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COMO DIVULGAMOS A NBCAL À COMUNIDADE

Autora: Profa. Dra. Silvia Marina Anaruma Introdução

Em 2000, 189 países firmaram um pacto durante a Cúpula do Milênio,

dentre eles o Brasil, resultando no documento denominado Declaração do

Milênio que prioriza a erradicação da fome e da pobreza estrema no mundo.

Desta declaração foram elaborados 8 objetivos, chamados de Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio e dentre eles temos três que estão diretamente

relacionados ao aleitamento materno: 1. erradicar a extrema pobreza e a

fome; 2. reduzir a mortalidade infantil; 3. melhorar a saúde materna (Ipea,

2004).

O aleitamento materno salva a vida de milhares de bebês. De acordo

com o UNICEF o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida

pode evitar, anualmente, 1,3 milhão de mortes de crianças menores de 5

anos (BRASIL- UNICEF).

O leite materno é universalmente aceito como o melhor alimento para

os bebês tanto de risco como normais, por oferecer vantagens econômicas,

imunológicas, nutricionais, endocrinológicas e emocionais (vínculo mãe -

bebê) (Schanler et al., 1999; Giugliani, 2000; Toma e Monteiro, 2001;

Carvalho e Tamez, 2002). Ainda destacamos a relação entre o aleitamento

materno e o desenvolvimento cognitivo discutida nas pesquisas mais atuais

(Goldani, 2003; Sterken, 1999) .

É certo que se de um lado, existe uma força tarefa para que mais

mulheres amamentem, de outro se encontra a força da indústria alimentícia

e farmacêutica, que produz o leite artificial e derivados e que contribuem

para que este número cada vez seja mais comprometido. Diante disso, foi

criado em 1981 o CÓDIGO INTERNACIONAL de COMERCIALIZAÇÃO de

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SUBSTITUTOS do LEITE MATERNO da OMS, a fim de proteger práticas

saudáveis com relação à alimentação infantil.

O Código Internacional foi adotado pela Assembléia Mundial da Saúde em 1981, (AMS) para proteger a saúde infantil interrompendo todas as formas de promoção de substitutos de leite materno e alimentos complementares oferecidos por meio de mamadeira (IBFAN, s/d) .

Apesar da sua existência, nem sempre chega à população este tipo

de informação, sendo assim, com o objetivo de tornar as informações deste

Código mais acessíveis e também evitar o marketing abusivo de alimentos

que prejudicam o aleitamento materno, o movimento mundial de defesa do

aleitamento materno, idealizado pela Waba (sigla em Inglês que significa

Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno ) definiu este assunto

como tema na Campanha de 2006, ou seja, na Semana Mundial do

Aleitamento Materno.

É importante ressaltar que a Semana Mundial de Aleitamento Materno vem sendo comemorada desde 1992, em cerca de 120 países, formando uma forte corrente entre as nações para comemorar a luta que vem sendo feita, assim como fazer um movimento mais maciço sobre um tema em que todo o mundo vai falar.

A Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2006 foi promovida

pelo Ministério da Saúde no Brasil com o slogan “Amamentação. Garantir

este direito é responsabilidade de todos” . Este foi um ano muito

importante em termos de avanço na legislação, porque marcou 25 anos de

Política Nacional de Aleitamento Materno, tendo com uma das ações

principais a aprovação da lei federal nº 11.265/06, que regulamenta a

propaganda abusiva dos produtos que interferem na amamentação.

A lei foi elaborada com base na Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Criança de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), constituída pela Portaria

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MS nº 2.051/01 e pelas resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nº 221 e nº 222/02. A lei prevê autuação e punição para estabelecimentos de saúde e empresas que não se enquadrarem nos dispositivos da legislação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006)

2. A Contribuição do Proama

O PROAMA é um Projeto de Extensão à Comunidade que vem atuando através da Universidade em várias frentes, desde 1998 – comemorando, portanto, 10 anos de existência - com o objetivo de reunir os segmentos da sociedade, além de alunos e docentes envolvidos com a questão do aleitamento materno, na defesa e incentivo a amamentação.

A atuação no grupo implica no estudo sobre o aleitamento, na divulgação através da mídia escrita e falada, além de palestras e campanhas, na produção de conhecimento através da pesquisa e da publicação, na participação em Congressos da área e na parceria com instituições afins.

