nÃo À violÊncia · o café com artes, o jantar de congraçamento, ... de jesus e os princípios...

8
ANO 4 - BELO HORIZONTE - MG - DEZEMBRO - 2005 / JANEIRO - 2006 - NÚMERO 18 Jornal do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla www.gruposcheilla.org.br Papel de pais e educadores é fundamental para que crianças e adolescentes cresçam bem física e emocionalmente e para o combate à violência contra a infância. Página 7. PASSE NA HORA CERTA Página 3. O passe é importante para o bem-estar físico e espiritual do assistido, mas é preciso seguir algumas orientações. REFLEXÕES SOBRE O NATAL ESPÍRITA Para o espírita o Natal acontece a cada dia depois que o Cristo nasce em seu coração. Página 5. NÃO À VIOLÊNCIA NÃO À VIOLÊNCIA Marcelo Guerra

Upload: trinhtu

Post on 15-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: NÃO À VIOLÊNCIA · o Café com Artes, o Jantar de Congraçamento, ... de Jesus e os princípios ... como diz o Salmo 139: “Senhor, eu sei que tu me sondas

ANO 4 - BELO HORIZONTE - MG - DEZEMBRO - 2005 / JANEIRO - 2006 - NÚMERO 18

Jornal do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheillawww.gruposcheilla.org.br

Papel de pais e educadores

é fundamental para que

crianças e adolescentes

cresçam bem física e

emocionalmente e para o

combate à violência contra

a infância.

Página 7.

PASSE NAHORA CERTA

Página 3.

O passe é importante para o

bem-estar físico e espiritual do

assistido, mas é preciso seguir

algumas orientações.

REFLEXÕESSOBRE O NATAL

ESPÍRITAPara o espírita o Natal acontece

a cada dia depois que o Cristo

nasce em seu coração.

Página 5.

NÃO ÀVIOLÊNCIA

NÃO ÀVIOLÊNCIA

Marcelo Guerra

Page 2: NÃO À VIOLÊNCIA · o Café com Artes, o Jantar de Congraçamento, ... de Jesus e os princípios ... como diz o Salmo 139: “Senhor, eu sei que tu me sondas

Editorial

O Fraternista - 02

Princípios Fundamentais

da Doutrina Espírita

PLANO ESPIRITUAL

Marcelo Diniz GuerraFraternista do Grupo Scheilla

Concluímos mais umano. Trabalho e dedicaçãocaracterizaram o período fértilque se encerrou com 2005. NaEducação Espírita o Evangelhofoi roteiro de transformação,conforme alerta de irmãoJoseph: Fundamentar adissertação na tribuna noensinamento do Evangelho,sobre a ótica da lei de causa eefeito. Com temas evangélicosorientamos crianças e jovens,fizemos 95% das reuniõespúblicas, dois estudossistematizados semanais e doisseminários oferecidos a umsalão repleto de dedicadostarefeiros. Mais de mil irmãosem Cristo fizeram cursosoferecidos pelo Grupo eestudamos o Livro dosEspíritos também na CasaEspírita André Luiz (Ceal). NaAssistência Social revigoramosconvênio com o poder públicomunicipal e mantivemosextraordinário serviço aosemelhante, assistindodezenas de famílias. NoAtendimento Fraterno etratamento espiritual demosprova da capacidade detrabalho de valorosas equipes,renovando esperanças. Paraintegrar seres em evolução,estivemos juntos nadisseminação da fraternidade –bandeira do nosso Movimento– promovendo eventos comoo Café com Artes, o Jantar deCongraçamento, os encontrosda Família Scheilla eincentivando a música e a arte,além de publicar o jornal OFraternista e manter na Webo site do Grupo.

Só foi possível fazer issoporque você, Fraternista,esteve à frente de tudo,doando-se em múltiplasfrentes de trabalho. Obrigado.Você é a razão maior do nossoGrupo. De Jesus virá, sempre,a recompensa.

urante seu processo

evolutivo, o Espírito Errante

se encontra em dois planos

da vida: físico e espiritual.

