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USP/EACH - Curso de Gestão Ambiental - ACH1085 Natureza e Tipos de Solos - Prof. Dr. Homero Fonseca Filho
NATUREZA E TIPOS DE SOLOS ACH1085
AULA
DEGRADAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS SOLOS
1 1
USP/EACH - Curso de Gestão Ambiental - ACH1085 Natureza e Tipos de Solos - Prof. Dr. Homero Fonseca Filho
Conteúdo
1. Importância do solo
2. Tipos de degradações de solos
2.1. Física
2.2. Química
3. Bibliografia
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Importância do solo
• O solo é importante, pois é dele que obtemos parte de nossa alimentação.
• Se o solo não for bem cuidado ou utilizado, este poderá se perder totalmente.
• O solo é um recurso natural NÃO RENOVÁVEL
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Importância do solo
• Como alimentar a população que cresce constantemente?
– Aumento de área plantada (em ha)
– Aumento da produtividade das áreas (ton/ha)
• Dados da ONU mostram que a área cultivada triplicou em pouco mais de um século (a custa de desmatamentos)
Ano Área cultivada (106 ha)
População (109 habit)
Área cultivada (ha/habit)
1850 538 1,2 0,45
1950 1.168 2,5 0,47
1980 1.500 4,4 0,34
Braga, B. et al (2005) p.138
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Conceito de degradação do solo
• Qual o conceito de degradação do solo?
• "Alterações adversas das características do solo em relação aos seus diversos usos possíveis, tanto estabelecidos em planejamento quanto os potenciais" (ABNT, 1989).
• “alteração das propriedades do solo que acarrete efeitos negativos sobre uma ou várias funções do solo, a saúde humana ou o meio ambiente” (ISO 11074-1:1996)
• Degradação das propriedades: – Físicas (estrutura, compacidade, porosidade, etc.) – Químicas (pH, CTC, etc.) – Biológicas (diversidade de microorganismos, etc.)
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Agentes de degradação do solo
• É inevitável que a intervenção humana nos ecossistemas existentes, para fins de desenvolvimento, provoque algum tipo de degradação ambiental;
• Agentes pontuais – Agricultura, pecuária, silvicultura
– Mineração
– Obras civis (rodovia, barragens, etc.)
– Urbanização
– Disposição de resíduos
– Vazamentos de substâncias químicas
– Desflorestamento
• Agentes globais – Mudanças climáticas
• Agentes pontuais + globais – Mudanças climáticas + desflorestamento + atividades agrícolas
– Mudanças climáticas + ocupação inadequada (áreas de risco: encostas, baixadas, etc.)
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Tipos de degradação dos solos
• Física
– Erosão
– Desertificação
– Arenização
– Compactação
– Crusting
• Química
– Salinização
– Lixivação
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EROSÃO
8
http://ultimaquimera.com.br/erosao
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Erosão Introdução
• A História registra muitos casos em que a erosão foi causadora de grandes catástrofes.
– Destruiu povos, civilizações e impérios
– Alterou situações de domínio
– Gerou desequilíbrios sócio-econômicos
• Atualmente, há um interesse de dimensão mundial sobre o problema da erosão, devido a:
– Inter-relação mundial dos mecanismos dos ecossistemas
– Progressiva integração socioeconômica do planeta
Braga, B. et al (2005) p.137
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Erosão: o que é?
• O que é erosão? – É o processo de desprendimento e arraste acelerado de
partículas do solo causado pela água e pelo vento. (Bertoni; Lombardi Neto (2005)
– É a remoção de partículas do solo pela água (hídrica) ou pelo vento (eólica)
• Quando ocorre erosão? – Quando a taxa de remoção partículas do solo pela água
ou pelo vento excede a taxa de formação.
