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NASCE A REPÚBLICA

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Shirlene Vila Arruda - Bibliotecária)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Nasce a República / Instituto Arte na Escola ; autoria de Olga Egas ; coorde-nação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2010.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 151)

Foco: CT-B-21/2010 Conexões TransdisciplinaresContém: 1 DVD ; Biografias; Glossário ; BibliografiaISBN 978-85-7762-067-8

1. Artes - Estudo e ensino 2. Artes - Brasil 3. Artes visuais 4. Sociologia 5. Cultura brasileira 6. História do Brasil 7. Arte e história I. Egas, Olga II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

NASCE A REPÚBLICACopyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Olga Egas

Assessoria em História: Claudio Moreno Domingues

Revisão de textos: Nelson Luis Barbosa

Padronização bibliográfica: Shirlene Vila Arruda

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Cesar Millan de Brito

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLAOrganização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

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DVDNASCE A REPÚBLICA

Ficha técnicaGênero: Documentário.

Palavras-chave: Pintura; literatura; fotografia; arquitetura; cine-ma; design; sociologia; história do Brasil; paisagem; academia; cultura brasileira.

Foco: Conexões Transdisciplinares

Tema: Aspectos históricos, políticos e socioculturais no período de passagem entre Monarquia e República.

Personalidades abordadas: Almeida Júnior, Arthur Azevedo, Belmiro de Almeida, Chiquinha Gonzaga, Henrique Bernardelli, Machado de Assis, Olavo Bilac, entre outros.

Indicação: A partir do 8º ano do Ensino Fundamental.

Nº da categoria: CT-B-21

Direção: Roberto Moreira.

Realização/Produção: Instituto Itaú Cultural, São Paulo.

Ano de produção: 1989.

Duração: 17’.

Coleção/Série: Panorama histórico brasileiro.

SinopseEm 1889, sem oposição ou apoio popular, é proclamada a República no Brasil. Tal evento é possível porque a burguesia emergente do comércio e da indústria exige um governo do qual participasse. Extinguem-se, então, a Monarquia e o monopólio do poder pela nobreza latifundiária. O documentário aborda esse momento e traz as novas formas de expressão que surgiram nas artes: a arquitetura e o design, com estilo Art Nouveau; a pintura com a inovação no gênero de paisagem com produções ao ar livre; o desenvolvimento da fotografia e a linguagem do cinema que começa a aparecer.

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Trama inventivaPonto de contato, conexão, enlaçado em Os olhos da Arte com um outro território provocando novas zonas de contágio e reflexão. Abertura para atravessar e ultrapassar saberes: olhar transdisciplinar. A arte se põe a dialogar, a fazer contato, a contaminar temáticas, fatos e conteúdos. Nessa intersecção, arte e outros saberes se alimentam mutuamente, ora se com-plementando, ora se tensionando, ora acrescentando, uns aos outros, novas significações. A arte, ao abordar e abraçar, com imagens visionárias, questões tão diversas como a ecologia, a política, a ciência, a tecnologia, a geometria, a mídia, o incons-ciente coletivo, a sexualidade, as relações sociais, a ética, entre tantas outras, permite que na cartografia proposta se desloque o documentário para o território das Conexões Transdisciplinares. Que sejam estas então: livres, inúmeras e arriscadas.

O passeio da câmeraUma valsa, um convite e somos transportados para o baile da Ilha Fiscal, na entrada da Baía de Guanabara. A câmera nos conduz ao ultimo evento social da Monarquia, no qual 4.500 convidados exibem a melhor roupa e as joias mais preciosas. Uma semana depois, D. Pedro II é deposto e as forças republicanas instauram uma nova ordem. O documentário em bloco único apresenta as transformações ocorridas no final do século XIX: a consolidação da República Francesa, o processo de industrialização europeu, a expansão colonialista na Ásia e na África, a Belle Époque, a doutrina comunista e flashes de filmes originais da época.

