nbr 10897 - proteção contra incêndio por chuveiros automáticos

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Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 2000, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados \ICS ABRIL/2006 NBR 10897 Proteção contra incêndio por chuveiros automáticos Origem: NBR 10897:1990 e NFPA 13:1999 CB 24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio CE 24:302.02 Fire protection - Automatic sprinkler systems - Installation – Procedure Descriptors: Automatic sprinkler - Fire extinction Esta Norma foi baseada na(s) NFPA 13:1999 Esta Norma cancela e substituí a(s) NBR 10897:1990 Palavra(s)-chave: Chuveiro automático. Extinção de incêndio 90 páginas Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Condições gerais 5 Componentes e materiais 6 Requisitos dos sistemas 7 Requisitos de instalação 8 Métodos de cálculos 9 Plantas e cálculos 10 Aceitação de sistemas ANEXOS A Classificação das ocupações – Exemplos B Abastecimento de Água para Sistemas de Chuveiros C Inspeção rotineira e manutenção de sistema de chuveiros Prefácio A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados.

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Page 1: NBR 10897 - Proteção contra incêndio por chuveiros automáticos

Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Copyright © 2000, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados

\ICS ABRIL/2006 NBR 10897

Proteção contra incêndio por chuveiros automáticos

Origem: NBR 10897:1990 e NFPA 13:1999 CB 24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio CE 24:302.02 Fire protection - Automatic sprinkler systems - Installation – Procedure Descriptors: Automatic sprinkler - Fire extinction Esta Norma foi baseada na(s) NFPA 13:1999 Esta Norma cancela e substituí a(s) NBR 10897:1990

Palavra(s)-chave: Chuveiro automático. Extinção de incêndio 90 páginas

Sumário

Prefácio

1 Objetivo

2 Referências normativas

3 Definições

4 Condições gerais

5 Componentes e materiais

6 Requisitos dos sistemas

7 Requisitos de instalação

8 Métodos de cálculos

9 Plantas e cálculos

10 Aceitação de sistemas

ANEXOS

A Classificação das ocupações – Exemplos

B Abastecimento de Água para Sistemas de Chuveiros

C Inspeção rotineira e manutenção de sistema de chuveiros

Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados.

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Esta norma contém os anexos A e C de caráter informativo, e Anexo B de caráter normativo.

1 Objetivo

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para projeto e instalação de chuveiros automáticos, incluindo as características de suprimento de água, seleção de chuveiros automáticos, conexões, tubos, válvulas e todos os materiais e acessórios envolvidos em instalações prediais. Esta norma não é aplicável ao projeto e instalação de chuveiros automáticos em áreas de armazenagem nem em áreas de riscos especiais.

Nenhum dos requisitos desta Norma é intencionado a restringir o desenvolvimento, ou a utilização de novas tecnologias ou medidas alternativas, desde que estas não diminuam o nível de segurança estabelecido.

2 Referência normativa

Quando citadas neste documento, as normas a seguir devem ser consideradas parte integrante do mesmo. A edição indicada na lista a seguir é a vigente no momento da preparação deste documento. Como todas as normas estão sujeitas a revisão, recomenda-se o uso da edição mais recente. A ABNT pode fornecer informações sobre normas em vigor em um dado momento.

NBR NM ISO 7-1:2000 - Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca - Parte 1: Dimensões, tolerâncias e designação;

NBR 5410:2004 - Instalações elétricas de baixa tensão - Procedimento;

NBR 5647-1:2004 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 - Parte 1: Requisitos gerais;

NBR 5647-2:1999 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 - Parte 2: Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 1,0 Mpa;

NBR 5647-3:1999 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 - Parte 3: Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 0,75 Mpa;

NBR 5647-4:1999 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 - Parte 4: Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 0,60 Mpa;

NBR 5580:2002 – Tubos de aço-carbono para usos comuns na condução de fluidos - Especificação;

NBR 5883:1982 - Solda branda – Especificação;

NBR 5590:1995 - Tubos de aço-carbono com ou sem costura, pretos ou galvanizados por imersão a quente, para condução de fluidos - Especificação;

NBR 6125: 1992 - Chuveiros automáticos para extinção de incêndio - Método de Ensaio;

NBR 6135: 1992 - Chuveiros automáticos para extinção de incêndio - Especificação;

NBR 6401/80 - Instalações de centrais de ar condicionado para conforto. Parâmetros básicos de projeto - Procedimento;

NBR 6925: 1995 - Conexão de ferro fundido maleável classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação - Especificação;

NBR 6943:2000 - Conexões de ferro fundido maleável, com rosca NBR NM-ISO 7-1, para tubulações - Especificação;

NBR 7663: 1991 - Tubo de ferro fundido dúctil centrifugado, para canalizações sob pressão - Especificação;

NBR 7669/82 - Conexões de ferro fundido cinzento - Padronização;

NBR 7674: 1982 - Junta elástica para tubos e conexões de ferro fundido dúctil - Especificação;

NBR 7675: 1988 - Conexões de ferro fundido dúctil - Especificação;

NBR 7677/82 - Junta mecânica para conexões de ferro fundido dúctil - Especificação;

NBR 9441/98 - Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio - Procedimento;

NBR 10898/99 - Sistema de iluminação de emergência - Procedimento;

NBR 11720: 1994 - Conexões para unir tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar - Especificação;

NBR 11836/92 - Detectores automáticos de fumaça para proteção contra incêndio - Especificação;

NBR 12693/93 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio - Procedimento;

NBR 12912: 1993 - Rosca NPT para tubos – Dimensões;

NBR 13206: 2004 - Tubo de cobre leve, médio e pesado sem costura, para condução de água e outros fluidos - Requisitos;

24:302.04-001/94 - Instalações hidráulicas contra incêndio, sob comando hidrantes e mangotinhos - Procedimento;

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ANSI/NFPA 11A/1999 - Standard for medium and high expansion foam systems;

ANSI/NFPA 13/1999 - Standard for the installation of chuveiro automático systems;

ANSI/NFPA 24/2002 - Standard for the installation of private fire service mains and their appurtenances;

ANSI/NFPA 25/2002 - Standard for the Inspection, Testing, and Maintenance of Water-Based Fire Protection Systems;

ANSI/NFPA 30/2003 - Flammable and combustible liquids code;

ANSI/NFPA 51B/2003 - Standard for Fire Prevention During Welding, Cutting, and Other Hot Work;

ANSI/NFPA 58/2004 – Liquefied Petroleum Gas Code;

ANSI/NFPA 80A/2001 - Recomended practice for protection of buildings from exterior fire exposure;

ANSI/NFPA 88B/1997 - Standard for repair garages;

ANSI/NFPA 91/2004 - Standard for Exhaust Systems for Air Conveying of Vapors, Gases, Mists, and Noncombustible Particulate Solids;

ANSI/NFPA 204/2002 - Standard for smoke and heat venting;

ANSI/NFPA 505/2002 - Fire Safety Standard for Powered Industrial Trucks Including Type Designations, Areas of Use, Conversions, Maintenance, and Operation;

ANSI/NFPA 600/2000 – Standard on Industrial Fire Brigades;

ANSI/NFPA 601/2000 - Standard for security services in fire loss prevention;

ANSI/UL 1821-2003 – Thermoplastic Sprinkler Pipe and Fittings for Fire Protection Service;

ASTM F 437-99 Standard Specification for Threaded Chlorinated Poly(Vinyl Chloride) (CPVC) Plastic Pipe Fittings, Schedule 80;

ASTM F 438-02 Standard Specification for Socket-Type Chlorinated Poly(Vinyl Chloride) (CPVC) Plastic Pipe Fittings, Schedule 40;

ASTM F 439-02 Standard Specification for Chlorinated Poly(Vinyl Chloride) (CPVC) Plastic Pipe Fittings, Schedule 80;

ASTM F 442-99 Standard Specification for Chlorinated Poly(Vinyl Chloride) (CPVC) Plastic Pipe (SDR-PR);

AWS B2.1, Specification for Qualification of Welding Procedures and Welders for Piping and Tubing;

3 Definições

Para efeitos desta Norma são adotadas as definições de :

3.1 aprovado: Aceito pela autoridade competente

3.2 autoridade competente: Órgão, repartição pública ou privada, pessoa jurídica ou física investida de autoridade pela legislação vigente para examinar, aprovar, autorizar ou fiscalizar as instalações de combate a incêndio, baseada em legislação específica local.

3.3 compartimento: Um espaço completamente enclausurado por paredes e teto. O compartimento pode ter aberturas para um espaço vizinho desde que a distância da verga da abertura seja no mínimo 200 mm.

3.4 controle de incêndio: Limitação do tamanho de um incêndio pela descarga de água, de modo a reduzir a taxa de liberação de calor e pré-umedecer materiais combustíveis adjacentes e controlar a temperatura dos gases no teto para evitar danos estruturais.

3.5 dobramento de tubo: toda e qualquer ação que implique na alteração permanente da linearidade original do tubo.

3.6 extinção ou supressão de incêndio: Redução drástica da taxa de liberação de calor de um incêndio e prevenção de seu ressurgimento pela aplicação direta de quantidade suficiente de água através da coluna de gases ascendentes gerados pelo fogo até atingir a superfície incendiada do material combustível.

3.7 forro de painéis fusíveis: Um tipo de forro instalado sob o sistema de chuveiros, composto por painéis (testados e aprovados) sensíveis ao calor, translúcidos ou opacos, que se desprendem de seu suporte e caem ao chão quando expostos ao calor.

3.8 material de combustibilidade limitada: Um material de construção que não atende à definição de material incombustível, ou seja, tem um valor de calor potencial de no máximo 8140 kJ/kg (ver NFPA 359, Standard Test Method for Potential Heat of Building Materials),e atende aos itens (a) ou (b): Materiais sujeitos a aumento de combustibilidade ou de

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velocidade de propagação de chama acima dos limites aqui estabelecidos, seja por tempo de uso, umidade ou outras condições atmosféricas, devem ser considerados materiais combustíveis.

a) Materiais que tenham base estrutural feita de material incombustível e uma camada superior de espessura máxima de 3,2 mm com velocidade de propagação de chama de no máximo 50.

b) Materiais, na forma e espessura utilizadas, que não atendam a (a), e que não tenham uma velocidade de propagação de chama maior que 25 nem evidência de combustão progressiva contínua, e de composição tal que, caso a superfície seja exposta por corte em qualquer plano, não tenham uma velocidade de propagação de chama maior que 25 nem evidência de combustão progressiva contínua.

3.9 material incombustível: Materiais que, na forma em que são usados, e sob as condições esperadas de uso, não devem entrar em ignição, queimar, sustentar combustão ou liberar vapores inflamáveis quando sujeitos a fogo ou calor. Materiais aprovados no ensaio ASTM E 136, Standard Test Method for Behavior of Materials in a Vertical Tube Furnace at 750°C, são considerados materiais incombustíveis.

3.10 pé direito: Altura livre de um andar de um edifício, medida do piso à parte inferior do teto (ou telhado).

3.11 pequenas salas: Uma sala classificada como de risco leve, com teto desobstruído e área de piso de no máximo 75 m2, fechada por paredes e teto. São permitidas aberturas para um espaço vizinho desde que a distância da verga da abertura até o teto seja no mínimo 200 mm.

3.12 pressão de trabalho do sistema: A máxima pressão estática (sem vazão) ou dinâmica esperada que é aplicada aos componentes do sistema, excetuando-se golpes de pressão esporádicos.

3.13 responsável técnico: Pessoa física ou jurídica responsável, legalmente habilitada, que goza do direito, segundo as leis vigentes, de prestar serviços especializados de execução, projeto e manutenção da instalação do sistema de proteção contra incêndio de uma edificação.

3.14 sistemas de chuveiros: Para fins de proteção contra incêndio, consiste de um sistema integrado de tubulações aéreas e subterrâneas alimentado por uma ou mais fontes de abastecimento automático de água. À parte do sistema de chuveiros automáticos acima do piso consiste de uma rede de tubulações dimensionada por tabelas ou por cálculo hidráulico, instalada em edifícios, estruturas ou áreas, normalmente junto ao teto, à qual são conectados chuveiros segundo um padrão regular. A válvula que controla cada coluna de alimentação do sistema deve ser instalada na própria coluna ou na tubulação que a abastece. Cada coluna de alimentação de um sistema de chuveiros automáticos deve contar com um dispositivo de acionamento de alarme. O sistema é normalmente ativado pelo calor do fogo e descarrega água sobre a área de incêndio.

3.15 unidade de moradia: Um ou mais aposentos organizados para a moradia de uma ou mais pessoas, tal como uma residência unifamiliar que ofereça condições permanentes para habitar, cozinhar, dormir e realizar práticas de higiene. Para esta norma, a definição de unidade de moradia inclui quartos de hotel, quartos em alojamentos, apartamentos, quartos de dormir em asilos e unidades de moradia similares.

3.16 tipos de tetos:

3.16.1 tetos desobstruídos: Tetos cujas vigas, nervuras ou outros elementos não impedem o fluxo de calor e a distribuição de água, portanto não afetando fisicamente a capacidade de controle ou extinção de incêndio pelos chuveiros. Os tetos desobstruídos têm elementos estruturais horizontais vazados. As aberturas nos elementos devem constituir pelo menos 70 por cento de sua área, e a profundidade dos elementos não deve exceder a menor dimensão das aberturas. São também considerados desobstruídos todos os tetos onde o espaçamento entre elementos estruturais exceder 2,3 m, medidos entre eixos.

3.16.2 tetos horizontais: Tetos cuja inclinação não seja superior ou igual 9o.

3.16.3 tetos inclinados: Tetos cuja inclinação seja superior a 9o.

3.16.4 tetos lisos: Tetos contínuos, sem irregularidades, saliências ou depressões significativas.

3.16.5 tetos obstruídos: Tetos cujas vigas, nervuras ou outros elementos impedem o fluxo de calor e a distribuição de água, afetando fisicamente a capacidade de controle ou extinção de incêndio pelos chuveiros.

3.16.6 tetos planos: Tetos contínuos, em um único plano.

3.17 Tipos de Sistemas de Chuveiros Automáticos

3.17.1 ação-prévia: Sistema que utiliza chuveiros automáticos, fixados a uma tubulação que contém ar, que pode ou não estar sob pressão, conjugado a um sistema suplementar de detecção instalado na mesma área dos chuveiros automáticos.

3.17.2 anel fechado: Sistema de chuveiros no qual tubulações subgerais múltiplas são conectadas de modo a permitir que a água siga mais do que uma rota de escoamento até chegar a um chuveiro em operação. Neste sistema, os ramais não são conectados entre si, conforme Figura 1.

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Figura 1: Sistema tipo anel fechado

3.17.3 anticongelamento: Sistema de chuveiros automáticos de tubulação molhada que utiliza chuveiros conectados a uma tubulação que contém uma solução anticongelamento conectada a uma fonte de abastecimento de água. A solução anticongelamento é descarregada, seguida de água, imediatamente após a abertura dos chuveiros automáticos pelo calor de um incêndio.

3.17.4 dilúvio: Sistema que utiliza chuveiros abertos, fixados a uma tubulação conectada a uma fonte de abastecimento de água por uma válvula, que é aberta pela operação de um sistema de detecção instalado na mesma área dos chuveiros automáticos. Ao ser aberta a válvula, a água flui através da tubulação e é descarregada por todos os chuveiros.

3.17.5 grelha: Sistema de chuveiros no qual as tubulações subgerais são conectadas a ramais múltiplos. Um chuveiro em operação recebe água pelas duas extremidades do ramal enquanto outros ramais auxiliam a transportar água entre as tubulações subgerais (Figura 2).

Figura 2: Sistema tipo grelha

3.17.6 sistema calculado por tabela: Sistema de chuveiros cujos diâmetros de tubulação são selecionados em tabelas preparadas conforme a classificação da ocupação, e no qual um dado número de chuveiros pode ser alimentado por diâmetros específicos de tubulação.

3.17.7 sistema projetado por cálculo hidráulico: Um sistema de chuveiros no qual os diâmetros de tubulação são selecionados com base na perda de carga, de modo a fornecer a densidade de descarga de água necessária, em milímetros por minuto (mm/min), ou a pressão mínima de descarga ou vazão por chuveiro exigida, distribuída com um grau razoável de uniformidade sobre uma área específica.

3.17.8 tubo molhado: Sistema de chuveiros automáticos fixados a uma tubulação que contém água e conectada a uma fonte de abastecimento, de maneira que a água seja descarregada imediatamente pelos chuveiros automáticos quando abertos pelo calor de um incêndio.

3.18 Componentes do Sistema

3.18.1 acoplamentos flexíveis de tubos: Acoplamento ou conexão que permite deslocamento axial, rotação e movimento angular de pelo menos 1 grau do tubo sem que isso cause danos ao mesmo. O movimento angular pode ser menor que 1o mas não inferior a 0,5o para tubulações com diâmetros de DN 200 ou maiores.

3.18.2 chuveiro automático: Um dispositivo para extinção ou controle de incêndios que funciona automaticamente quando seu elemento termo-sensível é aquecido à sua temperatura de operação ou acima dela, permitindo que a água seja descarregada sobre uma área específica.

3.18.3 coluna de alimentação: As tubulações verticais de alimentação de um sistema de chuveiros.

3.18.4 coluna principal de alimentação do sistema (riser): Tubo não subterrâneo, horizontal ou vertical, localizado entre a fonte de abastecimento de água e as tubulações gerais e subgerais, contando com uma válvula de controle (diretamente na coluna ou no tubo que a alimenta) e um dispositivo de alarme de vazão de água.

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3.18.5 dispositivo de supervisão: Dispositivo para a supervisão das condições operacionais dos sistemas de chuveiros automáticos.

3.18.6 ramais: Os tubos aos quais os chuveiros são fixados.

3.18.7 tubulações gerais: Tubos que alimentam as tubulações subgerais, diretamente ou com conexões.

3.18.8 tubulações subgerais: Tubos que alimentam os ramais.

3.19 fator K: Fator que define a capacidade de vazão do chuveiro automático

3.20 sensibilidade térmica: Medida da velocidade de operação de um elemento termo-sensível, na maneira como instalado em um chuveiro específico. Uma medida da sensibilidade térmica é o índice de tempo de resposta (RTI) medido sob condições padronizadas de teste.

3.21 chuveiros – quanto ao tipo de acionamento: Os seguintes chuveiros são utilizados conforme o tipo de acionamento.

3.21.1 chuveiro automático: Chuveiro que possui elemento acionador termo-sensível, que se rompe ao atingir uma temperatura pré-determinada, descarregando água sobre a área de incêndio.

3.21.2 chuveiro aberto: Chuveiro que não possui elementos acionadores ou termos-sensíveis.

3.22 chuveiros – quanto à distribuição de água: Os seguintes chuveiros são utilizados conforme o padrão de distribuição de água.

3.22.1 chuveiro de cobertura extensiva: Tipo de chuveiro projetado para cobrir uma área maior do que a área de cobertura de chuveiros padrão.

3.22.2 chuveiro de estilo antigo: Chuveiro que direciona 40% a 60%o da água para o teto e que é instalado com o defletor pendente ou de pé.

3.22.3 chuveiro de gotas grandes: Tipo de chuveiro capaz de produzir gotas grandes de água, utilizado para controle de alguns tipos de incêndios graves.

3.22.4 chuveiro tipo spray: Chuveiro cujo defletor direciona a água para baixo, lançando uma quantidade mínima de água, ou nenhuma, para o teto.

3.22.5 difusores: Dispositivo para uso em aplicações que requerem formas especiais de distribuição de água, sprays direcionais ou outras características incomuns.

3.23 chuveiros – quanto à velocidade de operação. Os seguintes chuveiros são utilizados conforme a velocidade de operação.

3.23.1 chuveiros de resposta rápida: possuem elementos termos-sensíveis com RTI igual ou menor a 50 (metros-segundos)1/2.

3.23.2 chuveiros de resposta padrão: possuem elementos termos-sensíveis com RTI igual ou maior a 80 (metros-segundos)

½.

3.23.3 chuveiro de extinção precoce e resposta rápida (ESFR1)): Tipo de chuveiro de resposta rápida utilizado para extinção (e não simplesmente controle) de alguns tipos de incêndios graves.

3.23.4 chuveiro de resposta imediata (QR2)): Tipo de chuveiro de resposta rápida utilizado para extinção (e não simplesmente controle) de alguns tipos de incêndios.

3.23.5 chuveiro de resposta imediata e cobertura estendida: Tipo de chuveiro de resposta rápida projetados para cobrir uma área maior do que a área de cobertura de chuveiros padrão.

3.23.6 chuveiro especial: Chuveiro ensaiado e certificado para uma aplicação específica.

3.24 chuveiros – quanto à orientação de instalação: Os chuveiros a seguir são definidos conforme a sua orientação de instalação.

3.24.1 chuveiro em pé: Chuveiro projetado para ser instalado em uma posição na qual o jato de água é direcionado para cima, contra o defletor.

3.24.2 chuveiro embutido: Chuveiro decorativo cujo corpo, ou parte dele, exceto a rosca, é montado dentro de um invólucro embutido.

1) ESFR: Early Suppression and Fast Response 2) QR: Quick-response

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3.24.3 chuveiro flush: Chuveiro decorativo cujo corpo, ou parte dele, incluindo a rosca, é montado acima do plano inferior do teto. Ao ser ativado, o defletor se prolonga para baixo do plano inferior do teto.

3.24.4 chuveiro lateral: Chuveiro com defletor especial projetado para descarregar água para longe da parede mais próxima a ele, em um formato parecido com um quarto de esfera. Um pequeno volume de água é direcionado à parede atrás do chuveiro.

3.24.5 chuveiro oculto: Chuveiro embutido coberto por uma placa que é liberada antes do funcionamento do chuveiro.

3.24.6 chuveiro pendente: Chuveiro projetado para ser instalado em uma posição na qual o jato de água é direcionado para baixo, contra o defletor.

3.25 chuveiros – quanto às condições especiais de uso: Os seguintes chuveiros são utilizados conforme a aplicação ou ambiente especial.

3.25.1 chuveiro ornamental/decorativo: Chuveiro pintado ou revestido com camada metálica pelo fabricante.

3.25.2 chuveiro resistente à corrosão: Chuveiros fabricados com materiais resistentes à corrosão, ou com revestimentos especiais, para serem utilizados em atmosferas agressivas.

3.25.3 chuveiro seco: Chuveiro fixado a um niple de extensão que é provido de um selo na extremidade de entrada para permitir que a água ingresse em seu interior somente em caso de operação do chuveiro.

4 Tipos de Ocupações

O Anexo A apresenta exemplos de ocupações aplicáveis a esta norma.

4.1 Ocupações de risco leve

Compreendem as ocupações ou parte das ocupações onde a quantidade e/ou a combustibilidade do conteúdo (carga incêndio) é baixa tendendo a moderada e onde é esperada baixa a média taxa de liberação de calor.

4.2 Ocupações de risco ordinário

4.2.1 Grupo I

Compreendem as ocupações ou parte de ocupações onde a combustibilidade do conteúdo é baixa e a quantidade de materiais combustíveis é moderada. A altura de armazenagem não excede a 2,4 m e incêndios com moderada taxa de liberação de calor são esperados.

4.2.2 Grupo II

Compreendem as ocupações ou parte de ocupações onde a quantidade e a combustibilidade do conteúdo é de moderada a alta. A altura de armazenagem não excede a 3,7 m e incêndios com moderada a alta taxa de liberação de calor são esperados.

4.3 Ocupações de risco extraordinário

4.3.1 Grupo I

Compreendem as ocupações ou parte de ocupações onde a quantidade e a combustibilidade do conteúdo é muito alta, podendo haver a presença de pós e outros materiais que provocam incêndios de rápido desenvolvimento, produzindo alta taxa de liberação de calor. Neste grupo as ocupações não possuem líquidos combustíveis e inflamáveis.

4.3.2 Grupo II

Compreendem as ocupações com moderada ou substancial quantidade de líquidos combustíveis ou inflamáveis.

5 Componentes e materiais

5.1 Generalidades

5.1.1 Os componentes do sistema devem estar em conformidade com normas brasileiras ou na falta destas, com normas internacionalmente reconhecidas.

5.1.2 Recomenda-se que os componentes dos sistemas de chuveiros automáticos sejam avaliados com relação à conformidade aos requisitos estabelecidos nas normas.

5.1.3 Os componentes do sistema devem estar classificados para a máxima pressão de trabalho à qual serão empregados, porém nunca inferior a 1200 kPa.

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5.1.4 Os trechos aparentes da instalação do sistema de chuveiros automáticos devem ser identificados com a cor vermelha. Opcionalmente, a tubulação pode ser identificada com anéis pintados em vermelho, com 0,20 m de largura, a cada 5 m de distância.

5.2 Chuveiros automáticos

5.2.1 Somente chuveiros não previamente utilizados devem ser instalados.

5.2.2 Os chuveiros automáticos devem ser conforme as normas NBR 6125 e NBR 6135.

5.2.3 Fator K de descarga

5.2.3.1 O fator K é determinado pela fórmula K= Q / vP, onde Q é a vazão e P a pressão. Todas as referências no texto desta norma estão indicadas em L/min/ vbar .

5.2.3.2 Os valores de fator K, relativos à descarga do chuveiro em função de seu diâmetro de orifício devem obedecer à Tabela 1.

Tabela 1 – Identificação das características de descarga dos chuveiros automáticos

Fator Nominal K Diâmetro Nominal da Rosca

L/min/bar 1/2 gpm/psi ½ mm (pol)

20 1,4 DN15 (½)

27 1,9 DN15 (½)

40 2,8 DN15 (½)

61 4,2 DN15 (½)

80 5,6 DN15 (½)

115 8,0 DN15 (½) ou DN20 (¾)

161 11,2 DN15 (½) ou DN20 (¾)

202 14,0 DN20 (¾)

242 16,8 DN20 (¾)

282 19,6 DN25 (1)

323 22,4 DN25 (1)

363 25,2 DN25 (1)

403 28,0 DN25 (1)

5.2.4 Temperatura

5.2.4.1 As temperaturas nominais de operação dos chuveiros automáticos são indicadas na Tabela 2.

5.2.4.2 Exceto no caso de chuveiros decorativos e de chuveiros resistentes à corrosão, os chuveiros automáticos de liga fusível devem ter seus braços pintados e os de bulbo de vidro devem ter o líquido colorido, conforme Tabela 2. Os chuveiros resistentes à corrosão podem ser identificados de três maneiras: com um ponto no topo do defletor, com revestimentos de cores específicas e pela cor dos braços.

