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Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. Copyright © 1990, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reserva- dos Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Ass NT-Ass NT-Ass NT-Ass NT-Associação ciação ciação ciação ciação Brasileira de Brasileira de Brasileira de Brasileira de Brasileira de No No No No Normas mas mas mas mas Técnicas écnicas écnicas écnicas écnicas NBR 5579 MAIO 1994 Defeitos de superfície, internos, de forma e dimensões, em produtos tubulares de aço 19 páginas Palavras-chave: Tubo de aço. Produtos tubulares de aço Origem: Projeto TB-156/1992 CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia CE-01:202.09 - Comissão de Estudo de Produtos Tubulares de Aço NBR 5579 - Surface, internal, shape and dimension defects, in steel tubular products - Terminology Descriptors: Steel tubes. Steel tubular products Esta Norma substitui a NBR 5579/1982 Válida a partir de 30.06.1994 Terminologia SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documento complementar 3 Definições ANEXO - Figuras 1 Objetivo 1.1 Esta Norma define os termos empregados para os defeitos de superfície, internos, de forma e dimensões, em produtos tubulares de aço. 1.2 Esta Norma abrange os defeitos nos tubos de aço com ou sem costura. 2 Documento complementar Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 6405 - Rugosidade das superfícies - Procedi- mento 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.3. 3.1 Defeitos de superfície 3.1.1 Carepa Camada de óxido dura, formada durante a fabricação ou processamento a quente. 3.1.2 Casca-de-laranja Estrutura de aço com granulação grosseira que, após con- formação do material, implica a formação de contornos arredondados de aspecto granular na superfície do tubo. 3.1.3 Corrosão Determinação sofrida por um tubo, em conseqüência da ação química ou eletroquímica do meio (ver Figura 1 do Anexo). 3.1.4 Desalinhamento do cordão de solda Linha de solda sinuosa presente na soldagem de união das extremidades do material. 3.1.5 Dobra Vinco no material, oriundo de falhas no processo de fa- bricação de chapa ou do tubo (ver Figuras 2 e 3 do Anexo). 3.1.6 Esfoliamento (ou escamação) Película de aço de formas e tamanhos variados, parcial- mente aderente ao material, que se destaca por ação me- cânica (ver Figuras 4 e 5 do Anexo). 3.1.7 Exsudação Vazamento oriundo de microporosidade ao longo do cor- dão de solda (ver Figura 6 do Anexo).

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Copyright © 1990,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reserva-dos

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

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NBR 5579MAIO 1994

Defeitos de superfície, internos, deforma e dimensões, em produtostubulares de aço

19 páginasPalavras-chave: Tubo de aço. Produtos tubulares de aço

Origem: Projeto TB-156/1992CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e MetalurgiaCE-01:202.09 - Comissão de Estudo de Produtos Tubulares de AçoNBR 5579 - Surface, internal, shape and dimension defects, in steel tubularproducts - TerminologyDescriptors: Steel tubes. Steel tubular productsEsta Norma substitui a NBR 5579/1982Válida a partir de 30.06.1994

Terminologia

SUMÁRIO1 Objetivo2 Documento complementar3 DefiniçõesANEXO - Figuras

1 Objetivo

1.1 Esta Norma define os termos empregados para osdefeitos de superfície, internos, de forma e dimensões, emprodutos tubulares de aço.

1.2 Esta Norma abrange os defeitos nos tubos de açocom ou sem costura.

2 Documento complementar

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

NBR 6405 - Rugosidade das superfícies - Procedi-mento

3 Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definiçõesde 3.1 a 3.3.

3.1 Defeitos de superfície

3.1.1 Carepa

Camada de óxido dura, formada durante a fabricação ouprocessamento a quente.

3.1.2 Casca-de-laranja

Estrutura de aço com granulação grosseira que, após con-formação do material, implica a formação de contornosarredondados de aspecto granular na superfície do tubo.

3.1.3 Corrosão

Determinação sofrida por um tubo, em conseqüência daação química ou eletroquímica do meio (ver Figura 1 doAnexo).

3.1.4 Desalinhamento do cordão de solda

Linha de solda sinuosa presente na soldagem de uniãodas extremidades do material.