Inovações contribuem para a efervescência dos grandes centros urbanos no final do século XIX. Na arte, o design do estilo Art Nouveau, a fotografia, o cinema, a pintura ao ar livre, o realismo na literatura, a música, a dança e o teatro de costumes estimulam mudanças na República recém-criada.

Neste material, abrem-se Conexões Transdisciplinares com o foco no território Saberes Estéticos e Culturais para o estudo da história da fotografia, da pintura brasileira no século XIX; em

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Linguagens Artísticas, pintura, fotografia, arquitetura, cinema e design; Forma-Conteúdo, com as temáticas: retrato, paisagem, cotidiano; Conexões Transdisciplinares, com aparelhos fotográ-ficos, história do Brasil.

Os olhos da ArteA modernização resultante do processo de implantação da República no Brasil – orientada pelos modelos  europeu e americano – institui formas artificiais de cosmopolitismo, à medida que são definidas a partir de valores externos à cultura brasileira. Os grandes centros urbanos transformam-se em mercados potenciais de consumo das novidades científicas, industriais e culturais provenientes do avanço do modelo burguês em escala internacional. É nessa ambiência que o desenvolvi-mento de novas visões sobre a arte se torna possível.

(Maria Teresa Bandeira de Mello, 1998, p. 65)

Na Exposição Universal de Chicago de 1893, o Brasil se apre-senta como uma nação moderna. Civilização e desenvolvimento são exibidos por meio da fotografia, revelando a ideia de “ordem e progresso” tanto para os brasileiros como para apresentar o Novo Mundo aos estrangeiros, conectando a imagem ao enten-dimento do nosso hábitat urbano. A construção da visualidade oficial é meticulosamente planejada pela nova estética repu-blicana, mais objetiva e científica que a tradição neoclássica. O período republicano abre espaço para a imprensa ilustrada e a litografia, a fotografia e as técnicas que combinavam pintura e fotografia.

A história da fotografia no Brasil (consulte sobre isso o docu-mentário Fotografia: o exercício do olhar da DVDteca Arte na Escola) remonta à chegada do daguerreótipo ao Rio de Janeiro, em 1839, às pesquisas do francês Hercule Florence, radicado em Campinas (SP) e a rápida difusão dos recursos fotográficos no país. Entre acaloradas discussões sobre a fotografia como documento auxiliar das artes ou como linguagem artística autô-noma, ela invade os domínios da pintura e assume os chamados serviços sociais: os retratos, as vistas da cidade e do campo, as reportagens e as ilustrações. Intervenções no registro fo-tográfico foram amplamente realizadas em carte-de-visite; na

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4Almeida Júnior - O importuno, 1898óleo sobre tela, 145 x 97 cm Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo

Belmiro de Almeida - Arrufos, 1887óleo sobre tela, 89 x 116 cmMuseu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro/RJ

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Almeida Júnior - O importuno, 1898óleo sobre tela, 145 x 97 cm Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo

gravura fotográfica, ampliações sobre cobre e aço permitindo sua impressão; na litofotogravura, ampliação sobre pedra litográfica para impressão, usada em jornais e revistas, e a foto-pintura, ampliação em papel como base para retratos a óleo.

Fotógrafos itinerantes inauguram seus estúdios fotográficos nas cidades e comercializam seus retratos; entre eles, Marc Ferrez, Augusto Malta, Militão Augusto de Azevedo e José Christiano Júnior. Em 1899, o estúdio paulistano Photographia Valério oferece retratos convencionais e o recém-inventado retrato de formatura – cultivado pelos bacharéis da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, além de imagens coloridas por meio de aquarela e pastel ou ampliadas em diferentes suportes: espelhos, porcelanas e marfim. Valério Vieira, inovando o uso criativo da câmera, destaca-se na produção de panoramas da capital pau-lista e em fotomontagens com vários negativos, como no seu autorretrato Os trinta Valérios, imagem de um sarau onde mú-sicos, plateia, garçom, e até os quadros na parede representam a mesma pessoa: o próprio fotógrafo. Valério antecipou-se ao surgimento do fotojornalismo ao enviar o registro de eventos à imprensa divulgando-os, bem como aos serviços do estúdio.