Tabela 2 – Limites de temperatura, classificação e código de cores dos chuveiros automáticos

Máxima Temperatura no Teto (oC)

Limites de Temperatura (oC)

Classificação da Temperatura Código de Cores Cor do Líquido do

Bulbo de Vidro

38 57 – 77 ORDINÁRIO INCOLOR OU PRETO VERMELHO OU LARANJA

66 79 – 107 INTERMEDIÁRIO BRANCO AMARELO OU VERDE

107 121 – 149 ALTO AZUL AZUL

149 163 – 191 EXTRA ALTO VERMELHO ROXO

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191 204 – 246 EXTRA EXTRA ALTO VERDE PRETO

246 260 – 302 ULTRA ALTO LARANJA PRETO

329 343 ULTRA ALTO LARANJA PRETO

5.2.5 Revestimentos especiais

5.2.5.1 Chuveiros resistentes à corrosão devem ser instalados em locais onde haja a presença de vapores corrosivos, umidade ou outras condições ambientais capazes de provocar danos.

5.2.5.2 Os revestimentos anticorrosivos devem ser aplicados exclusivamente pelos fabricantes dos chuveiros.

5.2.5.3 A menos que indicado pelo fabricante, o chuveiro não deve ser pintado, e qualquer chuveiro revestido só pode ser substituído por outro de mesmas características, incluindo diâmetro do orifício, temperatura nominal de operação e distribuição de água.

5.2.5.4 Qualquer acabamento ornamental do chuveiro deve ser executado pelo fabricante.

5.2.6 Canoplas e invólucros

5.2.6.1 Canoplas e invólucros não metálicos devem ser fornecidos pelo fabricante do chuveiro.

5.2.6.2 Canoplas e invólucros usados com chuveiros automáticos embutidos ou não aparentes devem ser fornecidos em conjunto com os chuveiros.

5.2.7 Proteções

Os chuveiros automáticos instalados em locais sujeitos a danos mecânicos devem ser providos com proteções.

5.2.8 Estoque de chuveiros sobressalentes

5.2.8.1 Devem ser mantidos chuveiros sobressalentes para substituição imediata em caso de operação ou dano. Esses chuveiros devem possuir as mesmas características dos que se encontram instalados e devem ser mantidos em local cuja temperatura não supere a 38oC.

5.2.8.2 Uma chave especial para retirada e instalação dos chuveiros deve estar disponível junto aos mesmos.

5.2.8.3 O estoque de chuveiros sobressalentes deve incluir todos os modelos instalados, devendo ser composto da seguinte forma:

a)6 chuveiros, no mínimo, para sistemas com até 300 chuveiros;

b)12 chuveiros, no mínimo, para sistemas com 300 a 1000 chuveiros;

c)24 chuveiros no mínimo, para sistemas com mais de 1000 chuveiros.

5.3 Tubos de condução não enterrados

Os tubos utilizados nos sistemas de chuveiros automáticos devem atender as indicações estabelecidas a seguir.

5.3.1 Tubos de aço

5.3.1.1 Tubos de aço (com ou sem costura) devem ser conforme: NBR 5580, NBR 5590, ASTM A135.

5.3.1.2 Tubos de aço soldados ou unidos com sulco laminado, para pressões até 2,07 MPa, devem ser conforme: NBR 5580 - classe leve, NBR 5590 - classe normal, ASTM A 135 - sch 10.

5.3.1.3 Tubos de aço unidos por conexões rosqueadas, para pressões até 2,07 MPa, devem ser conforme: NBR 5580 - classe leve, NBR 5590 - classe normal.

5.3.2 Tubos de cobre

Tubos de cobre (sem costura) devem ser conforme: NBR 13206.

5.3.3 Outros tipos de materiais

Outros tipos de tubos podem ser utilizados desde que comprovadamente testados e reconhecidos por laboratórios de entidades ou instituições de reconhecida competência técnica, com relação a sua aplicabilidade em sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos, incluindo, mas não se limitando, a tubos de CPVC – poli (cloreto de vinila) clorado unidos por conexões soldadas conforme a ASTM F442 e ANSI/UL 1821, para ocupações de risco leve, até pressões de 1,21 MPa e em temperaturas ambientes até 65oC.

5.3.4 Dobramento em tubos de condução

Não se recomenda o dobramento em tubos de aço e cobre e outros tipos de materiais.

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5.4 Tubos de condução enterrados

5.4.1 Tubos de condução enterrados, utilizados nos sistemas de chuveiros automáticos devem atender as indicações estabelecidas nas seguintes normas:

a)NBR 7663 e ISO 2531

b)NBR 5580 e NBR 5590

c)NBR 7674

d)NBR 7675 PN-10 e ISO 2531 PN-10

e)NBR 5647

f) NBR 13206

5.4.2 O tipo e classe de tubos, bem como proteções adicionais para uma instalação específica deve ser determinada considerando-se sua resistência ao fogo, pressão máxima de serviço, condições de legislação onde o tubo será instalado, condições do solo, corrosão, e susceptibilidade do tubo a outras condições externas, incluindo carregamento de compactação do solo, trafego ou veículos, etc.

5.5 Conexões

5.5.1 As conexões utilizadas nos sistemas de chuveiros automáticos devem atender as indicações estabelecidas a seguir:

a) Ferro fundido maleável: NBR 6943, NBR 6925.

b) Aço para solda: ANSI B 16.9.

c)Cobre: NBR 11720.

d) CPVC – poli (cloreto de vinila) clorado: ASTM F437, ASTM F438, ASTM F439 e ANSI/UL1821.

5.5.2 Conexões do tipo uniões rosqueadas não devem ser usadas em tubulações de diâmetro maior do que 51 mm (2 polegadas). Uniões que não sejam do tipo rosqueadas, deverão ser do tipo especificamente indicados para uso em sistemas de chuveiros automáticos.

5.5.3 Luvas de redução devem ser usadas sempre que houver alguma mudança no diâmetro da tubulação. São permitidas buchas de redução nos casos em que as luvas de redução, nos diâmetros necessários, não sejam disponíveis no mercado nacional.

5.5.4 Acoplamento de tubos e conexões

5.5.4.1 Tubos e conexões rosqueadas

5.5.4.1.1 As roscas dos tubos e conexões rosqueadas devem estar em conformidade com NBR 12912 e NBR NM ISO 7-1.

5.5.4.1.2 Vedantes podem ser utilizados, desde que, garantam a vedação quando aplicados somente na rosca externa. No caso de utilização de fibras vegetais, deve ser aplicado zarcão ou primer.

5.5.4.2 Tubos e conexões de aço para solda

5.5.4.2.1 Recomenda-se que os métodos para solda em tubos e conexões estejam conforme a AWS B2.1.

5.5.4.2.2 Tubos de aço com diâmetros inferiores a DN65 (2 ½ “) não podem receber derivações através de soldagem.

5.5.4.2.3 Os tubos de aço podem ser soldados topo a topo desde que biselados.

5.5.4.2.4 Onde for empregado o processo de soldagem, devem ser observados os seguintes procedimentos:

a)devem ser executados furos nos tubos com diâmetros iguais aos internos das conexões antes destas serem soldadas;

b)materiais resultantes das aberturas nos tubos devem ser retirados e descartados;

c)cortes de abertura nos tubos devem ser lixados e todas as saliências internas e resíduos de solda retirados;

d)conexões não devem traspassar para região interna dos tubos;

e)chapas de aço não devem ser soldadas na terminação de tubos ou conexões;

f) conexões não devem ser modificadas;

g)acessórios de suporte e fixação de tubulação (tirantes, grampos, porcas, etc.) não devem ser utilizados na soldagem de tubos ou conexões;

h)na mudança de diâmetros nominais das tubulações, devem ser empregadas conexões apropriadas.

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5.5.4.2.5 Qualificações e registros

Os procedimentos de solda devem ser preparados e qualificados pelo instalador ou fabricante antes da realização de qualquer processo de soldagem. Devem ser observadas qualificações do processo de solda e dos soldadores de acordo com a norma AWS B2.1

5.5.4.3 Métodos de acoplamento por encaixe

5.5.4.3.1 Tubos acoplados com conexões encaixadas devem ser executados por uma combinação aprovada de anéis de vedação e sulcos. Os sulcos devem possuir dimensões compatíveis com as conexões.

5.5.4.3.2 Conexões encaixadas incluindo juntas utilizadas em sistemas de tubulação seca devem ser adequadas para este fim.

5.5.4.4 Acoplamento de tubos e conexões de cobre

5.5.4.4.1 A união de tubos de cobre deve ser feita por conexões utilizando-se brasagem capilar.

5.5.4.4.2 Soldagem capilar pode ser utilizada em sistemas de tubos molhados em áreas de risco leve, desde que a temperatura dos chuveiros automáticos não ultrapasse 100oC.

5.5.4.4.3 Soldagem capilar pode ser utilizada em sistemas de tubos molhados em áreas de risco leve e ordinário Grupo I, independentemente da temperatura de ativação dos chuveiros automáticos, desde que a tubulação esteja sobre o forro.

5.5.4.4.4 Materiais de adição para solda devem estar de acordo com NBR 5883. Materiais de adição para brasagem, se utilizados, não devem ser do tipo corrosivo.

5.5.4.4.5 O acoplamento de tubos (NBR13206) e conexões de cobre (NBR11720) devem ser conforme o PJ44:000.08-001.

5.5.4.5 Acoplamento para tubos e conexões de CPVC

Os tubos e conexões de CPVC com seu respectivo adesivo devem atender aos requisitos exigidos pela ANSI/UL 1821.

5.5.4.6 Outros meios de conexão

Outros métodos de acoplamento para utilização em instalações de chuveiros automáticos podem ser utilizados e instalados de acordo com suas instruções específicas, limitações de instalação e devidamente aprovadas pela autoridade competente.

5.5.4.7 É proibido o uso de solda ou corte por maçarico para reparos ou alterações no sistema de chuveiros automáticos.

5.6 Válvulas

5.6.1 Todas as válvulas que controlam as ligações entre sistemas de alimentação de água para combate a incêndio e tubulações de sistemas de chuveiros automáticos devem ser do tipo “indicadora”. Essas válvulas devem ser construídas de tal maneira que não possam ser fechadas, desde a posição totalmente aberta, em menos de 5 segundos, considerando a máxima velocidade possível de operação.

5.6.2 Todas as válvulas de teste, dreno e controle de vazão devem ser providas de placas de identificação de plástico rígido ou metal à prova de corrosão ou intempéries. Essas placas de identificação devem ser fixadas por meio de fios ou correntes resistentes a corrosão ou outro meio aprovado.

5.7 Conexões de ensaio (drenos de fim de linha)

5.7.1 Cada sistema de chuveiros deve ser provido de uma conexão de ensaio, cuja principal função é testar o funcionamento dos alarmes de fluxo de água (gongo, chave de fluxo). A conexão deve ser composta por uma tubulação de diâmetro nominal mínimo de 25 mm, dotada de válvula globo e de um bocal com orifício não-corrosivo, de diâmetro nominal igual ao do chuveiro de menor orifício utilizado no sistema, obedecendo ainda as seguintes condições:

5.7.1.1 O orifício pode ser obtido com um chuveiro cujo defletor tenha sido removido.

5.7.1.2 A conexão deve ser situada no ponto mais hidraulicamente desfavorável de cada instalação, levando-se em consideração a posição da válvula de alarme ou chave detectora de fluxo d’água principal (ver Figura 3).

5.7.1.3 Em edificações de múltiplos pavimentos ou em instalações divididas em setores controlados cada um por uma chave detectora de fluxo d’água secundária, a conexão de ensaio de cada setor pode ser situada em qualquer ponto do setor (ver Figura 4).

5.7.1.4 A conexão deve ser situada em local de fácil acesso, onde possa ser observada a descarga de água.

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Figura 3 – Conexão de ensaio no ponto mais desfavorável do sistema

Figura 4 – Conexão setorial de dreno, ensaio e alarme

5.8 Tomada (conexão) de recalque para uso exclusivo do Corpo de Bombeiros

5.8.1 A conexão de recalque para o sistema de chuveiros automáticos deve ser instalada conforme as Figuras 5 e 6.

5.8.2 Deve possuir duas entradas de água de DN65, providas de adaptadores e tampões tipo engate rápido.

5.8.3 A tomada de recalque deve ser localizada na fachada principal ou muro da divisa com a rua, a uma altura mínima de 0,60 m e máxima de 1,00 m em relação ao piso conforme Figura 5.

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Figura 5: Tomada de recalque na fachada da edificação

5.8.4 Se for comprovado tecnicamente ser impossível atender ao exigido em 5.8.3, a tomada de recalque pode ser localizada dentro de uma caixa de alvenaria, conforme figura 6, com tampa metálica, como indicador de “Recalque”.

Figura 6: Tomada de recalque em caixa de alvenaria

5.8.5 Quando a rede de alimentação for comum para chuveiros automáticos e hidrantes e existir acesso fácil e direto aos hidrantes externos, estes podem substituir a tomada de recalque, desde que sejam duplos.

5.9 Alarmes de fluxo de água

5.9.1 O alarme de fluxo de água deve ser específico para sistemas de chuveiros automáticos, e deve ser ativado pelo fluxo de água equivalente ao fluxo em um chuveiro de menor orifício instalado no sistema. O alarme sonoro deve ser acionado no máximo 5 minutos após o início do fluxo e deve continuar até a interrupção do mesmo.

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5.9.2 Detectores de fluxo de água

5.9.2.1 Sistemas de Tubulação Molhada: o equipamento de alarme para um sistema de tubulação molhada deve ser constituído de uma válvula de retenção e alarme ou outro detector de fluxo.

5.9.2.2 Sistemas de Pré-ação e Dilúvio: os equipamentos de alarme para sistemas de pré-ação e dilúvio devem ser constituídos de alarmes acionados independentemente pelo sistema de detecção e pelo fluxo de água.

5.9.2.3 As chaves de alarme de fluxo de água tipo palheta, com retardo automático, devem ser instaladas apenas em sistemas de tubo molhado.

5.9.2.4 O dispositivo de alarme deve ser mecânico ou elétrico de forma a emitir um sinal audível, pelo menos 20 decibéis acima do ruído normal da área considerada. Caso o nível de ruído da área considerada não permita o cumprimento deste item, um sinalizador visual tipo estroboscópico deve ser utilizado.

5.9.2.5 Toda tubulação dos gongos hidráulicos deve ser feita com material resistente à corrosão e em diâmetro não inferior à DN20 (¾”).

5.9.2.6 Os acessórios para operação de alarmes elétricos devem ser instalados conforme NBR 5410.

5.9.2.7 O dreno do dispositivo de alarme deve ser dimensionado de modo a não haver transbordamento.

5.10 Suportes

5.10.1 Devem ser utilizados apenas materiais ferrosos na fabricação de suportes.

5.10.2 As tubulações do sistema de chuveiros automáticos devem ser convenientemente suportadas por colunas, vigas, paredes, tetos e estruturas do telhado de um prédio, levando-se em consideração que os suportes devem sustentar 5 (cinco) vezes a massa do tubo cheio d’água mais 100 kg em cada ponto de fixação.

5.10.3 As tubulações não devem ser sustentadas pelas telhas de um telhado, a não ser em casos especiais, quando os suportes forem formados por elementos de chapas metálicas ou por concreto com resistência suficientes para suportá-los, considerados os requisitos estabelecidos no item 5.10.2.

5.10.4 Quando a tubulação for instalada abaixo de dutos de ar, devem ser sustentadas pela estrutura da edificação ou pelos suportes dos dutos, desde que sejam capazes de resistir a carga especificada no item 5.10.2.

5.10.5 Os tirantes dos suportes devem ser de ferro redondo, dimensionados segundo as cargas especificadas em 5.10.2 e de diâmetro nunca inferior aos indicados na Tabela 3 abaixo.

Tabela 3: Diâmetro dos tirantes em função dos tubos

TUBULAÇÃO DN DIÂMETRO DO TIRANTE DO SUPORTE (mm)

Até 100 9,5

De 125 a 200 12,7

De 250 a 300 16,0

5.10.6 Os suporte em “U” devem ser de ferro redondo, dimensionados segundo as cargas especificadas em 5.10.2 e de diâmetro nunca inferior aos indicados na Tabela 4 abaixo.

Tabela 4 – Diâmetro do suporte em “U” em função dos tubos

TUBULAÇÃO DN DIÂMETRO DO SUPORTE “U” (mm)

Até 50 8,0

De 65 a 150 9,5

De 200 12,7

5.10.7 A distância máxima entre suportes para tubos de aço, cobre e CPVC devem ser conforme Tabela 5 abaixo:

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Tabela 5 – Distância máxima entre suportes (m)

Diâmetro Nominal

mm (in.)

20

3/4

25

1

32

1 ¼

40

1 ½

50

2

65

2 ½

80

3

90

3 ½

100

4

125

5

150

6

200

8

Tubo de aço, exceto rosqueado de parede delgada

N/A 3,65 3,65 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60

Tubo de aço rosqueado de parede delgada

N/A 3,65 3,65 3,65 3,65 3,65 3,65 N/A N/A N/A N/A N/A

Tubo de cobre 2,45 2,45 3,05 3,05 3,65 3,65 3,65 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60

CPVC 1,70 1,80 2,00 2,15 2,45 2,75 3,05 N/A N/A N/A N/A N/A

5.10.8 Para os tubos de CPVC, quando houver 1 (um) chuveiro automático instalado entre 2 (dois) suportes, a distância máxima permitida entre os suportes não deve exceder a 0,90m, 1,20m, 1,50m e 2,10m para tubos DN20, DN25, DN32 e acima de DN40, respectivamente, sendo que o chuveiro deverá estar instalado no centro das distâncias mencionadas.

5.10.9 Deve ser instalado 1 (um) suporte entre 2 (dois) chuveiros automáticos, exceto nos casos a seguir.

5.10.9.1 Quando o espaçamento entre chuveiros for inferior a 1,80 m, a distância entre suportes não devem exceder 3,7 m, não sendo necessária a colocação de suportes em cada trecho da tubulação.

5.10.9.2 Em derivações, para tubos de cobre até DN25 e comprimento máximo de 0,30 m e para tubos de aço até DN25 e comprimento máximo de 0,60 m, conforme mostra a Figura 7.

Figura 7: Comprimento máximo das derivações

5.10.9.3 A distância mínima permitida entre os chuveiros instalados na posição em pé e os suportes é de 8 cm;

5.10.9.4 A distância máxima permitida entre o chuveiro da ponta dos ramais e o suporte mais próximo não deve exceder 0,90 m e 1,2 m para tubos de aço DN25 e DN32, respectivamente. Quando estes limites forem excedidos, a tubulação deve ser prolongada além do chuveiro dos ramais até ultrapassar a terça ou viga mais próxima e sustentar os chuveiros conforme Figura 8.

Figura 8: Distância máxima entre chuveiros da ponta de ramais e suportes.

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5.10.9.5 Quando o comprimento do primeiro tubo dos ramais junto a subgeral medir até 1,80 m, o suporte não é necessário, conforme Figura 8.

5.10.9.6 Para tubos de CPVC, a distância máxima permitida entre o chuveiro da ponta dos ramais e o suporte mais próximo não deve exceder a 0,15m, 0,20m e 0,30m para tubos de DN20, DN25 e acima de DN32, respectivamente.

5.10.10 Nas subgerais devem ser instalados, no mínimo, um suporte entre cada 2 (dois) ramais, exceto nos casos a seguir:

5.10.10.1 Nos vãos formados entre tesouras ou vigas, onde são instalados 2 (dois) ramais, o suporte intermediário da subgeral pode ser suprimido, desde que seja colocado um suporte no primeiro trecho de tubo de cada ramal, diretamente fixado na terça mais próxima e paralela a subgeral, conforme Figura 9.

Figura 9: Posição de suportes entre tesouras ou vigas – situação A

5.10.10.2 Nos vãos formados entre tesouras ou vigas, onde são instalados 3 (três) ou mais ramais, somente 1 (um) suporte intermediário na subgeral pode ser suprimido, desde que seja colocado um suporte no primeiro trecho de tubo de cada ramal diretamente fixado na terça mais próxima e paralela a subgeral, conforme Figuras 10 e 11.

Figura 10: Posição de suportes entre tesouras ou vigas – situação B

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Figura 11: Posição de suportes entre tesouras ou vigas – situação C

5.10.10.3 No final de uma subgeral, deve ser colocado um suporte preso a m ferro-cantoneira, fixado nas terças em ambos os extremos, a menos que a subgeral seja prolongada até a próxima tesoura ou viga, empregando um suporte comum neste ponto e suprimindo-se o suporte intermediário entre os ramais.

5.10.11 Nas tubulações gerais devem ser colocado no mínimo 1 (um) suporte a cada 4,60 m de tubulação.

5.10.12 Nas subidas ou descidas devem ser colocado no mínimo 1 (um) suporte em cada nível, próximo à extremidade superior de modo a aliviar a carga nas conexões e acessórios.

5.10.13 Na subida principal deve ser colocado no mínimo 1 (um) suporte próximo à extremidade superior, de modo a aliviar a carga sobre as conexões e válvulas de alarme.

5.10.14 Nas Figuras 12 e 13 são mostrados tipos de suportes normalmente empregados em sistemas de chuveiros. Outros tipos podem ser empregados, desde que construídos de maneira a atender os requisitos de 5.10.2.

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Figura 12: Suportes

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Figura 13: Suportes

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6 Requisitos dos Sistemas

6.1 Sistemas de Tubo Molhado.

6.1.1 Manômetros Quando forem utilizadas válvulas de retenção e alarme ou válvulas de retenção, um manômetro deve ser instalado acima e outro abaixo de cada válvula. Os manômetros devem ter no mínimo o dobro da pressão do sistema no ponto em que forem instalados, e devem ser instalados de modo a poderem ser removidos.

6.1.2 Válvulas de Alívio

6.1.2.1 Um sistema de tubo molhado em forma de grelha deve ter uma válvula de alívio de no mínimo 6.4 mm (¼ pol.) regulada para operar a no máximo 1,21 MPa. Preferencialmente esta válvula deve ser instalada na coluna principal de alimentação, imediatamente acima da válvula de retenção e alarme.

6.1.2.2 Nos casos em que a pressão máxima do sistema for maior que 1,14 MPa, a válvula de alívio deve abrir 70 KPa acima da pressão máxima do sistema.

6.1.3 Sistemas Auxiliares É permitida a utilização de sistemas de tubo molhado para a alimentação de sistemas auxiliares do tipo ação prévia ou dilúvio, desde que a fonte de abastecimento de água seja adequada.

6.2 Sistemas de ação prévia e sistemas dilúvio

6.2.1 A válvula automática de controle deve também poder ser operada manualmente, independentemente dos detectores e dos chuveiros. O acionamento manual pode ser feito com auxílio de dispositivo hidráulico, pneumático ou mecânico.

6.2.2 Manômetros Os manômetros devem ter no mínimo o dobro da pressão do sistema no ponto em que forem instalados, e devem ser instalados de modo a poderem ser removidos, nos seguintes locais:

a) A montante e a jusante da válvula de ação prévia e a montante da válvula dilúvio.

b) Na linha de abastecimento de ar para as válvulas de ação prévia e dilúvio.

6.2.3 Detecção Podem ser usados sistemas hidráulicos (por exemplo: chuveiros automáticos), pneumáticos, detectores convencionais de fumaça, de calor, de radiação por infravermelho e ultravioleta, dependendo do tipo de risco a ser protegido.

6.2.4 Localização e proteção de válvulas de controle do sistema

6.2.4.1 As válvulas de controle e a tubulação devem ser protegidas contra danos mecânicos.

6.2.4.2 Os abrigos de válvulas devem ser iluminados e ventilados.

6.2.5 Sistemas de ação prévia

6.2.5.1 Os sistemas de ação prévia devem ser de um dos seguintes tipos: a)Sistema com Bloqueio Simples: Um sistema com bloqueio simples permite a entrada de água na tubulação de

chuveiros automáticos após a operação dos detectores.

b)Sistema sem Bloqueio: Um sistema sem bloqueio permite a entrada de água na tubulação de chuveiros automáticos após a operação dos detectores ou dos chuveiros automáticos.

c)Sistema com Bloqueio Duplo: Um sistema com bloqueio duplo permite a entrada de água na tubulação de chuveiros automáticos quando da operação dos detectores e dos chuveiros automáticos.

6.2.5.2 Dimensões do sistema

6.2.5.2.1 No máximo 1000 chuveiros automáticos devem ser controlados por uma única válvula de ação prévia.

6.2.5.2.2 Nos casos dos sistemas de ação prévia com bloqueio duplo, cada válvula de ação prévia deve controlar no máximo 2800 litros, a menos que o sistema tenha sido dimensionado para descarregar água pela conexão de teste de fim de linha em não mais que 60 segundos. A contagem deve ser iniciada à pressão normal de ar no sistema, após operação do sistema de detecção e no momento em que a conexão de teste de fim de linha for totalmente aberta.

6.2.5.3 Supervisão

6.2.5.3.1 A supervisão, tanto elétrica quanto mecânica, se refere ao monitoramento constante da pressão de ar e do equipamento de detecção para garantir a integridade do sistema.

6.2.5.3.2 Os detectores e tubulações aéreas devem ser supervisionados automaticamente em sistemas com mais de 20 chuveiros. Os sistemas de ação prévia sem bloqueio e com bloqueio duplo devem manter uma pressão mínima de ar de supervisão de 50 kPa.

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6.2.5.4 Chuveiros em pé

6.2.5.4.1 Para evitar o acúmulo de água em áreas sujeitas a congelamento e também para evitar o acúmulo de sedimentos, independentemente da temperatura do local, os sistemas de ação prévia devem utilizar chuveiros em pé.

6.2.5.4.2 Chuveiros do tipo seco podem ser usados desde que testados e aprovados para este fim.

6.2.5.4.3 Chuveiros pendentes instalados com curvas de retorno podem ser usados quando os chuveiros e as curvas de retorno estiverem localizados fora da área sujeita a congelamento.

