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A Felicidade em cada dia, Os 7 segredos de um presente consciente e um futuro extraordinário, Neurocientistas confirmam haver consciência nos animais, entre outros assuntos de interesse

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2 Como a felicidade tornou-se um índice econômico

6 Os 7 segredos para um Presente Consciente e um Futuro Extraordinário

10 Neurocientistas confirmam haver consciência nos animais

12 Nebulosas Planetárias

14 Conferência do Meio Ambiente aprova 60 recomendações para aprimorar a lei

15 Campanha "Saco é um saco" volta em 2014

16 Doenças negligenciadas

17 Dedetização ontem, hoje e amanhã Vai viajar?

18 Orientações para uma higiene bucal perfeita

20 Serra da Mantiqueira eleita a 8a área protegida insubstituível da Terra

Naturale é uma publicação da DIAGRARTE Editora Ltda-ME

CNPJ 12.010.935/0001-38 Itajubá/MG

Editora: Elaine Cristina Pereira (Mtb 15601/MG)

Colaboradores

Articulistas: Ahlex Van der All, Dra. Gracia Costa Lopes, Maurício Silva dos Santos, Max Abans, Pauliner Constâncio, Vagner Sanches Barreto.

Revisão: Marília Bustamante Abreu Marier

Projeto Gráfico: Elaine Cristina Pereira

Capa: Foto de Cleber Miranda, com Júlia e João Pedro Bustamante Abreu Marier

Vendas: Diagrarte Editora Ltda-ME

Impressão: Resolução Gráfica

Tiragem: 4.000 exemplares impressos e 10.000 eletrônico

Distribuição Gratuita - impressa e eletrônica

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Direitos reservados. Para reproduzir é necessário citar a fonte.

Venha fazer parte da Naturale, anuncie, envie artigos e fotos.

Faça parte desta corrente pela informação e pelo bem.

Contate-nos: (35) 9982-1806 e-mail: [email protected]

Acesse a versão eletrônica: www.diagrarte.com.br

Impresso no Brasil com papel originado de florestas renováveis e fontes mistas.

expediente

Nesta edição trazemos como tema "A Felicidade em cada dia". Uma boa reflexão para percebermos o que nos faz feliz, sendo este um parâ-metro que pode variar de pessoa para pessoa. Muitos filósofos trataram deste tema e descreveram como chegar à felicidade. Este caminho pas-sa pelo autoconhecimento, pela percepção do que nos faz bem, pela identificação de fatores positivos e disposições mentais, pelo equilíbrio emocional, pelo bem-estar físico, pelas escolhas que fazemos a cada momento e pelos princípios que definimos para nossas vidas, pela ética e pelo aprimoramento pessoal.

A felicidade também passou a ser estudada por cientistas que identificaram certos padrões em pessoas que se consideram felizes, tais como: capacidade de adaptar-se a novas situações, riqueza em relacio-namentos humanos, ser competente naquilo que faz, autoconfiança, gostar do que possui, independência pessoal, disposição para enfrentar problemas, foco em suas potencialidades.

Os governos também começaram a atentar para a felicidade como um índice para poder direcionar políticas públicas. Perceberam que o progresso econômico por si só não traz felicidade e qualidade de vi-da para as pessoas, que este desenvolvimento precisa estar pautado também no bem-estar social e ambiental e ser direcionado dentro de padrões sustentáveis. Pelo que observamos nos últimos anos uma maior atenção às pessoas, a forma como estão vivendo e sua relação com o meio ambiente começou a fazer parte da pauta de governantes, econo-mistas, entre outros estudiosos.

Este foco parece ser primordial para que valores éticos de respei-to, colaboração e paz possam fazer parte da vida de todas as pessoas, para que se transforme num vírus positivo, que as contagie com amor, alegria e sabedoria para viver. Como já diz a célebre frase: "Gentileza gera gentileza", podemos dizer que a felicidade gera felicidade, ou seja, tudo que emanamos de bom tende a se multiplicar, o contrário também é verdadeiro, mas foquemos no que podemos irradiar de melhor. Tería-mos um dia especial se todos nós acordássemos com esta disposição, já imaginou? Bem, podemos colocar esta "disposição especial" como uma meta a ser cumprida neste novo ano, o que lhes parece?

Agradecemos a todos os parceiros, apoiadores, colaboradores, lei-tores e amigos por termos percorrido este ano juntos. Que tenhamos em 2014 um caminhar repleto de boas notícias, realizações e felicidades múltiplas. Sigamos juntos com paz, amor e que em cada dia do novo ano possamos identificar a felicidade em nossas ações.

Grande abraço,

Elaine Pereira

Naturale24a edição Dezembro/Janeiro - 2014

ISSN 2237-986X

Apoio para distribuição:

Caro leitor

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Como a felicidade tornou-se um índice econômico

Por Elaine Pereira

Nas últimas décadas, a forma de relacionar-se com o setor produtivo passou por mudanças significativas no que diz respeito a “princípios”. Na sociedade pós revolução industrial, o que se buscava era a alta produtivi-dade e as condições de trabalho das pessoas não era o principal fator, mas sim o resultado, a produção.

Com o passar do tempo e com tantas reivindicações feitas, políticas e formas de administração passaram a ter como maior bem as “pessoas” que produzem. Um funcionário satis-feito com seu trabalho produz mais, tem mais chance de se desenvolver e alcançar patamares melhores na em-presa, o que gera maior produtividade para a mesma e satisfação pessoal ao funcionário, o que repercutirá em todos os outros setores de sua vida. Com esta percepção, vários empresá-rios investiram para proporcionar um melhor ambiente de trabalho e desen-volvimento para seus colaboradores, esta aliás, também foi a nova forma de se referir aos empregados. Como já no-ticiado por diversas mídias, hoje, de modo geral, as empresas se preocu-pam em manter um bom funcionário. Pode-se dizer que um de seus maiores bens são as pessoas.

No setor da governança também percebemos mudanças. No mundo, os índices que medem o desenvolvimen-

to dos países passaram a contar com um novo indicador, a FIB (Felicidade Interna Bruta) que gerou estudos e cul-minou, em 2012, na apresentação pela ONU (Organização das Nações Unidas) no primeiro Relatório Mundial sobre Felicidade, encomendado à Universi-dade da Columbia e publicado pelo Earth Institute.

Este indicador foi criado em 1972 pelo rei do Butão, Jigme Singye Wangchuck, em resposta a críticas que afirmavam que a economia de seu país crescia miseravelmente. A criação des-te índice assinalou o seu compromisso de construir uma economia adaptada à cultura do país, baseada nos valores espirituais budistas e evitando medi-das insustentáveis e autodestrutíveis. Butão fica na Cordilheira do Himalaia, na Ásia, cuja população tem seu sus-

tento na terra. Apesar de terem uma vida de muito trabalho, as pessoas se consideram felizes, preservam suas tradições e a Natureza, vivem em har-monia. Para eles, o importante é criar um ambiente que propicie a felicidade, por isso ao invês de considerarem o índice do Produto Interno Bruto (PIB) que mede todas as riquezas materiais e serviços que um pais ostenta, utilizam a Felicidade Interna Bruta, que é o re-sultado das políticas públicas, da boa governança, da equitativa distribuição da renda que resulta dos excedentes da agricultura de subsistência, da cria-ção de animais, da extração vegetal e da venda de energia à Índia, da ausên-cia de corrupção, da garantia geral de uma educação e saúde de qualidade, com estradas transitáveis nos vales férteis e nas altas montanhas, e espe-

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ção

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cialmente fruto das relações sociais de cooperação e de paz entre todos.