• A erosão degrada o solo principalmente em suas características e propriedades físicas e químicas
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Figura ilustrativa de erosão laminar
www.agencia.cnptia.embrapa.br/recursos/figura_1solosID-BJnTJjti83.jpg
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Erosão urbana
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http://oglobo.globo.com/fotos/2009/05/11/11_MHB_ruaniteroi_SacchettiJoaoJose.jpg
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Figura ilustrativa de erosão severa
http://static.hsw.com.br/gif/irrigation-soil-erosion.jpg
http://image.slidesharecdn.com/processodedegradaodosolo-100612000815-phpapp01/95/degradao-do-solo-4-728.jpg?cb=1276360424
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Figura ilustrativa de voçoroca
http://360graus.terra.com.br/extremoss/images/h_h/h_h_vocoroca.jpg
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Figura ilustrativa de voçoroca
http://www.inra.fr/internet/Hebergement/afes/images/sol321.jpg
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Classificação do tipo de erosão
• Quanto ao fenômeno causador
– Erosão Hídrica (água)
– Erosão eólica (vento)
• Quanto ao local de ocorrência
– Urbana
– Rural
• Quanto a velocidade do processo
– Lenta (geológica): pela ação dos agentes naturais
– Acelerada (antrópica): pela ação do homem sobre o solo
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Ocorrência de erosão
• No Mundo – Cerca de 28 % das terras produtivas foram perdidas por efeito
da erosão
• No Brasil – Vários episódios progressivos e graves de perda do potencial
produtivo (inclusive com desertificação) • Pampas gaúchos
• Sul do MA e do PA; Norte TO
• Oeste e Sudoeste de SP e Norte e Nordeste PR
– Áreas de colonização • Belém – Brasília
• Transamazônica
• São Paulo: derrubada da mata > ciclo do café > pastagem > outras culturas
Braga, B. et al (2005) p.138
G EO
B R A S I L
Impacto: Degração das Terras - Erosão
Perda de Solo Perda de Água
Média Total Média(4) Total Tipo de
Ocupação
Área
Ocupada
ha t ha-1ano-1 t ano-1 m3 ha-1 ano-1 106 m3 ano-1
Lavouras 50.104.483 15,0(1) 751.567.248 2.519 126.213
Pastagens 177.700.471 0,4(2) 71.080.189 252 44.781
Total 227.804.955 - 822.647.436 - 170.994
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Quantificação da erosão
• Muitos modelos tem sido desenvolvidos e propostos para quantificar as perdas de solo por erosão.
• É preciso tomar cuidado com esses modelos porque eles podem ser diferentes em função das condições geológicas, climáticas e geográficas
• A equação das perdas de solo utilizadas por muitos autores pode ser considerada uma ferramenta para modelagem a predição da erosão: A=R.K.L.S.C.P
Mirsal (2004), p.52
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Equação Universal das Perdas de Solo EUPS
Fatores que afetam as perdas de solo
A=R.K.L.S.C.P
A= Perdas de solo por unidade de área (t/ha)
R= fator chuva; índice de erosão pela chuva
K= fator erodibilidade do solo
L= fator topográfico: comprimento do declive
S= fator topográfico: grau de declividade
C= fator uso e manejo
P= fator prática conservacionista
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Fator chuva (R)
• É um índice numérico que expressa a capacidade da chuva, esperada em dada localidade, de causar erosão em uma área sem proteção.
• É o resultado do produto da energia cinética das gotas de chuvas pela intensidade máxima em trinta minutos.
EI30= Ec . I30
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Impacto das gotas de chuva
http://soils.umn.edu/academics/classes/soil2125/doc/s10chap3.htm
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Velocidade terminal de gotas de chuva de vários diâmetros
Diâmetro da gota de chuva (mm)
Velocidade terminal (m/s)
Altura da queda com a qual a gota de água adquire 95% de sua velocidade terminal (m)
1 4,0 2,2
2 6,5 5,0
3 8,1 7,2
4 8,8 7,8
5 9,1 7,6
6 9,3 7,2
Fonte: Bertoni; Lombardi Neto (2005) p. 48
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Erodibilidade do solo (K)
• Indica a resistência do solo à erosão.
• Propriedades do solo que influenciam a erodibildade
– Velocidade de infiltração
– Permeabilidade
– Capacidade de armazenamento de água.
– Resistência às forças de dispersão, salpico, abrasão
– Transporte pela chuva e escoamento.
