavagem atravs de vlvula-borboleta com dispositivo de abertura lenta;

    d) entrada de gua para lavagem superficial atravs devlvula de gaveta ou vlvula de borboleta, caso haja

    controle de vazo;

    e) entrada de ar para agitao suplementar atravs devlvula de esfera ou vlvula de diafragma;

    f) sada de gua de lavagem atravs de comportas,adufas, vlvula de gaveta ou qualquer outro disposi-tivo de vedao.

    5.12.22A operao dos filtros deve ser controlada por meiodos seguintes elementos:

    a) dispositivos para medio de perda de carga;

    b) medidor de vazo, quando esta controlada sadados filtros;

    c) tomada de gua na sada de cada filtro, paradeterminao da turbidez.

    5.13 Interligao das unidades

    5.13.1A interligao das unidades pode ser feita por meiode condutos forados ou de condutos livres.

    5.13.2Os condutos com seo inferior a 0,50 m2devem ser

    constitudos de tubos pr-moldados de seo circular, salvoquando a unidade ou o processo exige conduto de seodiversa da circular ou moldado no local.

    5.13.3Os condutos livres ou canais podem ter a seo quemelhor se adapte aos processos aos quais esto vinculados.

    5.13.3.1Os canais de gua tratada devem ter coberturacontnua e impermeabilizada.

    5.13.3.2 Nos canais cobertos, devem existir inspeesconvenientemente espaadas, alm das localizadasprximas a elementos internos do canal, que exijam

    manuteno.

    5.13.3.3As inspees nas coberturas, especificadas em5.13.3.2, devem ser fechadas com tampas sanitariamenteseguras.

    5.13.4Os canais no-cobertos devem ser dispostos de modoa impedir a entrada de qualquer agente prejudicial qualidadeda gua transportada.

    5.13.5Canalizaes instaladas sob unidades no-remov-veis e em situao que torne impossvel sua inspeo de-vem ser de ferro fundido ou ao, revestidas internamente base de epxi e envoltas em concreto, para sua proteo.

    5.14 rgos de fechamento dos condutos

    5.14.1 Para fechamento de condutos livres e de suasderivaes, podem ser usadas comporta montada em guiascompletas permanentes, comporta livre, comportasegmentada, adufa, vlvula de gaveta ou vlvula-borboleta.

    5.14.1.1 Deve ser usada comporta montada em guiascompletas permanentes, em caso de operaes freqentese quando no interfiram com o trnsito de pessoas.

    5.14.1.2 Deve ser usada comporta livre, em caso deoperaes pouco freqentes, ou quando no possa serusada comporta montada em guias permanentes.

    5.14.1.3Deve ser usada comporta segmentada, em casode operaes pouco freqentes, ou quando sua localizaono permita a remoo ou movimentao de comporta livre.

    5.14.1.4A adufa deve ser usada em derivaes para condutolivre ou forado, instalada na face de montante.

    5.14.1.5A vlvula de gaveta deve ser usada para fechamento

    de derivaes a jusante, e em posio que no a tornepermanentemente submersa.

    5.14.1.6A vlvula-borboleta deve ser usada para fechamentode derivaes e regulagem de vazo, de modo que, depreferncia, no fique permanentemente submersa.

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    5.14.2 Para fechamento de condutos forados e suasderivaes, podem ser usadas vlvula-borboleta, vlvulade gaveta, vlvula de macho ou vlvula de diafragma.

    5.14.2.1 A vlvula-borboleta deve ser usada para ofechamento total ou parcial de condutos forados.

    5.14.2.2 A vlvula de gaveta deve ser usada para ofechamento total de condutos forados.

    5.14.2.3A vlvula de macho e a de diafragma devem serusadas em condies de funcionamento que tornemimprprio o uso de vlvula-borboleta.

    5.14.3As vlvulas, comportas e adufas devem ser instaladasem local que permita a sua fcil remoo.

    5.14.3.1No caso de vlvulas intercaladas em canalizaes,a sua remoo deve ser possvel sem necessidade de

    retirar mais de duas peas consecutivas.

    5.14.3.2O acesso a vlvulas e comportas instaladas nointerior de estruturas deve-se fazer atravs de inspeo,cujas dimenses permitam a sua passagem, sem que sejanecessrio desmont-las.

