nanotecnologia - nanoestruturas de carbono

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MACAÉ FUNEMAC FACULDADE PROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS NANOTECNOLOGIA: Nanoestruturas de Carbono Grupo: NANOTRONS Daureo Moraes da Costa Silva (3° SI) Lis da Silva Siqueira (3º SI) William Alves de Oliveira Pereira (3° EP) MACAÉ, RJ JUNHO DE 2011

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A cada dia a tecnologia avança a passos largos, igualmente a nanotecnologia acompanha esse ritmo.O carbono é um elemento essencial para vida, de maneira que também se faz vital à nanotecnologia. Suas diversas formas alotrópicas, quando a escala nanométrica, podem apresentar diversas propriedades singulares. O grafeno, as buckyballs e os nanotubos – nanoestruturas feitas de carbono - apresentam propriedades incríveis e aplicabilidades inimagináveis.Contudo, sendo a nanotecnologia uma tecnologia relativamente recente, sua aplicabilidade em diversas áreas, que podem trazer benefícios ou malefícios, ainda não foram exploradas a fundo podendo, talvez, trazer riscos ainda desconhecidos à humanidade, ao meio ambiente e à economia.

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Page 1: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MACAÉ – FUNEMAC

FACULDADE PROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS

NANOTECNOLOGIA:

Nanoestruturas de Carbono

Grupo: NANOTRONS

Daureo Moraes da Costa Silva (3° – SI)

Lis da Silva Siqueira (3º – SI)

William Alves de Oliveira Pereira (3° – EP)

MACAÉ, RJ

JUNHO DE 2011

Page 2: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

NANOTECNOLOGIA:

Nanoestruturas de Carbono

Grupo: NANOTRONS

Daureo Moraes da Costa Silva (3° – SI)

Lis da Silva Siqueira (3º – SI)

William Alves de Oliveira Pereira (3° – EP)

PROJETO SEMESTRAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DA FACULDADE

PROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS (FeMASS) COMO PARTE DA

SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO POR PROJETOS (SAP).

Banca Examinadora:

_______________________________________________

Prof. Bráulio Ferreira de Carvalho (Orientador)

_______________________________________________

Prof. Carlos Renato Mariano

MACAÉ, RJ - BRASIL

JUNHO DE 2011

Page 3: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

RESUMO

A cada dia a tecnologia avança a passos largos, igualmente a

nanotecnologia acompanha esse ritmo.

O carbono é um elemento essencial para vida, de maneira que também se

faz vital à nanotecnologia. Suas diversas formas alotrópicas, quando a escala

nanométrica, podem apresentar diversas propriedades singulares. O grafeno, as

buckyballs e os nanotubos – nanoestruturas feitas de carbono - apresentam

propriedades incríveis e aplicabilidades inimagináveis.

Contudo, sendo a nanotecnologia uma tecnologia relativamente recente, sua

aplicabilidade em diversas áreas, que podem trazer benefícios ou malefícios, ainda

não foram exploradas a fundo podendo, talvez, trazer riscos ainda desconhecidos à

humanidade, ao meio ambiente e à economia.

PALAVRAS-CHAVE: Carbono, nanoestruturas, grafeno, fulereno, nanotubos.

Page 4: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5

1.1. OBJETIVOS. ........................................................................................................ 6

1.1.1. Objetivo geral .................................................................................................... 6

1.1.2. Objetivo específico ........................................................................................... 6

1.2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 6

1.3. METODOLOGIA ................................................................................................... 7

2. O CARBONO ........................................................................................................ 8

3. PRINCIPAIS NANOESTRUTURAS DE CARBONO ........................................... 10

3.1. O GRAFENO ...................................................................................................... 10

3.2. OS FULERENOS ............................................................................................... 12

3.3. OS NANOTUBOS .............................................................................................. 15

4. POSSÍVEIS RISCOS DAS NANOESTRUTURAS .............................................. 19

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 23

5.1. CONCLUSÕES ................................................................................................... 23

5.2. PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS ....................................................... 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 25

Page 5: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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1. INTRODUÇÃO

No ano de 1959, em uma conferência do California Institute of Technology

(CALTECH), Richard Feynman, ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1965, já

idealizava o futuro da nanotecnologia, mesmo sem referir-se a esse termo, e

fomentava o interesse pelo mundo nano ao propor as possibilidades físicas da

preparação e da manipulação da matéria a escalas atômicas. Abre-se então um

novo ramo na Ciência.