6.2.5.4.4 Chuveiros laterais podem ser usados desde que instalados de modo a não permitir que a água fique retida no chuveiro

6.2.5.5 Configuração do sistema Sistemas de Ação Prévia com bloqueio duplo não devem ser do tipo grelha.

6.2.6 Sistemas dilúvio

6.2.6.1 Os sistemas de detecção de sistemas dilúvio devem ser supervisionados automaticamente.

6.2.6.2 Os sistemas dilúvio devem ser projetados por cálculo hidráulico.

6.3 Sistemas de chuveiros para proteção contra incêndios externos

6.3.1 Aplicações Sistemas de proteção contra incêndios externos podem ser usados em edificações que tenham ou não seu interior protegido por um sistema de chuveiros automáticos.

6.3.2 Abastecimento e controle de água

6.3.2.1 Os chuveiros para proteção contra incêndios externos devem ter abastecimento de água semelhante ao utilizado para sistemas de chuveiros internos.

6.3.2.2 Quando aprovadas pela autoridade competente, outras fontes de abastecimento, tais como bombas ou conexões de recalque, podem ser usadas.

6.3.2.3 A fonte de abastecimento deve ser capaz de alimentar simultaneamente todos os chuveiros externos durante um período de no mínimo 60 minutos.

6.3.2.4 Nos casos em que o abastecimento for feito por conexões de recalque, estas não devem ser afetadas pelo incêndio causador da exposição.

6.3.3 Controle

6.3.3.1 Cada sistema de chuveiros externos deve ter uma válvula de controle independente.

6.3.3.2 Os chuveiros devem ser de tipo aberto ou automático. Os chuveiros de tipo aberto controlados manualmente devem ser utilizados somente quando houver pessoal capacitado para operar o sistema. Quando acionados automaticamente, os chuveiros abertos devem ser controlados por detectores projetados para esta aplicação específica.

6.3.4 Componentes do sistema

6.3.4.1 Válvulas de drenagem Cada sistema de chuveiros externos deve ter uma válvula de drenagem independente instalada à jusante de cada válvula de controle. Esta válvula não é necessária quando os chuveiros forem abertos e a alimentação de água for feita por cima.

6.3.4.2 Válvulas de retenção Quando os chuveiros forem instalados em duas fachadas adjacentes de um edifício com o objetivo de protegê-lo contra incêndios externos de origem independente e distinta, e caso os ramais tenham válvulas de controle independentes para cada fachada, as extremidades dos dois ramais devem ser conectadas e devem ser instaladas válvulas de retenção de modo que o último chuveiro de uma fachada opere juntamente com os chuveiros da outra - ver Figuras 14 e 15. A tubulação entre as duas válvulas de retenção deve ter um dreno. Como alternativa, um chuveiro adicional deve ser instalado na fachada adjacente, no mesmo ramal.

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Figura 14 - Arranjo típico das válvulas de retenção.

Figura 15 - Arranjo alternativo das válvulas de retenção.

6.3.4.3 Disposição do sistema Quando uma exposição afeta duas fachadas do edifício protegido, o sistema não deve ser subdividido entre as duas fachadas, devendo operar como um único sistema.

6.3.5 Filtros Quando forem usados chuveiros com fator K nominal menor que 40, um filtro deve ser instalado na tubulação de alimentação dos chuveiros.

6.3.6 Chuveiros Somente chuveiros apropriados para uso em janelas, paredes laterais ou cumeeiras devem ser instalados, exceto nos casos em que possa ser demonstrado que uma cobertura adequada pode ser conseguida com outros tipos de chuveiros. Chuveiros automáticos de orifícios pequenos ou grandes podem ser usados.

6.4 Sistemas para câmaras frigoríficas e outros ambientes refrigerados Os requisitos deste item se aplicam somente a ambientes refrigerados cuja temperatura seja inferior a 0°C, com o objetivo de evitar a formação de gelo dentro da tubulação.

6.4.1.1 Nos locais em que a tubulação entrar em um ambiente refrigerado através de uma parede ou piso, deve ser instalado um tubo que possa ser removido facilmente próximo à parede, dentro do espaço refrigerado. O comprimento removível de tubo deve ter no mínimo 800 mm conforme Figura 16.

6.4.1.2 Um alarme que indique baixa pressão de ar deve ser conectado a uma área com presença humana permanente. Não é necessário enviar o sinal de alarme para uma área com presença humana permanente quando o sistema for equipado com alarme local de baixa pressão de ar e tenha um dispositivo que automaticamente mantenha a pressão de ar.

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6.4.1.3 Tubulações gerais, subgerais e ramais instalados em ambientes refrigerados devem ter inclinação de 4 mm por metro.

6.4.1.4 O ar utilizado nos sistemas deve ser extraído da sala que tiver a temperatura mais baixa, para reduzir o teor de umidade do ar. Isso não se aplica nos casos em que for usado nitrogênio em cilindros em vez de ar comprimido.

Figura 16: Sistemas de chuveiros em área refrigerada usada para minimizar a formação de gelo.

6.4.1.5 Uma válvula de controle do tipo indicadora deve ser instalada em cada coluna de alimentação, do lado de fora do ambiente refrigerado, para a realização de teste operacional do sistema.

6.4.1.6 Uma válvula de retenção com um orifício de 2,4 mm (3/32 pol.) na portinhola deve ser instalada na coluna de alimentação do sistema.

6.4.1.7 A tubulação de ar que entra no ambiente refrigerado deve ser equipada com duas linhas de fornecimento facilmente removíveis com comprimento mínimo de 1,9 m e DN25 mínimo (1 pol.) conforme indicado na Figura 17. Cada linha de abastecimento deve ter válvulas de controle localizadas na área não-refrigerada. Somente uma linha de fornecimento de ar deve ser mantida aberta por vez para fornecer ar de sistema. Não é necessário usar as duas linhas quando for usado nitrogênio em cilindros em vez de ar comprimido.

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Figura 17: Sistema de chuveiros em área refrigerada usada para minimizar as chances de formação de gelo.

7 Requisitos de Instalação

7.1 Requisitos gerais

7.1.1 O espaçamento, localização e posicionamento dos chuveiros devem ser baseados nas seguintes premissas: a) A edificação deve ser totalmente protegida por chuveiros automáticos, exceto em áreas onde a proteção não é

exigida por esta norma.

b) O espaçamento dos chuveiros não pode exceder a maior área de cobertura permitida por chuveiro.

c) O posicionamento dos chuveiros deve ser tal que permita o desempenho satisfatório com relação ao tempo de ativação e distribuição.

7.1.2 As válvulas e manômetros do sistema devem estar acessíveis para operação, inspeção e manutenção. Esses acessórios não precisam necessariamente estar em local aberto, podendo ser instalados em abrigos com portas, painéis removíveis ou tampas. Os acessórios não podem estar obstruídos permanentemente por paredes, dutos, colunas ou similares.

7.2 Áreas máximas de proteção

7.2.1 A área máxima de um pavimento a ser protegido por uma coluna principal de alimentação deve ser: a) Risco leve — 4800 m2

b) Risco ordinário — 4800 m2

c) Risco extraordinário:

1) Sistema calculado por tabela — 2300 m2

2) Sistema projetado por cálculo hidráulico — 3700 m2

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7.2.2 A área ocupada por mezaninos não deve ser considerada no cálculo da área total permitida.

7.2.3 Nos casos em que um único sistema for utilizado para proteger simultaneamente uma área de risco extraordinário e uma área de risco leve ou ordinário, a área de risco extraordinário não deve exceder à área especificada acima e a área total de cobertura não deve exceder 4800 m2.

7.3 Uso de chuveiros

7.3.1 Chuveiros em pé devem ser instalados com os braços paralelos aos ramais.

7.3.2 Temperatura

7.3.2.1 Chuveiros de temperatura normal (57oC à 77oC) devem ser preferencialmente usados em todos os edifícios. 7.3.2.1.1 Nos casos em que as temperaturas máximas no teto forem superiores a 38°C, a escolha dos chuveiros deve ser feita de acordo com os valores de temperatura máxima de teto especificados na Tabela 2.

7.3.2.1.2 Chuveiros de temperatura intermediária e temperatura alta podem ser usados em ocupações de risco ordinário e de risco extraordinário.

7.3.2.2 Os seguintes critérios devem ser seguidos para a escolha de chuveiros com temperatura diferente da temperatura ordinária:

Tabela 6: Classificação de Temperatura de Chuveiros em Locais Específicos Localização Temperatura de Operação

Os chuveiros localizados lateralmente a até 300 mm, ou 750 mm acima de uma tubulação de vapor não isolada ou de outras fontes de calor radiante.

Intermediária

Os chuveiros localizados a até 2 m de uma válvula de purga de baixa pressão que descarregue livremente em um grande ambiente.

Alta

Chuveiros em equipamentos comerciais de cozinha e ventilação

Alta, ou extra-alta dependendo da temperatura presente no equipamento

Clarabóias (vidro ou plástico) Intermediária

Sótãos - ventilados Normal

Sótãos – sem ventilação Intermediária

Vitrines – ventiladas Normal

Vitrines – sem ventilação Intermediária

Nota: Pode ser necessário realizar uma medição no local para confirmação da temperatura.

7.3.2.3 Em caso de alteração de ocupação que acarrete em alteração de temperatura, os chuveiros devem ser alterados apropriadamente.

7.3.3 Sensibilidade Térmica (velocidade de resposta)

7.3.3.1 Chuveiros em ocupações de risco leve devem do tipo de resposta rápida.

7.3.3.2 Deve ser permitido o uso de chuveiros de resposta normal quando forem feitas modificações ou adições a sistemas existentes cujos chuveiros sejam de resposta normal.

7.3.3.3 Quando sistemas existentes em riscos leves forem convertidos para o uso de chuveiros de resposta rápida, todos os chuveiros que fizerem parte da mesma área de incêndio devem ser substituídos.

7.4 Aplicação de tipos de chuveiros A seleção do tipo de chuveiro a ser utilizado deve ser feita conforme indicado neste item. O seu posicionamento e espaçamento devem ser feitos conforme descrito em 7.5.

7.4.1 Chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão

7.4.1.1 Chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão devem ser permitidos em todas os tipos de riscos e tipos de construção.

7.4.1.2 Chuveiros de resposta rápida não são permitidos em ocupações de risco extra se o sistema for calculado pelo método de área-densidade.

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7.4.2 Chuveiros laterais de cobertura padrão Chuveiros laterais de cobertura padrão podem ser instalados somente em ocupações de risco leve com tetos lisos e planos. Excepcionalmente, poderão ser usados em ocupações de risco ordinário com tetos lisos e planos quando especificamente testados e aprovados para tal fim.

7.4.3 Chuveiros de cobertura estendida

7.4.3.1 O uso de chuveiros de cobertura estendida deve ser limitado a locais cujos tetos sejam planos, lisos, sem obstruções, com uma inclinação máxima de 17%.

7.4.3.2 É permitido o uso de chuveiros de cobertura estendida, em pé ou pendentes, dentro de treliças metálicas cujos elementos tenham seção transversal máxima de 25 mm, ou que tenham espaçamento maior que 2.3 m entre si.

7.5 Regras gerais de posicionamento, localização, espaçamento e uso de chuveiros

7.5.1 Geral Os parâmetros de posicionamento, localização e espaçamento constantes deste item são aplicáveis a todos os chuveiros, a menos que haja parâmetros mais restritivos nos itens 7.6, 7.7, 7.8 e 7.9.

7.5.2 Área de cobertura por chuveiro

7.5.2.1 Determinação da área de cobertura A área de cobertura por chuveiro (As) será determinada da seguinte maneira:

a) Ao longo dos ramais: Determine a distância entre chuveiros (ou até a parede ou obstrução no caso do último chuveiro no ramal) à montante ou à jusante. Escolha a maior dentre as duas dimensões: o dobro da distância até a parede ou obstrução, ou a distância até o próximo chuveiro. Essa dimensão será definida como S.

b) Entre ramais: Determine a distância perpendicular até o chuveiro no ramal adjacente (ou até a parede ou obstrução no caso do último ramal) em cada lado do ramal na qual o chuveiro em questão está posicionado. Escolha a maior dentre as duas dimensões: o dobro da distância até a parede ou obstrução, ou a distância até o próximo chuveiro. Essa dimensão será definida como L.

7.5.2.1.1 A área de cobertura do chuveiro deve ser estabelecida pela multiplicação da dimensão S pela dimensão L, ou seja: As = S x L , conforme figuras 18 e 19.

Figura 18: Área de cobertura

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Figura 19: Área de cobertura - exemplo

7.5.2.1.2 Área máxima de cobertura Á área máxima de cobertura permitida para um chuveiro (As) está indicada no item específica sobre o tipo ou estilo de chuveiro.

7.5.3 Espaçamento de chuveiros

7.5.3.1 Distância máxima entre chuveiros A distância máxima permitida entre chuveiros deve ser baseada na distância entre chuveiros no mesmo ramal ou em ramais adjacentes. A distância máxima deve ser medida ao longo da inclinação do telhado. A distância máxima permitida entre chuveiros deve estar de acordo com o valor indicado no item específico para o tipo ou estilo de chuveiro.

7.5.3.2 Distância máxima até as paredes A distância dos chuveiros até as paredes não deve exceder metade da distância máxima permitida entre chuveiros. A distância da parede até o chuveiro deve ser medida perpendicularmente à parede.

7.5.3.3 Distância mínima até as paredes A distância mínima permitida entre um chuveiro e a parede deve estar de acordo com o valor indicado no item específico para o tipo ou estilo de chuveiro. A distância da parede até o chuveiro deve ser medida perpendicularmente à parede.

7.5.3.4 Distância mínima entre chuveiros A distância mínima entre chuveiros deve ser mantida para evitar que os chuveiros em funcionamento molhem chuveiros adjacentes ainda fechados, impedindo sua abertura (skipping). A distância mínima permitida entre chuveiros deve estar de acordo com o valor indicado no item específico para o tipo ou estilo de chuveiro.

7.5.4 Posição do defletor

7.5.4.1 Distância entre defletor e teto As distâncias entre o defletor do chuveiro e o teto devem ser escolhidas com base no tipo de chuveiro e tipo de construção.

7.5.4.2 Orientação do Defletor. Os defletores dos chuveiros deve ser alinhados paralelamente a tetos, telhados ou à inclinação de escadas.

7.6 Chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão

7.6.1 Chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão devem atender a todas as exigências de 7.5, exceto quando modificadas conforme 7.6.

7.6.2 Áreas de proteção por chuveiro (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão)

7.6.2.1 Determinação da área de cobertura

7.6.2.1.1 A área de cobertura de cada chuveiro (As) deve ser determinada conforme 7.5.2.1.

7.6.2.1.2 Em pequenas salas (ver definição no item 3.11) a área de cobertura de cada chuveiro deve ser a área da sala dividida pelo número de chuveiros na sala.

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7.6.2.2 Área máxima de cobertura A máxima área de cobertura permitida para um chuveiro (As) deve estar de acordo com o valor indicado nas Tabelas 7, 8 ou 9. Em nenhum caso a área deve ser superior a 21 m2.

7.6.3 Espaçamento de chuveiros (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão)

7.6.3.1 Distância máxima entre chuveiros A distância máxima permitida entre chuveiros deve atender às Tabelas 7, 8 ou 9.

7.6.3.2 Distância máxima até as paredes

7.6.3.2.1 A distância de um chuveiro à parede não deve exceder metade da distância permitida entre chuveiros, conforme indicado nas Tabelas 7, 8 ou 9. A distância do chuveiro à parede deve ser medida perpendicularmente à parede.

7.6.3.2.2 Nos casos em que as paredes formem ângulos ou sejam irregulares, a distância máxima horizontal entre um chuveiro e qualquer ponto do piso protegido por aquele chuveiro não deve exceder ¾ da distância máxima permitida entre chuveiros, desde que a distância máxima perpendicular não seja excedida (ver figura 20).

Figura 20: Distância máxima até as paredes

7.6.3.2.2.1 Em pequenas salas, os chuveiros podem ser posicionados a até 2,7 m de qualquer parede. As limitações de espaçamento contidas em 7.6.3 e as limitações de área da Tabela 7 não devem ser excedidas.

Tabela 7: Áreas de cobertura e espaçamento máximo para riscos leves (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão)

Área de Cobertura Espaçamento (máximo)

Tipo de Teto Método de Cálculo m2 m

Calculado por tabela 18,6 4,6 Não combustível obstruído e não obstruído; Combustível não obstruído. Cálculo hidráulico 20,9 4,6

Combustível obstruído Todos 15,6 4,6

Combustível com elementos estruturais distanciados a menos de 0,90 m

Todos 12,1 4,6

Tabela 8: Áreas de cobertura e espaçamento máximo para riscos ordinários (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão)

Área de Cobertura Espaçamento (máximo)

Tipo de Teto Método de Cálculo

m2 m

Todos Todos 12.1 4,6

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Tabela 9: Áreas de cobertura e espaçamento máximo para riscos extra (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão)

Área de Cobertura Espaçamento (máximo)

Tipo de Teto Método de Cálculo m2 m

Todos Calculado por Tabela 8,4 3,7

Todos Cálculo hidráulico com densidade =10,2 mm/min

9,3 3,7

Todos Cálculo hidráulico com densidade <10,2 mm/min

12,1 4,6

7.6.3.2.3 Sob superfícies curvas, a distância horizontal deve ser medida no piso, a partir da parede ou da interseção da superfície curva com o piso até o chuveiro mais próximo, e não deve ser maior que metade da distância permitida entre chuveiros.

7.6.3.3 Distância mínima até as paredes A distância mínima de um chuveiro até uma parede deve ser 100 mm.

7.6.3.4 Distância mínima entre chuveiros A distância mínima entre chuveiros deve ser 1,8 m.

7.6.4 Posição do defletor (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão)

7.6.4.1 Distância entre defletor e tetos/forros

7.6.4.1.1 Sob tetos sem obstruções, a distância entre o defletor do chuveiro e o teto deve ser no mínimo 25 mm e no máximo de 300 mm.

7.6.4.1.2 Sob tetos com obstruções, o defletor do chuveiro deve ser posicionado entre 25 mm e 150 mm abaixo da superfície inferior do elemento estrutural, e a no máximo 560 mm de distância do teto. Ver Figura 21.

Figura 21 – Posicionamento de chuveiro em pé de cobertura padrão, sob teto obstruído.

7.6.4.1.2.1 Esta exigência não precisa ser atendida nos seguintes casos:

a) O defletor pode ser instalado no mesmo nível ou acima da superfície inferior do elemento estrutural caso as distâncias laterais recomendadas em 7.6.5.1 sejam respeitadas e o defletor fique a no máximo 560 mm de distância do teto. Ver Figura 22.

b) O defletor pode ser instalado entre 25 mm e 300 mm do teto desde que haja um chuveiro em cada vão formado por dois elementos estruturais. Ver Figura 23.

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Figura 22 – Posicionamento de chuveiro em pé de cobertura padrão sob teto obstruído com defletor acima da

superfície inferior do elemento estrutural

Figura 23 – Posicionamento de chuveiro em pé de cobertura padrão sob teto obstruído em cada vão formado pelos

elementos estruturais

7.6.4.1.3 A distância máxima entre o teto e o defletor de um chuveiro instalado sob ou próximo a uma cumeeira deve ser 0,9 m, medida perpendicularmente - ver Figuras 24 e 25.

7.6.4.1.4 Sob telhados do tipo shed, os chuveiros no ponto mais elevado não devem exceder a distância de 0,9 m medidos ao longo do telhado, com origem na cumeeira.

7.6.4.1.5 Quando o telhado for muito inclinado, a distância entre os defletores e a cumeeira pode ser aumentada para manter a distância livre horizontal mínima de 0,6 m - ver Figura 26.

Figura 24: Chuveiros sob telhados inclinados com o chuveiro diretamente sob a cumeeira; ramais acompanham a

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inclinação do telhado.

Figura 25: Chuveiros sob telhados inclinados; ramais acompanham a inclinação do telhado.

Figura 26: Distância livre horizontal na cumeeira de telhados inclinados.

7.6.4.2 Orientação do defletor

7.6.4.2.1 Os defletores devem estar alinhados paralelamente a tetos, telhados ou à inclinação de escadas.

7.6.4.2.2 O defletor do chuveiro deve estar na posição horizontal quando instalado sob a cumeeira.

7.6.4.2.3 Telhados com inclinações que não excedam a 16,7 % são considerados planos para a aplicação desta regra, e os chuveiros podem ser instalados com os defletores na posição horizontal.

7.6.5 Obstruções à descarga dos chuveiros (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão)

7.6.5.1 Os chuveiros devem ser posicionados conforme Tabela 10 e Figura 27.

7.6.5.2 Os chuveiros podem ser instalados em lados opostos de obstruções menores que 1,2 m de largura, desde que a distância entre o eixo longitudinal da obstrução e os chuveiros não exceda metade da distância máxima permitida entre chuveiros.

7.6.5.3 Obstruções menores que 760mm, e que estejam encostadas em uma parede, podem ser protegidas de acordo com a Figura 27.

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Tabela 10: Posicionamento de chuveiros para evitar obstruções na descarga (em pé e pendentes de cobertura padrão)

Distância entre Chuveiros e Lateral da Obstrução (A)

Altura Máxima do Defletor Acima da Parte Inferior da Obstrução

(mm) (B) menor que 300 mm 0

=300 mm e <450 mm 65

=450 mm e <600 mm 90

=600 mm e <750 mm 140

=750 mm e <900 mm 190

=900 mm e <1050 mm 240

=1050 mm e <1200 mm 305

=1200 mm e <1350 mm 355

=1350 mm e <1500 mm 420

Maior que 1500 mm 460

Nota: Para (A) e (B) ver Figura 27.

Figura 27: Posicionamento de chuveiros para evitar obstruções à descarga (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão).

Figura 28: Obstruções junto à parede (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão).

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7.6.5.4 Obstruções contínuas ou descontínuas localizadas a 460 mm ou menos abaixo do defletor, que evitem a formação completa da descarga em formato de guarda-chuva, devem cumprir com a Tabela 10 e Figura 27.

7.6.5.5 Os chuveiros devem ser posicionados a uma distância A três vezes maior do que a maior dimensão da obstrução (C ou D), desde que não atenda a Tabela 10 (ver Figura 29).

7.6.5.6 Em ocupações de risco leve e ordinário, somente devem ser consideradas as obstruções devido a elementos estruturais.

7.6.5.7 Os chuveiros podem ser instalados em lados opostos da obstrução desde que a distância do eixo central da obstrução até os chuveiros não exceda metade da distância permitida entre chuveiros.

7.6.5.8 Quando a obstrução for causada por treliças com espaçamento entre si de 0,50 m ou maior, os chuveiros podem ser localizados à metade da distância entre a obstrução criada pela treliça, desde que todos os seus elementos não tenham largura nominal maior que 100 mm.

7.6.5.9 Os chuveiros podem ser instalados diretamente acima do banzo inferior de uma treliça ou corda de uma tesoura, ou ainda diretamente acima de uma viga, desde que a largura desses elementos estruturais não ultrapasse 200 mm e o defletor do chuveiro esteja no mínimo a 150 mm acima desses elementos. A distância dos chuveiros até uma diagonal da tesoura ou treliça deve ser no mínimo 3 vezes a largura da diagonal.

Figura 29: Distância mínima a uma obstrução (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão).

7.6.5.10 Obstruções verticais suspensas ou sobre o piso A distância entre chuveiros e obstruções tais como divisórias em áreas de risco leve deve atender a Tabela 11 e Figura 29.

Tabela 11: Obstruções suspensas ou sobre o piso (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão) Distância Horizontal (A) Distância Vertical Mínima

abaixo do Defletor (mm) (B)

150 mm menos 75

=150 mm <225 mm 100

=225 mm e < 300 mm 150

=300 mm e < 375 mm 200

=375 mm e < 450 mm 240

=450 mm e < 600 mm 310

=600 mm e < 750 mm 390

Mais que 750 mm 450

Nota: Para (A) e (B), ver Figura 30.

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Figura 30: Obstruções suspensas ou sobre o piso (chuveiros em pé e pendentes de cobertura padrão)

7.6.5.11 Obstruções que impedem que a descarga do chuveiro atinja o risco Este item deve ser atendido quando houver obstruções contínuas ou descontínuas que interrompam a descarga d’água em um plano horizontal localizado mais de 460 mm abaixo do defletor do chuveiro, impedindo que a água atinja o risco a ser protegido. Em riscos leves e ordinários, as exigências devem ser aplicadas para obstruções localizadas a 460 mm ou menos abaixo do chuveiro.

7.6.5.11.1 Os chuveiros devem ser instalados sob obstruções fixas com largura maior que 1 m tais como dutos, pisos tipo grelha e mesas de corte.

7.6.5.11.2 Chuveiros instalados sob pisos tipo grelha devem ser protegidos contra a descarga dos chuveiros localizados em nível superior (com chapa metálica, por exemplo).

7.7 Chuveiros laterais de cobertura padrão

7.7.1 Geral Chuveiros laterais de cobertura padrão devem atender a todas as exigências do item 7.5, exceto quando modificadas em 7.7.

7.7.2 Área de proteção por chuveiro (chuveiros laterais de cobertura padrão)

7.7.2.1 Determinação da área de cobertura

7.7.2.1.1 A área de cobertura de cada chuveiro (As) deve ser determinada da seguinte maneira:

a) Ao longo da parede. Determine a distância entre chuveiros ao longo da parede (ou até a parede, no caso do ultimo chuveiro no ramal) a montante e a jusante. Escolha a maior dentre as duas dimensões: o dobro da distância até a parede final ou a distância até o próximo chuveiro. Essa dimensão é definida como S.

b) De um lado a outro do quarto. Determine a distância do chuveiro até a parede oposta ao chuveiro ou até o ponto médio do quarto, quando houver chuveiros em duas paredes opostas (ver 7.7.3.1). Essa dimensão é definida como L.

7.7.2.1.2 A área de cobertura do chuveiro será o resultado da multiplicação de S por L (A= S x L).

7.7.2.2 Área máxima de cobertura A máxima área de cobertura permitida para um chuveiro (As) deve estar de acordo com o valor indicado na Tabela 12. A área máxima de cobertura nunca deverá exceder 60 m2.