O físico se caracteriza por

ser uma etapa transitória em que ele

necessita viver em um corpo num

mundo apropriado à sua

reencarnação. Os Espíritos Puros

não necessitam de se reencarnarem,

pois se encontram no grau máximo

de evolução. Se o fazem, é em

caráter missionário.

O plano espiritual é o local

original do Espírito; um lugar do

Universo que ele visita quando se

encontra fora do corpo físico e não

está em estado de vigília. O Espírito

se afasta momentaneamente do seu

corpo material durante o sono físico

ou, definitivamente, na morte deste.

Durante o sono, o Espírito pode

retornar ao plano espiritual por

diversos motivos. Sua escolha é

influenciada pelo seu adiantamento

moral. Para participar de tarefas

espirituais ligadas ao bem, para se

reunir com Espíritos protetores que

o aconselham sobre provações que

passa ou irá passar. Pode também

procurar entidades que buscam,

assim como ele, prazeres e paixões

mais grosseiras.

O desencarne significa para

o Espírito uma libertação mais ou

menos complexa, dependendo de

sua condição mais espiritualizada ou

mais materializada. Nesse momento,

ele entra num estado de perturbação

ocasionado, muitas vezes, pelo seu

desconhecimento sobre seu estado

real de vida. Ele necessitará de um

tempo para perceber e aceitar sua

passagem para o plano espiritual. Em

alguns casos, o seu esclarecimento

é feito em reuniões nas Casas

Espíritas.

A permanência do Espírito

no plano espiritual, entre

encarnações sucessivas, varia de

horas a séculos. Os fatores

determinantes desse período são: o

seu desejo em se preparar melhor

para uma nova encarnação,

participando de aprendizados em

colônias espirituais ou o seu receio

de reencarnar, ciente das provas e

expiações a que estará sujeito, ou

por motivos de ordem superior que

mostram a importância da

reencarnação que ele não soube

valorizar em vidas anteriores.

Não obstante o tempo que

leve para reencarnar, ele nunca é

perpétuo. O Espírito se instrui

enquanto desencarnado, mas

consegue consolidar o seu

progresso moral e intelectual

quando se encontra encarnado.

Expediente

Comitê Editorial - Antônio Carmo Rubatino,

Daltro Rigueira Vianna, Liziane Vasconcelos

Teixeira Lima e Walmor Barros de Camargos

Edição Janaina Barcelos - MTb/MG 6010

Reportagem - Flávia Vieira, Janaina Barcelos,

Marcelo Diniz Guerra, Vivian Teixeira

Ilustrações - Lucas Rodrigues Alves

Layout e Diagramação - Luís André A. Almeida

Errata O endereço da página do Grupo Scheilla na Internet saiu incorreto

na página 7 da última edição. O correto é www.gruposcheilla.org.br

DISTRIBUIÇÃO GRATUITARua Aquiles Lobo, 52 - Floresta

CEP: 30150-160 Tel. (31) 3226-3911

Belo Horizonte - MG

Fotolito - Times Editorial

Impressão - Multicromo

Tiragem - 2.000 exemplares

O FRATERNISTAPublicação bimestral do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla

Page 3: NÃO À VIOLÊNCIA · o Café com Artes, o Jantar de Congraçamento, ... de Jesus e os princípios ... como diz o Salmo 139: “Senhor, eu sei que tu me sondas

O Fraternista - 03

TRANSFUSÃO DE ENERGIAS

passe é o tratamentomais buscado pelosfreqüentadores do GrupoScheilla. Ele é feito por

meio de imposição das mãosde um passista,fazendo umatransfusão deenergias físicase espirituais,capazes de causarm o d i f i c a ç õ e snos organismosperispiritual efísico de quemo recebe. O passeacontece duranteas reuniõespúblicas doGrupo ou nastarefas de visitaa lares e hospitaise chega abeneficiar cercade seis milpessoas por mês,segundo orelatório trimestral da Casa.

Mas, para se tirar um bomproveito dessa transmissãode fluidos – que ajuda arecuperar a saúde dobeneficiado – conformeorientações dadas no GrupoScheilla, o ideal é que ointeressado pelo passe recebauma Orientação Espiritualna Casa e que, apóso passe, busquea manutenção dosfluidos por meioda oração, desentimentos equili-brados e atitudesrenovadas, voltadaspara o bem.

