nbr 06502 - 1995 - rochas e solos

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  • 5/21/2018 NBR 06502 - 1995 - Rochas e Solos

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    Copyright 1995,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28 andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210-3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereo Telegrfico:NORMATCNICA

    ABNT-Associao

    Brasileira deNormas Tcnicas

    Palavras-chave: Rocha. Solo. Fundao

    NBR 6502SET 1995

    Rochas e solos

    18 pginas

    Origem: Projeto NBR 6502/1993CB-02 - Comit Brasileiro de Construo CivilCE-02:004.05 - Comisso de Estudo de Rochas e SolosNBR 6502 - Rocks and soils - TerminologyDescriptors: Rock. SoilVlida a partir de 30.10.1995

    Terminologia

    h) principais tipos;

    i) propriedades.

    2.1.1 Rocha

    Material slido, consolidado e constitudo por um ou maisminerais, com caractersticas fsicas e mecnicas espe-cficas para cada tipo.

    2.1.2 Origem

    2.1.2.1 gnea ou magmtica

    Nome dado a qualquer tipo de rocha que provm de soli-dificao de materiais em fuso denominados magmas.

    Nota: So classificadas quanto profundidade de origem em:

    a) plutnica:

    - rocha gnea formada em grandes profundidades,possuindo textura grossa a mdia. Por exemplo:diorito, gabro, sienito;

    b) extrusiva ou vulcnica:

    - rocha gnea formada pelo extravasamento do magma na superfcie terrestre. Por exemplo:basalto, rilito, tufo;

    1 Objetivo

    Esta Norma define os termos relativos aos materiais dacrosta terrestre, rochas e solos, para fins de engenhariageotcnica de fundaes e obras de terra.

    2 Definies

    Para os efeitos desta Norma so adotadas as definiesconstantes em 2.1 para os termos tcnicos relativos a ro-cha e as definies constantes em 2.2 para os termostcnicos relativos a solo.

    2.1 Termos relativos a rochas

    Para rochas, adota-se a seguinte itemizao como formade agrupamento dos termos a seguir:

    a) definio;

    b) origem;

    c) forma de ocorrncia;

    d) colorao;

    e) textura;

    f) composio qumica;

    g) estrutura;

    Cpia no autorizada

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    c) hipoabissal:

    - rocha gnea originada em profundidades interme- dirias entre as plutnicas e as vulcnicas, tendo

    ocorrncia em forma tabular (dique), camada (sillou soleira) ou filonar. Por exemplo: apito, diab- sio, pegmatito.

    2.1.2.2 Metamrfica

    Rocha proveniente de transformaes sofridas porqualquer tipo de rocha preexistente que foi submetida ao de processos termodinmicos de origem endgena,os quais produziram novas texturas e novos mineraisque geralmente se apresentam orientados . Por exemplo:gnaisse, xisto, filito.

    2.1.2.3 Sedimentar

    Rocha originada pela consolidao de:

    a) detritos de outras rochas que foram transpor-tados, depositados e acumulados. So deno-minadas detrticas ou clsticas;

    b) produtos de atividade orgnica, atividade bio-qumica ou precipitao qumica por evapora-o.

    Nota: Em todos os casos tem-se geralmente a formao de es-tratos ou camadas. As detrticas so classificadas deacordo com a granulometria (por exemplo: arenito, siltito,argilito, folhelho, etc.) e as outras, de acordo com suacomposio qumica (por exemplo: carvo mineral, gipsita,

    evaporito e calcrio, etc.).

    2.1.3 Principais formas de ocorrncia

    2.1.3.1 Estratificada

    Rocha em que seus componentes dispem-se emestratos ou camadas, devido diferena de textura, cor,resistncia, composio, etc., sendo uma caractersticadas rochas sedimentares.

    2.1.3.1.1 Camada ou estrato

    Ocorrncia contnua (ou quase) de rocha sedimentar,

    com certa constncia em suas propriedades, fornecidapelas condies de deposio, limitada nas partes supe-rior e inferior por rochas diferentes. O termo aplica-setambm a solos. Se a espessura for inferior a 1 cm, recebeo nome de lmina.

    2.1.3.1.2 Lente

    Ocorrncia de corpo de rocha ou solo sem continuidadelateral, possuindo variao de espessura e situada noseio de outra(s) camada(s).

    2.1.3.2 Derrame

    Fluxo de magma extrusivo proveniente do escoamentopela superfcie do terreno, originado pela sada do magmaatravs de vulces e de geofraturas, formando camadassucessivas de lava solidificada.

    2.1.3.3 Intrusiva

    Nome dado a rochas de origem gnea, cujo corpo estencaixado em outras rochas. As plutnicas e hipoabissaisso as rochas intrusivas.

    2.1.3.3.1 Dique

    Corpo tabular de uma rocha gnea hipoabissal que sealoja discordantemente em relao orientao das es-truturas principais da rocha encaixante.

    2.1.3.3.2 Sill (Soleira)

    Corpo de uma rocha gnea hipoabissal que se aloja para-lelamente s estruturas principais da rocha encaixante,possuindo geralmente o aspecto de camada.

    2.1.3.4 Macio rochoso

    Poro definida de uma ou mais formaes geolgicas,caracterizada por suas rochas e descontinuidades.

    2.1.4 Colorao

    2.1.4.1 Cor

    A colorao dada pela cor predominante dos mineraisda rocha. Por exemplo: arenito: branco; granito: rseo; fo-lhelho: marrom; gnaisse: cinza.

    2.1.4.2 ndice de cor

    Relao, em termos quantitativos, entre os minerais claros(slicos ou flsicos) e os escuros ferromagnesianos(mficos) que compem a rocha.

    2.1.4.2.1 Leucocrtica ou clara

    Quando predomina a presena de minerais claros. Porexemplo: granito.

    2.1.4.2.2 Mesocrtica ou cinzenta

    Quando os minerais claros e escuros esto presentes namesma proporo. Por exemplo: diorito.

    2.1.4.2.3 Melanocrtica ou escura

    Quando os minerais predominantes so escuros. Porexemplo: basalto.

    2.1.5 Textura

    Refere-se aparncia da rocha, quando se consideram,em conjunto, o tamanho, forma, arranjo e o modo peloqual os minerais que a compem se acham unidos. Osprincipais tipos de textura so os descritos em 2.1.5.1 a2.1.5.15.

    2.1.5.1 Equigranular

    Quando os componentes mineralgicos so aproxi-madamente do mesmo tamanho, independentemente desuas formas.

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    2.1.5.2 Fina ou afantica

    Quando a granulao inferior a 0,05 mm.

    2.1.5.3 Mdia

    Quando a granulao compreendida entre 0,05 mm e

    1 mm.

    2.1.5.4 Grossa

    Quando a granulao varia entre 1 mm e 5 mm.

    2.1.5.5 Matriz

    Material, em geral granular fino, que envolve megacristaisnas rochas gneas porfirticas. No caso de rochas sedi-mentares, o material de granulao fina que envolveou preenche os interstcios entre gros maiores.

    2.1.5.6 Cimento

    Material natural que preenche os poros das rochas sedi-mentares e promove a juno entre os fragmentos oudetritos, consolidando-os. Pode ser argiloso, silicoso,calcfero, ferruginoso, etc., influenciando de forma defini-tiva no comportamento mecnico da rocha.

    2.1.5.7 Macia compacta ou densa

    Quando a massa da rocha ou da matriz no evidencia apresena macroscpica de vazios.

    2.1.5.8 Porfirtica

    Quando h cristais maiores envolvidos em uma massaou matriz de gros menores. Por exemplo: granito prfiro.

    2.1.5.9 Vesicular

    Quando a rocha possui, disseminadas em sua massa,vesculas ou vazios provenientes do escape de gases.Por exemplo: basalto vesicular.

    2.1.5.10 Amigdalide ou amigdaloidal

    Quando a rocha possui, disseminadas em sua matrizvesculas preenchidas com materiais de composio dife-

    rente ao da matriz. Por exemplo: basalto amigdalide.2.1.5.11 Vtrea

    Quando h ausncia de granulao, possuindo brilhovtreo ou resinoso, e fratura conchoidal. Corresponde srochas gneas extrusivas que sofreram resfriamento brus-co. Por exemplo: vidros naturais.

    2.1.5.12 Brechide

    Quando a rocha composta por fragmentos angulososde duas ou mais rochas diferentes entre si, ou fragmentosde uma s rocha, aglutinados por matriz cimentante.

    2.1.5.13 Gnissica

    Caracteriza-se por possuir um aspecto laminado decor-rente da disposio de um ou mais minerais constituintes.

    2.1.5.14 Xistosa

    Aspecto apresentado pelas rochas metamrficas, que con-siste no alinhamento dos minerais componentes, comose fossem estratos finos.

    2.1.5.15 Foliado

    Termo usado para designar qualquer estrutura planar deuma rocha, reconhecvel a vista desarmada.

    2.1.6 Composio qumica

    2.1.6.1 Alcalina

    Termo geral aplicado s rochas gneas, em que, qui-micamente, o contedo de K2O + Na2O suplanta o daslica ou alumina. Tem como caracterstica a presena defeldspatides.

