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REALIZAÇÃO • 1

Conversas de maturidade

Nas pegadas do MestreJesus é, com certeza, a mais fascinante persona-

gem que já viveu neste mundo. O estudo da vida de Jesus, atualmente, não é privilégio somente das igrejas. Este tema tem se estendido aos cursos que analisam os diversos tipos de liderança. Até mesmo autores não-evangélicos têm citado a vida de Jesus como um exemplo de relacionamento interpessoal.

Cabe-nos, porém, não somente o privilégio de estudar a vida de Jesus como um exemplo teórico, mas de segui-lo como um exemplo prático.

Jesus surpreendeu a todos com o seu estilo de vida. Ele resgatava os fracos e os oprimidos e, com o seu poder de perscrutar a alma humana, deixou expostas a incredulidade e a zombaria de muitos co-rações (Lc 5.22).

Jesus se revelou a si mesmo como tendo quali-dades e capacidades que ninguém mais na face da terra pode afirmar possuir. Ele é único. É capaz de abrir os olhos carnais, curando cegos mas, também, de curar homens de sua cegueira espiritual, fazen-do-os enxergar além do que humanamente se pode sonhar ou imaginar.

Pela fé, Jesus ampliou nossos horizontes. Ele nos mostrou que tudo é possível ao que crê.

Jesus consegue criar em nós o desejo de andar pe-los mesmos caminhos que ele percorreu, ainda que sejam esses caminhos da cruz e da negação de nós mesmos. Jesus consegue nos desafiar a encontrar a felicidade no que, aos olhos do mundo, é sinônimo de perda e fracasso (Lc 6.20-23).

Jesus é quem nos desafia a andar na contramão dos valores do mundo, a fim de que “venha a nós o reino dos céus”. Esse mesmo Jesus é aquele que nos convida para a ceia, para ouvirmos a sua Palavra, a fim de que creiamos nele ainda mais. É sobre esse Jesus que estudaremos durante este trimestre com base no Evangelho de Lucas.

Realização

Imagens utilizadas nesta edição: www.sxc.hu

Realização é uma revista dirigida a adultos da terceira idade, contendo lições para a Escola

Bíblica Dominical e outras matérias que favorecem a edificação do adulto

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EditorSócrates Oliveira de Souza

Coordenação EditorialSolange Cardoso de Abreu d’Almeida

(RP/16897)

RedaçãoJoão Oliveira Ramos Neto

Produção Editorialoliverartelucas

Produção e DistribuiçãoConvicção Editora

Tel.: (21) 2157-5567Rua José Higino, 416 – Prédio 16

Sala 2 – 1o AndarTijuca – Rio de Janeiro, RJ

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ISSN 1984–8706

LITERATURA BATISTAAno XVII – Nº 66

2 • REALIZAÇÃO

Sumário

Estudos da EBD

Seções

EBD 1 – O plano de Deus em ação: O nascimento de Jesus 4

EBD 2 – Jesus inicia o seu ministério 7

EBD 3 – Experiências com Jesus: escolhas, milagres, ensinos 10

EBD 4 – O ministério dinâmico de Jesus 13

EBD 5 – Jesus prepara os discípulos para o serviço 16

EBD 6 – Ferramentas para um trabalho aprovado 19

EBD 7 – Interrupções no caminho para Jerusalém 22

EBD 8 – Parábolas que ajudam a entender 25

EBD 9 – Caminhada produtiva 28

EBD 10 – Jesus chega a Jerusalém 31

EBD 11 – O ministério de Jesus aproxima-se do fim 34

EBD 12 – O plano de Deus é consumado 37

EBD 13 – A igreja assume a sua função neste mundo 40

3 – Vitaminas para o espírito

43 – Hino do trimestre

44 – Conversa com o educador

46 – Saúde e equilíbrio

48 – Para saber mais

50 – Novas oportunidades

54 – Espaço light

56 – Poesia

QuEm ESCREvEu – Ana maria Suman Gomes, formada em Administração de Empresas, Mestrado em Teologia, pelo STBSB, Pós-graduação em Novas Tecnologias na Educação (NOTEC), pela Fundação Getúlio Vargas (RJ), iniciou muito cedo as atividades como professora na EBD. Antes de com-pletar 18 anos, já lecionava classe de adolescentes. Passou por diferentes estágios nesta atividade e coordenou o Minis-tério de Educação da Primeira Igreja Batista do Rio de Janei-ro, onde é membro desde 1961. Atuou também com a orga-nização Mensageiras do Rei. Atualmente, ensina uma classe de adultos na PIBRJ e colabora com o ministério radiofônico da Escola Bíblica do Ar.

