nbr 07483 - 2005 - cordoalhas de aço para concreto protendido

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© ABNT 2004 Cordoalhas de aço para concreto protendido – Requisitos Steel strand for prestressed concrete - Specification Palavras-chave: Cordoalha de aço. Concreto protendido. Descriptors: Steel strand. Prestressed concrete. ICS 77.140.15 Número de referência ABNT NBR 7483:2004 8 páginas NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 7483 Segunda edição 30.07.2004 Válida a partir de 30.08.2004

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Cordoalhas de aço para concreto protendido – Requisitos Steel strand for prestressed concrete - Specification Palavras-chave: Cordoalha de aço. Concreto protendido. Descriptors: Steel strand. Prestressed concrete. ICS 77.140.15

Número de referência ABNT NBR 7483:2004

8 páginas

NORMA BRASILEIRA

ABNT NBR7483

Segunda edição30.07.2004

Válida a partir de30.08.2004

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© ABNT 2004 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito pela ABNT. Sede da ABNT Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar 20003-900 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 2220-1762 [email protected] www.abnt.org.br Impresso no Brasil

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Sumário Página

Prefácio............................................................................................................................................................... iv

1 Objetivo ..................................................................................................................................................1 2 Referências normativas........................................................................................................................1 3 Definições ..............................................................................................................................................1 4 Requisitos gerais...................................................................................................................................2 4.1 Classificação..........................................................................................................................................2 4.2 Fabricação..............................................................................................................................................2 4.2.1 Fio ...........................................................................................................................................................2 4.2.2 Qualidade do fio ....................................................................................................................................2 4.2.3 Encordoamento .....................................................................................................................................2 4.2.4 Emendas.................................................................................................................................................3 4.2.5 Tratamento final.....................................................................................................................................3 4.2.6 Acondicionamento ................................................................................................................................3 4.2.7 Transporte e armazenamento ..............................................................................................................3 4.3 Marcação e designação ........................................................................................................................3 4.3.1 Marcação ................................................................................................................................................3 4.3.2 Designação ............................................................................................................................................4 4.4 Encomenda ............................................................................................................................................4 5 Requisitos específicos..........................................................................................................................4 6 6 Inspeção ..............................................................................................................................................4 6.1 Procedimento de inspeção...................................................................................................................4 6.1.1 Comprador .............................................................................................................................................4 6.1.2 Contratante ............................................................................................................................................5 6.2 Amostragem e freqüência de ensaio...................................................................................................5 6.3 Ensaios...................................................................................................................................................5 7 Aceitação e rejeição..............................................................................................................................5

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 7483 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Siderurgia (ABNT/CB–28), pela Comissão de Estudo de Produtos Longos (CE–28:000.04). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 08, de 29.08.2003, com o número Projeto NBR 7483.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 7483:1991), a qual foi tecnicamente revisada.

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Cordoalhas de aço para concreto protendido – Requisitos

1 Objetivo

Esta Norma fixa os requisitos exigíveis para fabricação, encomenda, fornecimento e recebimento de cordoalhas de aço de alta resistência de três e sete fios, destinadas a armaduras de protensão.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

ABNT NBR 6349:1991 - Fio, barras e cordoalhas de aço para armaduras de protensão - Ensaio de tração - Método de ensaio

ABNT NBR 7484:1991 - Fios, barras e cordoalhas de aço destinados a armaduras de protensão - Ensaio de relaxação isotérmica - Método de ensaio

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 cordoalha de sete fios: Cordoalha constituída de seis fios de mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, numa forma helicoidal, com um passo uniforme, em torno de um fio central.

3.2 cordoalha de três fios: Cordoalha constituída de três fios do mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, numa forma helicoidal, com um passo uniforme.

3.3 passo da hélice: Comprimento ao longo do eixo de uma volta completa.

3.4 diâmetro de cordoalha: Diâmetro da circunferência que a circunscreve.

3.5 valor nominal: Valor numérico que caracteriza certa grandeza do produto. Não é referência para aceitação ou rejeição do produto.

3.6 lance: Determinado comprimento contínuo de cordoalha.

3.7 rolo: Certo comprimento de cordoalha apresentado em espiras concêntricas formando um volume compacto. Pode ser composto no máximo por dois lances.

3.8 carretel: Núcleo de madeira ou outro material, no qual é enrolado certo comprimento de cordoalha.

3.9 lote: Quantidade de cordoalha acabada, fabricada nas mesmas condições e de comprimento contínuo

NOTA Um fornecimento ou embarque pode ser constituído de um ou mais lotes ou partes deles.

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4 Requisitos gerais

4.1 Classificação

4.1.1 Conforme o número de fios, as cordoalhas classificam-se em:

a) cordoalha de sete fios;

b) cordoalha de três fios.

4.1.2 Conforme a resistência à tração, as cordoalhas classificam-se em:

― categoria CP-190;

― categoria CP-210.