Muitos anos se passaram desde a tão famosa palestra ministrada pelo físico.

A nanotecnologia apresenta-se em várias áreas da ciência – como a física, a

química e a engenharia – e também possui um leque de estruturas que são

formadas a partir de suas técnicas e que são muito importantes no avanço de

estudos sobre o tema.

A nanotecnologia apresenta diversas estruturas que possuem capacidades

físico-químicas surpreendentes e, dentre esse vasto número, estão as

nanoestruturas de carbono.

Mas, o que são essas estruturas? Existem aplicações práticas, ou apenas

teóricas? Esse tipo de material pode apresentar algum tipo de risco?

Page 6: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

6

1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho é reunir informações que caracterizem a

nanotecnologia, suas principais ferramentas, bem como, seus impactos no

desenvolvimento científico.

1.1.2. Objetivo Específico

Para ajudar no entendimento das nanoestruturas de carbono e sua

repercussão, serão abordados os seguintes assuntos:

Conceituar nanoestruturas de carbono;

Descrever exemplos de uso de nanoestruturas;

Identificar possíveis riscos que esse tipo de estrutura pode gerar.

1.2. JUSTIFICATIVA

Por ser uma tecnologia que serve de suporte para muitas áreas do

conhecimento, a nanotecnologia é um tema relativamente novo e é muito aclamado

no meio científico devido ao potencial para se tornar peça chave em cada um dos

campos a que dá apoio. Os primeiros passos já foram dados e a pesquisa nessa

área é tanto de interesse para os profissionais nas áreas de Engenharia quanto aos

profissionais nas áreas de Computação.

Page 7: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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1.3. METODOLOGIA

Este trabalho será realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica, focada

em trabalhos acadêmicos, artigos científicos e artigos publicados em periódicos

relacionados a essa temática.

Page 8: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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2. O CARBONO

O carbono é um dos elementos de mais interesse em toda química devido à

sua suma importância para a vida - já que é um dos principais blocos da vida como,

por exemplo, sendo formador das cadeias de DNA. Átomos de carbono podem ligar-

se entre si, formando estruturas conhecidas, tais como, o diamante, ou ligar-se a

outros átomos, formando os mais diversos materiais. Dependendo da natureza de

suas ligações e organizações moleculares com outros elementos ou com outros

átomos de carbono, pode apresentar diversas propriedades e uma infinidade de

compostos. O carbono pode assumir três tipos de hibridações (sp³, sp² e sp) que

definem de que forma e com que elemento essas ligações podem ocorrer.

O carbono como substância pura é principalmente conhecido por três formas

alotrópicas, que são as diferentes formas que um mesmo elemento pode assumir: o

grafite, o diamante e o fulereno; o grafite é um sólido macio e cinza, que além de ser

a forma mais estável do carbono, é um bom condutor de eletricidade e calor e possui

uma densidade de 2,25g/cm³; o diamante é um sólido transparente e o mais duro,

além de ser um isolante térmico e elétrico, possui uma densidade de 3,51g/cm³; o

fulereno, que foi descoberto em meados dos anos 1980 pela evaporação de carbono

com raios lasers, é a terceira forma mais estável do carbono.

Essas são as formas alotrópicas mais conhecidas do carbono, mas as que

causam mais excitação e reboliço no meio científico são as nanoestruturas de

carbono, como o fulereno, grafeno e nanotubos.