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vitaminas para o espírito

A oração é o meio de comunicação mais im-portante entre Deus e o homem. É um canal de comunicação, sustentado e abençoado pelo Senhor. Mediante nossa submissão e, também, pela oração, Deus nos concede direção e sábios conselhos para o viver.

A Palavra de Deus garante que nossas ora-ções serão ouvidas e atendidas, conforme a perfeita e soberana vontade de Deus. Os re-quisitos fundamentais para que nossas orações sejam atendidas são a aceitação da vontade do Senhor, a fé e o nome de Jesus. Esta é uma com-binação tríplice e perfeita. Fazer a vontade do Senhor requer rendição, obediência, conscien-tização e prontidão.

A verdadeira fé, como base e fundamento, propõe e espera. Não impõe nem determina. Imposição e determinação significam que o re-lativo controla e conduz o absoluto e atende ou não a oração (aquele a quem ora, Deus).

Carecemos completamente do Senhor, es-pecialmente quando esperamos pelas respos-tas às nossas orações. Quando o Senhor disser “sim” às nossas petições, vamos precisar que, juntamente com a bênção, ele nos conceda sa-bedoria e temor para administrarmos a dádiva. Quando ele disser “não”, vamos carecer de sabe-doria para administrarmos a nossa incompre-ensão e insatisfação. Quando o Senhor disser “espera”, nesse caso teremos que receber sabe-

doria do alto para “aguardarmos pacientemen-te no Senhor”. Paciência e impaciência têm que ser bem administradas. Tarefa difícil, mas não é impossível. A graça de Jesus nos será suficiente em tal tempo de espera. Seja qual for a resposta do nosso Deus às nossas orações, feitas pela fé, em nome de Jesus, segundo a vontade divina, vamos carecer sempre de sabedoria para nos conduzir de maneira aprovada diante do Pai.

A graça divina, a fé e a sabedoria nos con-duzirão, com tranquilidade e perseverança, à firmeza necessária para a caminhada. Não há outra maneira mais eficaz e feliz de realizar a nossa vontade, senão quando fazemos a von-tade do nosso Deus. “Venha o teu reino” (Lc. 11.2).

Fazer a vontade própria é o caminho mais curto para a infelicidade. Fica a pergunta de posse de qualquer das respostas: “sim”, “não” e “espere” que o Senhor lher der, você continu-ará feliz? Não perca o seu tempo orando sem fé. Não perca seu tempo orando segundo a sua própria vontade. Não perca seu tempo orando a outros “destinatários” que não seja a Deus Pai, em nome de Jesus, Deus Filho!

Se deseja orar, ore sempre. Deus pode e quer ouvi-lo sempre. Então ore, com fé, querendo fazer a vontade de Deus, crendo de todo co-ração, em nome do Filho amado, Jesus! É isso que ensina a Bíblia. Graças a Deus por isso.

Seja feita a tua vontade

Ilson FerreiraPr. da PIB de Coelho Neto, RJ.

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EBD 1

O evangelista Lucas registrou o resultado da pesquisa que fez sobre a vida de Jesus, a par-tir de sua convicção de que os acontecimentos que envolviam o anúncio, nascimento, vida e morte de Jesus eram o cumprimento do plano de Deus para a salvação da humanidade. Lucas enxerga a salvação presente em Cristo, dispo-nível para “agora” e “hoje”. Morris, renomado comentarista, diz que Lucas usou 14 vezes a palavra “agora” referindo-se ao tema salvação e 11 vezes “hoje”. Em Lucas, conclui Morris, “o tempo da salvação chegou.”1

João Batista: O precursor do Salvador

(Lc 1.1-25, 57-66)

Zacarias e Isabel, casal idoso e sem filhos, eram de linhagem sacerdotal. Viviam no in-terior e Zacarias revezava com muitos outros sacerdotes o trabalho no templo, servindo em 1MORRIS, Leon L. Lucas – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008, p. 34.

turnos. Lucas destaca que “ambos eram justos diante de Deus, andando irrepreensíveis em todos os mandamentos e preceitos do Senhor” (Lc 1.6 ). Disso podemos entender o quanto sofriam por não terem filhos o que, naquele tempo, era interpretado como sendo o desfa-vorecimento do Senhor.

Naquele ano, memorável ano, Zacarias foi sorteado para oferecer o incenso no templo. Os comentaristas informam que um sacerdo-te somente poderia oferecer incenso uma úni-ca vez em toda a vida. Que grande privilégio Zacarias recebeu! Podemos imaginar como se preparou para aquele importante momen-to: ensaiou os passos, reviu o procedimento cuidadosamente, já que seria responsável por representar o povo na adoração.

