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Universidade de Aveiro
2016
Departamento de Comunicação e Arte
Natália Catarina
Guimarães Faria
Exercícios de respiração no ensino musical: Trompa
Relatório Final de Prática de Ensino Supervisionada
Universidade de Aveiro
2016
Departamento de Comunicação e Arte
Natália Catarina
Guimarães Faria
Exercícios de respiração no ensino musical: Trompa
Relatório Final de Prática de Esnino Supervisionada
Relatório Final realizado no âmbito da disciplina de Prática Ensino
Supervisionada apresentado à Universidade de Aveiro para cumprimento dos
requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ensino de Música,
realizado sob a orientação científica do Professor Doutor Evgueni Zoudilkine,
Professor Auxiliar do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade
de Aveiro.
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais por todo o esforço realizado, pela
paciência que sempre tiveram, pela confiança que depositaram, por todo o
amor e apoio dado.
o júri
Presidente Professor Doutor Jorge Manuel de Mansilha Castro Ribeiro, Professor Auxiliar,
Universidade de Aveiro
Arguente principal Doutor Ricardo Ivan Barceló Abeijón, Professor Auxiliar, Instituto de Letras e
Ciências Humanas da Universidade do Minho
Orientador Professor Doutor Evgueni Zoudilkine, Professor Auxiliar, Universidade de
Aveiro
agradecimentos
Ao longo da elaboração do presente Projeto, várias foram as pessoas que me ajudaram e apoiaram. Um agradecimento para todas elas, em especial: Ao Professor Evgueni Zoudilkine e José Bernardo Silva pela orientação, pelo apoio, por toda a disponibilidade e conhecimentos partilhados; À Academia de Música de Arouca (AMA) por autorizar a investigação com os alunos de trompa; A todos os alunos de trompa da AMA que participaram neste estudo, pois sem a disponibilidade e participação dos mesmos, este projeto não seria possível; Ao Doutor Mário Costa Almeida, (Médico de Medicina Geral) pela revisão realizada ao capítulo específico sobre a Respiração; À Rute Brás, Bruna Pereira, Francisca Aires e Mafalda Ferreira, pela ajuda na formatação e tradução, pelas palavras de apoio, pelos sorrisos e lágrimas partilhadas; À Patrícia Oliveira, pelo empréstimo dos utensílios de respiração; À Equipa do CUFC Estuda, pelas palavras de incentivo e apoio; Um agradecimento especial à Irmã Flávia Dores e ao Padre José António Carneiro, pelo apoio nos momentos mais difíceis, por toda a preocupação, pelas palavras amigas, por tudo. Obrigada. Um agradecimento muito especial e do fundo do coração aos meus pais, que sempre lutaram para me dar o melhor e por terem acreditado em mim, mesmo quando hesitei. A todos vós e a tantos outros com quem me cruzei, o meu muito obrigado. E agradeço a Deus por todas as aprendizagens e amizades que fiz ao longo deste percurso. A todos, o meu mais sincero e profundo agradecimento, Jamais vos esquecerei.
palavras-chave
Respiração; Exercícios de respiração; Utensílios de respiração; Ensino.
resumo
O presente Projeto Educativo encontra-se dividido em duas partes: a primeira
parte é composta por um tema de investigação, no caso a Respiração, e a
segunda parte, é composta pelo Relatório de Prática de Ensino
Supervisionada (PES).
Respirar é algo fundamental para a vida assim como é para a música. Ter
como profissão o exercício da música, é poder transmitir a sensação de
harmonia, bem estar e bem respirar.
Assim, num momento inicial é apresentado o funcionamento do sistema
respiratório. São também apresentados alguns exercícios de respiração, sem e
com recursos de respiração, pretendendo melhorar o quotidiano de cada
instrumentista de sopros assim como de qualquer cidadão.
Estes exercícios de respiração, sem e com recursos em contexto de aula,
revelaram-se práticos, úteis e eficazes com os alunos que estão a estudar
trompa. Podemos assim concluir, que os exercícios propostos permitem uma
maior facilidade na prática instrumental, um melhor controlo da respiração e
por conseguinte, uma melhor produção e qualidade sonora.
Por sua vez, a PES refere-se ao estágio (com aulas assistidas e
supervisionadas) desenvolvido no Conservatório de Música de Aveiro Calouste
Gulbenkian, sobre a supervisão do Professor Eduard Tauber, que
disponibilizou três alunos de trompa. Ao longo do ano foram desenvolvidas
algumas atividades que possibilitaram dinamizar a comunidade escolar.
keywords
Breathing; Breathing exercises; Breathing practice adapters; Teaching.
abstract
The present Educational Project is divided in two parts: the first part develops
the investigation about Breathing, and the second part is constituted of the
Supervised Teaching Practice Report.
Breathing is essential for life as it is for music. Having the exercise of music as
a profession is the ability to transmit the sensation of harmony, well-being and
good breathing.
In the beginning of the Project, the functioning of the respiratory system is
presented. Likewise, some breathing exercises are presented with or without
breathing practice adapters, with the intention of improving the daily life each
instrumentalist of winds as well as any person.
These breathing exercises, with or without breathing practice adapters in class
context, turned out to be useful and efficient with french horn students. We can
therefore conclude that the exercises allow for greater ease in instrumental
practice, better control of breathing and consequently better production and
sound quality.
However, the Supervised Teaching Practice concerns the internship (with
assisted and supervised classes) and it was developed at the Aveiro Music
Conservatory Calouste Gulbenkian, under the teaching supervision of Eduard
Tauber, who provided three french horn students. Some activities were
undertaken during the internship period that allowed an encouragement and
stimulation of the school community.
Indíce geral
Parte I – Respiração no ensino musical: Trompa
1. Introdução .................................................................................................. 21
1.1 Estrutura do Projeto Educativo .............................................................................. 22
1.2 Motivação .................................................................................................................. 22
1.3 Objetivos ................................................................................................................... 23
2. Revisão da Literatura ............................................................................... 25
2.1 Respiração ................................................................................................................. 25
2.2 Exercícios de Respiração ......................................................................................... 32
2.2.1 Exercícios de respiração (sem utensílios) ........................................................................ 33
2.2.2 Exercícios de respiração (com utensílios) ........................................................................ 36
3. Aplicação do Projeto de Investigação: Estudo de caso sobre exercícios
de respiração .................................................................................................. 40
3.1 Enquadramento e Objetivos específicos ................................................................. 40
3.2 Métodos de estudo .................................................................................................... 40
3.3 Recolha e análise de dados....................................................................................... 42
4. Resultados .................................................................................................. 47
5. Conclusões .................................................................................................. 49
6. Bibliografia ................................................................................................ 50
7. Anexos......................................................................................................... 53
Parte II – Relatório Final de Prática de Ensino Supervisionada
1. Introdução .................................................................................................. 69
2. Contextualização Escolar ......................................................................... 70
2.1. Contexto em que decorreu a formação PES ......................................................... 70
2.2. Descrição e caracterização do estabelecimento de ensino de acolhimento ........ 70
3. Caracterização dos alunos da classe de trompa para formação PES .. 73
3.1. Descrição dos alunos ............................................................................................... 73
3.2. Descrição da relação pedagógica ........................................................................... 74
3.3. Definição do plano anual de formação da estagiária e dos alunos do CMACG 74
3.4. Descrição de metodologia de ensino-aprendizagem e de avaliação .................... 75
4. Relatório de aulas ...................................................................................... 76
4.1. Aulas assistidas: 2º Grau ........................................................................................ 76
4.2. Aulas assistidas: 7º Grau ........................................................................................ 94
4.3. Aulas coadjuvadas: 2º Grau ................................................................................. 111
4.4. Aulas coadjuvadas: 7º Grau ................................................................................. 124
5. Atividades Extracurriculares ................................................................. 141
5.1. Organização de atividades ................................................................................................ 141
5.2. Participação ativa em atividades ...................................................................................... 143
6. Agradecimentos ....................................................................................... 144
7. Anexos....................................................................................................... 145
Índice de Figuras
Figura 1 – Constituição do Sistema Respiratório ................................................................ 25
Figura 2 – Inspiração e Expiração ....................................................................................... 26
Figura 3 – Inspiração e Expiração (vista lateral) ................................................................. 27
Figura 4 – Constituição dos pulmões .................................................................................. 28
Figura 5 – Composição da caixa toráxica ............................................................................ 28
Figura 6 – Diafragma ........................................................................................................... 29
Figura 7 – Sistema Respiratório .......................................................................................... 30
Figura 8 – Postura incorreta e correta .................................................................................. 32
Figura 9 – Tensão e Relaxamento ....................................................................................... 34
Figura 10 – Elevar as mãos até cima da cabeça, inspirar; ao descer, expirar; ..................... 34
Figura 11 – Processo de expiração: descer os braços enquanto expira ............................... 35
Figura 12 – Respiratory Trainer Inspiron ............................................................................ 37
Figura 13 – Breathing Bag (Bolsa de ar) ............................................................................. 38
Figura 14 – Breath Builder .................................................................................................. 38
Figura 15 – Flow – Ball ....................................................................................................... 39
Figura 16 – Ultrabreathe ...................................................................................................... 39
Índice de Gráficos
Gráfico 1 – Resposta ao inquérito sobre o total de horas de prática desportiva .................. 42
Gráfico 2 – Tempo médio de estudo diário ......................................................................... 42
Gráfico 3 – Familiares dos alunos que tocam instrumento e hábitos de estudo partilhado . 43
Gráfico 4 – Número de anos da aprendizagem da trompa .................................................. 43
Gráfico 5 – Hábitos de realizar exercícios de respiração .................................................... 44
Gráfico 6 – Conhecimento dos utensílios de respiração...................................................... 45
Gráfico 7 – Consciência da respiração praticada na execução instrumental ....................... 46
Gráfico 8 – Evolução semanal da realização de exercícios de respiração sem utensílios ... 47
Abreviaturas
Fig. – Figura
Graf. – Gráfico
Parte I – Exercícios de respiração no ensino musical: Trompa
“O ar é a fonte energética para todos os instrumentos de
sopro.” (Carolino, 2007)
20
21
1. Introdução
Respirar é uma necessidade vital e é um ato involuntário. Todos os seres humanos
respiram, uns desenvolvendo técnicas para auxiliar a sua atividade profissional, outros
simplesmente respiram sem pensar no movimento que o seu corpo faz.
Para a performance musical dos instrumentistas de sopro, a forma como se respira é
muito importante. Alguns teóricos e professores afirmam que a forma como se respira, por
exemplo para a execução da trompa, deverá ser de forma relaxada, sem causar tensão nos
ombros, na garganta e no pescoço, e tentar “ingerir” a maior quantidade de ar possível
(Downing, 2002; Tuckwell, n.d.; Wekre, 1994). Assim, muitos pedagogos de trompa
consideram importante a realização de uma boa respiração, obtendo desta forma um bom
suporte de ar (Downing, 2002; Farkas, 1956; Tuckwell, n.d.; Wekre, 1994).
Como será visível neste trabalho, para se obter um bom suporte de ar, segundo
Baptista (2010) e outros investigadores, poder-se-á utilizar três tipos de respiração, que
são: a respiração toráxica ou clavicular, respiração intercostal e a respiração abdominal
(que serão abordadas no subcapítulo 2.1), onde algumas formas de respirar se revelam
mais eficazes do que outras, todavia, todas nos permitem sobreviver.
Posteriormente, será abordado o sistema respiratório (em que consiste, como
funciona, que músculos utiliza) assim como serão apresentados alguns utensílios1 – os
mais utilizados e preferidos dos jovens, – onde pedagogos como David Muñoz Velázquez
aconselha ao uso dos mesmos para um melhor desempenho na performance musical. Estes
utensílios ultimamente têm sido alvo de investigação e estudo por parte de alguns
professores de instrumento de sopro e canto, embora existam ainda poucos documentos
redigidos sobre as mesmas investigações.
No presente documento serão ainda referenciados alguns exercícios de respiração
que podem ser realizados por qualquer pessoa, sendo ou não músico.
1 Ao longo do documento, sempre que surge a palavra utensílios ou recursos de respiração, os mesmos
adquirem o mesmo significado, sendo o mesmo referente aos produtos/artigos utilizados para auxiliar os
exercícios de respiração.
22
1.1 Estrutura do Projeto Educativo
O primeiro capítulo deste Projeto é composto pela motivação e objetivos da
investigadora sobre os exercícios de respiração que se realizam e são recomendados para a
prática instrumental, bem como o uso de utensílios de respiração indicados por alguns
pedagogos, tema que posteriormente será desenvolvido.
O capítulo dois – que é a sustentação teórica sobre o tema – é constituído pela
revisão literária, sendo aqui consultada bibliografia específica sobre o sistema respiratório
(artigos e enciclopédias médicas) e ainda literatura sobre exercícios de respiração, tendo
sido a mesma elaborada por pedagogos de diferentes áreas de instrumento de sopros,
nomeadamente sopros de metal.
O terceiro capítulo é a parte prática das conclusões obtidas após a investigação
teórica exigida no capítulo anterior. Aqui, e como se poderá observar em local próprio,
foram realizados exercícios de respiração sem e com utensílios. Neste capítulo
encontraremos também o enquadramento e objetivos específicos, os métodos de estudo
realizados bem como a recolha e análise de dados dos inquéritos efetuados.
No quarto capítulo encontraremos os resultados da investigação assim como as
contribuições dos exercícios de respiração.
Por fim, encontraremos no quinto capítulo a conclusão do Projeto Educativo.
1.2 Motivação
O presente trabalho pretende abordar um tema muito trabalhado na prática pelos
professores e instrumentistas de sopro e canto, mas com poucas referências bibliográficas.
O tema em estudo é sobre a respiração.
Ao longo do meu percurso académico, vários foram os exercícios de respiração em
que professores e pedagogos, de diferentes áreas dos instrumentos de sopro, me
transmitiram e me colocaram a possibilidade de exercitar alguns desses exercícios. Os
mesmos iam referindo que sobre a respiração e objetos que auxiliam muitos desses
exercícios, não eram alvo de estudo e investigação. Assim, recorrendo a essas memórias e
tendo no momento a possibilidade de investigar sobre esses recursos, numa primeira
abordagem houve a necessidade de clarificar os conceitos de respiração; de pesquisar sobre
os utensílios existentes e refletir sobre os exercícios de respiração encontrados na literatura
e transmitidos, pois só assim foi possível perceber a finalidade e os objetivos que cada
23
exercício de respiração pretende alcançar, tendo ou não utensílios a auxiliar os mesmos
exercícios.
Possuindo esta ideia em mente, propus-me a investigar sobre os aparelhos
auxiliadores a exercícios de respiração, realizando um catálogo em português sobre os
utensílios que existem com uma pequena descrição, sempre que possível, dos mesmos.
Porém, também foi necessário recorrer a literatura médica sobre a respiração, para melhor
perceber o funcionamento do sistema respiratório. Após a realização da investigação e das
conclusões resultantes, a mesma foi revista por profissionais das diferentes áreas implícitas
para detecção de eventuais erros, clarificação e simplificação da escrita.
1.3 Objetivos
Os principais objetivos deste pesquisa são dar a conhecer os utensílios de
respiração, assim como alguns dos variados exercícios existentes (que por sua vez ainda
não se encontram registados em língua portuguesa) e provar que a realização de exercícios
de respiração é benéfica para os alunos de sopros.
Assim, surgiram três pontos fulcrais para o trabalho: o primeiro foi perceber os
conceitos de respiração e tudo o que esta envolve; o segundo ponto consistiu em entender
quais são os utensílios de respiração mais utilizados pelos instrumentistas de sopro e
realizar exercícios com os alunos; o terceiro e último ponto teve por base os exercícios de
respiração que podem ser executados de forma a melhorar as capacidades técnicas dos
alunos, neste caso, alunos de trompa.
Deste modo, num momento inicial pretende-se clarificar o conceito de respiração e
os músculos que auxiliam a mesma. De seguida, tendo o conhecimento enquanto aluna e
professora da existência de diversos utensílios que auxiliam a respiração, o objetivo foi
perceber e realizar uma pequena descrição desses instrumentos, perceber quais são os mais
utilizados e testar alguns desses utensílios com os alunos, de modo a ajudar estes no seu
desempenho musical.
Para a concretização destes objetivos foi tido em conta a:
a) Pesquisa de literatura médica sobre respiração, para ter um conhecimento
específico sobre o funcionamento do sistema respiratório;
b) Pesquisa de literatura específica para trompa, para ter conhecimento das
práticas comuns de ensino sobre exercícios de respiração no instrumento;
24
c) Pesquisa de literatura nas restantes áreas dos instrumentos de sopros metal,
sobre a respiração;
d) Pesquisa sobre utensílios de respiração e estudos realizados sobre os
mesmos;
e) Opinião dos alunos sobre os utensílios e exercícios de respiração (realizados
em contexto de aula). Foram elaborados e efetuados inquéritos aos
estudantes que utilizaram os utensílios, para verificação da perceção da
evolução derivada do uso dos mesmos.
25
2. Revisão da Literatura
O presente capítulo informa-nos sobre a literatura consultada sobre o tema. Assim,
o mesmo está estruturado com referências a literatura sobre respiração, literatura sobre
exercícios de respiração (sem e com utensílios) e poderemos ainda encontrar referências
videográficas sobre o uso dos aparelhos auxiliadores a exercícios de respiração.
2.1 Respiração
O sistema respiratório é constituído pelos pulmões e pelas vias respiratórias, que são
compostas por: cavidades nasal e oral, faringe, laringe, traqueia e brônquios.
Fig. 1 – Constituição do Sistema Respiratório
Os pulmões, que são os órgãos mais importantes do sistema respiratório, são o local
onde ocorre as trocas gasosas entre o ar e o sangue. Assim, o ar que chega até aos pulmões
através da inspiração é o oxigénio, e o ar que é libertado pelos pulmões através da
expiração é o dióxido de carbono. Os pulmões, por sua vez estão situados no tórax e são
separados da cavidade abdominal pelo diafragma. Por sua vez, a cavidade nasal, oral e a
faringe são definidas como partes intrínsecas no processo de respiração, sendo estes órgãos
importantes para a articulação e ressonância. No entanto, para a execução de um
instrumento de sopro, ou até mesmo para o canto e/ou fala, o que se pretende do aparelho
respiratório é que o mesmo produza pressão no ar contido nos pulmões através da
contração de alguns músculos. Assim, um sistema que se destaca para esta pressão de ar é
a caixa toráxica, com músculos importantes que unem as costelas, tais como os músculos
intercostais, da parede abdominal e diafragma (Araújo, 2000).
26
A respiração é considerada uma função de um conjunto de reações que fornecem ao
ser vivo a energia indispensável à vida, assim como é também um mecanismo pelo qual o
ar entra nas vias respiratórias e sai delas. Deste modo, e como já foi referido, “a respiração
é um processo vital para as trocas gasosas de oxigénio e dióxido de carbono” (Henrique,
2007), ocorrendo assim o processo de inspiração e expiração. Porém, alguns autores
relatam que a respiração era referida como um fumo, um vapor, uma exalação que era
visível quando o tempo estava frio. Todavia, Zemlin (1998) e Henrique (2007) consideram
que respiração é o ar que é expelido pela expansão e contração do tórax, ocorrendo assim o
processo de troca de gás entre o organismo e o ambiente (troca de oxigénio por dióxido de
carbono), surgindo assim o processo de inspiração e expiração. No entanto, para alguns
autores, a troca de gases é um processo físico, onde para questões da fala e do canto (por
exemplo), a definição anteriormente dada não é a mais correta, pois para os autores o ato
de falar exige pressão no ar. Assim, sendo o processo de fala e do canto um processo
mecânico onde os pulmões recebem o ar e forçam a saída do mesmo, a ação da respiração
é feita com base na contração dos músculos intercostais inspiratórios e expiratórios, pela
parede abdominal e pelo diafragma. Sendo o processo de respiração composto pela
inspiração e expiração, inspiração é quando se inala o ar, provocando a expansão dos
pulmões. Esta expansão é provocada pelo trabalho dos músculos do tórax e do diafragma.
Por sua vez, expiração é o relaxamento dos músculos utilizados na inspiração (os músculos
do tórax e diafragma) e é a altura em que o ar armazenado nos pulmões é libertado, ar este
composto por dióxido de carbono. Assim, “O ar inspirado pelo nariz ou pela boca dirige-se
para os pulmões através de uma série de canais que se vão ramificando” (Lexicultural,
1997, p.186).
Fig. 2 – Inspiração e Expiração
27
Depois de ocorrer a troca gasosa, o ar ao ser expirado realiza o mesmo percurso que
ao ser inspirado. Como podemos observar, o movimento de respiração abrange toda parte
central do nosso corpo (o tronco), realizando movimentos desde o diafragma até ao peito,
movimentando também mas de forma menos perceptível, a garganta e as narinas.
Fig. 3 – Inspiração e Expiração (vista lateral)
Porém, alguns estudos revelam que a respiração para a execução musical (quer
instrumental quer do canto) não deve ser interrompida pelo processo de respiração,
inspiração e expiração. Se ocorrer uma interrupção na respiração, isso significa que os
músculos estão a ser tencionados pelo aprisionamento do ar e como consequência, poder-
se-á obter uma exagerada ou insuficiente libertação do fluxo de ar. Assim, no meio musical
há três formas de respiração conhecidas: a respiração toráxica ou clavicular, respiração
intercostal e a respiração abdominal ou diafragmática.
A respiração toráxica ou clavicular utiliza parcialmente os pulmões e provoca
tensão nos ombros (sendo a menos recomendada); a respiração intercostal provoca a
expansão lateral das costelas e o aumento da caixa toráxica; a respiração abdominal ou
diafragmática é a que utiliza mais área pulmonar, onde ao inspirar o diafragma baixa
aumentando a área pulmonar (havendo assim mais espaço para a entrada de oxigénio) e ao
expirar, os músculos abdominais comprimem o diafragma e os pulmões. Aqui “o
diafragma é impulsionado para cima e provoca a saída do ar” (Batista, 2010, p. 8). Para a
execução instrumental, nomeadamente da trompa, a respiração segundo Froydis Ree
Wekre deverá ser realizada de baixo para cima: primeiro “encher” e ocupar o espaço
existente entre os músculos inferiores e só depois “encher” e ocupar o espaço dos músculos
e órgãos superiores.
28
Os pulmões, por sua vez são constituídos por uma estrutura esponjosa elástica
(semelhante a um balão de borracha) e por fibras musculares macias que se encontram
dentro da caixa toráxica, estando envolvidos por vácuo.
Fig. 4 – Constituição dos pulmões
Quando os pulmões estão cheios, estes “tentam expelir o ar com uma certa força
que é determinada pelo volume de ar no seu interior. Isto significa que os pulmões – uma
estrutura elástica semelhante a um balão de borracha – exercem uma força expiratória
inteiramente passiva que aumenta de acordo com a quantidade de ar inspirada” (Araújo,
2000, pág.3). Por sua vez, a caixa toráxica (onde a sua principal função é proteger os
pulmões) é composta por 12 pares de costelas, que são pequenas no início e vão alargando
progressivamente até à 7ª/8ª costela e posteriormente, vão também diminuir a partir da
8ª/9ª costelas até à 12ª. As 7/8 primeiras costelas estão articuladas à coluna vertebral, por
um movimento oblíquo, e a partir da 8ª/9ª costela este movimento oblíquo diminui.
Fig. 5 – Composição da caixa toráxica
29
Seguidamente, os músculos intercostais são de dois tipos: os intercostais
inspiratórios e os intercostais expiratórios. Assim, ao inspirarmos é realizada a contração
dos músculos intercostais inspiratórios, aumentando o volume da caixa toráxica para o
triplo da sua dimensão (sendo estes os músculos utilizados durante uma respiração
normal). Quando esta atividade termina (inspiração intercostal), a caixa toráxica volta ao
seu estado inicial, gerando uma força expiratória passiva. Por sua vez, os músculos
intercostais expiratórios têm como função a diminuição do volume da caixa toráxica; se
usarmos estes músculos para a expiração, produzimos uma força inspiratória passiva.
Assim, e segundo Zemlin e Araújo (1998 e 2000), a dimensão vertical aumenta pela
contração do diafragma e a dimensão transversal da caixa toráxica aumenta devido à
curvatura dos pulmões, sendo estes [os pulmões] elevados para cima e para baixo durante a
inspiração e expiração.
O diafragma é uma estrutura muscular complexa, pois recebe energia de várias
partes do corpo. Um dos muitos procedimentos que nos ajuda a perceber melhor o seu
funcionamento e conhecimento da ação do músculo é a radiografia (Zemlin, 1998, p. 60).
Fig. 6 – Diafragma
Porém, podemos afirmar que o tronco é dividido pelo tórax e pelo abdómen, onde a
caixa toráxica está para os pulmões e coração, e o diafragma está para todos os outros
órgãos a baixo dos pulmões. O diafragma funcionará assim como linha separadora entre os
pulmões/coração e os outros órgãos, dos quais fazem parte os órgãos do sistema digestivo.