De acordocom a Coordenadora

do Passe, Vera Mendes, nem todasas pessoas compreendem osobjetivos dessa terapia e pedem opasse apenas por hábito. Osefeitos, de acordo com Vera,

podem ser impróprios ouindiferentes. “Sendo o passe umatransfusão de energias, muitasvezes a necessidade da pessoapode ser de doar fluidos,e, recebendo mais vibrações,isso pode gerar algumtranstorno”, explica.

A Orientação Espiritual parao passe pode ser pedida

O passe deve ser acompanhado de preces e renovação de atitudes

Quando o passe é oferecido no Grupo Scheilla?2ª a 6ª - de 15h a 16h

Domingo a 6ª - de 19h30 a 21h

Sábado - de 9h a 10h, na Ceal, para as famílias assistidas.

4ª feira - de 19h30 a 20h30, na Ceal.

E a Orientação Espiritual?3ª a 5ª: às 17h30

2ª a 6ª: de 14h a 16h e de 19h30 a 21h;

Sábado de 14h a 16h e

Domingo de 19h a 21h.

na Casa às terças, quartas equintas-feiras, às 17h30,por ordem de chegada, eainda durante o AtendimentoFraterno, que funciona todos

os dias no horáriodas reuniõespúblicas. Oassistido recebeentão uma receita,que vai indicaro melhor trata-mento espiritualpara o seu caso.Nem sempre aespiritualidade vêa necessidade dopasse. Muitasvezes, é indicadopara o assistidoa leitura de umaobra ou umserviço voluntá-rio, por exemplo.

Ao lado datarefa do passe,Vera lembra a

importância das Reuniões Públicaspara os assistidos. Segundoela, as reuniões, além deoferecerem informaçõespreciosas sobre os ensinamentosde Jesus e os princípiosdoutrinários, também são umalimento espiritual parao equilíbrio físico e mental.O tratamento espiritual

naquele momento,portanto, não ficarestrito a quemrecebeu o passe. Todasas pessoas presentes àsreuniões são benefi-ciadas pela espiri-tualidade por meio daintuição, da iluminaçãointerior e do bomânimo renovado.

Durante o passe é possível receber e doar energias

Fátima Rubatino

Page 4: NÃO À VIOLÊNCIA · o Café com Artes, o Jantar de Congraçamento, ... de Jesus e os princípios ... como diz o Salmo 139: “Senhor, eu sei que tu me sondas

O Fraternista - 04

ATENÇÃO AO CHAMADO!uem esteve lá vaiconcordar: o Confra-Scheil la do dia 11

de dezembro foiinesquecível . As mensagenspassadas, a música, a palavra daespiritualidade recebida pormeio dos queridos José Grosso,Irmã Scheilla e Daniela Mouraencheram os corações dospresentes de alegria e força paraprosseguir na jornada.

Mas, quem não foinão precisa f icar triste. Aoportunidade sempre bate àporta do fraternista, convidandoa participar de eventos doGrupo e do Movimento daFraternidade (Mofra). O Confra-Scheilla – todo segundo domingo

do mês – é uma dentre tantasdessas oportunidades. Há aindaos Encontros Regionais, astarefas da Casa, as ReuniõesPúblicas. Basta querer.

Para relembrar, oCentro Oriente foi o embriãodo primeiro Grupo deFraternidade do Brasi l ,conforme orientações doespírito Scheil la , em 1949,de que seria um dos baluartescapaz de proporcionar, atodos que dele se aproximar,momentos de recompensa e dealegria íntima. Em 1952, oCentro Oriente, reconhecendoa grandeza da proposta detrabalho, integrou-se aoMovimento da Fraternidade,

om quase mil fraternistas cadastrados, oGrupo Espírita Irmã Scheilla se prepara paraimplantar uma nova forma de organizarsuas ações: é o Planejamento Estratégico.O documento

está em fase deelaboração conjuntapelo Conselho Admi-nistrativo (CAD) daCasa e o Conselho deRepresentação daAssembléia (CRA) epretende planejaratividades realizadas alongo prazo. Já existeum planejamento, massempre feito para operíodo de um ano. Com onovo modelo, será possível estruturar as atividadespelos próximos cinco anos.