A prática de oferecer incenso era muito co-nhecida do povo de Israel. Havia diferentes significados e usos. Não podemos nos esque-cer que o incenso foi um dos presentes levados pelos sábios do Oriente a Jesus. Aqui, no relato do oferecimento pelo sacerdote diante do altar

Texto bíblico – Lucas 1 e 2 • Texto áureo – Lucas 2.52

DIA A DIA COm A BÍBLIA

O plano de Deus em ação: O nascimento de Jesus

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado DomingoLucas 1.1-25

Lucas 1.26-38

Lucas 1.39.56

Lucas 1.57-80

Lucas 2.1-20

Lucas 2.21-38

Lucas 2.39-52

REALIZAÇÃO • 5

associado às orações do povo (Sl 141.2; Ap 5.8; 8.3,4), sinaliza para o conceito de “que a fragrân-cia do incenso era símbolo das orações dos fiéis”.2

Tudo indica que Zacarias tenha apresenta-do a Deus o desejo do seu coração, pois Lucas nos diz que, enquanto o povo orava lá fora, o anjo do Senhor se colocou de pé, à direita do altar onde seria oferecido o incenso e disse: “Não temas, Zacarias, porque a tua oração foi ouvida e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João” (Lc 1.13). A narrativa é repleta de detalhes importantes que destacam o mover de Deus na direção da salvação. Tente enumerá-los cuidadosamente, a partir da leitura do texto bíblico.

No tempo certo, a criança nasce e seus pais seguem as instruções recebidas e dão ao menino o nome de João. A vida daquele menino seria de importância ímpar para a compreensão da men-sagem do evangelho prestes a ser anunciada com o ministério de Jesus (Ml 3.1,4, 5,6). Naquele momento, o mundo recebeu a criança que pre-pararia o caminho para Jesus. Os que o cercavam estavam atônitos: “que virá a ser, então, este me-nino? Pois a mão do Senhor estava com ele” (Lc 1.66b).

O plano de Deus é anunciado (Lc 1.26-45; 2.1-20)

Há quem discuta que a narrativa do nascimen-to virginal de Jesus tem paralelos na literatura gre-ga, mas não há apoio a esta ideia. O nascimento virginal de Jesus foi único e sem similaridade em qualquer das opções apresentadas.

Nosso texto conta que, no sexto mês da gra-videz de Isabel, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a Maria, virgem prometida em casamento a José. A leitura atenta vai revelar a reação de Maria, primeiramente de susto e depois de submissão à

2Cf. The Interpreter´s Dictionary of the Bible. Abingdon: Nashville. 1981, p. 698.

revelação angelical: “Eis aqui a serva do Senhor. Cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38b). O termo é forte e revela que a jovem co-nhecia bem as dificuldades pelas quais iria passar. Fez a opção de aceitar a revelação do plano de Deus para o mundo. Escravo (servo) obedece às ordens daquele a quem chama de Senhor.

Apressou-se na ida ao encontro de Isabel, his-tória que Lucas nos descreve com detalhes. Ali obteve a confirmação da mensagem angelical, quando Isabel a recebeu, dizendo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1.42b). Isabel, radiante com a gesta-ção tardia, reconheceu que diante dela estava a mais bendita das mulheres, a que traria ao mun-do o Messias que ela e seu povo esperavam.

Reações ao anúncio do plano de Deus (Lc 1.46-56, 67-80; 2.1-52)

A narrativa do nascimento de Jesus, a partir de Lucas, destaca a forma como os envolvidos reagiram. Vamos fazer alguns destaques, na or-dem em que aparecem.

Maria: entoa um hino de louvor ao Senhor. Seu cântico, que guarda semelhança com o en-toado por Ana, mãe de Samuel, em 1Samuel 2.1-10, engrandece ao Senhor. Morris lembra que se trata de um ato habitual, porque o senti-do do verbo diz que ela continua a engrandecer o Senhor. Destaca o que Deus fez: seu poder, sua santidade, sua misericórdia. Reconhece que o que acabara de ser anunciado era a con-tinuação do que Deus fizera a Abraão e a todos os descendentes dele. Sim, o “Poderoso me fez grandes coisas e santo é o seu nome” (Lc 1.9).

Zacarias: canta um hino de quatro estrofes, rende ações de graças pelo Messias, descreve a libertação que Isabel iria desfrutar, anuncia o

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papel de João na história e a salvação que o Messias traria.