Foi o grupo que desenvolveu a 1a. Semana do Aleitamento Materno de Rio Claro e, desde então, não parou mais de participar dos movimentos que envolvem a mulher e a saúde materno – infantil. Uma das áreas que mais investimos é a educacional, uma vez que nos preocupa disseminar o conhecimento sobre o aleitamento materno, principalmente, a populações mais carentes. Foi neste espírito que nasceu o projeto que apresentaremos aqui.

Durante o ano de 2006 fomos convidados pela Irmandade da Maternidade e Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro, com a qual já desenvolvemos vários projetos, a elaborar uma apresentação sobre aleitamento materno, durante a III Jornada de Aleitamento Materno, nos dando liberdade de escolha do seu enfoque. Decidimos falar sobre o tema da Semana Mundial do Aleitamento Materno que vinha sendo realizada naquele ano.

No entanto, pensamos em realizar alguma coisa diferente do que fazíamos até então, como enfocar a teoria em forma de palestras, por exemplo. Queríamos alguma coisa que envolvesse mais as pessoas, que fosse uma metodologia mais ativa, que despertasse a atenção, sem tornarmos cansativos e, sobretudo, que fosse divertido.

Pensamos em algo que despertasse nas pessoas a dúvida, a crítica e que elas pudessem se identificar, ou como diria Piaget, assimilar, num processo de interação com o meio (Piaget, 1983). Assim, nasceu nossa proposta de trabalhar com a dramatização.

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Conhecer não consiste, com efeito, em copiar o real mas agir sobre ele e transformá-lo (na aparência ou na realidade), de maneira a compreendê-lo em função dos sistemas de transformação aos quais estão ligadas estas ações (Piaget, 1973)

Apesar de apenas um contato com a população, sabíamos que a garantia de sermos lembrados passaria por uma forma diferente de aprendizagem , da qual nosso público – alvo não estava acostumado e que, por isso, os levaria a pensar e, possivelmente a posterior transformação da realidade. Objetivos:

- Divulgar as principais Normas da NBCAL para a

comunidade e a Semana Mundial do Aleitamento Materno de

2006 – cujo tema foi: 25 ANOS do CÓDIGO

INTERNACIONAL de COMERCIALIZAÇÃO de

SUBSTITUTOS do LEITE MATERNO da OMS

- Promover o direito à informação - a fim de aumentar a

prevalência do Aleitamento Materno - principalmente

àqueles que tem pouco acesso.

- Conhecer as necessidades locais, através da interação

com a Comunidade, pois é assim que alimentamos nosso

projeto.

- Testar a técnica de dramatização para o trabalho

preventivo em aleitamento materno.

JUSTIFICATIVA A relevância deste estudo se deve ao fato de que a informação é

essencial para que a população possa ter uma postura correta diante do apelo que é feito para o consumo de alimentos artificiais, bicos e mamadeiras, muitas vezes, sem necessidade e inadequadamente. Neste sentido, em termos educacionais é nosso dever promover este debate com a sociedade. É nossa obrigação auxiliar na fiscalização da NBCAL, já que atuamos na defesa do aleitamento materno.

2.3. METODOLOGIA

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Trata-se uma metodologia baseada na dramatização de cenas

do cotidiano como possibilidade didática, selecionadas a partir da

reflexão sobre a NBCAL e de observações da realidade. Esta

metodologia vem de encontro à preocupação com a construção do

conhecimento. De acordo com Piaget, a aprendizagem é um processo

interno que depende da experiência com o meio para se concretizar,

sendo esta experiência mediada pelo significado daquilo que se

aprende.

O local em que foi aplicada esta metodologia foi a Escola

Estadual Profa. Zita de Godoy Camargo, localizada na periferia da

cidade de Rio Claro – SP e o público alvo foi o de profissionais da

área da saúde, professores e alunos e, principalmente, a comunidade

próxima, num total de aproximadamente 100 pessoas.

Foram utilizados os seguintes equipamentos: máquina

fotográfica digital e filmadora portáteis para fotografar e filmar as

cenas; data-show para a apresentação dos diapositivos feitos na

Introdução da apresentação.

Com relação aos materiais, para o cenário foram utilizados

pôsteres de trabalhos anteriores do PROAMA, latas de leite

artificial, estante de aço, com roupas infantis e brinquedos imitando

uma loja de produtos infantis, mesa para o atendimento médico, além

do material utilizado em cada cena e que será descrito a seguir.