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Erodibilidade do solo (K)
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Exemplo de perdas de solo
• Efeito do tipo de solo nas perdas por erosão. Médias na base de 1.300 mm de chuva e declives entre 8,5 e 12,8 %
Solo Perdas de
Solo (t/ha) Água (%da chuva)
Arenoso 21,1 5,7
Argiloso 16,6 9,6
Terra Roxa 9,5 3,3
Fonte: Bertoni; Lombardi Neto (2005) p. 63
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c
• Indica o efeito do comprimento de rampa e da declividade na erosão do solo.
L: Fator comprimento de rampa C em (metros)
S: Fator declividade do solo D em %
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LS= 0,00984.C0,63.D1,18
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Exemplo de perdas de solo
• Efeito do comprimento de rampa sobre as perdas da erosão. Médias na base de 1.300 mm de chuva e declives entre 6,5 e 7,5%
Comprimento de rampa (m)
Perdas de
Solo (t/ha) Água (%da chuva)
25 13,9 13,6
50 19,9 10,7
100 32,5 2,6
Fonte: Bertoni; Lombardi Neto (2005) p. 57
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Fator Topográfico (L.S)
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Fator uso e manejo (C)
• Indica o efeito da vegetação nas perdas de solo e água por erosão
– Tipo de vegetação
– Estande de plantas
– Desenvolvimento
– Meses e estações do ano
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mamona/CultivodaMamona/figura5istemacultivoespacamento.htm
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fe75wint02wx5eo07qw4xeclygdut.html
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Fator uso e manejo (C)
C= 1 Solo arado e descoberto sem vegetação
C= 0,01 Solo com vegetação nativa
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Fator práticas conservacionistas (P)
• Indica a eficiência das práticas conservacionistas no controle da erosão
PRÁTICA CONSERVACIONISTA VALOR DE P
Plantio morro abaixo 1,0
Plantio em contorno / curva de nível 0,5
Alternância de campinas + plantio em contorno
0,4
Cordões de vegetação permanente 0,2
Bertoni; Lombardi Neto (2005), p.266
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Fator práticas conservacionistas (P)
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Exemplo de perdas de solo
• Efeito de práticas conservacionistas em culturas anuais sobre as perdas por erosão.
Prática conservacionista
Perdas de
Solo (t/ha) Água (%da
chuva)
Plantio morro abaixo 26,1 6,9
Plantio em contorno 13,2 4,7
Contorno + alternância de campinas 9,8 4,8
Cordões de cana-de-açúcar 2,5 1,8
Bertoni; Lombardi Neto (2005), p.103
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Plantio morro abaixo (prática NÃO conservacionista)
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http://www.valedomundauagricola.com/2012/08/plantio-e-manejo-de-mudas-de-laranja-em.html
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Plantio em contorno ou curva de nível
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https://www.embrapa.br/bme_images/m/7560040m.jpg
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Plantio em contorno ou curva de nível com plantio direto
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http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABN4gAF-0.jpg
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Cordão de vegetação
39 http://www.cafepoint.com.br/mypoint/204410/foto.aspx?idFoto=10176&tamanho=10
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Terraceamento
• Terraço tipo Nichols construído em um Latossolo de textura argilosa, em sistema de plantio direto de arroz de terras altas sobre palha de braquiária, em Brazabrantes, GO
40 http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fohgb6cq02wyiv8065610dfrst1ws.html
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Terraceamento
41
http://3.bp.blogspot.com/-aysypXY6J-c/UvKOl1gpPzI/AAAAAAAAG50/h1fq2m4m2fw/s1600/terraco-ilustrado.png
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Terraço Patamar
42
http://3.bp.blogspot.com/-KY2Akoz5xEE/UvKPicKS9wI/AAAAAAAAG6E/g-3QrYyjSvQ/s1600/Caf+%C2%AE+mecanizado+108+a.jpg
http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/livros/fundamentos-fruticultura/img/img_cap/3.7_clip_image003_0000.gif
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Exemplo de aplicação da EUPS
• Problema
Seja uma gleba de Latossolo Roxo na região de Campinas, tendo 8% de declive e, o terreno, com cerca de 100 metros de comprimento de rampa. Deverá ser cultivado com uma rotação de culturas de quatro anos: pasto, pasto, milho e soja. O preparo do solo será convencional e as culturas plantadas em contorno, sendo que os restos culturais do milho e soja serão incorporados nesse preparo. A fertilidade do solo é razoável e, a produção esperada, de média a alta.