    5.14.3.3Em caso de remoo por elevao de pea commassa superior a 30 kg, a inspeo deve situar-sepreferencialmente sobre ela.

    5.14.3.4Canalizaes complexas devem ser organizadasde modo a facilitar a colocao de equipamentos de

    manuteno.

    5.14.4As comportas, adufas e vlvulas de gaveta, que,isoladamente ou formando conjunto,so operadas mais dedez vezes por ms, devem ser acionadas eletricamente oupor meio de sistema pneumtico ou hidropneumtico, sempreque o empuxo da gua atuante ultrapasse 2500 N, ou quandosua operao manual no possa fazer-se no mesmo localde trabalho de operaes concomitantes de outros rgos.

    5.14.5A vlvula-borboleta, operada mais de dez vezes porms, cujo torque para acionamento ultrapasse 100 N.m, ouquando sua operao manual no possa fazer-se no mesmo

    local de trabalho de operaes concomitantes de outrosrgos, deve ser acionada eletricamente ou por meio desistema pneumtico ou hidropneumtico.

    5.15 Casa de qumica

    5.15.1Casa de qumica a rea ou conjunto de dependnciasda ETA que cumpre as funes auxiliares, direta ouindiretamente ligadas ao processo de tratamento,necessrias sua perfeita operao, manuteno e controle.

    5.15.2As sees de 5.15 a 5.20.7 referem-se a projetos deuma casa de qumica completa, necessria a uma ETA que

    trate guas dos tipos C ou D.

    5.15.2.1Estaes que tratem guas dos tipos A e B podemter, como a casa de qumica, dependncias reduzidas esimplificadas, conforme a necessidade de cada processoespecfico.

    5.15.3Fazem parte da casa de qumica:

    a) depsito de produtos qumicos;

    b) locais para preparo dos produtos qumicos;

    c) locais para instalao dos dosadores de produtosqumicos e para carga dos dosadores a seco;

    d) laboratrio de controle operacional;

    e) centro de controle de operao;

    f) servios administrativos;

    g) servios auxiliares.

    5.15.3.1As partes constituintes da casa de qumica podemser agrupadas no mesmo edifcio ou, em casos especiais,em mais de um, impondo-se, em qualquer caso, disposio

    que atenda aos aspectos funcionais dos trabalhos deoperao e o inter-relacionamento das diferentes partes. Acirculao interna deve ser cuidada de modo a evitarpassagens obrigatrias atravs de recintos que devem serresguardados.

    5.15.3.2No permitido alojamento de pessoal na casa dequmica, ainda que em carter temporrio; sendo necessrioprover alojamento, este no pode ser ligado diretamente casa de qumica nem a qualquer parte da ETA.

    5.15.4O depsito de produtos qumicos deve ter o pisosituado preferencialmente 1,00 m acima da cota da rea deestacionamento dos carros transportadores, devendo serprevista uma plataforma com largura mnima de 1,50 m,destinada ao recebimento dos produtos qumicos.

    5.15.4.1Cada depsito deve ter porta com largura mnimade 1,20 m, de correr ou abrindo-se para o exterior da casade qumica.

    5.15.4.2A rea do depsito deve permitir o livre acessoentre as pilhas de sacarias, com ventilao conveniente,para evitar excesso de umidade.

    5.15.4.3O armazenamento de produtos ensacados, com autilizao de empilhadeiras mecnicas, possvel at a al-

    tura de 3,00 m. O empilhamento manual, at a altura de1,80 m.

    5.15.4.4Nos casos de depsitos situados externamente casa de qumica, a transferncia do produto armazenadodeve ser feita, mesmo em perodo chuvoso, sem prejuzopara o produto.

    5.15.5Os locais para preparo dos produtos qumicos dosadospor via mida devem situar-se prximos aos seus depsitos.

    5.15.6Os dosadores de produtos qumicos com a mesmafuno devem situar-se na mesma rea.

    5.15.6.1Os dosadores de cloro devem ser instalados emrecintos prprios.

    5.15.6.2Os dosadores devem ser instalados de modo apermitir a realizao de trabalhos de manuteno, sem quepara isso seja necessrio mover o equipamento.