2.3.1. PROCEDIMENTOS

Antes da dramatização apresentamos informações sobre o

Proama e a Semana Mundial, contextualizando o tema da Campanha,

com as informações principais, através de slides que elaboramos

previamente

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À medida que explicávamos as normas estabelecidas pela

NBCAL, dialogávamos com a platéia e mostrávamos rótulos de leite

artificial, mamadeiras e chupetas, para que as identificasse, como por

ex: “a criança que mama no peito não necessita...” ; “somente deve ser

incluído na alimentação de crianças com menos de 1 ano com

indicação expressa de médico ou nutricionista”, dentre outras.

Posteriormente, e após a preparação do cenário, apresentamos

cinco cenas que foram dramatizadas pelos participantes do Proama

(profissionais e estudantes da Universidade num total de 6 pessoas).

Esta dramatização era feita em dois momentos: no primeiro, a

cena era dramatizada com algumas situações inadequadas, depois

“congelávamos” a cena e conversávamos com a platéia. Assim, além da

dramatização era favorecida a interação direta com a platéia como

forma de maior envolvimento e co-participação. Depois de fazer uma

crítica à cena, dramatizávamos novamente com uma situação ideal, ou

seja, com exemplos de condutas correta. Todo o procedimento durou

aproximadamente 2 horas.

A seguir apresentaremos a descrição da cena e o material

utilizado:

CENA 1 - A indução da compra de chupetas, bicos e mamadeiras na

loja de roupas infantis

Objetivos - Demonstrar como a vendedora da loja de produtos

infantis pode induzir a compra de bicos e mamadeiras sem informar

sobre o a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida.

Reforçar a amamentação exclusiva. Conscientizar sobre o uso

desnecessário de bicos e mamadeiras e sobre seu prejuízo.

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Materiais: crachá da loja, jaleco, prateleira com kits de mamadeira,

chupeta, chuquinha, roupinhas, fraudas, peças de enxoval, barriga

falsa de grávida.

Descrição da Cena - O casal entra na loja com a intenção de comprar

roupas de bebê, quando a vendedora começa a mostrar o kit de

mamadeira, chuquinha e chupetas bem coloridas e modernas e

oferece a eles dizendo que poderá ser usada para dar chazinho, água,

assim como a chupeta que combina com a roupa o bebê, para acalmar.

O casal sem ter o conhecimento, aceita passivamente e leva os

produtos.

Num segundo momento, o casal critica o comportamento da vendedora

e informa que até os seis meses de vida o bebê não precisa de

nenhum alimento a não ser o leite materno e que chupetas podem ser

prejudiciais à formação da arcada dentária e a respiração; também

ensinam que chuquinhas e mamadeiras podem prejudicar a

amamentação ao peito e promover o desmame precoce.

Cena 2 - A consulta médica, a propaganda subliminar do leite artificial

no consultório e a falta de informação sobre aleitamento materno

Objetivos - Mostrar um tipo de merchandising de leite artificial que indiretamente pode influenciar na compra do produto e a conduta que o médico deve ter numa orientação no Pré-natal à gestante, principalmente quanto à orientação sobre o aleitamento materno. A importância do pré-natal e da presença do pai junto com a gestante.

Materiais – mesa, cadeiras, jaleco, barriga falsa de grávida, fita

métrica, estetoscópio, medidor de pressão, balança de peso,

colchonete, mesa, lata de leite em pó.

Descrição da Cena – A gestante entra sozinha na sala do médico, e

senta em frente a sua mesa para ser atendida. Pergunta sobre seu

estado geral, até que ela comenta sobre o inchaço dos seios e o

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médico só diz que é normal. Começa a fazer os procedimentos de

rotina, como pesar, medir o comprimento da barriga, a pressão e

fazer a escuta do coração do feto. Na parede, atrás dele é colocado

um cartaz da Nestlé de um leite em pó. O médico faz perguntas, mas

não fala nada sobre a amamentação.

Num segundo momento, a gestante não entra mais sozinha, mas

acompanhada do marido, o quadro de propaganda do leite em pó é

retirado da parede e colocado uma foto de uma mãe amamentando o

seu bebê. O médico observa o seio da mãe e dá orientações sobre o

aleitamento materno.

CENA 3 - A consulta ao pediatra nos primeiros meses de nascimento

do bebê

Objetivos - Mostrar as primeiras dificuldades que aparecem no

manejo da amamentação, como lidar com elas e qual deve ser a

conduta correta; conscientizar a respeito da amamentação sob livre

demanda.

