nasestrelas cultura “circular” vira tema de documentário · mento para se dedicar àquilo que...

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MAGAZINE OLIBERAL BELÉM, TERÇA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2017 2 MAGAZINE nasestrelas Áries E Touro F A sua persistência é beneficiada hoje pela força corajosa e confiante que se aproxima. Aproveite então o mo- mento para se dedicar àquilo que você deseja conquistar. É tempo de acredi- tar nas suas vitórias. Gêmeos G Câncer H Leão I Virgem J Libra E Escorpião E Sagitário M Capricórnio 22 de dezembro / 20 de janeiro Regente: Saturno N Aquário O Peixes P 21 de janeiro / 19 de fevereiro Regente: Urano 20 de fevereiro / 20 de março Regente: Netuno 23 de novembro / 21 de dezembro Regente: Júpiter 23 de outubro / 22 de novembro Regente: Plutão 23 de setembro / 22 de outubro Regente: Vênus 23 de agosto / 22 de setembro Regente: Mercúrio 23 de julho / 22 de agosto Regente: Sol 21 de junho / 22 de julho Regente: Lua 21 de maio / 20 de junho Regente: Mercúrio 21 de abril / 20 de maio Regente: Vênus 21 de março / 20 de abril Regente: Marte H oje é um dia em que você pode pre- cisar estimular ainda mais a sua tolerância e paciência, já que a sensi- bilidade tende a ficar a flor da pele. É tempo de fazer boas reflexões para agir com sabedoria. A inda que a sua curiosidade possa fazer com que você queira sempre dar atenção às suas fantasias e ima- ginações, procure valorizar mais as suas certezas agora. É tempo de se basear no que tem solidez. P ara otimizar a sua energia, procure agora desenvolver mais a confiança no caminho que você vem trilhando, deixando de lado dúvidas ou receios que impedem a sua assertividade. É tempo de seguir com fé. A o compartilhar a sua luz com os ou- tros, você acaba amplificando a sua própria força, já que não há nada mais gratificante do que ajudar a quem precisa. É tempo de ser generoso com quem está ao seu lado. H oje você deve se sentir em equilí- brio com as suas emoções, perce- bendo o que sente de forma clara e produtiva. Procure então se ater mais às questões internas que deseja resol- ver. É tempo de sabedoria. A o perceber uma maior agitação in- terna, procure se recolher para pode pensar com calma sobre aquilo que vem ocupando a sua mente. Assim você consegue harmonizar as suas ideias. É tempo de relaxar. P ara promover a qualidade do seu trabalho, é preciso agora que você acrescente momentos de diversão ao seu sistema produtivo. Assim o ânimo aumenta e os resultados se amplifi- cam. É tempo de alegria. H oje o seu bem-estar e a sua satisfa- ção pessoal tendem a ser mais facil- mente atingidos. O importante é viven- ciar os sentimentos com positividade e disposição. É tempo de dar atenção à sua sensibilidade. N em sempre os nossos processos emocionais podem ser compreen- didos ou trabalhados com facilidade, por isso é preciso saber deixar as sen- sações fluírem até que pareçam mais claras. É tempo de ter calma. A o desapegar do que não vem promo- vendo a sua produtividade, você não somente beneficia os seus resultados como ainda dá a oportunidade para que novos mecanismos possam sur- gir. É tempo de renovação. C aso surja algum desafio ao longo do dia, lembre que o seu equilíbrio emocional é determinante para que você possa agir de forma sábia e reso- lutiva. É tempo de manter a serenidade para refletir em paz. CULTURA “Circular” vira tema de documentário O projeto Circular Campina-Ci- dade Velha, que chegará à 20ª edição em dezembro, lança hoje dois registros importantes sobre a história da programação: o filme “Experiência Circular - En- contros e afetos no Centro Históri- co de Belém” e a Revista Circular, durante evento que será realizado no Cine Olympia, às 18h30, com entrada gratuita. O documentário, com direção de Mário Costa, resulta dos registros captados ao longo de várias edições do projeto, a partir do final de 2015, e nas coberturas de edições em 2016 e 2017, complementados com ima- gens e entrevistas cedidas pela TV Cultura do Pará e Aruana Filmes, também parceiros do Circular. “Esse documentário é como se fosse uma prestação de contas do que tem sido realizado no decorrer desse