Vemos que os modelos tradi-cionais de desenvolvimento tiveram até então, como objetivo primordial, o crescimento econômico, já o con-ceito de FIB traz uma transformação, pois baseia-se no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade surge quando o desenvol- vimento espiritual e o material são simultâneos, de maneira a se com- plementarem e se reforçarem mutua-mente.

Um número crescente de líderes mundiais passaram a considerar a im-portância do bem-estar da população como um guia para suas nações e pa-ra o mundo. O Relatório Mundial da Felicidade 2013 mostra que estudar e medir o índice da felicidade, pode mostrar caminhos para melhorar o bem-estar mundial e para alcançar um desenvolvimento sustentável. Revela tendências ao avaliar quão felizes os países realmente são. Numa escala de 0 a 10, pessoas em mais de 150 países, abordadas pelo Gallup no período de 2010-2012, revelaram uma média de 5,1 pontos. Seis fatores foram estuda-dos: o PIB real per capita, a esperança de vida saudável, ter alguém com quem contar, a liberdade para tomar deci-sões na vida, a ausência de corrupção e a generosidade. A Dinamarca, al-cançou o maior nível de felicidade, seguida pela Noruega, Suíça, Países Baixos e Suécia. O Brasil ficou no 24º lugar, com média de 6,849 pontos.

Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas declarou que “o Pro-duto Interno Bruto há muito tem sido o critério pelo qual foram medidas as

economias e os políticos. No entanto, não levou em consideração os cus-tos sociais e ambientais do chamado progresso. Precisamos de um novo paradigma econômico que reconhe-ça a paridade entre os três pilares do desenvolvimento sustentável: o bem- estar social, econômico e ambiental, que juntos definem a Felicidade Global Bruta”.

Interessante avaliar que o rela-tório comprova que pessoas felizes vivem mais, são mais produtivas, são melhores remuneradas, alcançam seu próprio potencial e contribuem com a comunidade. O desemprego apare- ce como causa de infelicidade, tan-to quanto a privação ou a separação. Verificou-se que fatores como a segu- rança no trabalho e os bons relacio-namentos são considerados mais im- portantes que o nível salarial ou as horas despendidas no serviço. Na saú- de, o bem-estar mental é o fator in-dividual que mais afeta os índices de felicidade dos países, se a depressão

A Felicidade Interna Bruta,

é o resultado, entre outros

fatores, das políticas

públicas, da boa governança,

da equitativa distribuição de

renda, da ausência de corrupção,

da garantia geral de uma

educação e saúde de

qualidade, de estradas

transitáveis, e especialmente

fruto das relações sociais de

cooperação e de paz.

e os transtornos de ansiedade e psi- cose fossem melhor tratados, a felici-dade mundial aumentaria. A perda da crença em instituições e no governo também traz infelicidade, a corrupção foi identificada como um dos princi-pais fatores que contribuem para o mal-estar da população, o que ressal-tou a importância de investimento na transparência e na investigação de ca-sos de corrupção, além de um sistema judiciário eficiente.

As políticas públicas terem como preocupação a felicidade de seu povo é algo que pode iniciar uma nova for-ma de governança. No Butão, a forma de governar, a cultura, a religiosidade e o modo de vida de seus habitantes colocaram ao mundo um questiona-mento sobre o que se considera como riqueza.

Como cada um de nós encara es-tes dados? A pesquisa, como vimos, aborda seis fatores diretos, que ser-vem como parâmetros de governança, mas e a nível pessoal? O que consi-deramos ser a felicidade? É comum ouvirmos quando as pessoas são questionadas se são felizes ou não, que serão “quando alcançarem algo, quando comprarem algo ou quando ganharem na loteria”. Projetam a feli-cidade para o futuro, como resultado de alguma conquista, e correm o risco de passarem a vida toda infelizes, pois, às vezes, projetam uma meta muito grande a ser alcançada e se frustam se ela não acontece rapidamente ou, ao conquistarem, percebem que não lhes trouxe o bem-estar tão almejado. Esta visão precisa de um ajuste para que se possa viver, no presente, a felicidade. Muito já se disse que a felicidade está

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no caminho e não no fim, ela não é al-go a ser almejado e sim vivido.

A felicidade está na mão de cada um de nós, na forma como nos colo-camos e reagimos diante da vida. O poder da mente com relação a pen-samentos positivos ou negativos foi revelado como um grande divisor de águas para aqueles que conseguem ou não alcançar seu objetivos. Chamar à responsabilidade do que acontece consigo para si mesmo é um passo im-portante para percorrer este caminho. Recebemos como parte de nossa cul-tura uma forma “passiva” de encarar a vida, aguardando que algo acon-teça ou alguém faça por nós. Apesar de na prática isto não ser real, pois as

pessoas sabem que precisam traba-lhar e estudar para alcançarem seus objetivos, muitos ainda se fiam nesta premissa. Trabalham em algo que não gostam e esperam ganhar na loteria para passarem a fazer o que gostam, por exemplo. Bem, esta postura não seria um desperdício de tempo e da própria vida? Se somos os protagonis-tas de nossa vida, comecemos então a planejar e ter ações que nos levem à realização, que nos possibilite traba-lhar no que gostamos ou que façamos de nosso trabalho atual algo bom de se realizar. Esta visão, esta atitude, es-tá totalmente em nossas mãos, é uma questão de determinação e ação. Se ficarmos esperando que algo aconte-ça sem fazermos nada para isso, nada poderá acontecer, teremos sim um aumento de queixas e o consequente retorno de nossos pensamentos quei-xosos.

Em 2007, o filme “O Segredo”, trouxe à tona, de forma muito didática, a Lei da Atração, ou seja, tudo o que acontece na nossa vida somos nós que atraímos. É fruto do que pensamos, do que tememos, do que agradecemos, de onde colocamos nossa atenção. Atraímos para a nossa vida tudo o que imprimimos em nossa mente, coisas boas ou ruins. Um pensamento positi-vo é centena de vezes mais poderoso que um pensamento negativo, então é só colocar em prática esta premissa. Fácil?! Quando começamos a prestar atenção em quê estamos pensando e nos focamos no positivo, uma trans-formação começa a acontecer em nossa vida.

Acordar a cada dia e agradecer por estar vivo e pelas oportunidades

que este dia traz, faz com que olhemos para tudo de forma diferente. Fazer das adversidades um ensinamento e uma oportunidade de crescimento é uma experiência que pode nos trazer muito aprendizado e transformação. Certamente vamos despertar com um novo olhar para a vida e para tudo que nos cerca. Lembrei-me do filme “Pro-fecia Celestina”, em um trecho é dito que “São Francisco via a beleza onde ninguém via”, ele podia olhar na es-sência das plantas, dos animais, de tudo que o cercava. Este “olhar” além de ampliar a nossa visão para o senti-do sagrado deste planeta e para todos os reinos que o habitam, nos abre também para a percepção da sincro-nicidade. Estamos atentos para o que acontece em nosso dia a dia e para as oportunidades e/ou encontros que a vida nos oferece?

No mundo de hoje, onde somos programados para correr, produzir, cumprir metas, é de suma importân-cia podermos respirar e estar atentos a estes detalhes de cada dia. Agra-decer e tomar para si o controle da própria vida é algo que precisamos fazer, certamente esta postura nos le-vará para um outro patamar em nosso desenvolvimento. Então, o desafio es-tá lançado: ver cada situação que se apresenta como elemento para nosso desenvolvimento e viver a felicidade, assim alcançamos nossas metas e podemos fazer a diferença, podemos contribuir com as pessoas e com o planeta, podemos ver a beleza e divi-nizar a matéria. A verdadeira felicidade não está em algum lugar externo ou em alguma conquista, ela está dentro de nós! Sejamos felizes!

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Os 7 segredos para um Presente Consciente e um Futuro Extraordinário!!!