Para o sistema respiratório, o diafragma é um músculo importante pois possibilita a
expansão da base do tórax. Quando contraído (através da inspiração), o diafragma assume
uma forma plana, onde a base da caixa toráxica diminui, fazendo com que o seu volume
30
aumente, permitindo assim a expansão do volume dos pulmões e a capacidade de
armazenar mais ar. Assim, através do movimento diafragmático (que causará um aumento
da dimensão vertical da cavidade toráxica e uma diminuição da pressão intrapulmonática)
poderá ser observada uma diminuição de volume na cavidade abdominal e um aumento da
pressão intra-abdominal. Durante a inalação, a porção muscular do diafragma encurta e o
diafragma desce sem alterar/mudar a sua curvatura, obtendo assim a expansão do
diafragma (através da inalação), proporcionando ao abdómen a criação de espaço para
armazenar mais ar. A ação de contrair o diafragma faz com que a pressão nos pulmões
diminua, permitindo assim a penetração do fluxo de ar nos pulmões. Podemos afirmar que
o diafragma é um músculo específico da inspiração assim como é também o músculo
responsável pela subida e rotação das costelas. Alguns autores referem que um diafragma
funcional não é essencial para a respiração.
Os músculos abdominais e o diafragma constituem um conjunto de músculos
através dos quais podemos inspirar e expirar. Através da contração dos músculos
abdominais, o conteúdo abdominal é empurrado de volta para dentro da caixa toráxica,
movendo assim o diafragma para cima, o que acaba por provocar a diminuição do volume
dos pulmões. Com este movimento do diafragma, provocado pelos músculos abdominais,
podemos dizer que o processo respiratório presente é a expiração. Assim, os músculos
abdominais são considerados músculos expiratórios. Para o processo inspiratório, o
diafragma pressiona o conteúdo abdominal para baixo, empurrando a parede abdominal
para fora, obtendo assim mais espaço para armazenar o ar inspirado antes de ser expirado
(Araújo, 2000).
Fig. 7 – Sistema Respiratório
31
A nível musical, sendo o ar “(....) a fonte energética para todos os instrumentos de
sopro” (Carolino, 2007), a maior parte dos autores salienta a importância de uma correta
respiração para um melhor domínio técnico. Para vários autores, a respiração para a
execução instrumental deverá ser algo natural, sem subir os ombros e o mais relaxada
possível, tendo os músculos da garganta relaxados (Carolino, 2007; Downing, 2002;
Bourgue, 1987; Farkas, 1956; Wekre, 1994; Tuckwell, n.d.; Velázquez, 2016). Os mesmos
autores consideram ainda que a respiração utilizada para a execução instrumental é
ligeiramente diferente da respiração do dia-a-dia, pois a quantidade de ar para a execução
instrumental é superior à respiração realizada instintivamente.
Relativamente ao local por onde inspirar, muitos autores consideram importante
inspirar pela boca, afirmando que esta é a maneira mais eficiente, mais rápida e com maior
capacidade de sugar o ar do que inspirar pelo nariz (Downing, 2002; Wekre, 1994; Farkas,
1956). No entanto, muitos autores não descartam a possibilidade de inspirar pelo nariz
(Carolino, 2007; Wekre, 1994), argumentando com a possibilidade dos instrumentistas
realizarem respirações mais frequentes para restabelecerem os pulmões. Há ainda outros
autores que defendem a respiração através do nariz, pois afirmam ser a parte do corpo
humano destinada à respiração assim como defendem que os instrumentistas devem
respirar com o ar direcionado para os pulmões e não para o diafragma, pois os únicos
órgãos destinados a receber o ar são os pulmões (Sandoval, 1991).
Considerando que “(...) uma boa respiração é essencial para obter um ótimo som”
(Antão, 2014), um outro ponto em que os autores já referidos estão de acordo é o de
conseguir uma garganta relaxada, de forma a que com a passagem do ar não crie tensão
nos músculos da garganta e do pescoço, onde esta tensão poderá ser prejudicial impedindo
uma correta fluidez do ar. Por sua vez, Barry Tuckwell refere que existem várias teorias
sobre respiração e como respirar, mas que nenhuma refere como na verdade se respira
corretamente. Tuckwell refere ainda que a forma como se respira deverá ser uma
construção individual, pois somos todos diferentes e devemos ouvir e ver a forma como
respiramos.
32
2.2 Exercícios de Respiração
Relativamente à literatura sobre exercícios de respiração, pode-se afirmar que sobre
a presente temática é algo que ainda está pouco desenvolvido, em particular para trompa,
daí haver a necessidade de recorrer a bibliografias e artigos de outros instrumentos de
metal nomeadamente literatura de trompete e tuba. Porém, da bibliografia e artigos
existentes e consultados, a opinião dos autores sobre os possíveis exercícios de respiração a
utilizar é unânime.
Assim, algumas das ideias em que os autores consideram pertinentes para a
realização de exercícios de respiração, primeiramente é os instrumentistas terem uma
postura correta, costas eretas (em pé e sentados) e se estiverem sentados, costas
ligeiramente afastadas da cadeira e pernas afastadas à largura da anca (Carolino, 2007;
Downing, 2002; Bourgue, 1987; Farkas, 1956; Wekre, 1994; Tuckwell, n.d.).
Fig. 8 – Postura incorreta e correta
Posteriormente, os autores consideram importante ter uma atitude relaxada , sem
realizar movimentos bruscos, visto que à menor distração a tendência natural é começar a
respirar cada vez menos e em menores quantidades. Desta maneira, é aconselhado a
respirar profundamente e sugar a maior quantidade de ar possível, não deixando o ar ir à
“reserva” para depois respirar. Alguns autores e pedagogos consideram também importante
usar todos os sentidos (visão, tato, olfato...) assim como olhar para os exercícios de
respiração como um meio para a realização de novos desafios musicais (Carolino, 2007;
Velázquez, 2016).
33
2.2.1 Exercícios de respiração (sem utensílios)
“(...) a car needs gas to make it move just like instruments need air to make sound.
The higher the quality of gas, the better the car performers. The same thing is true with
air.”2
Neste momento serão descritos alguns exercícios de respiração (os mais
aconselhados por professores de metais), onde a opinião de vários pedagogos e de
diferentes áreas dos instrumentos de metal é unânime sobre a realização dos mesmos. A
par destes exercícios, alguns pedagogos como por exemplo David Muñoz Velázquez,
recomendam o uso de um tubo com o diâmetro entre 2/2,5 centímetros colocado entre os
dentes, o que permitirá manter a garganta aberta e relaxada.
Descrição dos exercícios:
1 – Ter consciência dos músculos utilizados na respiração e auxílio da mesma:
Num momento inicial, inspirar e expirar pelo nariz;
Posteriormente, inspirar pelo nariz e expirar pela boca;
Inspirar e expirar pela boca.
Objetivos do exercício: preferencialmente, realizar o exercícios à frente de um
espelho para ver o movimento que o corpo realiza – inspiração: peito levanta e a
barriga vai para “fora” (músculos abdominais relaxam); expiração: peito desce e
barriga vai para dentro (contração dos músculos abdominais). Se o exercício for
realizado de pé ou sentado, ter atenção para ter as costas eretas e as pernas afastadas à
largura dos ombros ou anca. É também objetivo do presente exercício ajudar a ficar
relaxado e descontraído, sem realizar qualquer tensão no corpo.
2 Pilafian, S. e Sheridan, P. (2002). Breathing gym, (1ª.ed.). Focus on excellence
34
Fig. 9 – (da esquerda para a direita): Tensão e Relaxamento
2 – O presente exercício é aconselhado por diferentes professores a ser realizado
em pé:
Costas eretas, pés à largura dos ombros, mãos e braços inicialmente
estendidos e encostados às pernas;
Subir as mãos até à altura da cabeça e braços até à altura dos ombros; depois
voltar à posição inicial (mãos e braços encostados às pernas);
Fig. 10 – Elevar as mãos até cima da cabeça, inspirar; ao descer, expirar;
35
Realizar o exercício algumas vezes, preferencialmente a ♩ = 60.
Fig. 11 – Processo de expiração: descer os braços enquanto expira
3 – o presente exercício, preferencialmente deve ser realizado em pé
- Para este exercício é necessário uma folha de papel A4.
Colocar a folha de papel encostada a parede à altura dos ombros da pessoa
que realizar o exercício, e numa fase inicial segurar a folha;
De seguida, a pessoa deverá colocar-se em frente da parede e da folha, e
imaginar um ponto no centro dessa folha; inspirar e deixar sair o ar na
direção desse ponto imaginário; ao expirar para o centro da folha (ponto
imaginário) a pessoa deverá tirar as mãos da folha (não ficar a segurar a
folha), pois se assim fizer o objetivo do exercício não se realiza;
Depois de realizado o ponto anterior, progressivamente a pessoa deverá
afastar-se da parede; as inspirações/expirações deverão ser rápidas para a
folha não cair ao chão e a velocidade do ar deverá ser constante.
O objetivo do exercício é manter uma velocidade de ar constante/permanente e
realizar inspirações rápidas, para em contexto musical não “cortar” constantemente as
frases musicais.
36
4 – Exercício realizado com o auxílio da trompa (poderá ser realizado em pé ou
sentado)
Depois de realizados os exercícios anteriores, um outro exercício possível é
expirar para dentro da trompa;
Num momento inicial, se a trompa for dupla (trompas Fá e Si bemol (F e
Bb)), para ser mais fácil, poderemos realizar o presente exercícios em
trompa Bb;
Assim, inspirar o ar que está dentro da trompa (poderá ser o ar que está
dentro da trompa ou não) e expirar para dentro da trompa;
Preferencialmente, cada inspiração/expiração deverá ser realizada duas
vezes;
Depois, e consoante a posição dos harmónicos da trompa, é aconselhado
descer de meio em meio tom, aumentando assim o comprimento do tubo,
por exemplo: Trompa Bb: 0, 2, 1, 12, 23, 13, 123 (continuar o exercício em
Trompa Fá, descendo harmonicamente – digitação descrita anteriormente);
Este exercício em Trompa F é ligeiramente mais complicado devido ao
comprimento dos tubos ser maior, mas, o processo de realização do
exercício deverá ser o mesmo que o descrito no ponto anterior (começar
com trompa Fá (digitação 0) e descer de meio em meio tom: 0, 2, 1, 12, 23,
13, 123).
2.2.2 Exercícios de respiração (com utensílios)
Os exercícios de respiração deveriam-se realizar de forma vigorosa e exagerada,
com uma abertura de lábios pequena.3
O uso dos utensílios de respiração servem para nos ajudar a usar de maneira
correta, a forma de como deveremos respirar na hora de tocar. Assim, de vários utensílios
de respiração existentes, os mais utilizados são: Respiratory Trainer Inspiron, Breathing
Bag, Breath Builder, Flow – Ball e Ultrabreathe.
3 David Muñoz Velázquez, in http://blog.davidtuba.com/es/respiracio
37
Exercício de respiração com Respiratory Trainer Inspiron
Respiratory Trainer Inspiron é um incentivador da inalação, que permite ter uma
referência visual de quanto ar podemos inalar. Este aparelho foi desenhado para a inalação,
mas quando invertido, poderá ser utilizado para a exalação.
Respiratory Trainer Inspiron é utilizado para medir a resistência e serve para
fortalecer os músculos respiratórios, permitindo uma respiração profunda saudável.
Fig. 12 – Respiratory Trainer Inspiron
Exercício de respiração com Breathing Bag
O Breathing Bag (ou bolsa de ar) tem vários usos, tais como: medir a capacidade
pulmonar, exercícios de inalação e exalação, inalar até à máxima capacidade e exalar com
todo o ar numa só expiração.
A medição da capacidade pulmonar é utilizada para pessoas que têm uma
capacidade pulmonar igual ou menor que a capacidade da bolsa (5/6 litros).
Aqui, os exercícios de inalação/exalação são ideais para a prática de
encher/esvaziar completamente a bolsa de ar (ou seja, “encher/esvaziar” os pulmões
levando-os ao limite), onde o atingir os extremos da capacidade pulmonar se revela
importante. Inalar e exalar de forma repetida com o ar que está na bolsa, poderá ser feito
comodamente durante 20 segundos. Para a realização do exercício devemos de inalar até à
máxima capacidade e exalar com todo o ar numa só expiração; ao repetir o mesmo
exercício, colocamos um dedo na entrada/saída do ar (a tapar o orifício) e ao expirar, em
vez de o fazermos para a bolsa, fazemos para o instrumento. A bolsa dá-nos uma ideia
visual da quantidade de ar que utilizamos. Um possível exercício com este utensílio e
auxiliado pelo bocal é: primeiro colocamos o bocal no tubo de entrada da bolsa, inspiramos
como anteriormente foi descrito e de seguida expiramos para dentro da bolsa, vibrando os
lábios através do bocal (assim, todo o ar que usamos quando tocamos no bocal encherá a
38
bolsa). Realizando este exercício à frente de um espelho, vemos o ar que utilizamos
enquanto tocamos. Se a isto juntarmos uma boa inspiração/expiração, a bolsa encherá mais.
Fig. 13 – Breathing Bag (Bolsa de ar)
Exercício de respiração com Breath Builder
Breath Builder é utilizado para se sentir a inalação e a exalação. Composto por um
tubo plástico com uma bola de ping pong no seu interior, e na parte superior tem 3
orifícios com tamanhos diferentes para variar a resistência dos exercícios. Este utensílio, ao
ser utilizado permite visualizar algo parecido com o que um violinista faz com o arco,
quando este vai da ponta até ao tálon.
O uso de Breath Builder requer uma constante atenção quer na inalação quer na
exalação o máximo de tempo possível, onde se deve procurar manter a bola no topo com o
menor esforço possível. Este utensílio é um recurso visual que ajuda a compreender o
conceito de respiração e também permite desenvolver uma respiração constante,
aumentando a capacidade da mesma. O uso deste instrumento permite eliminar a quebra de
frases e contribui para uma melhor qualidade sonora.
Breath Builder possui ainda dois tubos com diâmetros diferentes, no qual o
segundo tubo (diâmetro mais pequeno) ajuda a aumentar a resistência. O objetivo deste
instrumento é manter a bola a maior quantidade de tempo possível no topo (aumentando a
resistência).
Fig. 14 – Breath Builder
39
Exercício de respiração com Flow – Ball
Flow-Ball é considerado um utensílio divertido para as crianças que iniciam a sua
aprendizagem a um instrumento de sopro ou canto. Este aparelho permite o
desenvolvimento da coluna de ar, melhorando o volume pulmonar. Com este utensílio, o
exercício consiste em manter a bola suspensa no ar com a expiração. O mesmo exercício
ao ser repetido, as inalações seguintes serão mais completas.
Fig. 15 – Flow – Ball
Exercício de respiração com Ultrabreathe
O funcionamento do Ultrabreathe baseia-se na criação de resistência ao inalar e
exalar. Este possui um sistema de válvulas ajustáveis, possibilitando regular a qualquer
momento a resistência das inalações e exalações de forma independente.
O uso diário permite o aumento da capacidade pulmonar, o controlo da respiração,
o aumento da resistência e dos músculos que intervêm na respiração. Melhora ainda a
capacidade do som e possibilita às células mais oxigénio.
Fig. 16 – Ultrabreathe
Segundo David Muñoz Velázquez, os utensílios de respiração ajudam a usar de
forma correta a maneira como respiramos na hora de tocar, como já foi referido. Estes
ajudam também a melhorar a saúde do corpo, a desenvolver a capacidade pulmonar, a
controlar a inalação e exalação, a eliminar o espaço entre as frases musicais (a pausa
realizada para respirar é mais despercebida) e permitem ainda o aperfeiçoamento do som
(aumenta a capacidade de realizar notas mais precisas, mais longas e suaves).
40
3. Aplicação do Projeto de Investigação: Estudo de caso sobre
exercícios de respiração
3.1 Enquadramento e Objetivos específicos
Na presente investigação, foram escolhidos 5 alunos do ensino básico de trompa da
Academia de Música de Arouca, local onde a investigadora leciona, para a realização de
exercícios de respiração sem e com utensílios. A amostra é constituída por 3 alunos do
sexo masculino e 2 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 10 e 14 anos. No
entanto, para além dos 5 alunos escolhidos para realizarem exercícios de respiração sem e
com utensílios, a presente investigação pôde ainda contar com a participação de mais 4
alunos – do sexo masculino – sendo assim um total de 9 alunos inquiridos sobre o
conhecimento que têm de exercícios e utensílios de respiração. Todos os alunos que
participaram no estudo estão inscritos no curso de música – ensino articulado – no ano
letivo 2015/2016, na Acadima de Música de Arouca.
O principal objetivo específico do presente estudo é demonstrar como os exercícios
de respiração são importantes para uma performance musical possibilitando um melhor
controlo do ar, aperfeiçoamento da qualidade de respirar para a execução instrumental – no
caso a trompa – uma melhor afinação, melhor qualidade timbrica e sonora. Aqui, a
observação direta foi fundamental bem como o contacto com os alunos para a posterior
realização e acompanhamento dos exercícios.
3.2 Métodos de estudo
O presente estudo contou com a colaboração de 5 alunos da Academia de Música
de Arouca, onde estes realizaram exercícios sem e com utensílios de respiração.
Num momento inicial, e por questões éticas, foi elaborado um documento onde os
Encarregados de Educação consentiram a participação dos seus educandos no estudo
(Anexo 1: Declaração de Permissão), por se tratarem de alunos menores. Para além da
redação de um documento de autorização, os Encarregados de Educação foram também
contactados pessoalmente pela investigadora, mais uma vez, por questões morais.
Após a recolha das autorizações e antes de avançar com os exercícios de respiração,
os alunos foram convidados a responder a um inquérito (Anexo 2: Questionário número 1)
para saber quais os hábitos dos mesmos para a execução instrumental assim como se
41
faziam exercício físico (que ajuda a desenvolver os músculos do sistema respiratório) e se
conheciam algum utensílio de respiração. As respostas aos inquéritos estarão expostas mais
à frente no presente documento.
Realizados os inquéritos iniciais, os alunos começaram a realizar exercícios de
respiração4 (sem utensílios) em aula, tendo estes uma duração aproximada de 15 minutos.
Os exercícios foram realizados durante três semanas e ao longo da realização prática ia
sendo explicado aos alunos como funcionava o sistema respiratório assim como qual era o
objetivo dos diversos exercícios. Em relação aos exercícios de respiração com utensílios5,
os mesmos foram realizados durante 3 semanas, tendo também a duração aproximada de
15 minutos. Em semelhança aos exercícios de respiração sem utensílios, aos alunos ia
sendo explicado os objetivos de cada exercício assim como a finalidade de cada utensílio:
quais os objetivos que se pretendiam atingir e de como os mesmos exercícios podem ser
aplicados de diferentes formas no estudo de instrumento.
É objetivo da presente investigação comprovar que os exercícios de respiração,
quer sem quer com utensílios, são uma mais valia para a execução instrumental e que
contribuem para uma melhor performance dos alunos – a nível de afinação e qualidade
sonora – estando estes em contexto de aula ou apresentações públicas. Para isso, os
métodos de estudo utilizados foram a observação direta, a realização de inquéritos e a
execução de exercícios de respiração.
4Os exercícios de respiração realizados foram os que estão descritos no subcapítulo 2.2.1.
5Os utensílios utilizados para os exercícios de respiração foram alguns dos descritos no subcapítulo 2.2.2,
nomeadamente breathing bag, breath builder e flow-ball.
42
3.3 Recolha e análise de dados
Num momento inicial foram realizados inquéritos aos alunos (Consultar anexo 2:
Questionário número 1). Após a recolha e análise das respostas, podemos afirmar que a
maioria dos alunos tem uma atividade física regular – como se pode observar no gráfico 1
– onde praticam exercício físico em média 2 horas por semana, assim como também têm
uma prática de estudo instrumental diário, em média 1 hora de estudo semanal (ver gráfico
2).
Graf. 1 – Resposta ao inquérito sobre o total de horas de prática desportiva
Graf. 2 – Tempo médio de estudo diário
43
Na realização dos inquéritos iniciais os alunos foram também questionados se
tinham algum familiar que tocasse algum instrumento e se estudavam juntos (ver gráfico
3). A maior parte dos inquiridos, respondeu que tem familiares que tocam outro
instrumento sem ser a trompa, no entanto a maioria respondeu igualmente que não
partilham o estudo. Esta pergunta foi considerada relevante para a investigação, pois
muitas das vezes a partilha de estudo resulta também em troca de exercícios e ideias sobre
um determinado assunto, onde muitos dos exercícios partilhados poderiam ser sobre
respiração, mas tal – e no presente caso – não se verifica.
Graf. 3 – Familiares dos alunos que tocam instrumento e hábitos de estudo partilhado
Uma outra questão considerada pertinente, por nos possibilitar perceber quais os
possíveis hábitos de estudo que os alunos têm, foi saber à quantos anos os mesmos tocam
trompa. Aqui, como é visível no gráfico 4, a maioria dos alunos estuda trompa à cerca de
dois anos. Podemos assim considerar que os hábitos de estudo ainda estão em construção.
Graf. 4 – Número de anos da aprendizagem da trompa
44
Porém, para a realização dos exercícios de respiração foi tido em consideração os
diferentes graus de ensino em que os alunos se encontram. Assim, apesar dos diferentes
graus de ensino, todos os alunos que participaram na presente investigação até ao início da
mesma, nenhum dos participantes tinha realizado exercícios de respiração com utensílios.
A abordagem aos exercícios de respiração, sem e com utensílios, teve a duração de cerca
de dois meses e foi iniciada e finalizada com todos os alunos intervenientes (5 alunos) no
mesmo período de tempo.
Entre outras questões, numa primeira fase de inquérito, os alunos foram
questionados se têm por hábito realizar exercícios de respiração (ver gráfico 5). Para os
que responderam positivamente, foi-lhes questionado que tipo de exercícios faziam, ao que
responderam que realizavam respirações profundas, sopravam para dentro da trompa e
num caso excecional, um dos alunos utilizava um utensílio de respiração de vez enquando,
não sabendo no entanto o nome técnico do aparelho que estava a utilizar.
Graf. 5 – Hábitos de realizar exercícios de respiração
Depois da realização do inquérito, surgiram os exercícios práticos com 5 alunos
(como foi já referido). Num momento inicial, os exercícios de respiração executados sem
utensílios foram os descritos no subcapítulo 2.2.1 – Exercícios de respiração (sem
utensílios). Os mesmos foram realizados durante três semanas consecutivas, tendo a
duração aproximada de 15 minutos. Aqui a observação direta foi fundamental, sendo a
avaliação realizada aos alunos baseada em critérios recolhidos e selecionados por
45
pedagogos da área de sopros metais (Anexo 3: Quadro de avaliação de desempenho do
aluno).
Relativamente aos exercícios de respiração com utensílios, estes foram também
realizados durante 3 semanas, com duração aproximada de 15 minutos. Os utensílios
utilizados para a realização dos exercícios foram: breathing bag, breath builder e flow-ball.
Estes aparelhos foram descritos no subcapítulo 2.2.2 – Exercícios de respiração (com
utensílios). Depois dos alunos contactarem com os utensílios e de os experimentarem
durante o período referido, os participantes foram convidados a responder novamente a um
inquérito. Os dados recolhidos do mesmo, revelaram que: antes do início do estudo, 4 dos
5 alunos que responderam ao inquérito conheciam pelo menos um aparelho de respiração,
como se pode observar no gráfico 6.
Graf. 6 – Conhecimento dos utensílios de respiração
Uma outra questão colocada, foi se os inquiridos consideravam importante a
realização de exercícios de respiração com utensílios e o porquê. Todos responderam que é
importante a realização de exercícios de respiração com utensílios, pois permite controlar
melhor o ar na execução instrumental assim como ajuda a criar uma melhor caixa de ar. Os
alunos referiram também que após a realização dos exercícios sentiam melhorias no seu
desempenho performativo, bem como disseram também que conseguem controlar melhor a
respiração a tocar trompa.
Quando questionados se tinham consciência da respiração que praticavam durante o
seu estudo diário, a maioria disse que sim, que tinha consciência, e outros por sua vez não
prestavam atenção, como é visível no gráfico 7.
46
Graf. 7 – Consciência da respiração praticada na execução instrumental
Quando questionados se colocavam em prática os exercícios realizados na
investigação (sem e com utensílios), só um aluno referiu que sim, que realizava alguns dos
exercícios de respiração, não referindo no entanto qual o exercício que realizava. Os alunos
foram ainda questionados se tinham percebido a finalidade dos exercícios e qual tinha sido
o utensílio em que sentiram mais dificuldade. À primeira questão, os inquiridos
responderam afirmativamente (que perceberam a finalidade dos utensílios); à segunda
questão, o utensílio em que sentiram mais dificuldade foi o breath builder, onde a
justificação dada foi que não conseguiam respirar a tempo de manter a bola suspensa no ar.