    2.1.6.2 Ultrabsica

    Termo geral aplicado s rochas gneas, em que, quimica-mente, a percentagem de slica inferior a 45%. Estasrochas caracterizam-se essencialmente pela presenade minerais escuros. Por exemplo: piroxenito.

    2.1.6.3 Bsica

    Termo geral aplicado s rochas gneas com predo-minncia de minerais escuros (mficos), em que, quimi-camente, a percentagem de slica est compreendida entre45% e 52%. Por exemplo: basalto.

    2.1.6.4 Intermediria ou neutra

    Termo geral aplicado s rochas gneas, em que, quimi-camente, a percentagem de slica est compreendida entre52% e 65%. Por exemplo: granodiorito.

    2.1.6.5 cida

    Termo geral aplicado s rochas gneas, em que, quimi-camente, a percentagem de slica superior a 65%. Temcomo caracterstica a cor clara e a presena de quartzo.Por exemplo: granito.

    2.1.7 Estrutura

    Feies maiores adquiridas pelo macio rochoso duranteou aps sua formao, como xistosidade, dobras, di-clases e falhas, etc.

    2.1.7.1 Compartimentao

    Estruturao dos macios rochosos que se apresentamconstitudos por blocos slidos separados por planos dedescontinuidades.

    2.1.7.2 Descontinuidade

    Estrutura geolgica que interrompe a continuidade fsicados macios rochosos. O termo engloba todas as estru-turas, como falhas, juntas, fissuras, contato entre duas ro-chas, etc. A caracterizao das descontinuidades de ummacio rochoso deve levar em conta o descrito em2.1.7.2.1 a 2.1.7.2.9.

    Cpia no autorizada

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    2.1.7.2.1 Atitude (direo e mergulho)

    Conjunto de valores (direo e mergulho) que definem aposio geomtrica no espao (referida a coordenadasgeogrficas) de uma camada ou descontinuidade geo-lgica:

    a) direo:

    - ngulo entre a interseo do plano da des-continuidade com um plano horizontal e onorte geogrfico;

    b) mergulho:

    - ngulo mximo de inclinao do plano da des- continuidade e correspondente direo referida aos quadrantes geogrficos.

    Existem dois modos de se representar a atitude:

    1 - Atitude da descontinuidade - dada pela di-reo da descontinuidade, ou da maior inclinaoda camada, acrescida do quadrante para ondemergulha a camada. Por exemplo: N40E/30SE.

    2 - Atitude do mergulho - dada pela direo dalinha de maior inclinao, medida a partir do norteverdadeiro, no sentido anti-horrio/ngulo queessa linha faz com a horizontal. Por exemplo:320/30.

    Nota: A direo de mergulho faz 90com a direo da descon-tinuidade.

    2.1.7.2.2 Espaamento

    Distncia medida entre duas descontinuidades adja-centes de uma mesma famlia, na direo perpendicularentre si.

    2.1.7.2.3 Freqncia

    Nmero de descontinuidades por metro ou por um deter-minado comprimento.

    2.1.7.2.4 Extenso

    Comprimento da descontinuidade, podendo ter algunscentmetros at vrias centenas de metro.

    2.1.7.2.5 Forma

    Corresponde ao aspecto geomtrico da descontinuidade.Por exemplo: plana, circular, irregular, dentada, etc.

    2.1.7.2.6 Caracterstica do plano

    Corresponde presena em conjunto ou no das se-guintes feies: abertura, preenchimento, rugosidade, es-trias de cisalhamento, etc.

    2.1.7.2.7 Preenchimento

    Presena de material de natureza e composiodiferentes da rocha ou no, alojado na descontinuidade.Este material pode ser argiloso, carbontico, silicoso,ferruginoso, bem como decomposto da prpria ro-cha, etc.

    2.1.7.2.8 Abertura ou espessura

    Distncia perpendicular entre as paredes adjacentes deuma descontinuidade, cujos espaos contm gua ou ar.

    2.1.7.2.9 Largura

    Distncia perpendicular entre as paredes adjacentes deuma descontinuidade, cujos espaos esto preenchidos.

    2.1.7.3 Fratura, junta ou diclase

    Superfcie de ruptura sem movimento relativo entre assuas faces.

    2.1.7.4 Famlia de juntas

    Corresponde a um grupo de juntas que ocorrem em um

    arranjo paralelo ou quase paralelo de mesma gnese.

    2.1.7.5 Sistema de juntas

    Corresponde ao conjunto de duas ou mais famlias dejuntas existentes.

    2.1.7.6 Falha

    Plano ou superfcie de ruptura com deslocamento relativodos lados paralelos fratura. A falha caracteriza-se porpossuir o descrito em 2.1.7.6.1 a 2.1.7.6.3.

    2.1.7.6.1 Linha de falha

    Interseo do plano de falha com a superfcie do terreno.

    2.1.7.6.2 Plano de falha

    Plano ao longo do qual se d o movimento, podendoapresentar-se estriado e polido.

    2.1.7.6.3 Rejeito

    Medida em qualquer direo do deslocamento entre doislados de uma falha, podendo ser centimtrica at vriascentenas de metros.

    2.1.7.7 Dobra

    Curvatura ou flexo produzida nas rochas, devido prin-cipalmente ao tectonismo. A dobra caracterizada poreixo, plano axial e flanco.

    2.1.7.7.1 Anticlinal

    Forma adquirida pela dobra, quando as camadas mais

    antigas esto mais prximas do eixo do encurvamento.

    2.1.7.7.2 Sinclinal

    Forma adquirida pela dobra, quando as camadas maisjovens esto mais prximas do eixo do encurvamento.

    Cpia no autorizada

  • 5/21/2018 NBR 06502 - 1995 - Rochas e Solos

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    2.1.8 Principais tipos

    2.1.8.1 Aplito

    Nome dado rocha de composio grantica e de texturafina, ocorrendo sempre em forma de dique.

    2.1.8.2 Ardsia

    Rocha metamrfica de baixo grau de metamorfismo, con-tendo ainda, em sua massa, material argiloso, bem comomica em estado incipiente de crescimento. uma rochacom xistosidade tabular perfeita.

    2.1.8.3 Arenito

    Rocha sedimentar com granulometria de areia, cujosgros so ligados entre si por um cimento. O tipo de ci-mento que determina as propriedades de resistncia,podendo ser silicoso, argiloso, calcfero, ferruginoso, etc.

    2.1.8.4 Argilito

    Rocha sedimentar constituda essencialmente por par-tculas argilosas, sem estratificao e de aspecto macioe homogneo.

    2.1.8.5 Basalto

    Rocha vulcnica escura, normalmente de granulao finae de textura que pode ser macia, vesicular ou amig-dalide.

    2.1.8.6 Brecha

    Rocha formada por fragmentos angulosos de outras ro-chas, aglutinados ou no por um cimento. Uma brechapode ser tectnica e vulcnica.

    2.1.8.7 Calcrio

    Rocha sedimentar de origem qumica, orgnica ou cls-tica, constituda principalmente por carbonato de clcio.

    2.1.8.8 Conglomerado

    Rocha sedimentar formada por fragmentos arredondados

    de outras rochas (normalmente seixos), aglutinados porcimento.

    2.1.8.9 Diabsio

    Rocha gnea intrusiva, de granulao mdia a fina, queocorre em forma de diques e sills.

    2.1.8.10 Dolomito

    Rocha sedimentar composta por carbonato de magnsioe clcio.

    2.1.8.11 Filito

    Rocha metamrfica caracterizada por forte xistosidade ecomposta quase que exclusivamente por micas. s vezespode possuir grafite como componente principal.

    2.1.8.12 Folhelho

    Rocha sedimentar bem estratificada, laminar e detrtica,cujos componentes apresentam granulometria de siltese argilas.

    2.1.8.13 Gnaisse

    Rocha metamrfica de alto grau de metamorfismo, gros-seiramente bandada, devido composio mineralgicapredominante de quartzo e feldspato sobre os mineraismicceos.

    2.1.8.14 Granito

    Rocha plutnica granular, formada essencialmente porquartzo e feldspato, e acessoriamente por biotita e mos-covita.

    2.1.8.15 Laterita (o)

    Rocha de textura vacuolar, ferruginosa, de cor geralmenteavermelhada, muitas vezes matizada, constituda por umamistura de xidos de ferro e alumnio e por outros minerais,que ocorre habitualmente em zonas tropicais, em decor-rncia do fenmeno de laterizao (ver 2.2.141). Tambmdenominada canga.

    2.1.8.16 Mrmore

    Rocha metamrfica derivada de calcrios ou outrasrochas sedimentares constitudas por carbonato de clcioou de magnsio.

    2.1.8.17 Migmatito

    Nome genrico dado a uma rocha metamrfica de altograu, do tipo gnaisse e que apresenta segregaes dematerial gneo quartzo-feldsptico (pegmatito ou granito).

    2.1.8.18 Milonito

    Rocha metamrfica de gros finos provenientes do esma-gamento ou triturao de rocha preexistente, devido aofalhamento. geralmente acompanhada de decompo-sio e preenchimento argiloso.