Page 9: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

9

Sabemos que uma nanoestrutura é definida como um objeto em escala

nanométrica – que segundo Durán, Matoso e Morais (2006, p.19 apud BERGER

FILHO, 2009), o nano é o termo utilizado em qualquer unidade de medida,

significando um bilionésimo dessa unidade. Um nanometro ou nanômetro equivale a

um bilionésimo de um metro (1nm = 1/1.000.000.000m).

Mas que nem tudo que é nanométrico é nanotecnológico.

[...] É importante mencionar que nem tudo que é nanométrico é

nanotecnológico, ou seja, se um determinado sistema é pequeno,

mas não existem propriedades especiais induzidas pelo tamanho,

esse sistema não é nanotecnológico. Nesse regime quase molecular

os sistemas são regidos pelas leis da mecânica quântica e novos

fenômenos se manifestam. [...] (GOMES, s.d.).

Em termos de nanotecnologia é importante salientar que um montante de

moléculas aglomeradas possui propriedades que diferem, e muito, de suas

moléculas individuais. Ainda de acordo com Gomes (s.d.), essas propriedades

dependerão de como o aglomerado é formado estruturalmente. Por exemplo, um

tubo formado apenas por átomos de carbono pode ser um condutor de eletricidade

ou um isolante, dependendo apenas de sua montagem e disposição desses átomos.

Page 10: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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3. PRINCIPAIS NANOESTRUTURAS DE CARBONO

3.1. O GRAFENO

O grafeno é uma estrutura que pode ser obtida a partir do grafite - que é

uma das formas das quais estas folhas de grafeno são arranjadas - e consiste em

apenas uma folha de átomos de carbono organizados em hexágonos, formando uma

espécie de tela – como ilustra a figura 1. O grafeno é uma das estruturas alotrópicas

do elemento carbono, com hibridação sp2, e possui apenas um átomo de espessura

e propriedades surpreendentes, tais como, supercondutividade, resistência e

flexibilidade dependendo apenas de como sua estrutura é arranjada.

.

Figura 1: Representação Artística do Grafeno. Adaptada. Fonte: Google Imagens

Page 11: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

11

O grafeno foi isolado pelos pesquisadores Andre Geim e Konstantin

Novoselov, professores da Universidade de Manchester, Reino Unido. Os dois foram

laureados com o Prêmio Nobel de Física de 2010 por, segundo a agência The Nobel

Foundation (2011), suas pesquisas e descobertas inovadoras sobre o material

bidimensional, grafeno.

Segundo Novoselov et al (2004), apud Agência FAPESP (2010) o grafeno é

o material mais fino e forte já conhecido.

O grafeno apresenta um grande número de novos e exóticos efeitos

eletrônicos e ópticos. Como descreve Neto (2011), a maioria desses efeitos surge

por causa de duas importantes propriedades do grafeno: a força de ligação que

mantém os átomos de carbono juntos e de sua peculiar estrutura de colméia.

Uma equipe da University of Technology Sydney (UTL) fez importantes

descobertas no desenvolvimento de novos materiais baseados no grafite.

Segundo Aloisio (2011) o Papel Grafeno (Graphene Paper – GP) é um

material que pode ser processado, remodelado e reformado a partir do estado

original do grafite. O papel grafeno foi obtido a partir da purificação e filtragem de

outros elementos químicos, com a finalidade de alterar suas configurações nano

estruturais, tendo como resultado uma folha de grafeno tão fina quanto papel. Com

auxílio de métodos sintéticos e tratamento de calor, os pesquisadores da UTL

produziram um material com características extraordinárias: altamente maleável;

rígido; e com propriedades mecânicas de dureza. “Comparado ao aço, o GP

preparado é seis vezes mais leve, de cinco a seis vezes menos denso, duas vezes

mais duro com 10 vezes maior resistência à tração e 13 vezes maior rigidez de

flexão.” 1.