Após a realização dos exercícios sem e com utensílios de respiração, os alunos
foram convidados a responder a um inquérito para recolher a opinião dos mesmos sobre os
exercícios realizados. Nas várias respostas dadas, os alunos referiram que os exercícios
propostos foram úteis e que contribuíram para uma melhor prática instrumental. A
questões de carácter mais específico, como por exemplo o exercício de respiração (sem
utensílios) que sentiram mais dificuldade, a maioria dos alunos respondeu que foi o
exercício número 3 (descrito no subcapítulo 2.2.1). Ainda neste ponto, os alunos referiram
que gostariam de ter tido a oportunidade de realizar mais exercícios de respiração e
variados. Nas questões específicas sobre os exercícios de respiração, mas com utensílios,
os alunos referiram ser importante a realização dos mesmos, pois sentiam que os ajudava a
soprar mais, a enviar mais quantidade de ar para o instrumento e que lhes proporcionava
uma melhor forma de tocar (melhor qualidade sonora).
47
4. Resultados
Na amostra de 5 alunos que participaram na presente investigação, podemos
concluir que após a realização dos exercícios de respiração sem utensílios, tal como é
possível observar no gráfico 8 há uma gradual evolução de semana para semana, onde os
exercícios sem utensílios se revelaram práticos e úteis na execução instrumental. Os
critérios selecionados para avaliar a execução dos exercícios de respiração foram: a forma
como os alunos respiravam (se pelo nariz ou pela boca), a postura, a execução de frases
musicais em contexto de estudos6 com diferentes dinâmicas e andamentos.
Gráfico 8 – Evolução semanal da realização de exercícios de respiração sem utensílios
Em relação aos exercícios de respiração com utensílios, os alunos facilmente se
adaptaram aos objetos e perceberam como o exercício deveria ser realizado. No entanto, no
momento de tocarem os estudos5, alguns alunos mal respiravam para tocar os mesmos.
Aqui, era referido para não se esquecerem de respirar assim como para não descartarem
todo o trabalho realizado até ao momento. Para os alunos que no início realizavam uma
boa respiração, os mesmos ao realizarem a segunda respiração, no local indicado, era-lhes
6 Os estudos realizados pelos alunos foram do livro Robert Getchell, First book of practical studies for french
horn. Este livro de estudos é adequado ao ano em que os alunos se encontram, onde para avaliação destes
exercícios, os estudos selecionados foram os primeiros do livro. Nos mesmos, foi pedido aos alunos para
respirarem todos no mesmo sítio (inicialmente de dois em dois compassos e posteriormente de quatro em
quatro compassos), onde os estudos eram realizados com andamentos e dinâmicas diferentes, mas
previamente era dada a indicação de como deveriam executar.
48
pedido para respirarem da mesma forma que tinham realizado os exercícios de respiração
com utensílios: imaginar que tinham o utensílio à sua frente em vez da trompa. De uma
forma geral, sempre que os alunos eram aludidos à imagem do utensílio, os mesmos
realizavam uma melhor respiração. A alusão à imagem dos utensílios foi realizada com
todos os alunos.
Porém, a opinião dos alunos sobre os exercícios de respiração realizados sem e com
utensílios foi importante. Assim, a opinião recolhida através de inquéritos com resposta
aberta sobre os exercícios foi fundamental, onde os alunos referiram que ficaram a
perceber melhor o funcionamento do sistema respiratório, que os alertou para a consciência
do ato de respirar, que lhes possibilitou o conhecimento de novos exercícios e formas
como os exercícios de respiração lhes poderiam ajudar a relaxar em situações de stress.
Ainda neste ponto, quando questionados qual o utensílio que se sentiam melhor ao realizar
os exercícios propostos, os mesmos referiram que foi o flow-ball. Por sua vez, ao serem
questionados de qual seria o utensílio ideal para realizarem exercícios de respiração, as
respostas foram variadas: alguns dos alunos referiram um utensílio concreto (por se terem
adaptado ao mesmo e por terem gostado de experimentar), outros, por sua vez referiram
que deveria ser a junção dos três utensílios (breathing bag, breath builder e flow-ball), pois
para estes inquiridos os utensílios completam-se e os mesmos identificaram-se com os três
objetos experimentados.
Deste modo, e realizando uma avaliação dos exercícios concretizados sem
utensílios de respiração, podemos afirmar que estes foram bem concebidos pelos alunos e
que são exercícios que poderão ser colocados em prática diariamente sem ser necessário
qualquer gasto para a realização dos mesmos. Porém, em relação aos exercícios de
respiração com utensílios, podemos afirmar que os mesmos deram continuidade aos
previamente realizados. No entanto, os resultados aqui obtidos revelaram que mais
facilmente os alunos conseguiam obter uma melhor qualidade sonora, timbrica, tocar frases
mais longas, assim como uma melhor afinação (por estabilizarem o som). Podemos assim
afirmar que realizar exercícios de respiração com utensílios é uma mais valia na
aprendizagem de um instrumento de sopro, no caso a trompa. Apesar de alguns destes
utensílios terem um custo elevado, a sua utilização é uma mais valia.
49
5. Conclusões
A presente investigação constitui um dos primeiros trabalhos realizados sobre
exercícios de respiração (sem e com utensílios) para trompistas redigida em português,
onde os exercícios explorados pretendem melhorar as capacidades dos alunos, no caso de
trompa. Os exercícios que foram propostos, quer sem quer com utensílios, podem ser
exercitados diariamente por músicos ou por outras pessoas que pretendam melhoram a
capacidade pulmonar.
No presente trabalho, a consulta de literatura existente para trompa, trompete e tuba
sobre exercícios de respiração foi fundamental, pois permitiu perceber o trabalho que
outros pedagogos têm desenvolvido, as conclusões que os mesmos retiraram e assim,
depois de perceber o que tinha sido realizado noutras áreas instrumentais, aplicar esses
exercícios para os alunos de trompa e em certos exercícios adaptá-los.
A realização dos diversos exercícios e o contacto com os utensílios de respiração
foi um ponto fulcral na presente investigação, revelando resultados positivos. Todos os
exercícios realizados, nomeadamente com os utensílios, trouxeram benefícios para a
prática instrumental, principalmente na realização de frases mais longas e com melhor
qualidade sonora.
A opinião, através de questionários, daqueles que participaram na investigação foi
fundamental, pois permitiu perceber que conhecimento os alunos tinham sobre a
respiração, que exercícios desenvolviam em torno desta temática assim como a experiência
que os mesmos tiveram com os utensílios, que se revelou positiva.
De uma forma geral, o presente estudo conseguiu atingir os objetivos a que
inicialmente se propôs: dar a conhecer os utensílios de respiração assim como alguns
exercícios de respiração práticos de realizar, e ainda reforçar que a prática de exercícios de
respiração é benéfica para a performance musical.
50
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https://www.youtube.com/watch?v=tTDOCqIqlzU
Play with a Pro Music Academy. (2013). Trombone lessons, Breathing Fundamentals for
Trombone with Steenstrup, Die Valkyrie. Consultado em novembro de 2015, em
https://www.youtube.com/watch?v=WcRuvltoVKk
The Breathing Gym. (2009). The Breathing Gym - Sam Pilafian Patrick Sheridan MUST
SEE FOR BAND MEMBERS Official Video. Consultado em outubro de 2015, em
https://www.youtube.com/watch?v=qEz0ku-oXM4
Tim Weir. (2014). How to: breath for brass playing. Consultado em dezembro de 2015, em
https://www.youtube.com/watch?v=F7mIlsvkAM4
53
7. Anexos
Anexo 1: Declaração de Permissão
Declaração de Permissão
Eu, ____________________________________________, Encarregado de Educação
do Aluno __________________________________________________________,
Autorizo/Não autorizo (riscar o que não interessa) o meu educando a se necessário
realizar gravações audiovisuais, a responder a inquéritos e a tudo o que for necessário
realizar para a investigação de Natália Faria, cujo tema é: Respiração no Ensino
Musical: Trompa.
O presente projeto sobre o tema referido, insere-se na investigação para o Projeto
Educativo, que permitirá a conclusão de Mestrado em Ensino de Música à promotora
da investigação.
Toda a informação recolhida será utilizada única e exclusivamente para fins
académicos.
Arouca, 17 de fevereiro de 2016
______________________________________________
(Encarregado(a) de Educação)
______________________________________________
(Investigador(a) Natália Faria)
54
Anexo 2: Questionário número 1
55
2
8. horas de atividade tens de trompa (aula, orquestra, banda) por semana?
________________________________ _______________________________
9. Praticas algum exercício físico? Qual ou quais?
_______________________________________________________________
9.1. Quanto tempo dedicas a essa atividade física que praticas?
_______________________________________________________________
10. Conheces algum aparelho/utensílio de respiração? Sim____ Não ____
10.1. Se sim, qual?
_______________________________________________________________
11. Tens por hábito fazer algum exercício de respiração para a execução da
trompa? Sim ___ Não ___
11.1. (Para quem respondeu positivamente à questão anterior) Que tipo de exercício
(s) fazes? _____________________________________________________
_______________________________________________________________
Muito obrigada pela tua participação!
56
Anexo 3: Quadro de Avaliação de Desempenho do Aluno
Quadro de Avaliação de Desempenho do Aluno
Avaliação de Desempenho do Aluno
Nome do Aluno:
Aula nº:
Data: 00/00/2016
Parâmetros Níveis
1 2 3 4 5
1. Postura Corporal
1.1. Pés assentes no chão e alinhados pela largura da anca.
1.2. Costas erectas.
2. Desempenho respiratório
2.1. Execução do exercício respiratório.
2.2. Expansão respiratória (subida/descida da caixa toráxica).
2.3. Coordenação da musculatura do aparelho respiratório no
processo de inspiração com a execução da trompa.
2.4. Coordenação do aparelho respiratório com o processo de
expiração na execução da trompa.
2.4.1. Estabilidade frequencial da coluna do ar durante a expiração.
2.5. Duração da expiração (curta/longa).
3. Desempenho técnico
3.1. Afinação.
3.2. Qualidade sonora.
3.3. Articulação.
3.4. Execução de dinâmicas.
57
Anexo 4: Questionário número 2
58
2
7. Achas que melhoraste a tua performance musical com o uso dos aparelhos
respiratórios? Sim___ Não___
8. Achas que com o uso dos aparelhos respiratórios, o teu controlo de respiração
aumentou? Sim____ Não____
9. Durante o teu estudo/prática semanal com a trompa tens consciência do tipo de
respiração (respiração calma, profunda) que praticas? Sim____ Não____
10. Pões em prática algum dos exercícios de respiração (sem e com utensílios) que te
foram propostos a fazer? Sim____ Não____
10.1. Se sim, quais? _____________________________________________________
______________________________________________________________________
11. Como achas que deveria ser o aparelho de respiração ideal para ti?
______________________________________________________________________
_______________________________________________________ _______________
12. Compreendeste a finalidade dos exercícios? Sim___ Não___
12.1.Se não, qual a parte que não percebeste? _________________________________
_______________________________________________________________ _______
13. Qual dos aparelhos de respiração achaste mais difícil? (assinala com um X)
13.1. Porquê?
___________________________________________________ ___________________
______________________________________________________________________
Muito obrigada pela tua participação!
59
Anexo 5: Opinião sobre os exercícios de respiração
60
2
3.2. Houve algum utensílio em que não tenhas percebido a sua finalidade? Porquê?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3.3. Consideras importante realizar exercícios de respiração com utensílios? Porquê?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. Que conhecimentos te trouxe a presente investigação? Ajudou-te na execução
instrumental? Tornou-te mais consciente do sistema respiratório e dos músculos
intervenientes na respiração?
_____________________________________________________________________
_________________________________________________________________ ____
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Muito obrigada pela tua participação!
61
Anexo 6: Catálogo de utensílios de respiração
Produto/Imagem Descrição
Variable Resistance Compound Gauge
Composto por um tubo de plástico resistente, com quatro
orifícios de diâmetro diferentes para variar a resistência e um
medidor de pressão que mede a inalação e exalação.
O objetivo deste exercício é o executante concentrar-se na
inalação que deverá ter a maior duração possível antes da
expiração.
PowerLung AireStream
Objeto que ajuda a exercitar os músculos respiratórios. Podem
ser realizados exercícios que utilizam técnicas para treinar o
aumento da capacidade pulmonar. Os estudos realizados sobre
este objeto revelam o que anteriormente foi descrito, assim
como revelam também uma maior capacidade para inalar e
exalar durante a respiração. Usar o PowerLung como
equipamento para treinar os músculos pulmonares permite uma
maior flexibilidade, aquisição de tensão e relaxamento, o que
resulta numa melhor qualidade sonora. Método conhecido
como limiar de resistência. Esta ferramenta foi projetada para
trabalhar a inalação e exalação, podendo ambas ser ajustadas
ao nível de resistência. PowerLung foi projetado para um uso
simples não necessitando de muito tempo a realizar o exercício.
Muitos estudos mostram os benefícios desta ferramenta,
nomeadamente para as pessoas que sofrem de asma.
Iron Man Plus medium/light
Aparelho usado para trabalhar a resistência dos músculos
respiratórios.
Peak Flow Meter
É um medidor do fluxo respiratório que serve para desenvolver
a capacidade de respirar muito ar num curto espaço de tempo.
Ao soprar através de um bocal, este utensílio pode medir a
força do ar em litros por minuto e é possível fazer uma leitura
em escala dada. Através de exercícios Peak Flow Meter ajuda a
trabalhar a respiração com o diafragma. O uso do Peak Flow
pode ajudar a manter o controle da asma ao longo do tempo
(em pessoas que têm asma).
62
Shaker Classic
Produto ideal para fisioterapia respiratória como auxiliador em
ações preventivas contra infeções bronco-pulmonares. Os
principais benefícios deste aparelho são: mobiliza as secreções;
facilita a expectoração, indicado para infeções pulmonares,
asma, bronquite, entre outros; previne infeções respiratórias.
Respiratory Trainer Inspiron
Serve para fortalecer os músculos respiratórios e para permitir
uma respiração profunda saudável.
Ultrabreathe
Produto que permite o controlo de uma respiração adequada.
Funciona baseado na resistência, inalação/exalação, e a
resistência criada estimula todos os músculos respiratórios a
trabalharem mais. À medida que a resistência respiratória
melhora o Ultrabreath pode gradualmente ser ajustado para
proporcionar mais resistência. Benefícios no uso deste
instrumento são: aumenta a capacidade, potência e resistência
pulmonar; maior controle da respiração; aumenta a resistência
dos músculos respiratórios; respirar de maneira profunda e
controlada; aumenta o desempenho físico; maior oxigenação
das células; entre outras.
Breath Builder
É um recurso visual que ajuda a compreender o conceito de
respiração. É um instrumento que ajuda a desenvolver uma
respiração constante, aumentando a capacidade de respiração.
Elimina quebra de frases e contribui para uma melhor
qualidade sonora. Breath Builder possui dois tubos com
diâmetros diferentes, no qual o segundo tubo (diâmetro mais
pequeno) ajuda a aumentar a resistência (o primeiro tubo foi
descrito anteriormente). O objetivo deste instrumento é manter
a bola o maior tempo possível no topo.
Breathing Bag Instrumento também conhecido por bolsa de látex e com vários
tamanhos. Estas bolsas de borracha podem ser usadas para
calcular a estimativa da capacidade dos pulmões das pessoas.
63
Breath Trainer Smile Plus
Este aparelho permite o aumento do volume pulmonar e uma
melhoria de oxigénio no sangue.
Tri-Ball Breath Coach
Neste instrumento, a taxa de fluxo de ar é variável. Ajuda na
formação de uma boa e correta respiração. O presente aparelho
é composto por três bolas que estão colocadas em três câmaras
diferentes.
Lung Volume Exerciser
Produto ideal para fortalecer e aumentar a capacidade
pulmonar.
Flow – Ball
Permite realizar de forma lúdica exercícios de respiração;
melhora o volume pulmonar e serve para trabalhar o fluxo de
ar.
64
65
Parte II – Relatório Final de Prática de Ensino Supervisionada
66
67
Índice
1. Introdução .................................................................................................. 69
2. Contextualização Escolar ......................................................................... 70
2.1. Contexto em que decorreu a formação PES ......................................................... 70
2.2. Descrição e caracterização do estabelecimento de ensino de acolhimento ........ 70
3. Caracterização dos alunos da classe de trompa para formação PES .. 73
3.1. Descrição dos alunos ............................................................................................... 73
3.2. Descrição da relação pedagógica ........................................................................... 74
3.3. Definição do plano anual de formação da estagiária e dos alunos do CMACG 74
3.4. Descrição de metodologia de ensino-aprendizagem e de avaliação .................... 75
4. Relatório de aulas ...................................................................................... 76
4.1. Aulas assistidas: 2º Grau ........................................................................................ 76
4.2. Aulas assistidas: 7º Grau ........................................................................................ 94
4.3. Aulas coadjuvadas: 2º Grau ................................................................................. 111
4.4. Aulas coadjuvadas: 7º Grau ................................................................................. 124
5. Atividades Extracurriculares ................................................................. 141
5.1. Organização de atividades .................................................................................... 141
5.2. Participação ativa em atividades ......................................................................... 143
6. Agradecimentos ....................................................................................... 144
7. Anexos....................................................................................................... 145
68
69
1. Introdução O presente relatório de estágio insere-se na Unidade Curricular (UC) de Pática de
Ensino Supervisionada (PES), frequentada no segundo ano do Mestrado em Ensino de
Música, do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, DeCA –
UA.
Do ponto de vista formal, o relatório é constituído por duas partes: a primeira parte
refere-se a uma pequena contextualização histórica e geográfica da instituição de
acolhimento e a segunda parte alude ao trabalho de investigação, realizado no âmbito da
UC. Assim, relativamente à primeira parte, é efetuado um enquadramento da instituição
onde foi realizada a prática pedagógica supervisionada, através da sua contextualização
histórica e geográfica, da sua identificação e descrição do projeto educativo para o ano
letivo de 2015/2016. Em relação à segunda parte, a mesma é compreendida pela descrição
da prática pedagógica desenvolvida durante o estágio, com a enumeração dos objetivos,
programa de formação curricular, repertório, planificações e relatórios das aulas assistidas
e lecionadas.
Em suma, a obra descreve o percurso formativo da estagiária, com especialização
em Trompa, ao longo do ano letivo 2015/2016, no Conservatório de Música de Aveiro
Calouste Gulbenkian (CMACG).
70
2. Contextualização Escolar
2.1. Contexto em que decorreu a formação PES
A Prática de Ensino Supervisionada contempla a ligação entre dois espaços
educacionais: a Universidade de Aveiro e o Conservatório de Música de Aveiro Calouste
Gulbenkian (CMACG).
Sendo aluna de Trompa, a formação que decorreu no âmbito desta área no
CMACG, situado na Avenida Artur Ravara – Aveiro, contou com a orientação cooperante
do Professor Eduard Tauber (CMACG), orientação pedagógica do Professor José Bernardo
Silva e orientação científica do Professor Doutor Evgueni Zoudilkine.
Por motivos organizacionais internos do CMACG, a PES teve início no mês de
outubro do 2015 e findou em maio de 2016.
2.2. Descrição e caracterização do estabelecimento de ensino de
acolhimento
O Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian (CMACG) é conhecido
como “um estabelecimento de Ensino Vocacional da Música” e foi inaugurado em outubro
de 1960 com o nome de Conservatório Regional de Aveiro. Nos dois primeiros anos, o
Conservatório esteve instalado no antigo Liceu Nacional de Aveiro (atual Escola
Secundária José Estevão) e posteriormente num edifício anexo à Igreja da Misericórdia.
No ano letivo de 1970/71 o Conservatório passou a ocupar as atuais instalações na Avenida
Artur Ravara, sendo as mesmas construídas de raiz pela Fundação Calouste Gulbenkian. A
1 de outubro de 1985, o Conservatório passou a ser designado por Conservatório de
Música de Aveiro de Calouste Gulbenkian (CMACG), pela conversão deste
estabelecimento de ensino particular (sendo até 1985 referido como Conservatório
Regional de Aveiro) em ensino público, através da Portaria nº 500/85 de 24 de julho.
Atualmente o CMACG insere-se na rede pública do Ensino Vocacional da Música e da
Dança (CMACG, 2015).
Por sua vez, a cidade de Aveiro, com características geográficas privilegiadas,
permite que o ensino artístico possa funcionar em rede, onde os alunos facilmente se
podem deslocar do estabelecimento do ensino regular para o estabelecimento do ensino
71
artístico, potencializando assim os recursos materiais e humanos existentes. Assim, a
relação entre escola e comunidade pode ser potenciada e aprofundada.
Atualmente o CMACG tem cerca de 550 alunos, residindo a maioria fora da cidade
de Aveiro.
O Conservatório oferece os seguintes cursos: iniciação; ensino básico: em regime supletivo
ou articulado; complementar: em regime supletivo ou articulado e curso livre. No
Conservatório de Aveiro são lecionadas as seguintes disciplinas: formação musical; música
sacra; jazz; canto e instrumento, nas seguintes áreas:
Cordas Sopros Piano
Violino Madeiras Metais Orgão de Tubos
Viola de Arco Oboé Trompete Cravo
Violoncelo Flauta Transversal Trompa Percussão
Contrabaixo Clarinete Trombone
Guitarra Clássica Fagote Tuba
Flauta de Bisel
Saxofone
O Projeto Educativo da Escola é um dos instrumentos de constituição e de
autonomia do Conservatório. Esta autonomia destaca-se no plano cultural, pedagógico e
administrativo, que consiste no poder que é reconhecido à Instituição para tomar decisões
estratégico, pedagógico, administrativo, financeiro e organizacional. O Projeto Educativo é
um documento de orientação educativa do Conservatório, no qual estão referidos os
princípios, os valores, as metas e estratégias segundo as quais o Conservatório se propõe a
cumprir na sua função educativa. Contudo, o Projeto Educativo é adaptado às
características e recursos da Escola e às solicitações e apoios da comunidade em que se
insere, com a autonomia de gestão de currículos e programas, de acompanhamento e
orientação dos alunos e na gestão dos espaços e tempos de atividades educativas.
Relativamente à comunidade educativa, o CMACG é constituído por cerca de 61
professores, dos quais 33 pertencentes ao quadro de nomeação definitiva e cerca de 28 em
regime de contratação. O corpo do pessoal não docente é constituído proximamente por 9
auxiliares de ação educativa, 5 funcionários administrativos e 2 ajudantes de cozinha.
72
O edifício, por sua vez é composto por 24 salas de aula, gabinete do conselho
executivo, secretaria, sala de professores, sala de convívio dos alunos, biblioteca, recepção,
reprografia, auditórios (anfiteatro e polivalente), bar, instalações sanitárias, sala da
associação de estudantes e sala de reuniões. Devido à especificidade do ensino
especializado da música, o Conservatório possui uma quantidade considerável de
equipamentos tais como instrumentos musicais e audiovisual, necessitando de uma
especial atenção ao nível da manutenção e conservação.
De acordo com o Projeto Educativo do CMACG, são valorizados os princípios
gerais enunciados na Lei de Bases do Sistema Educativo e a defesa, em particular, do
referido no n.º 5 do artigo 2º: “A educação promove o desenvolvimento do espírito
democrático e pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à
livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e
criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na sua transformação
progressiva.” Assim, os valores destacados pelo Conservatório são: democracia,
transparência, competência, profissionalismo, solidariedade, criatividade, liberdade,
honestidade, tolerância e cidadania.
73
3. Caracterização dos alunos da classe de trompa para formação
PES
3.1. Descrição dos alunos
Natural de Aveiro, a Aluna tem atualmente 13 anos e estuda na Escola E.B. 2/3 de
Aradas. Frequenta conjuntamente o 2º Grau de ensino supletivo, na classe de trompa do
Professor Eduard Tauber, no Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian,
onde ingressou no ano letivo 2014/2015. Adicionalmente, a Aluna toca na Banda
Filarmónica Quinta do Picado, Aveiro, onde na mesma banda tem aulas de trompa e
formação musical.
Natural de Angeja e com 11 anos, o Aluno frequenta o Colégio de Albergaria-a-
Velha e conjuntamente o 2º Grau do ensino supletivo, na classe de trompa do Professor
Eduard Tauber CMACG, onde ingressou no ano letivo 2013/2014. Paralelamente o Aluno
frequenta a Banda Filarmónica de Angeja, onde nesse estabelecimento musical tem aulas
de trompa e formação musical.
Natural de Estarreja, o Aluno tem 17 anos e frequenta a Escola Secundária de
Estarreja. A nível musical, o Aluno frequenta o 7º Grau do ensino supletivo, no CMACG.
No Conservatório o aluno tem aulas de Formação Musical, Análise e Técnicas de
Composição (ATC), História e Cultura das Artes (HCA), Coro, Acústica e Trompa, onde
pertence à classe do Professor Eduard Tauber desde o ano lectivo 2009/2010. A par das
atividades do Conservatório, o Aluno frequenta o Centro Cultural e Recreativo de Veiros.