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    5.15.6.3Canalizaes e dutos conectados aos dosadoresdevem ser dispostos de modo a resguardar sua integridadee no prejudicar a movimentao do pessoal.

    5.15.7Canalizaes, dutos, conexes, vlvulas e peasafins, em contato com produtos qumicos, devem ser dematerial resistente a estes produtos e no devem transmitirtoxicidade gua.

    5.15.7.1Os dutos e as canalizaes condutoras de produtosqumicos no devem ser embutidos em estruturas deconcreto e paredes, devendo ser encamisados, quandonecessrio ultrapass-las.

    5.15.7.2Os dutos e canalizaes condutores de produtosqumicos devem ter sempre inclinao, evitando-se tambmsifes.

    5.15.7.3As mudanas de direo de 90devem ser feitaspor meio de ts ou cruzetas, com inspeo operculada nas

    extremidades.

    5.15.8 O laboratrio deve situar-se prximo rea dedosagem.

    5.15.9Em caso de sistema centralizado de operao, pormeio de instrumentao e telecomando, este deve ficarlocalizado prximo rea de dosagem.

    5.15.10 Os equipamentos eletromecnicos devem serinstalados em reas a eles destinadas, bem definidas, e,quando possvel, agrupados em uma nica rea.

    5.15.10.1 As reas dos equipamentos eletromecnicosdevem ser protegidas contra inundao e poeira, ser secas,bem ventiladas e ter os equipamentos dispostos de forma afacilitar os trabalhos de operao e manuteno.

    5.15.11As dependncias mnimas da casa de qumica, paraestaes com capacidade inferior a 10000 m3/dia, so asseguintes:

    a) depsito de produtos qumicos;

    b) depsito de cloro;

    c) sala de dosagem;

    d) laboratrio com mesa para servios administrativose anotaes pertinentes operao;

    e) instalao sanitria com chuveiro.

    5.15.12 Em caso de estaes com capacidade acimade10000 m3/dia, as dependncias mnimas da casa dequmica so as seguintes:

    a) depsito de produtos qumicos;

    b) depsito de cloro;

    c) sala de dosagem;

    d) sala de dosagem de cloro;

    e) laboratrios;

    f) instalao sanitria com bacia e um lavatrio;

    g) instalao sanitria com duas bacias e chuveiroseparado, situados em rea com lavatrio e armrios;

    h) copa com rea de 8 m2, balco com pia e armrios e

    mesa para duas pessoas;i) local para manuteno de equipamentos com 15 m2

    de rea.

    5.16 Consumo de produtos qumicos

    5.16.1O consumo deve ser determinado por ensaios delaboratrio.

    5.16.1.1Para dimensionamento dos dosadores, caso osensaios no sejam realizados nas condies crticas,devem adotar-se, como mnimos, os seguintes fatores desegurana:

    a) guas de reservatrios de acumulao, 2,0;

    b) guas superficiais, 2,5;

    c) guas do tipo D, 3,0.

    5.16.2O consumo pode ser estimado por meio de dadosverificados em outras estaes com gua de caractersticassemelhantes.

    5.17 Utilizao de sulfato de alumnio

    5.17.1O sulfato de alumnio pode ser fornecido slido ou emsoluo. Quando slido, pode ser modo ou granulado,ensacado ou a granel, dependendo das condies locais.

    5.17.2Deve ser previsto o armazenamento de sulfato dealumnio suficiente para atender, pelo menos, a dez dias deconsumo mximo.

    5.17.2.1 Em estaes com capacidade inferior a10000 m3/dia, deve ser previsto armazenamento paraperodo mnimo de 30 dias.

    5.17.2.2 Em estaes situadas em locais distantes dos

    centros produtores de sulfato de alumnio, o armaze-namento deve levar em conta as dificuldades para comprae transporte do produto.

    5.17.2.3O armazenamento do sulfato de alumnio slido,necessrio a dez dias de consumo, deve ser feito em localseco, interno casa de qumica, isolado de pisos e paredese satisfazer s seguintes condies:

    a) em caso de fornecimento em sacos, estes devemser colocados sobre estrado de madeira;

    b) em caso de fornecimento a granel, o sulfato deveser armazenado em depsitos de material resisten-te corroso.