    2.1.8.19 Pegmatito

    Rocha gnea composta predominantemente por cristaisde grande tamanho de quartzo, feldspato e mica, ocor-rendo em forma de veios ou diques irregulares.

    2.1.8.20 Quartzito

    Rocha metamrfica composta principalmente por grosde quartzo no tamanho de areia e fortemente cimentados.Esta rocha possui s vezes pequena quantidade de micasericita e clorita.

    2.1.8.21 Silexito

    Rocha sedimentar silicosa constituda por quartzo ou ou-tras formas de slica, com fratura conchoidal ou lascas,que ocorre em ndulos, concrees irregulares e estratos,sendo normalmente associada a manifestaes hidro-termais, de origem qumica ou bioqumica.

    Cpia no autorizada

  • 5/21/2018 NBR 06502 - 1995 - Rochas e Solos

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    NBR 6502/19956

    2.1.8.22 Siltito

    Rocha sedimentar proveniente de litificao de sedi-mentos com granulometria de silte.

    2.1.8.23 Xisto

    Rocha metamrfica bem laminada, composta quase queexclusivamente por micas e quartzo em menor pro-poro.

    2.1.9 Propriedades

    2.1.9.1 Alterabilidade

    Facilidade relativa que uma rocha possui de sofrer a alte-rao de seus constituintes, que depende de caracte-rsticas internas (composio mineralgica, microfissu-ras, porosidade, planos de fraquezas intrnsecas, etc.) e

    da intensidade e tempo de durao de agentes naturaisexternos e/ou internos e artificiais.

    2.1.9.2 Grau de alterao de rocha

    Identificao do estgio em que se encontram osconstituintes minerais modificados e transformados pelaao de agentes externos e/ou internos. Esta caracteriza-o tem sido aplicada a todos os tipos de rocha, sendocorrelacionada s suas propriedades mecnicas. Deacordo com o grau ou intensidade dessa modificaotem-se as rochas descritas em 2.1.9.2.1 a 2.1.9.2.5.

    2.1.9.2.1 Rocha s ou quase s

    Rocha com componentes mineralgicos originaisintactos, sem apresentar indcios de decomposio comjuntas ligeiramente oxidadas e sem haver perda de suaresistncia mecnica.

    2.1.9.2.2 Rocha pouco alterada

    Rocha com alterao incipiente ao longo das fraturas ecom alguns componentes mineralgicos originais muitopouco transformados. Resistncia mecnica pouco abai-xo da rocha s.

    2.1.9.2.3 Rocha medianamente alterada

    Rocha com alguns componentes originais apenasparcialmente, onde 1/3 da espessura do corpo da rochaest alterada. As superfcies das descontinuidades mos-tram de forma parcial a ao do intemperismo, e sua resis-tncia mecnica inferior da rocha pouco decomposta.

    2.1.9.2.4 Rocha muito alterada

    Rocha apresentando uma decomposio no uniformede matriz, com 2/3 do corpo da rocha apresentando altera-o. Alguns minerais originais acham-se totalmente ouparcialmente transformados em outros e as superfciesdas descontinuidades apresentam os efeitos ntidos dointemperismo, com intensa decomposio. Esta rocha de-sagrega-se parcialmente na presena de gua e quebra-se facilmente com choque mecnico.

    2.1.9.2.5 Rocha extremamente alterada

    Rocha em que todos os componentes mineralgicosiniciais foram, com exceo do quartzo, quando presente,transformados total ou parcialmente pelo intemperismoqumico, apresentando-se ainda com a estrutura da rocha

    matriz totalmente frivel, nem sempre se desagregandona presena de gua. Do ponto de vista geomecnico,esta rocha constitui material de transio entre rocha esolo. Esta rocha tambm denominada saprolito ousaprlito.

    2.1.9.3 ngulo de atrito interno

    ngulo formado com o eixo das tenses normais pelatangente, em um determinado ponto da curva envoltriade Mohr, representativa das resistncias ao cisalhamentoda rocha, sob diferentes tenses normais.

    2.1.9.4 Coeso

    Resistncia aos esforos de cisalhamento que dependefundamentalmente da natureza e composio da rocha,ou seja, independe das tenses aplicadas.

    2.1.9.5 Competncia

    Termo geral aplicado s rochas de elevadas resistnciae coeso, possuindo comportamento elastofrgil. No seinclui, nesta definio, o papel das descontinuidades,apenas o comportamento da matriz. Este termo usadotambm para rochas que em escavaes subterrneasdispensam o uso de suportes.

    2.1.9.6 Condutividade hidrulica

    Propriedade das rochas e dos macios rochosos que tra-duz a maior ou menor facilidade com que a gua passaatravs de seus poros, interstcios, fraturas, canalculos,etc.

    2.1.9.7 Consistncia

    Termo genrico aplicado s rochas que possuem elevadadureza, tenacidade e resistncia ao desgaste, bem comoao risco, havendo vrios graus de consistncia, sendo

    conseqentemente um ndice de qualidade.

    2.1.9.7.1 Rocha muito consistente

    Rocha com som metlico, a qual se quebra com difi-culdade ao impacto do martelo, sendo sua superfcie difi-cilmente riscada pela lmina do canivete.

    2.1.9.7.2 Rocha consistente

    Rocha que possui um som fraco, a qual se quebra comrelativa facilidade ao impacto do martelo, sendo suasuperfcie riscvel pela lmina do canivete.

    2.1.9.7.3 Rocha medianamente consistente

    Rocha cujas bordas do seu fragmento se quebram comdificuldade sob presso dos dedos, deixando-se riscarfacilmente pela lmina do canivete.

    Cpia no autorizada

  • 5/21/2018 NBR 06502 - 1995 - Rochas e Solos

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    NBR 6502/1995 7

    2.1.9.7.4 Rocha pouco consistente (quebradia)

    Rocha cujas bordas do seu fragmento se quebram pelapresso dos dedos, deixando-se sulcar facilmente pelalmina do canivete.

    2.1.9.7.5 Rocha sem consistncia (frivel)

    Aquela que se esfarela com o golpe do martelo. Desa-grega-se com a presso dos dedos e pode ser riscadacom a unha.

    2.1.9.8 Designao qualitativa de rocha (RQD)

    Classificao da qualidade de um macio rochoso, quese baseia no clculo do quociente entre a soma dos com-primentos de testemunhos de sondagem com tamanhosuperior a 10 cm, pelo comprimento total perfurado damanobra. Os testemunhos reconhecidamente decorren-tes de quebra mecnica, embora fragmentados, no so

    considerados vlidos no clculo deste ndice.

    2.1.9.9 Expansibilidade

    Designao genrica dada s rochas cujos componentesargilosos, quer de estratos, quer preenchendo descon-tinuidades, expandem na presena de gua, provocandoa desagregao total ou parcial da rocha, devido pres-so de expanso.

    2.1.9.10 Grau de fraturamento

    ndice de qualidade das rochas, comumente aplicado na

    classificao bsica de macios rochosos, determinadopela simples contagem de fraturas ao longo de uma certadireo, utilizando-se o nmero de fraturas por metro nostestemunhos de sondagem ou contadas diretamente nasuperfcie de afloramentos rochosos. No se consideramas fraturas obtidas pelo processo de perfurao.

    2.1.9.10.1 Rocha ocasionalmente fraturada ou macia

    Macio rochoso com at uma fratura por metro de exten-so.

    2.1.9.10.2 Rocha pouco fraturada

    Macio rochoso que possui entre uma e cinco fraturaspor metro de extenso.

    2.1.9.10.3 Rocha medianamente fraturada

    Macio rochoso com cinco a dez fraturas por metro deextenso.

    2.1.9.10.4 Rocha extremamente fraturada

    Macio que possui mais de 20 fraturas por metro de ex-tenso.

    2.1.9.11 ndice de velocidade

    O quadrado da relao entre a velocidade de propagaode ondas ssmicas obtidas em laboratrio pela velocidadede propagao dessas ondas in situ. Esta relao se apro-xima de 1 medida que o fraturamento do macio rochosodiminui.

    2.1.9.12 Perda de gua especfica

    Resultado do ensaio de perda dgua sob presso, quecorresponde absoro pelo substrato rochoso de deter-minado volume dgua, durante um determinado tempo,quando se ensaia um determinado trecho de rocha, sobuma determinada presso.

    2.1.9.13 Sanidade

    Ver 2.1.9.1.

    2.1.9.14 Sanidade dinmica

    Relao entre o mdulo de Youngdinmico determinadoin situem um macio rochoso e o mdulo de Youngdin-mico obtido em amostras da rocha correspondente. Trata-se de um ndice de qualidade.

    2.1.9.15 Solubilidade

    Propriedade que a rocha possui, quando sob a ao dagua e gs carbnico natural da atmosfera, de sofrer dis-soluo total ou parcial, originando feies especficasquer em superfcie, quer em profundidade, denominadascrticas. Por exemplo: calcrios, dolomitos, gipso.

    2.1.9.16 Tenso residual (tenso interna)

    Grandeza da diferena entre os valores das tensesin situem um ponto do interior de um macio rochoso e osvalores calculados em funo apenas do peso prpriodos terrenos sobrejacentes. Esta diferena atribui-se aopassado geolgico do macio.