Nesse período, a imprensa é um espaço de progresso e liber-dade, plural e complexo. Nas páginas da imprensa periódica se traduzem as relações políticas e de poder; anúncios de serviços e comércio, enquanto os folhetins aquecem a imaginação das damas e dos casais em romance. E também a dimensão cultural da época por meio da literatura (crônicas, folhetins, poesias, teatro, novelas e romances); formação de público, em especial feminino, e da iconografia para a construção de um discurso visual, aprimorado na medida em que foi possível publicar imagens com mais qualidade técnica. As publicações da imprensa, dos jornais e dos livros passam a ter um planejamento gráfico, início do que se pode chamar de design gráfico no Brasil. Henrique Fróes, Angelo Agostini, Julião Machado, entre outros, além de caricaturistas, são responsáveis por tais inovações técnicas e gráficas.

Se a literatura popular, as revistas e os jornais do século XIX estimularam mudanças no cotidiano da população urbana, no

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século XX seria o cinema o massificador dos hábitos sociais de consumo e da estética da modernidade. O cinema nasceu das primeiras experiências com a fotografia em movimento e foi impulsionado pelo imaginário fin-de-siècle e a estética do entretenimento, difundidos por meio do teatro clássico e popular, espetáculos de feira, museus de cera e tantos outros.

Os irmãos franceses Lumière apresentaram em 1895 a invenção do cinema, aliás, do cinematógrafo, “aparelho que reproduzia os movimentos da vida”, unindo a filmagem e a projeção em único equipamento. Um ano depois, foi inaugurado o Salão Paris, primeira sala de exibição no Rio de Janeiro. O primeiro filme rodado no país foi Uma vista da Baía da Guanabara, realizado por um viajante a bordo de um navio que aqui desembarcara em 19 de junho de 1898, dando origem ao Dia do Cinema Brasileiro. Novamente um olhar estrangeiro antecipa as transformações culturais do final do século XIX e inicio do século XX.

O passeio dos olhos do professorA primeira viagem ao final do século XIX é sua: assista ao docu-mentário por inteiro, tendo um contato com os conceitos e infor-mações que ele traz. Pode ser interessante uma segunda projeção, fazendo anotações das principais questões surgidas durante o percurso. Nossa sugestão é de que essas anotações marquem o início de um diário de bordo como um instrumento para o seu pensar pedagógico durante todo o processo com seus alunos. Uma pauta do olhar pode apoiar/provocar sua percepção:

O que o documentário desperta em você?

Para você, o documentário apresenta conhecimentos novos?

Como as circunstâncias do final do século XIX foram alterando a percepção e a leitura de mundo da época? É possível per-ceber um percurso? Coerente ou marcado por rupturas?

O que instiga em você os flashes das filmagens da época, mostrando cenas do cotidiano?

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Sobre o documentário: o que os textos narrados e as imagens mostradas provocam em você?

Que surpresas e estranhamentos o documentário apresenta para seus alunos? O que eles gostariam de ver?

Agora reveja suas anotações, o passeio de seus olhos sobre o mapa potencial do documentário e o pensar sobre seus alunos. A partir delas, que foco você escolheria para ampliar os olhares dos alunos? Convide-os para caminhar por diferentes trilhas.

Percursos com desafios estéticos

O passeio dos olhos dos alunosAlgumas possibilidades de entrada no documentário:

Para aguçar a imaginação dos alunos, você pode contar o mesmo trecho do romance Esaú e Jacó, escrito por Machado de Assis, narrado no documentário e disponível em: <http://portal.mec.gov.br/machado/arquivos/html/romance/marm09.htm>:

Flora não se aborreceu na ilha. (...) A novidade da festa, a vizinhança do mar, os navios perdidos na sombra, a cidade defronte com os seus lampiões de gás, embaixo e em cima, na praia e nos outeiros, eis aí aspectos novos que a encantaram durante aquelas horas rápidas. Não lhe faltavam pares, nem conversação, nem alegria alheia e própria. (...) Também invejava a princesa imperial, que viria a ser imperatriz um dia, com o absoluto poder de despedir ministros e damas, visitas e requerentes, e ficar só, no mais recôndito do paço, fartando-se de contemplação ou de música. Era assim que Flora definia o ofício de governar. (...) De uma vez alguém lhe disse, como para lhe dar força: “Toda alma livre é imperatriz!”