74
3.2. Descrição da relação pedagógica
As aulas de trompa são lecionadas individualmente e poderão ter durações de 45 ou
90 minutos, no estabelecimento de ensino já referido. A lecionação das aulas tem objetivos
bem definidos, como por exemplo: transmissão de conhecimento aos alunos que lhes
permitam aperfeiçoar a performance, fornecer bases sólidas que ajudam à obtenção de
autoconhecimento para a concretização do repertório estipulado pelo programa curricular
da disciplina. Desta forma, podemos considerar que as aulas se dividem em dois
momentos, um para a parte de exercícios técnicos (com a realização de exercícios com
harmónicos e escalas, com diferentes articulações) seguido da execução do repertório
(composto por estudos e uma peça/concerto).
Em relação à abordagem pedagógica do orientador cooperante, este defende que
cada aluno é único e com um ritmo de estudo, aprendizagem e trabalho próprio, onde não
se deverá exigir do aluno mais do que o que o mesmo consegue dar (o nível de exigência
deverá ser de forma gradual, não impondo tudo de uma vez).
A postura da professora estagiária ia em continuidade com a linha de pensamento
do professor cooperante, pois cada aluno é único e com características próprias, exigindo
cada educando uma atenção diferente. A nível de comportamento, a professora estagiária
ia-se adaptando a cada aluno, utilizando a linguagem mais perceptível possível e as
melhores estratégias do seu conhecimento, para a obtenção de resultados eficientes.
3.3. Definição do plano anual de formação da estagiária e dos alunos do
CMACG
O plano de formação de Prática de Ensino Supervisionada a que estive sujeita passa
pela prática pedagógica de coadjuvação letiva, organização e participação em atividades,
sendo estas realizadas no âmbito do estágio. O documento com as informações descritas
anteriormente, encontra-se em anexo devidamente preenchido e assinado (ver Anexo 1:
Plano Anula PES). Por questões de compatibilidade de horários, o mesmo sofreu algumas
alterações ao longo do ano letivo.
Como já foi possível observar no subcapítulo 3.1. – Descrição dos alunos – os
estudantes que me foram atribuídos encontram-se em diferentes graus e diferentes ciclos de
ensino de trompa, ensino básico (2ºgrau) e secundário (7ºgrau). Os critérios gerais
definidos para os referidos alunos constam dos critérios gerais de avaliação de trompa
75
definidos pelo Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian (CMACG), ver
Anexo 4: Critérios gerais de avaliação de trompa.
Tabela 1: Número de aulas previstas e dadas, por período, ao longo do ano letivo 2015/20167
Aulas Previstas Aulas Supervisionadas
1º Período8 8 2
2º Período 10 4
3º Período9 9 4
Total 27 10
3.4. Descrição de metodologia de ensino-aprendizagem e de avaliação
A metodologia aplicada ao longo do ano letivo seguiu os seguintes métodos:
- Expositivo e explicação de conteúdos: consiste na transmissão oral de um determinado
saber, informação ou conteúdo, podendo ser seguido de questões colocadas pelos alunos ou
pelo próprio professor/educador;
- Interrogativo: é um meio muito utilizado e de algum modo eficaz, para saber se os alunos
compreenderam os conteúdos expostos;
- Demonstrativo: baseia-se na transmissão de técnicas, tendo como suporte a repetição do
procedimento através da demostração: explicação – demonstração – aplicação. A
demonstração feita pelo professor/formador poderá funcionar como motivação e
esclarecimento visual do que deverá ser assimilado;
- Ativo: este método consiste na aplicação dos conhecimento expostos, permitindo que o
aluno tome consciência da sua própria aprendizagem.
Em relação à avaliação, a mesma seguiu os parâmetros definidos pelos critérios de
avaliação de trompa do CMACG (ver Anexo 3: Critérios gerais de avaliação de trompa).
7 Os números apresentados apenas contemplam as aulas prevista e supervisionadas ao aluno do 7º
Grau. Também foram previstas e lecionadas aulas aos alunos de 2º Grau, mas por questões de
melhor compreensão não foram aqui contabilizadas. Consultar posteriormente o Capítulo 4:
Relatório de aulas. 8 O número de aulas previstas e supervisionadas no 1ª Período foi contabilizado a partir de 20 de
outubro de 2015. 9 O número de aulas previstas e supervisionadas no 3º Período foi contabilizado até ao dia 31 de
maio de 2016.
76
4. Relatório de aulas
4.1. Aulas assistidas: 2º Grau
Os relatórios das aulas assistidas que se encontra registados a seguir, são referentes
aos dois alunos de segundo grau. Estes estão redigidos em conjunto pois os conteúdos
programáticos e a forma como era dada a aula eram semelhantes. Tudo o que foi feito está
redigido não descriminando o que foi realizado de modo particular com cada aluno.
Aula Nº Data Tema/Conteúdo
Descrição da aula
1 20.10.2015 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos
Escalas:
Escalas Maiores (Dó, Fá, Sol);
Arpejos maiores
Estudos:
Bernhard Krol, Naturhorn – Studien, nº23
Descrição da aula
A aula iniciou com exercícios de aquecimento, onde a base dos mesmos foram
harmónicos na trompa. Inicialmente os alunos realizaram os exercícios em legato e
posteriormente em staccato. De seguida, os educandos realizaram escalas maiores (dó, fá e
sol maiores) até ao quinto grau da escala, em staccato, onde o objetivo era trabalhar a
precisão de ataque. Um outro exercício realizado foi com arpejo em inversão de três sons,
tendo sido o mesmo realizado em staccato.
Em relação ao estudo, num momento inicial o professor executou para os alunos o
estudo. Posteriormente foram marcadas na partitura os locais possíveis para o aluno
respirar, sem cortar a frase musical. De seguida, e após algumas indicações do professor,
nomeadamente de respirar bem, os alunos executaram partes do estudo, onde as mesmas
foram consideradas mais difíceis de executar. Essas passagens, num momento inicial
foram vistas num andamento lento e quando os alunos já dominavam um pouco a
passagem é que foi aumentada a velocidade da mesma.
77
2 27.10.2015 Aquecimento:
Buzzing (vibração labial) com bocal;
Exercícios com harmónicos em legato e staccato;
Exercícios de respiração;
Exercícios com escalas e arpejos
Postura:
Correção da postura
Correção da mão
Estudos:
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 12
Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº23
Descrição da aula
A aula iniciou com exercícios de buzzing (vibração labial) com bocal, como forma
de aquecer todos os músculos antes do contacto com o metal do bocal. Seguiram-se os
exercícios com harmónicos, dando assim continuidade aos exercícios realizados com o
bocal. Neste momento houve a necessidade de parar os exercícios de aquecimento, pois os
alunos não estavam a realizar a respiração mais adequada para a execução dos exercícios.
Assim, os exercícios de respiração realizados, num momento inicial foram o de inspirar
profundamente e depois expirar; de seguida foi realizado um outro exercício, onde os
alunos inspiram e expiram em quatro tempos (o tempo ia aumentando consoante a
capacidade que os alunos demostravam para 6 tempos e 8 tempos, onde o andamento era a
semínima a 60).
Depois dos exercícios de respiração, os alunos continuaram os exercícios de
aquecimento com harmónicos. Após estes exercícios, os alunos executaram as escalas de
Dó, Ré, Mi e Fá maiores, assim como os arpejos em stacatto, onde a precisão de ataque
(um ataque limpo e claro) era crucial.
Ao longo da realização dos exercícios, a postura dos educandos ia sendo corrigida.
Aos mesmos ia sendo dada a indicação de erguerem mais a trompa, abrirem a mão direita
(que está dentro da campânula) para deixarem sair melhor o som e não impedir a saída do
mesmo (a nível de qualidade sonora, se a mão estiver fechada, o som é mais fechado e a
nível de afinação tende também a ser mais baixa, daí ser pedido aos alunos para abrirem a
mão).
Relativamente aos estudos, em algumas passagens houve a necessidade do mesmo
ser executado nota a nota, pois, e em casos pontuais, a passagem tecnicamente era
78
complicada para o aluno. Depois de repetidas algumas vezes a passagem que demostrava
dificuldades, o aluno já conseguia executar a mesma, no entanto, o professor indicou o
aluno a estudar a mesma em casa tal como tinha visto na aula, para melhorar o seu
desempenho performativo.
3 3.11.2015 Aquecimento:
Exercícios de aquecimento
Estudos:
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 12
Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº23 e 24
Peça:
Leonard Smith, Viking
Descrição da aula
Num momento inicial, foi pedido aos alunos para colocarem a mochila da trompa
aberta em cima do piano e a trompa em cima da mochila (para a trompa não deslizar). Aqui
foram realizados exercícios com harmónicos e indo com os mesmos para o registo agudo.
O objetivo do presente exercício era reduzir a pressão do braço esquerdo contra os lábios.
Nestes casos, para obter notas agudas, o mais natural a ser feito é os alunos fazerem força
do braço contra os lábios para obter estas notas. Assim, tendo a trompa em cima do piano,
estando as mãos livres não permitindo realizar qualquer pressão, a obtenção dessas notas
no registo agudo fica mais complicada. Estes exercícios permitem aos alunos tomar
consciência da pressão que têm de realizar nomeadamente no diafragma assim, como da
quantidade e velocidade de ar que necessitam de enviar para o registo em causa.
Depois da realização dos exercícios com harmónicos, a aula seguiu com a execução
dos estudos. Como os alunos revelaram algumas dificuldades, a estratégia que o professor
utilizou para ajudar os alunos, foi colocar os mesmos a tocar o padrão melódico com os
harmónicos da trompa e ir descendo na progressão harmónica. Aqui, era importante que os
alunos realizassem melhor o apoio sonoro nas notas graves. Foram também realizados
exercícios com harmónicos para colocar a vibração regular.
Na presente aula foi ainda tocada a peça Viking, onde o professor referiu ao aluno
como antigamente se imaginavam os Vikings, um povo guerreiro e com coragem, logo,
executar a peça com carácter/postura com um som presente, por oposição ao som que o
aluno estava a obter da trompa.
79
4 10.11.2015 Aquecimento:
Três notas iguais;
Foram realizados exercícios com:
- harmónicos;
- exercícios de articulação com arpejos;
- escalas maiores
Estudos:
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 12:
Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº24
Peça:
Carol Barratt, Trompe Chasse
Carol Barratt, Menuet
Descrição da aula
A presente aula iniciou com a execução de três notas iguais, a nota dó, alternando
entre as trompas Fá e Sib, onde a direção de ar neste exercício era o mais importante.
Posteriormente foram realizados exercícios com harmónicos, onde o professor ia referindo
para os alunos manterem a velocidade de ar constante e para darem sentido frásico ao
exercício que estavam a executar. A partir de arpejos maiores foram realizados exercícios
onde a precisão de ataque foi fundamental. Foi ainda realizado na aula escalas maiores (dó,
réb, ré, mib, mi e fá).
A aula seguiu com a execução dos estudos. Num momento inicial, houve a
necessidade de dividir o estudo por frases, para facilitar o estudo individual do aluno e
assim o mesmo ir vendo diariamente pequenos excertos do estudo e depois, por exemplo
no final da semana, juntar todas as partes e executar todo o estudo. Em algumas passagens
os alunos revelaram dificuldades ao executar determinadas notas. Para ajudar os alunos,
foram realizados alguns exercícios com os padrões onde haviam duvidas. A estes padrões
iam sendo acrescentadas notas, para tornar o mais próximo possível (mais fiel) ao que
estava escrito.
Em relação a uma das peças que os alunos estão a estudar, Trompe Chasse, Carol
Barratt, foi realizado um trabalho de memorização entre professor e aluno. Aqui o
professor escolheu um excerto da peça e no mesmo foram vistas as notas, posições
(digitação), articulação e dinâmica, durante um período de tempo. Este exercício ia sendo
realizado com o aluno a olhar para a peça, e à medida que era acrescentado um padrão, o
80
aluno executava tudo o que estava na partitura. Depois, quando a partitura foi retirada da
frente do aluno, o mesmo conseguiu executar o excerto que tinha sido trabalhado.
5 17.11.2015
Aquecimento:
Exercícios com:
- harmónicos em legato;
- arpejos em staccato;
Estudos:
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 12
Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº24
Peça:
Carol Barratt, Trompe Chasse
Carol Barratt, Menuet
Descrição da aula
Na aula assistida, o aluno executou alguns exercícios com harmónicos em legato
seguido da execução dos mesmos exercícios em staccato, para abordar as diferentes
articulações que surgiriam quer no estudo quer na peça. Aqui o professor disse ao aluno
para realizar as frases mais continuas, para enviar mais ar para o registo agudo, realizar
pressão no diafragma em vez de utilizar força no braço esquerdo.
Na execução do estudo, houve a necessidade de estabelecer o tempo, pois, nas
passagens em que o aluno não tinha dificuldades executava as mesmas mais rápido e nas
que tinha dúvidas executava as mesmas de forma mais lenta. Aqui, foi optado por realizar
a uma velocidade mais lenta. No mesmo estudo, como o aluno estava a revelar dificuldades
no registo agudo, foram realizados alguns exercícios com harmónicos. Ainda neste ponto
houve a necessidade de realizar algumas correções rítmicas.
Em relação à peça, foram corrigidas articulações, pois o aluno executou algumas
passagens em legatto onde eram stacatto.
6 24.11.2015 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato.
Estudos: Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 12
Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº24
Peça: (ensaio com piano)
Carol Barratt, Trompe Chasse
Carol Barratt, Menuet
81
Descrição da aula
Nesta aula, e tal como nas anteriores, foram realizados exercícios de aquecimento
com harmónicos. Estes exercícios são importantes para a execução instrumental, pois é o
que nos permite aquecer os músculos faciais. Tal como um atleta de alta competição, que
antes de correr a maratona faz um aquecimento, para a execução da trompa funciona da
mesma maneira, antes de tocar um concerto/estudo, aquecer com harmónicos e escalas.
Nesta aula os alunos realizaram um aquecimento mais curto devido ao ensaio com a
pianista. Assim, depois do aquecimento, a aula iniciou com o ensaio com piano.
No ensaio com a pianista, num momento inicial, e como estava a ser o primeiro
ensaio, os alunos revelaram dificuldade ao iniciar a obra, pois estes tinham compassos de
espera. Depois do professor ter explicado aos alunos como funcionava e quando deveriam
entrar, os mesmos perceberam e ao executar a obra numa segunda vez, já conseguiram
executar a mesma. No entanto, um dos alunos revelou falta de estudo na peça, pois falhou
muitos motivos rítmicos e melódicos, algo que tinha sido trabalhado na aula anterior. Aqui
o professor referiu que sem estudo as coisas não saiam e que com piano não haviam
milagres.
Em relação aos estudos, os mesmos começaram por ser executados do final para o
início, onde em casos pontuais o professor ia realizando algumas correções e trabalhava
individualmente as passagens com o aluno (no caso foram realizados exercícios com notas
de arpejo em inversão de três sons e em stacatto: para trabalhar a precisão de ataque).
Quando o estudo foi executado de início para o fim, o aluno conseguiu tocar o mesmo sem
qualquer dificuldade, revelando melhorias nos sítios onde tinha dúvidas. O aluno realizava
ainda boas respirações no início das frases.
7 1.12.2015
Preparação para o teste de avaliação
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato;
Escalas Maiores de Dó, Dó#, Ré, Mib, Mi e Fá
Estudos: Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 12
Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº24
Peça:
Carol Barratt, Trompe Chasse
Carol Barratt, Menuet
82
Descrição da aula
Na presente aula, depois dos exercícios de aquecimento, houve a necessidade de
realizar algumas correções no estudo, nomeadamente a nível rítmico. As passagens onde
houve intervenção, num primeiro momento foram vistas com um andamento mais lento,
onde o ritmo estava assim ao dobro (se na partitura estava escrita colcheia esta passaria
para semínima, por exemplo). Foram ainda dadas indicações para a condução frásica,
assim como de embocadura: alargar/abrir mais para o registo grave.
Em relação à peça, foram realizadas correções a nível de articulação, assim como
foi pedido ao aluno para realizar dinâmicas.
8 15.12.2015 Prova de avaliação individual do primeiro período.
Descrição da aula
Em relação à prestação dos alunos na prova de avaliação, os mesmos foram
avaliados por outros professores de metais. Aqui o estagiário não lançou nota aos alunos,
tal como os outros elementos do júri lançaram. De uma maneira geral, as provas correram
bem, no entanto alguns alunos revelaram pouco estudo para a prova.
Interrupção Letiva de Natal
9 05.01.2016 Aquecimento:
Execução da nota dó
Exercícios com harmónicos em legato;
Estudos: Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 13
Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº20
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
Descrição da aula
Nesta aula, e tal como nas anteriores, foram realizados exercícios de aquecimento
com harmónicos e escalas maiores.
83
Sendo a primeira aula do período, foi dado aos alunos estudos novos para os
mesmos irem estudando. Assim, num momento inicial o professor solfejou para os alunos
os estudos, marcou os locais de respiração, dividiu o estudo em pequenas partes (para
facilitar o estudo diário dos alunos) e posteriormente os alunos executaram algumas
passagens. Nas passagens executadas, aos alunos foi dito para terem atenção às
articulações que estavam escritas. Nestes excertos, foram realizados alguns exercícios com
os alunos, devido a estes revelarem dificuldades nas passagens melódicas.
10 12.01.2016 Aquecimento:
Execução da nota dó
Exercícios com harmónicos em legato;
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº20, 22 e 25
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 13
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
Descrição da aula
Na aula, depois dos exercícios com harmónicos e escalas maiores, foram realizados
alguns exercícios onde foi trabalhada a precisão de ataque assim como alguns tipos de
acentuações. Ao longo dos estudos houve a necessidade dos alunos corrigirem a postura –
levantar mais a trompa, afastar a mesma da anca e abrir a mão direita. Em algumas
passagens dos estudos, os alunos revelaram dificuldades na digitação/posição das notas. As
mesmas passagens foram vistas de forma mais lenta, até o aluno conseguir executar a
mesma. Algumas destas passagens foi necessário escrever na partitura a posição da nota
que terá de ser executada. Nos mesmos estudos apresentados pelos alunos, houve ainda a
indicação para realizarem as dinâmicas, acentuações e articulações que estavam escritas.
11 19.01.2016
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos
Escalas maiores: Dó Maior, Réb Maior e Ré Maior;
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº20
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 13
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
Peça:
Michel Delgiudice, Evocation
84
Descrição da aula
Dos estudos apresentados na aula, o aluno revelou falta de estudo, ainda assim,
foram vistas algumas passagens em que o aluno revelou dificuldades. Em determinadas
passagens o aluno não estava a realizar o ritmo certo, pois por ser uma passagem com
harmónicos, o aluno realizava com maior facilidade a descida desse harmónico do que a
subida. O que o professor indicou ao aluno para fazer, num momento inicial foi repetir
algumas vezes o movimento ascendente, começando devagar e indo aumentando a
velocidade, e depois realizar o estudo consoante estava escrito. Ao fim de algumas
repetições, o aluno já conseguia executar a passagem. Foi dito ao educando que deverá
estudar o que o professor pede com mais frequência.
Em relação à peça, foi realizada uma referência ao título e vista a primeira pauta,
onde tem a indicação livre, tendo sido dito ao aluno que tocava a solo – sem piano o início
da peça.
12 26.01.2016
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº20 e 25
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 13
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
Peça:
Michel Delgiudice, Evocation
Descrição da aula
Na presente aula o aluno revelou melhorias no seu estudo individual. Assim, depois
de realizados os exercícios de aquecimento, tendo em atenção o movimento na realização
de intervalos ascendentes, o aluno executou os estudos. Nas passagens onde o mesmo
revelou dificuldades, a estratégia utilizada foi em o aluno realizar exercícios com grupo de
quatro notas, e posteriormente, grupos de quatro mais quatro notas. Estes exercícios foram
realizados com as notas dos arpejos de Fá Maior, com diferentes articulações e inversões.
Foi ainda referido para o aluno manter a pulsação metronómica.
Relativamente à peça, o aluno necessita de realizar as dinâmicas e articulações que
estão escritas.
85
13 02.02.2016
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº20 e 25
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 13
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
Peça:
Michel Delgiudice, Evocation
Descrição da aula
Na presente aula, os exercícios de aquecimento propostos aos alunos foram com
motivos rítmicos que surgirão ao longo do estudo, como antecipação do que irá acontecer.
Entretanto, como exercícios de aquecimento foram também realizados exercícios no
registo grave (pois iriam surgir passagens no registo grave nos estudos).
Tendo realizado os exercícios de aquecimento com os motivos que surgiriam nos
estudos, na execução dos mesmos os alunos não sentiram tantas dificuldades. Porém, em
casos pontuais, houve a necessidade de ver algumas passagens devido à dificuldade
harmónica que os alunos tiveram. Para ajudar os mesmos nestas passagens melódicas, as
mesmas foram executadas uma oitava a baixo do que estava escrito. Depois de realizada
algumas vezes numa oitava inferior, as mesmas foram vista na oitava em que estava escrito
a passagem original. Os alunos revelaram melhorias após o exercício.
Relativamente à peça, foi referido para os alunos terem atenção às pausas, para não
realizarem mais tempo de pausa que o indicado, assim como foram também indicados que
no início podiam tocar mais à vontade, pois o piano não tocava com eles. No entanto,
necessitam de estudar mais.
Interrupção de Carnaval
14 16.02.2016
Aquecimento:
Exercícios de respiração;
Exercícios com harmónicos em legato;
Escalas Maiores
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº 25
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 13
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
Peça:
86
Michel Delgiudice, Evocation
Descrição da aula
Após os exercícios de aquecimento, foram executados os estudos. Nos estudos, o
aluno revelou melhorias, onde pontualmente foi necessário realizar alguns exercícios,
nomeadamente de staccato o, para este ser mais curto. Foi ainda necessário realizar um
exercício com o arpejo de Fá Maior em inversão de três sons e com uma articulação curta,
mas foi um caso pontual.
Em relação à peça, a mesma desde a última aula revelou melhorias, no entanto o
aluno deverá continuar a estudar a mesma.
15 23.02.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Escalas Maiores
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº 21 e nº25
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 13;
Peça:
Michel Delgiudice, Evocation
Descrição da aula
Na presente aula, os estudos a realizar na prova ficaram definidos. Assim, os
mesmos estudos começaram a ser trabalhados em aula. Nestes, algumas indicações de
postura – como por exemplo: abrir mais a mão que está dentro da campânula (mão direita),
levantar mais a trompa – foram dadas aos alunos. Ainda nos estudos, foi pedido aos
mesmos para realizarem bem a diferença entre tercinas e colcheias, onde foi dito ao aluno
para antecipar (na mente) o ritmo que vinha. Em relação ao registo grave que surgia no
estudo, o mesmo foi visto de maneira isolada de todo o estudo, onde o exercício realizado
– por cromatismo – num momento inicial o aluno não conseguia executar, mas depois de
repetidas algumas vezes, o registo grave começava a ser audível. Ao realizar a passagem
no seu contexto, o aluno conseguiu executar a mesma.
Em relação à peça, a mesma foi vista com piano pela primeira vez, onde houve a
necessidade do professor solfejar o ritmo para o aluno e cantar para o aluno algumas
87
passagens, pois o aluno revelou dúvidas em determinados excertos. Foi ainda pedido ao
aluno para definir melhor o tempo assim como realizar mais dinâmicas.
16 01.03.2016 Preparação para o teste de avaliação
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato
Escalas Maiores
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº 21 e nº 25
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 13;
Peça:
Michel Delgiudice, Evocation
Descrição da aula
Como preparação para o teste de avaliação foram realizados alguns exercícios de
aquecimento com harmónicos que serão executados durante o mesmo. Neste exercício foi
pedido aos alunos para terem mais velocidade de ar assim como para controlarem o
movimento dos lábios.
Em relação aos estudos, foram realizadas correções a nível de postura,
nomeadamente da mão direita, onde esta deverá estar mais aberta. Nos estudos houve a
necessidade de realizar algumas correções, como por exemplo de ritmo, realizar uma
articulação clara e limpa. A nível de andamento dos estudos, os mesmos deveriam ser
tocados com mais velocidade e não tão lentos. Num caso pontual, houve a necessidade de
corrigir o aluno num dos estudos que estava a realizar, pois o mesmo não estava a tocar as
notas que estavam escritas na partitura, mas, depois de chamado à atenção o aluno tocou o
que estava escrito.
Relativamente à peça, foi novamente pedido aos alunos para terem em atenção a
articulação que estava escrita e a que estavam a realizar, pois a mesma não estava a ser
correta. Foi ainda referido para os mesmos realizarem dinâmicas e para não atrasarem no
tempo (não o puxarem para trás).
17 08.03.2016 Prova de avaliação individual do segundo período.
Descrição da aula
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Relativamente à prestação dos alunos na prova de avaliação, os mesmos foram
avaliados pelos mesmos professores de metais em que tinham sido avaliados no primeiro
período. Aqui, e à semelhança do período anterior, o estagiário não lançou nota aos alunos.
