nbr 12207 - 1992 - projeto de interceptores de esgoto sanitário

Upload: livia-paiva

Post on 05-Apr-2018

788 views

Category:

Documents


43 download

TRANSCRIPT

  • 7/31/2019 NBR 12207 - 1992 - Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitrio

    1/3

    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 28 andarCEP 20003-900 Caixa Postal 1680Rio de Janeiro RJTel.: PABX (21) 210-3122Fax: (21) 220-1762/220-6436Endereo eletrnico:www.abnt.org.br

    ABNT AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    Copyright 1992,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/ Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    ABR 1992 NBR 12207Projeto de interceptores de esgotosanitrio

    Procedimento

    Origem: Projeto 2:09.27-003/1989ABNT/CB-02 - Comit Brasileiro de Construo CivilCE-2:09.27 - Comisso de Estudo de Projetos de Sistemas de Esgoto SanitrioNBR 12207 - Sewerage system - Design of sewers intercepting - ProcedureEsta Norma substitui a NB-568/1975Reimpresso da NB-568, de NOV 1989

    Palavras-chave:Esgoto sanitrio. Projeto. Interceptor 3 pginas

    1 Objetivo

    Esta Norma fixa as condies exigveis para a elaborao de projeto hidrulico sanitrio de interceptores de esgoto sa-nitrio, observada a regulamentao especfica das entidades responsveis pelo planejamento e desenvolvimento do sis-tema de esgoto sanitrio.

    2 Documentos complementares

    Na aplicao desta Norma necessrio consultar:

    NBR 9648 - Estudo de concepo de sistemas de esgoto sanitrio - Procedimento

    NBR 9649 - Projeto de redes coletoras de esgoto sanitrio - Procedimento

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma so adotadas as definies de 3.1 a 3.3.

    3.1 Interceptor

    Canalizao cuja funo precpua receber e transportar o esgoto sanitrio coletado, caracterizada pela defasagem dascontribuies, da qual resulta o amortecimento das vazes mximas.3.2 rgos complementares

    Estaes elevatrias, extravasores e outros dispositivos ou instalaes permanentes incorporados ao interceptor.

    3.3 Contribuio de tempo seco

    Descarga de cursos dgua ou do sistema de drenagem superficial recebida no sistema de esgoto sanitrio, no includasas guas de precipitao pluvial na bacia correspondente.

    4 Condies gerais

    4.1 Requisitos4.1.1 Relatrio do estudo de concepo, elaborado conforme a NBR 9648 e relatrios de projeto das redes coletoras aflu-entes, elaborados conforme a NBR 9649.

    4.1.2 Levantamento topogrfico planialtimtrico, com curvas de nvel de metro em metro e pontos intermedirios cotadosnas depresses e pontos altos, da faixa necessria ao projeto do interceptor, em escala mnima de 1:1000.

    4.1.3 Levantamento cadastral de interferncias, acidentes e obstculos, tanto superficiais como subterrneos, na faixa dadiretriz provvel do interceptor.

    4.1.4 Sondagens de reconhecimento da natureza do terreno e nveis do lenol fretico ao longo da diretriz provvel dointerceptor.

    Cpia no autorizada

  • 7/31/2019 NBR 12207 - 1992 - Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitrio

    2/3

    NBR 12207/19922

    4.2 Atividades

    4.2.1 Avaliao das vazes

    4.2.1.1Para cada trecho do interceptor devem ser estimadas as vazes inicial e final, sendo:

    a) Qi, n = vazo inicial do trecho n;

    b) Qi, n = Qi, n - 1 + Qi onde Qi = vazo inicial a jusante do ltimo trecho de uma rede afluente ao PV de montantedo trecho n, calculada conforme critrio da NBR 9649;

    c) Qf, n = vazo final do trecho n;

    d) Qf, n = Qf, n - 1 + Qf onde Qf = vazo final a jusante do ltimo trecho de uma rede afluente ao PV de montante dotrecho n, calculada conforme critrio da NBR 9649;

    4.2.1.2Para a avaliao das vazes do trecho final do interceptor, pode ser considerada a defasagem das vazes dasredes afluentes a montante, mediante a composio dos respectivos hidrogramas com as vazes dos trechos imediata-mente anteriores. Este procedimento recomendado no caso de interceptor afluente estao elevatria ou ETE, quandoo amortecimento das vazes resulta em diminuio no dimensionamento hidrulico destas instalaes.

    4.2.1.3 As populaes ou as reas edificadas contribuintes a considerar na avaliao da vazo final devem ser as do al-cance do projeto.

    4.2.1.4A contribuio de tempo seco lanada ao interceptor, permanente ou temporariamente, deve ser adicionada vazo inicial e, quando for o caso, vazo final.