tempo. Às vésperas de mais uma edição, es- sa é mais uma forma que temos para celebrar nossas parcerias e também dizer mais uma vez que o centro his- tórico precisa e deve ser olhado com carinho, ganhar mais infraestrutura para que melhor possamos circular e gerar renda, economia criativa e cultura, numa área tão bonita e re- presentativa da cidade”, diz Makiko Akao, coordenadora do Circular. O filme traz pelos depoimentos dos parceiros envolvidos no projeto, empreendedores criativos, morado- Além do filme, a história do projeto cultural também estará em revista. Edição deste ano abrirá no domingo. res e turistas, que participam dos domingos de circulação. “Estamos felizes com esse resultado, pois acreditamos no trabalho colabora- tivo, na junção de ideias e talentos. Queremos parcerias que tenham essa energia, que busquem através de imagens e histórias, transformar uma realidade. Foi assim que através da nossa produtora Lidiane Martins, se deu o inicio da relação com o projeto Circular e, desde então, tem sido uma sintonia de amor à primei- ra vista”, diz Mário Costa, diretor e proprietário da Macieira Filmes, que também assina a produção das cha- madas de TV para as edições e na cobertura das circulações. REVISTA A terceira edição da Revista Cir- cular, lançada no mês de setembro em plataforma digital, ganha agora uma versão impressa, que será lan- çada após a exibição do documen- tário. A publicação está em seu ter- ceiro número. A primeira, chamada de número zero, trouxe reportagens que revelam uma cidade invisibiliza- da no centro histórico e discutiu os potenciais turísticos criativos e cul- turais desses bairros. O segundo nú- mero foi lançado em abril deste ano, abordando o patrimônio humano. O terceiro número, que poderá ser lido de forma física, trata de políticas pú- E u era pequena e o aroma invadia o quarto, tomando conta de mim. Ima- ginava quando poderia me deliciar com o líquido que saía fumegante do bu- le esmaltado. Criança não toma café! A advertência estimulava a ansiedade, não era raro “provar” o restinho da xícara do meu pai. Minha mãe não apreciava a in- fusão por ter sido obrigada, na infância, a tomar mamona com café, que maldade. A família portuguesa admirava o café passado em coador de pano. Era um ritual: escaldavam bule, coador e louça. (Xícaras frias acabam com o café e copos quentes entristecem a cerveja - santa sabedoria!) Na água quase fervente (demais, queima o café!) deitava-se o pó às colhe- radas e, com colher de pau usada única e exclusivamente para esse fim, mexia-se suavemente a mistura, incorporando os dois ingredientes e liberando o aroma. Levantava-se a panela (também exclu- siva) por três vezes consecutivas, o café baixava um pouco e não transbordava. Na terceira, era escorrido para o coador ainda quente e “voilá”, a mágica para um dia perfeito estava pronta! Lembro-me da colher de café que minha avó levou con- sigo para nossa casa. Era macia ao toque e eu a cheirava. Minha tia, que morava ao lado, tomava cafezinho pela manhã e pe- la tarde. Nas duas ocasiões, Kiko, um ma- caquinho de cheiro, sentava-se na janela, com as mãos entrelaçadas, aguardando a gota que lhe era oferecida no pires. Muito esperto aquele macaco! A tia me permi- tia desfrutar de “um dedinho” de café e eu voltava para casa duplamente feliz: pelo café e por ter driblado minha mãe. Minhas netas adoram sentir o aroma do café na caneca da mãe. Alguns gostam da bebida em caneca, outros preferem xícaras finas (inclusive eu) e algumas pessoas me dizem que nada substitui o copinho de botequim. Existe uma lista dos dez cafés mais bonitos do mundo. Destes, tive a felicida- de de conhecer alguns: Majestic (Porto), Confeitaria Colombo (Rio de Janeiro), Florian (Viena), Café Tortoni (Buenos Ai- res), Caffe Greco (Roma) e Panther Coffee (Wynwood, Miami). Ainda pretendo co- nhecer os demais e, quem sabe, muitos que não aparecem em listas. Sabor de felicidade Reza a lenda que o café foi descoberto no começo do século IX, nas terras altas da Etió- pia,quandoumpastornotouqueascabrasfi- cavammaisativasquandocomiamosfrutos de uma determinada planta. Levou-os a um monge(sempreeles!)queexperimentoucolo- cá-los