4.1.3 Os números 190 e 210 correspondem ao limite mínimo da resistência à tração na unidade quilograma força por milímetro quadrado. Para os efeitos desta Norma, considera-se 1 kgf/mm2 =10 MPa.

4.1.4 As cordoalhas de três e sete fios são produzidas sempre na condição de relaxação baixa.

4.2 Fabricação

4.2.1 Fio

O fio usado na fabricação da cordoalha deve ser encruado a frio por trefilação a partir de fio-máquina de aço-carbono. Os teores de fósforo e enxofre não devem exceder os seguintes valores:

― fósforo: 0,020%;

― enxofre: 0,025%.

Não há especificação para os outros elementos químicos. A composição química do aço utilizado deve garantir que as características mecânicas especificadas nesta Norma sejam atendidas pelo produto final.

4.2.2 Qualidade do fio

O fio deve ser isento de defeitos superficiais ou internos, prejudiciais ao seu emprego.

4.2.3 Encordoamento

4.2.3.1 Cordoalha de sete fios

A cordoalha deve ter o fio central com diâmetro nominal pelo menos 2% maior do que o dos fios externos. Os seis fios externos devem ser firmemente dispostos em torno do fio central, com um passo de 12 a 16 vezes o diâmetro nominal da cordoalha.

4.2.3.2 Cordoalha de três fios

A cordoalha deve ser produzida com fios do mesmo diâmetro nominal, firmemente encordoados com um passo de 12 a 16 vezes o diâmetro nominal da cordoalha.

NOTA O processo de fabricação da cordoalha de três e sete fios deve garantir que os fios componentes da cordoalha, ao serem cortados com discos, não saiam de sua posição original ou, caso saiam, possam ser reposicionados manualmente.

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4.2.4 Emendas

Não é permitida a incorporação de soldas no produto final, originadas durante ou após o processo de trefilação. Os trechos de cordoalhas que receberam soldas necessárias à continuidade do processo de fabricação devem ser descartados.

4.2.5 Tratamento final

4.2.5.1 As cordoalhas devem ser submetidas a um tratamento termomecânico final apropriado, a fim de atender os requisitos especificados em 5.2 e nas tabelas 1 e 2.

4.2.5.2 As cordoalhas, ao serem desenroladas e deixadas livremente sobre uma superfície plana e lisa, não devem apresentar uma curvatura permanente superior a 15 cm em comprimento de 2 m. Esta curvatura, chamada de flecha, é a medida da distância máxima entre a linha que une as duas pontas da amostra e a face interna da cordoalha.

4.2.5.3 Acondicionamento e embalagem

4.2.6 Acondicionamento

A cordoalha deve ser fornecida em rolo firmemente amarrado com diâmetro interno não inferior a 750 mm.

NOTA O acondicionamento deve permitir a retirada de amostra sem danificar a estrutura do rolo.

4.2.7 Transporte e armazenamento

Os produtos de aço para protensão devem ser protegidos durante o transporte e armazenamento contra qualquer dano ou contaminação, especialmente contra substâncias ou líquidos que possam produzir ou provocar corrosão.

4.3 Marcação e designação

4.3.1 Marcação

Cada rolo deve ser identificado por uma etiqueta suficientemente resistente, com inscrição indelével, firmemente presa, que deve indicar:

a) nome ou símbolo do produtor;

b) número desta Norma;

c) designação do produto:

― número de fios da cordoalha,

― categoria (190 ou 210),

― relaxação (RB);

d) diâmetro nominal da cordoalha, em milímetros;

e) número de identificação do rolo;

f) massa líquida dos lances, em quilogramas.

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4.3.2 Designação

As cordoalhas devem receber a designação conforme segue:

EXEMPLO: CP-190 RB 12,7 significa uma cordoalha de sete fios para concreto protendido (CP), categoria 190, relaxação baixa (RB) e diâmetro nominal de 12,7 mm (12,7); CP 190 RB 3 x 3,0 significa uma cordoalha para concreto protendido (CP), categoria 190, relaxação baixa (RB), cordoalha de três fios (n) e diâmetro nominal de 3 mm (d) por fio.

4.4 Encomenda

Na encomenda das cordoalhas, o comprador deve indicar:

a) número desta Norma;

b) massa da encomenda, em quilogramas;

c) designação, conforme 4.3.2;

d) opcionalmente, local e procedimento de inspeção.

5 Requisitos específicos

5.1 As cordoalhas fabricadas conforme 4.2 e inspecionadas, amostradas e ensaiadas conforme seção 6 devem atender aos valores especificados nesta Norma.

5.2 O módulo de elasticidade é função do material. Para o aço-carbono comum, o valor nominal do módulo de elasticidade é de 200 GPa. Ensaios individuais que resultem em desvios maiores que 5% em relação a 200 GPa podem indicar erros cometidos no ensaio, não sendo todavia motivo de rejeição do material ensaiado. Este módulo deve ser fornecido por ensaio do fabricante ou obtido em ensaio realizado em laboratório independente.

NOTA Para valores divergentes de ensaios referentes ao mesmo lote, utilizar o valor do ensaio mais próximo de 200 GPa.