Tabela 12: Áreas de proteção e espaçamento máximo (chuveiros laterais de cobertura padrão) Risco Leve Risco Ordinário

Acabamento Combustível

Acabamento Incombustível ou de Combustibili-dade Limitada

Acabamento Combustível

Acabamento Incombustível ou

de Combustibilidade

Limitada

Distância máxima ao longo da parede (S) 4,3 m 4,3 m 3 m 3 m

Largura Máxima do Quarto (L) 3,7 cm 4,3 m 3 m 3 m

Área de Proteção Máxima 11,2 m2 18,2 m2 7,4 m2 9,3 m2

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7.7.3 Espaçamento de chuveiros (chuveiros laterais de cobertura padrão)

7.7.3.1 Distância máxima entre chuveiros

7.7.3.1.1 A distância máxima permitida entre chuveiros deve ser medida ao longo do ramal, acompanhando sua inclinação, se houver.

7.7.3.1.2 Os chuveiros laterais de cobertura padrão devem ser instalados ao longo de uma única parede de acordo com os valores máximos de espaçamento listados na Tabela 12.

7.7.3.1.3 Quando a largura do quarto for superior à largura máxima permitida (até 7,3 m para risco leve ou 6,1 m para risco ordinário) os chuveiros laterais devem ser instalados em duas paredes opostas com o espaçamento exigido pela Tabela 12, desde que nenhum chuveiro esteja localizado dentro da área máxima de cobertura de outro chuveiro.

7.7.3.2 Distância máxima até as paredes A distância (d) máxima entre um chuveiro na extremidade do ramal e a parede perpendicular à parede do ramal (ver Figura 31) deve ser a metade da distância permitida entre chuveiros conforme indicado nas Tabela 12.

7.7.3.3 Distância mínima até as paredes A distância (d) mínima entre um chuveiro na extremidade do ramal e a parede perpendicular à parede do ramal (ver Figura 31) deve ser de 100 mm. Essa distância deve ser medida perpendicularmente à parede.

Figura 31 – Distância até parede (vista em planta)

7.7.3.4 Distância mínima entre chuveiros A distância mínima entre chuveiros deve ser 1,8 m.

7.7.4 Posição do Defletor com relação a tetos e paredes (chuveiros laterais de cobertura padrão)

7.7.4.1 Distância entre defletor e tetos/forros e distância até paredes (ver Figura 32)

7.7.4.1.1 A distância entre o defletor de um chuveiro lateral e o teto deve ser no máximo 150 mm e no mínimo 100 mm.

7.7.4.1.2 Os defletores de chuveiros laterais devem estar entre 100 e 150 mm de distância das paredes nas quais estão montados.

7.7.4.1.3 Quando forem usadas molduras para acabamento da instalação de chuveiros laterais, estas não devem ter mais que 200 mm de largura ou projeção a partir da parede. Os acabamentos podem ser maiores que 200 mm quando chuveiros adicionais forem instalados abaixo do mesmo.

Figura 32 – Instalação de sprinkler lateral

7.7.4.2 Orientação do defletor

7.7.4.2.1 Os defletores devem ser alinhados paralelamente a tetos ou telhados.

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7.7.4.2.2 Quando instalados sob um teto inclinado, os chuveiros laterais devem ser localizados no ponto mais alto da inclinação e posicionados para descarregar para baixo, ao longo da inclinação.

7.7.5 Obstruções à descarga dos chuveiros (chuveiros laterais de cobertura padrão)

7.7.5.1 Objetivo

7.7.5.1.1 O posicionamento dos chuveiros deve ser feito com o objetivo de minimizar obstruções à descarga. Caso não seja possível, devem ser instalados chuveiros adicionais para garantir a cobertura adequada do risco.

7.7.5.1.2 Chuveiros laterais de cobertura padrão devem ser instalados no mínimo a 1,2 m de distância de luminárias ou obstruções semelhantes. As obstruções localizadas a mais de 1,2 m de distância do chuveiro devem estar em conformidade com a Tabela 13 e Figura 33.

Tabela 13: Posicionamento de chuveiros para evitar obstruções (chuveiros laterais) Distância dos Chuveiros Laterais à

Lateral da Obstrução (A) Distância Máxima do Defletor Acima da

Parte Inferior da Obstrução (mm) (B)

Menor que 1200 mm 0

=1200 mm e <1500 mm 25

=1500 mm e <1700 mm 50

=1700 mm e <1850 mm 75

=1850 mm e <2000mm 100

=2000mm e <2150 mm 150

=2150 mm e <2300 mm 175

=2300 mm e <2450 mm 225

=2450 mm e <2600 mm 275

Maior que 2600 mm 350

Nota: Para (A) e (B) ver Figura 33

Figura 33: Posicionamento de chuveiros para evitar obstruções (chuveiros laterais de cobertura padrão)

7.7.5.1.3 As obstruções na mesma parede onde estão instalados os chuveiros devem estar de acordo com a Tabela 14 e Figura 34.

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Tabela 14: Posicionamento de chuveiros para evitar obstruções ao longo da parede(chuveiros laterais de cobertura padrão)

Distância dos Chuveiros Laterais à lateral da Obstrução (A)

Distância Máxima Permitida do Defletor acima da parte inferior da Obstrução (mm) (B)

Menor que 150 mm 25

=150 mm e <300 mm 50

=300 mm e <450 mm 75

=450 mm e <600 mm 115

=600 mm e <750 mm 145

=750 mm e <900 mm 175

=900 mm e <1050 mm 200

=1050 mm e <1200 mm 231

=1200 mm e <1350 mm 250

=1350 mm e <1500 mm 285

=1500 mm e <1650 mm 319

=1650 mm e <1800 mm 350

=1800 mm e <1950 mm 375

=1950 mm e <2100 mm 106

=2100 mm e <2250 mm 438

Note: Para (A) e (B), ver Figura 34.

Figura 34: Posicionamento de chuveiros para evitar obstruções ao longo da parede (chuveiro lateral de cobertura padrão).

7.7.5.2 Obstruções à descarga do chuveiro

7.7.5.2.1 Obstruções contínuas ou descontínuas localizadas a 460 mm ou menos abaixo do defletor, que evitem a formação completa da descarga em formato de guarda-chuva, devem cumprir com este item, independentemente das regras deste item, as obstruções sólidas contínuas devem também atender as exigências de 7.7.5.1.2.

7.7.5.2.2 Os chuveiros devem ser posicionados a uma distância A três vezes maior do que a maior dimensão da obstrução C ou D, até o máximo de 610 mm (por exemplo: vigas, colunas, tubos e luminárias). Chuveiros laterais devem ser posicionados conforme Figura 35, (quando houver obstruções).

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Figura 35: Distância mínima até a obstrução (chuveiro lateral de cobertura padrão).

7.7.5.2.3 Obstruções verticais suspensas ou sobre o piso A distância entre chuveiros e obstruções tais como divisórias em áreas de risco leve deve atender a Tabela 15 e a Figura 36.

Tabela 15: Obstruções suspensas ou sobre o piso (chuveiros laterais de cobertura padrão)

Distância Horizontal (A) Distância Vertical Mínima abaixo

do Defletor (mm) (B)

150 mm ou menos 75

=150 mm <225 mm 100

=225 mm e < 300 mm 150

=300 mm e < 375 mm 200

=375 mm e < 450 mm 240

=450 mm e < 600 mm 310

=600 mm e < 750 mm 390

Mais que 750 mm 450

Nota: Para (A) e (B), ver Figura 36

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Figura 36: Obstruções suspensas ou sobre o piso (chuveiros laterais).

7.7.5.3 Obstruções que impedem que a descarga do chuveiro atinja o risco

7.7.5.3.1 Este item deve ser atendido quando houver obstruções contínuas ou descontínuas que interrompam a descarga de água em um plano horizontal localizado a mais de 460 mm abaixo do defletor do chuveiro, impedindo que a água atinja o risco a ser protegido.

7.7.5.3.2 Chuveiros devem ser instalados sob obstruções fixas com largura maior que 1,2 m tais como dutos, pisos tipo grelha e mesas de corte.

7.8 Chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida

7.8.1 Geral Chuveiros de cobertura estendida pendentes e em pé devem atender a todas as exigências do item 7.5, exceto quando modificadas em 7.8.

7.8.2 Áreas de proteção por chuveiro (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida)

7.8.2.1 Determinação da área de cobertura A área de cobertura (As) de chuveiros de cobertura estendida não deve ser menor do que aquela recomendada pelo fabricante. As áreas de proteção devem ser quadradas, conforme mostrado na Tabela 16.

Tabela 16 Áreas de cobertura e espaçamento máximo (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida)

Risco Leve Risco Ordinário Risco Extra

Área de Proteção

Distância Área de Proteção

Distância Área de Proteção

Distância

Teto (m2) (m) (m2) (m) (m2) (m)

37,2 6,1 37,2 6,1 — —

30,2 5,5 30,2 5,5 — —

24 4,9 24 4,9 — —

— — 18,5 4,3 18,5 4,3

Sem obstruções

— — 13,7 3,7 13,7 3,7

37,2 6,1 37,2 6,1 — —

30,2 5,5 30,2 5,5 — —

24 4,9 24 4,9 — —

— — 18,5 4,3 18,5 4,3

Incombustível Obstruído (quando especificamente testado para este fim)

— — 13,7 3,7 13,7 3,7

Combustível Desobstruído

N/A N/A N/A N/A N/A N/A

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7.8.2.2 Área máxima de cobertura A máxima área de cobertura permitida para um chuveiro (As) deve estar de acordo com o valor indicado nas Tabela 16. A máxima área de cobertura de qualquer chuveiro não deve exceder 37,2 m2.

7.8.3 Espaçamento de chuveiros (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida)

7.8.3.1 Distância máxima entre chuveiros A distância máxima permitida entre chuveiros deve atender a Tabela 16.

7.8.3.2 Distância máxima até as paredes

7.8.3.2.1 A distância dos chuveiros até paredes não deve exceder metade da distância permitida entre chuveiros conforme indicado na Tabela 16. A distância da parede ao chuveiro deve ser medida perpendicularmente à parede.

7.8.3.2.2 Nos casos em que as paredes formam ângulos ou sejam irregulares, a distância máxima horizontal entre um chuveiro e qualquer ponto do piso protegido por aquele chuveiro não deve exceder ¾ da distância máxima permitida entre chuveiros, desde que a distância máxima perpendicular não seja excedida. Ver Figura 20.

7.8.3.3 Distância mínima até as paredes A distância mínima de um chuveiro até uma parede deverá ser 100 mm.

7.8.3.4 Distância mínima entre chuveiros A distância mínima entre chuveiros deve ser 1,8 m.

7.8.4 Posição do defletor (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida)

7.8.4.1 Distância entre defletor e tetos/forros

7.8.4.1.1 Sob tetos lisos, a distância entre o defletor e o teto deve ser no mínimo 25 mm e no máximo 300 mm. Chuveiros específicos para forros (ocultos, embutidos ou flush) podem ter o elemento de operação acima do forro e o defletor localizado mais próximo do forro quando instalado conforme a recomendação do fabricante.

7.8.4.1.2 Sob tetos com obstruções, o defletor do chuveiro deve estar entre os planos horizontais localizados entre 25 mm e 150 mm abaixo dos elementos estruturais e a uma distância máxima de 560 mm abaixo do teto/telhado.

7.8.4.1.3 Caso as distâncias laterais recomendadas em 7.6.5.1 sejam respeitadas, os defletores podem estar no mesmo nível ou acima da superfície inferior de elemento estrutural.

7.8.4.1.4 Chuveiros instalados nos vãos entre as obstruções podem estar a um mínimo de 25 mm e um máximo de 300 mm abaixo do teto.

7.8.4.1.5 A distância máxima entre o teto e o defletor de um chuveiro instalado sob ou próximo a uma cumeeira deverá ser 0,9 m, medida perpendicularmente. Ver Figuras 24 e 25.

7.8.4.2 Orientação do defletor Os defletores dos chuveiros devem ser alinhados paralelamente a tetos e telhados.

7.8.5 Obstrução à descarga dos chuveiros (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida)

7.8.5.1 Objetivo

7.8.5.1.1 Os chuveiros devem ser posicionados conforme 7.6.5.2, Tabela 17 e Figura 37.

7.8.5.1.1.1 Os chuveiros podem ser instalados em lados opostos de obstruções menores que 1.2 m de largura desde que a distância entre o eixo longitudinal da obstrução e os chuveiros não exceda metade da distância máxima permitida entre chuveiros.

7.8.5.1.1.2 Obstruções menores que 760mm e que estejam encostadas em uma parede, podem ser protegidas de acordo com a Figura 38.

Tabela 17 Posicionamento de chuveiros para evitar obstruções na descarga (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida)

Distância entre Chuveiros e Lateral da Obstrução (A)

Distância Máxima do Defletor Acima do Nível Inferior da Obstrução (mm) (B)

Menor que 300 mm 0

=300 mm e <450 mm 0

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=450 mm e <600 mm 25

=600 mm e <750 mm 25

=750 mm e <900 mm 25

=900 mm e <1050 mm 75

=1050 mm e <1200 mm 75

=1200 mm e <1350 mm 125

=1350 mm e <1500 mm 175

=1500 mm e <1650 mm 175

=1650 mm e <1800 mm 175

=1800 mm e <1950 mm 225

=1950 mm e <2100 mm 275

=2100 mm 350

Nota: Para (A) e (B), ver Figura 37

Figura 37: Posicionamento dos chuveiros para evitar obstruções à descarga (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida).

Figura 38: Obstruções junto à parede (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida).

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7.8.5.2 Obstruções à descarga do chuveiro

7.8.5.2.1 Obstruções contínuas ou descontínuas localizadas a 460 mm ou menos abaixo do defletor, que evitem a formação completa da descarga em formato de guarda-chuva, devem cumprir a Tabela 17.

7.8.5.2.2 Os chuveiros devem ser posicionados a uma distância A quatro vezes maior do que a maior dimensão da obstrução C ou D (Ver Figura 39). 7.8.5.2.2.1 Os chuveiros podem ser instalados em lados opostos da obstrução desde que a distância do eixo central da obstrução até os chuveiros não exceda metade da distância permitida entre chuveiros.

7.8.5.2.2.2 Quando a obstrução for causada por treliças com espaçamento entre si de 0,50 m ou maior, os chuveiros podem ser localizados à metade da distância entre a obstrução criada pela treliça desde que todos os seus elementos não tenham largura nominal maior que 100 mm.

7.8.5.2.2.3 Os chuveiros podem ser instalados diretamente acima do banzo inferior de uma treliça ou corda de uma tesoura, ou ainda diretamente acima de uma viga, desde que a largura desses elementos estruturais não ultrapassem 200 mm e o defletor do chuveiro esteja no mínimo a 150 mm acima desses elementos. A distância dos chuveiros até uma diagonal da tesoura ou treliça deve ser no mínimo quatro vezes a largura da diagonal.

Figura 39 Distância mínima até a obstrução (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida).

7.8.5.2.3 Obstruções verticais suspensas ou sobre o piso. A distância entre chuveiros e obstruções, tais como divisórias em áreas de risco leve, deve atender a Tabela 18 e Figura 40.

Tabela 18: Obstruções suspensas ou sobre o piso (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida)

Distância Horizontal (A) Distância Vertical Mínima abaixo do

Defletor (mm) (B)

150 mm ou menos 75

=150 mm <225 mm 100

=225 mm e < 300 mm 150

=300 mm e < 375 mm 200

=375 mm e < 450 mm 240

=450 mm e < 600 mm 310

=600 mm e < 750 mm 390

Mais que 750 mm 450

Nota: Para (A) e (B), ver Figura 40.

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Figura 40: Obstruções suspensas ou sobre o piso (chuveiros em pé e pendentes de cobertura estendida)

7.8.5.3 Obstruções que impedem que a descarga do chuveiro atinja o risco Este item deve ser atendido quando houver obstruções contínuas ou descontínuas que interrompam a descarga d’água em um plano horizontal localizado mais de 460 mm abaixo do defletor do chuveiro, impedindo que a água atinja o risco a ser protegido.

7.8.5.3.1 Chuveiros devem ser instalados sob obstruções fixas com largura maior que 1,2 m tais como dutos, pisos tipo grelha e mesas de corte.

7.8.5.3.2 Chuveiros instalados sob pisos tipo grelha devem ser protegidos contra a descarga dos chuveiros localizados em nível superior (com chapa metálica, por exemplo).

7.9 Situações Especiais

7.9.1 Espaços encobertos

7.9.1.1 Todos os espaços encobertos fechados, parcial ou totalmente, de construção combustível, devem ser protegidos por chuveiros, exceto nos seguintes casos:

a) Espaços fechados preenchidos completamente com isolamento incombustível.

b) Espaços fechados sobre pequenas salas isoladas com área de até 4,6 m2.

c) Quando forem usados materiais rígidos e as superfcies expostas tenham um coeficiente de propagação de chama de 25 ou menos e o material tenha demonstrado não propagar o fogo da maneira como foi instalado no local.

d) Espaços fechados incombustíveis que tenham isolamento combustível exposto, quando o conteúdo de calor da face externa e do substrato do isolamento não exceder 11.400 kJ/m2.

7.9.1.2 Chuveiros instalados em espaços encobertos que não podem ser usados para armazenagem ou outros usos devem ser projetados para risco leve.

7.9.2 Shafts

7.9.2.1 Um chuveiro deve ser instalado no topo de shafts, exceto nos casos em que o shaft for inacessível, incombustível ou de incombustibilidade limitada.

7.9.2.2 Quando os shafts tiverem superfícies combustíveis, um chuveiro deve ser instalado a cada dois pavimentos. Caso a água desses chuveiros não consiga atingir alguns pontos do shaft, estes devem ser protegidos por chuveiros adicionais.Quando um shaft for acessível e tiver superfícies incombustíveis, deve ser instalado um chuveiro próximo ao fundo.

7.9.3 Escadas

7.9.3.1 Chuveiros devem ser instalados sob todas as escadas combustíveis.

7.9.3.2 Em escadas enclausuradas, quando a escada e as paredes que a circundam são incombustíveis, devem ser instalados chuveiros no topo do poço da escada e sob o primeiro lance na parte inferior do poço. Caso a área sob qualquer lance de escadas seja usado para armazenagem, este deve ser protegido por chuveiros.

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7.9.3.3 Chuveiros devem ser instalados em cada pavimento de escadas enclausuradas quando duas ou mais portas se abrem deste pavimento para áreas de fogo independentes.

7.9.4 Aberturas verticais

7.9.4.1 Escadas rolantes, escadas comuns ou outras aberturas devem ser protegidas por chuveiros e cortinas guarda-vento (draft-curtains).

7.9.4.2 As cortinas devem ser instaladas imediatamente ao lado da abertura, devem ter profundidade de pelo menos 460 mm, e devem ser de material inconmbustível ou de combustibilidade limitada. Os chuveiros devem ser espaçados a no máximo 1,8 m, e entre 150 mm e 300 mm de distância da cortina, no lado externo à abertura.

7.9.4.3 Não é necessário instalar chuveiros e cortinas guarda-vento ao redor de grandes aberturas como as encontradas em shopping centers, átrios e estruturas similares, quando todos os níveis adjacentes forem protegidos por chuveiros automáticos e quando todas as aberturas tiverem dimensões horizontais maiores que 6 m e áreas de 93 m2 ou maiores.

7.9.5 Poços e casas de máquinas de elevadores

7.9.5.1 Chuveiros laterais devem ser instalados no fundo de cada poço de elevador, a no máximo 600 mm acima do piso do poço, exceto quando este for fechado, incombustível, e não contiver fluidos hidráulicos combustíveis.

7.9.5.2 Chuveiros automáticos em salas de máquinas de elevadores ou no topo de poços devem ser de temperatura normal ou intermediária.

7.9.5.3 Os chuveiros no topo do poço do elevador devem ser em pé ou pendentes.

7.9.6 Espaços sob plataformas de carga externas Quando combustível, o espaço sob plataformas externas de cargas deve ser protegido por chuveiros, exceto quando todas as condições a abaixo forem satisfeitas:

a.) O espaço não deve ser acessível para armazenagem, e deve ser protegido contra o acúmulo de lixo trazido pelo vento.

b.) O espaço não deve conter equipamentos como correias transportadoras e aquecedores que utilizem combustíveis líquidos ou gasosos.

c.) O piso sobre o espaço deve ser estanque.

d.) Nenhum líquido combustível ou inflamável deve ser processado, manuseado ou armazenado no piso acima do espaço.

7.9.7 Toldos e coberturas de plataformas externas

7.9.7.1 Toldos e telhados externos, de construção combustível e com largura maior que 1,2 m, devem ter proteção por chuveiros.

7.9.7.2 Toldos e telhados externos sob os quais há armazenagem de materiais combustíveis, independentemente do tipo de construção e largura, devem er proteção por chuveiros.

7.9.8 Limpeza interna da rede de chuveiros Todos os sistemas de chuveiros devem poder ser limpos internamente quando necessário. Conexões de fácil remoção devem ser instaladas na extremidade de cada tubulação subgeral. Todas as subgerais devem terminar em um tubo DN32 ou maior. Todos os ramais em sistemas do tipo grelha devem ser dispostos de modo a facilitar a limpeza interna.

7.9.9 Curvas de retorno Curvas de retorno devem ser usadas quando chuveiros pendentes forem alimentados por água crua ou outra fonte que contenha impurezas. As curvas de retorno devem ser conectadas ao topo dos ramais para evitar o acúmulo de sedimento (Ver Figura 41).

7.9.9.1 As curvas de retorno não são necessárias em sistemas dilúvio nem quando forem usados chuveiros pendentes secos.

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Figura 41: Curva de Retorno.

8 Métodos de cálculos

8.1 Métodos utilizados

Os sistemas de chuveiros podem ser dimensionados pelos métodos do cálculo por tabela ou por cálculo hidráulico. O método de cálculo hidráulico deve ser utilizado para todos os sistemas novos. Os casos onde o cálculo por tabela é aceito estão em 8.4.2.

8.2 Ocupações adjacentes

Quando houver dois ou mais tipos de ocupação adjacentes, e caso essas ocupações não sejam isoladas fisicamente por barreiras ou divisórias capazes de impedir, por algum tempo, que o calor do fogo em uma área abra os chuveiros automáticos na(s) área(s) adjacente(s), o sistema de chuveiros da ocupação de maior demanda de água deve se estender 4,5 m além de seu perímetro.

8.3 Classificação de ocupações

8.3.1 As ocupações, ou partes delas, devem ser classificadas de acordo com a quantidade e combustibilidade do conteúdo, quantidade prevista de liberação de calor, potencial total de liberação de energia e presença de líquidos inflamáveis e combustíveis. A classificação é a seguinte:

a) Risco leve. b) Risco Ordinário (Grupos 1 e 2). c) Risco Extra (Grupos 1 e 2).

8.4 Demanda de água – método de cálculo por tabela

8.4.1 A Tabela 19 deve ser usada para a determinação das quantidades mínimas de água exigidas para riscos leves e ordinários protegidos por sistemas dimensionados por tabela. Para riscos extraordinários, o dimensionamento deve ser feito por cálculo hidráulico, conforme os parâmetros de pressão e vazão devem ser baseados nos métodos de cálculo hidráulico conforme 8.5.

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Tabela 19: Demanda de água para sistemas calculados por tabela

Tipo de Ocupação Pressão Residual Mínima

Exigida (kPa)

Vazão na Base da Coluna Principal do Sistema

(Incluindo Demanda de Hidrantes) (L/min) Duração (minutos)

Risco Leve 100 1900-2850 30-60 Risco Ordinário 140 3200-5650 60-90

8.4.2 O método de cálculo por tabela só pode ser utilizado em novas instalações com área máxima de 465 m2, ou em ampliações ou modificações de sistemas existentes calculados por tabela. Excepcionalmente, o método de cálculo por tabela pode ser usado em sistemas com área superior a 465 m2 quando a vazão exigida pela Tabela 19 estiver disponível no chuveiro mais elevado, a uma pressão residual mínima de 340 kPa.

8.4.3 A duração menor indicada na Tabela 19 é aceitável somente quando houver um alarme acionado por vazão de água conectado a uma central de alarmes remota.

8.4.4 Pressão residual

8.4.4.1 As pressões residuais indicadas na Tabela 19 devem ser atingidas na cota do chuveiro mais alto.

8.4.4.2 Quando forem usadas válvulas de retenção em sistemas calculados por tabela, a perda de carga devido às válvulas deve ser considerada ao se determinar a pressão residual aceitável no nível mais alto dos chuveiros.

8.4.5 Os valores mais baixos de vazão da Tabela 19 somente podem ser usados quando o edifício for de construção incombustível, ou quando as áreas potenciais de incêndio forem limitadas pelo tamanho do edifício ou por compartimentação, de modo que não haja áreas abertas maiores que 280 m2 no caso de riscos leves, ou 370 m2 no caso de riscos ordinários.

8.5 Demanda de água - métodos de cálculo hidráulico

8.5.1 A demanda mínima de água de um sistema de chuveiros projetado por cálculo hidráulico deve ser determinada somando-se a demanda de hidrantes da Tabela 20 à demanda dos chuveiros determinada em 8.5.2.

Tabela 20: Demanda de hidrantes e duração do abastecimento de água para sistemas projetados por cálculo hidráulico

Tipo de Ocupação Hidrantes Internos (L/min)

Demanda Combinada de Hidrantes Internos e

Externos (L/min) Duração (minutos) Risco Leve 0, 190 ou 380 380 30

Risco Ordinário 0, 190 ou 380 950 60-90 Risco Extra 0, 190 ou 380 1900 90-120

8.5.2 Curvas de densidade/área. A demanda de água dos chuveiros pode ser calculada utilizando-se as curvas de densidade/área da Figura 42 quando for usado o método densidade/área ou o método baseado no recinto.

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FIGURA 42: Curvas de densidade/área.

8.5.3 Demanda de hidrantes em áreas com várias classificações de risco

Em sistemas em vários tipos de riscos, a demanda dos hidrantes deve atender a uma das seguintes condições: a) Ser a demanda para o risco mais alto, ou b) Ser a soma das demandas de cada tipo de risco ao valor calculado da área de operação daquele risco, ou c) Em sistemas com vários tipos de riscos, desde que os riscos mais graves estejam localizados somente em

recintos com área máxima de 40 m2, e desde que nenhum deles seja adjacente, a demanda deve ser a demanda de hidrantes do risco principal.