    2.1.9.17 Tenso virgem

    Estado de tenso reinante em um ponto no perturbadodo interior de um macio, sendo causado pela ao dopeso das rochas sobrejacentes, coluna dgua, esforostectnicos e trmicos.

    2.2 Termos relativos a solos

    2.2.1 Adensamento

    Reduo progressiva, ao longo do tempo, do volume deuma massa de solo, resultante da diminuio do seu vo-

    lume de vazios, devido expulso de ar ou gua, causadapor efeito do peso prprio ou acrscimo de tenso externa.

    2.2.1.1 Adensamento inicial

    Reduo relativamente rpida do volume de uma massade solo, que ocorre entre a aplicao dos esforos decompresso e o incio do desenvolvimento do aden-samento primrio. resultado, principalmente, da ex-pulso do ar contido nos vazios de solo no totalmentesaturado.

    2.2.1.2 Adensamento primrio

    Reduo progressiva do volume de uma massa de solosob o efeito da aplicao dos esforos de compresso.Esta reduo devida, principalmente, expulso degua dos vazios do solo, acompanhada por uma trans-ferncia da presso suportada pela gua intersticial parao esqueleto slido.

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    2.2.1.3 Adensamento secundrio

    Reduo progressiva do volume de uma massa de solosob o efeito da aplicao de esforos de compresso.Esta reduo devida ao ajustamento da estrutura internada massa de solo, depois que todo esforo de compressotenha sido transferido da gua intersticial para o esqueletoslido.

    2.2.2 Aderncia

    Ver 2.2.3.

    2.2.3 Adeso

    Resistncia ao cisalhamento entre um solo e um outromaterial qualquer, sem que haja atuao de presso ex-terna.

    2.2.4 gua absorvida

    gua mantida mecanicamente dentro de uma massa desolo e submetida apenas ao da gravidade. As pro-priedades fsicas desta gua so praticamente iguais sde gua corrente nas mesmas condies de temperaturae presso.

    2.2.5 gua adsorvida

    gua mantida na superfcie dos gros de um solo poresforos de atrao molecular, sendo que os dipolos H2Oorientam-se perpendicularmente superfcie dos gros.As propriedades fsicas desta gua so sensivelmente

    diferentes da gua absorvida ou livre nas mesmas condi-es de temperatura e presso.

    2.2.6 gua capilar

    gua, nos vazios do solo, submetida ao da capila-ridade.

    2.2.7 gua gravitacional

    Ver 2.2.4.

    2.2.8 gua livre

    Ver 2.2.4.

    2.2.9 Altura de ascenso capilar

    Altura acima do nvel fretico, qual a gua pode subirpor capilaridade.

    2.2.10 Aluvio

    Depsito sedimentar constitudo por material transportadopela gua corrente.

    2.2.11 Alvio

    Ver 2.2.10.

    2.2.12 Amolgamento

    Quebra da estrutura de um solo sem variao do seuteor de umidade.

    2.2.13 Amostra amolgada

    Amostra de solo que teve sua estrutura natural modificadapelo amolgamento (ver 2.2.14).

    2.2.14 Amostra deformada

    Amostra de solo que no mantm todas as caractersticasque se verificam in situ.

    2.2.15 Amostra indeformada

    Amostra de solo obtida de modo a preservar as carac-tersticas que se verificam in situ. Esse tipo de amostra obtida com amostradores especiais em furos de sonda-gem ou pela extrao em poos de investigao.

    2.2.16 Amostra intacta

    Ver 2.2.15.

    2.2.17 Amostra representativa

    Amostra de solo que conserva as caractersticas de texturae teor de umidadein situ.

    2.2.18 ngulo de atrito de interface

    ngulo correspondente inclinao da tangente curvaenvoltria, que representa a relao entre a resistnciaao cisalhamento e a tenso normal atuante na superfciede contato de um solo com um outro tipo de material.

    2.2.19 ngulo de atrito externo

    Ver 2.2.18.

    2.2.20 ngulo de atrito interno efetivo

    Parmetro da envoltria de resistncia efetiva de Mohr-Coulomb, correspondente ao ngulo que esta envoltria,admitida como linha reta, faz com o eixo das tenses nor-mais efetivas.

    2.2.21 ngulo de atrito solo-parede

    Ver 2.2.18.

    2.2.22 ngulo de atrito no repouso

    Mximo ngulo entre a horizontal e o talude externo queum solo granular assume ao cair, em estado seco, de

    uma pequena altura.

    2.2.23 Areia

    Solo no coesivo e no plstico formado por minerais oupartculas de rochas com dimetros compreendidos entre0,06 mm e 2,0 mm.

    2.2.23.1 Areia fina

    Areia com gros de dimetros compreendidos entre0,06 mm e 0,2 mm.

    2.2.23.2 Areia mdia

    Areia com gros de dimetros compreendidos entre0,20 mm e 0,60 mm.

    2.2.23.3 Areia grossa

    Areia com gros de dimetros compreendidos entre0,60 mm e 2,0 mm.

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    2.2.24 Areia movedia

    Areia submetida a um gradiente hidrulico crtico. A areiamovedia no um tipo de material, mas representa umacondio provocada por fluxo dgua ascendente e tem,praticamente, as propriedades de um lquido.

    2.2.25 Argila

    Solo de granulao fina constitudo por partculas comdimenses menores que 0,002 mm, apresentando coesoe plasticidade.

    2.2.26 Argila dispersiva

    Argila com preponderncia de ctions monovalentes desdio dissolvidos na gua intersticial, enquanto que a ar-gila no dispersiva tem preponderncia de ctionsdivalentes de clcio e magnsio. uma argila facilmenteerodvel pela gua, em um processo de disperso ou

    defloculao, quando as foras eltricas repulsivas atuan-tes entre as partculas argilosas so maiores que as forasde atrao (Van Der Waals). Esta argila no pode seridentificada pelos ensaios de caracterizao comuns, maspor ensaios qumicos ou por ensaios geotcnicos, assimcomo o ensaio de disperso rpido, o ensaio sedi-mentomtrico comparativo SCS e o ensaio de furo deagulha.

    2.2.27 Argila sensvel

    Argila cuja resistncia no estado natural maior que noestado amolgado.

    2.2.28 Argilomineral

    Silicatos hidrulicos de alumnio, podendo conter quan-tidades variveis de ferro, magnsio, potssio, sdio, ltio,etc. So geralmente formados por lamelas constitudaspor estratos ou lminas de tetraedros de SiO4e octaedrosde Al (OH)6, possuindo cristalinidade varivel. Os ar-gilominerais se formam por alterao de mineraisprimrios das rochas gneas e metamrficas, comofeldspatos, piroxnios e anfiblios, ou so constituintesde rochas sedimentares. Possuem a propriedade deabsorver s superfcies de suas partculas quantidadesvariveis de gua e ons. Os principais grupos de

    argilominerais so: caulinita, micas hidratadas (ver2.2.130) e esmectitas (ver 2.2.102).

    2.2.29 Argilizao

    Processo atravs do qual uma rocha convertida emagregado de minerais argilosos sob a ao de solueshidrotermais.

    2.2.30 Arqueamento (em solos)

    Transferncia de tenses tangenciais da poro de solocom maior deformao para a poro adjacente com

    menor deformao, que serve de elemento de suporte.

    2.2.31 Aterro

    Depsito artificial de qualquer tipo de solo ou de outrosmateriais.

    2.2.32 Atividade coloidal

    Relao entre o ndice de plasticidade de um solo e apercentagem da frao argilosa.

    2.2.33 Atrito interno

    Parcela da resistncia ao cisalhamento de um solo, cor-respondente fora de atrito desenvolvida no desli-zamento entre os gros e/ou partculas desse solo. Geral-mente indicada pelo termo " .tan " na equao deMohr-Coulomb" = c + . tan ".

    2.2.34 Bentonita

    Argila com alto teor de mineral montmorilonita, caracte-rizada por sua alta expansibilidade, quando umedecida.

    2.2.35 Bloco de rocha

    Fragmento de rocha, transportado ou no, com dimetrosuperior a 1 m.

    2.2.36 Caulim

    Material (minrio) argiloso constitudo por elevada per-centagem da caulinita.

    2.2.37 Caulinita

    Alumnio silicato hidratado pertencente ao grupo das can-ditas, caracterizado por estrutura lamelar formada peloempilhamento regular de camadas constitudas por uma

    folha tetradrica de slica e uma folha octadrica de alu-mina.

    2.2.38 Capacidade de troca catinica

    Soma de ctions que um solo pode adsorver (expressaem mg/100 g de material seco em estufa). tambmdesignada pela capacidade de troca de bases ou capa-cidade de adsoro de ctions.

    2.2.39 Capilaridade

    Ascenso ou movimento da gua nos interstcios de umsolo, devido s foras capilares originadas por tenso

    superficial.

    2.2.40 Classificao geolgica

    Classificao de natureza gentica, segundo seusprocessos de formao e evoluo, tendo por base osprincpios da geologia.