Por Ahlex Van der All

Olá amigos e amigas, é com grande prazer que escrevo mais um arti-go sobre Felicidade, Bem-estar e Sucesso pessoal e profissional...

Nesta edição, falarei concretamente sobre técnicas maravilhosas para dar um “plus” à sua vida, para transformar todas as áreas de sua existência com referências para você refletir, idealizar, planejar, organizar, comunicar, envolver as pessoas certas e principalmente agir com toda intensidade para um novo caminho de muita paz, alegrias, realizações e principalmente ser feliz.

A grande chave é o autoconhecimento, você deve saber exatamente quem é você, onde você está, quais são seus atributos, quais são seus valores, suas crenças poderosas e podres, além dos pontos a evoluir. Para ajudá-lo nisto, tenho uma técnica arrebatadora, algo que trabalho inten-samente nos cursos de reprogramação mental e comportamental para líderes, executivos, empresários e profissionais de toda América Latina.

Existe um amplo estudo na Programação Neurolinguística chamado de Níveis Neurológicos. Em minha empresa, conduzi uma pesquisa com mais de 1.200 líderes na qual, além de mapear os sistemas e programas cerebrais, verifiquei o passo a passo de como a mente das pessoas de

sucesso constroem a jornada para atingir resultados extraordinários, e eu vou te contar este segredo, que vai mudar totalmente sua vida, se você se per-mitir, desde já, utilizar esta rota do crescimento, a chave do sucesso em 7 passos:

O primeiro passo é o AMBIENTE: Quanto mais você frequentar lugares que te dê “poder”, que ga-ranta a você boas companhias, satisfação interna, ampliação de visão de mundo, locais que você pos-sa ter novas ideias, novas estratégias e te garanta condições essenciais para trabalhar, pensar, des-cansar com excelência, maior será o seu sucesso... Comece a frequentar empresas e residências orga-nizadas, lugares mais simples, lugares sofisticados, lugares acolhedores, shopping centers, casas que sejam acolhedoras e felizes, para ver e sentir quan-ta flexibilidade você vai ganhar; o ser humano de sucesso é aquele que se adapta ao maior núme-ro de ambientes... Vou te dar um exemplo direto: note os jogadores de futebol que vão para Europa ou outros continentes, quanto mais ele “gosta” e se adapta ao novo lugar, mais bola ele joga, mais prazer na profissão ele tem, e a partir disto, ele co-meça a fazer muito sucesso, ao contrário daqueles que “olham” para o novo país e já acham “estra-nho”, esses automaticamente reduzem a chance de sucesso, pois o significado dado ao ambiente é de péssima qualidade, e pode ter certeza nós somos o espelho dos locais que frequentamos e do signifi-cado que damos a eles.

O segundo passo é o COMPORTAMENTO: Não adianta frequentar os melhores ambientes e ficar se comportando como “bicho do mato”, alegando que você sempre foi assim, e que nunca vai mu-dar, porque esta é a “minha personalidade”, todas as pessoas precisam lembrar-se que tudo na vida evolui, e um grande sinal de mudança é justamente

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Figura 1

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a possibilidade de evoluir no seu com-portamento. Quanto melhor você se comportar, modelando comportamentos das pessoas que dão certo, você certa-mente também ampliará suas chances de sucesso... Para ser mais claro, vou dar um exemplo: se você for a Londres, a Nova York, Seul ou qualquer metrópo-le mundial, e quiser pegar um trem ou metrô é muito simples, copie o modo como as pessoas se portam para pegar a condução e para desembarcar, certa-mente você será muito bem sucedido, pois em tudo na vida existe uma espécie de “convenção coletiva” do comporta-mento, e se você segue e é visto como respeitoso, naturalmente as pessoas te aceitarão e gostarão de você, o mesmo serve se você for a uma balada, ou a uma instituição financeira, modele o jeito co-mo se produzem, seus costumes, suas inflexões, velocidade de fala, velocidade do andar, expressões corporais, microex-pressões, pode estar certo que todos te aceitarão...

E lembre-se, antes de colocar o seu “jeitão” de fazer, mesmo que ele seja o melhor do mundo, primeiro observe, e depois que você observar e estiver cons-ciente de que é possível se comportar da mesma forma, você pode começar a “dançar a mesma dança”, usar os mes-mos comportamentos, e depois de algum tempo automaticamente você estará autorizado pela comunidade, pela socie-dade local a conduzi-los, se você tentar quebrar esta regra, pode ter certeza que o resultado será o fracasso... O Grande papel da Programação Neurolinguistica é justamente mapear comportamentos pa-ra que haja transformação das pessoas, sempre de forma respeitosa e tranquila (sem manipulação — isto é para pes- soas sem valores e oportunistas), e quanto mais, você sutilmente respeita as regras da vida, mais resultados maravi-lhosos você alcançará.

O terceiro passo são justamente as CAPACIDADES E HABILIDADES: Quan-do chegamos neste nível, já estamos falando de um princípio de autodesco-brimento, onde você e todas as pessoas já estão começando a galgar os primei-ros passos para o progresso, lembrando sempre que as capacidades e habilida-des só aparecem de verdade se você estiver se comportando bem, e ainda frequentando os melhores ambien-tes, se você olhar bem na figura 1, você

vai ver e sentir exatamente o que eu es-tou falando, o bom ambiente sustenta os comportamentos, e todo comporta-mento faz aparecer suas capacidades e habilidades. Para você compreender ain-da mais sobre isto, imagine alguém que é excelente gerente, mas chega todos os dias atrasado na empresa, pense tam-bém num engenheiro capacitado, que vai para o bar e “enche a cara” quase sempre, imagine um grande jogador de futebol, que só discute em campo, que tem um comportamento parecido com os “Edmundos, Adrianos e Garrinchas” da vida, eles foram ótimos jogadores, porém poderiam ser extraordinários, ter ainda mais sucesso, só não foram justa-mente porque se comportavam mal, e frequentavam péssimos ambientes, ou seja, jogaram suas capacidades e habili-dades na lata de lixo.

Sendo assim, invista sempre nas suas capacidades, habilidades, conheci-mentos e afins, mas lembre-se que isto só vai te dar poder de verdade, se VOCÊ assumir responsabilidades por sua vida, algo que eu sempre digo em nossos trei-namentos, pare de ficar com bobagens do tipo: “Eu preciso administrar meu tempo.”“Eu preciso controlar os meus funcioná-rios.”“Eu preciso saber tudo.”“Eu preciso ser melhor que todo mun-do.”“Eu quero é me divertir.”“Eu sei tudo e ninguém sabe nada.”“Eu não confio nas pessoas.” “Eu não sou capaz.”

Estas entre outras frases limitan-tes são utilizadas por grande parte das pessoas que se programam para o fra-casso...

Na verdade o que você precisa é ASSUMIR a sua VIDA, entender que as pessoas são diferentes, entender de vi-da mesmo, de gente, entender que você tem pontos fortes e pontos a evoluir, e que em nossa existência tudo tem hora, tudo tem regra, e quando você cumpre as “regras da vida” e as “regras do tra-balho”, sempre priorizando aquilo que você tem de vocação, capacidade, ha-bilidade e respeitando as pessoas, seu corpo e sua mente, você obterá cada vez mais resultados incríveis.

O quarto passo são as CRENÇAS e VALORES: Nesta hora eu sempre per-gunto aos meus clientes (coachees): Em

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que você acredita? Quais são seus valores? O que te faz sentir bem? A maioria das pessoas se perde nesta resposta, é de su-ma e vital importância que você tire pelo menos uma hora de seu tempo para uma reflexão e se pergunte concretamente:

1. Quais são minhas crenças?

2. Em que eu acredito na área profissional?

3. Em que eu acredito no setor familiar?

4. Em que eu acredito na esfera social?

5. O que eu penso sobre meu futuro?

6. O que eu acredito sobre mim mesmo?

Logo após, faça uma tabelinha de perdas e ganhos, vou te dar um exemplo:

Crenças e valores O que você ganha? O que você perde?