Anjos e pastores: quando ouviram a boa notícia do nascimento de Jesus anunciada pelo anjo, os pastores, considerados impuros pelo exercício da profissão, foram surpreendidos com a chegada de um exército de anjos que cantavam: “glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade” (Lc 2.14). Interromperam seu trabalho e saí-ram, com pressa, para verem o acontecido. Lu-cas informa que voltaram glorificando a Deus.

Simeão: descrito como sendo homem justo e temente a Deus, estava no templo no mesmo dia em que José e Maria levaram Jesus para ser apre-sentado, conforme era o costume da lei. Simeão, cheio do Espírito Santo, assim como todos os de-mais que cantaram, reconheceu o menino como sendo o Messias prometido e entoou um hino de gratidão. Além de cantar, Simeão anuncia o triste fim que o menino teria: “eis que este é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição” (Lc 2.34b).

Ana: também no templo, a profetisa reconhe-ce que estava diante da Redenção de Israel. Assim como Zacarias. Isabel, Maria e Simeão, ela era se-guidora fervorosa da lei e, pelo seu desejo de servir a Deus, lhe foi revelado o que Deus estava realizando.

Conexão com a vida: Estar diante da ação de Deus requer uma resposta. O Deus, para quem nada é impossível, continua a agir e a se revelar a quem estiver em comunhão com ele. Qual foi a última vez que Deus falou com você? Jesus, cujo nascimento hoje estudamos, nos revelou o caminho para Deus. Ele viveu e morreu para que tivéssemos condições de viver para sempre com Deus. Peça a ele que o envol-va com o Espírito Santo de Deus, para que es-

teja, como aconteceu com as pessoas que hoje vimos, em condições de identificar o que ele deseja lhe dizer. Ore agora: Amado Senhor, _________________________________________________________________________________________________________

Reflexão para a maturidade

O início do Evangelho de Lucas traz relatos do que pode acontecer com pessoas que se sub-metem à vontade de Deus.

A família de Zacarias e Isabel é a primeira a re-ceber destaque. Eles tiveram a honra de gerar João Batista, um dos homens mais notáveis da história do cristianismo. Outra pessoa a receber uma visi-ta notável foi Maria. A Bíblia fala a respeito dela: “(...) achaste graça diante de Deus” (Lc 1.30).

Relatos como estes nos mostram como pessoas que vivem para agradar a Deus, em completa depen-dência dele, são agraciadas com promessas de vitória.

Muitos têm desejado receber boas notícias de Deus sem, no entanto, esforçar-se para fazer a vontade dele. Apesar de nossa incapacidade de nos apresentar totalmente agradáveis ao Se-nhor, devemos, por certo, nos esforçar para en-contrarmos “graça” aos olhos do Senhor.

Servir no exército do Senhor dessa maneira traz grandes benefícios. Zacarias e Isabel ora-vam somente por um filho e receberam a bên-ção de gerar aquele que foi maior entre os nas-cidos de mulher (Lc 7.28).

Maria recebeu a grande e única honra de ter em seu ventre o fruto bendito (Lc 1.42). As bên-çãos de Deus excedem naturalmente sobre aque-les que desejam ser e dar o melhor para Deus.

Os que agradam ao Senhor sempre serão sur-preendidos com bênçãos que vão além daquilo que tem sido pedido ou que se tem pensado (Ef 3.20).

Deus está cuidando de sua vida. Lembre-se de que ele também deseja enviar boas notícias ao seu coração.

REALIZAÇÃO • 7

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado DomingoLucas 3.1-20

Lucas 3.21,22

Lucas 3,23-38

Lucas 4.1-13

Lucas 4.14-30

Lucas 4.31-37

Lucas 4.38-44

EBD 2

Texto bíblico – Lucas 3 e 4 • Texto áureo – Lucas 4.32

DIA A DIA COm A BÍBLIA

Jesus inicia o seu ministério

O evangelista Lucas continua nos apresen-tando o plano de Deus para a salvação da huma-nidade. Depois do registro sobre a presença de Jesus aos 12 anos no templo discutindo com os doutores da lei e recebendo deles perguntas que ele respondia com sabedoria, percebemos um si-lêncio na Bíblia, que somente será rompido com a história de João Batista já em plena atividade. Já acompanhado de seus seguidores, pregava o arrependimento dos pecados e batizava os que se reconheciam pecadores. E, como iria aconte-cer com Jesus em todo o tempo, recebendo críti-cas e vivendo a rejeição.