    2.2.41 Classificao geotcnica

    Classificao, segundo as propriedades e caractersticasde seus elementos constituintes, tendo por base os prin-cpios da mecnica dos solos.

    2.2.42 Classificao granulomtrica

    Classificao de solos segundo as dimenses dos seusgros ou partculas e suas diferentes percentagens deocorrncia.

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    2.2.43 Classificao pedolgica

    Definio de classes de solos e suas subdivises, se-gundo os seguintes critrios:

    a) grau de evoluo do solo e desenvolvimentode seu perfil;

    b) modo de alterao definido pela natureza dossesquixidos liberados e presena de certostipos de argila;

    c) tipo de distribuio da matria orgnica queinflui no perfil;

    d) presena de certos fenmenos fundamentaisde evoluo.

    2.2.44 Coeficiente de adensamento

    Coeficiente utilizado na teoria de adensamento, contendoas propriedades fsicas de um solo que podem influenciara velocidade de variao de seu volume. Este coeficiente igual ao quociente do coeficiente de permeabilidadepelo produto do coeficiente de compressibilidade volu-mtrica com o peso especfico da gua.

    2.2.45 Coeficiente de compressibilidade

    Relao entre a variao do ndice de vazios e o acrs-cimo de tenso que lhe correspondente.

    2.2.46 Coeficiente de compressibilidade volumtrica

    Coeficiente correspondente reduo do volume de umacamada de solo confinada lateralmente com relao aovolume inicial, sob o efeito da aplicao de um acrscimounitrio de tenso. numericamente igual ao coeficientede compressibilidade, dividido pelo ndice de vazios inicialmais um.

    2.2.47 Coeficiente de consolidao

    Ver 2.2.44.

    2.2.48 Coeficiente de empuxo de terra

    Relao entre as tenses principais efetivas atuantes emum certo ponto de uma massa de solo. Distinguem-se, naprtica, os coeficientes chamados de ativo, passivo e emrepouso.

    2.2.49 Coeficiente de empuxo ativo de terra

    Relao mnima entre a tenso principal efetiva menor ea tenso principal efetiva maior, aplicvel nos casos emque o solo se deformou suficientemente para desenvolvero valor limite da tenso principal efetiva menor.

    2.2.50 Coeficiente de empuxo de terra em repouso

    Relao entre a tenso principal menor e a tenso prin-cipal maior, aplicvel nos casos em que o solo se encontrano seu estado natural, sem ser submetido compressoou sem ser permitida qualquer deformao.

    2.2.51 Coeficiente de empuxo passivo de terra

    Relao mxima entre a tenso principal efetiva maior ea tenso principal efetiva menor, aplicvel nos casos emque o solo suficientemente comprimido para desenvol-ver o valor limite superior da tenso principal efetiva maior.

    2.2.52 Coeficiente de permeabilidade

    Coeficiente expresso com base na lei experimental deDarcy, de acordo com a qual igual velocidade mdiaaparente de escoamento da gua, atravs da rea total(slidos e vazios) da seo transversal do solo ao fluxo,sob um gradiente hidrulico unitrio.

    2.2.53 Coeficiente de recalque

    Coeficiente correspondente relao entre a tensosobre uma dada superfcie de uma massa de solo e o

    deslocamento produzido. Varia com a superfcie e com otipo de solicitao (esttica ou dinmica).

    2.2.54 Coeficiente de uniformidade

    2.2.54.1Relao entre os dimetros de gros D60 e D10de um solo, onde D60 o dimetro de gro corres-pondente aos 60% mais finos na curva granulomtrica eD10 o dimetro de gro correspondente aos 10% nestacurva.

    2.2.54.2 Os solos so classificados quanto ao coeficientede uniformidade em:

    a) uniformes, quando D < 5;

    b) medianamente uniformes, quando 5 < D 15;

    c) desuniformes, quando D > 15.

    2.2.55 Coeficiente de variao volumtrica

    Ver 2.2.46.

    2.2.56 Coeso

    Parcela de resistncia ao cisalhamento de um solo, inde-pendente da tenso efetiva normal atuante, provocadapela atrao fsico-qumica entre partculas ou pela cimen-tao destas.

    2.2.57 Coeso aparente

    Parcela da resistncia ao cisalhamento de um solo gra-nular mido no saturado, devida tenso capilar dagua que atrai as partculas, desaparecendo quando osolo saturado ou totalmente seco.

    2.2.58 Coluvio

    Termo genrico aplicado a depsitos de solos predomi-nantemente originados pela ao da gravidade.

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    NBR 6502/1995 11

    2.2.59 Colvio

    Ver 2.2.58.

    2.2.60 Compacidade

    Estado de maior ou menor concentrao de gros ou

    partculas de um solo no coesivo (areias e siltes are-nosos) em um dado volume.

    2.2.61 Compacidade relativa

    2.2.61.1 Parmetro numrico que permite quantificar oestado de compacidade de solos arenosos ou siltosos,comparando-se o ndice de vazios real com os ndices devazios mximo (estado fofo) e mnimo (estado compacto). igual ao quociente da diferena entre os ndices de va-zios mximo e real e da diferena entre os ndices m-ximo e mnimo.

    2.2.61.2Os solos no coesivos so classificados quanto sua compacidade relativa em:

    a) fofos, quando 0 < ID 1/3;

    b)medianamente compactos, quando 1/3 < ID 2/3;

    c) compactos, quando 2/3 < ID1,0.

    2.2.62 Compactao

    Processo artificial de aumento da massa especfica deum solo, por reduo do seu volume de vazios, atravs

    de aplicao de energia mecnica.2.2.63 Compresso inicial

    Ver 2.2.1.1.

    2.2.64 Compresso primria

    Ver 2.2.1.2.

    2.2.65 Compresso secundria

    Ver 2.2.1.3.

    2.2.66 Compressibilidade

    Propriedade de um solo relativa sua suscetibilidade dediminuir de volume sob efeito da aplicao de uma carga,que pode ser externa ou interna.

    2.2.67 Concreo

    Material formado por precipitao qumica a partir desoluo aquosa, com forma de ndulos ou crostas, decomposio diferente do solo ou rocha encaixante. Podeser composta por concentrao de agentes cimentantes,como slica, xido de ferro, xido de clcio, etc.

    2.2.68 Concreo latertica ou de origem fluvial

    Nome dado s concrees originadas pela acumulaorelativa (ou eluviao) de sesquixidos de ferro e alu-mnio, em condies de clima tropical, formadas custade lixiviao dos componentes mais solveis, inclusiveda slica.

    2.2.69 Concreo ferruginosa ou de origem iluvial

    Nome dado s concrees originadas pela acumulaoabsoluta (ou iluviao) de xido de ferro (principalmente)e alumina, depositadas pela gua no terreno ou lenolfretico, sendo comum em reas ricas em ferro ou con-tendo minrios de ferro.

    2.2.70 Condutividade hidrulica

    Propriedade dos solos que traduz a maior ou menorfacilidade com que a gua passa atravs de seus vazios.

    2.2.71 Consistncia

    Propriedade de um solo argiloso ser menos ou mais defor-mvel.

    2.2.72 Consolidao

    Ver 2.2.1.

    2.2.73 Curva de adensamento

    Curva que relaciona a evoluo do adensamento(percentagem do adensamento) com o tempo decorrido,aps a aplicao de um dado incremento de carga. Estacurva plotada geralmente de duas maneiras:

    a) percentagem do adensamento em funo do logaritmo do tempo;

    b) percentagem do adensamento em funo daraiz quadrada do tempo.

    2.2.74 Curva de compactao

    Curva que mostra a relao entre a massa especficaaparente seca e o teor de umidade de um solo para umadada energia de compactao.

    2.2.75 Curva de compresso virgem

    Trecho, geralmente reto, do grfico de ndice de vaziosem funo do logaritmo da tenso efetiva, que corres-ponde s tenses aplicadas superiores mxima ten-so efetiva anteriormente suportada por este solo argiloso.

    2.2.76 Curva de ndice de vazios-tenso efetiva

    Curva que representa a relao entre o ndice de vaziosde um solo e a tenso efetiva, obtida atravs do ensaiode adensamento. geralmente traada em grfico semi-logaritmo, com a tenso efetiva colocada na escala loga-rtmica.

    2.2.77 Curva granulomtrica

    Representao grfica da distribuio granulomtricade um solo, onde a abscissa o tamanho das partculas,crescente para a direita, em escala logartmica, e a or-denada a percentagem acumulada do solo seco em

    relao massa total seca, com dimetro menor que otamanho correspondente.

    2.2.78 Dimetro efetivo

    Dimetro correspondente percentagem 10% da curvagranulomtrica.

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    NBR 6502/199512

    2.2.79 Dilatncia

    Propriedade que certos solos granulares apresentam deaumentarem de volume quando, submetidos a tensesde cisalhamento.

    2.2.80 Dispersibilidade

    Propriedade que certos solos argilosos apresentam depermitirem que suas partculas sejam desagregadas,quando em presena de gua.

    2.2.81 Drenagem

    Conjunto de processos ou mtodos destinados a coletar,retirar e conduzir a gua de percolao de um macio.