O que os alunos imaginam sobre a jovem Flora e sua época? Após a exibição do documentário, continuando a conversa: Quais as semelhanças e diferenças entre os bailes de outrora e os atuais? Quais as expectativas de seus alunos diante de uma festa muito especial? Como definem o oficio de gover-nar? Concordam com a afirmação de que “toda a alma livre é imperatriz”?

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Retratos e autorretratos em diferentes linguagens podem se tornar uma proposição para assistir ao documentário. Podem fazer parte dessa seleção desenhos, pinturas e fotografias do século XIX até os dias atuais. O que os alunos pensam sobre essas imagens? Quais as comparações possíveis? Observe as preferências e as incompreensões da turma. Após a exibição do documentário, o que modificou no olhar dos alunos sobre essa temática?

Uma consulta aos livros de história e de literatura, entre outras áreas, buscando imagens artísticas produzidas no período de transição entre Império e República, pode preparar o olhar para o documentário. Olhando as imagens, o que pensam os alunos sobre a contribuição da arte nesse período? Depois, exiba o documentário. Sobre qual assunto os alunos desejam saber mais?

Desvelando a poética pessoalA proposta é a criação de uma série de trabalhos e sua aprecia-ção, para discutir a poética pessoal de cada aluno. Explorando as inovações tecnológicas do final do século XX, quando os computadores pessoais se popularizaram e os meios de reprodu-ção digital da imagem estão ao alcance de nossas mãos, vários podem ser os desafios para os alunos escolherem.

Pesquisar e relacionar a evolução dos hábitos de lazer e dos objetos apresentados no documentário até os nossos dias. Exem-plos: da bicicleta aos transportes coletivos, do vestuário à moda fashion, do jogo de bocha ao videogame, do teatro de revista ao megashow em estádios de futebol. Após a seleção das imagens, eles devem preparar uma apresentação em PowerPoint. Para isso, você pode oferecer a oportunidade de rever o documentário buscando um olhar mais atento ao progresso tecnológico do final do século XIX, ou outro tema de escolha deles.

O desafio de se perceber no mundo e se envolver com as coisas do mundo é experiência enriquecedora tanto para os artistas como para os alunos. Desenhar o autorretrato com recursos

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materiais e procedimentos técnicos diferentes pode animar muitos alunos. A pesquisa de materiais e a experimentação em diferentes linguagens foram exploradas por artistas como: Vik Muniz (consulte documentário sobre esse artista na DVDteca Arte na Escola), Tarsila do Amaral, Flávio de Carvalho, Albano Afonso, Ismael Nery, entre outros. Desenho, pintura, colagem e fotografia, temáticas realista ou simbólica deixarão o aluno mais atentos à própria criação.

Cada proposta pode ser uma pesquisa pessoal em paralelo ao projeto desenvolvido na aula. O acompanhamento do professor e a socialização para o grupo ampliam a leitura e a compreensão do mundo e da cultura.

Ampliando o olhar A liberação universal dos Correios para o uso de fotos e

gravuras no cartão-postal em 1891 e os novos métodos de impressão ampliaram o espaço para a imagem no cotidiano em muitos países. No Brasil, um dos precursores foi o fotógrafo Marc Ferrez que imprimia seus cartões na Suíça. Grandes editores estrangeiros dedicaram coleções ao Brasil revelando os costumes, o modo de vida, os locais turísticos e toda a cultura brasileira, a exemplo do que acontecia em todo o mundo. Cartofilia é a denominação do colecionismo de cartões-postais. Se sua escola tiver uma sala de informática, combine um horário para pesquisar sobre os cartões-postais produzidos no final do século XIX (consulte a Webgrafia no final deste material), além de outros que os alunos podem encontrar. Seria também interessante observar quais as temáticas encontradas nos cartões-postais atuais.