O arrependimento verdadeiro modifica a sociedade (Lc 3)

O batismo era uma prática utilizada pelos ju-deus com relação aos gentios que optavam pelo judaísmo. Eles o consideravam ritual de purifi-cação, já que os gentios eram considerados im-puros. João Batista entra na história de Lucas usando a prática do batismo como sinal de per-

dão, mas o faz, curiosamente, para os judeus. Es-tes esperavam que, no julgamento, Deus tratasse os pecadores gentios, mas eles, descendentes que eram de Abraão, estariam seguros. O último profeta pré-cristão veio acabar com tal segu-rança. O evangelho que será anunciado, como apregoaram os anjos no advento, será para todo o povo: “E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo” (Lc 2.10).

Um judeu, batizando um outro judeu após a confissão de pecados e mudança de vida, era o que acontecia. Um bom resumo desse episódio nos foi apresentado por Marshall, como segue: 7-9: O batismo como consequência do arre-pendimento e não como simples ritual de pu-rificação; 10-14: Quando nos arrependemos, nossa vida é modificada; 15-17: Aproxima-se aquele que vai purificar o coração da pessoa1.

Inserido nesse contexto, Jesus aparece para ser batizado por João, embora não tivesse pecado que 1MARSHALL, I. Howard em Comentário Bíblico. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1.483.

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precisasse confissão e perdão. Jesus optou por to-mar lugar junto com os pecadores, pois foi para eles que veio a este mundo. Em Isaías 40.5, lemos que a salvação que seria revelada não estaria limi-tada a Israel, mas, sim para toda a raça humana. Quando Jesus foi imerso nas águas – e Lucas des-taca que estava orando – ouviu-se uma voz: “Tu és o meu filho amado, em ti me comprazo” (Lc 3.22b). Dr. Morris nos lembra que, no início do ministério, a voz celestial dirigiu os pensamentos de Jesus para a combinação incomum entre o Fi-lho de Deus e o Servo Sofredor, o que o acompa-nharia durante todo o tempo entre nós.

Concluída a breve narrativa do batismo, segue-se uma genealogia diferente das apresen-tadas por Mateus e Marcos, que é explicada por Morris e assim resumida: “que a genealogia é registrada demonstra ser ele um homem verda-deiro, não um semideus como aqueles na mi-tologia grega e romana. Que remonta até Davi indica um elemento essencial nas suas qualifi-cações messiânicas. Que remonta até Adão res-salta seu parentesco não somente com Israel, mas também com a totalidade da raça huma-na. Que remonta até Deus, relaciona-o com o Criador de tudo. Era o Filho de Deus.”2

Jesus vence as tentações (Lc 4.1-30)

Lucas nos apresenta as tentações a que Jesus foi submetido quando, após haver sido batizado, foi guiado pelo Espírito ao deserto. O objetivo do diabo era levar Jesus a errar, a andar na dire-ção contrária ao objetivo do Pai para a sua vida. De certa forma, e guardadas as devidas diferen-ças, esta tem sido também a tentativa do diabo ao lidar com os servos do Senhor em nossos dias.

Na primeira tentação, questiona a filiação de Jesus: “se tu és o Filho de Deus”. A voz ouvida

2MORRIS, Leon L. Lucas – introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008, p. 97.

no batismo havia sido clara, mas o diabo resol-ve questionar e introduz, assim como fez no Éden, a dúvida com relação à Palavra de Deus. E mais: convida Jesus a realizar um milagre para saciar a sua fome pessoal. Jesus responde com Deuteronômio 8.3c e encerra a questão.

A tentação seguinte mostra o diabo desejoso de substituir o sentido do reino de Deus e con-fundir a missão de Jesus. O Mestre responde com Deuteronômio 6.13.

Na terceira tentativa, Satanás insinua que Je-sus deveria ser audacioso com Deus, assim como tantos têm feito hoje, dando ordens a Deus. Agora, com tal intento, usa a própria Palavra de Deus, fora do contexto. Jesus vence com Deute-ronômio 6.16, agora usado adequadamente.

Terminada a investida do Maligno, fortale-cido, Jesus retorna à Galileia. Ao se aproximar de Nazaré, como de hábito, dirige-se à sinago-ga. Morris destaca que esta é a descrição mais antiga que possuímos de um culto na sinagoga. Jesus leu Isaías 61.1,2 e 58.6, discorreu sobre a sua missão: sim, hoje esta Escritura se cumpriu.

Jesus realiza curas (Lc 4.31-44)

Lucas passa a descrever as atividades de Jesus em Cafarnaum, cidade da Galileia. Informa que era sábado e passa a descrever uma das cinco curas que Jesus realizou em um sábado. Aqui, Jesus ensinava na sinagoga, local onde também se encontrava um homem descrito como sendo endemoninhado. Muito intrigante este pon-to. Estava no lugar certo, mas dominado pelo poder do mal. Isto deve nos deixar em alerta: podemos estar até na igreja e em uma classe da EBD, mas com a motivação errada.