8.5.4 Restrições

Independentemente de qual dos dois métodos for usado, as seguintes restrições são aplicáveis: a) Em riscos leves e ordinários, quando a área de operação dos chuveiros for menor que 140 m2, deve ser usada a

densidade para 140 m2. b) Em riscos extra, quando a área de operação dos chuveiros for menor que 230 m2, deve ser usada a densidade

para 230 m2. c) A demanda de água de cortinas d’água deve ser somada à demanda dos chuveiros do teto, no ponto de conexão.

As demandas devem ser balanceadas de acordo com a maior pressão. d) A demanda de água dos chuveiros instalados em espaços encobertos ou sob obstruções, como dutos, não

precisa ser adicionada à demanda do teto. e) Quando houver hidrantes internos, as seguintes condições devem ser aplicadas:

1. Quando for instalado um único hidrante interno, a demanda de 190 L/min deve ser acrescentada à demanda dos chuveiros.

2. Quando forem instalados vários hidrantes internos, a demanda de 380 L/min deve ser acrescentada à demanda dos chuveiros.

3. A demanda deve ser somada em incrementos de 190 L/min, a partir do hidrante interno mais remoto, com cada incremento sendo acrescentado à pressão exigida pelo sistema de chuveiros naquele ponto.

f) A demanda de água dos hidrantes externos deve ser somada à demanda dos chuveiros e dos hidrantes internos no ponto de conexão com a rede pública ou em um hidrante externo, escolhendo-se o ponto mais próximo da coluna de alimentação do sistema.

g) Os valores de duração menores indicados na Tabela 20 podem ser usados somente quando houver um alarme acionado por vazão de água conectado a uma central de alarmes remota.

8.5.5 Método densidade/área

8.5.5.1 Demanda de água

A demanda de água dos chuveiros deve ser determinada pelas curvas de densidade/área da Figura 42. Ao utilizar a Figura 42, os cálculos devem satisfazer um ponto da curva de densidade/área selecionada, não sendo necessário atender todos os pontos dessa curva.

8.5.5.2 Chuveiros

8.5.5.2.1 As densidades e áreas da Figura 42 devem ser usadas somente com chuveiros tipo spray.

8.5.5.2.2 Chuveiros de resposta rápida não podem ser usados em ocupações de risco extra.

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8.5.5.2.3 Chuveiros laterais podem ser usados em ocupações de risco leve e, quando especificamente certificados, em ocupações de risco ordinário Grupo 1 e 2.

8.5.5.2.4 Para chuveiros de cobertura estendida, a área de projeto mínima deve ser aquela que corresponde à máxima densidade para o risco na Figura 42, ou a área protegida por cinco chuveiros, escolhendo-se a maior dentre as duas.

8.5.5.2.5 Os sistemas de chuveiros de cobertura estendida devem ser projetados com base na vazão mínima correspondente à densidade para a menor área de operação, conforme especificado na Figura 42.

8.5.5.3 Chuveiros de resposta rápida

8.5.5.3.1 Quando chuveiros de resposta rápida, incluindo chuveiros de cobertura estendida de resposta rápida, forem usados na totalidade ou em parte de um sistema que tenha a mesma base de cálculo hidráulico, a área de operação do sistema poderá ser reduzida sem alteração da densidade indicada na Figura 43, quando todas as seguintes condições forem satisfeitas:

a) Sistema de tubo molhado. b) Ocupações de risco leve ou ordinário. c) Pé direito máximo de 6,1 m.

8.5.5.3.2 O número de chuveiros na área de operação nunca deve ser menor que cinco.

8.5.5.3.3 Quando forem usados chuveiros de resposta rápida em tetos inclinados, a máxima altura do telhado deve ser usada para a determinação da porcentagem de redução da área de operação.

8.5.5.3.4 Quando forem instalados chuveiros de resposta rápida, todos os chuveiros no mesmo compartimento deverão ser de resposta rápida.

8.5.5.3.5 Quando as circunstâncias exigirem o uso de chuveiros diferentes dos de temperatura normal, será permitido o uso de chuveiros de resposta normal.

8.5.5.4 Tetos inclinados

A área de operação do sistema deve ser aumentada em 30 por cento, sem alteração da densidade, quando chuveiros tipo spray, incluindo chuveiros de cobertura estendida e chuveiros de resposta rápida, forem usados em tetos com inclinação maior que 16,7 por cento.

Figura 43 Redução da área de operação devido a chuveiros de resposta rápida.

8.5.5.5 Sistemas de ação prévia com bloqueio duplo. Para sistemas de ação prévia com bloqueio duplo, a área de operação deve ser aumentada em 30 por cento, sem alteração da densidade.

8.5.5.6 Chuveiros de temperatura alta. Quando forem usados chuveiros de temperatura alta em ocupações de risco extra, a área de operação dos chuveiros poderá ser reduzida em 25 por cento, sem alteração da densidade, até o limite de 190 m2.

8.5.5.7 Ajustes múltiplos

Quando for necessário aplicar mais de um ajuste à área de operação, estes devem ser cumulativos, com base na área de operação escolhida originalmente na Figura 42.

8.5.6 Método de cálculo por recinto

8.5.6.1 O fornecimento de água para chuveiros deve ser baseado no recinto que apresentar a maior demanda.

8.5.6.2 A densidade deve ser selecionada da Figura 42, correspondendo ao tamanho do recinto.

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8.5.6.3 Para utilizar o método de cálculo por recinto, todos os recintos devem ser fechados com paredes com resistência ao fogo equivalente à duração do fornecimento de água indicado na Tabela 20.

8.5.6.4 Se o recinto for menor que a menor área indicada na curva aplicável da Figura 42, devem ser aplicadas as restrições descritas em 8.5.4 (a) e (b).

8.5.6.5 As aberturas devem ter as seguintes proteções mínimas: a) Risco leve -Portas de fechamento automático, sem resistência mínima ao fogo. b) Risco leve sem proteção de aberturas - Quando as aberturas não forem protegidas, o cálculo deve incluir os

chuveiros no recinto e dois chuveiros nos espaços comunicantes mais próximos a cada abertura desprotegida. Caso o espaço comunicante tenha somente um chuveiro, o cálculo deve incluir a operação desse chuveiro. Os chuveiros escolhidos do recinto e dos espaços comunicantes devem ser aqueles que produzam a maior demanda hidráulica.

c) Risco ordinário e extra - Portas automáticas ou de fechamento forçado com resistência ao fogo compatível à das paredes.

8.5.6.6 Quando o método de cálculo por recinto for utilizado e a área sob consideração for um corredor protegido por uma fileira de chuveiros provido de aberturas protegidas de acordo com 8.5.6.5, o número máximo de chuveiros que precisa ser calculado é cinco.

8.5.6.7 Quando a área sob consideração for um corredor protegido por uma fileira de chuveiros em uma ocupação de risco leve, a área de cálculo deve incluir todos os chuveiros do corredor até o número máximo de cinco.

8.5.6.8 Quando a área sob consideração for um corredor protegido por uma fileira de chuveiros, e as aberturas não forem protegidas, a área de cálculo deve incluir todos os chuveiros do corredor até o número máximo de sete.

8.5.7 Áreas especiais de cálculo.

8.5.7.1 Quando uma área for protegida por uma única fileira de chuveiros, a área de operação deve incluir todos os chuveiros na fileira até o número máximo de sete.

8.5.8 Proteção contra incêndios externos

8.5.8.1 A tubulação deve ser dimensionada por cálculo hidráulico, de modo a fornecer uma pressão mínima de 0,5 bar a qualquer chuveiro, com todos os chuveiros operando defronte à exposição.

8.5.8.2 Quando a fonte de abastecimento de água alimentar outros sistemas de proteção contra incêndio, ela deve ser capaz de atender à demanda total desses sistemas e do sistema contra incêndios externos.

8.5.9 Cortinas d’água

8.5.9.1 Os chuveiros em cortinas d’água devem ser projetados por cálculo hidráulico para descarregar 37 L/min por metro linear de cortina d’água, com descarga mínima de 55 L/min por chuveiro.

8.5.9.2 Quando as cortinas d’água utilizarem chuveiros automáticos, o número de chuveiros utilizados no cálculo deve ser igual ao número de chuveiros no trecho correspondente ao trecho paralelo aos ramais na área determinada por 9.4.7.1.1.

8.5.9.3 Caso seja possível que um mesmo incêndio abra os chuveiros da cortina d’água e os da área de operação de um sistema projetado por cálculo hidráulico, as demandas de água da cortina e do sistema projetado por cálculo hidráulico devem ser somadas e balanceadas com base na demanda da área calculada.

8.5.9.4 O cálculo hidráulico deve incluir uma área de operação escolhida de modo a incluir os chuveiros de teto adjacentes à cortina d’água.

9 Plantas e Cálculos

9.1 Plantas de trabalho e memória descritiva

9.1.1 As plantas de trabalho devem ser feitas em escala, em folhas de tamanho uniforme, com uma planta por pavimento-tipo, e devem mostrar os itens da lista a seguir que se referem ao projeto do sistema:

a) Identificação do proprietário ou responsável pelo uso

b) Localização, incluindo endereço.

c) Indicação do norte.

d) Vista em corte da altura total, ou diagrama esquemático, incluindo informações sobre elementos estruturais, quando necessário para maior clareza, incluindo tipo de teto e método de proteção de tubulação não metálica.

e) Localização de divisórias.

f) Localização de paredes corta-fogo.

g) Classificação de risco de cada área ou cômodo.

h) Localização e dimensões de espaços encobertos, closets, sótãos e banheiros.

i) Todos os ambientes pequenos nos quais não serão instalados chuveiros.

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j) Fontes de abastecimento de água, incluindo pressão e cota.

k) Fabricante, tipo, modelo, fator K nominal e número de identificação dos chuveiros.

l) Temperatura de operação e localização de chuveiros de alta temperatura.

m) Área total protegida por cada sistema em cada pavimento.

n) Número de chuveiros ligados a cada coluna de alimentação, em cada pavimento.

o) Número total de chuveiros em cada sistema de ação prévia ou sistema dilúvio.

p) Tipo de tubo e espessura de parede.

q) Diâmetros nominais e comprimentos dos tubos. Quando os ramais forem similares, é necessário dimensionar somente um ramal típico.

r) Localização e dimensões dos niples de elevação.

s) Tipos de conexões e uniões, e localização de todas as soldas e curvas. O instalador deve especificar nas plantas todas as seções que serão pré-montadas, em local isolado e protegido, e os tipos de conexões que serão usadas.

t) Tipos e localização de suportes, braçadeiras e métodos de fixação de chuveiros, quando aplicável.

u) Todas as válvulas de controle, válvulas de retenção, drenos e conexões de teste.

v) Fabricante, tipo, modelo e diâmetro de válvulas de alarme.

w) Fabricante, tipo, modelo e diâmetro de válvulas de ação prévia ou dilúvio.

x) Tipo e localização das campainhas de alarme.

y) Diâmetro e localização das colunas de sistemas de hidrantes internos, hidrantes, mangotinhos, canhões monitores e equipamentos similares, desde que interligados ao sistema de chuveiros automáticos.

z) Dimensões, localização e materiais da rede externa de água, assim como de válvulas e outros acessórios.

aa) Informação sobre pontos da tubulação que serão utilizados para lavagem interna da tubulação.

bb) Em caso de ampliação ou modificação do sistema existente, deve ser indicada uma parte suficientemente grande do sistema existente para que todas as condições sejam claramente demonstradas.

cc) Em sistemas projetados por cálculo hidráulico, a informação hidráulica deve constar da legenda da planta.

dd) Uma representação gráfica da escala usada em todas as plantas.

ee) Nome e endereço do instalador.

ff) Indicação nas plantas dos pontos de referência hidráulicos utilizados nas folhas de cálculo hidráulico.

gg) A quantidade mínima de aplicação de água (densidade), a área de aplicação de água e vazão necessária para hidrantes internos e externos, quando aplicável.

hh) A quantidade total de água e a pressão exigida indicada em um ponto de referência comum de cada sistema.

ii) Cotas relativas dos chuveiros, pontos de conexão e de fontes de abastecimento, ou pontos de referência.

jj) Se for usado o método de cálculo por recinto, todas as aberturas desprotegidas das paredes em todo o pavimento protegido.

kk) Regulagem (set point) das válvulas redutoras de pressão.

ll) Informação sobre válvulas de retenção (fabricante, diâmetro e tipo).

mm)Diâmetro e localização de hidrantes, mostrando diâmetro e número de saídas, e se as saídas serão equipadas com válvulas gaveta independentes. Se haverá gabinetes de mangueiras e equipamentos, e nome do fornecedor.

nn) Diâmetro, localização e disposição da tubulação de recalque para bombeiros.

9.1.2 Os documentos devem também incluir instruções de instalação do fabricante para qualquer equipamento especial, incluindo descrições, aplicações e limitações de quaisquer chuveiros, equipamentos, tubulações ou conexões.

9.2 Informações sobre o abastecimento de água

9.2.1 Informações sobre a capacidade do abastecimento de água. As seguintes informações devem ser incluídas: a) Localização e cotas dos manômetros de teste utilizados para medir as pressões estática e residual, com relação

ao ponto de referência da(s) coluna(s) do(s) sistema(s).

b) Local de vazão.

c) Pressão estática.

d) Pressão residual.

e) Vazão.

f) Data.

g) Hora.

h) Pessoa que realizou o teste ou forneceu os dados.

i) Outras fontes de água, incluindo pressão e cota.

9.2.2 Informações sobre tratamento de água. As informações a seguir devem ser incluídas quando exigido: a) Tipo de condição que exige tratamento.

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b) Tipo de tratamento necessário para resolver o problema.

c) Detalhes do plano de tratamento.

9.3 Formulários de cálculos hidráulicos

9.3.1 Os cálculos hidráulicos devem ser feitos em formulários que consistam de uma folha de resumo, planilhas detalhadas e um gráfico.

9.3.2 A folha de resumo deve conter as seguintes informações, quando aplicável: a) Data.

b) Endereço da instalação.

c) Nome do proprietário ou responsável pelo uso.

d) Descrição do risco (ex: Risco leve, Risco Ordinário Grupo 1).

e) Nome do responsável técnico.

f) Nome do órgão responsável pela aprovação.

g) Parâmetros de projeto do sistema, conforme descrito a seguir:

1) Área de operação do sistema, em m2.

2) Densidade mínima de água, em mm/min.

3) Área por chuveiro, m2.

h) Demanda total calculada, incluindo a demanda de hidrantes internos e externos, cortina d’água e chuveiros contra incêndios externos, quando aplicável.

i) Limitações (dimensão, vazão e pressão) apresentadas por chuveiros de cobertura estendida ou outros chuveiros especiais.

9.3.3 As planilhas de cálculo devem conter as seguintes informações: a) Número de página.

b) Descrição do chuveiro e constante de descarga (K).

c) Pontos de referência hidráulica.

d) Vazão, L/min.

e) Diâmetros dos tubos.

f) Comprimentos dos tubos.

g) Comprimentos equivalentes de conexões e equipamentos.

h) Perda de carga na tubulação de tubo.

i) Perda de carga total entre pontos de referência.

j) Carga de elevação entre pontos de referência.

k) Pressão requerida em cada ponto de referência.

l) Carga de velocidade e pressão normal, se incluídas nos cálculos.

m) Anotações indicando pontos de partida ou referências a outras páginas, ou para esclarecer informações prestadas.

n) Diagrama que deve acompanhar cálculos de sistemas tipo grelha para indicar vazões e direções de fluxo nos ramais com chuveiros operando na área remota (ver Figura 44).

o) Cálculo do fator K combinado de chuveiros em derivações, quando os cálculos não se iniciarem no chuveiro.

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Figura 44 – Exemplo de indicação de área hidráulica mais remota – sistema tipo grelha

9.3.4 Uma representação gráfica do cálculo hidráulico completo deve ser traçada em papel monolog (Q1.85) e deve incluir: a) Curva de abastecimento de água.

b) Demanda do sistema de chuveiros.

c) Demanda de hidrantes (quando aplicável).

9.4 Procedimentos de cálculos hidráulicos

9.4.1 As regras referentes a sistemas dimensionados por tabela não se aplicam a sistemas dimensionados por cálculo hidráulico, sejam estes novos sistemas ou ampliações de sistemas existentes, exceto pelo fato de que todos os sistemas continuam a ter limitação de área.

9.4.2 Os tubos de material ferroso não podem ter diâmetro nominal menor que DN25, e os de cobre ou de materiais não metálicos não podem ter diâmetro menor que DN20.

9.4.3 O diâmetro de tubos, quantidade de chuveiros por ramal e o número de ramais por tubulação subgeral devem ser limitados somente pela quantidade de água disponível.

9.4.4 O espaçamento entre chuveiros e todas as outras regras cobertas nesta e em outras normas aplicáveis devem ser observadas.

9.4.5 Fórmulas

9.4.5.1 Fórmulas de Perda de Carga.

9.4.5.1.1 A perda de carga em tubos deve ser determinada com base na fórmula de Hazen-Williams:

587,485,1

85,1

10605

=

m

m

dCQ

J

onde (unidades SI):

J = perda de carga por atrito em kPa/m Qm = vazão em L/min C = fator de Hazen-Williams dm = diâmetro interno real em mm

9.4.5.1.2 Fórmula de carga de velocidade. A carga de velocidade deve ser determinada com base na seguinte fórmula:

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4

2225D

QPv =

onde:

Pv = pressão de velocidade kPa Q = vazão em L/min D = diâmetro interno em mm

9.4.5.1.3 Fórmula de Pressão Normal. A pressão normal (Pn) deve ser determinada com base na seguinte fórmula:

vtn PPP −=

onde:

Pn = pressão normal Pt = pressão total em kPa Pv = carga de velocidade em kPa

9.4.5.1.4 Pontos de união hidráulica

9.4.5.1.4.1 As pressões nos pontos de união hidráulica devem ser balanceadas com tolerância de 3 kPa.

9.4.5.1.4.2 A maior pressão no ponto de união, e as vazões totais ajustadas, devem ser transportadas no cálculo.

9.4.5.1.4.3 O balanceamento da pressão pode ser feito com o uso de um fator K desenvolvido para ramais ou partes de sistemas usando Kp = Q/(p)0,5.

9.4.6 Comprimentos equivalentes de válvulas e conexões

Valores de perda de carga ou comprimentos equivalentes de conexões, tubos, válvulas de alarme, válvulas dilúvio, filtros e outros equipamentos podem ser obtidos junto ao fabricante ou, na falta destes, em literatura técnica aplicável.

9.4.7 Procedimento de cálculo

9.4.7.1 A área de operação de todos os sistemas deve ser a área de maior demanda hidráulica, com base nos critérios do Capítulo 8. Ver Figuras 45 e 46.

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Figura 45 – Exemplos de áreas de maior demanda hidráulica

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Figura 46 – Exemplos de áreas de maior demanda hidráulica

9.4.7.1.1 Método densidade/área

9.4.7.1.1.1 Quando o projeto é baseado no método área-densidade, a área de operação deve ser retangular e o comprimento de seu lado paralelo aos ramais deve ser equivalente a pelo menos 1,2 vezes o valor da raiz quadrada da área de operação dos chuveiros, que deve permitir a inclusão de chuveiros em ambos os lados da tubulação subgeral. Qualquer fração de chuveiro deve ser arredondada até o próximo número inteiro. Em sistemas cujos ramais tenham número insuficiente de chuveiros para cumprir a regra do fator 1,2, a área de operação deve ser ampliada para incluir chuveiros em ramais adjacentes alimentados pela mesma tubulação subgeral, ver Figura 47.

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Figura 47 – Determinação do número de chuveiros

9.4.7.1.2 Método de cálculo por recinto. Quando o projeto é feito com pelo método de cálculo por recinto, os cálculos devem considerar o recinto e os espaços comunicantes, se houver, que apresentem a maior demanda hidráulica (Ver 8.5.6).

9.4.7.2 Sistemas tipo grelha

9.4.7.2.1 Em sistemas tipo grelha, o projetista deve verificar que a área de maior demanda hidráulica está sendo utilizada.

9.4.7.2.2 No mínimo dois cálculos adicionais devem ser submetidos para demonstrar a máxima perda de carga da área de operação, com relação às áreas imediatamente adjacentes em ambos os lados, nos mesmos ramais, a menos que o cálculo tenha sido realizado por programas de computador, que confirme que a área de operação selecionada é a de maior perda de carga, ver Figura 48.

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Figura 48 – Exemplo de determinação de área mais remota em sistema tipo grelha

9.4.7.3 Densidades de projeto

9.4.7.3.1 A tubulação do sistema deve ser dimensionada por cálculo hidráulico utilizando-se as densidades e áreas de operação recomendadas em 8.5.5. A densidade deve ser calculada com base na área de operação do chuveiro. A área coberta por um chuveiro é o produto da distância horizontal entre chuveiros em um ramal e entre chuveiros em ramais adjacentes, conforme 7.5.2.

9.4.7.3.2 Quando forem instalados chuveiros acima e abaixo de um teto ou forro, ou quando mais de duas áreas forem alimentadas por um único conjunto de ramais, tanto os ramais quanto a fonte de abastecimento de água devem ser capazes de suprir a maior demanda de água.

9.4.7.4 Chuveiros na área de operação

Cada chuveiro na área de operação, e no restante do sistema dimensionado por cálculo hidráulico, deve ter uma vazão no mínimo igual à mínima densidade estipulada multiplicada pela área de operação do chuveiro. O cálculo deve ser feito a partir do chuveiro mais remoto. A pressão calculada em cada chuveiro deve ser usada para determinar a vazão desse chuveiro.

9.4.7.5 Perda de carga

A perda de carga em tubos deve ser calculada pela fórmula de Hazen-Williams, com valores de C da Tabela 21, da seguinte maneira:

a) Incluir tubos, conexões e equipamentos tais como válvulas, filtros, chaves de fluxo em tubos DN50 ou menores, e calcular as variações de elevação que afetam a descarga dos chuveiros.

b) Drenos não devem ser incluídos no cálculo hidráulico. c) Calcular as perdas em tês e cruzetas quando há mudança de direção de fluxo, com base no comprimento

equivalente do segmento de tubo ao qual a conexão pertence. d) O tê no topo de um niple de elevação deve ser incluído no ramal. O tê na base de um niple de elevação deve

ser incluído no niple de elevação. O tê ou cruzeta na intersecção de uma subgeral com uma geral deve ser incluído na subgeral.

e) Não incluir a perda de carga de um tê ou cruzeta quando não houver mudança de direção do fluxo. f) Calcular a perda em cotovelos de redução com base no comprimento equivalente da extremidade de menor

diâmetro. g) Usar o comprimento equivalente para cotovelo padrão em todas as curvas abruptas de 90 graus. h) Usar o comprimento equivalente para cotovelo longo em todas as curvas longas de 90 graus. i) A perda de carga da conexão ligada diretamente ao chuveiro não deve ser considerada. j) Perdas de carga através de válvulas redutoras de pressão devem ser incluídas com base na condição de

pressão normal na entrada.

Tabela 21 Valores C de Hazen-Williams Tubo C*

Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento 100 Aço preto (sistemas secos, inclusive os de ação prévia) 100 Aço preto (sistemas molhados, inclusive os sistemas dilúvio)

120

Galvanizado (todos) 120 Plástico (certificado) todos 150 Ferro fundido ou dúctil com revestimento de cimento 140 Cobre ou aço inox 150 Fibrocimento 140 Concreto 140

*Nota: válidos para tubos novos

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9.4.7.6 Placas de orifício

Placas de orifício ou chuveiros com diferentes diâmetros de orifício não devem ser usados para balanceamento do sistema.

9.4.7.7 Pressões

O cálculo da vazão em um orifício pode utilizar a pressão total (Pt) ou a pressão normal (Pn), calculada pela diferença entre a carga de velocidade e a pressão total. Quando Pn for usada, deve sê-lo em todos os ramais e subgerais, onde aplicável. O cálculo da vazão de um chuveiro deve considerar o fator K nominal.

9.4.7.8 Pressão mínima de operação

A mínima pressão de operação de qualquer chuveiro deve ser 48 kPa, a menos que testes específicos recomendem uma pressão mínima de operação mais alta para a aplicação em questão.

9.4.7.9 Pressão máxima de operação

Em áreas de risco extra, a máxima pressão de operação de qualquer chuveiro deve ser 1210 kPa.

9.5 Tabelas de dimensionamento

Para sistemas novos, o dimensionamento com tabelas só pode ser utilizado se a área do sistema for inferior a 465 m2. Entretanto, as tabelas de dimensionamento podem ser utilizadas para ampliações e modificações de sistemas existentes que foram originalmente calculados por esse método.

9.5.1 Os seguintes sistemas devem ser sempre projetados por cálculo hidráulico:

a) Sistemas com chuveiros de fator K nominal diferente de 80.

b) Sistemas que utilizem tubulações que não de aço ou cobre.

c) Sistemas em áreas de risco extra Grupos 1 e 2.

d) Sistemas de proteção contra incêndios externos.

9.5.2 Diâmetro das colunas de alimentação

Cada coluna de alimentação deve ser dimensionada para suprir todos os chuveiros ligados a ela em um determinado pavimento.

9.5.3 Pisos vazados, grandes aberturas em pisos, mezaninos e grandes plataformas

Edificações com pisos vazados ou com grandes aberturas desprotegidas devem ser tratados como uma só área com relação a diâmetros de tubos. As tubulações gerais e colunas de alimentação devem ter o diâmetro necessário para alimentar o número total de chuveiros.

9.5.4 Tabelas para riscos leves

9.5.4.1 Ramais

Os ramais devem ter, no máximo, oito chuveiros em cada lado da tubulação subgeral. Excepcionalmente, os ramais podem ter até dez chuveiros, desde que as seguintes alterações sejam feitas.

a) Nove chuveiros: os dois últimos segmentos de tubo do ramal devem ter diâmetros DN25 e DN35, respectivamente, e os outros diâmetros devem ser de tamanho padrão.

b) Dez chuveiros: os dois últimos segmentos de tubo do ramal devem ter diâmetros DN25 e DN35, respectivamente, e o décimo chuveiro deve ser alimentado por um tubo DN65.

9.5.4.2 Diâmetros de tubos

Os diâmetros de tubos devem atender à Tabela 22. Áreas não compartimentadas que necessitem de um número maior de chuveiros do que o especificado para tubos DN90 devem ser calculadas para risco ordinário.