numa infusão. Daí para o cafezinho foi umpulo!LevadopeloImpérioOtomanopara Constantinopla,lásurgiuaprimeiracafeteria VERA CASCAES Circular Campina-Cidade Velha terá próxima edição em dezembro MARCELOLELIS blicas de restauro e ações indepen- dentes no centro histórico de Belém. “Neste número abordamos al- gumas ações da sociedade civil e as políticas públicas nos territórios criativos da Campina, Reduto e Ci- dade Velha. A ideia da revista é colo- car em pauta estes e outros debates sobre patrimônio, cultura e outros direitos à cidade, trazendo infor- mação e reforçando a identidade cultural dos bairros históricos”, diz a jornalista Luciana Medeiros, edito- ra da revista e integrante da equipe gestora do Projeto Circular. A edição traz artigos de Flávio Nassar, coordenador do Fórum Landi, e da artista visual e pesqui- sadora Elisa Arruda, além de ma- téria sobre a Maquete Belém e um papo com Eva Franco, presidente da Fundação Cultural de Belém (Fumbel) sobre o incêndio ocorri- do no Museu de Arte de Belém (Ma- be). O PAC das Cidades Históricas (PAC CH), que em 2014 anunciou recursos para obras de restauros no centro histórico, é tema da re- portagem com Paula Caluff Rodri- gues, coordenadora do programa na Secretaria Municipal de Urba- nismo (Seurb) e com o Superinten- dente do Iphan em exercício, Cyro Lins, entre outras matérias. O projeto Circular, que iniciou como um piloto, em dezembro de 2013, com seis galerias, chega ao domingo, 3 de dezembro, a 20ª edi- ção, reunindo mais de 40 espaços parceiros, situados nos bairros de referência, que por meio de ações e investimentos próprios, trazem, anualmente ao centro histórico de Belém, cerca de 22 mil pessoas. de que se tem notícia. A partir do século XVI, para aumentar a durabilidadedos grãos, passou-se a torrar o café, mais ou menos como se conhe- ce hoje. O café “forte” é o mais torrado, quase queimado. Alguém disse que não existe nada mais simples do que preparar um café. Não é bem assim. Além de toda a manha que aprendi comaLinete,que comandava a co- zinha da minha avó, a escolha do pó é fundamen- tal. Não se pode economizarsem sacrificar o pala- dar. Outro hábi- to que me tira do sério é adoçar a água para fazer o café. Eu diria que é um crime. Nesses tem- pos de pressa e maus humores, nos melhores e nos piores mo- mentos, o café acolhe e acon- chega, alivia e anima. Gesto de cortesia, não pode ser esque- cido por quem ainda cultiva as coisas boas da vida. As pessoas costumavam passar “para um cafezinho” sem causar transtorno, pelo contrário. Conversas difíceis fluem me- lhor quando antagonistas dividem um café. Amizade se celebra com café. Já escrevi sobre algumas paixões gastronômicas. Fiz de uma receita de bacalhau uma crônica cheirando a pimentos e azeite de boa safra. Com um bolo batido “à mão”, driblei a falta de boa inspiração. Nessa madrugada em que a tela vazia me encarava, pro- curei na cozinha o alento para man- ter-me desperta. O aroma me trouxe lembranças e bons agouros. Nada melhor do que uma bela xícara de café para iniciar um bom dia! Dica de leitura ESTRELA DO “THE BIG BANG THEORY” LANÇA OBRA DIVERTIDA E DIDÁTICA PARA GAROTAS Mayim Bialik, a Amy Fow- ler de The Big Bang Theory não é super inteligente somente na série. Na vi- da real ela é doutora em Neurociência. E é usando os conhecimentos de sua formação que Mayim lança a obra “Girling Up”, pela Primavera Editorial. No livro, a atriz, neurocien- tista e escritora ensina, de maneira divertida e esti- mulante, vários conceitos importantes do ponto de vista biológico que afetam a vida das garotas por in- teiro. Mayim aborda assun- tos como as mudanças no corpo e as diferenças entre meninas e meninos, mas de forma que a leitora vá além dos estereótipos sociais, aprenda a se conhecer de fato e preserve sua saúde física e mental, livrando- se das cobranças desne- cessárias. Mayim explica ainda todos os dilemas da puberdade do ponto de vis- ta da neurociência, o que facilita a compreensão e identificação. A autora fala até mesmo dos sintomas físicos da paixão, o que muda no comportamento, os hormônios e os méto- dos contraceptivos para evitar gravidez precoce e doenças.