Materiais - mesa, cadeiras, jaleco, boneca, balança para pesar o bebê,

peito de pano para demonstração da pega correta, cartaz de

propaganda de leite em pó.

Descrição da Cena – A mãe chega ao consultório com o bebê no colo

que, algumas vezes, chora e fala ao médico que ele está chorando

muito e que ela está dando o peito de 2 em 2 horas, mas tem dor.

Nervosa, não sabe o que fazer. O médico pesa o bebê e verifica que

ele não está ganhando peso suficiente e receita o leite artificial.

Num segundo momento, a mãe chega ao consultório e diante da sua

queixa, o médico verifica a pega do bebê, corrige e segue os

procedimentos normais. Incentiva a continuidade da amamentação,

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demonstra como a mama funciona e explica sobre a livre demanda, ou

seja, que o bebê deve ser amamentado toda vez que solicitar, sem um

tempo pré-determinado.

CENA 4 - A visita após o nascimento do bebê e os presentes das

amigas

Objetivos - Incentivar o aleitamento exclusivo, mostrar a cultura

ainda vigente do uso da mamadeira; explicar algumas normas da

NBCAL, alertar para a influência da família na aderência ao

aleitamento materno, especialmente da avó, e sobre a importância do

pai no auxílio à mãe durante este período. Falar sobre o uso

inadequado da mamadeira e os mitos e crendices sobre o aleitamento

materno.

Materiais – papel para presente, chuquinha, chupeta, mamadeiras,

escova para limpar mamadeira, brinquedos, boneca, bandeja com

xícara de café, copinho de plástico para café. Lata de leite em pó.

Descrição da Cena - Dia de visita. A campainha toca e o pai no sofá lendo jornal, a mãe está com o bebê no colo. O pai levanta e vai atender as amigas e parentes da mãe, que vem trazer-lhe os presentes. Quando chegam no quarto, uma delas fala que não vai sentar na cama porque está menstruada e isso pode secar o leite do bebê. Daí começam a dar os presentes, quando a mãe abre os pacotes verifica que entre os presentes está mamadeiras, kits com chupeta, chuquinhas, etc. As visitas elogiam o presente e dizem que combina com a roupa do bebê. Num segundo momento, a mãe reage diante da vizinha, que diz estar menstruada, explicando que isto se trata de uma crendice. Também agradece aos presentes, mas fala que não usa nem chuquinhas, nem mamadeiras porque amamenta o filho exclusivamente. CENA 5 – A volta da mãe ao trabalho. A influência da avó na aderência ao aleitamento materno

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Objetivos - Orientar sobre a ordenha do leite para a volta da mãe ao

trabalho, reforçar a importância da presença do pai e mostrar como os avós

podem influenciar na aderência ao aleitamento materno.

Materiais – sacola, lata de leite em pó, copinho de plástico para café, bercinho improvisado do bebê, boneca. Descrição da Cena - A mãe se prepara para ir trabalhar e orienta o pai a dar o leite ordenhado - que está estocado na geladeira - através de um copinho de plástico e vai embora para o trabalho. A campainha toca e o marido vai atender: é a avó, sua sogra, que chega com dois presentes: uma mamadeira e uma lata de leite em pó. Logo a seguir, o bebê começa a chorar. A avó diante disso, pega uma mamadeira e dá água, depois faz o leite em pó e dá também. O pai discute com a sogra dizendo que ela está errada, mas a avó insiste falando que está fazendo o correto, pois fez assim com todos os seus filhos sem ter problema algum. Num segundo momento a mãe, novamente, orienta todos os passos para dar leite ordenhado ao bebê, o pai não aceita que a avó dê água e mostra que no leite em pó está escrito que o bebê que mama ao peito não necessita de nenhum outro tipo de alimento até os seis meses de idade (NBCAL). A avó concorda e vê que realmente o pai e mãe estão com a razão. 3. Resultados

Os resultados foram analisados de acordo com os segundos critérios: o envolvimento e a atenção da platéia e o feedback depois da apresentação. Observamos que os participantes do evento se envolveram de forma integral, além de participarem ativamente das cenas. Foram feitos elogios ao trabalho e comentários que mostraram identificação com as cenas. Observamos que a maioria desconhecia a NBCAL e não observava Normas que aparecem na sua rotina, como nos rótulos e nas mamadeiras, chupetas. Houve várias perguntas mostrando que a metodologia despertou para a participação e a aprendizagem. Os objetivos foram atingidos, apesar da atividade ter sido apenas um ponto de partida para a reflexão, a fim de que na prática, fosse identificados os aspectos relacionados ao Código.