    5.17.2.4Estaes que exijam reas de armazenamento paraperodo de consumo superior a dez dias podem, obedecidosos critrios estabelecidos em 5.17.2.3, ter o armazenamentocomplementado em rea separada da casa de qumica.

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    5.17.2.5 O sulfato de alumnio em soluo deve serarmazenado em tanques localizados interna ouexternamente casa de qumica; neste ltimo caso, ostanques devem ser ligados casa de qumica ou ao pontode aplicao por meio de canalizaes instaladas de modoa facilitar os trabalhos de inspeo e manuteno.

    5.17.3A dosagem de sulfato por via seca permitida, quandoutilizados produtos livres de umidade e de p, com teor deacidez controlado, granulometria e demais caractersticasde qualidade uniforme, para todos os fornecimentos.

    5.17.4A forma normal de aplicao de sulfato de alumniodeve ser por via mida, procedendo-se para isso suadissoluo prvia, em caso de fornecimento sob formaslida.

    5.17.5Os tanques para dissoluo de sulfato de alumniodevem ter as seguintes caractersticas:

    a) volume til mnimo total correspondente ao sulfatonecessrio a 12 h de operao;

    b) nmero mnimo de tanques, 2;

    c) teor da soluo, mximo 10%, sendo necessriopreparar a soluo em concentrao superior a 10%;deve ser previsto um sistema de diluio controlada,antes da aplicao do sulfato;

    d) cochos para dissoluo de sulfato slido localiza-dos junto a uma das bordas do tanque e providos de

    chuveiro de gua de dissoluo;

    e) entrada adicional de gua com capacidade paraencher o tanque no mximo em 1 h;

    f) dispositivo de agitao para cada tanque;

    g) descarga de fundo com dimetro mnimo de 50 mm;

    h) sada de soluo colocada a 10 cm acima do fundodo tanque;

    i) piso, a partir do qual o sulfato de alumnio tomado

    para ser colocado nos cochos, situado de 0,80 m a0,90 m abaixo das bordas dos tanques.

    5.17.6Os tanques de dissoluo de sulfato de alumnio slidodevem ser localizados no interior da casa de qumica eprximos rea de armazenamento.

    5.17.7Quando conveniente, o sulfato de alumnio fornecidoem soluo pode ser rediludo antes da dosagem em tan-ques com caractersticas anlogas aos de 5.17.5, excetono que diz respeito ao cocho para colocao de sulfatoslido.

    5.17.8Os tanques de soluo de sulfato de alumnio devemser executados ou revestidos com material resistente corroso e no devem transmitir toxicidade gua.

    5.17.9Podem ser usados tanques de aduelas de madeira,quando instalados em locais cobertos.

    5.17.10A soluo de sulfato de alumnio deve chegar aodosador com a presso exigida para o seu perfeitofuncionamento.

    5.17.11Quando necessrio, deve ser mantida recirculaocontnua de soluo de sulfato de alumnio dos tanques aos

    dosadores com retorno para os tanques. As bombasutilizadas na recirculao devem ser instaladas junto aostanques com suco provida de ponto de gua de diluio.

    5.18 Utilizao da cal

    5.18.1A cal fornecida ensacada ou a granel. Normalmen-te, utiliza-se cal hidratada e, havendo disponibilidade local,pode ser utilizada a cal virgem.

    5.18.2Deve ser previsto armazenamento de cal suficientepara atender, pelo menos, a dez dias de consumo mximo.

    5.18.2.1 Em estaes com capacidade inferior a10000 m3/dia, deve ser previsto armazenamento para pe-rodo mnimo de 30 dias.

    5.18.2.2 Em estaes situadas em locais distantes doscentros produtores de cal, o armazenamento deve levar emconta as dificuldades para compra e transporte do produto.

    5.18.3O armazenamento de cal deve ser feito em local se-co e atendendo s seguintes condies:

    a) para cal hidratada:

    - se fornecida em sacos, estes devem ser coloca-dos sobre estrado de madeira;

    - se fornecida a granel, colocada em silos, depreferncia;

    - estaes de tratamento com capacidade inferior a10000 m3/dia podem ter rea para armazenamentode coagulante e de cal, em comum;

    b) para cal virgem:

    - o armazenamento deve ser feito em um recinto que

    oferea plena segurana contra a entrada deumidade;

    - o recinto deve ser construdo de material no-combustvel e a cal armazenada, isolada de qual-quer outro produto qumico.