Minhas crenças: Eu Odeio Regras

Nada, pois é neces-sário cumprir regras

em todos os lugares...

Perco oportunidades profissionais, perco coisas importantes

para evoluir na carreira...

Área profissional: Eu ganho pouco

Mais uma vez a única coisa que ganho é frustração, pois a vida está cara...

Perco várias oportu-nidades, tenho que pagar aluguel, tenho

uma vida restrita, perco inclusive

liberdade...

Setor familiar: Minha mulher

é chata

Ganho cuidados, casa limpa, almoço na hora certa, zelo

pelas crianças, pontualidade...

Perco de tomar cerve-ja com meus amigos, perco futebol no fim

de semana, e não posso nem

sujar a casa...

Esfera social: Odeio sair de casa

Eu ganho privacidade, e ganho peso, pois fico em

casa comendo e vendo tv...

Perco contatos que poderiam ser

importantes para o trabalho, perco a

chance de me apro-ximar dos clientes,

perco vendas...

Meu futuro: Eu não quero

ser rico

Eu ganho tranquili- dade, pois ninguém

vai querer me roubar...

Eu perco a chance de dar conforto a

minha família, perco a chance de estudar

mais, perco a chance de viajar...

Sobre eu mesmo: Eu sou um cara

legal

Eu ganho amigos, ganho simpatia das

pessoas...

Perco muito pouco, pois meus amigos são legais também e tenho relações

saudáveis...

O próximo passo é transformar as “perdas” em “ganhos” concretos, ou seja, em notas. Vamos a exemplos claros:

1. Eu Odeio Regras: Ganhos = 0, Perdas = 10Equação: Ganhos (0) – Perdas (10) = (-10), ou seja, eu perco 10 pontos. Resposta: Eu preciso MUDAR!!!

2. Minha mulher é chata: Ganhos = 7, Perdas = 4Equação: Ganhos (7) – Perdas (4) = (+3), ou seja, eu ganho 3 pontos. Resposta: Vou deixá-la continuar sendo chata, pois eu ainda estou ganhando, uma conversa franca, já vai ajudar, mas é melhor uma mulher organizada, de bons valo-res, do que uma mulher relapsa e desligada, simples assim.

Todas as crenças precisam deste CHOQUE DE REALIDA-DE, ou você percebe claramente o que você ganha e o que você perde, ou você vai ficar pregado nos seus “gostinhos in-fantojuvenis”, na vida de um adulto é fundamental assumir que de brisa, de sonho, de vitrine não se vive. Para que tenhamos felicidade e bem estar é FUNDAMENTAL estarmos conectados à vida real, a tudo aquilo que é necessário fazer, e nem sempre as coisas são fáceis, encarar a vida de frente, conhecer suas qualidades, aumentar a autoestima, parar de reclamar, executar um bom planejamento e realizá-lo, sem parar. Eu sempre digo que é essencial desenvolver a crença de ser sutil como uma borboleta, como um samurai, e poderoso e tenaz como um rinoceronte.

Além das crenças, é fundamental multiplicar valores, des-cobrir o que te motiva de verdade: paz, saúde, liberdade, respeito, harmonia, família, ... o importante é que você descu-bra suas bandeiras mais nobres e as utilize a seu favor, e se por ventura, qualquer dessas bandeiras comece a atravancar seu crescimento, refaça o planejamento, e veja especificamente onde você está errando... Quanto mais adaptável e rápido você for, maiores suas chances de sucesso!

O quinto passo se chama IDENTIDADE: Ele é fruto de sa-ber exatamente o que se quer. Como você quer? Por que você quer? E principalmente, quem é você? Por que você está aqui na Terra? Qual sua missão na vida? Quais os seus objetivos mais nobres? Responda a cada uma dessas perguntas, intro-jete em seu ser e diga todos os dias a você mesmo: Eu sou excelente no que faço, sou humilde, respeito todas as pessoas e MEREÇO ter o máximo retorno em minha vida... Aja sempre com muita fé, paixão, e só aceite trabalhos que realmente você possa fazer de forma extraordinária, sempre com acerto e foco no ser humano e nos resultados.

Vamos agora ao sexto passo, que é a AFILIAÇÃO: ami-go leitor, eu posso afirmar categoricamente, que este passo

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a passo é arrebatador, ou seja, a cada etapa ganha-se muito poder, desde o primeiro passo, melhore os ambientes, se isto acontecer, você vai aprender a se comportar melhor, e se você se com-portar melhor automaticamente suas capacidades e habilidades crescem, a partir do momento que você usa esses conhecimentos, você começa a ter a chance de colocar em prática suas cren-ças e valores, e se esse pacote todo for de qualidade, ai entra o sexto pilar, que é a AFILIAÇÃO, e quando isto começa a acontecer você começa a ser desejado pelo mercado, as pessoas, as empresas, as organizações, a imprensa, os clien-tes, todo mundo passa a te querer, a te seguir, e até te copiar, surge muita coisa boa, e muitas vezes muita inveja, e pes-soas não legais também vão aparecer, é nesta hora que você tem que usar todo seu autoconhecimento, suas capaci-dades, suas habilidades, seus valores e saber separar o joio do trigo, e lembrar- se sempre que as melhores companhias são o seu sucesso, e as piores só servem para te derrubar, cuidado com os vampi-ros e aproveitadores.

Ufahhh... te digo que aqui você está bem próximo do topo, aqui vamos explanar sobre o passo número sete, que é o LEGADO: Este pilar diz respeito a sua visão de mundo. Depois de subir degrau por degrau desta escala de níveis neuro-lógicos, ao chegar neste nível, você está apto a ajudar as pessoas a buscarem sua transformação, além de que tudo que

você tocar, olhar e desejar de forma no-bre, sempre priorizando o melhor para as pessoas a sua volta, pode ter a certeza que você estará apto a multiplicar seus ganhos, fazer mais negócios, ter melho-res relacionamentos, amar mais, confiar mais, e obter a total confiança de todas as pessoas próximas e as distantes tam-bém. Ter mais luz e transcendência e o mesmo caminho trilhado pelos mais bem

sucedidos nas mais diversas profissões. Posso citar personagens do presente e do passado, como Silvio Santos, Ba-rack Obama, Bill Gates, Edson Arantes do Nascimento, Ayrton Senna da Silva, Madre Teresa de Calcutá, Papa Francisco e tantas outras figuras que transforma-ram e transformam nosso planeta em um lugar muito melhor para se viver... Qual legado você quer deixar para a posteri-dade? O que deve estar escrito em sua lápide após sua morte?

Pense sobre isto, faça primeiro o que precisa ser feito, e logo após faça mais, faça além, faça o máximo, viva o extraordinário, e o importante, descubra agora: Qual o primeiro passo para que VOCÊ seja FELIZ? Qual a primeira coisa que VOCÊ deve fazer para ampliar o seu SUCESSO?

Atitude é AGORA... Faça Acontecer um mundo novo de felicidade para VOCÊ e para o próximo!!!

Gooooooo PlaY!!!! Muitíssimo obri-gado, certo de um intenso e maravilhoso crescimento!!!

Ahlex Van der All, Master Coach Trainer & Mentor de Executivos.

Faça primeiro o que precisa

ser feito, e logo após

faça mais, faça além,

faça o máximo,

viva o extraordinário!