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Tabela 22 - Dimensionamento para riscos leves

Aço Cobre DN20 - DN20 - DN25 2 chuveiros DN25 2 chuveiros DN32 3 chuveiros DN32 3 chuveiros DN40 5 chuveiros DN40 5 chuveiros DN50 10 chuveiros DN50 12 chuveiros DN65 30 chuveiros DN65 40 chuveiros DN80 60 chuveiros DN80 65 chuveiros DN90 100 chuveiros DN90 115 chuveiros

DN100 Ver 7.2 DN100 Ver 7.2

9.5.4.3 Chuveiros acima e abaixo de tetos/forros

Quando houver chuveiros instalados acima e abaixo de tetos ou forros, conforme as Figuras 49, 50 e 51, e caso esses chuveiros sejam alimentados por um mesmo conjunto de ramais ou por ramais independentes alimentados pela mesma tubulação subgeral, cada ramal não deve ter mais que oito chuveiros acima e oito chuveiros abaixo do teto/forro, em ambos os lados da tubulação subgeral. O dimensionamento dos tubos com diâmetro até DN65 deve ser feito conforme o indicado na Tabela 23, utilizando o maior número de chuveiros que houver em quaisquer dois níveis adjacentes.

FIGURA 49 Ramais alimentando chuveiros acima e abaixo de teto/forro.

FIGURA 50 - Chuveiro com niple de elevação conectado a ramal na área inferior.

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FIGURA 51 - Ramais que alimentam chuveiros acima, entre e abaixo de teto/forro.

Tabela 23 - Número de chuveiros acima e abaixo de teto ou forro (risco leve)

Aço Cobre DN20 - DN20 - DN25 2 chuveiros DN25 2 chuveiros DN32 3 chuveiros DN32 3 chuveiros DN40 7 chuveiros DN40 7 chuveiros DN50 15 chuveiros DN50 18 chuveiros DN65 50 chuveiros DN65 65 chuveiros

9.5.4.4 Quando o número total de chuveiros acima e abaixo do teto/forro for maior que o número especificado na Tabela 23 para tubos de DN65, o tubo que alimenta esses chuveiros deve ser aumentado para DN80 e dimensionado a partir de então conforme a Tabela 22 para o número de chuveiros acima e abaixo do teto/forro, escolhendo-se a solução que exigir o tubo de maior diâmetro.

9.5.5 Tabelas para riscos ordinários

9.5.5.1 Ramais

Os ramais devem ter, no máximo, oito chuveiros em cada lado da tubulação subgeral. Excepcionalmente, os ramais podem ter até dez chuveiros, desde que as seguintes alterações sejam feitas

a) Nove chuveiros: os dois últimos segmentos de tubo do ramal devem ter diâmetros DN25 e DN35, respectivamente, e os outros diâmetros devem ser de tamanho padrão.

b) Dez chuveiros: os dois últimos segmentos de tubo do ramal devem ter diâmetros DN25 e DN35, respectivamente, e o décimo chuveiro deve ser alimentado por um tubo DN65.

9.5.5.2 Diâmetros de tubos

9.5.5.3 Os diâmetros de tubos devem atender à Tabela 24.

Tabela 24 Dimensionamento para riscos ordinários

Aço Cobre DN25 2 chuveiros DN25 2 chuveiros DN32 3 chuveiros DN32 3 chuveiros DN40 5 chuveiros DN40 5 chuveiros DN50 10 chuveiros DN50 12 chuveiros DN65 20 chuveiros DN65 25 chuveiros DN80 40 chuveiros DN80 45 chuveiros DN90 65 chuveiros DN90 75 chuveiros

DN100 100 chuveiros DN100 115 chuveiros DN125 160 chuveiros DN125 180 chuveiros DN150 275 chuveiros DN150 300 chuveiros DN200 Ver 7.2 DN200 Ver 7.2

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9.5.5.4 Quando a distância entre chuveiros em um ramal for maior que 3,7 m, ou quando a distância entre ramais for maior que 3,7 m, o número de chuveiros para um determinado diâmetro de tubo deve estar de acordo com a Tabela 25.

Tabela 25 Número de chuveiros - distâncias maiores que 3,7 m Aço Cobre

DN65 15 chuveiros DN65 20 chuveiros DN80 30 chuveiros DN80 35 chuveiros DN90 60 chuveiros DN90 65 chuveiros

Nota: Outros diâmetros podem ser encontrados na Tabela 24

9.5.5.5 Chuveiros acima e abaixo de tetos/forros

Quando houver chuveiros instalados acima e abaixo de tetos ou forros, conforme as Figuras 49, 50 e 51, e caso esses chuveiros forem alimentados por um mesmo conjunto de ramais ou por ramais independentes alimentados pela mesma tubulação subgeral, cada ramal não deve ter mais que oito chuveiros acima e oito chuveiros abaixo de cada teto, em ambos os lados da tubulação subgeral. O dimensionamento de tubos com diâmetro até DN80 deve ser feito conforme mostrado na Tabela 26, utilizando o maior número de chuveiros que houver em quaisquer dois níveis adjacentes.

Tabela 26 - Número de chuveiros acima e abaixo de um teto ou forro (risco ordinário)

Aço Cobre DN25 2 chuveiros DN25 2 chuveiros DN32 4 chuveiros DN32 4 chuveiros DN40 7 chuveiros DN40 7 chuveiros DN50 15 chuveiros DN50 18 chuveiros DN65 30 chuveiros DN65 40 chuveiros DN80 60 chuveiros DN80 65 chuveiros

9.5.5.6 Os ramais e subgerais que alimentam chuveiros instalados totalmente acima ou totalmente abaixo de tetos ou forros devem ser dimensionados de acordo com a Tabela 24 ou com a Tabela 25.

9.5.5.7 Quando o número total de chuveiros acima e abaixo do teto/forro for maior que número especificado na Tabela 26 para tubos de DN80, o tubo que alimenta esses chuveiros deve ser aumentado para DN90 e dimensionado a partir de então conforme a Tabela 22 ou a Tabela 24 para o número de chuveiros acima e abaixo do teto/forro, escolhendo-se a solução que exigir o tubo de maior diâmetro.

9.5.5.8 Quando a distância entre os chuveiros que protegem a área ocupada for maior que 3,7 m, ou quando a distância entre ramais for maior que 3,7 m, o dimensionamento dos ramais deve ser feito conforme a Tabela 25, levando-se em conta somente os chuveiros que protegem a área ocupada, ou conforme a Tabela 26, escolhendo-se a solução que exigir o tubo de maior diâmetro.

9.5.6 Ocupações de Risco Extra.

Os sistemas em áreas de risco extra devem ser dimensionados por cálculo hidráulico.

9.6 Sistemas dilúvio

Os sistemas de chuveiros abertos e sistemas dilúvio devem ser projetados por cálculo hidráulico de acordo com as normas aplicáveis. 10 Aceitação de sistemas

10.1 Aprovação de sistemas de chuveiros automáticos e de tubulações do sistema de combate a incêndios privados É responsabilidade do instalador:

a) notificar a autoridade competente e o representante legal do proprietário, informando-lhes data e hora de realização dos testes.

b) executar todos os testes requeridos. 10.2 Testes de aceitação. 10.2.1 Testes hidrostáticos 10.2.1.1 Toda a tubulação e acessórios passíveis de serem submetidos à pressão de trabalho do sistema devem ser testadas hidrostaticamente à pressão de 1380 kPa, e devem manter essa pressão por duas horas, sem perdas. Partes do sistema normalmente sujeitas a pressões de trabalho superiores a 1040 Kpa serão testadas a uma pressão de 350 kPa acima da pressão de trabalho do sistema. 10.2.1.2 Em caso de alteração ou ampliação de um sistema existente que afete 20 ou menos chuveiros, o teste hidrostático deve ser feito à pressão de trabalho do sistema. Caso a alteração ou ampliação afete mais de 20 chuveiros, a

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nova parte do sistema deve ser isolada e testada à pressão de 1380 kPa, no mínimo, durante 2 horas. Modificações que não possam ser isoladas não precisam ser testadas à pressão superior à pressão de trabalho do sistema. 10.2.1.3 Aditivos, substâncias corrosivas como silicato de sódio ou seus derivados, salmoura ou outras substâncias químicas não devem ser usadas durante o teste hidrostático dos sistemas ou para estancar vazamentos. 10.2.1.4 O trecho de tubulação entre o registro de recalque do Corpo de Bombeiros e a válvula de retenção na tubulação de recalque deve ser hidraulicamente testado nas mesmas condições do restante do sistema. 10.2.2 Flanges cegos Os flanges cegos devem ser sinalizados de modo a serem facilmente percebidos quando instalados. Esses flanges devem ser numerados, e o instalador deve possuir um método de registro que assegure sua remoção ao término dos trabalhos. 10.2.3 Testes operacionais de sistemas 10.2.3.1 Detectores de fluxo O teste dos dispositivos de detecção de fluxo d'água, incluindo os circuitos de alarme, deve ser testados no dreno de fim de linha. O teste deve gerar um alarme audível, iniciado até 5 minutos após a abertura do dreno, que deve parar quando cessar o fluxo de água. 10. 2.3.2 Dilúvio A operação automática da válvula de dilúvio ou de ação prévia deve ser testada de acordo com o manual do fabricante. Operações de controle remoto e manual, quando presentes, também devem ser testadas. 10.2.3.3 Dreno principal A válvula do dreno principal deve ser aberta e assim permanecer até que a pressão do sistema seja estabilizada. As pressões estática e residual devem ser registradas no certificado de teste do instalador. 10.2.3.4 Teste operacional. Cada hidrante interligado à rede de chuveiros automáticos deve ser completamente aberto e fechado, sob pressão do sistema. Quando houver bombas de incêndios, tal teste deve ser feito com estas em funcionamento. Todas as válvulas de controle deverão ser completamente fechadas e abertas sob pressão do sistema para assegurar uma adequada operação. 10.2.3.5 Válvula redutora de pressão As válvulas redutoras de pressão devem ser testadas após a conclusão da instalação para assegurar seu funcionamento adequado com e sem fluxo. O objetivo do teste é verificar se a válvula regula adequadamente a pressão de saída sob condição normal e de máxima pressão. Os resultados do teste de fluxo de cada válvula redutora deverão ser registrados no Certificado de Teste e Materiais do Instalador. Os resultados devem incluir a pressão estática e residual, na entrada e na saída, assim como a vazão. 10.2.3.6 Válvulas de retenção As válvulas de retenção devem sem testadas para assegurar o seu adequado funcionamento. A vazão mínima deve ser a demanda do sistema, incluindo a demanda do sistema de hidrantes, se aplicável. 10.3 Placa de identificação de sistema dimensionado por cálculo hidráulico. O instalador deve identificar o sistema de chuveiros dimensionado por cálculo hidráulico com uma placa metálica ou de plástico rígido, à prova de intempéries, permanentemente marcada, fixada com arame resistente à corrosão, corrente ou outro material aprovado. Essa placa deve ser colocada na válvula de governo, válvula de ação prévia, ou válvula de dilúvio que controla a área do projeto hidráulico correspondente. A placa deve incluir as seguintes informações:

a) Localização da(s) área(s) de operação do sistema. b) Densidades de descarga sobre a(s) área(s) projetada(s). c) Demanda de vazão e pressão residual na base da coluna de alimentação. d) Classificação de ocupação ou classificação de mercadoria, e altura e configuração para máximo armazenamento

permitido. e) Demanda da rede de hidrantes, além da demanda de chuveiros.

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Anexo A (informativo)

Tabela A-1 – Exemplos de classificação de ocupações

A classificação deste anexo inclui ocupações que têm uso e condições similares às seguintes:

CLASSIFICAÇÃO EXEMPLOS

Risco Leve

Igrejas Clubes Escolas públicas e privadas (1o, 2o e 3o graus) Hospitais com ambulatórios e cirurgia Hotéis Institucionais Bibliotecas e salas de leituras, exceto salas com prateleiras altas Museus Asilos e casas de repouso Escritórios, incluindo processamento de dados Residências e apartamentos Áreas de refeição em restaurantes Teatros e auditórios, exceto palcos e proscênios Edifícios de administração pública Sótãos não utilizados

Risco Ordinário - Grupo 1 Estacionamentos de veículos e showrooms Padarias Fabricação de bebidas (refrigerantes, sucos) Fábricas de conservas Processamento e fabricação de produtos lácteos Fábricas de produtos eletrônicos Fabricação de vidro e produtos de vidro Lavanderias Áreas de serviço de restaurantes

Risco Ordinário – Grupo 2 Moinhos de grãos Fábricas de produtos químicos – comuns Confeitarias Destilarias Instalações para lavagem a seco Fábricas de ração animal Estábulos Fabricação de produtos de couro Bibliotecas – áreas de prateleiras altas Áreas de usinagem Indústria metalúrgica Lojas Fábricas de papel e celulose Processamento de papel Píeres e embarcadouros Correios Gráficas Oficinas mecânicas Áreas de aplicação de resinas Palcos Indústrias têxteis Fabricação de pneus Fabricação de produtos de tabaco Processamento de madeira Montagem de produtos de madeira

CONTINUA

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Anexo A (informativo)

Tabela A-1 – Exemplos de classificação de ocupações

(continuação)

CLASSIFICAÇÃO EXEMPLOS

Risco Extra Ordinário – Grupo 1 Hangares Áreas de uso de fluidos hidráulicos combustíveis Fundições Extrusão de metais Fabricação de compensados e aglomerados Gráficas [que utilizem tintas com ponto de fulgor menor que 100°F (38°C)] Recuperação, formulação, secagem, moagem e vulcanização de borracha Serrarias Processos da Indústria Têxtil: escolha da matéria-prima, abertura de fardos, elaboração de misturas, batedores, cardagem, etc. Estofamento de móveis com espumas plásticas

Risco Extra Ordinário – Grupo 2 Saturação com asfalto Aplicação de líquidos inflamáveis por spray Pintura por flow coating Manufatura de casas pré-fabricadas ou componentes pré-fabricados para construção (quando a estrutura final estiver presente e tenha interiores combustíveis) Tratamento térmico em tanques de óleo abertos Processamento de plásticos Limpeza com solventes Pintura e envernizamento por imersão

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Tabela A-2 – Ocupações de risco especial

A seguir são relacionadas algumas normas internacionais de proteção contra incêndios em riscos especiais.

Exemplos de normas

NORMA DENOMINAÇÃO EQUIPAMENTOS/LOCAIS PROTEGIDOS

NFPA 30 Flammable and Combustible Liquids Code

(Código para Produção, Processo, Manuseio e Depósitos de líquidos combustíveis e inflamáveis)

• Salas de Bombas

• Áreas de Carregamento

• Áreas de Processo

• Prateleiras

• Armazéns

• Áreas paletizadas

• Tanques

NFPA 30 B Code for the Manufacture and Storage of Aerosol Products

(Código para Produção, Processo, Manuseio e Depósitos de Produtos Combustíveis/ Inflamáveis em forma de Aerossóis)

• Salas de Bombas e Carregamento

• Misturadores

• Cabines de Pintura / Estufas / Exaustão

• Tanques

• Prateleiras

• Áreas paletizadas

• Armazéns

NFPA 36 Solvent Extraction Plants

(Fabrica de extração de óleo vegetal com solventes)

• Preparação

• Equipamentos e estrutura do processo de extração

NFPA 40 Storage and Handling of Cellullose Nitrate Film

(Código para Processo, Manuseio e Depósitos de Filmes de Nitrato de Celulose)

• Armazéns

• Áreas de manuseio

• Armários

• Impressoras

• Laboratórios

NFPA 45 Fire Protection for Laboratories Using Chemicals

(Proteção contra Incêndios em Laboratórios de Manuseio de Produtos Químicos)

• Prédios

• Laboratório

• Armazéns

• Áreas Manipulação

NFPA 75 Protection of Information Technology Equipment

(Proteção contra Incêndios em Equipamentos de Processamento de informações de Tecnologia)

• Salas Computadores

NFPA 82 Incinerators and Waste and Linen Handling Systems and Equipment

(Proteção contra Incêndios em Equipamentos e Sistema de manuseio de incineradores de lixo)

• Calhas/Dutos metálicos de alimentação

• Salas de descarga de calhas/dutos

• Armazéns

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• Compactadores

NFPA 96 Ventilation Control and Fire Protection of Commercial Cooking Operations

(Controle da Ventilação e Proteção contra Incêndios em Operações de Preparação de Refeições em escala Comercial)

• Dutos de Exaustão

NFPA 214 Water-Cooling Towers

(Proteção contra Incêndios em Torres de Resfriamento)

• Torres de resfriamento

• Motores

NFPA 232 Protection of Records

(Proteção contra Incêndios em Arquivos Eletrônicos)

• Salas de arquivos

NFPA 409 Aircraft Hangars

(Proteção contra Incêndios em Hangares de fabricação e manutenção de Aviões)

• Armazéns

• Áreas serviço/manutenção

• Mezaninos

• Escritórios

NFPA 416 Construction and Protection of Airport Terminal Buildings

(Construção e Proteção contra Incêndios em Prédios de Terminais de Aeroportos)

• Terminal

NFPA 480 Storage, Handling and Processing of Magnesium

(Código para Produção, Processo, Manuseio e Depósitos com Magnésio)

• Armazéns

• Oficinas

NFPA 481 Production, Processing, Handling and Storage of Titanium

(Código para Produção, Processo, Manuseio e Depósitos com Titânio)

• Armazéns

• Oficinas

NFPA 482 Production, Processing, Handling and Storage of Zirconium

(Código para Produção, Processo, Manuseio e Depósitos com Zircônio)

• Armazéns

• Oficinas

• Unidades separação zircônio-háfnio

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Anexo B (normativo)

Abastecimento de água para sistemas de chuveiros

B-1 Tanques e Reservatórios

B-1.1 Todo sistema de chuveiros deve possuir pelo menos um abastecimento de água exclusivo e de operação automática.

B-1.2 Os abastecimentos de água para um sistema de chuveiros podem ser proporcionados das seguintes formas:

a) reservatório elevado;

b) reservatório com fundo elevado ou com fundo ao nível do solo, piscinas, açudes, represas, rios, lagos e lagoas, com uma ou mais bombas de incêndio;

c) tanque de pressão. B-1.3 Reservatório elevado

B-1.3.1 Deve conter a capacidade efetiva, ou seja, um volume de água reservado para os sistemas de chuveiros, com o ponto de tomada de água instalado no fundo do reservatório e a uma altura suficiente para fornecer as vazões e pressões mínimas requeridas nas válvulas de governo e alarme, bem como nos chuveiros mais desfavoráveis.

B-1.3.2 Quando o reservatório para o sistema de chuveiros fornecer água para outros serviços, as tomadas de água para estes devem ser laterais ou levadas a níveis mais altos, de modo que a capacidade efetiva para os chuveiros seja sempre mantida com exclusividade.

B-1.3.3 Deve dispor de indicador de nível ou sistema de alarme de nível baixo de água.

B-1.3.4 Deve ser mantido limpo, livre de objetos estranhos, de modo a não prejudicar o bom funcionamento do sistema de chuveiros.

B-1.3.5 Para o cálculo da capacidade efetiva deve ser considerado como altura a distância entre o topo do tubo da tomada e o nível da água destinada exclusivamente ao sistema de chuveiros.

B-1.3.6 A capacidade efetiva deve ser mantida automática e permanentemente.

B-1.3.7 A reposição da capacidade efetiva deve ser efetuada à razão de 1,0 L/min por m3 de reserva. Caso contrário, a capacidade efetiva deve ter seu volume aumentado em 1/3 e a reposição ser processada no mínimo à razão de 75 L/min.

B-1.3.8 Todo tubo de descida do reservatório elevado para o sistema de chuveiros deve ser provido de válvula de retenção e válvula gaveta.

B-1.3.9 O reservatório deve ser construído de maneira que dispense seu esvaziamento para limpeza por um período de, no mínimo, 15 anos.

B-1.3.10 O reservatório deve ser totalmente fechado, a fim de não permitir a entrada de luz solar e/ou materiais estranhos que possam contaminar a água.

B-1.3.11 Devem ser previstos sistemas de drenagem e ladrão convenientemente dimensionados.

B-1.4 Reservatório com fundo elevado ou com fundo ao nível do solo, piscinas, açudes, represas, rios, lagos e lagoas, com uma ou mais bombas de incêndio

B-1.4.1 O reservatório deve conter uma capacidade efetiva, com o ponto de tomada de sucção da bomba de incêndio localizado junto ao fundo deste reservatório, conforme ilustram os exemplos das Figuras B-1(a), B-1(b) e B-1(c) e Tabela B-1.

Tabela B-1 - Dimensões para cálculo da capacidade efetiva

Unid.: mm

Diâmetro nominal do tubo

de sucção Dimensão “A” Dimensão “B”

65 250 80

80 310 80

100 370 100

150 500 100

200 620 150

250 750 150

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B-1.4.2 Para cálculo da capacidade efetiva, deve ser considerado como altura a distância entre o nível normal da água e o nível “X” da água, conforme os exemplos das Figuras B-1(a), B-1(b) e B-1(c).

B-1.4.3 O nível "X” é calculado como o mais baixo nível antes de ser criado um vórtice com a bomba em plena carga e é determinado pela distância “A” das Figuras B-1(a), B-1(b) e B-1(c).

B-1.4.4 Quando o tubo de sucção “D” dispuser de um dispositivo antivórtice, pode-se considerar a dimensão “A” da Tabela B-1, sendo o nível “X” medido em relação à face superior do dispositivo.

B-1.4.5 No caso do exemplo da Figura B-1 (b), não se deve utilizar dispositivos antivórtice.

B-1.4.6 Sempre que possível, o reservatório deve dispor de poço de sucção, como mostrado em traço e ponto nos exemplos das Figuras B-1(a), B-1(b) e B-1(c) e com as dimensões mínimas “A” e “B” da Tabela B-1, respeitando-se também as distâncias mínimas com relação ao diâmetro “D” do tubo de sucção.

B-1.4.7 Quando a sucção da bomba de incêndio for feita de reservatórios alimentados por fontes de água praticamente inesgotáveis, como açudes, represas, rios, lagos ou lagoas, devem ser adotadas as dimensões indicadas nos exemplos das Figuras B-2(a), B-2(b) e B-2(c) e Tabela B-2.

B-1.4.8 Nos casos dos exemplos das Figuras B-2(a) e B-2(b), a profundidade “d” da água em canais abertos ou adufas (incluindo a adufa entre a câmara de decantação e a câmara de sucção), abaixo do menor nível da água conhecido da fonte, não pode ser inferior ao indicado na Tabela B-2, para as correspondentes largura “W” e vazão “Q”.

B-1.4.9 A altura total dos canais abertos ou adufas deve ser tal que comporte o nível mais alto da água conhecido da fonte.

B-1.4.10 Cada bomba de incêndio deve possuir câmara de sucção com sua respectiva câmara de decantação, independentemente.

B-1.4.11 As dimensões da câmara de sucção, a posição da tubulação de sucção da bomba em relação às paredes da câmara, a parte da tubulação submersa em relação ao menor nível da água conhecido e a distância em relação ao fundo devem ser idênticas às indicadas nos exemplos das Figuras B-1(a), B-1(b) e B-1(c).

B-1.4.12 A câmara de decantação deve possuir largura e profundidade iguais às da câmara de sucção e um comprimento no mínimo igual a 4,4vh, onde “h” é a profundidade da câmara de decantação.

B-1.4.13 Antes de entrar na câmara de decantação, a água deve passar através de uma grade de arame ou uma placa de metal perfurado, localizada abaixo do nível da água e com uma área agregada de aberturas de no mínimo 150 mm2 para cada L/min da vazão “Q”. A grade deve ser suficientemente resistente para suportar a pressão exercida pela água em caso de obstrução.

B-1.4.14 Devem ser previstas duas grades para que, quando uma estiver em operação, a outra esteja separada para limpeza.

B-1.4.15 Deve ser feita previsão para que o poço de sucção possa ser isolado periodicamente para limpeza e manutenção.

B-1.4.16 No caso do exemplo da Figura B-2(c), o conduto de alimentação deve possuir uma inclinação mínima constante de 0,8% no sentido da câmara de decantação.

B-1.4.17 O diâmetro do conduto de alimentação nos casos do exemplo da Figura B-2(c), deve ser determinado pela seguinte fórmula:

D = 21,68 Q0,357

Onde:

D = diâmetro interno do conduto, em mm

Q = máxima vazão da bomba de incêndio, em L/min

B-1.4.18 Ainda no caso do exemplo da Figura B-2(c), a entrada do conduto de alimentação deve possuir um ralo e estar submerso no mínimo um diâmetro abaixo do menor nível da conhecido do açude, represa, rio, lago ou lagoa. As aberturas do ralo devem impedir a passagem de uma esfera de 25 mm de diâmetro.

B-1.4.19 O reservatório com fundo elevado ou com fundo ao nível do solo devem atender os aos requisitos B-1.3.2, B-1.3.3, B-1.3.4, B-1.3.6, B-1.3.7, B-1.3.9, e B-1.3.11.

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Tabela B-2 – Níveis de água e larguras mínimas para canais e adufas em função da vazão de alimentação

Profundidade

250 500 1000

W

(mm) Q máx (L/min)

W

(mm) Q máx (L/min)

W

(mm) Q máx (L/min)

88 280 82 522 78 993

125 497 112 891 106 1687

167 807 143 1383 134 2593

215 1197 176 1960 163 3631

307 2064 235 3159 210 5647

334 2342 250 3506 223 6255

410 3157 291 4482 254 7825

500 4185 334 5592 286 9577

564 4953 361 6340 306 10749

750 7261 429 8307 353 13670

1113 12054 527 11415 417 18066

1167 12792 539 11816 425 18635

1500 17379 600 13903 462 21411

2000 24395 667 16271 500 24395

4500 60302 819 21949 581 21142

1000 29173 667 38916

2000 203320

Figura B-1 (a)

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Figura B-1 (b)

Figura B-1 (c)

Figura B-2 (a) – Exemplo de alimentação por adufa

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Figura B-2 (b) – Exemplo de alimentação por canal

Figura B-2 (c) – Exemplo de alimentação por conduto

B-1.5 Tanques de pressão

B-1.5.1 Devem ser instalados em locais de fácil acesso; não devem estar sujeitos a danos e, quando instalados a menos de 6 m de outro risco, devem estar em edificação protegida por chuveiros ou isolada por parede corta-fogo.