3.1.5 Dobra

Vinco no material, oriundo de falhas no processo de fa-bricação de chapa ou do tubo (ver Figuras 2 e 3 doAnexo).

3.1.6 Esfoliamento (ou escamação)

Película de aço de formas e tamanhos variados, parcial-mente aderente ao material, que se destaca por ação me-cânica (ver Figuras 4 e 5 do Anexo).

3.1.7 Exsudação

Vazamento oriundo de microporosidade ao longo do cor-dão de solda (ver Figura 6 do Anexo).

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2 NBR 5579/1994

3.1.8 Falha de caldeamento

Descontinuidade total ou parcial, no sentido longitudi-nal no centro da costura, originada por temperatura oupressão insuficientes (ver Figura 7 do Anexo).

3.1.9 Falta de fusão

Fusão inadequada dos materiais a serem unidos noprocesso de soldagem.

3.1.10 Falta de penetração

Fusão incompleta da raiz da solda.

3.1.11 Fissura

Pequena separação do material, rasa ou profunda, não-detectável a olho nu.

3.1.12 Geometria irregular de solda

Falta de regularidade das dimensões da seção transver-sal de solda (ampulheta).

3.1.13 Marca mecânica

Marca na superfície do tubo, considerada prejudicial aoseu emprego e originada na fabricação, desempeno oumanuseio deste.

3.1.14 Mordedura de solda

Falha no enchimento, pelo material de solda, com o ma-terial-base deslocado por fusão.

3.1.15 Oxidação

Formação de óxidos na superfície externa ou interna dotubo, como conseqüência de processos químicos ou ele-troquímicos. Pode apresentar-se sob diversas formasem pontos ou linhas com manchas de maior ou menorintensidade, de coloração variando do amarelo ao preto.

3.1.16 Poro

Pequena cavidade na parede do tubo, podendo ou nãoemergir à superfície, nem sempre visível devido à sua di-mensão.

3.1.17 Porosidade

Agrupamento de poros no cordão de solda interno ou ex-terno.

3.1.18 Queima

Defeito oriundo do superaquecimento na fabricação ouna utilização a quente do tubo (ver Figura 8 do Anexo).

3.1.19 Remoção incorreta do cordão de solda

Ranhura ou degrau, provocada pela remoção excessivaou insuficiente do cordão de solda externo ou interno (verFiguras 9 e 10 do Anexo).

3.1.20 Respingos de solda

Furos ou mordedura que aparecem próximo à região daremoção da costura externa.

3.1.21 Risco

Sulco de pequena profundidade, longitudinal ou trans-versal, podendo ocorrer na superfície externa ou inter-na do tubo.

3.1.22 Rugosidade excessiva

Rugosidade na qual os valores são superiores aos es-pecificados em pedido ou norma, verificada através daNBR 6405.

3.1.23 Trinca

Descontinuidade aberta em qualquer uma das superfí-cies de um tubo (ver Figuras 11 e 12 do Anexo).

3.1.24 Trinca em gancho

Descontinuidade aberta no interior do metal, a qual po-de emergir à superfície, e cuja forma curvada lembra umgancho, originado de segregação da matéria-prima.

3.1.25 Vazamento

Passagem de fluido através de trinca ou fissura existen-te na parede do tubo.

3.2 Defeitos internos

3.2.1 Bolsa

Vazio no interior da parede do tubo, podendo ou não sernotado por inspeção visual (ver Figura 13 do Anexo).

3.2.2 Descarbonetação

Perda do teor de carbono do aço na superfície externa ouinterna do tubo, atingindo até certa profundidade, provo-cada pelo aquecimento em atmosfera oxidante.

3.2.3 Dupla laminação

Descontinuidades internas do aço, que se manifestam co-mo camadas superpostas oriundas do processo de fabri-cação da chapa ou do tubo (ver Figura 14 do Anexo).

3.2.4 Escória de solda

Detenção de material não-metálico no cordão de soldainterno ou externo.

3.2.5 Inclusões

Fases não metálicas formadas de óxidos, sulfetos e sili-catos ou escórias não constituintes do aço, existentes nomaterial do tubo.

3.2.6 Normalização parcial

Tratamento térmico insuficiente para provocar recristali-zação completa da região de solda.

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3.2.7 Sensitização

Precipitação em aços inoxidáveis de carbonetos de cro-mo (Cr23C6) nos contornos de grãos, empobrecendo amatriz em cromo.