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Neurocientistas confirmam haver consciência nos animais

Para quem convive ou já observou os animais é fácil perceber que eles sen-tem, sofrem e se alegram a depender da circunstância em que estão inseridos. Pessoas das mais diversas áreas têm trabalho para legalizar juridicamente os di-reitos dos animais, que apesar de estarem resguardados perante a Constituição Federal, ainda carecem de fiscalização mais apurada.

A boa notícia veiculada por neurocientistas de alto gabarito, em julho deste ano, na Conferência de Cambridge (Reino Unido), foi da comprovação científica de haver consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como o polvo. A pesquisa liderada pelo neurocientista canadense Philip Low, afirma que “as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também exis-tem em animais”. Ele e outros 25 pesquisadores de todo o mundo assinaram nesta data o Manifesto de Cambridge, que revela que “estruturas do cérebro responsáveis pela produção da consciência são análogas em humanos e outros animais”. Segundo Low “os animais possuem as estruturas nervosas que pro-duzem a consciência, o que quer dizer que os animais também sofrem. Afirmar que animais não têm consciência sempre foi fácil. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o compor-tamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabemos disto. Podemos dizer, contudo, que a habi-lidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante. A sociedade deverá discutir sobre estas questões e poderá formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais e protegê-los de alguma forma”.

Bem, diante disto, a sociedade como um todo precisa rever a forma como se relaciona com os animais, bem como as leis de proteção.

É importante salientar que o termo “consciência”, do ponto de vista da Filosofia refere-se ao entendimento que uma criatura tem sobre si e seu lugar na natureza. Alguns atributos definem a consciência, como ser senciente, ou seja, sentir o mundo à sua volta e reagir a ele; estar alerta ou acordado ou ter consciência sobre si mesmo. Para a Ciência, considera-se as percepções sobre o mundo e as sensações corporais, junto com os pensamentos, memórias, ações e emoções, ou seja, tudo o que escapa aos processos cerebrais automáticos e chega à nossa atenção. O conteúdo da consciência geralmente é estudado usan-do exames de imagens cerebrais para comparar quais estímulos chegam à nossa atenção e quais não.

O americano Steven Wise, advogado e especialista em direito dos animais, afirmou a importância do manifesto. “Dizer que os animais têm consciência pode trazer várias implicações para a sociedade, bem como o modo como os animais

Por Elaine Pereira

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são tratados. O papel dos advogados e legisladores é transformar conclusões cien-tíficas como esta em legislação que ajudará a organizar a sociedade. Queremos que esses animais recebam direitos fundamentais, que a justiça os enxergue como pes-soas, no sentido legal. Isto quer dizer que esses animais teriam direito à integridade física e à liberdade, por exemplo. Temos que parar de pensar que os animais exis-tem para servir aos seres humanos”. Wise é professor nas Faculdades de Direito de Harvard, Vermont, Miami, John Marshall e Lewis & Clark, e na Medicina Veterinária da Tufts, em Massachusetts e diretor do Non-Humans Rights Project (Projeto pelos Direitos dos Não-Humanos), organização que reúne 40 pesquisadores. Ele nos faz refletir quando diz que “faz apenas 60 anos desde que os seres humanos decidiram não fazer testes em outros seres humanos sem o consentimento deles. E cerca de um século e meio desde que humanos deixaram de escravizar outros humanos. Se-rá que essas coisas que costumávamos fazer uns aos outros e só agora admitimos serem grotescamente imorais, podem ser repetidas em outros seres considerados não-humanos?"

Segundo as pesquisas está comprovada a consciência nos animais. Como a sociedade passará a se organizar perante estes dados? É triste ver que os maus- tratos a animais ainda é uma prática indiscriminada e apesar de no Brasil já haver um entendimento junto ao Ministério da Cultura contra a utilização de animais em eventos, eles ainda acontecem. Até quando veremos estes episódios e negligencia-remos o Direito dos Animais?

Em todo o mundo há pessoas que funcionam como pontos de luz, faróis que nos mostram como a vida seria muito melhor se a convivência pacífica e har-moniosa com estes irmãos do reino animal fosse uma realidade mundial. Por isso mostramos aqui algumas fotos que ilustram esta convivência respeitosa e de co-laboração. São da coleção da Real Men Are Kind to Animals, você poderá ver muito mais em www.mundodosanimais.pt. O que dizer da primeira foto que mostra um tigre-dourado de 160 kg que curva a cabeça e coloca a pata junto à mão de uma pequena criança que o observava pelo vidro? As imagens falam por si.

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Nebulosas Planetárias

O nome de Nebulosas Planetárias foi dado pelo astrônomo William Hers-chel em um artigo publicado no ano 1785. O nome destes objetos surgiu porque seu aspecto lembra os discos nebulosos de alguns planetas e por apresentarem características morfoló-gicas distintas dos demais objetos que Herschel estudava.

Sir William Herschel (1738-1822) foi um astrônomo e compositor ale-mão, naturalizado inglês. Aos 19 anos mudou-se para a Inglaterra onde pas-sou a ensinar música, antes de se tornar organista. Ele compôs 24 sin-fonias. Após um tempo, começou a estudar astronomia e logo ficou famo-so pela descoberta do planeta Urano, assim como de duas de suas luas, Tita-nia e Oberon.

Por volta de 1766 começou a tra-balhar seriamente em astronomia e matemática. Com sua irmã, Caroline Herschel, construíram alguns telescó-pios para observar o céu noturno. Eles organizaram um catálogo de nebulo-sas.

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Em um artigo publicado em 1785, Willian Herschel classificou as nebu-losas planetárias pela primeira vez, e fez um dos primeiros catálogos destas nebulosas e de aglomerados estelares.

As nebulosas planetárias não são planetas, nem mesmo nebulosas jovens em processo de condensação do material para a formação de novas estrelas. Hoje em dia, sabemos que estrelas do tipo solar, no final de suas vidas, em um colapso evolutivo, expul-sam suas camadas mais externas de sua atmosfera formando belas estrutu-ras, como por exemplo, as nebulosas planetárias NGC 6543 conhecida tam-bém como Olho de Gato, NGC 7662, NGC 7009 e NGC 6826.

Este material nebular, pouco a pouco, expande-se e dilui-se até se misturar com o meio interestelar, en-quanto o resto da estrela segue sua última etapa evolutiva, até se transfor-mar em uma estrela anã branca.

Para uma grande maioria de es-trelas, o estado de nebulosa planetária representa a última fase da sua evolu-

ção. O Sol também passará por esta fase dentro de 4,5 bilhões de anos, aproximadamente.

Como estrelas com massas si-milares a do Sol se transformam em nebulosas planetárias? Estrelas com massas como a do Sol, passam a maior parte de suas vidas na fase de queima nuclear de hidrogênio, por um tempo de quase 10 bilhões de anos. Este combustível não é eterno, se es-gota. Quando se acaba o hidrogênio do núcleo, a estrela se expande trans-formando-se numa estrela gigante vermelha, ao mesmo tempo que o seu núcleo se contrai. Nesta fase, a quei-ma do hidrogênio começa a ser feita em camadas mais externas. O núcleo se contrai ainda mais, e o hélio passa a ser queimado no núcleo e a estrela ex-perimenta mais uma fase de expansão em suas camadas externas.

Quando a estrela entra na fase das gigantes vermelhas, o seu núcleo já não queima hidrogênio nem hélio. Nesta fase, e por um período apro-ximado de um milhão de anos, a

Por Max Abans

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estrela continuará com seu processo de expansão. Sua luminosidade crescerá, al- cançando valores de mil vezes a luminosi-dade do Sol.

No final desta fase, a temperatura da estrela continua a aumentar, e tem uma perda significativa de seu invólucro de ma-terial, mas ainda é fria demais para ionizar sua envoltura circum-estelar que expulsou até esse momento durante todo o pro-cesso anterior. Esta etapa é chamada de estado de proto-planetária.