De acordo com Walmor Barros deCamargos, um dos colaboradores responsáveispela elaboração do projeto, o documento

surgindo oficialmente o Grupoda Fraternidade Irmã Scheilla.

A partir dessasinformações, é possível teruma idéia da importânciados fraternistas e de suaparticipação no Mofra,cujos princípios inspiram-seno ideal evangélico darevivescência do CristianismoPrimitivo, por meio doPrograma de TrabalhoPermanente. Você pode obtermais informações na páginado Grupo na Internet(www.gruposcheil la.org.br).O Confra-Scheilla acontecesempre no segundo domingode cada mês. Não deixede participar .

PLANEJAR PARA SERVIRserá concluído até julho de 2006 e vaicontribuir para um melhor desenvolvimentodas atividades. “Quando planejamos asações, conseguimos aproveitar melhor

o tempo e os recursos.O plano nospossibilitará fixarmetas de longo emédio prazo para asdiferentes áreas emque atuamos”, explica.

Após a conclusãodo modelo de plane-

jamento, as seis coor-denações (Geral, de

Educação Espírita, dePromoção e Assistência

Social, de Assistência Mediúnica, deIntegração Fraterna e da Casa Espírita AndréLuiz) terão possibilidade de atuar de formamais sistematizada. O que vai contribuirpara melhor elaboração, implantação eaproveitamento dos ideais do Grupo Scheilla.

Page 5: NÃO À VIOLÊNCIA · o Café com Artes, o Jantar de Congraçamento, ... de Jesus e os princípios ... como diz o Salmo 139: “Senhor, eu sei que tu me sondas

O Fraternista - 05

ano de 2006 começou e oNatal ficou para trás,certo? Errado. O Natal de

Jesus na concepção espíritanão é uma data no calendárioanual, mas um estado de espírito.Quando Ele surge em cada um,fazendo-se uma constante noscorações. As pessoastornam-se renovadas,substituem o sentimentode posse pelo altruísmo,lembram-se do seme-lhante todos os dias,fazendo-se também umapresença marcante navida do próximo.

Dessa forma, acada manhã, ressurge comcada um a oportunidadedo recomeço. E o que nãoficou bem feito na véspera,pode ser reiniciado agora.É Jesus quem visita oshomens na busca darenovação. E Ele estásempre por perto,auscultando-os na suaintimidade, como diz oSalmo 139: “Senhor, eu sei que tume sondas. Sei também que meconheces. Se me assento ou melevanto, conheces meuspensamentos”. Isso significa queJesus está sempre próximo,“sondando”. E quando ausculta ocoração do ser humano e neleencontra espaço para mostrar-sepresente, o chama, como fez comSaulo de Tarso.

Saulo foi chamado porJesus inicialmente pelo amor. Apresença meiga e terna de Abigailalimentou sem sucesso o seucoração ainda insensível. Nãoatendeu ao convite e manteve-sede “... olhos profundos epercucientes, próprios dos

TODO DIA É NATALtemperamentos apaixonados eindomáveis, ricos de agudeza eresolução”. Foi depois chamadopelo Divino Amigo, agora pelarazão, valendo-se de suainteligência. Gamaliel, seu mestree predecessor no Sinédrio,ponderou com ele à luz do

raciocínio: “mas no ‘Caminho’,Saulo, parece ter uma grandefinalidade na renovação dosnossos valores humanos ereligiosos. Quem, entre nós,se havia lembrado de ampararos infortunados com oprovimento de um lar afetuosoe fraterno?”. De novo, em vão.Saulo supôs que seu antigomestre estivesse mentalmentedebilitado. E recusou novamenteo chamado. O Natal do Cristo emseu coração viria com outrochamado, numa queda na entradada cidade de Damasco, quandoclamou sem sucesso por socorroaos companheiros da missãopunitiva: “Jacob!... Demétrio!...

Socorram-me!... — gritoudesesperadamente”. E caiu doanimal sobre a areia ardente. Coma chegada de Jesus em sua vida,nunca mais o apóstolo dos gentiosabriria mão da presença doCordeiro de Deus em suas trilhas.Vivendo a cada dia com o Mestre

em seu coração, chegouao ápice da missão.