    5.18.4Estaes que exijam reas de armazenamento paraperodo de consumo superior a dez dias, podem terarmazenamento complementado em rea separada da casade qumica.

    5.18.5A dosagem de cal hidratada por via seca deve ser

    feita por meio de dosadores gravimtricos e, somente emcaso de qualidade uniforme, por dosadores volumtricos,sendo que:

    a) o material dosado deve ser colocado em suspensoem gua, antes da sua aplicao;

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    b) existindo mais de um ponto de aplicao, a dosa-gem para os diferentes pontos pode ser feita pormeio de um nico dosador, desde que exista dispo-sitivo capaz de subdividir a suspenso em partesproporcionais s dosagens requeridas nos diferen-tes pontos.

    5.18.6Para dosagem por via mida, a cal hidratada deveser colocada em suspenso na gua e armazenada emtanques, sendo que:

    a) suficiente existir apenas um tanque especficopara preparar a suspenso;

    b) devem existir pelo menos dois tanques paraarmazenamento da suspenso;

    c) o preparo da suspenso pode ser feito diretamentenos tanques de armazenamento.

    5.18.7A cal virgem deve ser dosada aps sua extino, porvia mida, sob a forma de leite de cal ou de gua de cal. Emestaes com capacidade inferior a 10000 m3/dia, a calvirgem pode ser extinta em equipamento instalado na casade qumica.

    5.18.8O tanque para preparo de suspenso de leite de caldeve ter as seguintes caractersticas:

    a) volume til mnimo, em litros, igual a duas vezes opeso em quilogramas de cal, correspondente a umtanque de armazenamento;

    b) entrada de gua com capacidade para encher o

    tanque de preparo, no mximo em 10 min;

    c) sada da suspenso preparada feita por canaliza-o com dimetro mnimo de 75 mm, colocada apelo menos 5 cm acima do fundo do tanque. Logoaps a sada, deve existir dispositivo capaz de reterpartculas que possam causar prejuzos ao sistemade dosagem;

    d) piso, a partir do qual a cal tomada para ser colocadano tanque, situado de 0,80 a 0,90 m abaixo da borda;

    e) fundo com declividade mnima de 2%;

    f) descarga de fundo com dimetro mnimo de 75 mm;

    g) ser dotado de agitador com rotor situado a 0,20 macima do fundo e potncia entre 100 W/m3 e250 W/m3. O agitador deve operar com seguranapara qualquer nvel de suspenso no tanque.

    5.18.9Os tanques de armazenamento de leite de cal de-vem ter as seguintes caractersticas:

    a) volume til mnimo total correspondente ao neces-srio a 12 h de operao;

    b) nmero mnimo de tanques, 2;

    c) teor mximo de suspenso, 10%;

    d) ser dotado de agitador de eixo vertical com rotorsituado prximo ao fundo e potncia mnima de50 W/m3;

    e) fundo com declividade mnima de 2%;

    f) descarga de fundo com dimetro mnimo de 75 mm;

    g) sada da suspenso situada pelo menos a 5 cmacima do fundo do tanque.

    Nota: Em caso de preparo da suspenso diretamente no tanquede armazenamento, deve ser observado o previsto em5.18.8-d) e atendido o disposto em 5.18.8-g).

    5.18.10O tanque de preparo de suspenso ou os tanquespara seu armazenamento, quando o preparo feitodiretamente neles, devem ser localizados no interior da casade qumica, prximos rea de armazenamento de calhidratada.

    5.18.11 As canalizaes de leite de cal devem serdimensionadas para funcionar com a velocidade maiorpossvel, preferencialmente igual ou superior a 1,00 m/s,com dimetro mnimo de 40 mm e providas de pontos degua de diluio.

    5.18.12Quando necessrio, deve ser mantida recirculaocontnua de leite de cal dos tanques aos dosadores, comretorno para os tanques. As bombas utilizadas narecirculao devem ser instaladas junto aos tanques, comsuco provida de ponto de gua de diluio.