Em todo este processo da passagem de proto-planetária até nebulosa plane-tária, gradualmente os ventos estelares culminam na expulsão do gás de hidrogê-nio das camadas mais externas, deixando exposto o núcleo estelar. O resultado final deste processo é de uma estrela que per-de seu brilho, transformando-se em uma anã branca, rodeada por uma nebulosa de gás.

Na nossa galáxia, a Via Láctea, as nebulosas planetárias distribuem-se prin-cipalmente em duas simetrias: as que formam parte do disco da nossa galáxia, e as que se distribuem no halo da galáxia.

O Sol, que é uma pequena estrela si-tuada em um dos extremos do disco da Via Láctea, inevitavelmente passará por esta fase, para o qual teremos que espe-rar aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Muito antes desse período, nossa espé-cie, o ser humano, e a vida na Terra, já terão deixado de existir.

Max Abans, Doutor em Astrofísica e pesqui- sador do LNA (Laboratório Nacional de Astrofí-sica), Presidente da Comissão de Programas do Observatório do Pico dos Dias.

Nebulosas Planetárias: NGC 6543 conhecida também como Olho de Gato, NGC 7662, NGC 7009 e NGC 6826. Uma nebulosa planetária é composta principalmente por gás de hidrogênio, oxigênio, enxofre, neônio e hélio. O objeto no centro da nebulosa é uma estrela anã branca.

Concepção artística de um planeta es-téril iluminado por uma estrela gigante vermelha. No futuro, em 4,5 bilhões de anos, a Terra será afetada pelo processo evolutivo do Sol na sua transformação em uma estrela gigante vermelha.M57, uma Nebulosa Planetária com estrutura ane-

lada. A estrelinha que aparece justo no seu centro geométrico, uma anã branca, e o remanente da es-trela original que expulsou suas camadas externas.

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A nebulosa de Boomerang, PGC 3074547. Esta é uma proto-planetária com forma bipolar. Encontra-se na cons-telação de Centauro, aproximadamente a cinco mil anos luz da Terra. A dimensão da estrutura nebular bipolar, de ponta a ponta, é de aproximadamente dois anos luz.

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Conferência do Meio Ambiente aprova 60 recomendações para aprimorar a lei

Por Paulenir Constâncio

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou no encerramento da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília, a criação de um grupo de trabalho permanente, vinculado ao seu gabinete, com um representante dos catado-res de produtos recicláveis, para acompanhar a implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). É a primeira medida a ser tomada após o evento, que reuniu quase 3 mil pessoas, de 27 Estados, para elaborar uma pauta prioritária com 60 reco-mendações que foram encaminhadas ao governo para tornar a política uma realidade.

Para a ministra, a 4ª CNMA acelera o processo de implantação da lei. “É uma nova agenda de trabalho, tanto para os governos, quanto para os cidadãos e as em-presas. É isso que muda o Brasil. Vocês estão aqui defendendo o seu país”, disse a ministra ao analisar os resultados da participação popular. Das etapas estaduais até a conferência nacional, os debates em torno da PNRS já reuniram mais de 200 mil pessoas. “Isso demonstra que todos querem e estão dispostos a trabalhar para que a política de resíduos sólidos avance”, salientou.

Recomendações

As propostas vencedoras do fó-rum nacional recomendam ao governo que amplie e diversifique suas ações na área de educação ambiental, fortaleça a fiscalização com leis e medidas mais rígi-das, estimule com campanhas e recursos financeiros a reciclagem, desonere a lo-gística reversa, valorize a mão de obra dos catadores e elabore leis que proíbam a incineração de resíduos recicláveis. Em três dias de debates e votações, um con-junto de 160 propostas com origem nas etapas estaduais e municipais definiu as 60 prioridades. Izabella lembrou que as conferências anteriores sempre produzi-ram sugestões acatadas e transformadas em política públicas e que essa não será diferente.

De acordo com a ministra, o que a 4ª CNMA recomenda é fruto da demo-cracia participativa, em sua forma mais direta. Os debates contaram com a pre-sença de representantes de governos estaduais, municipais e federal, pesqui-sadores, professores universitários e catadores. Na avaliação de muitos dos participantes, serviu para que as pessoas tomassem consciência da complexidade de implantar a PNRS e para que possam arregaçar as mangas para tornar o país mais sustentável. “Gente que nunca te-ve direito a voz nem voto nas decisões ministeriais, agora teve. É uma vitória do povo brasileiro”, avaliou Izabella. Para ela, a ajuda de todos permite que o Mi-nistério do Meio Ambiente (MMA) possa fazer políticas públicas mais inclusivas e mais sustentáveis.

Na avaliação do diretor do Departa-mento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do MMA, Geraldo Abreu, que coordenou a realização da 4ª CNMA, a quantidade de pessoas envolvidas na realização da conferência é uma prova de que está havendo uma renovação da política ambiental no Brasil. “O recado que eles passaram é de que o governo

Ampliar e diversificar ações

na área de educação ambiental,

fortaler a fiscalização com leis

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estimular com campanhas e

recursos financeiros a

reciclagem, desonerar a

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valorizar a mão de obra

dos catadores e elaborar leis

que proíbam a incineração

de resíduos recicláveis.

não deve arredar pé de implantar a política de resíduos sólidos.”, afirmou. Uma das propostas aprovadas pede que o governo não adie o prazo para a desativação dos lixões e implantação dos aterros sanitários.

Para Abreu, ninguém mais quer ser apenas ouvinte nas questões ambientais. “Todos querem participar. Isso retira as decisões das mãos de alguns”, avalia. A ex-pectativa dele é de que os bons resultados da 4ª CNMA sejam traduzidos em ações concretas, que melhorem a implantação da política e a consolidação da responsabili-dade compartilhada, com governos, empresas e cidadãos fazendo a sua parte.

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27 anos

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O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Associação Brasileira de Su-permercados (Abras) devem lançar, em 2014, uma nova campanha de redução do uso de sacolas plásticas. Aprovei-tarão o sucesso da campanha “Saco é um saco”, que, em 2010, possibilitou a redução do consumo de 5 bilhões de unidades e iniciou uma mudança de ati-tude por parte dos consumidores.

A nova campanha vai chamar a atenção para a responsabilidade com-partilhada, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A informa- ção é da secretária de Articulação Insti-tucional e Cidadania Ambiental do MMA, Mariana Meireles. Ela participou, de au-diência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentá- vel da Câmara dos Deputados sobre so- luções para o uso indiscriminado de sa-colas plásticas no país.

Tendência de alta — Dados da Abras, que representa 83,6 mil pontos de va- rejo e atende 25 milhões de consumi-dores por dia, revelam que em 2012 o consumo de sacolas plásticas aumen-tou. Para 2013, a tendência de alta se mantém. Pesquisas feitas pelo MMA apontam que 27% dos consumidores apoiariam a proibição da distribuição do produto nas gôndolas dos supermerca-dos e 60% concordam com a aprovação de leis que limitam o uso. Acordo seto-rial entre a Abras e o MMA prevê redução de 30% na oferta do produto nos super-mercados esse ano e 40% até 2015.

O grupo de trabalho para discutir os termos de um possível acordo pa-ra limitação do consumo e distribuição das sacolas encerrou sua atividades em agosto sem um consenso. Para a secre-tária, é elogiável o esforço coletivo que envolveu todos os setores. Ela conside-

rou compreensível a falta de um acordo, devido à falta de pontos de convergência dos interesses.

Mariana Meirelles esclareceu que o MMA não defende o banimento das sacolas, mas, sim, a redução e uso cons-ciente do produto. O fim da distribuição gratuita aos consumidores e a realização de campanhas de educação ambiental são, segundo ela, medidas de impacto positivo no consumo desenfreado.