Esse tipo de estrutura, além de ser mais leve, mais forte e mais flexível que

o aço, ainda é dita como ecologicamente correta e de fabricação sustentável, além

de ser reciclável.

1 Tradução do grupo.

Page 12: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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Figura 2: Uma amostra do papel grafeno. Adaptada.

Fonte: University of Technology Sydney

O desenvolvimento do papel grafeno tem um enorme potencial de

revolucionar as indústrias automotivas, de aviação, elétricas e ópticas. Ainda

segundo Ranjbartoreh (2011), apud Aloisio (2011), grandes companhias aéreas já

iniciaram o processo de substituição de metal por materiais baseados em carbono,

tais como, fibras de carbono que são mais leves. E afirma que com suas

incomparáveis propriedades mecânicas, o papel grafeno seria o próximo material a

ser explorado.

3.2. OS FULERENOS

O inglês Harold W. Kroto e os americanos Robert F.Curl e Richard E.

Smalley das universidades de Sussex, em Brighton e Rice, em Houston

respectivamente, foram os ganhadores do Prêmio Nobel em Química no ano de

1996 pela descoberta dos fulerenos. Segundo Rocha-Filho (1996), em 1985 eles

bombardearam um alvo de grafite com um laser de alta potência com o intuito de

estudarem estruturas de carbono lineares denominadas de poliinas. Porém, como

resultado conseguiram apenas carbono, encontrando assim uma nova forma

alotrópica do mesmo que denominaram de fulereno.

Os fulerenos são formados quando carbono vaporizado se condensa numa

atmosfera de gás inerte (hélio); a vaporização do carbono pode ser feita,

Page 13: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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por exemplo, com lasers ou com arcos voltaicos usando eletrodos de

grafite. Os átomos de carbono vaporizados são misturados ao hélio e se

combinam para formar agregados moleculares que podem reunir alguns

poucos átomos ou até centenas deles. (ROCHA-FILHO, 1996, p. 7).

O primeiro fulereno encontrado foi um arranjo de sessenta carbonos

distribuídos entre pentágonos e hexágonos, denominados de buckminsterfullerenos

(C60) ou buckyballs.

A figura abaixo representa a forma mais simples do fulereno formada de um

poliedro de 32 faces sendo 20 hexagonais e 12 pentagonais.

Figura 3: Ilustração de uma forma simples do fulereno

FONTE: Google Imagens

Estudos realizados pela equipe a qual Kroto compunha, mostraram que

aglomerados com o número par de átomos que ia de 40 a 80 formavam moléculas

que possuiam uma estrutura semelhante a de uma gaiola. Uma série de

experiências com o Lantâneo – metal de transição, número atômico 57 - revelaram a

possibilidade de formar esses aglomerados de carbono contendo átomos metálicos

em seu interior. Essa técnica foi denominada encolhimento-empacotamento, em que

possibilitava a redução de dois átomos de uma só vez. Com a descoberta dessa

técnica diversas pesquisas se voltaram para a aplicabilidades desses fulerenos.

A buckyball, formada por um aglomerado de 80 átomos de carbono, possui

um tempo de duração de existência muito curto. Uma técnica desenvolvida por Harry

Dorn juntamente com cientistas da Universidade da Virginia permitiu a formação de

diversas buckyballs C-80, cada uma com uma molécula de nitreto de metal

armazenada em seu interior, fazendo com que elas também se estabilizem nesse

novo arranjo. A formação dessas buckyballs é dada quando dois eletrodos de grafite

são bombardeados por um arco elétrico. Porém, os cientistas estavam realizando

Page 14: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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Esse agente de contraste é utilizado para tirar imagens de tecidos moles do

corpo como o cérebro e medula espinhal. Atualmente os médicos aplicam um

agente denominado por gadolíneo antes das ressonâncias para melhorar a

resolução do exame e o contraste da imagem, porém o gadolíneo é tóxico. Portanto,

uma buckyball carbono-80 funcionaria como uma gaiola de forte interceptação para

o nitreto de gadolíneo – figura 4, o que o tornaria menos agressivo ao corpo

humano; e por ser um agente de contraste mais eficaz, implicaria em ressonâncias

magnéticas com diagnósticos muito mais confiáveis.