    5.18.13Quando a cal hidratada dosada sob forma de -gua de cal no so necessrios tanques de armazenamen-to, devendo existir pelo menos dois saturadores de cal.

    5.18.14 Os saturadores de cal devem apresentar as

    seguintes caractersticas:

    a) dimenses que permitam soluo saturada de calpermanecer sempre com teor de Ca(OH)2em tornode 1700 mg/L;

    b) formato e dispositivos de entrada de gua e sadade soluo adequados, para que se consiga fluxouniforme de soluo saturada;

    c) sistema que permita medir a vazo efluente;

    d) dispositivo de preciso, independente do de parada,para controle da vazo afluente;

    e) descarga com dimetro mnimo de 50 mm;

    f) piso, a partir do qual a cal tomada para ser colocadano saturador, situado de 0,80 m a 0,90 m abaixo daborda;

    g) serem equipados com agitadores para homogeneizara soluo, antes do incio da operao, quando assuas dimenses assim o exigirem.

    5.19 Utilizao de cloro

    5.19.1O cloro fornecido em cilindros, podendo ser utilizadoem estado lquido ou gasoso.

    5.19.2O consumo de cloro necessrio para desinfeco dagua estimado em 5 mg/L, com o mnimo de 1 mg/L; paraoxidao e preparo de compostos, estimado de acordocom a necessidade do tratamento.

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    5.19.3Em instalaes com consumo superior a 50 kg/dia,deve-se prever a utilizao do cloro em cilindros de 1 t edispositivo para sua movimentao em condies desegurana.

    5.19.4O depsito para armazenamento de cloro deve sersuficiente para atender a pelo menos dez dias de consumomximo.

    5.19.4.1 Em estaes com capacidade inferior a10000 m3/dia, deve ser previsto armazenamento paraperodo mnimo de 30 dias.

    5.19.4.2 Em estaes situadas em locais distantes doscentros produtores de cloro, o armazenamento deve levarem conta as dificuldades para compra e transporte doproduto.

    5.19.5Em instalaes com consumo de at 50 kg/dia, oscilindros e os aparelhos cloradores podem ser instalados

    na mesma rea. Em instalaes de maior consumo, devemser instalados em reas separadas.

    5.19.6Os depsitos devem ser cobertos; se fechados comparedes em sua volta, devem ser ventilados, sendo que:

    a) deve haver ventilao natural por meio de aberturasat o piso;

    b) alm da ventilao natural, deve haver ventilaoforada, produzida por exaustor ou insuflador dis-posto de modo a obrigar o ar a atravessar, rente aopiso, todo o ambiente a ser ventilado e com capaci-dade para renovar todo o ar do recinto no tempomximo de 4 min;

    c) as chaves ou interruptores dos aparelhos devemficar do lado de fora do recinto;

    d) as sadas de ventilao devem ser localizadas demodo a dissipar, para o lado externo da casa dequmica, eventuais vazamentos de cloro; a dissipa-o no pode incidir sobre a ventilao de outrasreas nem sobre reas externas confinadas, mes-mo que parcialmente;

    e) os cilindros devem ser protegidos da incidncia direta

    da luz solar.

    5.19.7A rea de localizao dos aparelhos cloradores devecontar com os meios de segurana previstos para a sala dearmazenamento de cloro.

    5.19.8A rea de armazenamento de cloro e a de instalaodos cloradores devem ter portas abrindo para fora, com aspartes superiores envidraadas e dotadas de abertura deventilao sobre o prtico.

    5.19.9Os cilindros de cloro de 1 t devem ser armazenadosou utilizados na posio horizontal, em uma s camada,fixados por meios adequados, sendo de 0,20 m oespaamento mnimo entre cilindros e 1,0 m a largura mnimada passagem de circulao.

    5.19.10Os cilindros com capacidade at 75 kg de clorodevem ser armazenados ou utilizados na posio vertical,diretamente sobre a superfcie de apoio.

    5.19.11O controle da quantidade de cloro disponvel deveser feita por pesagem contnua ou por dispositivo indicadorda presso dos cilindros em uso.