Este, ao ver Jesus, gritou: “Ah! que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para destruir-nos? Sei quem tu és: o Santo de Deus” (Lc 4.34). A reação de Jesus foi precisa: “Cala-te e sai deste

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homem” (Lc 4.35). O relato mostra que o ho-mem foi imediatamente liberto. A seguir, somos informados sobre a sogra de Pedro, acometida de febre muito alta. Uma curiosidade que so-mente Lucas informa é que a febre não era uma febre comum, mas muito alta. Também como uma repreensão de Jesus, foi curada. E outras curas vieram e Lucas as descreve tendo aconte-cido, quando Jesus impôs as suas mãos sobre os enfermos. Tantos foram os curados, que a fama de Jesus se espalhava.

Conexão com a vida: Hoje, vimos João Batista denunciando que o arrependimento, necessariamente, deve levar à mudança de vida e que Jesus seria capaz de transformar o coração do homem. Este Jesus, apresentado por João Batista, conduzido pelo Espírito ao deserto, foi tentado e venceu. Assume seu mi-nistério público, enfrenta rejeição, é expulso da sinagoga, mas prossegue realizando curas por onde passava. No processo, transformava o coração dos que se permitiam ser tocados por ele. Seu coração já foi tocado pelo Senhor Jesus? ______________________________________________________________.

Observe que este é processo dinâmico. Quando o homem permite que Jesus acesse o seu coração, ele traz uma forma diferente de ver as circunstâncias da vida. Não é uma ex-periência que se esgota, quando entregamos nossa vida a ele. Com o passar do tempo, Je-sus vai crescendo em importância e assumin-do o controle do que pensamos, desejamos, falamos. Pense sobre isto e identifique em quais áreas da sua vida pessoal Jesus deseja ocupar um espaço maior. Permita que isto aconteça e desfrute dos resultados que ele re-servou para você.

Complete: Desejo que o Senhor Jesus tenha vitória nesta área da minha vida: ____________________________________________.

Reflexão para a maturidade

A pregação de João, o Batista, mostra que o evangelho é fundamentalmente prático. No início de sua pregação, João pregou sobre o ar-rependimento e exortou os pecadores que ele pode ser percebido por meio dos frutos produ-zidos em cada um.

Estalece-se, assim, um dilema entre a par-ticipação passiva no reino de Deus como um direito de todos os homens e a participação no reino de Deus pela produção de frutos dignos.

O reino dos céus não se resume a uma he-rança genética. O fato dos judeus serem des-cendentes de Abraão não garante a sua parti-cipação no reino, pois, como o próprio João enfatizou, até de uma pedra Deus pode susci-tar filhos a Abraão (Lc 3.8).

A mudança de conceito no que se refere ao reino de Deus passa agora necessariamente por Jesus. O reino de Deus se estabelece pela presença dele e por seu senhorio na vida do homem: não mais se baseia na escolha de um determinado povo mas, substancialmente, pela escolha de um povo por seu novo rei – Jesus.

Quem deseja tomar parte do reino de Cris-to deve demonstrar atitudes morais e éticas em relação a Deus e ao próximo. Os que procura-ram João foram desafiados a revelar os valores que estavam intrínsecos no reino, a partir de atitudes práticas que demonstrassem amor, solidariedade, justiça, bondade, misericórdia e outros mais.

Quem deseja tomar parte do reino de Deus precisa produzir frutos dignos de arrepen-dimento. Assim como no passado, o desafio consiste em nos concentrarmos em nossa re-alidade de vida e, então, demonstrar se real-mente fazemos parte do reino de Deus.

Existem muitas formas de demonstrar que somos participantes desse reino. Que o Se-nhor nos ilumine a descobri-las e a praticá-las.

10 • REALIZAÇÃO

EBD 3

Experiências com Jesus: escolhas, milagres, ensinos

Texto bíblico – Lucas 5 e 6 • Texto áureo – Lucas 5.26

DIA A DIA COm A BÍBLIA

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado DomingoLucas 5.1-11

Lucas 5.12-26

Lucas 5.27-39

Lucas 6.1-11

Lucas 6.12-22

Lucas 6.23-28

Lucas 6.39-49

Lucas continua a anunciar aos leitores que, em Jesus, Deus colocou em prática o seu plano de salvação. Nos capítulos de hoje, que devem ser lidos com muita atenção, vamos conhecer milagres, ensinos de Jesus e também as esco-lhas que fez, nesta fase do seu ministério, para compor a sua equipe de trabalho. Muitas vezes, pensamos que bastava ele desejar e pronto. Não podemos, no entanto, nos esquecer que ele es-tava a serviço do Pai. As escolhas que ele fazia, portanto, estavam em submissão à vontade de Deus, assim como tudo o que ele realizava. Este é um desafio para nós também.

milagres para mudar a vida (Lc 5.1-26; 6.6-11)

O ser humano tem a tendência de procurar pessoas que afirmam poder curá-las ou resolver seus problemas pessoais. É ainda assim: milha-res de livros de autoajuda são vendidos, multi-dões procuram seitas que prometem curas e até mesmo igrejas que apregoam soluções imedia-

tas para problemas financeiros, matrimoniais, dentre outros.