Ainda segundo Patel (2006), Dorn e seus colegas na Universidade Virginia

Tech têm mostrado que os fulerenos nitreto de metal são 40 vezes melhores do que

os agentes de contraste encontrados atualmente no mercado, embora o mecanismo

exato por trás disso ainda não seja compreendido. Antes que o material possa ser

usado para a ressonância magnéticaesse experimento usando diferentes tipos de

eletrodos metálicos quando um vazamento de ar ocorreu nos arcos elétricos,

resultando nessas cadeias de nitreto de metal.

Essa técnica ainda permite que se possa armazenar diversos tipos de

metais nos fulerenos, possibilitando assim, o surgimento de diversos materiais com

propriedades ópticas, eletrônicas e magnéticas peculiares.

Uma das aplicações dessa buckyball, que está prestes a ser comercializada

pela empresa Luna nanoWorks – sediada na Virginia, EUA - seria um agente de

contraste mais eficaz nas ressonâncias magnéticas, teria de se submeter a uma

bateria de testes de segurança e toxicidade.

Figura 4: Concepção buckyball aprisionando nitreto

FONTE: Technology Review – MIT

Page 15: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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3.3. OS NANOTUBOS

O nanotubo de carbono (CNT, do inglês carbon nanotube) foi

descoberto por Sumio Iijima em 1991, algum tempo depois da descoberta dos

fulerenos. Desde então tem sido pesquisado por outros cientistas e promete ter um

enorme potencial econômico.

Os nanotubos são formados por múltiplas camadas de grafeno

enroladas de forma cilíndrica com diâmetro da ordem de um nanômetro. É

necessária a utilização de microscópios eletrônicos para que estes possam ser

observados. Para se ter uma ideia, seriam necessários milhões de nanotubos

colocados lado a lado para se ter a espessura de um fio de cabelo.

Figura 5: Figura ilustrativa de uma camada de grafeno que origina um nanotubo

FONTE: LBL

Segundo Capaz e Chacham (2003, p. 22),

[...] em grande quantidade, nanotubos unem-se uns aos

outros, formando feixes que se enovelam em um material que pode

ser visto a olho nu, tendo aspecto de fuligem – de fato, nanotubos

podem ser considerados como um tipo especial de fuligem [...].

De acordo com Bonsor e Strichland (s.d.), com a organização correta de

átomos, você pode criar um nanotubo de carbono que é centenas de vezes mais

forte que o aço, porém seis vezes mais leve.

Page 16: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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A maneira com que a folha de grafeno é enrolada determina as propriedades

dos nanotubos e se esses serão condutores ou semicondutores, apesar de serem

feitos de carbono eles podem diferir nas propriedades de acordo com a posição com

que seus átomos são arranjados.

Na figura 6 pode-se observar a geometria de um nanotubo. Unindo o ponto 0

a qualquer átomo azul, obtém-se um nanotubo ziguezage, pois as ligações químicas

formam uma linha sinuosa ao longo da circunferência do nanotubo. Enrolando a

folha de outra forma, unido o ponto 0 a qualquer um dos átomos vermelhos tem-se

um nanotubo poltrona, devido as ligações formarem uma linha que lembra um

poltrona. Uma outra forma de enrolar é unindo o ponto 0 a um dos átomos verdes,

com isso pode se obter um nanotubo espiral, denominação para os que não são

poltrona ou ziquezague.

Figura 6: Geometria dos Nanotubos

FONTE: Revista Ciência Hoje

O CNT possui custo elevado e quem mais os consome são os laboratórios

interessados na área nanotecnológica.