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MAGAZINEO LIBERAL BELÉM, TERÇA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 20172 MAGAZINE

nasestrelas

Áries

Touro

A sua persistência é beneficiada hoje pela força corajosa e confiante que

se aproxima. Aproveite então o mo-mento para se dedicar àquilo que você deseja conquistar. É tempo de acredi-tar nas suas vitórias.

Gêmeos

Câncer

Leão

Virgem

Libra

Escorpião

Sagitário

Capricórnio22 de dezembro / 20 de janeiroRe gen te: Saturno

Aquário

Peixes

21 de janeiro / 19 de fevereiroRe gen te: Urano

20 de fevereiro / 20 de marçoRe gen te: Netuno

23 de novembro / 21 de dezembroRe gen te: Júpiter

23 de outubro / 22 de novembroRe gen te: Plutão

23 de setembro / 22 de outubroRe gen te: Vênus

23 de agosto / 22 de setembroRe gen te: Mercúrio

23 de julho / 22 de agostoRe gen te: Sol

21 de junho / 22 de julhoRe gen te: Lua

21 de maio / 20 de junhoRe gen te: Mercúrio

21 de abril / 20 de maioRe gen te: Vênus

21 de março / 20 de abrilRe gen te: Mar te

H oje é um dia em que você pode pre-cisar estimular ainda mais a sua

tolerância e paciência, já que a sensi-bilidade tende a ficar a flor da pele. É tempo de fazer boas reflexões para agir com sabedoria.

A inda que a sua curiosidade possa fazer com que você queira sempre

dar atenção às suas fantasias e ima-ginações, procure valorizar mais as suas certezas agora. É tempo de se basear no que tem solidez.

P ara otimizar a sua energia, procure agora desenvolver mais a confiança

no caminho que você vem trilhando, deixando de lado dúvidas ou receios que impedem a sua assertividade. É tempo de seguir com fé.

A o compartilhar a sua luz com os ou-tros, você acaba amplificando a sua

própria força, já que não há nada mais gratificante do que ajudar a quem precisa. É tempo de ser generoso com quem está ao seu lado.

H oje você deve se sentir em equilí-brio com as suas emoções, perce-

bendo o que sente de forma clara e produtiva. Procure então se ater mais às questões internas que deseja resol-ver. É tempo de sabedoria.

A o perceber uma maior agitação in-terna, procure se recolher para pode

pensar com calma sobre aquilo que vem ocupando a sua mente. Assim você consegue harmonizar as suas ideias. É tempo de relaxar.

P ara promover a qualidade do seu trabalho, é preciso agora que você

acrescente momentos de diversão ao seu sistema produtivo. Assim o ânimo aumenta e os resultados se amplifi-cam. É tempo de alegria.

H oje o seu bem-estar e a sua satisfa-ção pessoal tendem a ser mais facil-

mente atingidos. O importante é viven-ciar os sentimentos com positividade e disposição. É tempo de dar atenção à sua sensibilidade.

N em sempre os nossos processos emocionais podem ser compreen-

didos ou trabalhados com facilidade, por isso é preciso saber deixar as sen-sações fluírem até que pareçam mais claras. É tempo de ter calma.

A o desapegar do que não vem promo-vendo a sua produtividade, você não

somente beneficia os seus resultados como ainda dá a oportunidade para que novos mecanismos possam sur-gir. É tempo de renovação.

C aso surja algum desafio ao longo do dia, lembre que o seu equilíbrio

emocional é determinante para que você possa agir de forma sábia e reso-lutiva. É tempo de manter a serenidade para refletir em paz.

CULTURA

“Circular” vira tema de documentário

O projeto Circular Campina-Ci-dade Velha, que chegará à 20ª edição em dezembro, lança

hoje dois registros importantes sobre a história da programação: o filme “Experiência Circular - En-contros e afetos no Centro Históri-co de Belém” e a Revista Circular, durante evento que será realizado no Cine Olympia, às 18h30, com entrada gratuita.

O documentário, com direção de Mário Costa, resulta dos registros captados ao longo de várias edições do projeto, a partir do final de 2015, e nas coberturas de edições em 2016 e 2017, complementados com ima-gens e entrevistas cedidas pela TV Cultura do Pará e Aruana Filmes, também parceiros do Circular. “Esse documentário é como se fosse uma prestação de contas do que tem sido realizado no decorrer desse tempo. Às vésperas de mais uma edição, es-sa é mais uma forma que temos para celebrar nossas parcerias e também dizer mais uma vez que o centro his-tórico precisa e deve ser olhado com carinho, ganhar mais infraestrutura para que melhor possamos circular e gerar renda, economia criativa e cultura, numa área tão bonita e re-presentativa da cidade”, diz Makiko Akao, coordenadora do Circular.