    5.19.12As reas utilizadas para depsito ou dosagem decloro devem contar somente com equipamentos e produtosqumicos relacionados com a clorao.

    5.19.13O uso da cal clorada ou do hipoclorito de sdio deveficar restrito a estaes com capacidade inferior a10000 m3/dia ou quando demonstrado que seu uso maisvantajoso do que o de cloro gasoso.

    5.19.14O armazenamento de cal clorada ou hipoclorito desdio deve ser feito em local coberto, ventilado, seco eisento de materiais combustveis.

    5.19.15A cal clorada deve ser dissolvida previamente emgua, para ser dosada por via mida, sendo que:

    a) a concentrao mxima de cal clorada na soluodeve ser inferior a 10%;

    b) devem existir dois tanques de dissoluo comcapacidade individual mnima para 12 h de opera-o.

    5.19.16O hipoclorito de sdio pode ser utilizado diretamentedo recipiente em que transportado.

    5.20 Laboratrio

    5.20.1O laboratrio a rea ou dependncia da ETA quetem a funo de controlar e acompanhar a eficincia dotratamento, atravs de anlises e ensaios fsicos, qumicose bacteriolgicos.

    5.20.1.1No dimensionamento das instalaes mnimas dolaboratrio, deve-se considerar a existncia ou no de umlaboratrio central ou regional que controle a qualidade fsica,qumica e bacteriolgica de diversas estaes de tratamento.

    5.20.1.2Em estaes com capacidade igual ou superior a10000 m3/dia, deve ser prevista, obrigatoriamente, rea paralaboratrio de bacteriologia. Em estaes com capacidadeinferior, essa gua pode ser dispensada, desde que existao laboratrio de que trata 5.20.1.1 e haja condies de fcil

    comunicao deste com a ETA.

    5.20.1.3As anlises e os ensaios fsicos e qumicos que, nomnimo, o laboratrio deve realizar compreendem pH,alcanilidade, turbidez, cor, cloro, flor, alumnio residual ecoagulao.

    5.20.2A rea mnima do laboratrio deve ser de:

    a) 8 m2, para estaes com capacidade inferior a10000 m3/dia e dispensadas da realizao de ensai-os bacteriolgicos, conforme 5.20.1.1; neste caso, olaboratrio pode ser localizado na prpria sala dedosagem, desde que isenta de p ou vapores cidos;

    b) 12 m2, para estaes com capacidade inferior a10000 m3/dia e obrigadas realizao de anlisesbacteriolgicas, conforme 5.20.1.1; neste caso, olaboratrio deve constituir compartimento indepen-dente, porm prximo da sala de dosagem;

    Cpia no autorizada

  • 8/11/2019 NBR 12216 92 - Projeto de Estao de Tratamento de gua Para (1)

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    18 NBR 12216/1992

    5.21.1Devem existir guarda-corpos de proteo em locaisde circulao com altura superior a 2,0 m, locais com al-tura menor porm potencialmente perigosos em casos dequeda (canais com gua em grande velocidade e ao redorde filtros) e em tanques com profundidade de gua superiora 1,5 m.

    5.21.1.1Os guarda-corpos devem ser construdos de mate-rial rgido, capaz de resistir ao esforo horizontal de800 N/m aplicado no ponto mais desfavorvel, e ter alturamnima de 0,90 m acima do nvel do piso.

    5.21.1.2Em estaes passveis de visitao pblica, aspartes vazadas dos guarda-corpos devem ser protegidas.

    5.21.1.3Os espaos livres, deixados nos guarda-corpospara a instalao de escadas de mo, devem ser fechadospor uma corrente com gancho de mola.

    5.21.2 Os locais de trabalho no devem ter piso comsalincias ou depresses que possam causar acidentesdurante a circulao de pessoas ou movimentao demateriais.

    5.21.2.1Pisos, escadas, rampas, corredores e passadios,que ofeream condies de escorregamento, devem serde material antiderrapante ou executados por processo comresultados semelhantes.

    5.21.2.2Os pisos e os passadios devem ter as aberturasprotegidas por grades metlicas, para impedir acidentescom pessoas ou a passagem de objetos que ponham emrisco a segurana das instalaes.