O Brasil também vem investindo nos nanotubos, só a Rede Nacional

Nanotubos é composta por 41 pesquisadores de 14 instituições, em 8 diferentes

estados do Brasil. Os cientistas brasileiros optaram por eles mesmos produzirem

suas amostras de CNT, pois o custo se torna mais baixo.

Existem dois principais métodos utilizados para a fabricação de nanotubos:

Descarga por Arco e Deposição Química de Vapor.

Page 17: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

17

O método de Descarga por Arco foi utilizado pelo pesquisador Sumio Iijima,

para que fossem obtidos os primeiros nanotubos. Esse método consiste em

descargas por arco elétrico, essa descarga é gerada entre dois eletrodos de grafite,

que se encontram em uma câmara de aço e são mantidos a uma distância pequena

um do outro para que gerem um plasma entre eles. O grafite é sublimado e é

depositado na parede da câmara, essa parte sublimada é a que possui os

nanotubos. A descarga por arco trabalha com temperatura mais alta, por isso o

nanotubo fica perfeito.

Já no Método de Deposição Química de vapor (CVD) há a decomposição de

um vapor contendo átomos de carbono, com a participação de um catalisador

metálico em atmosfera inerte.

Devido às altas temperaturas, o metal (catalisador) se

aglutina em nanopartículas separadas que servem como centros de

crescimento, ficando no topo ou na base do nanotubo. [...] Dessa

forma, a amostra obtida é formada por nanotubos cujas cavidades

são preenchidas por metais. (CAPAZ E CHACHAM, 2003, p. 24)

Os nanotubos podem ter diversas aplicações em diversas áreas da ciência.

No âmbito da energia elétrica os CNTs podem ser usados para transmissão

e conservação de energia. Estes podem agir como eletrodos capazes de transmitir e

conservar energia, quando enfileirados sobre uma folha de celulose. Essa folha é

transformada em uma espécie de bateria, que tem a capacidade de distribuir muita

energia em milissegundos.

Devido a sua grande resistência os CNTs podem substituir o aço, podendo

participar da área de construção civil. De acordo com Sampaio (2009), “essa mesma

resistência também leva a NASA – agência espacial norte-americana – a testar

compostos de CNTs na construção da fuselagem de foguetes e ônibus espaciais.”

Os nanotubos podem ser utilizados na indústria têxtil, fazendo parte da

fabricação de tecidos mais resistentes, como se fossem uma espécie de armadura

corporal, podendo até mesmo ser uma alternativa para substituir os coletes à prova

de balas.

Os nanotubos também podem ser de grande importância na medicina.

Alguns pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT)

desenvolveram um dispositivo que detecta células cancerígenas com apenas uma

Page 18: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

18

amostra de sangue. A equipe de pesquisadores pretende futuramente desenvolver

uma adaptação desse dispositivo, para que seja possível a detecção do vírus HIV.

Page 19: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

19

4. POSSÍVEIS RISCOS DAS NANOESTRUTURAS

A nanotecnologia trouxe avanços científicos para várias áreas da ciência,

mas como qualquer outra tecnologia que se utiliza de novas substâncias e materiais

pode também oferecer muitos riscos, principalmente para o meio ambiente e para a

saúde. Segundo Freitas (2007):

Um dos primeiros a alertar sobre o risco foi Bill Joy, um dos

fundadores da Sun Microsystems. Há sete anos, em artigo publicado

na revista Wired, ele descrevia o perigo de algum dia criarmos

máquinas do tamanho de átomos, capazes de montar moléculas

potencialmente ameaçadoras.

Não se sabe tanto dos riscos que a nanotecnologia pode oferecer quanto de

seus benefícios. Isso se deve à precariedade de investimento na chamada

nanotoxicologia, ou seja, nos riscos que o uso da nanotecnologia pode oferecer. Em

2006 os Estados Unidos investiram US$ 1,4 bilhões, mas apenas 1% dessa quantia

foi destinada para avaliar os riscos que o uso da nanotecnologia possui. Apenas 4%

do dinheiro destinado a União Européia foi utilizado para os efeitos causados pela

nanotecnologia.