18 15.03.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Marcação de estudos para a interrupção da Páscoa
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº e nº 26
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 11
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº2
Descrição da aula
Na última aula do período e depois de realizado o teste trimestral, a aula iniciou
com um pequeno comentário da prestação dos alunos na prova referida.
De seguida, aos alunos foi dado os estudos que deveriam começar a trabalhar
durante as férias. Ainda em contexto de aula, os alunos leram os estudos e executaram
excertos dos mesmos. Aqui, foram chamados à atenção para a articulação escrita (para
realizarem uma articulação curta e precisa) assim como foram marcadas respirações. Os
alunos foram ainda alertados para realizarem as dinâmicas escritas. As passagens que
surgiram no registo agudo e na qual os alunos revelavam dificuldades, as mesmas
deveriam ser executadas uma oitava a baixo, e só depois desta estar consolidada é que
deveriam tocar a passagem no registo escrito. As passagens que surgem no registo grave,
nas mesmas os alunos deverão relaxar mais os lábios.
Interrupção de Páscoa
19 05.04.2016 Aquecimento:
Buzzing com bocal;
Exercícios com harmónicos em legato
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº 26 e 29;
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 11 e 14;
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº2.
89
Descrição da aula
Na presente aula foram realizados vários exercícios com harmónicos e escalas, em
legato e staccato. Em relação aos estudos, houve a necessidade de realizar algumas
correções a nível de articulação, onde a mesma deverá ser mais clara; foram ainda
corrigidas algumas notas, pois a digitação não estava correta. Houve ainda a necessidade
de realizar um dos estudos mais devagar que o andamento indicado, pois o aluno revelou
dificuldades a nível rítmico. Posteriormente, foram marcadas respirações nos estudos assim
como foram realizados exercícios no registo grave, com passagens que surgiriam no
estudo.
20 12.04.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato
Arpejos maiores em staccato;
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº 26 e 29
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 14
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº2
Descrição da aula
Na presente aula, depois de realizados os exercícios de aquecimento como
preparação para o que os alunos iriam tocar, eis que os mesmos apresentam os estudos.
Em relação aos estudos, os mesmos foram vistos por partes, com notas separadas
do seu contexto, onde as mesmas foram trabalhadas com arpejos e com a nota que
antecedia e procedia (isto já com o excerto completo que estava a ser visto em aula). Nos
estudos foram ainda marcadas algumas respirações assim como algumas passagens
voltaram a ser vistas de forma mais lenta e numa oitava inferior da que estava escrita.
Posteriormente, os alunos ao tocarem estas passagens já próximo do andamento final,
conseguiram executar as mesmas revelando melhorias no instrumento. Contudo, foi
necessário corrigir a postura dos alunos: abrir a mão direita e levantar mais a trompa.
90
21 19.04.2016
Aquecimento:
Buzzing com bocal;
Exercícios com harmónicos em legato
Arpejos maiores em staccato
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº 26 e 29;
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 14;
Franz Nauber, 30 Leichte Melodische Übungen, nº2.
Descrição da aula
Na presente aula, após a realização dos exercícios de aquecimento, foram
executados os estudos. Nos estudos, os alunos revelaram melhorias, onde pontualmente foi
necessário realizar alguns exercícios, nomeadamente executar por graus conjuntos o
registo grave e as passagens que se revelaram agudas, serem executadas uma oitava
inferior do que estava escrito.
22 26.04.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos;
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº 31;
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 15 e 14.
Descrição da aula
A aula iniciou com exercícios de aquecimento com harmónicos em legato assim
como com arpejos em staccato, onde era pedido ao aluno para realizar acentuações nas
notas e definir bem a articulação (tornar esta clara).
Nos estudos, os mesmos estavam a ser vistos pela primeira vez pelo aluno. Assim,
num primeiro momento o estudo foi dividido por compassos, onde foi dado ao aluno uns
minutos para ler esses compassos e depois tocar os mesmos. Ao tocar, o aluno revelou
dificuldade na contagem dos tempos que as figuras tinham, e isso por falta de
concentração. O estudo ia sendo tocado pelo aluno por pequenos fragmentos, de dois em
dois compassos, e ao fim de algum tempo o mesmo era visto com a pauta completa, sendo
de seguida o estudo tocado pauta a pauta. Posteriormente, foram marcadas respirações e o
estudo foi executado de início ao fim. No final, foi referido que o estudo é lento e que o
mesmo deverá ser executado com mais calma.
91
23 03.05.2016
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos;
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, nº 31;
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 15
Descrição da aula
Na presente aula, foram realizados exercícios com harmónicos em legato e alguns
em staccato, assim como foram também executados arpejos em staccato.
Depois do aquecimento, surgiu a apresentação do estudo. Os mesmos, num
momento inicial foram visto a metade do andamento, onde o ritmo e as posições/digitações
iam sendo indicadas (surgiram algumas digitações que o aluno não se recordava da
posição) e corrigidas sempre que havia necessidade. Nas dificuldades que o aluno
apresentou no registo grave, foram realizados exercícios com notas cromáticas de forma
descendente até o aluno conseguir executar as notas pretendidas. Após o exercício o aluno
revelou melhorias, no entanto deverá praticar diariamente o que realizou na aula.
24 10.05.2016
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Arpejos Maiores (Láb, Lá, Sib, Si, Dó)
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, 31
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº 14 e 15;
Peça:
James Ployhar, The Hunt
Descrição da aula
Nesta aula foram realizados exercícios com harmónicos e arpejos em inversão de
três sons.
De seguida, foi dado aos aluno a peça, onde a mesma antes de ser abordada com os
alunos foi demostrada para os mesmos (como soaria). Após a demonstração da peça, a
mesma foi dividida em partes e iniciou-se o trabalho com os alunos (mais pormenores no
subcapítulo 4.3).
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Houve ainda a oportunidade de ver alguns excertos dos estudos, pois na presente
aula, alunos e professores foram convocados para assistir à audição interdisciplinar.
25 17.05.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Arpejos Maiores (Láb, Lá, Sib, Si, Dó)
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, 31
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº15;
Peça:
The Hunt, James Ployhar
Descrição da aula
Na presente aula foram realizados exercícios de aquecimento com harmónicos em
legatto, assim como foram também realizados exercícios com arpejos em inversão de três
sons, onde o trabalho de precisão de ataque foi fundamental. Nos exercícios com
harmónicos, o professor referiu que para obter as notas agudas os alunos deveriam juntar
os lábios (na vertical) em vez de afastar os mesmos (não esticar: horizontal) e empurrar o
queixo para a frente.
De seguida, foram vistos os estudos, onde os mesmos ficaram marcados para a
prova. Assim, no estudo número 31, foi recomendado aos alunos para realizarem o mesmo
ligeiramente mais rápido. Em relação ao estudo número 15, por ser melodicamente mais
complexo, houve a necessidade de serem vistas algumas passagens. As passagens onde se
verificaram as dúvidas foram vistas isoladamente. Foram ainda realizadas algumas
correções a nível rítmico, onde o mesmo deveria ser executado mais curto, e de uma forma
geral, o mesmo deverá ser tocado mais lento (a nível de andamento) e com as dinâmicas
que estão escritas.
Em relação à peça, a mesma foi vista pela primeira vez com piano. Num momento
inicial, pianista e trompista não estavam juntos a nível de andamento e houve a
necessidade de intervir imediatamente e conciliar o mesmo. O aluno revelou que tinha
estudado a peça mais lenta que o indicado na partitura. Na peça foi referido para o aluno
tocar mais as primeiras notas (dar mais enfâse) e para tocar as semínimas menos longas.
Aqui a articulação a realizar deverá ser leve, ligeira. Foram ainda marcadas respirações.
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26 17.05.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Arpejos Maiores (Láb, Lá, Sib, Si, Dó)
Estudos: Bernhard Krol, Naturhorn-Studien, 31
Bernhard Krol, Waldhorn-Studien, nº14 e 15;
Peça:
The Hunt, James Ployhar
Descrição da aula
A aula iniciou com os exercícios de aquecimento com harmónicos e os alunos
realizaram nesta mesma aula alguns exercícios com harmónicos que irão realizar na prova.
Assim, e depois dos exercícios com harmónicos os alunos tocaram alguns arpejos maiores
em stacatto com inversão de três sons, onde a precisão de ataque foi trabalhada.
De seguida, os alunos começaram a tocar os estudos que executarão na prova. Nos
estudos houve ainda a necessidade de corrigir algumas digitações, ritmos, articulações
(diferenciação do legato do staccato) assim como ataques precisos e claros em algumas
notas. Foi ainda pedido aos alunos para sentirem a pulsação dos estudos, para serem
precisos em vez de tocar os estudos mais ou menos com o ritmo e pulsação certa.
Durante a execução dos estudos e posteriormente da peça, houve a necessidade de
corrigir a postura: posição da mão direita na campânula, erguer mais a trompa desviando o
cotovelo direito do corpo.
Em relação à peça, a mesma num momento inicial teve o acompanhamento de
piano, onde houve a necessidade de corrigir o andamento, pois pianista e trompista
estavam em andamentos diferentes. Depois de encontrado o andamento certo, os alunos
(cada um na sua vez) tocaram a peça com piano. De uma forma geral o ensaio correu bem.
Ao trabalhar individualmente a peça com os alunos, a parte menor que surge na obra foi a
primeira a ser trabalhada. Aqui foi referido que esta parte é tão importante como a parte
maior, logo os alunos poderão tocar com uma dinâmica mais presente para assim
estabilizarem o som e as notas que estavam a tocar. O ritmo que surge ao longo da peça foi
também abordado e referido aos alunos para realizarem o que estava escrito (semínima –
colcheia) em vez de tocarem de ouvido. Foi ainda pedido ao longo da peça para os alunos
realizarem mais dinâmicas.
94
27 31.05.2016 Prova de avaliação individual do terceiro período.
Descrição da aula
Um dos alunos não compareceu à prova. A mesma será realizada em data a
combinar.
Relativamente à prestação do aluno presente na prova, o mesmo realizou os estudos
e a peça da forma que tinham sido trabalhados ao longo das aulas e podemos concluir que
a mesma foi positiva e os objetivos foram alcançados. O aluno foi avaliado pelos mesmos
professores de metais que têm acompanhado a prova. Aqui, e à semelhança dos períodos
anteriores, o estagiário não lançou nota.
4.2. Aulas assistidas: 7º Grau
1 20.10.2015 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato
Escalas:
Execução das escalas Maiores
Arpejos com inversão de três sons
Estudos:
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
11
Peça:
Paul Hindemith, Sonata (1939), primeiro andamento
Descrição da aula
A aula iniciou com exercícios de aquecimento, onde a base dos mesmos foram
harmónicos na trompa. Estes foram realizados em legato e staccato, onde aqui foi
trabalhado a precisão de ataque. De seguida, foram realizadas escalas maiores até ao quinto
grau da escala, onde posteriormente foram executados os arpejos com inversão em três
sons e em stacatto.
Em relação ao estudo, o mesmo começou a ser visto na aula. Este é um estudo
técnico, onde a distância intervalar foi abordada com exercícios realizados no
aquecimento. No presente estudo foi ainda abordado o tipo de articulação que deveria ser
realizado assim como as dinâmicas que deveriam ser feitas. Num momento inicial o estudo
95
foi visto de forma mais lenta, relativamente ao andamento indicado na partitura e à medida
que iam sendo dadas indicações ao aluno, o mesmo ia melhorando a sua prestação.
Relativamente à peça, o aluno só irá executar o primeiro andamento. No mesmo foi
dado a indicação de que deveria criar situações de tensão-relaxamento e também exagerar
mais nas dinâmicas.
2 27.10.2015 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato;
Exercícios com harmónicos, escalas e arpejos
Postura:
Preparação da posição da trompa para a execução do registo
grave
Estudos:
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
11
Descrição da aula
A presente aula iniciou com exercícios de aquecimento com harmónicos, em legato
e staccato. Como aquecimento foram também realizados exercícios com escalas e arpejos
maiores, onde a precisão de ataque foi abordado ao serem tocados os arpejos. Foram ainda
realizados exercícios de sincronização através da execução de escalas maiores. Entretanto
houve a necessidade de realizar algumas correções a nível de postura, para ajudar o aluno a
preparar e alcançar o registo grave.
Em relação ao estudo, o mesmo foi sendo trabalhado com o aluno, onde este foi
visto por pequenas partes e depois foi revisto o que se tinha trabalhado anteriormente.
3 03.11.2015 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos
Exercícios com harmónicos, escalas e arpejos
Exercícios para preparar o registo grave
Peça:
Paul Hindemith, Sonata (1939), primeiro andamento
Descrição da aula
Num momento inicial o aluno realizou exercícios com harmónicos em legato e
staccato. De seguida realizou exercícios com harmónicos (entre o quarto e o oitavo
96
harmónicos) em legato, onde imediatamente o aluno tocava a escala por terceiras
correspondente ao harmónico fundamental (neste caso o quarto harmónico era a
fundamental da escala). Posteriormente foram executados alguns arpejos maiores em
stacatto, onde a precisão de ataque era fundamental. Ainda como aquecimento, foi
realizado um exercício com o objetivo de preparar o registo grave, onde o aluno iniciou o
mesmo na nota fá3 (com dinâmica em piano) e tocando depois as notas mi-ré-dó em
crescendo, mantendo no final a nota longa (nota dó) e em crescendo. O exercício foi
realizado até ao Dó2 da trompa, descendo por tons até à nota pretendida.
Em relação ao primeiro andamento da sonata, antes do aluno tocar a mesma foram
realizados exercícios com determinados padrões onde houve a oportunidade do aluno
trabalhar o registo agudo, assim como a condução frásica, dinâmicas e também as notas
onde deveria criar tensão e relaxamento.
4 10.11.2015 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato
Escalas maiores
Exercícios com notas cromáticas
Estudos:
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
11
Peça:
Paul Hindemith, Sonata (1939), primeiro andamento
Descrição da aula
Após os exercícios de aquecimento com harmónicos em legato e staccato em
diferentes registos, foram realizadas escalas maiores. De seguida, foi realizado um
exercício com notas cromáticas, onde o aluno tocou a nota dó, depois dó# e voltava
novamente à nota dó, da seguinte forma: dó-dó#-dó-ré-dó-mib-dó-fá.... até realizar o
intervalo de oitava; depois o que tinha sido realizado de forma ascendente era realizado de
forma descendente.
Relativamente ao estudo, foram trabalhadas algumas passagens onde em
determinados momentos foi pedido ao aluno para criar mais tensão seguindo-se
relaxamento; nas passagens técnicas onde o mesmo revelava dificuldades, estas eram vistas
com um andamento mais lento. Depois das passagens terem sido trabalhadas, o aluno
97
continuou a revelar algumas dificuldades, mas é algo que necessita de tempo e de ser
estudado diariamente para as mesmas serem combatidas.
Em relação à peça, foi pedido ao aluno para realizar mais dinâmicas, assim como
foram vistas algumas passagens técnicas que causavam problemas quer a nível técnico
quer a nível auditivo. A solução a este problema passou pela execução de arpejos e notas
cromáticas.
5
17.11.2015 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato;
Arpejos em stacatto.
Estudos:
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
11
Peça:
Paul Hindemith, Sonata (1939), primeiro andamento
Descrição da aula
A presente aula foi coadjuvada. Consultar subcapítulo 4.4.
6 24.11.2015 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato;
Arpejos em stacatto: precisão de ataque.
Estudos:
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
11
Peça:
Primeiro andamento da Sonata (1939), de Paul Hindemith:
ensaio com piano.
Descrição da aula
Na presente aula foram realizados exercícios com harmónicos em legato, seguidos
de arpejos em staccato, onde a precisão de ataque foi trabalhada.
Em relação ao estudo, o aluno revelou algumas melhorias em relação à aula
anterior, ainda assim houve a necessidade de com o mesmo ser trabalhado mais alguns
exercícios com precisão e clareza de ataque. De seguida o aluno tocou o estudo de início
ao fim (onde o mesmo tinha sido trabalhado anteriormente) e o aluno já conseguiu tocar
essas passagens da forma pretendida: precisa e clara.
98
7
1.12.2015 Preparação para o teste de avaliação
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Arpejos em staccato: precisão de ataque;
Escalas Maiores
Exercícios para trabalhar o registo grave.
Estudos:
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
11
Peça:
Primeiro andamento da Sonata (1939), de Paul Hindemith
Descrição da aula
A aula iniciou com exercícios com harmónicos, seguidos da execução de arpejos,
onde a precisão de ataque era importante. Posteriormente foram realizadas escalas maiores
assim como exercícios para trabalhar o registo grave.
Em relação ao estudo, foram corrigidas dinâmicas.
Por sua vez, na peça foi o primeiro ensaio com piano, onde a correção com piano (a
nível de afinação) e de algumas junções com a pianista forma também revistas.
Aula coadjuvada. Mais pormenores, no subcapítulo 4.4.
8 15.12.2015 Prova de avaliação individual do primeiro período.
Descrição da aula
Em relação à prestação do aluno na prova de avaliação, o mesmos foi avaliado por
outros professores de metais. Aqui o estagiário não lançou nota ao aluno, tal como os
outros elementos do júri lançaram.
Relativamente à prova do aluno, o comentário a realizar é que o aluno deverá
realizar o que está na partitura, não colocar pausas que não existem (ser mais rigoroso); na
peça, o aluno não estava seguro com o acompanhamento de piano, daí algumas falhas
assim como a afinação estava ligeiramente baixa, principalmente no registo agudo. Na
leitura à primeira vista, houve algumas falhas de ritmo e precisão de ataque em algumas
notas.
99
Interrupção Letiva de Natal
9 05.01.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato
Arpejos maiores: precisão de ataques
Estudos:
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
4
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 17
Peça:
Paul Dukas, Villanelle
Descrição da aula
A presente aula iniciou com exercícios de aquecimento com harmónicos, em legato,
seguidos de escalas maiores e arpejos em staccato, onde a precisão de ataque foi
trabalhada.
Após os exercícios com harmónicos e com escalas, os estudos foram apresentados.
Os mesmos estavam a ser vistos pela primeira vez. Antes do aluno começar a tocar o
estudo (de Neuling), foram-lhe dados alguns minutos para o mesmo realizar uma pequena
leitura. Depois da leitura, o professor deu algumas indicações ao aluno, tais como: o tipo
de articulação que tinha de realizar; fazer diferença entre as notas que eram mais
acentuadas e as que eram fortes. O aluno tocou o estudo ( não sendo o mesmo levado até
ao fim) e houve a necessidade de trabalhar algumas passagens, pois posteriormente todo o
estudo se desenvolvia à volta das mesmas figuras rítmicas (semicolcheias). Nestas
passagens a afinação foi corrigida assim como foram marcados os locais onde o aluno
deveria respirar para não interromper/quebrar a frase melódica. No estudo de Müller,
estando o mesmo a ser trabalhado pela primeira vez, foi dada a indicação ao aluno para não
executar o estudo em compasso binário mas sim ternário, como está indicado na partitura,
pois o que a escrita do estudo sugere poderá enganar. Aqui deverá ser realizado a diferença
entre o que é legato e staccato, não realizando os stacatto muito curtos e fazer as dinâmicas
que estão escritas. Foi também referido que quando aparecem os mesmos motivos
melódicos mas em tonalidade diferentes, por exemplo tonalidade maior e menor, os
mesmos podem ser realizados com dinâmicas diferentes, na tonalidade maior tocar
100
ligeiramente mais forte, e na tonalidade menor tocar mais piano. O aluno ao ver o estudo
individualmente deverá ter atenção aos intervalos de oitava.
Em relação à peça, no início da obra estudar em trompa fá, para tocar com um som
rico em harmónicos. Em aula foram realizados alguns exercícios com harmónicos em
várias trompas, até se atingir o pretendido em trompa fá, mas ficou decidido que o aluno
tocaria a parte inicial da obra em trompa sib. Para o estudo individual da obra, foi dada a
indicação que o aluno deverá destacar as notas que a música pede para ser mais fácil de
tocar a mesma. Foi ainda referido para ter atenção às indicações que surgem na partitura:
bouché, aberto e uso da surdina.
10
12.01.2015 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 17
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
4
Peça:
Paul Dukas, Villanelle
Descrição da aula
A aula iniciou com exercícios de aquecimento com harmónicos. Posteriormente a
aula decorreu com a execução dos estudos e da peça.
A presente aula foi coadjuvada. Mais pormenores, no subcapítulo 4.4.
11
19.01.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato e staccato
Exercícios com escalas e arpejos
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 17
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
4
Peça:
Paul Dukas, Villanelle
Descrição da aula
101
Depois de realizados os exercícios de aquecimento habituais, exercícios estes com
harmónicos em legato e escalas e arpejos em staccato, a aula decorreu com o aluno a
apresentar os estudos e a peça. Esta aula foi coadjuvada. Pormenores, no subcapítulo 4.4.
12 26.01.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos
Exercícios com escalas e arpejos
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 17
Peça:
Alexander Glazounow, Rêverie, Op.24
Descrição da aula
Na presente aula, houve a necessidade de realizar algumas correções no
aquecimento, nomeadamente quando o aluno ia para o registo grave. Aqui, foi referido ao
aluno para apoiar bem as notas graves, não “correr” quando estava a tocar as mesmas, para
só assim as conseguir controlar .
Em relação ao estudo, o que foi indicado ao aluno foi para o mesmo ver o estudo
diariamente, pois só assim irá conseguir criar resistência para tocar o estudo de início ao
fim sem necessitar de parar.
Relativamente à peça, esta foi a primeira vez que estava a ser abordada em aula, e
foi explicado ao aluno o estilo da peça. Assim, na obra, o aluno recebeu a indicação que o
tema é mais exposto e que as frases são longas, mas que no final concluem. Deverá realizar
as dinâmicas que estão escritas.
13
02.02.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos
Exercícios com escalas
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 18
Peça:
Alexander Glazounow, Rêverie, Op.24
Descrição da aula
102
Na presente aula foram realizados os exercícios de aquecimento assim como
exercícios com escalas e arpejos. De seguida, o aluno tocou os estudos e a peça. A presente
aula foi coadjuvada. Mais informações no subcapítulo 4.4.
Interrupção de Carnaval
14
16.02.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos
Exercícios com escalas e arpejos
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 18
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
4
Peça:
Alexander Glazounow, Rêverie, Op.24
Descrição da aula
Na aula foram realizados os exercícios de aquecimento com o aluno, seguidos de
escalas e arpejos. Posteriormente o aluno executou os estudos e a peça. A presente aula foi
coadjuvada. Pormenores, no subcapítulo 4.4.
15 23.02.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 18
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
4
Peça:
Alexander Glazounow, Rêverie, Op.24
Descrição da aula
A presente aula iniciou com exercícios de aquecimento com harmónicos, exercícios
estes realizados em legato. Posteriormente foram realizadas escalas maiores por graus
conjuntos e por terceiras ( em legato); de seguida foram ainda tocados arpejos maiores em
staccato.
103
Em relação aos estudos, de uma forma geral o aluno revelou melhorias, ainda assim
houve a necessidade de realizar algumas intervenções. Por exemplo, no estudo número 18,
foi pedido ao aluno para realizar mais staccato e o mesmo ser mais rápido. Ainda neste
estudo houve a necessidade de corrigir algumas dedilhações assim como algumas
articulações (o aluno estava a realizar stacatto onde era legatto e em alguns momentos,
legato onde era staccato). No estudo número 4, para ajudar o aluno ao longo do estudo,
foram realizados exercícios com harmónicos e escalas maiores em legato e staccato.
Em relação à peça, a mesma foi vista com piano. O aluno revelou melhorias, no
entanto ao tocar algumas passagens o aluno falhou as mesmas por falta de resistência. Aqui
foi referido para o mesmo realizar diariamente exercícios com harmónicos e com escalas
(onde poderão ser os exercícios realizados no aquecimento).
16 01.03.2016 Preparação para o teste de avaliação
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 18
Peça:
Alexander Glazounow, Rêverie, Op.24
Descrição da aula
A presente aula foi de preparação para o teste. Assim, a aula iniciou com exercícios
de aquecimento. Nesses exercícios foi pedido ao aluno para de cada vez que iniciasse os
mesmos realizar um tempo maior de pausa entre cada exercício, não terminar um e
começar logo outro.
De seguida o aluno tocou a peça com acompanhamento de piano. Foi dada a
indicação ao aluno de que estava a tocar num andamento mais lento do que o pretendido,
para não atrasar e para pensar em puxar o andamento para a frente, para o resultado final
ser na velocidade pretendida.
Em relação ao estudo, foi pedido ao aluno para realizar o mesmo a uma velocidade
mais segura, assim como para ter atenção a todas as notas. Foi ainda referido para o aluno
fazer as dinâmicas e com estas criar tensão e relaxamento nas notas que foram referidas.
104
17 08.03.2016 Prova de avaliação individual do segundo período.
Descrição da aula
Em relação ao teste realizado pelo aluno, o mesmo foi avaliado pelos professores
do primeiro período. Há semelhança do período anterior, a opinião do estagiário não
influenciou a nota.
Comparando a presente prova com a anterior, esta foi mais positiva que a primeira.