Era tanta gente, que Lucas acrescenta o detalhe de que a multidão apertava Jesus junto ao Lago de Genesaré. Por isso, Jesus entra em um barco que estava sendo lavado, após uma noite sem pesca. Simão Pedro (somente neste texto Lucas usa o nome completo de Pedro), era o dono do barco. Jesus senta-se, como somente os Mestres faziam, e ensina da mesma forma como o fará, pouco mais adiante, no monte. Ao fim, vira-se para Simão e ordena que ele lance as redes para pescar. Simão não entendeu a razão, porque, experiente pesca-dor, sabia que a noite era o melhor período para a pesca. Mas, como ele, no barco estava alguém que pronunciava as palavras de Deus, faria bem em obedecer à ordem. O resultado não se fez es-perar. Sim, aquela foi a maior pesca de toda a sua vida. Pedro, no entanto, não ficou alegre com o resultado. Pelo contrário, prostrou-se aos pés de Jesus com um clamor: “Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador” (Lc 5.8b). Nesse instante, acontece a mudança radical na vida de Pedro.

REALIZAÇÃO • 11

Larga o barco repleto de peixes e atende, assim como Tiago e João, ao chamado de Jesus para ser pescador de homens (Lc 5.10).

A seguir, Lucas discorre sobre a cura de um leproso que, ao ser tocado por Jesus, ficou cura-do, completamente limpo e também sobre a de um paralítico que, conduzido por um grupo de pessoas, foi levado a Jesus pelo telhado. Até aqui as curas efetuadas eram de doenças físicas. No en-tanto, ao ver o jovem deitado, Jesus percebe que havia ali algo mais profundo: a paralisia era cau-sada pela culpa. Com certeza, muitos doentes da sociedade de hoje o são porque não se libertam da culpa, e os temos, inclusive, em nossas igrejas. A dificuldade aqui está em que, na teologia rabíni-ca, o homem podia ser um instrumento de cura, mas somente Deus poderia perdoar pecados. Je-sus, então, sabedor da causa daquela enfermidade, perdoa-lhe os pecados e, com isso, mostra que era o Emanuel, Deus conosco. Lucas descreve, ainda, a cura de um homem com a mão ressequida, rea-lizada em um sábado, e a de muitos enfermos que a ele chegavam para serem curados.

Conexão com a vida: Quando nos aproxi-mamos de Jesus com as nossas lutas e enfermi-dades, ele nos ouve, nos vê e nos acolhe. Isto modifica a nossa vida para sempre, porque en-tramos em contato, por meio de Jesus, com o poder inesgotável de Deus. Você já se encon-trou com Jesus? ________________. Há al-guma situação na sua vida para a qual precisa da poderosa intervenção do Senhor Jesus? Re-gistre o que deseja que ele conserte: ____________________________________________________________________ .

Jesus escolhe os discípulos (Lc 5.27-32; 6.12-16)

Ao sair da cidade, Jesus vê Levi, que também era Mateus, assentado na coletoria. Era um ho-

mem que, provavelmente, vivia de modo con-fortável. A profissão de Levi não era bem vista pelos judeus, mas Jesus, que vê o ser humano de forma plena, o convida. Diz Lucas: “levantou e, deixando tudo, o seguiu” (Lc 5.28). A seguir, na qualidade já de seguidor, ofereceu a Jesus um banquete, que ensejou uma importante afirmação de Jesus: “não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento” (Lc 5.32).

Um pouco mais adiante, Lucas nos diz que, após haver passado a noite em oração, Jesus escolheu seus 12 apóstolos. Os nomes nos são apresentados e a lista é concluída com uma in-formação intrigante: “E Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor” (Lc 6.16b).