Participaram do evento Wanderley Baptista, especialista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Camila Val-verde, da Abras, Alfredo Schmitt, da Associação Brasileira de Indústria de mbalagens Plásticas Flexíveis e Sebas- tião dos Santos, presidente da Associa- ção de Catadores do Aterro Metropoli-tano Jardim Gramacho/RJ. (Fonte: MMA)

Campanha “Saco é um saco” volta em 2014

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Doenças negligenciadasPor Dr. Maurício Silva dos Santos

As Doenças Negligenciadas são um grupo de doenças infecciosas que afetam principalmente as populações de baixa renda, especialmen-te nas áreas rurais e periféricas das cidades. O termo “Negligenciadas” surgiu na década de 1970 e, desde então, é utilizado para caracterizar doenças que apresentam baixo investimento em pesquisa e falta de prioridade nas estratégias de programas de saúde. Segundo a Organi-zação Mundial de Saúde (OMS), 1 bilhão de pessoas são afetadas por 17 Doenças Negligenciadas: Dengue, Raiva, Tracoma, Úlcera de Buruli, Treponematose, Leprose (Doença de Hansen), Doença de Chagas, Tri-panossomíase Africana (Doença do Sono), Leishmanioses, Cisticercose, Dracunculíase (Doença do Verme da Guiné), Equinococose, Filaríase Lin-fática, Oncocercíase, Esquistossomose, Helmintíases transmitidas pelo solo e Infecções por Trematodes.

Para a prevenção e o controle dessas moléstias, seis estratégias de saúde pública devem ser seguidas: gerenciamento intenso dos casos, controle do vetor, fornecimento de água potável, saneamento básico, saúde veterinária pública e quimioterapia. Dentre as seis estratégias, a falta de água potável e de saneamento básico são problemas que estão distantes de serem resolvidos. Segundo a Organização das Nações Uni-das (ONU), aproximadamente 900 milhões de pessoas não têm acesso à água potável e 2,5 bilhões vivem sem saneamento básico, provocando a morte de uma criança a cada 20 segundos em todo o mundo. No Brasil, a situação é bastante alarmante. Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 70% dos municípios não têm uma política bem definida de saneamento básico e 48,7% não fiscalizam a qualidade da água. A disponibilidade de água potável e de saneamento básico contribuiria de forma significativa para erradicação de várias Doenças Negligenciadas, como por exemplo, Cisti-cercose, Dracunculíase, Esquistossomose e Helmintíases.

Figura 1. As seis estratégias que devem estar interligadas para alcançar o sucesso na prevenção e no controle das Doenças Negligenciadas.

A estratégia quimioterápica ainda é ineficiente e a pesquisa por no-

vos fármacos deve ser intensificada. Como existe um diminuto interesse da indústria farmacêutica, os paí-ses endêmicos, incluindo o Brasil, necessitam aplicar as seis estratégias acima citadas e investir em pes-quisas nas instituições públicas. No Brasil existem grupos de Química Medicinal atuando em linhas de pesquisa envolvendo duas classes de doenças proto-zoárias que acometem milhões de pessoas em todo o mundo: as Leishmanioses e a Doença de Chagas. Para ambas, não existem vacinas e a quimioterapia utilizada tem limitações, como por exemplo, o gran-de número de efeitos colaterais, o longo tempo de tratamento, resistência por parte do protozoário e custos relativamente altos de alguns medicamentos.

Pentamidina: tratamento de Leishmanioses

Benzonidazol: tratamento de Doença de Chagas

Figura 2. Exemplos de substâncias utilizadas no tratamen-to de Doenças Negligenciadas.

No Laboratório de Síntese de Moléculas Bioa-tivas (LASIMBIO), localizado no Centro de Estudos e Inovação em Materiais Biofuncionais Avançados (CEIMBA) da Universidade Federal de Itajubá (UNI-FEI), nosso grupo de pesquisa tem sintetizado várias substâncias com potenciais atividades biológicas contra diversas doenças, incluindo as Leishmanio-ses, doenças causadas por aproximadamente 20 espécies e subespécies do protozoário do gênero Leishmania. Segundo a OMS, existem 88 países en-dêmicos, 350 milhões de pessoas vivem em área de risco e 1 milhão e 500 mil novos casos surgem a cada ano. As pesquisas têm como foco alcançar o sucesso terapêutico a partir de quatro características desejá-veis: baixo custo, alta atividade, baixa toxicidade aos humanos e rotas sintéticas viáveis.

Dr. Maurício Silva dos Santos é Professor Adjunto II na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Doutor em Quí-mica Orgânica pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

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Dedetização ontem, hoje e amanhã

Por Vagner Sanches Barreto

Durante muitos anos, o termo “de-detização” foi usado no Brasil para o controle das pragas urbanas. Este ter-mo foi originado a partir do nome do dicloro-difenil-tricloroetano (DDT), bas-tante utilizado no país durante a década de 1970 para o combate das pragas da agricultura.

Alguns anos atrás, víamos pelas ruas, ambulantes com um pulveriza-dor nas costas, oferecendo serviços de Dedetização e na maioria das vezes utilizando produtos agrícolas de alta to- xidade, cheiro muito forte, fazendo com que os ocupantes dos comércios ou re- sidências tivessem de ficar até uma se-mana fora do ambiente. Os casos de intoxicação e acidentes eram inevitá-veis. Naquela época não havia legislação sobre o assunto e poucas eram as em-presas realmente especializadas.

Desde 1996, existem Leis e Nor-mas que regulamentam a atividade de Controle de Pragas. Atualmente a RDC nº 52/2009 da ANVISA é a mais utiliza-da, juntamente com Leis Ambientais e de Defesa do Consumidor. As empresas devem ter um Técnico Responsável e uti-lizar somente produtos domissanitários registrados na ANVISA, que apresen-tam baixa toxidade e não contaminam os ambientes tratados. Os produtos de uso Agrícola, não podem ser vendidos sem a prescrição de um Agrônomo, e há um controle rigoroso do seu uso. Os organoclorados (BHC, ALDRIN, ENDRIN, LINDANE) estão proibidos de se fabricar, comercializar e utilizar, posteriormen-

te alguns organofosforados de maior toxicidade também tiveram seu uso e comercialização restritos a empresas es-pecializadas e órgãos governamentais.

Hoje, existem produtos que são adequados para residências, hospitais, clínicas de assistência à saúde e indús-trias, que permitem até que as pessoas não saiam do ambiente, não tendo que parar as suas atividades. Esses produtos apresentam baixo odor. Já imaginaram retirar os pacientes de uma maternidade, berçário, CTI ou Pronto Socorro de um hospital para a dedetização? Ou de de-socupar todo um supermercado ou um condomínio para a Desinsetização? Exis-tem também produtos específicos para controle de cada praga urbana, como é o caso dos escorpiões; atualmente é pos-sível controlar escorpiões com produtos 100% seguros.

Recentemente, o Ministério da Saúde proibiu a fabricação e comercializa- ção de produtos agrícolas com o prin-cípio ativo ALDICARB, utilizado como raticida e comercializado ilegalmente como chumbinho que é um perigoso produto que mata toda a cadeia bio-lógica e não possui antídoto; qualquer acidente é morte na certa.

Praticamente já estamos vivendo uma situação de tranquilidade e segu-rança, no que diz respeito a Controle de Pragas, mas sempre devemos contra-tar empresas especializadas que estão regulamentadas para isso e sempre des-confiar quando alguém bater na sua porta para oferecer esse tipo de serviço.