    4.2.1.5A contribuio pluvial parasitria deve ser adicionada vazo final para a anlise de funcionamento e para o di-mensionamento dos extravasores.

    4.2.1.6A contribuio pluvial parasitria deve ser determinada com base em medies, locais. Inexistindo tais medies,pode ser adotada uma taxa cujo valor deve ser justificado e que no deve superar 6 L/s.km de coletor contribuinte ao tre-cho em estudo.

    4.2.2 Diretriz definitiva

    4.2.2.1O traado do interceptor deve ser constitudo por trechos retos em planta e em perfil. Em casos especiais explicita-mente justificados, podem ser empregados trechos curvos em planta.

    4.2.2.2O ngulo mximo de deflexo em planta entre trechos adjacentes deve ser de 30 o; ngulos maiores devem ser jus-tificados tcnica e economicamente.

    4.2.3 Dimensionamento hidrulico

    4.2.3.1O regime de escoamento no interceptor gradualmente variado e no-uniforme. Para o dimensionamentohidrulico, o regime de escoamento pode ser considerado permanente e uniforme.

    4.2.3.2Cada trecho do interceptor deve ser dimensionado para a vazo final avaliada pela forma prescrita em 4.2.1 everificado pelo critrio de tenso trativa mdia, de valor mnimo t = 1,0 Pa, conforme a NBR 9649.

    4.2.3.3No caso de lanamento de contribuio de tempo seco ao interceptor, o valor mnimo da tenso trativa mdia deveser de 1,5 Pa para a vazo inicial e coeficiente de Manning n = 0,013. A declividade que satisfaz esta condio pode sercalculada pela expresso aproximada:

    Io mn. = 0,00035 . Qi-0,47

    , sendo I o mn. em m/m e Qi em m3

    /s4.2.3.4Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de tenso trativa mdia e declividade mnima a adotardevem ser justificados.

    4.2.4 Anlise de funcionamento

    Aps o dimensionamento dos trechos, deve-se proceder verificao do comportamento hidrulico do interceptor e deseus rgos complementares, para as condies de vazo final acrescida da vazo de contribuio pluvial parasitria.

    4.2.5 Relatrio de apresentao do projeto

    Deve conter o seguinte:

    a) apreciao comparativa em relao s diretrizes da concepo bsica;

    b) memria da avaliao de vazes, do dimensionamento e da anlise de funcionamento;

    c) memria do dimensionamento dos rgos complementares;

    d) aspectos construtivos;

    e) especificaes de materiais, servios e equipamentos;

    Cpia no autorizada

  • 7/31/2019 NBR 12207 - 1992 - Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitrio

    3/3

    NBR 12207/1992 3

    f) oramentos;

    g) aspectos de operao e manuteno;

    h) desenhos.

    5 Condies especficas

    5.1 Os efeitos de agitao excessiva devem ser sempre evitados, no sendo permitidos degraus e alargamentos bruscos;quando necessrio, devem ser projetados dispositivos especiais de dissipao de energia e estudadas a formao desulfetos, suas conseqncias, medidas de proteo do conduto e a utilizao de materiais resistentes sua ao.

    5.2 Trecho com grande declividade (escoamento supercrtico) deve ser interligado ao de baixa declividade (escoamentosubcrtico) por um segmento de transio com declividade crtica para a vazo inicial.

    5.3 As ligaes ao interceptor devem ser sempre atravs de dispositivo especialmente projetado para evitar conflito delinhas de fluxo e diferena de cotas de que resulte agitao excessiva.

    5.4 A distncia mxima entre poos de visita deve ser limitada pelo alcance dos meios de desobstruo a serem uti-lizados.

    5.5 Ao longo do interceptor devem ser dispostos extravasores com capacidade conjunta que permita o escoamento da va-zo final relativa ao ltimo trecho, observadas as prescries de 4.2.1.5 e 5.6. Nos extravasores deve ser previsto dis-positivo para evitar refluxo.

    5.6 No caso de uso de extravasores ao longo do interceptor, devem ser estudados meios capazes de minimizar e mesmoeliminar a contribuio pluvial parasitria. Alternativamente as instalaes finais devem ser dimensionadas para a ca-pacidade total do sistema, acrescida da contribuio pluvial parasitria total ou parcial, conforme indicar o estudo de ex-travaso.

    5.7 A admisso da contribuio de tempo seco no interceptor deve ser atravs de dispositivo que evite a entrada de ma-terial grosseiro, detritos e areia.

    5.7.1 O dispositivo de admisso de gua no interceptor deve limitar esta contribuio, de modo a no superar 20% da va-zo final do trecho a jusante do ponto de admisso.

    5.7.2 Este dispositivo deve permitir a supresso temporria ou definitiva da contribuio.

    _________________

    Cpia no autorizada