O documentário apresenta a primeira sessão pública de cinema dos irmãos Lumière: A chegada do trem na estação. Em sua origem o cinema oferecia conteúdo documental com registros simples do cotidiano. A linguagem cinematográfica, com narrativas de ficção, foi construída aos poucos. Os alunos já foram ao cinema? O que conhecem sobre cinema?

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teatro

cinema

linguagensconvergentes

arquitetura,design

temática figurativa qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpando

Forma - Conteúdo

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte

meiostradicionais

pintura

artesvisuais

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

cultura brasileira

sociologia, política, cidades, contexto cultural e político

história do Brasil,

aparelhos fotográficos

arte, ciênciae tecnologia

meios novos

fotografia

literatura

academia,pintura brasileira do séc. XIX, historia da fotografia

figura humana, paisagem, retrato

bens simbólicos

PatrimônioCultural

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Linguagens Artísticas

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Para ampliação do olhar sobre a linguagem cinematográfica, podem ser exibidos dois curtas-metragens: Enigma de um dia e Caramujo-flor (consulte a DVDteca Arte na Escola), do diretor Joel Pizzini Filho, que realiza produções cinematográficas experimentais com forte vínculo com o cinema de poesia.

Revendo o documentário, selecione a imagem da obra Leitura, pintada pelo artista Almeida Júnior em 1892; com o comando pause, paralise a imagem para uma conversa sobre a com-posição pictórica e os elementos da visualidade (cor, forma, texturas, linhas e outros aspectos). Em seguida, questione seus alunos sobre como percebem o tempo e o espaço, a idealização entre urbano e rural, como os espaços amplos e naturais do campo vão sendo invadidos por elementos urbanos como os muros, as grades, a casa dos vizinhos, a pintura ao ar livre, a cultura caipira versus a cultura urbana em crescimento. As mesmas etapas de apreciação podem ser feitas na leitura da tela Cozinha caipira (1895), Sem titulo (Cena da família de Adolfo Augusto Pinto, 1891), Descanso do modelo (1882) do mesmo artista, que também aparecem no documentário.

A leitura da obra Proclamação da República, óleo sobre tela de Benedito Calixto de 1893 (acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo), pode problematizar a representação do fato vivido em 15 de novembro de 1889. Pintada quatro anos após o Golpe da República, a obra exibe uma imagem idealizada. Podemos polemizar com os alunos, sobre a oposição entre a ideia de a República ter se concretizado a partir de uma “proclamação” ou de um “golpe militar”. A imagem evidencia um ambiente de ordem e disciplina militar, onde a fumaça é dos tiros em comemoração e não de uma luta armada, por-tanto um ambiente de paz, não exatamente de concordância, mas de exclusão. Se temos uma proclamação, onde está o povo para ouvi-la? O povo, entre atônito e indiferente, se resume a alguns transeuntes ao fundo, mantidos à margem do acontecimento e, no geral, da história do país. Que outras questões políticas e sociais a imagem suscita em comparação às narrativas históricas sobre o referido episódio?

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Conhecendo pela pesquisa O Salão Caricatural foi um gênero artístico desenvolvido na

França, e aprimorado no Brasil por Angelo Agostini, no qual ironia e humor “comentavam” as obras expostas nos salões oficiais. Por meio da charge, o caricaturista contribuía para a popularização das obras, e de certa forma assumia o papel de crítico de arte ao tecer críticas à instituição oficial e sua produção. Apesar da riqueza de informações, quando olhamos tais carica-turas nem sempre compreendemos os códigos representados nas charges do final do século XIX, embora sejam marco inicial da crítica de arte no Brasil. Ao analisar e emitir juízo de valor sobre obras de arte, o crítico reconhece e define os produtos artísticos como tal. O que os alunos podem descobrir sobre o papel da crítica de arte hoje?