De acordo com o Centro Ecológico, o programa desenvolvido pelo governo

brasileiro, Desenvolvimento da Nanociência e Nanotecnologia, visa aumentar a

competitividade da indústria nanotecnologia do cenário nacional, mas nas

prioridades do programa não consta nenhuma relativa ao meio ambiente e à saúde.

Page 20: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

20

Segundo Abdala apud Waissmann (2010) "é preciso avaliar os riscos

potenciais, os impactos, imaginando que esses riscos não são só para pessoas, mas

também para o meio ambiente.”

Não se sabe onde se pode armazenar os nanomateriais e o tempo em que

estes ficam ativos no ambiente. É preciso maior investimento em pesquisas

relacionadas à segurança dos efeitos causados por esses nanomateriais, como por

exemplo, ferramentas para detectar, medir e avaliar os riscos da utilização dessas

nanopartículas.

A principal característica das nanopartículas é o seu diminuto

tamanho. A aglomeração de nanopartículas permite a formação de

um aglomerado mais sólido, concentrado, do que um material

comum. As reações químicas para os nanomateriais, justamente por

tal característica, são diferentes daquelas encontradas em materiais

comuns: a superfície, quando comparada à unidade de massa dos

nanomateriais, é maior e, assim, as reações químicas são

potencializadas. (PEREIRA; FRAZÃO, 2010 apud SANTOS et AL,

2010, p. 77).

Na saúde o risco da nanotecnologia pode estar em produtos cosméticos e

protetores solares, que atualmente têm sido muito utilizados e há uma variedade

destes no mercado. Nesses tipos de produtos são usadas as chamadas buckyballs

que retardam o envelhecimento da pele, porém alguns cientistas temem que essas

partículas possam penetrar através da pele e da corrente sanguínea, devido ao seu

tamanho, e com isso haveria interação com o sistema imunológico. Por essas

esferas serem muito pequenas o sistema imunológico não consegue detectá-las, ou

seja, não haveria distinção entre matéria viva e não viva.

De acordo com o Centro Ecológico, já foram feitos estudos que mostram que

os nanomateriais podem causar inflamação ou danos aos tecidos e ao DNA,

podendo posteriormente apresentar crescimento de tumores.

Há casos de problemas respiratórios devido à nanomateriais. Na Alemanha

foi utilizado um produto de limpeza chamado Magic Nano em banheiros para a

proteção da proliferação de bactéria. Algum tempo depois muitos afirmaram que o

novo produto havia causado problemas respiratórios, levando algumas pessoas à

internação.

Page 21: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

21

TABELA1: ALGUNS NANOMATERIAIS E SEUS POSSÍVEIS EFEITOS NA SAÚDE

Na área ambiental as nanopartículas podem ser muitos úteis, como por

exemplo, na prevenção e na remedição da poluição, mas deve-se dar atenção à

maneira com que essas partículas são liberadas ao meio ambiente. Devido ao seu

tamanho a difusão na água, nos solos e na atmosfera fica mais fácil.

As nanopartículas que são utilizadas para fabricar cosméticos também

podem causar danos ao meio ambiente, uma vez lavadas da pele seguem o

caminho das águas e vão para o meio ambiente.

A contaminação do meio ambiente por nanomateriais com grande

área superficial, boa resistência mecânica e atividade catalítica pode

resultar na concentração de compostos tóxicos na superfície das

nanopartículas, com posterior transporte no meio ambiente ou

acúmulo ao longo da cadeia alimentar; na adsorção de biomoléculas,

com conseqüente interferência em processos biológicos in vivo;

numa maior resistência à degradação (portanto, maior persistência

no meio ambiente) e em catálise de reações químicas indesejáveis

no meio ambiente. (Quina, 2004)

A nanotecnologia não oferece riscos somente à saúde e ao meio ambiente.