A metodologia também permitiu que pudéssemos trabalhar as principais situações que envolvem a mulher e a amamentação, desde a gestação, com o acompanhamento do pré-natal, até o nascimento do bebê e as primeiras dificuldades que aparecem. O consumo, o consultório médico, a presença e influência da família, na figura do pai e dos avós. O mundo social

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destas pessoas. Também temas bastante importantes sobre orientação, que foram desde a amamentação exclusiva, a livre demanda, a ordenha do leite na ausência da mãe, o uso do copinho para o bebê tomar o leite, a crítica aos mitos e crendices.

Levando-se em conta que este trabalho é fruto de um projeto de extensão, em que os estudantes estão aprendendo a fazer, verificou-se que a metodologia adotada, bastante ativa, levou-os a enfrentar vários desafios, um deles foi o de se apresentar publicamente, o outro foi o estudo que o trabalho exigiu para que pudéssemos montar as cenas. Este é um beneficio que reverteu ao projeto, embora não tenha sido nosso objetivo principal.

Isto significa que o trabalho foi válido, pois levou a uma transformação tanto dos sujeitos da ação, como daqueles que atuaram. Esta é uma aprendizagem significativa. 4. Conclusão:

A técnica utilizada ofereceu a oportunidade de transformar informações complexas em conhecimento concreto, favorecendo a apropriação do conhecimento. Esta metodologia vem de encontro ao princípio de que todo conhecimento deve primeiro ter significado para quem aprende, para depois ser assimilado, como pode ser visto nas teorias construtivistas da Psicologia.

Este tipo de atividade se mostrou válido para o trabalho de promoção do aleitamento materno e deve ser usada como meio para a aprendizagem, principalmente porque favorece a aproximação de realidade e tem mais garantias de se transformar em mudanças concretas.Referências Bibliográficas BRASIL – UNICEF . Nossas prioridades. Aleitamento Materno. Disponível em: < http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_9423.htm>. Acesso em 18 jan.2007 CARVALHO, M. R. de.; TAMEZ, R. Amamentação: bases científicas para a prática profissional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. GIUGLIANI, E. O aleitamento materno na prática clínica. J. Pediatr., Rio de Janeiro, v. 76, supl. 3, p. 238-252, 2000. GOLDANI, M.Z. Aleitamento materno e desenvolvimento cognitivo J. Pediatr. Rio de Janeiro, v.79 n.1 jan./feb. 2003IBFAN. Fiscalizando o Código. Disponível em: http://www.ibfan.org/portuguese/codewatch/monitor01-po.html#top>. Acesso em 23.03.2008. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Relatório Nacional de Acompanhamento. Presidência da República. Governo da República Federativa do Brasil. Setembro de 2004. Coordenação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Brasília, 2004. PIAGET, J. Biologia e Conhecimento. Ensaio sobre as relações .... Petrópolis. Ed. Vozes, 1973 (Col.Psicologia da Inteligência I). ___. Psicologia da Inteligência. 2a ed., RJ, Zahar ed. , 1983.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde. Semana mundial de aleitamento materno combate marketing abusivo. 28/07/2006 .Disponível em: <http//www.saúde.gov> Acesso em 23 mar 2008. SCHANLER, R. J.; O`CONNOR, K. G.; LAWRENCE, R. Pediatricians practices and attitudes regarding breastfeeding promotion. Pediatrics, v. 103, n. 3, p. 35-40, 1999. Sterken, E. Breastfeeding and intelligence. In: Benefícios do aleitamento materno e importância dos ácidos graxos de cadeia longa. Inteligência e aleitamento materno. INFACT/IBFAN, Winter 98 Newsletter. Documento do mês sobre Amamentação, nº 02/99 Susana E. D.; Halpern, R. Amamentação de prematuros com menos de 1500 gramas: funcionamento motor-oral e apego. Pró-Fono R. Atual. Cient. v.17, n.2. Barueri. mai/ago. 2005 TOMA, T. S.; MONTEIRO, C. A. Avaliaçäo da promoçäo do aleitamento materno nas maternidades públicas e privadas do Município de Säo Paulo. Rev. Saúde Pública, v. 35, n. 5, p. 409-414, out. 2001.