Arrufos são ressentimentos passageiros entre pessoas que se querem. É também o titulo de uma obra de 1897, do pintor Belmiro de Almeida, que chocou a aristocracia do final do Império com a desavença de um casal burguês desvelada pelo realismo na pintura. Em 2008, o Grupo XIX de Teatro apresenta uma montagem teatral homônima, discutindo o ideário do amor romântico. O que os alunos podem descobrir sobre essa montagem e o processo de criação a partir da pintura “Arrufos”? O que os alunos podem aprender sobre o cotidiano do século XIX observando a pintura Arrufos?

Durante a 1ª República, surgiram as pinturas decorativas ou painéis decorativos, que imitavam detalhes de palácios reais em casas particulares, por meio das artes aplicadas com mosaico, vitral, tapeçaria, entre outros. A criação de uma identidade cultural brasileira tomou fôlego com a decoração de fachadas, em painéis de paredes e tetos de prédios públi-cos, e em monumentos em espaços públicos. Surge, assim, um presumido programa iconográfico republicano, no qual são exaltadas as bases econômicas da nação republicana, o culto de virtudes, bem como o de mitos pagãos e de heróis e mitos nacionais. Antônio Parreiras é o pintor considerado

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mais representativo desse gênero de arte nas três primeiras décadas da República brasileira. O que os alunos podem descobrir sobre esse pintor e a visualidade republicana?

Amarrações de sentidos: portfólioDar sentido ao que se estudou é bastante importante para que o aluno se aproprie de suas descobertas. É importante, também, perceber e valorizar o percurso trilhado entre a pesquisa, o fazer artístico, a apreciação, o pensar e discutir arte. Assim, o portfólio é um bom modo de registrar com sua marca pessoal, as ideias iniciais e as mudanças do percurso. Para tal, sugerimos um portfólio, montado como um túnel do tempo, ou um caderno de viagens, registrando de modo estético e textual os estudos desenvolvidos no projeto a partir do documentário e as novas questões que se abrem para a continuidade do aprender arte.

Valorizando a processualidadeOnde houve transformações? O que os alunos perceberam que conhecem?

A discussão a partir dos cadernos desenvolvidos pode levar à reflexão sobre todo o processo. Incentive a fala dos alunos sobre o que mais gostaram e o que menos gostaram, o que foi mais importante e o que faltou. A escuta dessas respostas, junto com seu diário de bordo permite reflexões sobre o seu próprio aprendizado. É o momento de reconhecer e anotar suas descobertas, achados pedagógicos e tomar consciência das novas possibilidades despertadas por essa experiência.

Personalidades abordadasAlmeida Júnior (Itu/SP, 1850 – Piracicaba/SP, 1899) – Pintor. Ingressa na Academia Imperial de Belas Artes (Aiba), no Rio de Janeiro, onde tem aulas de pintura com Victor Meirelles. Conclui estudos em 1874, mas não concorre ao prêmio de viagem e retorna a Itu. Abre ateliê em 1875 e atua como retratista e professor de desenho. Em visita ao interior de São Paulo, o imperador D. Pedro II impressiona-se com seu trabalho e concede-lhe uma

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bolsa de estudos para a Europa. Vive em Paris entre 1876 e 1882. Regressa ao Brasil e expõe na Aiba as obras produzidas em Paris. Uma parcela da crítica de arte brasileira o vê como o “pintor do nacional”, pois em suas telas figuram os costumes, as cores e a luminosidade regional, contrários à tradição eurocêntrica vigente na pintura acadêmica.

Belmiro de Almeida (Serro/MG, 1858 - França, 1935) – Pintor, desenhis-ta, caricaturista, escultor, professor e escritor. Leciona desenho no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro. A primeira viagem a Paris, em 1884, resulta num redirecionamento estético em seu trabalho, consequência do estudo e contato com obras de artistas impressionistas: Édouard Manet, Edgar Degas e Georges Seurat. No Rio de Janeiro, trabalha como caricaturista em diversas revistas. É um dos criadores do Salão dos Humoristas, em 1914, e membro do Conselho Superior de Belas Artes, de 1915 a 1925.