O aluno revelou estar mais à vontade com o repertório apresentado aqui que no período
anterior.
Em relação ao estudo, o aluno revelou melhorias e aplicou o que foi abordado nas
aulas. Pontualmente, falhou alguns ataques por falta de apoio com o ar. Na peça, a mesma
foi tocada com um andamento mais lento e não como tinha sido pedido ao aluno nas aulas.
Na leitura à primeira vista, a afinação estava ligeiramente baixa e houve algumas falhas
rítmicas.
18 15.03.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Marcação de estudos para a interrupção da Páscoa
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 20
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
6
Concerto:
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto nº3 para Trompa e
Orquestra em Mib Maior, KV 447 (segundo e terceiro
andamentos).
Descrição da aula
A presente aula foi a última do período e como tal foram dados alguns estudos e
peças (no caso concerto) novas ao aluno, para este aproveitar esta interrupção e preparar o
material novo.
Em aula, e depois dos exercícios de aquecimento, foram trabalhados alguns
excertos do estudo assim como do concerto. Assim, no estudo de Müller, o mesmo foi
visto com um andamento mais lento, onde por partes iam sendo realizadas referências ao
105
tipo de articulação que deveria ser realizada assim como as alterações de compasso que
surgiam. Posteriormente, no estudo de Neuling, foi feita a referência para o que é bouchê e
ainda para as conclusões de frase serem preparadas com tensão e resolvidas em
relaxamento, tal como o estudo melodicamente pede. Em relação aos terceiro andamento
do terceiro concerto de Mozart, foi referido para o aluno ter atenção à repetição das
mesmas notas, para em todas realizar o mesmo tipo de articulação (mas sem ser demasiado
curta, ser a mesma leve) e para com esta repetição consecutiva das mesmas notas, criar
tensão para depois a mesma ser resolvida. Foi ainda pedido ao aluno para realizar mais
dinâmicas.
Interrupção de Páscoa
19 05.04.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 20
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
6 e 16
Concerto:
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto nº3 para Trompa e
Orquestra em Mib Maior, KV 447 (terceiro andamento)
Descrição da aula
A aula teve início com exercícios de aquecimento, onde a articulação utilizada ia ao
encontro do tipo de articulação que iria ser usada nos estudos e concerto. Em relação ao
estudo número 20, foi necessário realizar alguns exercícios em torno da nota sensível do
estudo. Um dos exercícios aqui realizado foi com um grupeto de quatro notas, em graus
conjuntos, onde era dado destaque à nota pretendida tornar clara. O exercício foi realizado
em legatto e stacatto (para trabalhar a clareza da passagem e ataque). O estudo foi
abordado com o aluno de duas em duas pautas. Relativamente ao estudo número 6, foi dito
ao aluno para o mesmo tocar os bouchés em fortíssimo, pois os mesmos têm tendência a
ouvirem-se menos (devido à saída sonora estar fechada/barrada com a mão toda na
campânula). Aqui, a alusão à articulação também foi referida, o aluno deverá realizar uma
articulação curta e clara. Em relação ao estudo número 16, este foi referido para o aluno
começar a estudar, pois poderá ser um possível estudo para sorteio na prova.
106
Relativamente ao terceiro andamento do concerto, nesta aula foi trabalhado o tipo
de articulação que o aluno deverá realizar. Aqui, as notas que surgem no concerto repetidas
e a clareza de ataque foram trabalhadas, assim como o criar tensão em cada nota
(realizando um pouco de crescendo em cada nota) era constantemente pedido ao aluno.
20 12.04.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
16
Koetsier, Estudo número 5
Concerto:
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto nº3 para Trompa e
Orquestra em Mib Maior, KV 447 (terceiro andamento)
Descrição da aula
Depois de realizados os exercícios com harmónicos e com escalas, foram
apresentados os estudos. No estudo número 5, o mesmo foi divido por partes para facilitar
o estudo diário do aluno. Neste mesmo estudo foram também marcadas as respirações.
Posteriormente, o mesmo foi trabalhado por partes, onde o ritmo e as notas foram
abordadas. O presente estudo é caracterizado por iniciar com uma parte rítmica marcada e
com uma articulação curta, seguida de uma parte melódica mais cantabile, voltando depois
à seção rítmica. Aqui, foi dada a indicação ao aluno que deverá exagerar no tipo de
articulação que está escrita e ser o mais fiel possível à partitura para a realização da
mesma. A nível de dinâmicas, as mesmas deverão ser realizadas.
21
19.04.2016 Aquecimento:
Buzzing com bocal;
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Hermann Neuling 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, número
16
Koetsier, Estudo número 5
Concerto:
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto nº3 para Trompa e
Orquestra em Mib Maior, KV 447 (terceiro andamento)
107
Descrição da aula
Na aula foram realizados exercícios de aquecimento com o aluno, seguidos de
escalas e arpejos. De seguida o aluno tocou os estudos e a peça. A presente aula foi
coadjuvada. Pormenores, no subcapítulo 4.4.
22 26.04.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 20
Koetsier, Estudo número 5
Concerto:
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto nº3 para Trompa e
Orquestra em Mib Maior, KV 447 (terceiro andamento)
Descrição da aula
Na presente aula, depois de realizados os exercícios com harmónicos em legato, das
escalas e arpejos em staccato ( onde ao longo da execução dos arpejos ia sendo pedido ao
aluno para realizar uma articulação mais curta e definida) foram realizados os estudos. O
estudo número 20 foi abordado na aula pela primeira vez, e antes do aluno realizar uma
pequena leitura, foi-lhe dito que o mesmo estudo era um estudo técnico e para realizar
frases de compasso a compasso, para realizar respirações calmas (não querer terminar uma
frase e começar outa imediatamente, pensar no que iria fazer). Depois de realizada uma
breve leitura, o aluno começou a tocar o estudo. O mesmo tocou só um pequeno excerto do
estudo. Neste pequeno excerto tocado, foi referido para o aluno realizar dinâmicas –
crescendos e diminuendos (apesar das mesmas não estarem escritas no estudo) – pois
assim, para além de ser mais fácil obter o registo agudo, melodicamente e segundo a
escrita do estudo, era o que o estudo subentendia a realizar. Este mesmo estudo foi pedido
ao aluno para o ver mais atentamente no seu trabalho individual. Em relação ao estudo
número 5, o aluno tem revelado melhorias ao tocar o mesmo, no entanto, e como tem sido
referido, o aluno deverá ter em atenção o tipo de articulação que realiza e criar o contraste
que o mesmo pede: quando é stacatto tocar, e no caso, bem curto e quando é legatto, tocar
legatto. No presente estudo foram ainda realizados alguns exercícios para trabalhar o
108
registo agudo, onde um dos exercícios foi realizar a passagem uma oitava a baixo do que
estava escrito algumas vezes (para auditivamente o aluno ter consciência da distância
intervalar a executar) e depois, quando a mesma foi tocada na oitava em que estava escrita
o aluno já a conseguia tocar sem qualquer dificuldade. Foi referido para o aluno, nas
passagens em que tem dificuldade (quer nos estudos quer no concerto), ver essas mesmas
passagens diariamente em vez de deixar para as ver só na aula, pois vendo diariamente a
probabilidade do aluno tocar essas mesmas sem dificuldade era maior.
Em relação ao concerto de Mozart, foram vistas algumas passagens, nomeadamente
a passagem com trilo e a antecedente a esta, onde o aluno deverá realizar staccato duplo.
Assim, para ajudar o aluno nestas passagens, num momento inicial foram realizados alguns
exercícios com as notas do trilo, que por acaso são notas correspondentes a harmónicos.
Estes exercícios começaram de forma lenta, onde o aluno conseguia executar o movimento
labial, só que ao aumentar a velocidade para a realização do movimento de trilo, o aluno
simplesmente deixava de tocar referindo que não conseguia. Ao mesmo foi referido que
deveria realizar o exercício que acabava de fazer diariamente. A abordagem realizada ao
stacatto duplo, foi através da escala que está escrita na partitura. Num momento inicial o
aluno, e a um andamento mais lento, tocou a escala em staccato. Depois, ainda devagar, o
aluno tocou a escala em staccato duplo (para perceber as consonantes que deveria de fazer
e ouvir as mesmas). Posteriormente, ao realizar toda a passagem em staccato duplo o aluno
revelou ainda dificuldades, pois, e tal como foi referido, o stacatto duplo é algo que deve
ser realizado diariamente. De uma maneira geral, foi pedido ao aluno para em tudo o que
realizasse no presente concerto, deverá estar claro e preciso.
23
03.05.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Eduard Müller, Etüden für Horn, número 20
Concerto:
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto nº3 para Trompa e
Orquestra em Mib Maior, KV 447 (terceiro andamento)
Descrição da aula
109
A aula iniciou com exercícios com harmónicos, em legato, seguido de escalas e
arpejos em staccato. Posteriormente, o aluno tocou o terceiro andamento do terceiro
concerto de Mozart, sendo nesta aula o primeiro ensaio com piano. De seguida o aluno
tocou o estudo. A presente aula foi coadjuvada. Pormenores, no subcapítulo 4.4.
24
10.05.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Koetsier, Estudo número 5
Concerto:
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto nº3 para Trompa e
Orquestra em Mib Maior, KV 447 (terceiro andamento)
Descrição da aula
Depois de realizados os exercícios de aquecimento com harmónicos e escalas, com
diferentes articulações, a aula seguiu com ensaio com piano e posteriormente a execução
do estudo. A presente aula foi coadjuvada. Pormenores, no subcapítulo 4.4.
25 17.05.2016 Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Koetsier, Estudo número 5
Concerto:
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto nº3 para Trompa e
Orquestra em Mib Maior, KV 447 (terceiro andamento)
Descrição da aula
Na presente aula foram realizados exercícios de aquecimento com harmónicos.
Aqui foi referido para o aluno terminar um exercício e esperar um pouco para começar o
seguinte, não realizar tudo de seguida, não colar os exercícios, dar tempo para se ouvir a
terminação de um e o iniciar de outro. Em relação aos arpejos realizados também como
aquecimento, foi referido que os mesmos deverão ser mais acentuados assim como deverá
ser dado mais tempo para colocar a embocadura no sítio certo (posição que o aluno
necessita de colocar para a execução dos diferentes registos).
110
Em relação ao estudo número 5, foi referido que o início do mesmo está a ser bem
conseguido, no entanto, quando se verifica mudança de dinâmicas também acontece uma
mudança de andamento, o que não deveria de acontecer, pois, mudança de dinâmicas não
significa mudança de andamento, tal como foi referido ao aluno. Nas passagens em que o
aluno revelou dificuldades, as mesmas foram vistas por pequenas partes e isoladas do seu
contexto. Algumas destas passagens (que eram no registo agudo) num momento inicial
foram abordadas com a repetição de alguns exercícios de aquecimento com harmónicos, de
forma mais lenta e controlada, de modo ao aluno ter tempo para pensar nos pormenores e
em tudo o que tinha sido referido até ao momento. Posteriormente, e depois de repetidas
algumas vezes essas passagens, ao realizar as mesmas como estavam escritas o aluno já
conseguiu tocar as passagens. No entanto, deverá continuar a estudar para consolidar o que
foi aprendido.
Relativamente à peça, o aluno esqueceu-se da partitura, no entanto a mesma foi
trabalhada de memória. Aqui, e de uma forma geral, foi referido que o aluno deverá criar
mais tensão – seguida de relaxamento – assim como variar na dinâmica. Foi ainda dito ao
aluno que o presente andamento deverá ser visto como um jogo de pergunta-resposta,
assim como para não correr e manter o andamento.
26
24.05.2016 Preparação para o teste de avaliação
Aquecimento:
Exercícios com harmónicos em legato;
Exercícios com escalas e arpejos;
Estudos:
Koetsier, Estudo número 5
Concerto:
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto nº3 para Trompa e
Orquestra em Mib Maior, KV 447 (terceiro andamento)
Descrição da aula
A aula iniciou com exercícios de aquecimento com harmónicos. De seguida, foram
realizadas escalas e arpejos maiores com diferentes articulações. Posteriormente, foi visto
o estudo e o terceiro andamento do terceiro concerto de Mozart. A presente aula foi uma
aula coadjuvada, onde se poderá encontrar mais pormenores no subcapítulo 4.4.
111
27 31.05.2016 Prova de avaliação individual do terceiro período.
Descrição da aula
Relativamente à prestação do aluno presente na prova, o mesmo realizou os estudos
e o concerto conforme tinham sido trabalhados ao longo das aulas. Podemos concluir que
houve melhorias no programa apresentado e o resultado da prova foi positivo. O aluno foi
avaliado pelos mesmos professores de metais que têm acompanhado a prova. Aqui, e à
semelhança dos períodos anteriores, o estagiário não lançou nota.
4.3. Aulas coadjuvadas: 2º Grau
Aula nº: 5 Grau: 2ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 17.05h Terça-feira, dia 17 de novembro de 2015
Duração: 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato
- Exercícios com arpejos em staccato
- Escalas Maiores (entre Dó e Fá Maior)
Estudo
- Krol, Bernhard, Waldhorn-Studien, nº12 (estudo executado com harmónicos que
permite o desenvolvimento da flexibilidade labial)
- Krol, Bernhard, Naturhorn-Studien, nº24
Peça
- Barratt, Carol, Trompe Chasse
2. Conteúdos Específicos
Nesta aula irei falar como deve ser utilizado o controlo do ar nos exercícios de
aquecimento, para o aluno conseguir chegar ao final do exercício e ainda ter ar (chegar ao
112
final com bom som). Irei ainda rever algumas passagens dos estudos, pois o aluno em
determinadas passagens tem revelado dificuldades. Por fim, irei rever a peça.
Relatório de aula
3. Tarefas realizadas: das tarefas propostas, relativamente ao controlo do ar nos
exercícios de aquecimento, o aluno após uma breve explicação de como deveria realizar o
exercício demostrou melhorias e conseguiu terminar o exercício ainda com ar e com bom
som. Aqui, os exercícios iam sendo realizados com articulações diferentes – legato e
staccato – pois são tipos de articulação que surgem ao longo do estudo e da peça.
Em relação à postura, foram realizadas correções, pois o aluno estava a assumir uma
posição corcunda em vez de ter as costas direitas (eretas). A posição da mão também teve
de ser corrigida, pois o aluno tinha a mesma muito dentro da campânula, abafando assim o
som.
Relativamente aos estudos, as passagens em que o aluno revelou dificuldade foram
abordadas de forma isolada (do contexto geral do estudo). Inicialmente trabalhei com o
aluno o padrão em que apresentava dificuldade e depois, consoante a melhoria do mesmo
padrão, fui acrescentando mais padrões até ter a passagem bem executada. Nos dois
estudos, não houve tempo de abordar o estudo de início ao fim.
Em relação à peça, o aluno revelou algumas dificuldades rítmicas, onde as mesmas foram
trabalhadas e posteriormente executadas com sucesso.
Aula nº: 7 Grau: 2ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 17.45h Terça-feira, dia 1 de dezembro de 2015
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato
- Escalas Maiores: escalas de Dó, Dó#, Ré, Mib, Mi e Fá
Estudo
113
- Krol, Bernhard, Waldhorn-Studien, nº12 (estudo executado com harmónicos que
permite o desenvolvimento da flexibilidade labial)
- Krol, Bernhard, Naturhorn-Studien, nº24
Peça
- Barratt, Carol, Menuet
2. Conteúdos Específicos
Nesta aula pretendo realizar com o aluno alguns exercícios de respiração. Pretendo
ainda rever algumas passagens dos estudos assim como da peça, pois o aluno em
determinadas passagens ainda revela dificuldades.
Relatório de aula
3.Tarefas realizadas: Relativamente aos exercícios de respiração, num momento inicial o
aluno estava a realizar uma inspiração com pouco ar e levantando os ombros (não
aproveitando toda a caixa torácica nem o uso do diafragma). Perante a situação, expliquei
ao aluno que deveria realizar uma inspiração mais profunda sem levantar os ombros,
imaginando que tinha um ovo na boca (para assim ter os músculos da garganta relaxados e
permitir a entrada de mais ar) e para respirar enchendo a barriga (imaginando empurrar a
barriga para fora, dilatando assim os músculos abdominais). O processo explicado foi:
imaginar um ovo na boca, “encher primeiro a barriga”, depois os pulmões e depois sim,
expirar. Foram realizados alguns exercícios seguindo a ideia anteriormente referida.
Posteriormente, indiquei ao aluno que deveria respirar desta forma (pensando nos passos já
descritos) e depois, com o instrumento já nas mãos, e em posição de tocar, o aluno
conseguiu realizar o excerto que estava a executar com mais qualidade sonora.
Em relação aos estudos, o aluno revelou melhorias comparando com a aula anterior, ainda
assim necessitou de intervenção numa passagem intervalar. Para ajudar o aluno na
passagem intervalar, a mesma foi executada uma oitava a baixo do que estava escrito, para
o aluno ficar com referências auditivas. Depois da passagem ser repetida algumas vezes
num registo inferior, ao pedir ao aluno para executar a mesma passagem como estava
escrita (na versão original), o aluno conseguiu executar a mesma. Porém, quando a
passagem foi executada dentro do seu contexto (com o que antecedia a mesma) o aluno ao
chegar à passagem trabalhada, não a conseguiu executar sem falhar. Aqui, o que optei por
114
fazer com o aluno foi de executar toda a passagem num registo inferior ao que estava
escrito, repetindo algumas vezes. Ao passar a passagem inicialmente trabalhada com o que
a antecedia, e depois de tudo ter sido abordado uma oitava a baixo do que estava escrito, o
aluno conseguiu realizar a passagem sem falhar.
Relativamente à peça, o aluno executou a mesma sem dificuldade, no entanto dei-lhe a
indicação de na mesma realizar mais dinâmicas, criar contraste entre o que piano e forte.
Aula nº: 11 Grau: 2ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 17.05h Terça-feira, dia 19 de janeiro de 2016
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato, nas Trompas Fá e Sib
- Escalas Maiores: escalas de Dó, Dó#, Ré
Estudo
- Krol, Bernhard, Waldhorn-Studien, nº13
- Krol, Bernhard, Naturhorn-Studien, nº20 e 25
- Nauber, Franz, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
2. Conteúdos Específicos
Nesta aula irei ver com o aluno os estudos, pois este tem revelado dificuldades em
algumas passagens quer a nível rítmico quer a nível melódico. Para ajudar o aluno na
execução das mesmas, irei realizar com o aluno exercícios com harmónicos e notas
cromáticas. Para as dificuldades existentes a nível rítmico, vários ritmos serão explicados
ao aluno e os mesmos serão solfejados.
Relatório de aula
115
3.Tarefas realizadas: A aula iniciou com exercícios de flexibilidade com harmónicos,
com diferentes ritmos e articulações, a antecipar o que os alunos iriam ter de executar ao
longo dos estudos.
Em relação aos estudos, de uma forma geral, os alunos revelaram algumas dificuldades na
execução por falta de estudo diário. No entanto, para os ajudar, a repetição dos exercícios
de flexibilidade realizados no início da aula (mas com padrões diferentes) foi fundamental.
Estes exercícios com harmónicos foram realizados com ritmos de semínima e colcheias,
pois seriam os ritmos que surgiriam nos estudos, assim como foram também realizados
com articulações diferentes: legato, staccato e staccato com acentuação. Foram ainda
realizados exercícios com arpejos e inversão dos mesmos, para auditivamente facilitar a
obtenção de notas, nomeadamente no registo agudo. Na realização dos arpejos (sem e com
inversão), a articulação e acentuação das notas foi fundamental e foi tida em consideração,
dando assim continuidade ao que tinha sido desenvolvido no início da aula com os
exercícios de aquecimento. Após a realização dos exercícios os alunos revelaram algumas
melhorias.
Em relação à articulação num dos estudos, um dos alunos estava a realizar a mesma muito
longa onde deveria ser curta. Aqui foi pedido ao aluno para articular mais as notas e o
mesmo foi relembrado dos exercícios previamente realizados. No entanto, houve a
necessidade de voltar a repetir os exercícios realizados: com notas de arpejos e com
inversão de três sons. Após alguns momentos de exercício, os alunos conseguiram executar
o estudo conforme estava a ser pedido.
Aula nº: 12 Grau: 2ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 17.45h Terça-feira, dia 26 de janeiro de 2016
Duração: 2 aula de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato, nas Trompas Fá e Sib
Estudo
- Krol, Bernhard, Naturhorn-Studien, nº20
116
- Nauber, Franz, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
Peça
- Delgiudice, Michel, Évocation
2. Conteúdos Específicos
Na presente aula irei rever com o aluno algumas passagens dos estudos assim como
da peça, pois em determinadas passagens o aluno revela ainda dificuldades.
Relatório de aula
3.Tarefas realizadas: Em relação aos estudos, de uma forma geral, o aluno revelou
melhorias, no entanto, em determinadas passagens ainda não as realizava de forma correta.
Assim, para melhorar a execução do estudo, as estratégias utilizadas foram voltar a realizar
alguns dos exercícios que tinham sido executados no aquecimento e relembrar ao aluno
qual era o objetivo do aquecimento: preparar o que iria acontecer ao longo da execução de
estudos e de peças. Deste modo, foi escolhido o padrão a trabalhar, onde o padrão rítmico
era igual, variando o padrão melódico. Para além dos exercícios com harmónicos, foi
também realizado exercícios com arpejos e inversão dos mesmos, sendo uma outra
estratégia utilizada para ajudar o aluno a combater as dificuldades. Após a realização dos
exercícios descritos o aluno revelou melhorias, no entanto deverá executar os estudos com
maior frequência.
A peça, por sua vez, estava a ser executada pela primeira vez. Num momento inicial foi
explicado ao aluno o título da obra e o que da mesma era pretendido. Posteriormente, a
obra foi executada de início ao fim e vista com o aluno por pequenas partes (frases). Dos
pequenos excertos tocados, houve a necessidade de corrigir a postura do aluno com o
instrumento e também algumas correções a nível rítmico.
117
Aula nº: 13 Grau: 2ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 17.05h Terça-feira, dia 2 de fevereiro de 2016
Duração: 3 blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato, nas Trompas Fá e Sib
- Escalas maiores de Dó, Réb, Ré, Mib, Mi e Fá
Estudo
- Krol, Bernhard, Naturhorn-Studien, nº20 e 25
- Nauber, Franz, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
Peça
- Delgiudice, Michel, Évocation
2. Conteúdos Específicos
Nesta aula pretendo ver com os alunos os estudos de início ao fim, sem realizar
paragens, para perceber se o que foi trabalhado até ao momento está assimilado. O mesmo
é pretendido realizar com a peça.
Relatório de aula
3.Tarefas realizadas: Em relação aos estudos, um dos alunos não conseguiu realizar os
mesmos até ao fim. Nas passagens em que apresentou dificuldades, foram realizados
exercícios com esse padrão rítmico e melódico (porque a passagem é com harmónicos) e o
mesmo foi visto por partes e com pequenos excertos. Ao fim de repetir algumas vezes o
padrão, e depois ao juntar toda a passagem, o aluno demonstrou melhorias, no entanto,
necessita de estudar mais e da forma como lhe indicam para estudar. Em relação à peça, o
aluno conseguiu executar na sua totalidade, no entanto deverá estar atento ao ritmo durante
a execução da mesma.
Em relação à prestação do outro aluno, nos estudos, num momento inicial o aluno foi
inquirido se estava recordado do que se tinha trabalhado nas últimas aulas. Respondeu
118
afirmativamente e então foi questionado do que se lembrava. O aluno, começou assim por
dizer no que deveria prestar atenção ao executar os estudos: stacatto curto e respirar nos
locais que estão indicados. Depois desta abordagem inicial, o aluno conseguiu executar os
estudos de início ao fim, apesar de a meio de um dos estudos (número 1 de F.Nauber) o
aluno ter parado para se queixar do peso da trompa. Em relação à peça, foi executada de
início ao fim, e só houve a necessidade de corrigir um ritmo, pois o aluno não contou bem
o compasso que tinha de espera e depois entrou atrasado.
Aula nº: 14 Grau: 2ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 17.45h Terça-feira, dia 16 de fevereiro de 2016
Duração: 2 blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Exercícios de respiração
- Exercícios de buzzing com bocal
- Exercícios com harmónicos em legato, nas Trompas Fá e Sib
- Escalas maiores de Dó, Réb, Ré, Mib, Mi e Fá
Estudo
- Krol, Bernhard, Naturhorn-Studien, nº25
- Nauber, Franz, 30 Leichte Melodische Übungen, nº1
Peça
- Delgiudice, Michel, Évocation
2. Conteúdos Específicos
Nesta aula serão realizados alguns exercícios de respiração, assim como serão
também realizados exercícios de buzzing com bocal, por considerar estes como bases
fundamentais na aprendizagem da trompa. Estes exercícios, sendo realizados diariamente,
ajudarão o aluno a melhorar a sua qualidade sonora, timbrica e de afinação.
Na presente aula, serão ainda executados os estudos e a peça, para observar o que
até ao momento está assimilado.