B-1.5.2 Devem ser providos de um indicador de nível de água e dois manômetros para indicar a pressão interna.

B-1.5.3 Deve haver meios de reabastecer automática e permanentemente com água e ar dos tanques.

B-1.5.4 As tubulações para reabastecer o tanque com água e ar devem ser providas de válvulas de bloqueio e de válvulas de retenção, localizadas o mais próximo possível do tanque.

B-1.5.5 Devem ser providos de alarme que indique automaticamente baixo nível de água e baixa pressão de ar, através de circuito elétrico independente da bomba e do compressor de ar.

B-1.5.6 Não podem ser empregados como abastecimento de água de outros equipamentos que não o sistema de chuveiros e mangueiras ligadas à tubulação do sistema de chuveiros.

B-1.5.7 Diariamente devem ser verificados e anotados o nível da água e a pressão de ar no tanque.

B-1.5.8 Devem ser providos de válvula de segurança que possa ser testada periodicamente sem alteração de sua regulagem. Esta válvula deve ser dotada meios que impeçam alterações na sua regulagem por pessoas não autorizadas.

B-1.5.9 Devem ser mantidos em boas condições, verificando-se a cada três anos seu estado interno e externo e efetuando-se limpeza e pintura, quando necessário.

B-1.5.10 A capacidade efetiva de água a ser mantida no tanque deve ser a necessária para atender a demanda do sistema, durante o tempo especificado para o risco a ser protegido.

B-1.5.11 A pressão mínima de ar a ser mantida no tanque depende da:

a) Proporção do volume de ar em relação ao volume total do tanque, que deve ser no mínimo de 1/3;

b) Pressão mínima requerida pelo chuveiro mais desfavorável do local a ser protegido, no momento em que o esvaziamento do tanque se completar;

c) Posição do tanque em relação ao chuveiro mais desfavorável do local a ser protegido, aplicando-se uma das fórmulas a seguir.

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NBR 10897:2004 72

B-1.5.12 A pressão do ar no tanque deve ser calculada segundo a posição deste em relação aos chuveiros, aplicando-se uma das fórmulas a seguir:

a) no caso de o fundo do tanque estar situado acima do chuveiro mais alto:

( )1

21 PR

PPP −

+=

b) no caso de o fundo do tanque estar situado abaixo do chuveiro mais alto:

( )1

21 1,0P

RHPP

P −++

=

Onde:

P = pressão de ar a ser mantida no tanque

P1 = pressão atmosférica no local, assumindo-se 100 kPa

P2 = pressão mínima requerida pelo chuveiro mais alto no momento em que o esvaziamento do tanque se completar

-empregando chuveiro de diâmetro nominal 10 mm, pressão mínima de 190 kPa

-empregando chuveiro de diâmetro nominal 19 mm, pressão mínima de 70 kPa

Nota: Deve-se, em cada caso, acrescentar às pressões a perda de pressão na tubulação e em todas as válvulas entre a saída do tanque e as válvulas de alarme e a chave detectora de fluxo d'água, considerando a vazão máxima para a classe de risco da instalação. Este acréscimo é de no mínimo 30 kPa.

H = diferença de altura entre o chuveiro mais desfavorável e o fundo do tanque, em metros

R = Volume de ar no tanque/Volume total no tanque B-2 Bombas

B-2.1 Devem ser dos tipos:

a) centrífuga horizontal de sucção frontal;

b) centrífuga horizontal de carcaça bipartida;

c) centrífuga e/ou turbina vertical. B-2.2 Devem ser diretamente acopladas por meio de luva elástica a motores elétricos ou motores diesel, sem interposição de correias ou correntes.

B-2.3 Devem ser dotadas de dispositivo para partida automática pela queda de pressão hidráulica na rede do sistema de chuveiros. (Ver exemplo na Figura B-3 (c) para o caso de uma bomba de incêndio e uma bomba jockey)

B-2.4 O sistema utilizado para automatização da bomba deve ser executado de maneira que, após a partida do motor, o desligamento seja obtido somente por controle manual.

B-2.5 Para manter o sistema de chuveiros sob uma pressão hidráulica de supervisão, em uma faixa pré-estabelecida, compensando pequenos e eventuais vazamentos na canalização, e para evitar a operação indevida da bomba principal, deve ser instalada uma bomba de pressurização (bomba jockey).

B-2.6 O controle de partida e parada automática da bomba de pressurização, bem como o de partida automática da bomba principal, devem ser feitos por meio de pressostatos instalados na linha de descarga da bomba principal e ligados aos comandos das chaves de partida dos motores daquelas bombas.

B-2.7 A bomba de pressurização deve manter a rede do sistema de chuveiros sob uma pressão imediatamente superior à pressão máxima da bomba principal, sem vazão, e sua demanda nominal não superior a 20 L/min (1,2 m3/h).

B-2.8 No caso de bombas acionadas por motores diesel, o conjunto deve ser instalado em local protegido por chuveiros.

B-2.9 As casas de bombas devem ser construídas preferencialmente como risco isolado e a temperatura ambiente, no local das bombas, não deve ser em qualquer hipótese inferior à mínima recomendada pelo fornecedor do conjunto moto-bomba, para garantir a partida imediata dos motores.

B-2.10 Estas bombas devem ser instaladas sob condição de sucção positiva (afogadas).

B-2.11 As bombas centrífugas são consideradas sob condição de sucção positiva (afogadas), quando a linha de centro do eixo da bomba situar-se abaixo do nível “X” da água. Admite-se também que a linha de centro do eixo da bomba situe-se até 2,00 m acima do nível “X” da água, desde que esta distância não represente mais de 1/3 da capacidade efetiva do reservatório. Neste caso, é obrigatória a colocação da válvula de pé no extremo do tubo de sucção da bomba (ver Figuras B-3 (a) e (b)).

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Figura B-3(a) – Bomba centrífuga horizontal sob sucção positiva (Exemplo)

Figura B-3 (b) – Bomba centrífuga horizontal sob sucção positiva (Exemplo)

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Figura B-3 (c) – Cavalete de pressurização da bomba principal e bomba de pressurização (jockey). (Exemplo para caso de uma bomba de incêndio e uma bomba de pressurização)

B-2.12 Não é requerida válvula de pé no extremo do tubo de aspiração de bombas, sob a condição de sucção positiva, nos casos seguintes:

a) quando menos de 1/6 da capacidade efetiva do reservatório se encontrar abaixo da linha de centro do eixo da bomba;

b) quando a sucção da bomba for feita de reservatório alimentado por fontes de água praticamente inesgotáveis e a linha de centro do eixo da bomba se encontrar a mais de 0,85 m abaixo do nível mínimo conhecido da água na fonte.

B-2.13 Se a sucção da bomba for feita de reservatório alimentado por fontes de água praticamente inesgotáveis descritas em B-1.4.7 e mostradas nas Figuras B-2(a), (b) e (c), deve ser considerada a bomba sob condição de sucção positiva, quando a linha de centro do eixo da bomba situar-se a mais de 0,85 m abaixo do menor nível de água conhecido “X” da fonte.

B-2.14 As bombas são consideradas sob condição de sucção negativa quando não atenderem aos requisitos mínimos de B-2.11 e B-2.12.

B-2.15 O dimensionamento da tubulação de sucção deve ser tal que, quando a bomba estiver operando na sua capacidade máxima (150% de sua vazão nominal), o NPSH (Net Positive Suction Head) disponível na entrada da bomba deve ser de no mínimo 5,80 m absolutos para bombas centrífugas horizontais. O NPSH disponível deve ser reduzido em 0,10 m para cada 100 m de altitude acima do nível do mar, sendo a energia do NPSH acima da pressão de vapor do líquido requerida pela linha de centro do rotor da bomba. O NPSH absoluto na entrada da bomba deve ser calculado aplicando-se a fórmula seguinte:

a)sob condição de sucção positiva (afogada):

( ) ( )fsV hh

dPP

NPSH −+−−

=10

b)sob condição de sucção negativa:

( ) ( )fsV hh

dPP

NPSH −−−−

=10

Onde:

P = pressão atmosférica absoluta que atua na superfície do líquido = 103,3 kPa ou simplesmente 100 kPa

Pv = pressão de vapor do líquido na temperatura de bombeamento, em kPa

d = densidade de água na temperatura de bombeamento = 1 kg/cm3

hs = altura estática, em m, que o nível da água está acima ou abaixo da linha de centro do flange de sucção da bomba

hf = perda de carga total, em m, dos tubos, válvulas e conexões da linha de sucção

Nota: O diâmetro nominal da tubulação de sucção não deve ser inferior aos indicados na Tabela B-3.

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Tabela B-3 - Dimensões nominais

Diâmetro nominal mínimo das tubulações (mm) Cabeçote de ensaio Capacidade

nominal da bomba (L/min) Sucção Descarga Válvula de

alívio Descarga da válvula

Medidor de vazão

(rotâmetro) Tubo de

alimentação

Número de válvulas de hidrantes

65 65 50 65 80 65 1 -65

80 80 50 65 80 65 1 -65

100 100 50 65 100 80 1 -65

1135 100 100 65 100 125 80 1 -65

1514 100 100 80 125 100 100 2-65

1703 125 125 80 125 100 100 2-65

1892 125 125 80 125 125 100 2-65

2839 150 150 100 150 125 150 3-65

3785 200 150 100 200 150 150 4-65

4731 200 200 150 200 150 200 6-65

5677 200 200 150 200 200 200 6-65

7570 250 250 150 250 200 200 6-65

9462 250 250 150 250 200 250 8-65

11355 300 300 200 300 200 259 12-65

13247 300 300 200 300 250 300 12-65

15140 350 300 200 350 250 300 16-65

17032 400 350 200 350 250 300 16-65

18925 400 350 200 350 250 300 12-65

B-2.16 Deve ser previsto fluxo contínuo de água, através de bomba, quando esta estiver em funcionamento, a uma vazão suficiente para evitar seu superaquecimento.

B-2.17 Deve ser colocada válvula gaveta indicadora ou válvula borboleta indicadora no tubo de sucção, para que a bomba sob condição de sucção positiva possa ser removida.

B-2.18 Quando é instalada mais de uma bomba, aspirando de reservatórios independentes, cada bomba deve ter sua tubulação de sucção, podendo estas ser interligadas, desde que sejam colocadas válvulas de bloqueio em cada uma destas tubulações, sendo uma próxima à ligação com o reservatório, uma antes da entrada da bomba e outra na interligação propriamente dita, conforme a Figura B-4. A interligação deve ter um diâmetro igual aos das tubulações de sucção.

Figura B-4

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B-2.19 Bombas acopladas a motores de rotação variável devem ser providas de válvulas de alívio, tipo mola, e:

a) a válvula de alívio deve ser instalada entre a redu ção concêntrica na descarga da bomba e a válvula de retenção para que possa ser facilmente retirada para reparos;

b) a válvula de alívio deve ser regulada para abrir imediata e automaticamente ao menor indício de excesso de pressão que a rede do sistema de chuveiros possa suportar;

c) o excesso de pressão aliviado pela válvula deve ser descarregado de forma visível, sem provocar respingos que venham a molhar o piso da casa de bombas;

d) a água proveniente da válvula de alívio pode retornar ao reservatório, desde que a tubulação seja conduzida até o topo dele, onde a válvula deve ser instalada, de forma que o excesso de pressão seja descarregado livremente. Na saída da válvula de alívio não deve existir acúmulo de água;

e) não podem ser instaladas válvulas de bloqueio na entrada ou na descarga da válvula de alívio;

f) os diâmetros nominais da válvula de alívio e da tubulação de descarga para receber a água proveniente da válvula não devem ser inferiores aos indicados na Tabela B-3. Caso a tubulação de descarga empregue mais de uma curva, deve ser instalada tubulação de diâmetro nominal imediatamente maior.

B-2.20 Na Tabela B-3 figuram os diâmetros nominais mínimos das tubulações principais para bombas segundo suas capacidades nominais.

B-2.22 Na linha de descarga da bomba devem ser instaladas as peças seguintes:

a) manômetro;

b) redução concêntrica ligada diretamente na descarga da bomba;

c) tê flangeado com saída para válvula de alívio, no caso de bomba acoplada a motor de rotação variável;

d) válvula de retenção;

e) tê flangeado com saída para o cabeçote de ensaio ou medidor de vazão, na qual é colocada uma válvula-gaveta ou borboleta;

f) válvula-gaveta ou borboleta ligada na tubulação de recalque ao sistema.

B-2.23 Conforme a Figura B-5, as características de vazão e pressão das bombas devem atender às exigências seguintes:

a) bombas centrífugas horizontais de sucção frontal e turbinas verticais:

- sem vazão, a pressão máxima da bomba não deve ultrapassar 40% acima de sua pressão nominal;

- a 150% da vazão nominal da bomba, esta deve manter uma pressão mínima de 65% de sua pressão nominal.

b) bombas centrífugas horizontais de carcaça bi-partida:

- sem vazão, a pressão máxima da bomba não deve ultrapassar 20% acima da sua pressão nominal;

- a 150% da vazão nominal da bomba, esta deve manter uma pressão mínima de 65% de sua pressão nominal.

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Figura B-5 – Demonstração gráfica das curvas características das bombas

Figura B-6 – Gráfico para a curva da bomba conforme dados de ensaio

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B-2.24 A bomba deve operar na sua capacidade nominal dentro de 30 s após a partida.

B-2.25 A partida automática da bomba, através do dispositivo mencionado em B-2.3, deve ocorrer quando a pressão na tubulação geral baixar a um valor nunca inferior a 80% da pressão da bomba, sem vazão.

B-2.26 Devem existir, no local da bomba, meios manuais para dar partida no motor, reproduzindo a queda de pressão mencionada em B-2.3 e B-2.25.

B-2.27 Para evitar que a bomba entre em operação automática pela queda de pressão causada por pequenos e eventuais vazamentos ou por diferenças de temperatura na canalização, pode ser instalada próxima à descarga da bomba uma câmara de compensação, além da bomba de pressurização mencionada em B-2.5.

B-2.28 A parte inferior da câmara de compensação deve ser conectada na tubulação de descarga da bomba, após a válvula de retenção, através de um tubo provido de válvula de bloqueio e meios de drenagem.

B-2.29 Para supervisão constante das bombas, deve ser instalado em local de vigilância permanente um painel de sinalização óptica e acústica com as indicações seguintes:

a) bomba(s) elétrica(s):

- bomba funcionando;

- falta de fase ou falta de corrente de comando;

- partida em posição manual ou painel desligado.

b) bomba(s) diesel:

- bomba funcionando;

- partida em manual ou painel desligado;

- falha no sistema (agrupadas em um único sinal as falhas previstas em B-6.12).

c)bomba de pressurização:

- bomba funcionando (somente óptica).

B-2.30 Semanalmente devem ser efetuados ensaios de funcionamento das bombas registradas em livro próprio.

B-2.31 Anualmente deve ser efetuado um ensaio de desempenho das bombas.

B-2.32 Cada bomba deve possuir uma placa de identificação com as indicações seguintes:

a)nome do fabricante;

b)número de série;

c)modelo;

d)vazão nominal;

e)pressão nominal;

f)rotação;

g)diâmetro ?do rotor;

h) potência elétrica. B-3 Bombas acionadas por motores elétricos

B-3.1 A rede elétrica para todas as instalações da propriedade deve ser dimensionada para atender também aos conjuntos de bombas do sistema de chuveiros, de forma a permitir que estes conjuntos trabalhem a plena carga com toda a rede de atividade.

B-3.2 O circuito elétrico, antes das chaves de proteção e partida, deve estar sempre energizado, com tensão suficiente para acionar os conjuntos de bombas a plena carga, e ter disjuntor independente, de forma a permitir o desligamento geral da energia elétrica das demais instalações da propriedade, sem prejuízo da garantia de funcionamento dos citados conjuntos.

B-3.3 A fonte de energia elétrica pode ser pública ou privada.

B-3.4 A energia elétrica deve ser proveniente de duas fontes diferentes e independentes. Em caso de falhas de uma das fontes, a outra deve ser acionada manualmente, através de uma chave reversora instalada no painel. Na falha de qualquer das fontes, o painel deve efetuar esta sinalização de forma acústica e visual.

B-3.5 Em caso de abastecimento de água com dois conjuntos de bombas elétricas, estes podem ser ligados na mesma fonte de energia, desde que esta seja independente, para permitir, sem prejuízo de seu funcionamento, o desligamento geral de energia das demais instalações da propriedade, e ser dimensionados para que possam trabalhar simultaneamente a plena carga, levando-se em consideração o valor da corrente de partida. A energia elétrica de um dos dois conjuntos deve ser proveniente de duas fontes diferentes e independentes (ver B-3.4).

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B-3.6 Os cabos aéreos de energia elétrica não devem passar a menos de 6,0 m de qualquer abertura de locais não protegidos por chuveiros.

B-3.7 O motor elétrico deve possuir uma placa de identificação com as seguintes indicações:

a) nome do fabricante;

b) tipo;

c) modelo;

d) número de série;

e) potência;

f) rotação

g) tensão;

h) corrente;

i) freqüência. B-4 Bombas acionadas por motores diesel

B-4.1 O motor diesel deve estar situado em local cuja temperatura do ambiente não seja, em qualquer hipótese, inferior à mínima recomendada pelo fornecedor do conjunto moto-bomba para garantir sua partida imediata. Devem-se também seguir as recomendações do fornecedor do conjunto moto-bomba quanto ao aquecimento da água e óleo do motor.

B-4.2 O motor diesel deve atender aos requisitos seguintes:

a) injeção direta por bomba injetora;

b) partida com emprego de meios de preaquecimento ou de ar comprimido;

c) condição de partir com uma temperatura ambiente de 7°C, podendo operar a plena carga dentro de 15 s após o recebimento do sinal de partida;

d) resfriamento por meio de ar ou água, exceto por ar comprimido;

e) aspiração natural do ar para combustão, ou por meio de seu próprio turbocompressor;

f) condição de operar a plena carga, no local onde for instalado, durante 6 h ininterruptas, para cada 24 h;

g) dispor de controlador de rotação, o qual deve manter a rotação nominal dentro dos limites de 10%, para mais ou menos, seja qual for a carga;

h) dispor de meio de operação manual, o qual deve voltar sempre à posição normal, isto é, à posição que não impeça nova partida automática.

B-4.3 São aceitáveis os sistemas de refrigeração seguintes:

a) por injeção direta de água da bomba para o bloco do motor, através de uma válvula redutora de pressão, de acordo com a especificação do fornecedor do conjunto moto-bomba. A saída da água de resfriamento deve passar no mínimo a 150 mm acima do bloco do motor e terminar em um ponto onde possa ser observada a sua descarga;

b) por trocador de calor, vindo a água fria diretamente da bomba através de válvula redutora de pressão, se necessário, para limitar a pressão e valores especificados pelo fornecedor do conjunto moto-bomba. A saída do trocador de calor deve ser projetada de modo que sua descarga possa ser observada. A água no circuito fechado do motor deve circular por meio de bomba auxiliar acionada pelo próprio motor. Quando o acionamento da bomba auxiliar for feito através de correias, estas devem ser múltiplas para que, em caso de rompimento de até a metade delas, as restantes possam manter a bomba em funcionamento;

c) por meio de radiador próprio do motor, sendo o ventilador acionado diretamente pelo motor ou por correias, as quais devem ser múltiplas pelas razões descritas em b);

d) por meio de ventoinha ou ventilador, acionados diretamente pelo motor ou por correias, as quais devem ser múltiplas pelas razões descritas em b).

B-4.4 A entrada de ar para combustão deve ser provida de filtro.

B-4.5 O escapamento do motor deve ser provido de silencioso de acordo com as especificações do fornecedor do conjunto moto-bomba, conduzido para o lado externo da casa de bomba e isolado convenientemente.

B-4.6 Quando o escapamento do motor eleva-se acima deste, devem ser introduzidos meios de evitar que a água, resultante de qualquer condensação da umidade, penetre no interior do motor.

B-4.7 O dispositivo obrigatório de parada manual descrito em B-4.2 (h) deve retornar automaticamente à posição de partida, após sua utilização.

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B-4.8 O tanque de combustível do motor deve ser montado com o fundo acima da bomba injetora, ser provido de indicador de nível, e conter um volume de combustível que mantenha o conjunto moto-bomba operando a plena carga durante 8 h, no mínimo.

B-4.9 Quando existir mais de um motor diesel, cada um deve ter seu próprio tanque de combustível com a respectiva tubulação de alimentação para bomba injetora.

B-4.10 As conexões da tubulação de alimentação da bomba injetora não podem ser soldadas.

B-4.11 Na tubulação de alimentação da bomba injetora não podem ser empregados tubos e conexões de material plástico.

B-4.12 O sistema de alimentação de combustível do motor deve ser provido de:

a) tampão para efetuar limpeza no tanque;

b) filtro na tubulação de alimentação da bomba injetora;

c) meios para evitar a entrada de impurezas na tubulação de alimentação da bomba injetora;

d) drenos de ar no sistema de alimentação de combustível. B-4.13 Além do volume de combustível no tanque, requerido em B-4.8, deve existir na propriedade uma reserva adicional de combustível dentro dos mesmos requisitos.

B-4.14 Devem existir dois métodos para efetuar o arranque do motor:

a) automático, por meio de motor elétrico de arranque, com energia fornecida por baterias com recarga automática. O arranque automático deve operar quando ocorrer a queda de pressão hidráulica na tubulação geral de alimentação do sistema de chuveiros e deve possuir um dispositivo para repetir o arranque quando o motor não entrar em funcionamento imediatamente. A capacidade das baterias deve ser suficiente para efetuar 10 operações de arranque de 15 s, cada uma, separadas por períodos de repouso de 15 s, sem recarga;

b) manual, por manivela, se o tamanho do motor permitir; ou pelo mesmo motor de arranque do motor diesel, se existirem baterias separadas para o arranque manual.

B-4.15 A recarga das baterias deve ser feita automaticamente por carregador próprio e exclusivo, com sistema de flutuação. As baterias devem ser recarregadas sem que haja necessidade de serem removidas de sua posição normal. O carregador de baterias deve ter capacidade suficiente para recarregar simultaneamente todos os conjuntos de baterias existentes no local. Devem existir ainda meios para verificar o estado de carga das baterias.

B-4.16 O ensaio semanal do motor, conforme estabelecido em B-2.30, deve ser efetuado de modo que o conjunto moto-bomba funcione durante 30 min no mínimo. Por ocasião do ensaio deve ser observado o bom funcionamento do sistema de alimentação do combustível e do sistema de resfriamento.

B-4.17 Para atender à manutenção do motor, este deve sempre estar acompanhado de um conjunto padrão de ferramentas.

B-4.18 O motor deve ser fornecido com as peças sobressalentes seguintes:

a) dois conjuntos de elementos e gaxetas, para filtros de óleo combustível;

b) dois conjuntos de elementos e gaxetas, para filtros de óleo lubrificante;

c) dois conjuntos de correias (quando empregadas);

d) um jogo completo de juntas para o motor, guarnições e mangueiras;

e) dois bicos injetores. B-4.19 O motor diesel deve possuir uma placa de identificação, com as indicações seguintes:

a) nome do fabricante;

b) tipo;

c) modelo;

d) número de série;

e) potência;

f) rotação.

B-5 Painel de comando para bombas acionadas por motores elétricos

B-5.1 O painel de comando para proteção e partida automática do motor elétrico da bomba deve ser selecionado de acordo com a potência em HP do motor, podendo ser de partida direta, partida em estrela-triângulo ou compensador de partida, devidamente aterrado.

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B-5.2 O sistema de partida deve ser do tipo magnético.

B-5.3 O período de aceleração do motor não deve exceder 10 s.

B-5.4 O painel deve ser localizado o mais próximo possível do motor da bomba, e convenientemente protegido contra respingos provenientes desta.

B-5.5 O painel deve ser fornecido, no mínimo, com o seguinte:

a) desenho dimensional e leiaute de componentes;

b) diagrama da régua de bornes numerada, indicando a ligação dos equipamentos externos;

c) diagrama elétrico interno;

d) lista de materiais. B-5.6 Todos os fios e cabos devem ser alinhados de acordo com o diagrama elétrico fornecido.

B-5.7 Todos os bornes devem ser identificados de acordo com o diagrama elétrico fornecido.

B-5.8 O alarme acústico do painel não deve ter chave “liga-desliga”. Deve ser do tipo que, uma vez cancelado por botão de impulso, deve tocar automaticamente quando surgir um novo evento.

B-5.9 Os motores elétricos com corrente nominal até 200 ampéres devem ser protegidos por fusíveis NH ou disjuntores. Acima deste valor, a proteção deve ser feita somente por disjuntores.

B-5.10 Os disjuntores devem ter as seguintes características elétricas:

a) valor de corrente nominal maior que 115% da corrente nominal do motor a plena carga;

b) sensor de sobrecorrente do tipo magnético;

c) dispositivo de abertura em caso de curto-circuito;

d) capacidade de ruptura maior que o valor da corrente de curto-circuito estabelecida no circuito onde é utilizado;

e) deve permitir a partida normal do motor, sem que ocorra abertura do disjuntor.

B-5.11 A tensão de comando do painel não deve exceder 220 V.

B-5.12 Quando forem empregados fusíveis, deve existir junto ao painel no mínimo um jogo de fusíveis de reserva, com respectiva ferramenta para remoção e colocação dos fusíveis.

B-5.13 Na porta do painel, junto à chave de proteção e partida automática do conjunto da bomba, devem ser colocadas lâmpadas indicadoras da disponibilidade de energia elétrica. Estas lâmpadas devem ser em pares ou, quando únicas, de filamentos duplos.

B-5.14 Os fusíveis que protegem o circuito elétrico da chave de proteção e partida automática do conjunto da bomba devem ser dimensionados de modo a:

a) proteger os cabos de ligação do motor;

b) interromper a corrente elétrica a tempo de impedir que circunstâncias anormais possam danificar o motor. B-5.15 No caso de falha de fase ou baixa tensão, a chave de proteção e partida automática do conjunto da bomba deve desligar-se e retornar automaticamente à posição normal, quando a tensão elétrica voltar ao seu valor normal.