    2.2.82 Dreno

    Camada ou combinao de camadas de materiais per-meveis, projetada e colocada de maneira a garantir a

    drenagem.

    2.2.83 Eluvio

    Depsito detrtico resultante da desintegrao da rochamatriz, que permanece in situ.

    2.2.84 Elvio

    Ver 2.2.83.

    2.2.85 Eluviao

    Movimento de solues ou de colides em suspenso

    de cima para baixo nos solos, quando h excesso dechuvas sobre a evaporao.

    2.2.86 Ensaio de adensamento

    Ensaio que consiste em colocar um corpo-de-prova desolo totalmente confinado dentro de um anel rgido e emsubmet-lo compresso vertical pela aplicao de ten-ses em estgios, permitindo a drenagem completa nadireo vertical, atravs de placas porosas colocadas nabase e no topo do corpo-de-prova. Visa a determinaodireta das propriedades de compressibilidade do solo.Existem outros tipos de ensaio de adensamento rea-lizados por compresso triaxial, por carregamentos con-tnuos, etc.

    2.2.87 Ensaio de adensamento anisotrpico

    Ensaio de adensamento de um corpo-de-prova de umsolo dentro de uma cmara de compresso triaxial pelaaplicao de uma presso confinante correspondente presso axial multiplicada por um determinado coe-ficiente.

    2.2.88 Ensaio de adensamento radial

    Ensaio de adensamento onde alm da drenagem vertical

    permitida tambm uma drenagem radial atravs da colo-cao de um dreno vertical de areia na zona central docorpo-de-prova.

    Nota: Existem outros tipos de ensaio com drenagem externa,sem drenagem vertical, etc.

    2.2.89 Ensaio de cisalhamento direto

    Ensaio de laboratrio onde um corpo-de-provasubmetido a uma tenso normal solicitado at a rup-tura pelo deslocamento de uma poro da amostra emrelao outra, segundo um plano de cisalhamento pre-definido. Destina-se determinao dos parmetros deresistncia ao cisalhamento do solo.

    2.2.90 Ensaio de compactao

    Ensaio para determinar a relao entre o teor de umidadee a massa especfica seca de solos, quando compactadosde acordo com processos especificados.

    2.2.91 Ensaio de compresso simples ou no confinado

    Ensaio de laboratrio em que um corpo-de-prova de solo,de forma prismtica ou cilndrica, submetido a acrs-cimos de tenso axial at a sua ruptura.

    2.2.92 Ensaio de compresso triaxial

    Ensaio de laboratrio em que um corpo-de-prova de solo,de forma cilndrica, envolvido em uma membrana imper-mevel, submetido a uma presso confinante e, a seguir,nessas condies, a acrscimos da tenso axial at asua ruptura.

    2.2.93 Ensaio de compresso triaxial no adensado e nodrenado

    Ensaio de laboratrio em que o corpo-de-prova de solo submetido presso confinante e, a seguir, a acrscimosde tenso axial at a ruptura, sem se permitir drenagem.

    Este ensaio determina os parmetros de resistncia aocisalhamento de um solo no adensado em termos detenso total.

    2.2.94 Ensaio de compresso triaxial adensado, nodrenado

    Ensaio de laboratrio em que o corpo-de-prova de solo adensado isotrpica ou anisotropicamente e, a seguir,submetido a acrscimos de tenso axial at a ruptura,sem drenagem.

    2.2.95 Ensaio de compresso triaxial drenado

    Ensaio de laboratrio em que o corpo-de-prova de solo adensado isotrpica ou anisotropicamente e, a seguir,em condies de drenagem permanente, submetido aacrscimos de tenso axial at a ruptura, a uma velo-cidade de aplicao de tenso que permita total dis-sipao da presso intersticial. Este ensaio visa a deter-minao dos parmetros de deformao e de resistnciaao cisalhamento de um solo em termos das tenses efe-tivas.

    2.2.96 Ensaio de furo de agulha

    Ensaio de laboratrio destinado identificao de argiladispersiva, no qual se faz percolar gua destilada sob

    gradiente hidrulico definido atravs de um furo de 1 mmde dimetro, aberto dentro de um corpo-de-prova com-pactado em um pequeno cilindro. A resistncia erosoda argila estimada pelo dimetro final do furo, pela co-lorao da gua e pela vazo de percolao.

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    NBR 6502/1995 13

    2.2.97 Ensaio de peneiramento

    Ensaio de laboratrio que visa a classificao granu-lomtrica de solos granulares e que consiste na se-parao dos gros de vrios tamanhos, com o uso deuma srie de peneiras padronizadas. Na prtica corrente,este ensaio permite a classificao das partculas detamanho maior que 0,075 mm.

    2.2.98 Ensaio de sedimentao

    Operao que visa determinar a distribuio granulo-mtrica de solos finos (partculas com dimetros inferioresa 0,075 mm), atravs da velocidade de queda das par-tculas do solo em um meio lquido, tomando como basea lei de Stokes, que correlaciona a velocidade de quedadas partculas esfricas com o seu dimetro.

    2.2.99 Entubamento

    Ver 2.2.101.

    2.2.100 Eroso

    Remoo de partculas da crosta terrestre, causada porum ou vrios fatores de natureza fsica, qumica ou biol-gica, responsvel pelo modelado do relevo terrestre.

    2.2.101 Eroso interna

    Movimento das partculas de uma massa de solo,carreadas por percolao dgua, sendo que o fenmenoprovoca a firmao progressiva de canais dentro da mas-sa de solo em sentido contrrio ao fluxo dgua ( a ra-zo pela qual o fenmeno tambm conhecido comoeroso regressiva).

    2.2.102 Esmectita

    Grupo de argilominerais formados por lamelasconstitudas por um estrato de octaedros de alumnio entredois estratos de tetraedros. Este grupo formado pelamontmorilonita (principal argilomineral do grupo), mon-tronita, beidelita, etc. Este grupo possui a capacidade deadmitir H2O interlamelar, o que propicia uma elevadaexpanso.

    2.2.103 Estabilizao

    Tratamento fsico-qumico ou mecnico de um solo, exe-cutado com o objetivo de manter ou melhorar as suascaractersticas geotcnicas.

    2.2.104 Estado de equilbrio elstico

    Estado de tenses dentro de uma massa de solo, quandoa resistncia interna dessa massa no totalmente mobi-lizada.

    2.2.105 Estado de equilbrio plstico

    Estado de tenses dentro de uma massa de solo que so-freu solicitaes tais que a sua resistncia ao cisalha-mento limite foi mobilizada.

    2.2.106 Estado de equilbrio plstico ativo

    Estado de equilbrio plstico atingido atravs de uma ex-panso da massa de um solo.

    2.2.107 Estado de equilbrio plstico passivo

    Estado de equilbrio plstico atingido por uma compres-so de massa de um solo.

    2.2.108 Estratificao

    Estrutura produzida pela deposio de sedimentos emcamadas (estratos), lminas, lentes e outras unidadesessencialmente tabulares.

    2.2.109 Estrutura

    Forma de agrupamento ou de arranjo relativo dos diver-sos gros ou partculas de um solo, resultando em vriasdisposies ou configuraes, cada qual com seu nomecaracterstico.

    2.2.110 Estrutura alveolar

    Estrutura de um solo de granulao fina em que cadagro ou partcula est apenas em contato com muitopoucos gros ou partculas vizinhas, e cuja estabilidade garantida pelo fato de as foras de adeso ou de traointermolecular predominarem sobre a fora da gravidade.

    2.2.111 Estrutura floculada

    Estrutura de um solo constituda por flculos de partculasagrupadas e mantidas em contato por foras de atraointermolecular. Este tipo de estrutura pode ser formadapor sedimentao em meio aquoso com presena de ele-trlito. O grau de floculao depende do tipo e da concen-

    trao das partculas argilosas e do eletrlito.

    2.2.112 Expansibilidade

    Propriedade que certos solos apresentam de aumentaremde volume, quando em contato com a gua.

    2.2.113 Fator tempo

    Fator adimensional utilizado na teoria do fenmeno deadensamento, contendo as constantes fsicas da camadade solo que tm influncia sobre a velocidade de aden-samento. igual ao produto do coeficiente de aden-samento pelo tempo necessrio para o adensamento dacamada, dividido pelo quadrado na espessura da camada(por face de drenagem).

    2.2.114 Filtro

    Camada ou combinao de camadas de materiais per-meveis, projetada e colocada de maneira a evitar o car-reamento de partculas de solo sob o efeito de percolaodgua.

    2.2.115 Filtro de proteo

    Ver 2.2.114.

    2.2.116 Finos

    Partculas de solo que passam pela peneira padron 200, isto , partculas de dimenses inferiores a0,075 mm.

    Cpia no autorizada

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    14/18

    NBR 6502/199514

    2.2.117 Fluxo

    Ver 2.2.160.

    2.2.118 Frao areia

    Parcela de um solo cujas partculas ou gros possuem

    dimetros dentro da faixa granulomtrica fixada para aareia.

    2.2.119 Frao argila

    Parcela de um solo cujas partculas possuem dime-tros dentro da faixa granulomtrica fixada para a argila.