    5.21.3Os locais de circulao eventual, como reservatrioelevado, situados em alturas iguais ou superiores a 4,00 m,e as estruturas de circulao tambm eventual, situadasabaixo do nvel do solo, a profundidades iguais ou superioresa 1,20 m, devem ser providos de, no mnimo, escada demo fixa, tipo marinheiro.

    5.21.3.1As escadas devem ser fixadas no topo, na base e,no mximo, a cada 3,0 m. Escadas com altura igual ousuperior a 6,0 m devem ser providas de gaiolas de proteo,desde 2,0 m acima do piso at 1,0 m acima do ltimo degrau.Devem ser instaladas plataformas intermedirias para cadalance de 9,0 m.

    5.21.3.2Os degraus devem ter espaamento uniforme de,no mximo, 30 cm em toda a altura da escada; o comprimentomnimo do degrau deve ser de 40 cm e o espao livre atrsda escada no inferior a 18 cm.

    5.21.4Os locais em que possam ocorrer pingos ou respin-gos de produtos qumicos devem contar com chuveiro deemergncia. Um lava-olhos deve ser includo na instalao,especialmente onde se trabalha com cidos ou lca-lis fortes.

    5.21.5 As mquinas e os equipamentos devem ter astransmisses de fora enclausuradas em sua estrutura oudevidamente isoladas por protetores adequados que devem

    ser fixados firmemente mquina, ao equipamento, ao pisoou a qualquer outra parte fixa, por dispositivo que, em casode necessidade, permita a sua retirada e recolocaoimediata.

    c) 16 m2, para estaes com capacidade igual ousuperior a 10000 m3/dia.

    5.20.3O p-direito mnimo deve ser de 3,0 m, com paredesinternas revestidas prova de umidade, o piso impermevele dotado de ralo.

    5.20.4 O laboratrio deve ser iluminado e ventilado, compreviso para:

    a) em caso de iluminao e ventilao naturais, aber-turas para reas externas casa de qumica, comrea mnima de 25% da rea do piso, dotadas dedispositivos que impeam a incidncia de raiossolares e chuva em seu interior;

    b) em caso de iluminao artificial, garantia deiluminamento mnimo de 250 lux, para trabalhoscorrentes, e 500 lux, para anlises, preparao dereagentes e leituras de instrumentos;

    c) composio de lmpadas com irradiao semelhan-te da luz solar.

    5.20.5As bancadas dos laboratrios devem ter 0,90 m dealtura e no mnimo 0,60 m de profundidade. O comprimentomnimo deve ser de 5,0 m, para estaes com capacidadeinferior a 10000 m3/dia e de 10,0 m, para estaes comcapacidade igual ou superior a 10000 m3/dia.

    5.20.5.1O espao livre entre bancadas deve ser igual ousuperior a 1,40 m.

    5.20.5.2Sob as bancadas devem ser previstos armriosmodulados, com rea frontal mnima de 4,0 m2, paraestaes com capacidade inferior a 10000 m3/dia, e com8,0 m2, para estaes com capacidade igual ou superior a10000 m3/dia.

    5.20.5.3As bancadas, para estaes com capacidade in-ferior a 10000 m3/dia, devem ter pelo menos uma pia comcuba de ao inoxidvel medindo 0,50 m x 0,40 m x 0,40 m;estaes com capacidade igual ou superior a 10000 m3/diadevem ter pelo menos duas destas pias.

    5.20.6Os pontos de utilidades (energia eltrica, gs, vcuo,

    gua e esgoto) devem ser bem definidos, em funo dosequipamentos previstos; as linhas de alimentao no devemser embutidas em paredes, piso ou teto.

    5.20.7 Recomenda-se relacionar no projeto da ETA,devidamente especificados, os equipamentos e as vidrariasnecessrios execuo das anlises previstas para olaboratrio.

    5.21 Segurana

    As condies mnimas de higiene e segurana do trabalhoapresentadas a seguir, complementadas pelas normas

    brasileiras e de outras instituies nacionais e internacionais,devem ser observadas no projeto da ETA, visando a eliminarriscos de acidentes na operao de equipamentos,mquinas, circuitos eltricos e circulao de pessoal.

    Cpia no autorizada