Conexão com a vida: Em nosso serviço a Deus, estejamos atentos à seguinte reflexão: estou realizando este trabalho, a partir do di-recionamento e submissão ao Senhor, ou resol-vi fazê-lo à minha maneira? Meu objetivo, no desempenho deste serviço, é a glória de Deus? Jesus afirmou que veio chamar pecadores ao arrependimento, e isto vale para todos nós. Você sabe para qual serviço específico o Mestre o tem chamado? ______________. Tem en-contrado alguma dificuldade para cumprir esse chamado? Se tem, poderia dizer qual?________________________________________.

Jesus como mestre (Lc 5.33-65; 6.17-49)

Encontramos aqui um ensino que Jesus re-petiu várias vezes, ao longo do seu ministério: o Filho do homem é Senhor do sábado. Dois episódios serviram para ressaltar esse fato e ambos foram criticados pelos escribas e fa-riseus que acompanhavam Jesus, para achar nele alguma falta. O primeiro foi relacionado à colheita do alimento, pelos discípulos, em pleno sábado. O segundo, a cura de um ho-

12 • REALIZAÇÃO

mem com mão ressequida. Jesus não desauto-rizava a lei, mas conhecia o verdadeiro sentido da mesma lei.

O final do texto vai nos apresentar a ver-são de Lucas, bem resumida, para o conheci-do Sermão da Montanha, também chamado de “O sermão da planície”, descrito por Ma-teus nos capítulos 6 e 7. O sermão menciona as bem-aventuranças, descreve o que Jesus entendia por conduta apropriada e também destaca a importância de cultivar o amor e eliminar o hábito de julgar os outros, este de grande prejuízo para a pessoa e também para o objeto do julgamento.

Neste espaço, não poderíamos analisá-lo com detalhes, mas uma leitura pormenoriza-da nos mostra os ensinamentos claros e ricos apresentados pelo Mestre Jesus. Um destaque precioso exemplifica que o encontro com Je-sus produz mudança de vida está em Lucas 6.46, que pergunta: “Por que me chamais Se-nhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” A pergunta nos interpela a todos. Conhece-mos a Palavra de Deus, alguns de nós citamos textos de memória. E, lamentavelmente, ain-da deixamos de cumprir o que Deus nos man-da fazer.

Neste estudo, vimos Jesus curando, realizan-do o milagre da pesca, convocando discípulos, ensinando. Em todas as ocasiões, uma resposta dos ouvintes foi desejada: a obediência à voz do Mestre. Esta é uma questão essencial.

Conexão com a vida: Como aplicar isto à nossa vida? Um bom começo é refletir sobre a forma como oferecemos a Deus o domingo. Pense sobre isto. Quais as atividades que você habitualmente pratica no domingo? Tente enumerá-las aqui: _____________________________________________. A partir desta lista, pergunte ao Senhor se há alguma modificação a ser feita. E, então, peça que ele

o ajude nisso. É um processo de dentro para fora. Não requer explicações a terceiros. É apenas seu momento com o Senhor.

Reflexão para a maturidade

Algo sempre acontecia quando Jesus fazia seus pronunciamentos. A unção repousava so-bre ele de tal forma que as pessoas sentiam-se atraídas a obedecê-lo e a confiar em suas ordens.

Foi assim com Simão, no seu barco após a ati-vidade frustrada de pesca. Bastou uma pequena conversa com o Mestre para o até então desco-nhecido Simão, futuramente Pedro, convencer-se de que valia a pena seguir as orientações de Jesus.

Provavelmente Pedro ainda não conhecia Jesus de perto. Não se sabe se ele já tinha pre-senciado algum milagre. Mas, quando ouviu Jesus pronunciar tais palavras, Simão se rendeu à autoridade do Mestre.

Pedro podia afirmar, com base em sua experiên-cia de pescador, que o mar “não estava para peixe”. Seu cansaço produzia nele a desesperança mas, ain-da assim, Pedro decidiu retornar e tentar outra vez.

Apesar das grandes dificuldades, Pedro re-correu às novas possibilidades apresentadas por Jesus: ‘‘lançai as vossas redes para a pesca” (Lc 5.4b). Apesar das evidências de que os dis-cípulos voltavam de uma mal-sucedida pesca-ria – “Mestre, trabalhamos a noite toda, e nada apanhamos” (v. 5) – Pedro decidiu acertada-mente: “(…) sob tua palavra lançarei as redes” e, por isso, celebrou a vitória.

O final da história, todos conhecemos: os barcos que antes voltaram vazios, agora quase foram a pique de tanto peixe (Lc 5.7).

Talvez você tenha enfrentado situações que até agora são sinônimas de derrota em sua vida. Tal-vez as evidências lhe digam que não vale a pena tentar novamente. Mas Jesus tem uma palavra de esperança para você e quer que você confie plena-mente que o melhor ainda está por se revelar.