    2.2.120 Frao silte

    Parcela de um solo cujas partculas possuem dimetrosdentro da faixa granulomtrica fixada para o silte.

    2.2.121 Friabilidade

    Propriedade dos solos de se romperem com baixas defor-maes especficas, quando submetidos a um esforomecnico.

    2.2.122 Gradiente hidrulico

    Relao entre a perda de carga e o comprimento de per-colao adimensional.

    2.2.123 Gradiente hidrulico crtico

    Gradiente hidrulico em que a tenso dentro de umamassa de solo granular reduzida a zero por um movi-mento de percolao ascensional de gua, provocandoo fenmeno da areia movedia.

    2.2.124 Solo desuniforme

    Solo cuja curva granulomtrica apresenta uma graduaodos gros varivel, desde as fraes finais at as fraesgrossas, no havendo predomnio de nenhuma das fra-es. Apresenta um coeficiente de uniformidade maiorque 15 (ver 2.2.54).

    2.2.125 Solo medianamente uniforme

    Ver 2.2.54.2.2.126 Solo uniforme

    Solo cuja curva granulomtrica apresenta uma graduaouniforme dos gros, isto , todos os gros praticamentedo mesmo tamanho. Apresenta um coeficiente de unifor-midade menor que 5 (ver 2.2.54).

    2.2.127 Granulometria

    Representao de um solo pelas dimenses de suas par-tculas e suas respectivas percentagens em massa.

    2.2.128 Grau de saturao

    Relao entre o volume de gua nos vazios de um solo eo volume total destes vazios, expressa em percentagem.

    2.2.129 Hmus

    Matria de natureza orgnica em estado coloidal (ori-ginada de decomposio por atividade microbiana), queage em interao com as substncias minerais. Possuipoder aglutinante, melhorando o estado de agregaodo solo, forte poder adsorvente e elevada capacidade de

    troca catinica. Geralmente o hmus atribui ao solo umacolorao preta ou marrom escura.

    2.2.130 Ilita

    Argilomineral do grupo das micas hidratadas, formadaspor lamelas que so constitudas por dois estratos detetraedros de silcio e um de octaedro de alumnio. A suaestrutura mais estvel que a das esmectitas, impedindoa admisso de gua interlamelar. Origina-se das micaspor degradao (perda de K e ganho de H2O), semmodificaes estruturais. Possui capacidade de trocacatinica de mdia a baixa e expanso baixa.

    2.131 Ilvio - iluviao

    Processo que resulta no aparecimento de um horizonte,constitudo por uma camada compacta. Ao contrrio daeluviao, recebe as partculas, os colides e as soluesque vm de cima.

    2.2.132 ndice de compresso

    Coeficiente angular do trecho considerado linear da curvade ndice de vazios, em funo do logaritmo da tensoefetiva.

    2.2.133 ndice de consistncia

    Parmetro definido como a relao entre a diferena dolimite de liquidez e do teor de umidade natural e o ndicede plasticidade.

    2.2.134 ndice de liquidez

    Relao, expressa em porcentagem, da diferena entreo teor de umidade natural e o limite de plasticidade e o n-dice de plasticidade.

    2.2.135 ndice de plasticidade

    Parmetro definido como a diferena entre o limite de li-quidez e o limite de plasticidade.

    2.2.136 ndice de sensibilidade

    Ver 2.2.190.

    2.2.137 ndice de vazios

    Relao entre o volume de vazios e o volume de slidosde uma determinada poro de solo.

    2.2.138 ndice de vazios crtico

    ndice de vazios de uma massa de solo, correspondendoa um estado de compacidade (chamado crtico) para oqual no ocorre variao de volume, quando esta massa submetida a deformaes sob solicitaes cisalhantes.No uma constante do material, pois depende da tensonormal entre os gros.

    Cpia no autorizada

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    15/18

    NBR 6502/1995 15

    2.2.139 Intemperismo

    Conjunto de processos que ocasionam a desintegraoe a decomposio das rochas e minerais submetidos ao dos agentes atmosfricos e biolgicos.

    2.2.140 Iscrona

    Curva que indica a distribuio, ao longo da espessurade uma camada argilosa, das sobrepresses hidrost-ticas em um certo instante durante o processo de adensa-mento.

    2.2.141 Laterizao

    Processo de formao de solos tpicos de climas quentese midos, que se caracteriza pela concentrao eluvialde xidos e hidrxidos principalmente de alumnio e ferro.Esta concentrao aumenta em funo da lixiviao daslica ou da adio destes xidos e hidrxidos.

    2.2.142 Latossolo

    Solo cuja gnese foi comandada pelo processo de late-rizao.

    2.2.143 Limite de contrao

    Teor de umidade de um solo argiloso, correspondenteao estado de consistncia limite entre os estados semi-slido e slido. Abaixo do limite de contrao no hmais diminuio de volume do solo por secagem.

    2.2.144 Limite de liquidez

    Teor de umidade de um solo argiloso, correspondenteao estado de consistncia limite entre os estados lquidoe plstico.

    2.2.145 Limite de plasticidade

    Teor de umidade de um solo argiloso, correspondenteao estado de consistncia limite entre os estados plsticoe semi-slido.

    2.2.146 Limites de consistncia

    Teores de umidade limites entre os vrios estados deconsistncia dos solos argilosos.

    2.2.147 Linha de fluxo

    Trajetria de uma partcula dgua em um meio poroso,percolando em condies de regime laminar.

    2.2.148 Linha eqipotencial

    Linha que une os pontos de igual carga total da gua depercolao.

    2.2.149 Linha fretica

    Linha de percolao que limita superiormente o fluxo,atravs de um macio, e onde a presso igual atmos-frica.

    2.2.150 Liquefao

    Forte reduo repentina da resistncia ao cisalhamentode um solo, devido a um acrscimo rpido da pressointersticial, fenmeno geralmente ligado a solicitaesdinmicas em solos granulares. Este fenmeno podeocorrer tambm em argilas.

    2.2.151 Lixiviao

    Remoo das partculas solveis e/ou coloidais de umsolo pela percolao de gua.

    2.2.152 Massa especfica seca

    Relao entre a massa dos gros do solo e o volume to-tal (volume ocupado pelos gros do solo, gua e ar).

    2.2.153 Massa especfica seca mxima

    Massa especfica seca correspondente ao pico da curva

    de compactao.

    2.2.154 Massa especfica dos gros

    Relao entre a massa e o volume dos gros de um solo.

    2.2.155 Massa especfica natural

    Relao entre a massa total de um solo em seu estadonatural (fases slida e lquida) e o volume total.

    2.2.156 Matao

    Fragmento de rocha, transportado ou no, comumente

    arredondado por intemperismo ou abraso, com uma di-menso compreendida entre 200 mm e 1 m.

    2.2.157 Montmorilonita

    Ver 2.2.102.

    2.2.158 Pedra-de-mo

    Fragmento de rocha com dimetro compreendido entre60 mm e 200 mm.

    2.2.159 Pedregulho

    Solos formados por minerais ou partculas de rocha, comdimetro compreendido entre 2,0 mm e 60 mm. Quandoarredondados ou semi-arredondados, so denominadoscascalho ou seixo.

    2.2.159.1 Pedregulho fino

    Pedregulho com gros compreendidos entre 2,0 mm e6,0 mm

    2.2.159.2 Pedregulho mdio

    Pedregulho com gros compreendidos entre 6,0 mm e20,0 mm.

    2.2.159.3 Pedregulho grosso

    Pedregulho com gros compreendidos entre 20,0 mm e60,0 mm.

    Cpia no autorizada

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    16/18

    NBR 6502/199516

    2.2.160 Percolao

    Movimento da gua livre atravs de um solo ou maciorochoso.

    2.2.161 Permeabilidade

    Ver 2.2.70.

    2.2.162 Peso especfico seco

    Relao entre o peso seco de um solo (fase slida) e oseu volume total.

    2.2.163 Peso especfico natural

    Relao entre o peso total de um solo (fases slida e l-quida) e o seu volume total no estado natural.

    2.2.164 Peso especfico saturado

    Peso especfico de um solo cujos vazios esto completa-mente preenchidos por gua.

    2.2.165 Peso especfico submerso

    Relao entre o peso dos gros de uma massa de solo,diminudo do peso da gua deslocada por estes gros, eo volume total desta massa. Este peso igual ao pesoespecfico saturado menos o peso especfico da gua.

    2.2.166 Plasticidade

    Propriedade que um solo apresenta, em determinadas

    condies de umidade, de poder sofrer grandes defor-maes permanentes, sem sofrer ruptura, fissuramentoou aprecivel variao de volume.

    2.2.167 Percentagem de adensamento

    Relao, expressa em porcentagem, entre o aden-samento parcial sofrido por um elemento de solo, apsdeterminado tempo, e o adensamento total a advir sob oefeito de uma determinada presso.

    2.2.168 Percentagem de recalque

    Ver 2.2.167.

    2.2.169 Poro

    Espao dentro de uma massa de solo no ocupado pormatria mineral slida. Este espao pode ser ocupadopor ar e/ou gua.