Chiquinha Gonzaga (Rio de Janeiro/RJ, 1847 - 1935) – Compositora, instrumentista e regente. Aos 11 anos compôs sua primeira música. Consi-derada por todos os historiadores o maior nome feminino da música popular brasileira. Participa intensamente da implantação do “choro” no Rio de Janeiro nos últimos 20 anos do Império. Enfrenta o preconceito social contra a mulher compositora e consegue impor-se no meio teatral musicalizando várias peças de sucesso – conhecidas como “teatro de revista”. Em 1899 compôs a primeira marcha de carnaval Ó abre alas, tornando-se pioneira na produção carnavalesca.

Henrique Bernardelli (Chile, 1858 - Rio de Janeiro/RJ, 1936) – Irmão do escultor Rodolfo e do violonista e pintor Félix Bernardelli. Matricula-se na Academia Imperial de Belas Artes (Aiba), no Rio de Janeiro, juntamente com o irmão Rodolfo. Viaja para a Itália por oito anos e, quando retorna ao Brasil, realiza no Rio de Janeiro uma exposição individual que causa interesse e polêmica no meio local. Leciona na Escola Nacional de Belas-Artes (Enba) de 1891 a 1905. Juntamente com o irmão, passa a lecionar em um ateliê particular. Na década de 1890, realiza importantes trabalhos decorativos para o Theatro Municipal e a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro e para o Museu Paulista, em São Paulo.

Valério Vieira (Angra dos Reis/RJ, 1862 - São Paulo/SP, 1941) – Fotógrafo, músico. Frequentou a Academia Imperial de Belas Artes (Aiba) como aluno ouvinte. Na década de 1880, inicia a carreira de fotógrafo itinerante em ci-dades do Vale do Paraíba e Minas Gerais e fixa-se na cidade de São Paulo, onde abre a Photographia Valério, especializada em retratos convencionais e imagens coloridas. Pioneiro na produção de fotomontagens e de vistas panorâmicas da capital paulista. Com o autorretrato Os trinta Valérios obtém medalha de prata na St. Louis Purchase Exposition, nos Estados Unidos.

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GlossárioArt Nouveau – Estilo artístico também conhecido como Arte Nova, Arte Floreal, Jugendstil, Modern Style, Style Liberty. Desenvolve-se entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo. O Art Nouveau dialoga com a produção industrial em série. Os novos materiais do mundo moderno são amplamente utilizados (o ferro, o vidro e o cimento), assim como são valorizadas a lógica e a racio-nalidade das ciências e da engenharia. A fonte de inspiração primeira dos artistas é a natureza, as linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. O movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos, ditando os contornos das formas e o sentido da construção, das ilustrações, da moda, das fachadas e dos interiores. Fonte: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de ar-tes visuais. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/enciclopedia>. Acesso em: ago. 2009.

Cinema – “A arte da imagem em movimento é, também, uma manifestação ligada indissoluvelmente à indústria, seja do ponto de vista de sua produção coletiva – para a qual concorrem trabalhos diferenciados, especializados e convergentes – seja pelos níveis tecnológicos indispensáveis que vieram a ser criados e aperfeiçoados a partir do final do século 20 (...) A linguagem cinematográfica engloba todas as técnicas utilizadas na seleção e captação das imagens – planos, ângulos, movimentos de câmera, enquadramentos, iluminação, cenários etc. – que resultam na sua força expressiva autônoma”. Fonte: CUNHA, Newton. Dicionário Sesc: a linguagem da cultura. São Paulo: Perspectiva: Sesc São Paulo, 2003. p. 138.

Exposições Nacionais – Organizadas e patrocinadas diretamente pelo impe-rador, funcionavam como uma espécie de preparação e seleção do material das províncias que seriam remetidos para as feiras mundiais, das quais o Brasil participaria. A participação brasileira nessas feiras tinha como objetivo tornar o Império, seus produtos e características conhecidos. Buscava-se especialmente, associar a ideia do Império dos Bragança com a ideia da presença da civilização nos trópicos. Fonte: TORAL, André. A imagem distorcida da fotografia. 19&20: A Revista Eletrônica de DezenoveVinte. v.4, n.1, jan. 2009. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/artistas/vm_toral.htm>. Acesso em: ago. 2009.