O filme traz pelos depoimentos dos parceiros envolvidos no projeto, empreendedores criativos, morado-

Além do filme, a história do projeto cultural também estará em revista. Edição deste ano abrirá no domingo.

res e turistas, que participam dos domingos de circulação. “Estamos felizes com esse resultado, pois acreditamos no trabalho colabora-tivo, na junção de ideias e talentos. Queremos parcerias que tenham essa energia, que busquem através de imagens e histórias, transformar uma realidade. Foi assim que através da nossa produtora Lidiane Martins, se deu o inicio da relação com o projeto Circular e, desde então, tem sido uma sintonia de amor à primei-ra vista”, diz Mário Costa, diretor e proprietário da Macieira Filmes, que também assina a produção das cha-madas de TV para as edições e na cobertura das circulações.

REVISTA

A terceira edição da Revista Cir-cular, lançada no mês de setembro em plataforma digital, ganha agora uma versão impressa, que será lan-çada após a exibição do documen-tário. A publicação está em seu ter-ceiro número. A primeira, chamada de número zero, trouxe reportagens que revelam uma cidade invisibiliza-da no centro histórico e discutiu os potenciais turísticos criativos e cul-turais desses bairros. O segundo nú-mero foi lançado em abril deste ano, abordando o patrimônio humano. O terceiro número, que poderá ser lido de forma física, trata de políticas pú-

Eu era pequena e o aroma invadia o quarto, tomando conta de mim. Ima-ginava quando poderia me deliciar

com o líquido que saía fumegante do bu-le esmaltado. Criança não toma café! A advertência estimulava a ansiedade, não era raro “provar” o restinho da xícara do meu pai. Minha mãe não apreciava a in-fusão por ter sido obrigada, na infância, a tomar mamona com café, que maldade.

A família portuguesa admirava o café passado em coador de pano. Era um ritual: escaldavam bule, coador e louça. (Xícaras frias acabam com o café e copos quentes entristecem a cerveja - santa sabedoria!)

Na água quase fervente (demais, queima o café!) deitava-se o pó às colhe-radas e, com colher de pau usada única e exclusivamente para esse fim, mexia-se suavemente a mistura, incorporando os dois ingredientes e liberando o aroma. Levantava-se a panela (também exclu-siva) por três vezes consecutivas, o café baixava um pouco e não transbordava. Na terceira, era escorrido para o coador ainda quente e “voilá”, a mágica para um dia perfeito estava pronta! Lembro-me da colher de café que minha avó levou con-sigo para nossa casa. Era macia ao toque e eu a cheirava. Minha tia, que morava ao lado, tomava cafezinho pela manhã e pe-la tarde. Nas duas ocasiões, Kiko, um ma-caquinho de cheiro, sentava-se na janela, com as mãos entrelaçadas, aguardando a gota que lhe era oferecida no pires. Muito esperto aquele macaco! A tia me permi-tia desfrutar de “um dedinho” de café e eu voltava para casa duplamente feliz: pelo café e por ter driblado minha mãe. Minhas netas adoram sentir o aroma do café na caneca da mãe. Alguns gostam da bebida em caneca, outros preferem xícaras finas (inclusive eu) e algumas pessoas me dizem que nada substitui o copinho de botequim.

Existe uma lista dos dez cafés mais bonitos do mundo. Destes, tive a felicida-de de conhecer alguns: Majestic (Porto), Confeitaria Colombo (Rio de Janeiro), Florian (Viena), Café Tortoni (Buenos Ai-res), Caffe Greco (Roma) e Panther Coffee (Wynwood, Miami). Ainda pretendo co-nhecer os demais e, quem sabe, muitos que não aparecem em listas.

Sabor de felicidadeReza a lenda que o café foi descoberto no

começo do século IX, nas terras altas da Etió-pia, quando um pastor notou que as cabras fi-cavam mais ativas quando comiam os frutos de uma determinada planta. Levou-os a um monge (sempre eles!) que experimentou colo-cá-los numa infusão. Daí para o cafezinho foi um pulo! Levado pelo Império Otomano para Constantinopla, lá surgiu a primeira cafeteria

VERA CASCAES

Circular Campina-Cidade Velha terá próxima edição em dezembro

MAR

CEL

OLE

LIS

blicas de restauro e ações indepen-dentes no centro histórico de Belém.