R = 686 K = 0,12 LS = 2,08 C = 0,1376 P = 0,5
A = R . K . L S . C . P
A = 686 X 0,12 X 2,08 X 0,1376 X 0,5 = 11,8 t/ha
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DESERTIFICAÇÃO
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FONTE:https://matasnativas.files.wordpress.com/2011/05/obras-da-copa.jpg?w=470&h=341
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DESERTIFICAÇÃO
• Definição:
– Desertificação é o fenômeno que corresponde à transformação de uma área num deserto.
– Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a desertificação é "a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas"
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1. Semi-árido e Subúmido Seco
2. Áreas do Entorno
Municípios afetados por secas onde a Sudene executou Programas de Emergência de Seca Municípios do Bioma Caatinga, selecionados pela Reserva Nacional da Biosfera da Caatinga
ÁREAS SUSCEPTÍVEIS À DESERTIFICAÇÃO
Semi-árido
Subúmidas secas
Entorno
MA
PI
BA SE
AL PE
PB
RN CE
ES MG
Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD)
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DESERTIFICAÇÃO
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ABRANGÊNCIA DO PAN-Brasil
Área: 1.338.076 km2 (15,7% do território brasileiro)
Número de municípios: 1.482
População em 2000: 32 milhões de habitantes
(18,6% da população do País)
G EO
B R A S I L
Níveis de
Degradação
Solos Alagoa
s Bahia Ceará Paraíba
Pernambu
co Piauí
Rio Grande
do Norte Sergipe
Severo Luvissolos 90.400
3,26
2.031.300
3,63
4.253.000
28,98
2.106.100
37,36
2.629.800
16,58
588.700
2,34
896.200
16,92
271.200
12,29
Acentuado Neossolos - 667.300
1,19 885.600
6,03 692.500 12,28
721.100 7,34
54.000 0,21
141.100 2,66
-
Moderado Argissolos e
Neossolos -
163.200
0,29
509.900
3,47
298.500
5,29
154.400
1,57
792.300
3,17
265.800
5,01 -
Baixo Planossolos - - 2.060.000
14,03
429.300
8,62 -
61.100
0,24
602.100
11,35 -
Total 90.400 3,26
2.861.800 5,11
7.708.500 52,51
3.526.400 63,55
2.505.300 25,49
1.496.100 5,96
1.905.200 35,94
271.200 12,29
Impacto: Desertificação
Impacto Anual: US$ 289.860.000,00 por ano.
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DESERTIFICAÇÃO
• Assistir vídeo sobre desertificação (15 min)
https://www.youtube.com/watch?v=Hot1ErGiOho
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ARENIZAÇÃO
• Definição
– Arenização é a Transformação de um solo muito arenoso com cobertura vegetal fraca, em uma área com areia seca sem nenhuma cobertura vegetal.
FONTE: www.dicionarioinformal.com.br/significado/areniza%C3%A7%C3%A3o/10056/
– Arenização, ou formação de bancos de areia, é o processo de retirada de cobertura vegetal em solos arenosos, em regiões de clima úmido, com regime de chuvas constantes
FONTE:http://lucinhahb.blogspot.com.br/2012/03/o-que-e-arenizacao.html
52
G EO
B R A S I L
Impacto: Arenização
Alegrete, Cacequi, Itaqui, Maçambará, Manoel Viana, Quaraí, Rosário do Sul, São Francisco de Assis e Unistalda, areais ocupam 3,67 Km2 (3.663,00 ha)
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ARENIZAÇÃO
– FONTE: http://lucinhahb.blogspot.com.br/2012/03/o-que-e-arenizacao.html
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ARENIZAÇÃO
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FONTE: http://www.ufrgs.br/areais-pampa/p_imagens.htm
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ARENIZAÇÃO
– Assista o vídeo Pesquisa em Pauta – Arenização (21min)
– https://www.youtube.com/watch?v=V-_4zY6pxsw
– Outros vídeos
– http://www.ufrgs.br/areais-pampa/p_videos.htm
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COMPACTAÇÃO DO SOLO
• Compactação do solo constitui um tema de crescente importância em face do aumento da mecanização nas atividades agrícolas
http://imageshack.us/a/img805/9365/gradagemparaplantiopime.jpg http://br.viarural.com/agricultura/tratores/challenger/tratores-esteiras-borrachas-mt700-12.jpg
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COMPACTAÇÃO DO SOLO
• A compactação é o ato ou ação de forçar a agregação das partículas do solo e, por sua vez, reduzir o volume por elas ocupado.