Vai viajar?Época de festas e de férias, hora de arrumar as malas e colocar o pé na estrada... Aproveite bem estes dias de lazer e encontro com pessoas queridas! Mas lembre-se que para uma viagem tranquila é necessário tomar algumas providências:

ª Avise um vizinho de sua confiança o período que ficará fora. Caso você não tenha caixa de correios, peça a ele para recolher as correspondên-cias, bem como regar as plantas. Deixe o número de um telefone de contato.

ª Lembre-se de fechar bem portas e janelas e ligar o alarme, caso tenha.

ª Lâmpadas acesas durante o dia podem caracterizar casa vazia, evite este procedimento ou use timer.

ª Desligue a campainha, assim co-loca em dúvida quem a utilizar para ver se há alguém em casa.

ª Se seu animal de estimação for também, lembre-se que ele deve ser transportado em caixa específica que deve estar presa pelo cinto de segurança. Leve também os com-provantes de vacinas e "Atestado de saúde" emitido pelo veterinário.

ª No caso de crianças pequenas, o uso da cadeirinha é obrigatório.

ª Tenha sempre a mão: água, algum alimento, kit de primeiros socorros e uma lanterna.

ª Faça uma revisão no carro, veri-fique faróis, luzes, pneus, estepe, freios, suspensão, combustível, óleo, documentos e limpadores de para- brisas. Confira os documentos!

Boa viagem!!!

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Orientações para uma higiene bucal perfeitaPela Dra. Gracia Costa Lopes

Tomar medidas para manter sua bo-ca limpa é essencial para uma excelente saúde bucal. A higiene bucal diária é uma necessidade para manter o bom hálito e remover a placa bacteriana causadora de cárie dentária e doença periodontal.

A prática da higiene produz um sorriso agradável bem como alguns be-nefícios adicionais, uma vez que a saúde bucal está ligada à saúde geral; uma boa higiene melhora o seu bem-estar. Quan-do a sua saúde bucal é negligenciada, as bactérias multiplicam-se e podem causar danos em sua boca.

Se as gengivas ficam infectadas com a doença periodontal, as bactérias nocivas podem, na verdade, entrar na circulação sanguínea e provocar infec-ção em outras partes do corpo.

Técnicas de Higienização

EscovaçãoA escovação é uma prática comum

de higiene oral, mas muitas pessoas não a fazem corretamente. Nós dentistas re-comendamos que você escove os dentes pelo menos três vezes ao dia e após as refeições. Depois de comer açúcares e carboidratos, os alimentos deixados nos dentes entram em contato com as bac-térias da boca, induzindo a produção de ácidos que atacam os dentes, deixando- o suscetível à cárie.

Aprender a escovar os dentes cor-retamente é vital. Há várias maneiras de escová-los, entretanto, aqui está o exemplo de um método frequentemente recomendado, utilizando uma escova de dentes normal:

Para as superfícies exter-nas dos dentes, posicione a escova de dentes em um ângulo de 45º em direção

da linha gengival. Use movimentos rítmi-cos suaves e curtos, movendo a escova para trás e para frente contra os dentes e a gengiva

Use esse mesmo movi- mento para limpar as su-perfícies de mastigação e internas dos dentes.

Para limpar as superfícies internas dos dentes da frente, segure a escova verticalmente e use mo-vimentos rítmicos suaves

para cima e para baixo com a ponta da cabeça da escova.

Não se esqueça de escovar ao lon-go da linha gengival, e certifique-se de que você alcançou os dentes bem no fundo. Escove também a sua língua — isso ajudará a deixar seu hálito saudável.

A pasta de dente também pode de-sempenhar um papel no sucesso da sua rotina de higiene — uma vez que exis-tem vários cremes dentais para escolher, é melhor perguntar ao seu dentista qual irá beneficiá-lo. A American Dental Associa-tion recomenda a escovação com creme dental com flúor para reduzir significati-vamente as bactérias da placa dental.

Por um tempo publicou-se na in-ternet pelas redes sociais uma imagem sobre o significado dos quadrados e re-tângulos na parte de trás dos tubos de pasta de dente.

De acordo com o texto e na legenda da imagem que circulou no facebook, as marcas retangulares coloridas estampa-das no verso das embalagens sinalizavam se o produto é natural ou químico. Veja a imagem abaixo:

Estar ciente dos produtos que você usa DIARIAMENTE é de suma importân-cia!

Esta história é falsa, as cores estam-padas nos tubos não tem nada a ver com a qualidade de ingredientes químicos presentes na composição. O retângulo que vem estampado nas embalagens dos produtos é uma marca que serve de guia para as máquinas de envasamento. Nas fábricas, os cosméticos são embala-dos em máquinas de alta velocidade que se baseiam nessas marcas para alinhar, soldar e fechar a embalagem.

Verde: Natural.Azul: Medicina Natu-ral +.Vermelho: Natural + composição química.Preto: Química Pura.

Fio dentalQuando você escova os dentes, há

algumas áreas que você simplesmente não será capaz de alcançar. Então deve- se fazer o uso do fio dental para remover a placa bacteriana que se esconde en-tre os dentes. Fio dental é recomendado pelo menos uma vez por dia. Se você tiver problemas para uso do fio dental, produtos odontológicos estão disponí-veis para ajudar - fio encerado facilita as manobras.

Antisséptico bucalColutórios antibacterianos também

podem remover as bactérias que causam a placa bacteriana. Isto ajuda a evitar a gengivite, o primeiro estágio da doença da gengiva. Dentifrícios fluoretados, la-vagens de flúor ajudam a fortalecer os dentes e prevenir a cárie dentária. Mas não se esqueça de procurar orientações com seu dentista, porque o uso prolon-gados desses produtos podem trazer grandes problemas. Uma vez usado em excesso e sem o acompanhamento do dentista podem causar queimaduras, manchas e desgaste do esmalte dos dentes, além de alterar o paladar.

DietaHábitos alimentares saudáveis são

parte importante para a higiene oral. A ingestão de alimentos ricos em açúcar frequentemente pode provocar cárie. Tente substituir alimentos doces por frutas e legumes frescos. Um estudo publicado no jornal General Dentistry pelo professor Mohamed Bassiouny, da Temple University, na Filadélfia (Estados Unidos), afirma que o refrigerante (com ou sem açúcar) consumido em excesso é prejudicial, ele danifica, descolore e des-gasta o dente, comprometendo a saúde bucal. O motivo, de acordo com a pes-quisa, é a acidez dessas bebidas.

Técnicas ProfissionaisIndependentemente de você fazer

uma boa higiene bucal em casa, visitas regulares ao dentista a cada seis meses é essencial para a sua saúde dental. A limpeza dental profissional irá remover o tártaro dentário que você não pode re-mover por conta própria.

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Serra da Mantiqueira eleita a 8a área protegida insubstituível da Terra

Estudo elaborado pela Internatio- nal for Conservation of Nature (União In- ternacional para Conservação) e publi- cado na revista Science, analisou 137 áreas protegidas em 34 países. Nestas regiões encontram-se 627 espécies de animais, sendo que 304 estão ameaça-das de extinção em todo o mundo.

A cadeia de montanhas da Serra da Mantiqueira estende-se pelos esta-

ponto culminante, quinta montanha mais alta do país, na divisa das cida-des de Queluz e Lavrinhas (SP) e Passa Quatro (MG).

O Parque Nacional Kakadu, na Aus- trália, aparece em primeiro lugar. No Brasil, temos ainda em 6º lugar o Alto do Rio Negro, em 7º a Serra do Mar e em 9º o Vale do Javari.

Preservar é preciso!

dos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Entre as unidades de con-servação temos a Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira dividi- da entre os três estados, o Parque Na-cional do Itatiaia (MG e RJ), os Parques Estaduais Serra do Brigadeiro e Serra do Papagaio (MG) e Campos do Jordão (SP).

Com altitudes entre 1.200 m e 2.798 m, temos o Pico da Mina como

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