“Neste número abordamos al-gumas ações da sociedade civil e as políticas públicas nos territórios criativos da Campina, Reduto e Ci-dade Velha. A ideia da revista é colo-car em pauta estes e outros debates sobre patrimônio, cultura e outros direitos à cidade, trazendo infor-mação e reforçando a identidade cultural dos bairros históricos”, diz a jornalista Luciana Medeiros, edito-ra da revista e integrante da equipe gestora do Projeto Circular.

A edição traz artigos de Flávio Nassar, coordenador do Fórum Landi, e da artista visual e pesqui-sadora Elisa Arruda, além de ma-téria sobre a Maquete Belém e um papo com Eva Franco, presidente da Fundação Cultural de Belém (Fumbel) sobre o incêndio ocorri-do no Museu de Arte de Belém (Ma-be). O PAC das Cidades Históricas (PAC CH), que em 2014 anunciou recursos para obras de restauros no centro histórico, é tema da re-portagem com Paula Caluff Rodri-gues, coordenadora do programa na Secretaria Municipal de Urba-nismo (Seurb) e com o Superinten-dente do Iphan em exercício, Cyro Lins, entre outras matérias.

O projeto Circular, que iniciou como um piloto, em dezembro de 2013, com seis galerias, chega ao domingo, 3 de dezembro, a 20ª edi-ção, reunindo mais de 40 espaços parceiros, situados nos bairros de referência, que por meio de ações e investimentos próprios, trazem, anualmente ao centro histórico de Belém, cerca de 22 mil pessoas.

de que se tem notícia. A partir do século XVI, para aumentar a durabilidade dos grãos, passou-se a torrar o café, mais ou menos como se conhe-ce hoje. O café “forte” é o mais torrado, quase queimado.

A l g u é m disse que não existe nada mais simples do que preparar um café. Não é bem assim. Além de toda a manha que aprendi com a Linete, que comandava a co-zinha da minha avó, a escolha do pó é fundamen-tal. Não se pode economizar sem sacrificar o pala-dar. Outro hábi-to que me tira do sério é adoçar a água para fazer o café. Eu diria que é um crime.

Nesses tem-pos de pressa e maus humores, nos melhores e nos piores mo-mentos, o café acolhe e acon-chega, alivia e anima. Gesto de cortesia, não pode ser esque-cido por quem

ainda cultiva as coisas boas da vida. As pessoas costumavam passar “para um cafezinho” sem causar transtorno, pelo contrário. Conversas difíceis fluem me-lhor quando antagonistas dividem um café. Amizade se celebra com café.

Já escrevi sobre algumas paixões gastronômicas. Fiz de uma receita de bacalhau uma crônica cheirando a

pimentos e azeite de boa safra. Com um bolo batido “à mão”, driblei a falta de boa inspiração. Nessa madrugada em que a tela vazia me encarava, pro-curei na cozinha o alento para man-ter-me desperta. O aroma me trouxe lembranças e bons agouros. Nada melhor do que uma bela xícara de café para iniciar um bom dia!

Dica de leituraESTRELA DO “THE BIG BANG THEORY” LANÇA OBRA DIVERTIDA E DIDÁTICA PARA GAROTAS

Mayim Bialik, a Amy Fow-ler de The Big Bang Theory não é super inteligente somente na série. Na vi-da real ela é doutora em Neurociência. E é usando os conhecimentos de sua formação que Mayim lança a obra “Girling Up”, pela Primavera Editorial. No

livro, a atriz, neurocien-tista e escritora ensina, de maneira divertida e esti-mulante, vários conceitos importantes do ponto de vista biológico que afetam a vida das garotas por in-teiro. Mayim aborda assun-tos como as mudanças no corpo e as diferenças entre

meninas e meninos, mas de forma que a leitora vá além dos estereótipos sociais, aprenda a se conhecer de fato e preserve sua saúde física e mental, livrando-se das cobranças desne-cessárias. Mayim explica ainda todos os dilemas da puberdade do ponto de vis-

ta da neurociência, o que facilita a compreensão e identificação. A autora fala até mesmo dos sintomas físicos da paixão, o que muda no comportamento, os hormônios e os méto-dos contraceptivos para evitar gravidez precoce e doenças.