Portanto, oschamados podem virpelos caminhos do amor,da razão ou da dor.Basta ficar atento, poiscada um pode vir a ter asua “Porta de Damasco”,como Saulo. Entretanto,a experiência do Natalpode ser vivida todosos dias do ano, nacampanha do quilo, noatendimento às criançassemanalmente, em cadaatitude, não só no dia25 de dezembro, sendouma data permanenteno coração do homemcristão.E o dia da celebração do

Natal em si não deve ser apenasmesa farta e presentes. Overdadeiro espírita evita osexcessos e aproveita a datapara reflexão, para reunir afamília, fazer uma leitura e umaprece de agradecimento pelabenção da vida. Como o dia 25 dedezembro de 2005 já passou, ficaa dica para, quando 25 dedezembro de 2006 vier, o Nataljá tenha chegado ao coração decada um nos 365 dias do ano.

(Colaborou na formulação deste texto,Antônio Rubatino, Coordenador da EDU.Fontes: Paulo e Estevão, págs 70, 140, 197– Emmanuel / Chico Xavier – FEB;

e Timóteo 4: 7)

Page 6: NÃO À VIOLÊNCIA · o Café com Artes, o Jantar de Congraçamento, ... de Jesus e os princípios ... como diz o Salmo 139: “Senhor, eu sei que tu me sondas

O Fraternista - 06

Meus irmãos: Deus nos abençoe! A profunda transformação operada pelofenômeno da desencarnação é, sem dúvida, uma poderosa síntese de nossoaprendizado no corpo de carne. Não sei ainda dizer por outrem, mas testemunhonesta hora, com os favores da mediunidade de um amigo, o quanto minha alma temaprendido com gravidade, desde o mal-estar que precedeu meu desligamentodefinitivo do corpo já velho e cansado. Amparado por amigos e benfeitores

inesquecíveis, retorno à Casa de Scheilla e de todos nós, para dizer-lhes: obrigado,amigos! Obrigado, irmãos!

A confusão mental nos situa entre dois planos no momento do transe da denominada morte, mascontra a nossa tendência de querer ficar e poder seguir escondido no corpo físico, vem o apelo amorosodos nossos guias do Além, orientado-nos: – Bom ânimo, meu filho! – Coragem, meu irmão! – Confia emJesus e entregue a Ele os que você ama!

Poder enxergar a caravana dos expoentes que aprendemos a amar no Serviço Espírita; poder sentirseu carinho em afagos dulcíssimos. Ah, meus companheiros, que ventura inexplicável! O conforto nossitua o Espírito em transição naquele clima que todos conhecemos no colo abençoado e carinhoso dasmães! Imerecidamente, nossos mentores do Movimento Fraternal e Caridoso nos acolheram, apenasrogando: – Jarbas, meu filho, seja grato a Deus e apóie-se na prece sincera!

Fica claro, amigos: quem se entrega em gratidão adota a humildade e quem ora confiante gera energiamental positiva, saneadora do desequilíbrio. Por isso e por saudade reconhecida a vocês, à Casa benfeitorae aos familiares inesquecíveis, eu lhes escrevo, com o auxílio do sempre presente José Grosso.

Reverencio aqui o poder da Doutrina Espírita e do Evangelho para nos ensinar a vencer “o homemvelho”, os vícios e as paixões, a grosseria e a incredulidade! Bendito Consolador que por expressão decaridade do Céu nos salva das ilusões e dos crimes morais! Louvados seja Deus, Jesus e todos os BonsEspíritos que nos têm auxiliado a caminhar na caridade. Estou bem, meus irmãos e preparo-me em reflexõese revisões morais para seguir meu aprendizado, sempre estudando a verdade e servindo aos semelhanteso que Jesus nos oferece ao coração. Perdoem-me o que não pude fazer melhor, relevem-me as nódoasnaturais de minhas expressões brutas, deseducadas, descaridosas. Pensem no velho amigo como alguémque também tentava vencer os hábitos infelizes, as próprias limitações. Um desejo imenso de retribuir avocês o carinho e a fraternidade estimula-me a seguir aprimorando. Considerem-se abraçados pelo meusincero reconhecimento e que o Senhor, na sua infinita bondade a todos abençoe e proteja!