Essa também pode causar distorção econômica, devido ao preço baixo dos

produtos, pode também oferecer risco pessoal, caso algum terrorista resolva utilizar

Nanomaterial Efeitos

Nanopartículas Pode provocar inflamações nos tecidos do corpo.

Nanopartículas de carbono Pode penetrar no cérebro pela mucosa do nariz.

Nanopartículas de prata, de dióxido de titânio, de zinco e de óxido de zinco

Apresentaram alta toxicidade para células em estudos feitos em tubos de ensaio. Testes mostraram que nanopartículas de óxidos de metais podem penetrar nas células e danificar o DNA.

Nanocompostos Podem chegar à corrente sanguínea por inalação ou ingestão, e alguns podem penetrar pela pele, podendo atravessar membranas biológicas.

Fulerenos de carbono Podem causar danos cerebrais em peixes; interferem na coagulação do sangue em coelhos; um teste com ratos mostrou comportamento de amnésia nos animais expostos.

Nanotubos de carbono São solúveis na água e, portanto, podem ser ingeridos. Estudos mostram que eles se comportam como as fibras de asbesto (ou amianto).

Page 22: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

22

a nanotecnologia molecular para a fabricação de armas biológicas, danos coletivos,

devido a não regulamentação dos produtos e entre outros problemas.

Algumas medidas podem ser tomadas para que os riscos da nanotecnologia

possam ser evitados, como por exemplo, a elaboração de normas que

regulamentem a nanotecnologia, a redução de liberação de nanopartículas no

ambiente ou até mesmo a proibição. Como precaução os laboratórios devem tratar

essas nanopartículas como se fossem resíduos tóxicos perigosos e também devem

ser criadas estações de monitoramento do desenvolvimento de nanopartículas.

Page 23: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

23

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1. CONCLUSÕES

A nanotecnologia é uma ciência que envolve um mundo ainda não tão

conhecido quanto o mundo macro, mas pode ter implicações importantíssimas nele.

Essa ciência funciona em um mundo onde a matéria é manipulada átomo a átomo; e

um elemento que tem grande utilidade, seja por suas propriedades químicas de

ligação ou por sua abundância na natureza, é o carbono; atuando em um papel

importante no desenvolvimento de novas tecnologias e aprimoramentos de tantas

outras.

Existem estruturas que são formadas apenas de carbono e apresentam

propriedades que somente são encontradas quando são tratadas em escalas muito

pequenas, chamadas nanoestruturas de carbono. Essas estruturas, tanto as

sintetizadas em laboratório como as encontradas na natureza, possuem um enorme

potencial para criação de novos produtos e ferramentas, que têm como objetivo a

melhoria e a facilitação do progresso, do meio ambiente e do bem-estar do ser

humano. Muitos ainda devem ser os esforços para que as tecnologias de efeito mais

direto à vida estejam presentes no cotidiano e não se limitando aos laboratórios dos

centros de pesquisas.

Apesar de o Brasil possuir redes de pesquisa e até mesmo produzir algumas

dessas estruturas, o material de referência em língua portuguesa ainda é escasso e

de difícil acesso.

Page 24: Nanotecnologia - Nanoestruturas de Carbono

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Toda tecnologia pode apresentar riscos e, principalmente aquelas que não

são completamente compreendidas, podem causar não só ansiedade por suas

possibilidades, mas também certo temor do que podem trazer de malefícios. Por

serem substâncias novas e muitas vezes sintetizadas pelo ser humano, seus efeitos

ainda não foram observados.

5.2. PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS

Com vista em dar continuidade à pesquisa sobre a nanotecnologia, as

propostas de trabalhos futuros poderão ser desenvolvidas a partir dos seguintes

temas:

Mecânica Quântica: o que está por trás da nanotecnologia;

Nanomáquinas;

Nanotecnologia na tecnologia da informação;

Nanotecnologia e engenharia dos materiais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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