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Texto lírico Língua Portuguesa 8º ano 13 de Maio de 2013
Não passarãoNão desesperes, Mãe!O último triunfo é interditoAos heróis que o não são.Lembra-te do teu grito:Não passarão!
Não passarão!Só mesmo se parasse o coraçãoQue te bate no peito.ó mesmo se pudesse haver sentidoEntre o sangue vertidoE o sonho desfeito.
Só mesmo se a raiz bebesse em lodoDe traição e de crime.Só mesmo se não fosse o mundo todoQue na tua tragédia se redime.
Não passarão!Arde a seara, mas dum simples grãoNasce o trigal de novo.Morrem filhos e filhas da nação,Não morre um povo!
Não passarão!Seja qual for a fúria da agressão,As forças que te querem jugular1Não poderão passarSobre a dor infinita desse nãoQue a terra inteira ouviuE repetiu:Não passarão!
Miguel Torga. Poesia CompletaI
1. Atenta no título do poema.
1.1. Antecipa o seu sentido, considerando, nomeadamente, o valor do
advérbio de negação e do tempo verbal utilizado e a indeterminação
do sujeito da frase.
2. A primeira estrofe esclarece o título do poema.
2.1. Comprova a veracidade da afirmação de 2.
2.2. Interpreta o uso da maiúscula utilizada na apóstrofe "Mãe".
2.3. Clarifica o valor do modo verbal utilizado nos versos 1 e 4.
3. Relê, agora, as estrofes dois e três.
3.1. Identifica a anáfora literária aí presente.
3.2. Encontra a forma verbal que está subentendida nessa anáfora.
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Texto lírico Língua Portuguesa 8º ano 13 de Maio de 2013
3.3. Substitui a repetição anafórica por uma conjunção ou locução
conjuntiva condicional que não altere o sentido dos versos onde
aquela aparece.
3.4. Explica o predomínio do modo conjuntivo nestas duas estrofes.
4. Relê a quarta estrofe.
4.1. Indica os dois nomes que aí retomam a apóstrofe "Mãe!" do
primeiro verso do poema.
4.2. Explicita o sentido da metáfora presente nos versos 17 e 18.
5. A última estrofe é uma espécie de síntese de tudo quanto atrás foi dito.
5.1. Explica, por palavras tuas, o sentido desses versos.
6. Comenta a importância da repetição do verso "Não passarão!" e do
recurso ao encavalgamento na construção do ritmo do poema.
II
Um diário é um texto narrativo orientado, tal como o texto lírico, para a
expressão do eu, que se carateriza, entre outros aspetos, pelo uso do
discurso na 1.a pessoa.
Num texto que tenha entre cento e vinte e cento e quarenta palavras,
faz o registo em forma de diário de acontecimentos que tenhas
testemunhado ou de que tenhas sido personagem, num dos dias da passada
semana.