    2.2.170 Poropresso

    Presso da gua nos vazios do solo

    2.2.171 Porosidade

    Relao entre o volume de vazios e o volume total de umsolo, expressa em porcentagem.

    2.2.172 Presso de pr-adensamento

    Mxima tenso efetiva vertical a que um solo j estevesubmetido no ensaio de adensamento.

    2.2.173 Presso de terra

    Presso exercida por uma massa de solo sobre umadeterminada superfcie.

    2.2.174 Presso ativa de terra

    Valor mnimo de presso efetiva de terra que pode existirquando se permite que uma massa de solo expanda su-ficientemente para mobilizar completamente a sua re-sistncia ao cisalhamento, ao longo de uma superfciepotencial de ruptura.

    2.2.175 Presso em repouso de terra

    Valor da presso efetiva de terra que existe quando umamassa de solo se encontra no seu estado natural, semser submetida expanso ou compresso.

    2.2.176 Presso passiva de terra

    Valor mximo da presso efetiva de terra que pode existirquando se comprime uma massa de solo suficientementepara mobilizar completamente a sua resistncia ao cisa-lhamento, ao longo de uma superfcie potencial de rup-tura.

    2.2.177 Presso efetiva

    Ver 2.2.215.

    2.2.178 Presso intersticial

    Ver 2.2.170.

    2.2.179 Presso neutra

    Ver 2.2.170.

    2.2.180 Presso de sobreadensamento

    Ver 2.2.172.

    2.2.181 Presso total

    Ver 2.2.216.

    2.2.182 Rede de fluxo

    Representao grfica das linhas de fluxo e das linhaseqipotenciais.

    2.2.183 Rede de percolao

    Ver 2.2.182.

    2.2.184 Resistncia compresso simples

    Carga por rea unitria sob a qual um corpo-de-prova desolo, prismtico ou cilndrico, rompe no ensaio de com-presso simples.

    2.2.185 Resistncia ao cisalhamento

    Mxima tenso de cisalhamento que o solo pode suportarsem sofrer ruptura.

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    NBR 6502/1995 17

    2.2.186 Resistncia de pico

    Resistncia ao cisalhamento mxima que pode ser mobi-lizada dentro de uma massa de solo, no plano de ruptu-ra, segundo um critrio de ruptura adotado.

    2.2.187 Resistncia residual

    Resistncia ao cisalhamento, segundo um critrio de rup-tura adotado, que pode ser mobilizada dentro de umamassa de solo argiloso para deformaes superiores deformao correspondente resistncia de pico. aresistncia que pode ser mantida por uma massa de ar-gila, mesmo quando submetida a grandes deformaes.

    2.2.188 Saprolito ou saprlito

    Material proveniente da alterao in situda rocha, que seencontra em um estgio avanado de desintegrao.Possui a estrutura original da rocha e a ela se assemelha

    em todos os aspectos visuais perceptveis, salvo na colo-rao. Sua constituio varivel, mostrando o conjunto,em geral, anisotropia ou heterogeneidade acentuada,decorrente da presena de ncleos de material consis-tente entremeados a uma massa com caractersticas desolo.

    2.2.189 Sedimento

    Material slido, mineral ou orgnico, transportado e depo-sitado sobre a superfcie terrestre.

    2.2.190 Sensibilidade

    Propriedade que os solos argilosos apresentam de per-derem consistncia por amolgamento, independente-mente da natureza fsica das causas de mudana de es-tado. A sensibilidade de uma argila quantificada pelarelao entre as resistncias compresso simples,quando indeformadas e quando amolgadas.

    Argilas Sensibilidade

    Insensveis < 1

    Baixa sensibilidade 1 a 2

    Mdia sensibilidade 2 a 4

    Sensveis 4 a 8

    Muito sensveis > 8

    2.2.191 Silte

    Solo que apresenta baixa ou nenhuma plasticidade, eque exibe baixa resistncia quando seco o ar. Suas pro-priedades dominantes so devidas parte constitudapela frao silte. formado por partculas com dimetroscompreendidos entre 0,002 mm e 0,06 mm.

    2.2.192 Solo

    Material proveniente da decomposio das rochas pelaao de agentes fsicos ou qumicos, podendo ou noconter matria orgnica.

    2.2.193 Solo aluvionar

    Solo formado pela sedimentao de partculas que tenhamsido transportadas em suspenso pela ao das guas.

    2.2.194 Solo coluvionar

    Solo formado pela deposio de partculas transportadaspela ao da gravidade.

    2.2.195 Solo de alterao

    Ver 2.2.188.

    2.2.196 Solo colapsvel

    Solo que se instabiliza, quando submetido saturaoparcial ou total.

    2.2.197 Solo elico

    Solo formado pela deposio de partculas transportadaspela ao dos ventos.

    2.2.198 Solo glacial

    Solo formado pela deposio, sem estratificao, de par-tculas de dimenses variadas, transportadas pela aode geleiras.

    2.2.199 Solo latertico

    Ver 2.2.142.

    2.2.200 Solo normalmente adensado

    Solo onde o processo de adensamento foi completado,estando ainda atuantes os mecanismos que o provo-caram.

    2.2.201 Solo orgnico

    Solo formado pela mistura homognea de matria org-nica decomposta e de elementos de origem mineral, apre-sentando geralmente cor preta ou cinza-escuro.

    2.2.202 Solo poroso

    Solo que possui alto ndice de vazios, apresentando porosvisveis a olho nu.

    2.2.203 Solo pr-adensado

    Solo que apresenta comportamento mecnico como seadensado sob carga superior carga que age no mo-mento sobre ele.

    2.2.204 Solo residual

    Solo formado in situpela decomposio da rocha matriz,

    quando sujeita ao de intemperismos fsicos ou qu-micos. Pode ocorrer em vrios estgios de evoluo.

    2.2.205 Solo residual jovem

    Ver 2.2.188.

    Cpia no autorizada

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    18/18

    NBR 6502/199518

    2.2.217 Teor de umidade

    Relao entre a massa de gua contida nos vazios deum solo e a massa das partculas slidas (gros), expres-sa em percentagem.

    2.2.218 Teor de umidade higroscpica

    Teor de umidade de um solo aps secagem por simplesexposio ao ar.

    2.2.219 Teor de umidade tima

    Teor de umidade em que um solo pode ser compactadopara atingir uma massa especfica seca mxima, parauma determinada energia de compactao.

    2.2.220 Textura

    Conjunto de caractersticas de forma, dimenso e arranjodos elementos mineralgicos constituintes de um solo.

    2.2.221 Tixotropia

    Propriedade de um material, que o torna capaz de en-rijecer em um tempo relativamente curto, quando deixadoem repouso, e de perder essa consistncia at se tornarum lquido de alta viscosidade, quando submetido agi-tao ou manipulao, sendo o processo completamentereversvel.

    2.2.222 Turfa

    Solo com grande percentagem de partculas fibrosas e

    matria orgnica no estado coloidal, com colorao mar-rom-escuro a preta. um material mole, altamente com-pressvel, no plstico, combustvel e de cheiro caracte-rstico.

    2.2.223 Umidade tima

    Ver 2.2.219.

    2.2.224 Vazio

    Espao dentro de uma massa de solo no ocupado pormatria mineral slida. Este espao pode ser ocupadopor ar ou gua (2.2.169).

    2.2.225 Vooroca

    Forma erosiva, trabalhada pela eroso superficial e pelosolapamento provocado pela eroso subterrnea, em ter-renos geralmente arenosos. A vooroca pode originarescavaes de paredes abruptas de dezenas de metrosde largura e comprimento.

    2.2.226 Volume de vazios

    Parcela do volume de um solo ocupado por gua e ar.

    2.2.206 Solo residual maduro

    Solo residual com total decomposio da rocha matriz, oqual no apresenta vestgios de estrutura da rocha. Podeocorrer em vrios estgios de evoluo.

    2.2.207 Solo saproltico

    Ver 2.2.188.

    2.2.208 Solo saturado

    Solo com os poros totalmente preenchidos com gua.

    2.2.209 Solo sedimentar

    Solo transportado, do local de sua formao, por gua,vento, gravidade ou gelo.

    2.2.210 Solo sobreadensado

    Ver 2.2.203.

    2.2.211 Solo subadensado

    Solo que ainda no est totalmente adensado sob o car-regamento ou peso prprio que age atualmente sobreele.

    2.2.212 Solo transportado

    Ver 2.2.209.

    2.2.213 Subpresso

    Presso ascendente dgua sobre uma estrutura ou sobrecamadas relativamente menos permeveis de uma massade solo ou rocha.

    2.2.214 Talus

    Depsito inconsolidado, ocorrendo na base de anfiteatrosnaturais ou na base de elevaes abruptas, por efeito dagravidade, possuindo contorno definido, espessura vari-vel, constituio granulomtrica muito varivel (de argilaa blocos) e disposio catica.

    2.2.215 Tenso efetiva

    Fora normal mdia por rea unitria transmitida entreas partculas de um solo, que controla as variaes devolume e as caractersticas de resistncia ao cisalhamentode um solo.

    2.2.216 Tenso total

    Esforo total por rea unitria, atuando dentro de um solo. igual soma da poropresso e da tenso efetiva.

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