119
Relatório de aula
3.Tarefas realizadas: Das atividades propostas (exercícios de respiração, buzzing) foi
possível a realização das mesmas. Relativamente aos exercícios de respiração e buzzing,
foi a primeira vez que o aluno realizou os exercícios em contexto de aula. O feedback do
aluno foi positivo, mas os exercícios quer de respiração quer de buzzing serão
desenvolvidos ao longo das próximas aulas para observar se os mesmos ajudam à evolução
do aluno.
Em relação aos estudos, antes do aluno executar os mesmos, foi-lhe perguntado qual era o
objetivo de cada estudo, o que era pretendido. O aluno explicou e concordei com o mesmo.
Ainda antes de iniciar a execução dos estudos, o aluno foi ainda questionado se havia
alguma passagem em que tivesse dificuldades a executar. O aluno disse que não haviam
dificuldades e foi então dada a permissão para tocar o estudo. Em ambos os estudos, antes
de qualquer intervenção, foi perguntado ao aluno o que tinha achado da sua prestação.
Depois de ouvido o mesmo, foram realizados alguns exercícios em determinadas
passagens. Estes exercícios, para a resolução de problemas, foram baseados em
harmónicos, e alguns tinham sido já executados no aquecimento. Em relação à peça, houve
algumas correções a fazer, nomeadamente em relação à dinâmica. De uma forma geral, o
aluno após uma intervenção revelou melhorias.
Aula nº: 21 Grau: 2ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 17.05h Terça-feira, dia 19 de abril de 2016
Duração: 3 blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Exercícios de buzzing com bocal
- Exercícios com harmónicos em legato
- Arpejos Maiores de Láb, Lá, Sib, Si e Dó
Estudo
- Krol, Bernhard, Naturhorn-Studien, nº26 e 29
120
- Krol, Bernhard, Waldhorn-Studien, nº 14
- Nauber, Franz, 30 Leichte Melodische Übungen, nº2
2. Conteúdos Específicos
Na presente aula será abordado com os alunos exercícios de flexibilidade e
exercícios com escalas e arpejos em diferentes registos: registo médio – grave e médio –
agudo, assim como diferentes articulações: legato e staccato. A realização destes exercícios
tem como objetivo ajudar os alunos a executar os estudos propostos, como posteriormente
ajudar na performance dos mesmos.
Na presente aula, serão ainda executados os estudos referidos.
Relatório de aula
3.Tarefas realizadas: Das atividades propostas, a realização das mesmas foi possível. A
aula iniciou com alguns exercícios de buzzing com bocal, seguindo-se de exercícios de
flexibilidade com harmónicos, sendo os mesmos realizados em legato. Foram ainda
realizados exercícios em staccato com alguns arpejos maiores.
Seguidamente, foi visto com os alunos os estudos que tinham já sido abordados na aula
anterior. O objetivo da presente aula era ajudar os alunos a executarem o registo agudo
assim como o registo grave. Para a concretização dos diferentes registos, os exercícios
realizados com os mesmos, foram através de escalas (no caso de Sol e Fá maiores)
ascendentes e descentes. Após alguns exercícios e ao executar as passagens dos estudos, os
alunos revelaram melhorias no entanto, revelaram também falta de resistência. Foi
explicado aos alunos que os exercícios que executaram na aula, devem ser também
realizados no seu estudo individual para os ajudar quer no presente estudo quer no seu
futuro enquanto músicos. Nalgumas passagens dos estudos, os alunos revelaram
dificuldades rítmicas. As mesmas foram explicadas e vistas com os alunos em andamento
mais lentos e com subdivisão. Sempre que os alunos demonstravam segurança no que
estavam a realizar, a velocidade era aumentada assim como os alunos eram questionados se
estavam a perceber o que estavam a realizar/ se tinham dúvidas. Os mesmos diziam que
não tinham dúvidas e que estavam a perceber o que lhes estava a ser explicado.
121
Aula nº: 23 Grau: 2ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 17.45h Terça-feira, dia 3 de maio de 2016
Duração: 2 blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Exercícios com harmónicos em legato
- Arpejos Maiores de Láb, Lá, Sib, Si e Dó
Estudo
- Krol, Bernhard, Naturhorn-Studien, nº 31
- Krol, Bernhard, Waldhorn-Studien, nº 15
2. Conteúdos Específicos
Neste momento pretendo realizar com o aluno alguns exercícios de flexibilidade
com harmónicos, explorando o registo médio – grave. Num momento inicial, os exercícios
serão realizados em legato e posteriormente em stacatto. Pretendo ainda realizar com o
aluno exercícios em staccato, através das escalas e arpejos maiores. Na realização destes
exercícios será tido em conta alguns ritmos e articulações que surgem aos longo dos
estudos referidos. Pretendo ainda que o aluno execute os estudos que estão propostos para
a aula.
Relatório de aula
3.Tarefas realizadas: A realização das atividades propostas foi concretizada. A aula
iniciou com exercícios de flexibilidade com harmónicos, sendo os mesmos realizados em
legato. Foram também realizados exercícios em staccato com alguns arpejos maiores,
nomeadamente Láb, Lá, Sib, Si, Dó e Réb. De seguida, foi visto com o aluno os estudos
que tem realizado nas aulas anteriores. O objetivo da presente aula foi ajudar o aluno a
executar o registo grave. Para a ajudar os aluno a chegar ao registo grave, foram realizados
exercícios com notas cromáticas, iniciando no Dó3 (da trompa) e ir descendo até ao Dó2
de forma cromática. O exercício foi realizado de forma lenta, e de três em três notas era
122
realizado uma ligeira pausa para o aluno respirar. No registo grave, num momento inicial,
é importante o aluno perceber que só com muito ar é que consegue tirar som, daí haver a
necessidade de respirar frequentemente. O aluno percebeu isso, e facilmente conseguiu
realizar o exercício proposto. Porém, ao chegar próximo do Dó2, e depois de repetidas
algumas vezes essa chegada, o aluno por vezes conseguia tocar o Dó2 e por vezes falhava.
Ao aluno foi explicado que deveria praticar diariamente a chegada a essas notas, pois, e tal
como os atletas de alta competição, é necessário praticar diariamente para na hora de
apresentações públicas o aluno executar as mesmas sem dificuldade. Nas passagens em
que o aluno revelou dificuldades técnicas (digitação), as mesmas forma vistas de forma
lenta, necessitando de estudo individual. A nível de dúvidas rítmicas, como havia o
conhecimento prévio dos locais onde o aluno falhava, antes dessas passagens serem
executadas (antes do aluno começar a tocar o estudo), as mesmas eram explicadas seguidas
de demostração (por parte do aluno), onde o mesmo já não apresentou qualquer dificuldade
na execução. Os estudos foram executados de início ao fim, onde o aluno revelou algumas
dificuldades pontuais na execução, por as mesmas necessitarem de ser executadas
diariamente.
Aula nº: 24 Grau: 2ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 17.45h Terça-feira, dia 10 de maio de 2016
Duração: 3 blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Exercícios com harmónicos em legato
- Arpejos Maiores de Láb, Lá, Sib, Si e Dó
Estudo
- Krol, Bernhard, Naturhorn-Studien, nº 31
- Krol, Bernhard, Waldhorn-Studien, nº 14 e 15
Peça
- Ployhard, James, The Hunt
123
2. Conteúdos Específicos
Na presente aula pretendo trabalhar com os alunos a peça The Hunt. A peça servirá
para explicar o que se deve fazer quando se recebe uma partitura pela primeira vez,
explicando assim o termo leitura à primeira vista bem como o processo que compõe a
leitura à primeira vista. Ainda em relação à peça, pretendo exemplificar para os alunos
como a mesma soa e ainda trabalhar um pouco com eles a obra. Relativamente aos estudos,
pretendo trabalhar com os alunos algumas passagens, onde estes têm revelado dificuldades.
Relatório de aula
3.Tarefas realizadas: A realização das atividades propostas não foi de todo concretizada
com os dois alunos, devido à audição interdisciplinar onde professores e alunos do
conservatório foram convocados para assistir.
Assim, num momento inicial, a aula com um dos alunos iniciou com alguns exercícios com
harmónicos, em legato, seguido de arpejos maiores, em staccato. De seguida, foi abordada
a peça, onde foi explicado de como deveria fazer e o que fazer quando recebia uma peça
pela primeira vez. A explicação foi a mesma para os dois alunos. Assim, referi aos alunos
que quando recebem uma partitura pela primeira vez, os mesmos devem primeiro ver o
título da peça e compositor, pois uma poderá fornecer a ideia a tirar (título) e outra poderá
ajudar a perceber o carácter e estilo da peça (compositor: estilo de escrita e influências da
época). De seguida, foi referido que deverão olhar para as possíveis referências
metronómicas e/ou de andamento. Posteriormente, foram aconselhados a fazer uma leitura
só das notas; depois, leitura rítmica; seguindo-se o solfejo da partitura (notas e ritmo); por
fim, solfejar a partitura cantando e só depois tocar. Foi referido aos alunos que este
processo vai sendo trabalhado enquanto estudantes e que em determinado momento do
nosso percurso há etapas em que saltamos, mas que para saltar essas etapas primeiro estas
devem estar consolidadas, tal como num jogo com 10 níveis (por exemplo), não se pode
passar do nível 2 para o nível 7 sem passar pelos níveis 3, 4, 5 e 6, tudo faz parte do
processo de aprendizagem.
Ao ver a peça com os alunos, alguns dos pontos descritos anteriormente não foram
abordados separadamente, por uma questão de tempo, mas foi possível ver toda a obra. Ao
abordar a obra com os alunos, a mesma ia sendo executada por frases, onde aqui se
124
trabalhou o ritmo e os diferentes tipos de articulações. A nível de altura das notas os alunos
não demostraram dificuldades. Foi pedido aos alunos para no seu estudo individual terem
em atenção as dinâmicas e para realizarem a mesma, para criarem contraste.
Em relação aos estudos, em ambos houve a necessidade de ver passagens melódicas
isoladas, pois os alunos apresentavam dificuldades. Para ajudar os alunos, exercícios com
graus conjuntos (através de escalas e cromatismos) e com arpejos foram feitos. Os alunos
conseguiram executar a passagem, no entanto só com a prática individual e frequente
conseguiram ultrapassar os obstáculos.
4.4. Aulas coadjuvadas: 7º Grau
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato
- Exercícios com arpejos seguidos de escalas maiores
- Exercícios com quatro notas a serem executadas de forma descendente, de modo a
trabalhar o registo grave.
Estudo
- Neuling, Hermann, 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, nº11
Peça
- Hindemith, Paul, Sonata (1939), primeiro andamento.
2. Conteúdos Específicos
Nesta aula irei falar como deve ser utilizado o controlo do ar nos exercícios de
aquecimento, para o aluno chegar ao final do exercício com uma boa sonoridade e com
uma afinação constante (sem variação). Irei ainda rever algumas passagens do estudo, pois
o aluno em determinadas passagens tem revelado dificuldades, quer a nível melódico quer
Aula nº: 5 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 17 de novembro de 2015
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
125
a nível de articulação. Por fim, irei abordar a Sonata, trabalhando a articulação que deverá
ser executada assim realizar alguns exercícios com o registo que surge na obra: registo
agudo.
Relatório de aula
3. Tarefas realizadas: das tarefas propostas, relativamente ao controlo do ar nos
exercícios de aquecimento, o aluno após uma breve explicação de como deveria realizar o
exercício demostrou melhorias apesar de terminar um exercício e iniciar outro, sem antes
pensar como deveria realizar. Em relação ao estudo, foram abordadas algumas passagens
onde o aluno revelava dificuldades. Inicialmente, essas passagens foram trabalhadas de
forma isolada, onde posteriormente se iam acrescentando os padrões que iam surgindo ao
longo do estudo. O aluno ia revelando melhorias, no entanto, o estudo necessita de ser
trabalhado diariamente devido à sua complexidade técnica e também para não ficar
esquecido. O estudo não foi visto de início ao fim, pois o aluno não tinha todo o estudo
preparado.
Em relação à Sonata, o aluno revelou ainda dificuldades na execução de dinâmicas e de
algumas passagens técnicas. Para a resolução dos problemas, nas passagens técnicas as
mesmas foram executadas isoladas de toda a passagem, onde o aluno (por exemplo)
realizou o arpejo (para ter uma referência auditiva) e exercícios com harmónicos, por na
passagem em questão os intervalos serem muito próximos. Posteriormente a passagem foi
executada consoante estava escrita na partitura e o trabalho anteriormente realizado
demostrou ter sido positivo.
Em relação às dinâmicas, foi algo que durante a obra ia sendo pedido, no entanto não foi
de todo abordado com exercícios práticos devido à falta de tempo. Contudo, a Sonata foi
executada de início ao fim .
126
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato
- Exercícios com Arpejos seguidos de escalas maiores
- Exercícios com quatro notas a serem executadas de forma descendente, de modo a
trabalhar o registo grave.
Estudo
- Neuling, Hermann, 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, nº11
2. Conteúdos Específicos
Nesta aula irei trabalhar com o aluno algumas passagens do estudo, pois o mesmo
tem revelado dificuldades na execução de determinadas passagens. Aqui serão realizados
exercícios a partir de escalas e com diferentes padrões melódicos (por exemplo: escalas por
terceiras), onde o padrão rítmico será sempre o mesmo, no caso semicolcheias.
Relatório de aula
3. Tarefas realizadas: Em relação ao estudo, e comparando com a aula anterior, o aluno
revelou melhorias. Porém, em determinadas passagens ainda haviam dúvidas auditivas.
Para combater a passagem que causava problemas ao aluno, a estratégia adotada foi
realizar a passagem uma oitava a baixo do que estava escrito. Num momento inicial, o
aluno ao executar a passagem uma oitava descendente revelou dificuldades, mas após
algumas repetições e executando também de forma mais lenta, o aluno já conseguiu
executar a mesma. Quando o aluno executou a passagem no registo original e com o que
antecedia a passagem, as dificuldades ainda existiam. Neste momento a estratégia adotada
foi em o aluno com as notas que compunham a passagem realizar o arpejo e arpejo com
Aula nº: 7 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 1 de dezembro de 2015
Duração: 1 Bloco de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
127
inversões. Após a realização de vários arpejos que continham algumas notas que
levantavam dúvidas no excerto do estudo que se estava a trabalhar, ao realizar a mesma
passagem o aluno já a conseguiu executar sem falhar. De uma forma geral, foi pedido
também ao aluno para realizar mais dinâmicas e uma articulação clara.
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato e staccato
- Exercícios com escalas maiores seguidos dos arpejos
- Exercícios com quatro notas a serem executadas de forma descendente, de modo a
trabalhar o registo grave.
Estudo
- Muller, Eduard, Etüden für Horn, número 17
- Neuling, Hermann, 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, nº4
Peça
- Dukas, Paul, Villanelle
2. Conteúdos Específicos
Na presente aula irei rever algumas passagens dos estudos, pois o aluno tem
revelado dificuldades a nível melódico (devido a distâncias intervalares grandes). Para
ajudar a performance do aluno, pretendo realizar com o mesmo exercícios com escalas
onde se vai aumentando a distância intervalar, iniciando com a distância de segunda maior
e terminando com o intervalo de oitava (por exemplo: dó-ré; dó-mi; dó-fá; dó-sol; dó-lá;
dó-si; dó-dó). Em relação à peça, serão realizadas correções a nível de dinâmica e de
mudança de tempo, a nível metronómico.
Aula nº: 10 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 12 de janeiro de 2016
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
128
Relatório de aula
3. Tarefas realizadas: Relativamente ao estudo número 17 de E. Muller, em determinadas
passagens o aluno revelou dificuldades, ao não executar as mesmas com clareza e ainda
com algumas dúvidas em relação aos intervalos existentes. Foram realizados exercícios
com notas de arpejos e com inversão dos mesmos, assim como escalas. Depois da
realização de alguns exercícios, como por exemplo exercícios com arpejos e inversão em
três sons, o aluno revelou melhorias ao executar a passagem que tinha dúvidas.
Em relação ao estudo número 4 de H. Neuling, o estudo foi visto por pequenas partes e o
método utilizado para combater as dificuldades foi em ver parte do estudo de dois em dois
compassos. O aluno revelou melhorias, no entanto necessita de rever mais o estudo, para
superar as suas dificuldades.
Ambos os estudos não foram vistos na aula até ao final, mas sim por pequenas partes: as
que o aluno foi revelando sempre mais dificuldade.
Em relação à peça Villanelle, de Paul Dukas, a mesma necessita de ser trabalhada
individualmente. Ainda assim foram trabalhadas algumas passagens que causam dúvidas a
nível intervalar. Aqui, o uso de escalas e arpejos foi fundamental para ajudar na resolução
de problemas.
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato e staccato
- Exercícios com escalas maiores seguidos dos arpejos em legatto e stacatto
- Exercícios com quatro notas a serem executadas de forma descendente, de modo a
trabalhar o registo grave.
Aula nº: 11 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 19 de janeiro de 2016
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
129
Estudo
- Muller, Eduard, Etüden für Horn, número 17
- Neuling, Hermann, 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, nº4
Peça
- Dukas, Paul, Villanelle
2. Conteúdos Específicos
Nesta aula irei trabalhar com o aluno algumas passagens dos estudos e realizar
alguns exercícios com distâncias intervalares, pois é no que o aluno tem revelado mais
dificuldade.
Em relação à peça, serão vistas algumas passagens técnicas (sincronização: dedos
com stacatto (língua) e tempo).
Relatório de aula
1. Tarefas realizadas: Todas as atividades propostas nos conteúdos específicos foram
realizados.
Em relação aos estudos, o aluno revelou melhorias desde a última vez que foram
trabalhados, no entanto, em determinadas passagens necessitou de intervenção (como era
previsto). A dificuldade do aluno estava em realizar os ataques claros com grandes
distâncias intervalares. Para executar esta passagem do estudo sem dificuldades, o
exercício realizado com o aluno foi o de tocar escalas maiores (começando com a escala de
Dó Maior e subindo de meio em meio tom até à escala de Sol Maior) indo sempre à nota
fundamental: dó-ré-dó-mi-dó-fá-dó-sol-dó-lá-dó-si-dó-dó (exercícios de oitava, como foi já
descrito e realizado anteriormente). Estes exercícios foram realizados ascendente e
descendentemente. Após a realização destes exercícios, o aluno conseguiu realizar a
passagem do estudo sem dificuldades.
Na peça Villanelle, de Paul Dukas, foram trabalhadas algumas passagens técnicas a nível
de articulação (por a mesma necessitar de ser mais clara e precisa) e ainda a nível de
dedilhação, pois o aluno estava a utilizar a posição certa mas executava um harmónico, em
vez da nota escrita. Foi dito ao aluno para utilizar posições auxiliares e que de algum modo
facilitavam a execução da obra. Aqui, alguns dos exercícios realizados foram a partir de
escalas que estavam expressas na própria peça. Comparando com a aula anterior, de uma
130
forma geral o aluno revelou melhorias, no entanto deverá continuar a estudar de forma
individual para combater as suas dificuldades.
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato e staccato
- Exercícios com escalas maiores seguidos dos arpejos em legatto e stacatto
- Exercícios com quatro notas a serem executadas de forma descendente, de modo a
trabalhar o registo grave.
Estudo
- Muller, Eduard, Etüden für Horn, número 18
Peça
- Glazounow, Alexander, Rêverir Op.24
2. Conteúdos Específicos
Na presente aula pretendo ver com o aluno a peça e transmitir algumas ideias sobre
a mesma. Irá ser ainda abordado o estudo, onde o mesmo servirá como exercício de leitura
à primeira vista. Aqui aproveitarei para questionar o aluno se tem o conhecimento de todos
os passos para a realização da leitura à primeira vista.
Relatório de aula
3. Tarefas realizadas: Em relação à peça, num momento inicial foi realizado um pequeno
contexto histórico sobre o compositor e época em que foi escrita. Aqui foi dito ao aluno
que a peça foi escrita por um compositor russo do século XIX, período romântico. O aluno
foi questionado se tinha o conhecimento do período histórico a que se referia a peça, ao
Aula nº: 13 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 2 de fevereiro de 2016
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
131
que o mesmo conhecia algumas características. Depois desta pequena abordagem histórica,
o aluno foi questionado sobre o que deveria fazer quando recebia uma partitura pela
primeira vez e ter de executar a mesma passados alguns minutos. O aluno referiu que tinha
de olhar para a clave, armação de clave e compasso. Disse ao aluno que deveria olhar
também para o compositor e título da obra (pois, através do compositor conseguiria
perceber o estilo de escrita pessoal e características da época em que a obra foi escrita e
através do título poderia criar imagens para o ajudarem a perceber melhor a obra e mais
facilmente transmitir emoções); que o compasso, clave, armação de clave, como tinha
referido eram importantes, assim como a dinâmica, indicações metronómicas e pontuações
existentes. Foi referido que tudo o que estava na partitura era importante ter em atenção.
Depois desta abordagem inicial, num primeiro momento era também importante ver qual
era a nota mais aguda e grave (ver os extremos), assim como da possível existência de
algum ritmo estranho (difícil), e então começar a sua leitura pelo que num primeiro
momento considerava mais complicado.
Assim, foi pedido ao aluno para ter em atenção às indicações que estavam presentes na
partitura, para ao tocar ter sempre um som presente e fazer todas as articulações, o que é
ligado bem ligado e não acentuar o que é articulado. Após esta breve explicação, o aluno
conseguiu executar a peça, no entanto houve a necessidade de pedir ao aluno para que em
algumas partes da peça realiza-se uma respiração calma, a respiração como parte da música
e não como algo exterior. Foi visto ainda com o aluno a parte final da peça, e foi explicado
ao mesmo como deveriam ser realizados os sons bouchés: mão direita completamente
dentro da campânula (a “tapar” a saída por completo do som) e ler o que estava escrito na
partitura uma segunda menor de forma descendente (para soar a/as notas que estavam
escritas). Para sons bouchés, o aluno foi aconselhado a realizar os mesmos em trompa fá
por questões de afinação.
Relativamente ao estudo, numa fase inicial, como era à primeira vista, foi executado de
dois em dois compassos e depois iam-se juntando por frases. Aqui, o aluno foi relembrado
de como deveria estudar: primeiro por pequenas partes, onde realizava somente a leitura de
notas enquanto digitava as posições na trompa e só posteriormente tocar. Desta forma o
estudo conseguiu ser visto de início ao fim, com a articulação e dinâmicas também
executadas. Como era um estudo novo, foi só visto por pequenas partes, onde num
momento inicial foram dois mais dois compassos, mas posteriormente o estudo foi visto
132
por pautas. Não houve oportunidade de executar o estudo de início ao fim, mas como já foi
referido, o mesmo ainda era novo e haviam passagens que necessitavam de ser trabalhadas
individualmente.
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato e staccato
- Exercícios com escalas maiores seguidos dos arpejos em legatto e stacatto
- Exercícios com quatro notas a serem executadas de forma descendente, de modo a
trabalhar o registo grave.
Estudo
- Muller, Eduard, Etüden für Horn, número 18
- Neuling, Hermann, 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, nº4
Peça
- Glazounow, Alexander, Rêverir Op.24
2. Conteúdos Específicos
Nesta aula irei ver com o aluno os estudos e a peça. No estudo, serão realizados
alguns exercícios técnicos (flexibilidade e articulação) antes da execução dos mesmos. Na
peça, pretendo explorar com o aluno os sentimentos que a mesma desperta.
Relatório de aula
3. Tarefas realizadas: Em relação ao estudo número 18, o mesmo foi executado mais
lento. Foram vistas algumas passagens técnicas no estudo, devido à sincronização entre
articulação e dedos não estar presente. Aqui, houve a necessidade de executar algumas
Aula nº: 14 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 16 de fevereiro de 2016
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
133
passagens uma oitava a baixo. Após alguns exercícios o aluno revelou melhorias, ainda
assim necessita de estudo individual.
Relativamente ao estudo número 4, foi visto com o aluno algumas passagens que se
encontravam no registo grave, e para combater as dificuldades existentes foram realizados
alguns exercícios no mesmo registo, nomeadamente de notas cromáticas. De uma forma
geral, após a realização dos exercícios o aluno revelou melhorias no estudo.
Em relação à peça, foram realizadas algumas correções relativas à articulação, onde esta
deverá ser realizada de forma mais suave e não marcada/destacada. Foram ainda realizadas
correções a nível de andamento e ritmo. O aluno revelou melhorias, mas necessita de
estudar individualmente.
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato e staccato
- Exercícios com escalas maiores seguidos dos arpejos em legatto e stacatto
- Exercícios com quatro notas a serem executadas de forma descendente, de modo a
trabalhar o registo grave.