Do servo inexpressivo e amigo sincero,Jarbas Franco de Paula.

GRATIDÃO E PRECE

Mensagem psicografada por Wagner Gomes da Paixão,em 22 de novembro de 2005, no Centro Espírita Oriente.

Aconteceu

Inauguração da placa em homenagem aofraternista Jarbas Franco de Paula, na quadra da Casa

Espírita André Luiz (Ceal), em 13 de dezembro.

Espírito combativo e determinado, Jarbas sedestacou por doar todo o tempo disponível da sua vidaao serviço ao próximo. Foi um dos pioneiros daCampanha do Quilo quando o deslocamento em BeloHorizonte ainda era feito em bondes elétricos,ajudando na formação de cestas básicas; lideroucaravanas de visita fraterna ao Sanatório Santa Izabel, ao Hospital Raul Soares e ao Hospital André Luiz;participou de sopas fraternas, campanhas do agasalho; visitou creches, asilos, cadeias públicas, laressofridos e pessoas sem teto, numa série estatística que só os registros dos arquivos da espiritualidademaior podem contabilizar com presteza. Notabilizou-se pela coragem e persistência em alistar novostarefeiros nas empreitadas do bem comum, tornando-se um missionário de plantão.

Cerimônia de inauguração da placa em homenagema Jarbas Franco de Paula

Fátima Rubatino

Page 7: NÃO À VIOLÊNCIA · o Café com Artes, o Jantar de Congraçamento, ... de Jesus e os princípios ... como diz o Salmo 139: “Senhor, eu sei que tu me sondas

O Fraternista - 07

rianças e adolescentesprecisam de base familiar,educação e amor paraconstruírem sua identidade.Pouca interação familiar

e um alto índice de negligênciasão os principaisfatores de violênciadoméstica, queafeta a partemais vulnerável dafamília, as crianças.Esse tipo deviolência interferediretamente noprocesso de cons-trução da iden-tidade da criança e doadolescente, assim como os seusconceitos sobre si mesmo e oMundo, suas idéias acerca dosobjetivos da vida, suasexpectativas sobre o futuro e seudesenvolvimento moral.

Muitos casos permanecemdesconhecidos, porque essaviolência, na maioria das vezes, sefecha nas paredes do lar. Noentanto, pode-se perceber, pelosdados da Associação BrasileiraMultiprofissional de Proteção àInfância e Adolescência (Abrapia),que o número de ocorrências temaumentado e que 51% das vítimassituam-se na faixa de 0 a 7 anos.

A discussão sobreviolência contra a infância devedespertar a todos para a reflexãosobre o papel educador, dos paise mestres. Aqueles que nãoprocuram a sua evolução moralacabam se tornando inabilitadospara a preparação de mentes ecaracteres em formação sob a suaresponsabilidade, contribuindoassim para a prática de atosviolentos contra a criança,gerando agressividadesameaçadoras, o que Joana de

INFÂNCIA PEDE SOCORROAngelis considera “câncerperigoso a dizimar com crueldadeo organismo social do Planeta”.

Para a formação de suaidentidade, a criança e oadolescente precisam de um

a m b i e n t e

p r o p í c i o .Portanto, avivência desituação deviolência deixamarcas – físicas e emocionais –que podem se transformar emelementos constitutivos daidentidade da criança. E oprocesso de formação dessaidentidade está diretamenteligado ao desempenho das

funções da família e doseducadores.

Fica, então, o alerta deJoana de Angelis: “Nestecometimento, todos estamosengajados e ninguém podese omitir, porquanto

s o m o sigualmenter e s p o n s á -veis pelasocorrências

da delinqüên-cia, perversidade e

violência – esses teimososremanescentes da natureza

animal do homem emluta consigo mesmo parainsculpir o bem e libertardos grilhões do primarismoterreno a sua natureza espiritual.A paciência e o amor sãovaliosas oferendas parao amanhã de paz e venturaque anelamos”.

(Colaborou para a elaboração deste texto,Liziane Vasconcelos Teixeira Lima,coordenadora da ASE).