5.2.3 As propriedades mecânicas das cordoalhas de sete fios com relaxação baixa são especificadas na tabela 1.

5.2.4 As propriedades mecânicas das cordoalhas de três fios são especificadas na tabela 2.

6 Inspeção

6.1 Procedimento de inspeção

6.1.1 Comprador

6.1.1.1 Ao comprador compete exigir do fabricante certificados de ensaios do material fornecido.

NOTA Os resultados dos ensaios do fabricante devem estar disponíveis para exame pelo comprador ou seu representante durante pelo menos cinco anos.

6.1.1.2 O certificado deve conter:

a) data da emissão do certificado;

b) identificação do rolo;

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c) características dimensionais e mecânicas do material.

6.1.1.3 Fica a critério do comprador verificar se as características especificadas em 6.1.1.2-c) estão de acordo com o especificado nesta Norma, fazendo executar as inspeções e os ensaios julgados necessários.

6.1.1.4 A partir da recepção do material, o comprador torna-se responsável pela integridade física do produto no decorrer das operações de transporte, de manuseio, de estocagem e da aplicação na estrutura.

NOTA Caso o comprador deseje efetuar a inspeção do material na fábrica, após este ter sido submetido aos ensaios de rotina, os eventuais ensaios adicionais, às expensas do fabricante, são limitados no máximo de uma amostra a cada dez rolos. Não é requisito desta Norma que uma cordoalha específica seja submetida ao ensaio de relaxação. O comprador pode, contudo, requerer do fabricante o fornecimento de registros de ensaios em cordoalhas similares produzidas em tempo próximo, evidenciando que a relaxação obedece às especificações das tabelas 1 e 2 (ver 7.4).

6.1.2 Contratante

Cabe ao contratante verificar a integridade física das cordoalhas e adotar pelo menos um dos seguintes procedimentos:

a) fiscalizar o comprador na aceitação do material;

b) analisar as características do material utilizado, através dos ensaios já realizados pelo comprador ou fabricante;

c) realizar o controle de qualidade do material contratando Laboratórios credenciados junto à Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios, para esse fim.

6.2 Amostragem e freqüência de ensaio

6.2.1 Para os ensaios especificados em 6.3.1 deve-se retirar uma amostra da extremidade externa de um rolo de cada lote. No entanto, quando a prática é produzir um grande rolo em um comprimento contínuo (lote) que será dividido em diversos rolos acabados, uma amostra de comprimento suficiente será extraída para a realização dos ensaios. Esta amostra será representativa de todos os rolos do lote.

6.2.2 As amostras não devem ser submetidas a nenhuma forma de tensionamento e ou de aquecimento e todo o procedimento deve obedecer à ABNT NBR 6349.

6.3 Ensaios

6.3.1 O ensaio de tração das cordoalhas deve ser executado conforme a ABNT NBR 6349, determinando-se: gráfico “Carga x Deformação”, carga a 1% de alongamento total, carga de ruptura, alongamento total após ruptura e módulo de elasticidade em todos os corpos-de-prova.

6.3.2 O ensaio de relaxação das cordoalhas deve ser executado conforme a ABNT NBR 7484, determinando-se os valores da relaxação para uma carga aplicada equivalente a 80% da carga de ruptura mínima especificada.

7 Aceitação e rejeição

7.1 O produto inspecionado, amostrado e ensaiado conforme seção 6 é aceito, desde que todos os resultados (exceto o módulo de elasticidade) atendam aos valores especificados nesta Norma.

7.2 Se qualquer corpo-de-prova não atender aos valores especificados, uma nova amostra deve ser retirada do mesmo rolo ensaiado e submetida a reensaio.

7.2.1 Se o resultado deste reensaio atender aos valores especificados nesta Norma, o rolo correspondente é considerado aprovado.

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7.2.2 Se o resultado deste reensaio não atender a qualquer valor especificado nesta Norma, o rolo correspondente será considerado reprovado e todos os demais rolos que compõem o lote devem ser ensaiados.

7.3 Pode-se admitir oxidação do produto, desde que esta seja superficial, leve e uniforme, e não apresente pontos de corrosão localizada (cavidades) na superfície.

7.3.1 Normalmente uma oxidação superficial uniforme pode ser removida manualmente, esfregando-se os fios com um tecido grosseiro (estopa ou juta) ou com uma esponja plástica abrasiva. Em caso de dúvida quanto à gravidade do dano provocado pela oxidação, o material deve ser submetido a ensaios especiais para a comprovação de suas propriedades mecânicas originais.

NOTA Salvo acordo prévio entre comprador e fornecedor, a superfície do fio não deve conter nenhum lubrificante, óleo ou outra substância capaz de prejudicar sua aplicação.

7.4 A liberação e o emprego do produto não são condicionados ao resultado do ensaio de relaxação, em vista de sua longa duração. O comprador pode se basear em resultados recentes e regularmente obtidos com material de mesma categoria e mesmo fabricante.

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