• Trata-se da tensão aplicada sobre o solo e as mudanças resultantes em termos de:
– aumento da densidade
– decréscimo no volume de macroporos
– infiltração e movimento interno de água mais lentos
– maior resistência mecânica do solo ao crescimento das raízes (Seixas, 1988).
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Porosidade do solo
• Porosidade total do solo segundo KIEHL (1979) é definida como o volume de espaços vazios do solo, estes vazios são compostos pela porosidade capilar (Microporosidade) e a porosidade de aeração (Macroporosidade).
• Segundo LIMA (1996) os macroporos são responsáveis pela aeração, movimentação de água e penetração de raízes, e os microporos são responsáveis pela retenção de água pelo solo.
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A B
Micro fotografia do horizonte A de um Latossolo Vermelho: (A) solo sob mata, (B) Solo sob cultivo de cana-de-açúcar. LIMA (1995)
Macroporisidade do solo
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Fonte: EMBRAPA Soja.
Exemplos de compactação de solos
Compactado NÃO Compactado
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Nabo
Soja
Sintomas de compactação em raízes
FONTE: Gassen, D. - Revista Plantio direto - 2006
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Influência da passada de tratores
• Influência das condições físicas do solo sobre a produção agrícola e sobre a população de colmos da cana-de-açúcar.
FONTE: Fernandes et al. (1983).
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Qual Trator compacta mais o solo?
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Como avaliar a Compactação Pressão aplicada ao solo
Área de contato dos sistemas rodantes sobre o solo. Santos Filho,A.G & Garcia Santos, J.E.G. (2001)
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Pressão aplicada ao solo pelas máquinas
• Área de contato com o solo dos sistemas rodantes
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Santos Filho,A.G & Garcia Santos, J.E.G. (2001)
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Avaliação da compactação do solo
FONTE: http://www.infobibos.com/Artigos/2006_2/C6/Index.htm
http://s.glbimg.com/og/rg/f/original/2011/10/14/recuperacao_solo_penetrometro_606_455.jpg
http://www.plantiodireto.com.br/img2/santi96_2.jpg
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Compactação do solo
• Assistir vídeo demonstrativo do uso do penetrômetro (1:39 mim)
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https://www.youtube.com/watch?v=oGa_7Lvybzc
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Como manejar solos sujeitos a Compactação?
• A compactação do solo deve viabilizar a permanência das culturas de forma sustentável, sem necessidade de processos de movimentação do solo para viabilizar a sobrevivência da planta produtiva, tanto nas culturas perenes quanto nas de ciclo anual.
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Como manejar solos sujeitos a Compactação?
• Caminhos a seguir:
– Saber como identificar e monitorar a Compactação.
– Escolher corretamente o momento de realizar o preparo do solo, método de cultivo e tipo de máquinas.
– Fazer plantio direto e manter restos de culturas
– Investimento em logística para o manejo e redução do tráfego de máquinas e equipamentos.
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Tráfego controlado de máquinas
• São mostrados os rastros de rodas de diferentes equipamentos usados no preparo convencional, comparados com os caminhos percorridos com o tráfego controlado em lavoura sob plantio direto.
• Essa comparação é feita num sistema de 3 m entre rodas. A colhedora, o pulverizador e a semeadora devem ter faixa de cobertura com múltiplos de 3m.