Fotomontagem – A imagem criada a partir de partes de outras fotografias cortadas e reunidas. Esse processo pode ser feito no momento da ampliação e revelação da fotografia, no próprio laboratório fotográfico, ou com o auxílio do computador. Fonte: JANSON, H. W. História da arte. 5.ed. rev. e aum. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

Iconografia – Vocábulo usado para designar o significado simbólico de imagens ou formas representadas em obras de arte. Também nomeia uma disciplina da história da arte, dedicada a identificar, descrever, classificar e

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interpretar a temática das artes figurativas. Até fins do século XVI, a icono-grafia referia-se especialmente ao significado simbólico de imagens inseridas num contexto religioso. Atualmente, o termo refere-se ao estudo da história e da significação de qualquer grupo temático. Fonte: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de artes visuais. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/enciclopedia>. Acesso em: ago. 2009.

BibliografiaCARNIER JÚNIOR, Plínio. Imigrantes: viagem, trabalho e integração. São Paulo: FTD, 2000.

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material educativo para o professor-propositor

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NASCE A REPÚBLICA

HISTÓRIA do café. Disponível em: <http://www.abic.com.br/scafe_historia.html>.

IEB - Instituto de Estudos Brasileiros - USP. Disponível em: <http://www.ieb.usp.br>.

INSTITUTO Moreira Salles. Disponível em: <http://ims.uol.com.br/ims>.

JARDIM Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br>.

MACHADO de Assis – obra completa. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/machado>.

MEMORIAL do Imigrante. Disponível em: <http://www.memorialdoimigrante.sp.gov.br>.

MUSEU Histórico Nacional. Disponível em: <http://www.museuhistorico-nacional.com.br>.

MUSEU Imperial. Disponível em: <http://www.museuimperial.gov.br>.

MUSEU Nacional. Disponível em: <http://www.museunacional.ufrj.br>.

MUSEU Nacional de Belas Artes. Disponível em: <http://www.mnba.gov.br>.

MUSEU Paulista. Disponível em: <http://www.mp.usp.br>.

MUSEU da República. Disponível em: <http://www.museudarepublica.org.br>.

PINACOTECA do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.pinacoteca.org.br>.

FilmografiaFOTOGRAFIA: o exercício do olhar. Dir. Tânia Celidônio. São Paulo: Rede SescSenac de Televisão, São Paulo, 1997. 1 DVD (55 min.). (Documen-tário). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

GUERRA de Canudos. Dir. Sergio Rezende. S.l.: Morena Filmes, 1997. 1 DVD (170 min.).

Relato sobre a destruição do Arraial de Canudos e o messianismo de Antonio Conselheiro.

A GUERRA dos Pelados. Dir. Sylvio Back. S.l.: Paraná Filmes: Servicine, 1970. 1 DVD (98 min.).

A saga da Guerra do Contestado em 1913.

MEMÓRIAS póstumas. Dir. André Klotzel. S.l.: Europa Filmes, 2001. 1 DVD (102 min.).

Ao morrer em 1869, Brás Cubas decide revisitar os fatos mais importantes de sua vida. Baseado na obra homônima de Machado de Assis.

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POLICARPO Quaresma, herói do Brasil. Dir. Paulo Thiago. S.l.: Glaucia Camargos: Hevadis Films: Vitória Produções Cinematográficas, 1998. 1 DVD (123 min.).

Baseado no livro de Lima Barreto sobre a história de um funcionário público durante a Revolta da Armada.

O TRONCO. Dir. João Batista de Andrade. São Paulo: Raíz Produções Cinematográficas, 1999. 1 DVD (109 min.).

O coronelismo em Goiás, no início do século XX.

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Mapa potencial

NASCE A REPÚBLICA

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