3.3 Defeitos de forma e dimensões

3.3.1 Abaulamento de lados

Concavidade ou convexidade que se produz nos ladosou nas faces dos tubos de seção quadrada ou retan-gular.

3.3.2 Amassamento

Deformação do tubo provocada por impacto mecânicoou pressão, sem perda de material que altere o contornoda superfície.

3.3.3 Desencontro de bordas

Falta de alinhamento das bordas da tira durante a solda-gem (ver Figura 15 do Anexo).

3.3.4 Empenamento (empeno)

Desvio do eixo do tubo em relação a uma linha reta queliga suas extremidades, medido pela maior flecha.

3.3.5 Excentricidade

Deslocamento entre os eixos dos círculos formados pe-losdiâmetros externo e interno, numa seção transversal.

3.3.6 Fora de dimensão

Divergência do tubo com qualquer especificação dimen-sional da ordem de compra, como: diâmetro externo, diâ-metro interno, espessura de parede e comprimento.

3.3.7 Fora de esquadro

Falta de perpendicularidade entre dois lados adjacentesde uma mesma seção quadrada ou retangular.

3.3.8 Linha irregular de caldeamento

Desvio, inclinação ou ondulação da linha de solda rela-tivamente ao eixo transversal da seção.

3.3.9 Ondulação

Ondas que aparecem na superfície do tubo após a saídade matriz, motivadas, por exemplo, pela vibração do mandrildurante a trefilação. Podem ocorrer também em tu-bos laminados, laminador-alisador ou máquina desem-penadeira.

3.3.10 Ovalização

Diferença entre os diâmetros máximo e mínimo em umamesma seção transversal. A ovalização pode ser consi-derada tanto para o diâmetro externo como para o inter-no.

3.3.11 Rebarba de corte

Excesso de material com disposição irregular na seçãotransversal do tubo cortado.

3.3.12 Torção do cordão de solda

Torção ao longo do tubo com o qual a linha de solda re-sulta helicoidal e não-retilínea (ver Figura 16 do Anexo).

3.3.13 Trepidação

Ondulação circular disposta em seqüência ao longo do tu-bo, provocada por uma oscilação do mandril interno du-rante a trefilação a frio.

/ANEXO

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4 NBR 5579/1994

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ANEXO - Figuras

Figura 1-(a)

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6 NBR 5579/1994

Figura 1-(b)

Figura 1 - Corrosão eletroquímica em tubo de aço galvanizado

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Sem aumentoSem ataque

Figura 2 - Dobra (tubo com costura)

Aumento: 50 xAtaque: Nital

Figura 3 - Dobra (tubo sem costura)

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Sem aumentoSem ataque

Figura 4 -(a)

Figura 4-(b)

Sem aumentoSem ataque

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Figura 4-(c)

Figura 4 - Esfoliamento

Sem aumentoSem ataque

Figura 5-(a)

Sem aumentoSem ataque

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Figura 5-(b)

Figura 5 - Esfoliamentos decorrentes de inclusões não-metálicas

Sem ataqueAumento: 100 x

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Aumento: 500 xAtaque: Nital

Figura 6 - Exsudação em seção transversal

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Aumento: 50 xAtaque: Nital

Figura 7 - Falha de caldeamento

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Sem aumentoSem ataque

Figura 8 - Queima

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14 NBR 5579/1994

Aumento: 12,5 xAtaque: Nital

Figura 9-(a)

Aumento: 50 xAtaque: Nital

Figura 9-(b)

Figura 9 - Remoção incorreta do cordão de solda externo

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Aumento: 50 xAtaque: Nital

Figura 10 - Remoção incorreta do cordão de solda interno

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Figura 11 - Tubo com costura com trinca de solda

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Sem ataqueAumento: 5 x

Figura 12 - Trinca de solda do tubo da Figura 16 - Zona escuracorrespondente à trinca, zona não-caldeada

Aumento: 50 xAtaque: Nital

Figura 13 - Bolsa

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Sem aumentoSem ataque

Figura 14 - Dupla laminação

Aumento: 32 xAtaque: Nital

Figura 15 - Desencontro de bordas

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Figura 16 - Torção do cordão de solda