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http://www.plantiodireto.com.br/img2/trafego110_7.gif
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MAU exemplo de Professor compactando o solo
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COMPACTAÇÃO DO SOLO
• Assistir vídeo sobre compactação do solo (2 min) https://www.youtube.com/watch?v=5tB6i9yhb1E
• Assistir vídeo sobre descompactação com subsolador (1 min) https://www.youtube.com/watch?v=ncW7M5iVY-Q
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Crosta ou “Crusting”
• A formação de crosta (camada dura e fina) ocorre na superfície de solos quando este resseca.
• Principais conseqüências
– Dificulta a germinação de sementes que não conseguem romper a crosta formada
– Dificulta o fluxo de oxigênio entre o solo e a atmosfera
– Reduz infiltração da água
– Reduz crescimento das plantas
www.knowledgebank.irri.org/ricedoctor_mx/default.htm#Fact_Sheets/In_the_Field/Soil_Crusting.htm
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Crosta ou “Crusting”
www.knowledgebank.irri.org/ricedoctor_mx/default.htm#Fact_Sheets/In_the_Field/Soil_Crusting.htm
http://www.omafra.gov.on.ca/english/environment/soil/structure.htm
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DEGRADAÇÃO QUÍMICA
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SALINIZAÇÃO
• A salinização é uma forma particular de poluição do solo.
• Se caracteriza pelo acúmulo de sais solúveis no perfil.
• O processo pode ser:
– natural, ou
– artificial (devido à irrigação mal conduzida.)
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Figura ilustrativa de Salinização
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www.ufpe.br/salinidade/pesqueira.htm
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Salinização Natural
• Ocorre em área litorâneas ou sob clima árido, onde pluviosidade <evapotranspiração.
Como ocorre?
• Por solubilização de depósitos geológicos subsuperficiais pela água que penetra no perfil.
• No período seco a ascensão capilar da água transfere os sais à superfície onde precipitam.
• Com as chuvas os sais são solubilizados e lixiviados para o subsolo, onde aguardam nova oportunidade para ascender.
G EO
B R A S I L
Impacto: Salinização
Solos Salinos: 2% do território nacional Mordeste: 85.931 Km2 (Pereira, 1990) de solos salinos e solódicos.
Irrigação: 495.000 hectares no Nordeste, sendo que destes 139.000 ha pertencentes a projetos públicos.
Perdas Estimadas com Salinazação: 2975 hectares ou 2% dos projetos públicos
Impacto:Descaracterização de Äreas Úmidas
Solos de Varzeas: 44,7 milhões de ha e ocupam cerca de 5% do território
Outros Impactos:
Queimadas, Contaminação por resíduos urbanos, industriais, e agroquímicos, fluxos de gases
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SALINIZAÇÃO
• Assistir o vídeo sobre salinização (15 mim)
– https://www.youtube.com/watch?v=f1omoaBjRgs
• Assistir o vídeo sobre espécies resistentes à salinidade dos solos (2 min)
– https://www.youtube.com/watch?v=1Y7dHvvfx0U
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LIXIVIAÇÃO
O que é lixiviação?
• É o processo pelo qual os elementos químicos do solo migram, de forma passiva, das camadas mais superficiais de um solo para as camadas mais profundas, em decorrência de um processo de lavagem devido à ação da água da chuva ou de irrigação, tornando-se indisponíveis para as plantas.
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Figura ilustrativa de lixiviação
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http://www.educacaopublica.rj.gov.br/cursos/geologia/petrologia/cap05/img/p02_02.gif
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Figura ilustrativa de lixiviação
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http://www.geocities.com/~esabio/tomita_2_0001.jpg
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Bibliografia
• BERTONI, José; LOMBARDI NETO, Francisco. Conservação do Solo. São Paulo: Ed. Ícone, 2005. 355 p. ISBN 85-274-0143-6
• BRAGA, Benedito et al. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2005. 318 p. ISBN 85-7605-041-2
• LEPSCH, Igo Fernando. Formação e conservação dos solos. São Paulo : Oficina de Textos, 2002. 178 p. ISBN 978-85-86238-58-1
• MIRSAL, I. Soil pollution: origin, monitoring & remediation. New York: Springer, 2004. 252 p. ISBN 3540401431
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VÍDEO
• Para encerrar este tema assista o documentário em vídeo: Terra e Sustentabilidade
– Tempo 1:28 h
https://www.youtube.com/watch?v=kpMyc22IKWg
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FIM
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Conceito de degradação do solo
• Qual o conceito de degradação do solo?