B-5.16 Não é permitido o uso de relês térmicos no circuito elétrico da chave de proteção e partida automática do conjunto da bomba; porém, isto é permitido para efeito de sinalização.

B-6 Painel de comando para bombas acionadas por motores diesel

B-6.1 Deve ser constituído de um gabinete adequado para abrigar convenientemente os dispositivos e componentes de sinalização acústica e óptica descritos em B-6.2 a B-6.14, bem como as réguas de bornes. A proteção elétrica deve ser feita por fusíveis DIAZED, NH ou disjuntores adequados.

B-6.2 Deve ter dispositivo de partida automática pela queda da pressão hidráulica na rede do sistema de chuveiros, acusada por pressostato instalado na linha de descarga da bomba, como mencionado em B-2.3 e B-2.6.

B-6.3 A partida automática deve possuir um ciclo de tentativas e pausas de partida, fixado em 10 períodos de arranque de aproximadamente 15 s, separados por 5 períodos de repouso de no máximo 15 s. Caso o motor não dê partida depois de ter completado o ciclo de “tentativas e pausas de partida”, o painel de comando deve interromper qualquer tentativa adicional de partida e sinalizar, de forma acústica e óptica, falha de partida.

B-6.4 A corrente elétrica para as partidas deve ser fornecida por dois jogos de baterias, que são interligados com o painel de comando, permitindo a partida automática e manual do motor com cada jogo de baterias. A corrente elétrica de partida

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deve ser fornecida por um jogo de baterias, depois pelo outro, em operações sucessivas do motor de arranque. As mudanças de um jogo para o outro devem ser automáticas, exceto para as partidas manuais.

B-6.5 Caso um dos jogos de baterias de B-6.4 esteja inoperante ou com sua carga baixa, a seqüência de arranques de B-6.3 deve ser efetuada pelo jogo de baterias que ofereça condições adequadas.

B-6.6 Deve ter dispositivo de partida manual através de duas botoeiras, uma para cada jogo de baterias. As botoeiras devem ser montadas de modo a não sofrer interferências do pressostato mencionado em B-6.2. A partida manual deve permitir, também, a operação contínua do conjunto moto-bomba até ele ser desligado manualmente.

B-6.7 Deve ter dispositivo de partida manual, sem intervenção do painel de comando, utilizando dois contatores instalados no próprio motor, ligados diretamente à alimentação das baterias do motor de arranque.

B-6.8 Deve ter dispositivo de parada manual através de botoeira ligada nos circuitos automáticos, que somente desliga o motor quando as causas que derem partida neste voltarem à posição normal.

B-6.9 Concluída a operação de parada manual do motor, o painel de comando deve tornar à posição de partida automática, de tal modo que, quando solicitado novamente, o motor dê partida automaticamente.

B-6.10 Deve ter dispositivo de parada automática por excesso de rotação do motor, quando esta atingir cerca de 20% acima da nominal. Este dispositivo deve ser formado por um contator que desliga automaticamente o motor, com acionamento de um alarme acústico no painel de comando.

B-6.11 O painel de comando deve ser dotado de uma chave seletora, para posicioná-lo nas condições seguintes:

a) automático: painel em partida automática;

b) manual: painel em partida manual. B-6.12 A face frontal do gabinete do painel de comando deve ser dotada das sinalizações ópticas para acusar as situações indicadas a seguir:

a) lâmpadas sinalizadoras separadas e um alarme acústico comum para acusar defeitos causados nas condições anormais seguintes:

- sistema automático desligado;

- baixa pressão de óleo no sistema de lubrificações;

- baixa pressão na rede de chuveiros (ver Nota);

- aquecimento excessivo da água de arrefecimento;

- falha na partida automática do motor;

- desligamento do motor por excesso de rotação;

- jogo de baterias nº 1 e/ou nº 2 descarregado, com sinalizações distintas;

- falta de tensão de CA no carregador de baterias;

- nível baixo no reservatório de combustível.

b) lâmpadas sinalizadoras, separadas, indicando:

- teste semanal acionado;

- preaquecimento ligado, se for o caso.

c) botoeiras separadas para as ações seguintes:

- parada manual;

- teste de lâmpadas;

- silenciador do alarme acústico.

Nota: A sinalização de baixa pressão na rede de chuveiros deve surgir quando esta pressão cair 30% abaixo da pressão a ser mantida pela bomba de pressurização.

B-6.13 O painel de comando deve ser localizado o mais próximo possível do motor da bomba e convenientemente protegido contra respingos provenientes desta.

B-6.14 O alarme acústico do painel não deve ter chave “liga-desliga”. Deve ser do tipo que, uma vez cancelado por botão de impulso, deve tocar automaticamente quando surgir um novo evento.

B.7 Carregador de baterias para bombas acionadas por motores diesel

B-7.1 O carregador de baterias deve ser duplo automático, com flutuação de carga para as baterias serem carregadas no local da casa das bombas.

B-7.2 Deve carregar simultânea e independentemente os dois jogos de baterias.

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B-7.3 Deve determinar o estado de carga de cada jogo de baterias, através de amperímetro e voltímetro montados na face frontal do gabinete que abriga o carregador. Os instrumentos devem ter precisão mínima de 5%.

B-7.4 O carregador de baterias, em sua tensão nominal, deve ser capaz de alimentar uma bateria completamente descarregada, limitando-se à corrente para que não haja dano às placas da bateria.

B-7.5 O carregador deve dar carga a uma bateria completamente descarregada de ate 100% de sua capacidade nominal, em um período de 24 h.

B-7.6 O carregador deve ter dispositivo para sinalização no painel de comando da bomba quando não tiver carregado as baterias adequadamente, por falta de tensão CA, sobretensão ou subtensão.

B-7.7 Durante a partida do motor, o carregador não deve ser afetado pelos transientes de tensão ou sobrecorrente que surgirem.

B-7.8 O carregador deve ser dimensionado para trabalhar em um ambiente de 0°C a 50°C.

B-7.9 Com 50% de sua corrente de saída nominal, a tensão de saída do carregador não deve variar mais que 2% de seu valor nominal, quando houver variação de ± 15% na tensão da rede CA.

B-7.10 O carregador de baterias deve ser protegido por fusíveis ou disjuntores adequados, tanto na sua entrada como na sua saída.

B-8 Painel de sinalização e alarme remoto

Os painéis de comando para bombas acionadas por motores elétricos ou diesel devem ser equipados com contatos abertos ou fechados, para operação de circuitos que permitam sinalizar, instantânea e automaticamente, em um painel de alarme remoto, com fonte de alimentação independente, que não exceda 127 V, de forma acústica e óptica, as situações previstas em B-2.29.

B-9 Capacidade efetiva dos reservatórios

A capacidade efetiva deve ser calculada em função do tempo mínimo de duração de funcionamento do sistema de chuveiros para cada classe do risco de ocupação.

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Anexo C (informativo)

Inspeção Rotineira e Manutenção dos Sistemas de Chuveiros

C-1 Geral

C-1.1 Este Anexo apresenta recomendações para inspeções e testes iniciais de sistemas de chuveiros automáticos e para inspeções, testes e manutenção de rotina. Recomenda-se o uso das Tabelas C-1 e C-2 como guias para realização dos testes dos sistemas recém-instalados. A Tabela C-3 deve ser usada para determinar as freqüências mínimas recomendadas para inspeções, testes e manutenção.

Tabela C1 - Registro de testes e materiais para tubulação aérea

REGISTRO DE TESTE E MATERIAIS PARA TUBULAÇÃO AÉREA PROCEDIMENTO A conclusão dos trabalhos, inspeção e testes, deve ser feita pelo instalador e testemunhado pelo representante do proprietário. Todos os problemas devem ser resolvidos e o sistema colocado em serviço antes que o instalador se retire da obra. Este registro deve ser preenchido e assinado pelas partes representadas. Proprietário Data

Endereço

Instalação em conformidade com o aceito no projeto Sim Não

Equipamento usado é aprovado Sim Não Projeto Se não, explicar divergências:

O responsável pelos equipamentos de combate a incêndios foi Instruído quanto à localização de válvulas de controle e sobre cuidados e manutenção dos novos equipamentos?

Sim

Não

Se não, explicar:

Foram deixadas no local cópias dos seguintes documentos? 1. Instruções sobre componentes do sistema Sim Não

Instruções

2. Instruções de cuidados e manutenção Sim Não Localização do sistema

Edificações atendidas pelo sistema:

Marca Modelo Ano de fabricação

Tamanho do orifício Quantidade Temperatura de operação

Chuveiros

Tubos e conexões

Tipo de tubo ________________________________________________________________________ Tipo de acessórios ___________________________________________________________________

Alarme Tempo máximo para funcionamento através de dreno

de fim de linha Tipo Marca Modelo min seg

Válvula de alarme ou

indicador de vazão

Funcionamento Pneumático Elétrico Hidráulico

Tubulação supervisionada Sim Não Detecção supervisionada Sim Não Válvula operada através de comando remoto, manual ou combinado? Sim Não Há facilidade de acesso para cada circuito em teste? Sim Não Se não, explicar

Marca Modelo Cada circuito aciona alarme de supervisão?

Cada circuito opera acionador de válvula?

Tempo máximo para acionamento

Sim Não Sim Não __min. ___seg.

Válvulas de ação prévia e

dilúvio

Pressão estática Pressão residual Localização e

pavimento Marca e modelo

Set point Entrada Saída Entrada Saída

Vazão (L/min) Teste de

válvula redutora de

pressão

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Descrição de teste

Hidrostático: O teste hidrostático deve ser feitos a não menos que 13,6 bars por 2 horas, ou 3,4 bars acima da pressão estática maior que 10,2 bar por 2 horas. Todos os vazamentos da tubulação aérea devem ser estancados. Pneumático: Estabelecer pressão do ar de 2,7 bars e medir a perda de pressão, que não deve exceder 0,1 bar em 24 horas. Testar tanques de pressão com nível normal de água e de pressão de ar, e medir perda de pressão, que não deve ser maior que 0,1 bars em 24 horas Toda tubulação hidrostaticamente testada a _______ bars por _______ horas Sim Sim

Equipamentos funcionam adequadamente Sim Sim

Se não, explicar:

Na qualidade de instalador da rede de chuveiros, você garante que não empregou aditivos e produtos químicos corrosivos, silicato de sódio ou derivados de silicato de sódio, água salgada ou salmoura, ou outros produtos químicos para testes dos sistemas ou interrupção de vazamentos?

Sim

Não

Leitura da pressão no manômetro próximo à conexão de teste: ________ bar

Leitura da pressão residual com dreno de fim de linha completamente aberto: ________ bar

Tubulação subterrânea e conexões do sistema foram lavadas internamente antes da conexão com a tubulação de chuveiros

Sim Não

Lavado pelo instalador da tubulação subterrânea Sim Não

Se foram usadas buchas em concreto, há amostra de testes? Sim Não

Testes

Se não explicar Flanges cegos

Nº em uso: Localização: Nº removidos:

Tubulação é soldada? Sim Não

Se SIM:

Atesta, como instalador dos chuveiros, que os procedimentos de soldagem atendem os requisitos desta norma?

Sim Não

Atesta que a soldagem foi feita por profissional qualificado? Sim Não Soldagem

Atesta que todos os cuidados foram tomados em acordo com o documentado quanto aos procedimentos de controle de qualidade para assegurar que todos os discos foram retirados, que aberturas em tubulações foram alisadas, que as escórias e outros resíduos de soldagem foram removidos, que os diâmetros internos da tubulação não foram alterados?

Sim Não

Cortes (discos)

Atesta que há sistema de controle para assegurar que todos os discos de corte foram removidos

Sim Não

Placa de informações foi instalada? Sim Não Placa de informações hidráulicas

Se não, explicar

Observações Data de entrega operacional do sistema, com válvulas de controle abertas: Nome do instalador

Testemunhas Representante do proprietário (assinatura) Cargo Data

Assinaturas

Representante do instalador (assinatura) Cargo Data

Informações adicionais e anotações:

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Tabela C2 - Registro de teste e materiais para tubulação subterrânea

REGISTRO DE TESTE E MATERIAIS PARA TUBULAÇÃO SUBTERRÂNEA PROCEDIMENTO A conclusão dos trabalhos, inspeção e testes, deve ser feita pelo instalador e testemunhado pelo representante do proprietário. Todos os problemas devem ser resolvidos e o sistema colocado em serviço antes que o instalador se retire da obra. Um certificado deve ser preenchido e assinado pelas partes representadas. Proprietário Data

Endereço

Instalação em conformidade com o aceito no projeto Sim Não

Equipamento usado é aprovado Sim Não Projeto

Se não, explicar divergências

O responsável pelos equipamentos de combate a incêndios foi instruído quanto à localização de válvulas de controle e sobre cuidados e manutenção dos novos equipamentos?

Sim Não

Instruções Se não, explicar

Localização do sistema

Edificações atendidas pelo sistema

Tipos de tubos e classificação

Tipo de junta

Tubos em conformidade com a norma ____________________ Montagem em conformidade com a norma ________________ Se não, explicar Juntas e encaixes precisam de grampo de ancoragem, tiras ou outros métodos de acordo com a norma ___________

Sim Não

Tubos e juntas

conexões subterrâneas

Se não, explicar

Descrição de teste

Limpeza interna da tubulação: deixar que a água flua até que se torne clara como indicado, até que não haja presença de material estranho nas bolsas de estopa colocadas em uma extremidade aberta da tubulação. Vazão a não menos de 1500 L/min por tubo DN100, 3300 L/min por tubo DN150, 6.000 L/min por tubo DN200, 9.300 L/min por DN250, e 13.300 L/min por DN300. Quando não for possível obter a vazão recomendada, fazer a limpeza com a máxima vazão possível. Hidrostático: O teste hidrostático deve ser feitos a não menos que 13,6 bars por 2 horas, ou 3,4 bars acima da pressão estática maior que 10,2 bar por 2 horas. Vazamento: gaxetas novas, se possuírem acabamento adequado, devem apresentar pouco ou nenhum vazamento. A somatória de vazamentos em tal local não deve exceder 1,90 L/h por cada 100 junções, independentemente do diâmetro da tubulação. Os vazamentos devem estar distribuídos por toda a tubulação. Se tais vazamentos ocorrerem em poucas junções, a instalação deverá ser considerada insatisfatória e necessitará reparos. A somatória de vazamentos permitidos acima pode ser incrementada em 30 ml por polegada de diâmetro de válvula por hora (30ml/25mm/hr) para cada válvula metálica isolada pela seção de teste. Se tubulações secas de hidrantes forem testadas com uma válvula principal aberta de modo que os hidrantes fiquem pressurizados, um vazamento adicional de (150ml/min será permitido por hidrante). Vazão de nova tubulação não aparente em conformidade com a norma _______ pela (companhia)

Sim Não

Se não. Explicar Como foi obtida a vazão? Rede pública Reservatório Bomba de Incêndio

Através de qual tipo de abertura? Bocal do hidrante Abertura do tubo

Direcionamento de fluxo de acordo com a norma _________ da (companhia) Sim Não Se não, explanar Como foi obtida a vazão? Rede pública Reservatório Bomba de incêndio

Testes de vazão

Através de que tipo de abertura? Conexão em Y à flange Abertura do tubo

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Teste hidrostático

Toda tubulação subterrânea testada hidrostaticamente a ___________ bars por __________ horas

Conexões Sim Não

Somatória total de vazamentos medidos: ___________ L por __________horas Teste de vazamentos Vazamentos permitidos: _________ L por __________horas

Hidrantes Números instalados Tipo e marca Todos operam satisfatoriamente Sim Não

Válvulas de controle totalmente abertas

Sim Não

Se não, explicar

Válvula de controle

Rosca de conexões de mangueiras intercambiáveis com as do corpo de bombeiros

Sim Não

Observações Data em que a instalação foi entregue em funcionamento

Nome do instalador de chuveiros

Testes testemunhados por Por representante do proprietário (assinatura) Função Data

Assinaturas

Por representante do instalador (assinatura) Função Data

Informações adicionais e anotações

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Tabela C-3 - Resumo de inspeções, testes e manutenção em sistemas de chuveiros automáticos

ITENS ATIVIDADE FREQÜÊNCIA

Válvulas de controle (com lacre) Semanal Válvulas de controle (com cadeado ou ligadas ao sistema de alarme)

Mensal

Alarmes Trimestral Manômetros Mensal Conexão de inspeção (dreno de fim de linha) Mensal Placa de dados Trimestral Tubulação e conexões Anual Suportes Anual Chuveiros Anual Chuveiros sobressalentes Anual Registro de recalque

Inspeção

Mensalmente Alarmes Trimentral/Semestral Dreno principal Anual Manômetros 5 anos Chaves de fluxo Trimestral Chuveiros – temperatura extra-alta 5 anos Chuveiros – resposta rápida Após 20 anos, e a cada 10 anos depois Chuveiros Após 50 anos, e a cada 10 anos depois Lavagem das redes

Teste

5 anos Válvulas Anualmente, ou conforme necessário Investigação de obstruções

Manutenção A cada 5 anos, ou conforme necessário

C-2 Desativações da proteção

C-1.2 Inspeções, testes e manutenção de sistemas de chuveiros automáticos podem resultar na desativação da proteção contra incêndios. Devem ser tomadas medidas adequadas durante as desativações para garantir que os maiores riscos sejam minimizados e o tempo de duração da desativação seja limitado.

C-1.3 Deve-se usar uma Etiqueta de Desativação do Sistema para indicar que o sistema, ou parte dele, foi desativado. A etiqueta deve ser fixada em cada registro de recalque do Corpo de Bombeiros e em cada válvula de controle do sistema, indicando qual sistema, ou parte dele, está desativado.

C-1.4 Todas as desativações programadas devem ser autorizadas pelo responsável pela rede de proteção contra incêndios. Antes de ser dada a autorização, o responsável pela rede deve verificar se foram tomadas as seguintes providências:

a) Definição da extensão e tempo de duração da desativação;

b) Inspeção e determinação dos riscos nas áreas ou edifícios envolvidos;

c) Notificação da brigada de combate a incêndios;

d) Notificação dos supervisores das áreas afetadas;

e) Preenchimento e uso da etiqueta de desativação;

f) Obtenção de todos os materiais e ferramentas necessários para realização do serviço da forma mais rápida possível;

g) Em caso de desativação por mais de 4 horas, as seguintes providências adicionais são sugeridas:

1) Evacuação do edifício ou parte dele afetada pelo sistema desativado;

2) Colocação de um ou mais vigilantes para identificar princípios de incêndio na área afetada;

3) Estabelecimento de um abastecimento de água temporário;

4) Eliminar fontes potenciais de ignição e limitar a quantidade de combustível no local. C-1.5 Quando o sistema for novamente ativado, o responsável pela rede deve verificar se foram tomadas as seguintes providências:

a) Realização de todos as inspeções e testes necessários para verificar se os sistemas envolvidos estão operacionais;

b) Notificação dos supervisores de área e brigada de combate a incêndio que o sistema foi reativado;

c) Remoção e arquivamento da etiqueta de desativação de sistemas de chuveiros. C-1-6 Para evitar alarmes falsos, o local que recebe a sinalização do alarme deve ser sempre notificado antes do início dos testes e após sua conclusão.

C-1-7 Um relatório deve ser emitido a cada inspeção, e assinado por responsável técnico, com o ART correspondente.

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C-2 Inspeções

C-2-1 Chuveiros automáticos

C-2.1.1 Os chuveiros automáticos devem estar livres de corrosão, materiais estranhos, tinta e danos físicos, e devem estar instalados de acordo com a posição adequada (para cima, pendentes, ou em parede lateral). Qualquer chuveiro deve ser substituído se estiver pintado, corroído, danificado, operado ou em posição imprópria.

C-2.1.2 Obstruções à descarga de água devem ser corrigidas imediatamente.

C-2.1.3 O estoque de chuveiros automáticos sobressalentes deve ser inspecionado anualmente quanto à quantidade e tipos de chuveiros corretos.

C-2.2 Tubulações e conexões

C-2.2.1 As tubulações e conexões devem ser inspecionadas anualmente. Devem estar em boas condições e livres de danos, vazamentos, corrosão e desalinhamento. A tubulação dos chuveiros automáticos não deve estar sujeita a sobrecargas externas causadas por materiais apoiados ou pendurados nos tubos.

C-2.3 Suportes

C-2.3.1 Os suportes de tubulações devem ser inspecionados anualmente. Não devem estar danificados ou soltos. Os que estiverem danificados ou soltos devem ser substituídos ou reapertados.

C-2.4 Manômetros

C-2.4.1 Os manômetros em sistemas de tubo molhado devem ser inspecionados mensalmente, para assegurar que estejam em boas condições e que a pressão do abastecimento de água esteja sendo mantida.

C-2.4.2 Manômetros em sistemas de pré-ação e de dilúvio, devem ser inspecionados semanalmente para assegurar que as pressões normais do ar e da água estejam sendo mantidas. Se a supervisão da pressão do ar estiver conectada a um local com presença constante de pessoas, os manômetros podem ser inspecionados mensalmente.

C-2.5 Dispositivos de alarme

C-2.5.1 Devem ser inspecionados trimestralmente para verificar se não estão danificados.

C-2.6 Placa de identificação hidráulica

C-2.6.1 Deve ser inspecionada trimestralmente, se existir, para verificar se está legível e adequadamente fixada à coluna principal de alimentação (riser).

C-2.7 Válvulas

C-2.7.1 Cada válvula normalmente aberta deve ser mantida por meio de lacres ou por cadeado, ou deve ser eletricamente supervisionada.

C.2.7.2 As inspeções de válvula devem verificar se as mesmas estão nas seguintes condições:

a) Em sua posição normal no sistema (aberta ou fechada);

b) Adequadamente lacradas, trancadas com cadeado ou supervisionadas;

c) Acessíveis;

d) Sem vazamentos aparentes;

e) Identificadas. C-3 Testes

C-3-1 Chuveiros automáticos

C-3.1.1 Os chuveiros automáticos em serviço há mais de 50 anos devem ser substituídos, ou uma amostragem representativa de uma ou mais áreas deve ser submetida a um laboratório de testes. Caso aprovados, os testes devem ser repetidos a cada 10 anos. Chuveiros automáticos com elementos de resposta rápida que estejam em serviço há 20 anos devem ser testados, e retestados posteriormente a cada 10 anos.

C-3.1.2 Uma amostra representativa de chuveiros é formada por um mínimo de quatro peças, ou 1% do número de chuveiros do sistema, escolhendo-se o maior dos dois. Se um chuveiro da amostra não atender aos requisitos de teste, todos os chuveiros representados por aquela amostra devem ser substituídos.

C-3.2 Manômetros

C-3.2.1 Devem ser substituídos a cada 5 anos ou testados a cada 5 anos por comparação com manômetros calibrados. Os que não demonstrarem precisão com uma margem de 3% do fundo de escala, devem ser novamente calibrados ou substituídos.

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C-3-3 Alarmes

C-3.3.1 Dispositivos de alarme de vazão de água, incluindo gongos de alarme mecânicos, dispositivos de vazão de água de tipo turbina e pressostatos que fornecem sinais audíveis ou visuais, devem ser testados trimestralmente.

C-3.3.2 Os testes em alarmes de vazão de água de sistemas de tubo molhado devem ser feitos abrindo-se a conexão de testes (dreno de fim de linha). As bombas de incêndio não devem ser desligadas durante os testes.

C.3.3.3 Os testes em alarmes de vazão de água em sistemas de pré-ação ou dilúvio devem ser feitos pela conexão de “by-pass”.

C-3.4 Válvulas

C.3.4.1 Cada válvula de controle deve ser totalmente aberta anualmente e recolocada em sua posição normal. Válvulas com colunas indicadoras devem ser abertas até que seja sentida a soltura ou torção da haste, indicando que a haste não se separou da válvula. Em válvulas com colunas indicadoras e válvulas gaveta de haste ascendente deve-se voltar um quarto de giro da posição totalmente aberta para evitar emperramento. Este teste deve ser repetido toda vez que a válvula for fechada por qualquer motivo.

C.3.4.2 Painéis supervisores das válvulas devem ser testados semestralmente. Um sinal distinto deve indicar mudança da posição normal da válvula, tanto durante as duas primeiras voltas de um volante ou quando a haste da válvula foi movimentada um quinto da distância de sua posição normal. O sinal não deve ser resetado em nenhuma posição da válvula exceto na posição normal.

C-4 Manutenção

C-4.1 Chuveiros automáticos

C-4.1.1 A substituição dos chuveiros deve ser feita com peças que tenham as mesmas características de desempenho e construção.

C-4.1.2 Os chuveiros especiais e de resposta rápida devem ser substituídos somente por peças de mesma fabricação, modelo, diâmetro do orifício, limite de temperatura, características de resposta térmica e fator K.

C-4.1.3 O estoque de chuveiros automáticos sobressalentes (nunca menos de 6) deve ser proporcionalmente representativo dos tipos e temperaturas dos chuveiros utilizados. O armário de sobressalentes deve estar em local que não exponha os chuveiros a umidade, pó, corrosão ou temperaturas superiores a 38o C.

C-4.1.4 Chuveiros automáticos em cabinas de pintura por spray podem ser protegidas dos resíduos de tinta com sacos plásticos com espessura máxima de 0,076 mm ou com sacos de papel pequenos. Os sacos devem ser substituídos sempre que houver depósitos ou resíduos acumulados.

C-4.1.5 Chuveiros automáticos não devem ser alterados de nenhuma maneira, ou receber qualquer tipo de ornamentação, tinta ou revestimentos, exceto quando feito pelo fabricante.

C-4.2 Válvulas

C-4.2.1 As hastes de operação de válvulas gaveta de haste ascendente devem ser lubrificadas anualmente. A válvula deve então ser completamente fechada e aberta novamente para testar sua operação e distribuir o lubrificante.

C-4.3 Investigação e prevenção de obstruções

C-4.3.1 Para garantir que a tubulação permaneça livre de quaisquer corpos estranhos que possam causar obstrução, deve-se conduzir uma investigação na tubulação geral e subgeral sempre que forem identificados indícios de que a tubulação esteja bloqueada.

C-4.3.2 Caso a investigação de obstrução indique a presença de materiais em quantidade suficiente para obstruir os sistemas de chuveiros, deve-se realizar a limpeza interna completa da tubulação. O trabalho deve ser realizado por pessoal qualificado.