Estudo
- Neuling, Hermann, 30 Spezial – Etüden für tiefes Horn, nº16
- Koetsier, estudo número 5
Concerto
- Mozart, Wolfgang Amadeus, Concerto nº3 para Trompa e Orquestra em Mib
Maior, KV 447 (terceiro andamento)
2. Conteúdos Específicos
Aula nº: 21 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 19 de abril de 2016
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
134
Na presente aula pretendo trabalhar com o aluno os estudos e a peça. Nos estudos,
pretendo realizar alguns exercícios técnicos (flexibilidade e articulação) antes da execução
dos mesmos.
Relatório de aula
3. Tarefas realizadas: Em relação ao estudo número 16, Neuling, foram vistas algumas
passagens com o aluno de forma mais lenta. Algumas dessas passagens foram vista de
tempo a tempo, onde após algumas repetições se juntaram as mesmas passagens. O
resultado foi positivo, pois ao fim de algum tempo o aluno já executava a passagem de
forma correta e perceptível.
De uma forma geral, em ambos os estudos o que era pedido ao aluno era clareza na
articulação assim como clareza na execução das passagens agudas, para ajudar a obtenção
destas notas (notas agudas) com a velocidade de ar e apoio no diafragma. Ainda neste
ponto, o aluno necessita de estudar de forma individual, para a execução de ambos os
estudos ser de forma fluída e não frase a frase.
Em relação ao terceiro andamento do terceiro concerto de Mozart (KV 447), foi pedido ao
aluno para realizar uma articulação mais leve em oposição à que estava a ser realizada, que
era uma articulação muito curta e marcada. Foram ainda realizadas algumas correções
relativamente a antecipar a respiração, pois o aluno estava a realizar a respiração em cima
do tempo em que já deveria estar a tocar. O aluno tem revelado melhorias, no entanto deve
tentar estudar diariamente para não perder as aprendizagens adquiridas.
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato e staccato
Aula nº: 23 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 03 de maio de 2016
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
135
- Exercícios com escalas maiores seguidos dos arpejos em legato e staccato
- Exercícios com quatro notas a serem executadas de forma descendente, de modo a
trabalhar o registo grave.
Estudo
- Müller, Eduard, Etüden für Horn, número 20
Concerto
- Mozart, Wolfgang Amadeus, Concerto nº3 para Trompa e Orquestra em Mib
Maior, KV 447 (terceiro andamento)
2. Conteúdos Específicos
Na presente aula o aluno irá realizar ensaio com piano do terceiro andamento, do
terceiro concerto de W. A. Mozart. Antes da chegada da pianista, pretendo realizar com o
aluno alguns exercícios de flexibilidade com articulações que surgirão ao longo do
concerto. Posteriormente, em relação ao estudo, pretendo ver com o aluno determinadas
passagens do estudo.
Relatório de aula
3. Tarefas realizadas: Relativamente ao ensaio com piano, foi a primeira vez que o aluno
executou o terceiro andamento com pianista. Num momento inicial o andamento de
concerto foi executado de início ao fim para o aluno ter uma percepção de como o mesmo
concerto soava com piano. Ao longo desta primeira abordagem com piano iam sendo dadas
indicações de entrada (a seguir aos compassos de espera), pois normalmente o aluno
contava sempre compassos de espera a menos. Depois da execução do andamento, algumas
indicações foram dadas ao aluno, a nível de carácter, assim como em casos pontuais o
aluno executou determinadas passagens. O mesmo andamento exige ainda algum trabalho
individual em determinadas passagens técnicas, como por exemplo o treino de staccato
duplo.
Relativamente ao estudo número 20, de Müller, o mesmo é um estudo técnico. De uma
forma geral, foi pedido ao aluno para executar o mesmo mais lento, para se perceberem
todas as passagens técnicas – para ficar perceptível. Foi explicado ao aluno, que ao
136
executar o estudo ligeiramente mais lento este se tornaria mais confortável a executar
assim como ficaria também mais compreensível, pois, em contexto de prova, com os
nervos, a tendência é para tocar tudo ligeiramente mais rápido, assim, se for já habituado a
estudar mais lento, na “hora da verdade” (em prova) o estudo sairá ao andamento
pretendido e sem erros. Ainda no presente estudo foram vistas determinadas passagens,
onde a repetição das mesmas teve de ser feita algumas vezes. Por fim o aluno conseguiu
tocar essas passagens, no entanto deverá praticar as mesmas diariamente.
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato
- Exercícios com escalas maiores seguidos dos arpejos em legatto e stacatto
Estudo
- Koetsier, estudo número 5
Concerto
- Mozart, Wolfgang Amadeus, Concerto nº3 para Trompa e Orquestra em Mib
Maior, KV 447 (terceiro andamento)
2. Conteúdos Específicos
Pretendo realizar com o aluno alguns exercícios técnicos, nomeadamente exercícios
com trilos. Para isso, realizarei com o aluno exercícios com harmónicos em legato. Estes
exercícios terão ritmos variados e com movimentações a iniciar os trilos quer de forma
ascendente quer de forma descendente. Pretendo ainda abordar com o aluno o terceiro
andamento, do terceiro concerto de Mozart, e iniciar este pelas passagens em que
normalmente o aluno revela dificuldade, trabalhando essas passagens um pouco com o
aluno. Em algumas dessas passagens pretendo abordar alguns exercícios de stacatto
Aula nº: 24 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 10 de maio de 2016
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
137
simples e duplo. Em relação ao estudo de Koetsier, pretendo ver com o aluno algumas
passagens melódicas, onde as mesmas têm intervalos grandes e que normalmente o aluno
revela dificuldade. Para combater essas dificuldades, realizarei com o aluno exercícios
através de escalas e arpejos.
Relatório de aula
3. Tarefas realizadas: Das tarefas propostas, não foi possível a realização de todas, pois a
aula iniciou-se mais tarde. O motivo pela qual a aula se atrasou, foi por todos os
professores e alunos do conservatório terem sido convocados para assistir à audição
interdisciplinar. A audição interdisciplinar estava representada por quase todas as classes
do conservatório e a prestação dos alunos foi muito positiva.
Tendo a aula iniciado mais tarde, com o aluno foram realizados exercícios com harmónicos
em legato, exercícios com escalas e arpejos maiores em legatto e stacatto e ainda
exercícios com diferentes formas de ataque (consoante o que iria necessitar de realizar quer
ao longo do concerto quer ao longo do estudo).
Entretanto foi realizado o ensaio do terceiro andamento com a pianista. Neste ensaio o
aluno revelou mais segurança e confiança nas entradas (a seguir aos compassos de espera),
assim como a forma como executava o andamento: as passagens técnicas estavam mais
controladas. Depois do ensaio com piano, foram vistas as passagens que anteriormente
tinham levantado dúvidas. As mesmas foram executadas de forma mais lenta e
progressivamente o andamento ia aumentando até estar perto do andamento pretendido no
final. Essas passagens são as que o aluno necessita de ver diariamente.
Em relação ao estudo, o aluno inicialmente revelou algumas dificuldades no registo
agudo devido a cansaço, mas as mesmas foram abordadas uma oitava a baixo, para ter
referências auditivas dos intervalos. Depois de algumas repetições, o aluno executou sem
dificuldades a passagem na oitava que estava escrita, não revelando dificuldades.
138
1. Conteúdos Programáticos
Aquecimento
- Execução de três notas iguais
- Exercícios com harmónicos em legato
- Exercícios com escalas maiores seguidos dos arpejos em legato e staccato
Estudo
- Koetsier, estudo número 5
Concerto
- Mozart, Wolfgang Amadeus, Concerto nº3 para Trompa e Orquestra em Mib
Maior, KV 447 (terceiro andamento)
2. Conteúdos Específicos
Na presente aula pretendo trabalhar com o aluno algumas passagens do estudo,
onde o mesmo tem revelado dificuldade. Para combater estas dificuldades, as estratégias
que serão utilizadas passarão por exercícios com escalas e arpejos com diferentes tipos de
articulações. Pretendo também abordar, com a realização dos exercícios anteriores, os
registos grave e agudo na trompa: pois ao longo do estudo surgem passagens em registos
diferentes e aos quais o aluno ainda tem dificuldade. Relativamente ao terceiro andamento
do concerto, pretendo realizar alguns exercícios com o aluno, onde a base destes exercícios
serão escalas maiores. O objetivo será repetir a nota fundamental algumas vezes e depois
seguir com a escala. Em cada repetição da nota fundamental pretendo que o aluno realize
crescendo. Outros exercícios serão realizados consoante o que o aluno precisar na altura.
Relatório de aula
Aula nº: 26 Grau: 7ºGrau – Supletivo
Hora da aula: 19.20h Terça-feira, dia 24 de maio de 2016
Duração: 2 Blocos de 45 minutos Disciplina: Instrumento/Trompa
139
3. Tarefas realizadas: Das tarefas propostas, a maioria foi possível de ser realizada.
Assim, a aula iniciou com exercícios de aquecimento com harmónicos. Durante a
realização desses exercícios ia sendo pedido ao aluno para terminar um exercício e não
iniciar logo o seguinte, para dar tempo ao início de um novo exercício, para este ter tempo
de se preparar para executar algo com o mesmo padrão mas numa tonalidade (no caso
harmónico) diferente. De seguida forma realizadas escalas maiores seguidas do devido
arpejo. As escalas eram realizadas em legato, enquanto que os arpejos eram realizados em
stacatto. Aqui foi pedido para o aluno realizar os arpejos com um staccato acentuado, que
deixasse a nota ainda a ressoar, em fez do staccato curto e seco que estava a realizar.
Em relação ao ensaio do terceiro andamento do concerto com a pianista, de uma
forma geral foi positivo. No entanto, em determinadas passagens o aluno revelou
dificuldades, algumas das quais já tinham sido trabalhadas em aulas anteriores. Ao longo
do ensaio foram transmitidas algumas ideias e imagens ao aluno, assim como foi também
transmitido para criar mais tensão na repetição das mesmas notas para depois relaxar na
resolução, tal como estava escrito. Foi ainda pedido para o aluno realizar mais dinâmicas.
O concerto na presente aula não foi aprofundado, pois em muitos dos sítios onde o aluno
revelou dificuldades, as mesmas já tinham sido trabalhadas em aulas anteriores,
necessitando no momento de trabalho individual.
Em relação ao estudo, o aluno tem revelado melhorias, todavia houve passagens em
que foi necessário realizar alguns exercícios. Por exemplo, numa das passagens em que
surgia um intervalo de oitava (onde este ia para o registo grave), o exercício realizado para
ajudar o aluno a obter a nota escrita, foi com uma escala maior e ir descendo por tons até
atingir a nota grave pretendida (dó3-si-dó
3-lá- dó
3-sol- dó
3-fá- dó
3-mi- dó
3-ré- dó
3- dó
2).
Aqui foi também referido ao aluno para ao ir tocar a nota no registo não grave não realizar
um movimento tão grande na trompa, para realizar esse movimento mais a nível facial do
que físico (manter a trompa estática). Isoladamente, o aluno conseguia tocar o intervalo de
oitava sem necessitar de movimentar a trompa, porém, tocando a passagem no seu
contexto (com o que antecedia e procedia), o aluno movimentava a trompa. Num outro
momento em que o aluno revelou dificuldade ao atacar algumas notas no registo agudo e
depois tinha o intervalo de oitava, a estratégia adotada foi num momento inicial o aluno
tocar primeiramente a nota grave, parar e depois tocar a aguda; de seguida tocar a nota
grave seguida da aguda (sem realizar pausa) e por fim, tocar o intervalo como estava
140
escrito na partitura. Numa fase inicial foi difícil para o aluno realizar o exercício, mas
depois de repetidas algumas vezes e depois do aluno perceber o que estava a ser pedido, o
mesmo já conseguia tocar as passagens abordadas. Porém, é algo em que deve ser
abordado no estudo individual. Ao aluno foi ainda pedido para o mesmo realizar as
articulações que estavam escritas e para exagerar nas mesmas, assim como foi também
pedido para realizar as dinâmicas que estavam escritas, pois em determinados momentos o
aluno estava a falhar por não estar a apoiar suficientemente com ar.
141
5. Atividades Extracurriculares
5.1. Organização de atividades
O presente subcapítulo passou por algumas organizações conjuntas, com alguns dos
estagiários do conservatório, assim como foram organizadas algumas atividades de
carácter individual.
Relatório de atividades
A primeira atividade organizada (em conjunto com alguns estagiários) foi a
“Audição de Estagiários” (consultar Anexo 5: Cartaz de divulgação da Audição de
Estagiários), planeada para dia 22 de fevereiro de 2016, às 18.40h no polivalente do
Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian (CMACG). A presente atividade,
tinha como objetivo dar a conhecer os alunos que estavam a estagiar no conservatório a
toda a comunidade escolar. Porém, por falta de comunicação entre estagiários e
responsáveis pela marcação do espaço no Conservatório, a audição não foi possível de
realizar, pois a mesma foi sobreposta por uma audição de violino. Assim, num primeiro
momento, fomos obrigados a cancelar a “Audição de Estagiários”. Porém, não desistindo
de realizar uma audição em conjunto (com todos os estagiários), marcamos uma nova data
para a “Audição de Estagiários”. Esta nova data foi a 18 de abril de 2016, para as 18.30h
no polivalente do CMACG (consultar Anexo 6: Programa de Sala). Nesta audição os
estagiários não tiveram nenhum contratempo como anteriormente e a mesma serviu para
nos divulgarmos à comunidade. Nestas audições, o trabalho que exige organizar uma
apresentação pública foi distribuído pelos que participaram na mesma. Assim, uns foram
responsáveis por verificar se o espaço estava disponível no dia e hora que estávamos a
propor; outros ficaram responsáveis por realizar o cartaz e programas de sala; outros
ficaram responsáveis por divulgar a audição: quer no facebook quer espalhando cartazes no
CMACG e no Departamento de Comunicação e Arte (DeCA); por fim, houve também
responsáveis pela impressão dos programas e apresentação da atividade. Todos
colaboraram e ajudaram para que a atividade se desenrolasse da melhor maneira possível.
De uma forma geral, a audição correu bem aos participantes e o público (que era pouco)
gostou da “Audição de Estagiários” .
142
Uma outra atividade organizada em parceria com os estagiários e com o Núcleo de
Música da Universidade de Aveiro, foi a “Audição de Mês”. Esta “Audição de Mês” foi
uma estratégia encontrada por alguns alunos de música do DeCA, onde esta permite os
alunos inscreverem-se para assim terem uma oportunidade de se apresentarem em público
e também para rodar repertório. Foi uma estratégia em que desde o início teve e tem
sucesso. Em conversa com o Núcleo de Música surgiu a ideia de se juntarem alunos de
graus diferentes – uns, a iniciarem os seus estudos musicais e outros, quase a terminar o
seu ciclo de estudos – para uma mesma finalidade, fazer música. Estando ambas as partes
de acordo na realização de uma “Audição de Mês” com a participação dos alunos do
CMACG, avançou-se com o contacto para os professores de todas as classes do
Conservatório, sendo os mesmos contactados via email, para serem informados da
atividade que se estava a organizar, assim como para inscreverem os seus alunos, se assim
o desejassem. Após a inscrição dos alunos, por se tratarem de menores, os pais e
encarregados de educação foram também contactados pessoalmente e informados que os
alunos das instalações do Conservatório até às instalações do local da audição seriam
acompanhados pelos estagiários. Os alunos do DeCA que quisessem participar na audição
inscreviam-se como até ao momento se inscreviam, via internet.
Assim, a “Audição de Mês” ficou agendada para dia 16 de maio, às 19.30h no
Auditório do Departamento de Comunicação e Arte. Com os alunos do Conservatório, os
estagiários encontraram-se com os mesmos por volta das 18.50h, para levarem os alunos
participantes na audição para o Auditório do DeCA. Alunos e estagiários chegaram ao
local da audição por volta das 19.15h. Os alunos tocaram um pouco na sala e de seguida,
deu-se início à audição. A audição teve poucos inscritos, quer alunos do Conservatório
quer da Universidade, mas o balanço foi positivo e os pais e público em geral gostaram das
diferentes prestações. No final da audição, não houve a necessidade dos estagiários se
deslocarem ao Conservatório para entregar os alunos aos pais/encarregados de educação,
pois o que ficou combinado com os mesmos foi no final da audição irem buscar os seus
educandos ao local da mesma.
Uma outra atividade organizada, mas de forma individual, foi a “Audição da Classe
de Trompa da Universidade de Aveiro”. Para esta audição, foi realizado o convite ao
professor da classe de trompa da Universidade de Aveiro, José Bernardo Silva, se estaria
143
disponível em propor à classe uma audição num estabelecimento de ensino diferente e que
ao mesmo tempo servisse para promover nos alunos do conservatório o estímulo e
incentivo para estudar trompa. Tendo o professor da classe e intervenientes aceite o
convite, a data por todos chegada a acordo foi 23 de maio de 2016, pelas 19.30h no
polivalente do CMACG. Para promover a da audição, foi realizado um cartaz (ver Anexo
7: Cartaz de divulgação da Audição de Classe de Trompa) onde o mesmo foi afixado no
CMACG e divulgado pelo facebook. Foi também realizado o programa de sala (ver Anexo
8: Programa de Sala da Audição da Classe de Trompa) e posteriormente a audição foi
apresentada pelo promotor da mesma. A audição contou com a presença de alguns
espetadores e quase no final contou com alguns alunos de trompa do Conservatório a
assistir, pois os mesmos à hora da audição estavam a ter aula de orquestra e não foram
dispensados para ouvirem os colegas. A audição revelou-se positiva e os presentes
gostaram do bom trabalho que estava a ser desenvolvido pela Classe de Trompa da
Universidade de Aveiro.
5.2. Participação ativa em atividades
Relatório de atividades
As duas atividades organizadas pelos estagiários no CMACG, intitulas por:
“Audição de Estagiários” (onde só foi realizada uma audição), teve a colaboração direta
ao fazer parte do elenco que iria tocar na audição (ver Anexo 6: Programa de Sala) assim
como na divulgação da mesma através das redes sociais.
Uma outra atividade participada foi “sons do imaginário’16”, para interpretar a
estreia da obra “Fragmentos”, para barítono, trompa e piano, de Patrícia Oliveira. Esta
atividade tem sido realizada todos os anos, estando a mesma inserida no Ciclo de
Concertos Momentum, com o objetivo de estrear e promover as obras de compositores
portugueses, assim como compositores e alunos de composição do DeCA. (Consultar o
programa do concerto no Anexo 9.)
144
6. Agradecimentos
Neste momento gostaria de demostrar o meu profundo agradecimento a todos
aqueles que no presente ano letivo me acompanharam e tornaram esta caminhada
pedagógica mais facilitada pelo seu precioso contributo.
Antes de mais, agradeço aos alunos com quem tive oportunidade de acompanhar,
pois sendo ainda muito jovens e apresentando dificuldades diferentes, sempre estiveram
disponíveis para aceitar os desafios a que eram propostos.
Agradeço também ao meu orientador cooperante, o Professor Eduard Tauber, que
sempre se demonstrou disponível para tirar qualquer dúvida que ocorresse assim como pela
paciência revelada para com os alunos que não estudavam, onde o esforço para incentivar
os alunos a estudar diariamente era uma luta constante.
Um agradecimento muito especial ao Professor José Bernardo Silva, por todo o
apoio dado, por todos os desabafos ouvidos. Um agradecimento sentido por toda a
caminhada que fez comigo.
Um agradecimento à Classe de Trompas da Universidade de Aveiro, pela
colaboração na Audição.
Agradeço também a toda a comunidade escolar, desde a senhora da limpeza até aos
colegas do departamento de sopros metais com que contactei, pela simpatia, pelo carinho
que sempre demostraram, pela ajuda quando necessária e também pela partilha
profissional. A todos o meu sincero e profundo obrigado.
Um agradecimento muito especial para os meus pais, que sempre me apoiaram,
incentivaram e me deram forças para continuar. Um agradecimento também muito especial
para aqueles que se revelaram meus segundos pais, a Irmã Flávia Dores e o Padre José
António Carneiro, por me ouvirem, pela palavra de conforto no momento certo, por tudo.
O meu sincero obrigado.
A todos o meu mais sincero e profundo agradecimento. Jamais vos esquecerei.
145
7. Anexos
Anexo 1: Plano Anual PES
1
Curso de Mestrado em Ensino de Música
Disciplina – Prática de Ensino Supervisionada - Ano letivo 2015/2016
Plano Anual de Formação do Aluno em Prática de Ensino Supervisionada
Identificação do Aluno/ Núcleo de Estágio:
Aluno estagiário: Natália Catarina Guimarães Faria
Orientador cooperante: Eduard Tauber Orientador científico: Evgueni Zoudilkine e José Bernardo Silva
Núcleo de estágio (área de especialização: Trompa Instituição de Acolhimento: Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian (CMACG)
O plano de formação do aluno em Prática de Ensino deve permitir que o mesmo exerça uma prática de ensino nunca inferior a 25%, nem superior a 70%,
do trabalho letivo total dos alunos que lhe forem atribuídos.
O mesmo será discutido e aprovado pelo núcleo constituído para aprática da Prática de Ensino.
1. Prática Pedagógica de Coadjuvação Letiva
Nome Aluno/Turma Ano/curso Dia/hora aula Observações
1 Beatriz Santos 8ºAno/2ºGrau, Regime
supletivo
Terça-feira,
17.05h – 17.50h
2 Rafael Neves 6ºAno/2ºGrau, Regime
Supletivo
Terça-feira,
18h-19.20h
3 António Martins 11ºAno/7ºGrau, Regime
Complementar Supletivo
19.30h-21h
4
146
2
Nota: o aluno estagiário deverá ser responsável pela coadjuvação letiva de 2 a 4 alunos (preferencialmente 3), ou 1 a 3 turmas (preferencialmente 2) dentro do horário do Orientador
Cooperante
2. Participação em atividade pedagógica do Orientador Cooperante
Nome Aluno/Turma Ano/curso Dia/hora aula Observações
1 Rafael Neves 6ºAno/2ºGrau, Regime
Supletivo
Terça-feira,
18h-19.20h
2 António Martins 11ºAno/7ºGrau, Regime
Complementar Supletivo
19.30h-21h
Nota: o aluno estagiário deverá assistir a atividade letiva do seu orientador cooperante num conjunto de 2 alunos ou 1 turma dentro do horário proposto
3. Organização de Atividades
Atividade Dia/hora prevista Observações/ descrição
1 Audição de Estagiários 22 de fevereiro, 18.40h
18 de abril, 18.30h
Local: Polivalente do CMACG
2 Audição de Mês 16 de maio, 19.30h Local: Auditório do Departamento de Comunicação e
Arte (DeCA)
3 Audição da Classe de Trompa da Universidade de Aveiro 23 de maio, 19.30h Local: Polivalente do CMACG
Nota: o aluno estagiário deverá organizar entre 2 a 3 atividades de entre audições, master-classes, seminários, workshops ou outras atividades pertinentes tanto na Universidade como
na Instituição de Acolhimento sabendo que os eventos propostos deverão contribuir para a dinamização da comunidade escolar
4. Participação Ativa em Ações a realizar no âmbito do Estágio
Atividade Dia/hora prevista Observações/descrição
1 Audição de Estagiários 18 de abril, 18.30h Local: Polivalente do CMACG
2 Audição sons do imaginár io’16 19 de maio, 18.30h Local: Auditório do DeCA
3
147
Anexo 2: Folhas de Assiduidade do Aluno em Formação
1º Trimestre
148
2º Trimestre
149
150
3º Trimestre
151
Anexo 3: Critérios Gerais de Avaliação de Trompa
152
153
Anexo 4: Critérios Gerais de Avaliação de Trompa e Programa (2º e 7º Graus)
2º Grau
154
7º Grau
155
156
Anexo 5: Cartaz de Divulgação da Audição de Estagiários
ConservatóriodeMúsicadeAveiroCalousteGulbenkian
AUDIÇÃODEESTAGIÁRIOS
ObrasdeBernhardKrol,Debussy,Telemann,outros
NúcleodeestágiodaUniversidadedeAveiro
DIA22DEFEVEREIRO18H40
157
Anexo 6: Programa de Sala
158
Anexo 7: Cartaz de Divulgação da Audição da Classe de Trompa
AUDIÇÃO DA CLASSE DE TROMPA
DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO
SEGUNDA-FEIRA, 23 DE MAIO
19.30H, POLIVALENTE CMACG
OBRAS DE MADSEN, STRAUSS, ENTRE
OUTROS
159
Anexo 8: Programa de Sala da Audição da Classe de Trompa
160
Anexo 9: Programa do Concerto sons do imaginário’16
161
Anexo 10: Regulamento Interno
Regulamento
Interno
Av.ª Artur Ravara
3810-096 Aveiro
Tel: (+351) 234 378 770
E-Mail: [email protected]
Web: www.cmacg.pt
Conservatório de Música de
Aveiro de Calouste
Gulbenkian
2015
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Anexo 11: Plano Estratégico de Desenvolvimento Resumido
Conservatório de Música de Aveiro de Calouste Gulbenkian Plano Estratégico de Desenvolvimento – 2010 ‐ 2013
1
Conservatório de Música de Aveiro de
Calouste Gulbenkian
Plano Estratégico de Desenvolvimento (resumido)
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