• "Alterações adversas das características do solo em relação aos seus diversos usos possíveis, tanto estabelecidos em planejamento quanto os potenciais" (ABNT, 1989).
• “alteração das propriedades do solo que acarrete efeitos negativos sobre uma ou várias funções do solo, a saúde humana ou o meio ambiente” (ISO 11074-1:1996)
• Degradação das propriedades: – Físicas (estrutura, compacidade, porosidade, etc.) – Químicas (pH, CTC, etc.) – Biológicas (diversidade de microorganismos, etc.)
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Agentes de degradação do solo
• é inevitável que a intervenção humana nos ecossistemas existentes, para fins de desenvolvimento, provoque algum tipo de degradação ambiental;
• Agentes pontuais – Agricultura, pecuária, silvicultura
– Mineração
– Obras civis (rodovia, barragens, etc.)
– Urbanização
– Disposição de resíduos
– Vazamentos de substâncias químicas
– Desflorestamento
• Agentes globais – Mudanças climáticas
• Agentes pontuais + globais – Mudanças climáticas + desflorestamento + atividades agrícolas
– Mudanças climáticas + ocupação inadequada (áreas de risco: encostas, baixadas, etc.)
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Agentes de degradação do solo Agricultura
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Agentes de degradação do solo Mineração
Mineração de carvão - SC
Subsidência em área de mineração subterrânea
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Agentes de degradação do solo Obras civis: barragens
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Agentes de degradação do solo Obras civis: rodovias
Em geral, o desflorestamento acompanha as estradas da
Amazônia. Detalhe do entroncamento entre as rodovias BR-
163 e Transamazônica (BR-230)
(fonte: www.socioambiental.org.br)
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Agentes de degradação do solo Urbanização
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Agentes de degradação do solo Disposição de resíduos
http://www.web-resol.org/Textos/Ecopontos-22%20Cong%20ABES.htm
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Agentes de degradação do solo Poluição atmosférica
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Agentes de degradação do solo Vazamentos de substâncias químicas
Vazamento de dioxina em uma fábrica em Seveso (Itália)
Plantações e criações foram envenenadas
Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br
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Uma tipologia de causas de degradação do solo (Sanchez, 2006)
• Acidentes tecnológicos
• Aplicações deficientes de técnicas e procedimentos preventivos
• Intervenções planejadas
• Intervenções não planejadas
– Mudanças climáticas e os efeitos no ciclo hidrológico
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Recuperação Ambiental
• "Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma de lei" (Constituição Brasileira, 1988).
• "Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, ..." (Constituição do Estado de São Paulo, 1989).
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Recuperação de áreas degradadas
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Novos usos: disposição de resíduos
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Novos usos: recreação
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Novos usos: conservação ambiental
Mina de urânio de Poços de Caldas
1998 1999
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Área reabilitada – mina de Elliot Lake - Canadá
Novos usos: uso múltiplo
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Esquema conceitual de RAD
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Formas de recuperação de áreas
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Formas de “Recuperação”
• RESTAURAÇÃO ("restoration") • Reprodução das condições exatas do local, tais como eram antes de
serem alteradas pela intervenção • RECUPERAÇÃO ("reclamation") • Local alterado é trabalhado de modo que as condições ambientais
acabem se situando próximas às condições anteriores à intervenção; ou seja, trata-se de devolver ao local o equilíbrio e a estabilidade dos processos atuantes.
• REABILITAÇÃO ("reabilitation") • Local alterado destinado a uma dada forma de uso de solo, de acordo
com projeto prévio e em condições compatíveis com a ocupação circunvizinha, ou seja, trata-se de reaproveitar a área para outra finalidade.
• REMEDIAÇÃO ("remediation") • Geralmente aplicado à descontaminação de solos
• O termo Recuperação é amplamente usado, por englobar os
sentidos de reabilitação e restauração