Músicas maravilhosas,mensagens edificantes,palavra da espiritualidadee encerramento com o grupode seresta Canto de Amorderam o tom do encontro,que foi imperdível.

A exposição doestudioso dos Evangelhos,Haroldo Dutra Dias, atraiucentenas de pessoas, queencheram o salão do CentroOriente no dia quatro dedezembro (400 participantes).

Confra-Scheilla, dia 11 dedezembro, na Casa Espírita

André Luiz (Ceal).

Seminário Estudando oEvangelho – Parte II,sucesso de público.

Fátima RubatinoFátima Rubatino

Aconteceu 2

Marcelo

Guerra

Page 8: NÃO À VIOLÊNCIA · o Café com Artes, o Jantar de Congraçamento, ... de Jesus e os princípios ... como diz o Salmo 139: “Senhor, eu sei que tu me sondas

O Fraternista - 08

PSIU! VOCÊ JÁ FAXINOUO SEU ARMÁRIO?

utro dia, Marquinhos e Dudu conversavam a respeito de sua última aula de Evangelização de 2005.A professora lhes disse que seria muito bom que eles refletissem, antes da passagem de ano, comose comportaram ao longo deste que termina. Como foram nos estudos? Foram amigos e respeitososcom os pais e parentes? Respeitaram a natureza? Ajudaram as pessoas que lhes solicitaram o auxílio?Essa reflexão possibilitaria a eles perceberem o que já conseguiram melhorar e no que ainda precisam

se esforçar um pouco mais para mudarem em si mesmos, no próximo ano.- Marquinhos, nosso armário tem algumas roupas que

já não usamos mais, assim como brinquedos, tênis e skates.Vamos doar para crianças que gostariam de recebê-los?

- Boa idéia, Dudu. Pediremos à mamãe paraconsertar as roupas com pequenos furos e montaralgumas sacolas.

- Marquinhos, eu não quero mais estas revistas,vamos entregá-las a um catador de papel?

- Tem razão Dudu, ano que vem, eu lheproponho lermos, não somente revistinhas,mas também bons livros.

- !?!- Dudu, arrumar o nosso armário será muito

bom. Assim procedendo, deixaremos nossas coisasorganizadas e conseguiremos mais espaço paracolocar outras coisas úteis.

- Marquinhos, de acordo com o que a nossaprofessora falou sobre a auto-reflexão se estamos organizando o nosso armário, precisamos ainda pensarna nossa própria “arrumação”. Se é um bom hábito manter nosso armário em ordem, então, procurar noslibertar de tudo aquilo que fizemos e que não foi muito legal, nos ajudará a conseguir o nosso objetivo desermos um pouquinho melhores no próximo ano.

- É isso aí, Dudu, então, vamos lá?

Todo ano é a

mesma história: com

a alegria e o espírito

festivo do final do

ano, chega também a

falta de voluntários

para a realização das

tarefas da Promoção

e Assistência Social

Espírita (ASE). Quando todos parecem tirar férias,

reduz o número de tarefeiros para participar da

Campanha do Quilo, cadastrar e acompanhar as

famílias assistidas pelo Grupo Scheilla, fazer a Visita

Fraterna e outras atividades.

Em janeiro de 2006, a necessidade de

voluntários será ainda maior, pois, ao contrário dos

NECESSIDADE NÃO TEM FÉRIASanos anteriores, a Sopa Fraterna e o Projeto Criança

Integral funcionarão parcialmente, graças à realização

de uma força-tarefa formada por pessoas dispostas

a doarem o seu tempo para que essas atividades não

parem. Conscientes das necessidades dos irmãos

que não têm hora de chegar, os voluntários

auxiliarão no atendimento aos moradores de rua

e a crianças e adolescentes.

Quem quiser fazer parte do mutirão, basta

entrar em contato. Sopa fraterna: todas as terças-

feiras de 7h a 14h30. Procurar José Leandro,

Norma, Paulo Raimundo, Sheila ou Liziane. Projeto

Criança Integral: de segunda a sexta-feira de 7h30

a 16h30 (educadores/ oficineiros de artes, dança,

capoeira, educação física, entre outras). Procurar

Adriana, Verinha ou Liziane na Ceal.