na reserva ecolÓgica do ibge, df - agência embrapa de ... de galeriaid... · fitossociologia e...

12

Click here to load reader

Upload: phamliem

Post on 09-Nov-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

Fitossociologia e estrutura diamétrica na mata... 147

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO,NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF

Manoel Cláudio da Silva Júnior 1

(recebido: 22 de julho de 2003; aceito: 10 de maio de 2005)

RESUMO : As matas de galeria na região do cerrado tem papel fundamental na manutenção do equilíbrio ambiental e social. Apesarde legalmente protegidas vêm sendo sistematicamente substituídas pela agricultura e pelo uso de madeiras e outros produtos regionais.Mil árvores (DAP 5 cm) foram inventariadas pelo método de quadrantes, em linhas de pontos de amostragem, alocadas desde asmargens do córrego até a borda com o cerrado, na mata de galeria do Pitoco, que pertence à Reserva Ecológica do IBGE-DF. No totalforam amostradas 99 espécies de 46 famílias. O índice de diversidade de Shannon & Wiener foi estimado em 3,86 nats.ind-1. As famíliasmais importantes foram: Leguminosae, Vochysiaceae, Rubiaceae, Anacardiaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae, Burseraceae, Moraceae,Annonaceae e Symplocaceae. Enquanto que as espécies mais importantes foram: Callisthene major, Tapirira guianensis, Protiumalmecega, Copaifera langsdorffii, Sclerolobium paniculatum var. rubiginosum, Pseudolmedia guaranítica, Faramea cyanea, Emmotumnitens, Lamanonia ternata e Maprounea guianensis, excluindo-se o grupo das mortas que ocuparam a quinta posição em importância.As estimativas da densidade e da área basal total foram de 1971 árvores.ha-1, e 38,2 m².ha-1 respectivamente. A distribuição diamétricamostrou a curva tendendo para o J invertido, indicando os baixos níveis de distúrbios ocorridos na mata. A comparação florísticaconduzida entre 21 matas de galeria no Distrito Federal mostrou a mata do Pitoco com 99 (26,2%) das 378 espécies listadas esimilaridade de Sørensen variando entre 0,29 e 0,80 com as matas incluídas.

Palavras-chave: Cerrado, árvores, hotspot da biodiversidade, conservação.

PHYTOSSOCIOLOGY AND DIAMETRIC ESTRUCTURE IN THE GALLERY FOREST OFPITOCO, IN THE ECOLOGICAL RESERVE OF IBGE, DF

ABSTRACT: The gallery forest, in the cerrado region, has a very important function on the environmental and social equilibrium.Despite been protected by law, gallery forests have been systematically replaced by agriculture and other regional uses. One thousandtrees (DAP 5cm) were sampled using point centered-quarter (PCQ) method. Sampling lines were established, from the head to themouth of the stream and from the stream margins to the forest-cerrado border, of the Pitoco gallery forest, in the IBGE EcologicalReserve, in Federal District, Brazil. Results showed 99 species of 46 families in the area. The most important families were:Leguminosae, Vochysiaceae, Rubiaceae, Anacardiaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae, Burseraceae, Moraceae, Annonaceae eSymplocaceae, while the most important species were: Callisthene major, Tapirira guianensis, Protium almecega, Copaifera langsdorffii,Sclerolobium paniculatum var. rubiginosum, Pseudolmedia guaranítica, Faramea cyanea, Emmotum nitens, Lamanonia ternata,Maprounea guianensis, excluding the group of dead trees which was ranked in the 5th position. Density and basal area were estimatedas 1971 trees.ha-1 and 38,8 m².ha-1 ,respectively. Diameter distribution showed a tendency to an inverted J curve revealing low levelsof disturbance in this gallery forest. A floristic comparison carried out with 21 gallery forests in the Federal District indicated Pitocogallery forest as a rich site including 99 (26,2%) of the total of 378 species recorded, a Shannon & Weaver diversity index estimatedas 3,86 nats.ind-1 and Sørensen similarities ranging from 0,29 to 0,80 with DF gallery forests.

Key words: Cerrado, trees, biodiversity hotspot, conservation.

1 Departamento de Engenharia Florestal, Universidade de Brasília Caixa Postal 04357 Brasília, DF 70919-970 [email protected]

1 INTRODUÇÃO

O estado atual da conservação da natureza nomundo é alarmante. Com a justificativa do aumentoda produção de alimentos ou do pagamento dasdívidas externas, os países do mundo tropicalsubstituem impiedosamente seu territórios florestados.A vegetação brasileira é ainda pouco conhecida emparte devido a extensão territorial do País. Estudosflorísticos e da estrutura da vegetação são básicos

para o conhecimento das floras regionais e nacional,seus potenciais diversos, bem como para o estudo dasrelações entre comunidades de plantas e fatoresambientais ao longo das variações da latitude, longitude,altitude, classes de solos, gradientes de fertilidade e deumidade dos solos. Esses conhecimentos são básicospara programas de recuperação de áreas degradadas,cada vez mais urgentes para as formações vegetaisbrasileiras (FELFILI et al., 2001a, b; SILVA JÚNIORet al., 2001).

Page 2: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

SILVA JÚNIOR, M. C. da et al.148

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

Estimativas efetuadas em 1998 indicam aperda de cerca de 60% da cobertura vegetal original(1953) ocupada por matas de galeria no DistritoFederal (DF) (UNESCO, 2000). Atualmente restamalguns testemunhos de situações menos degradadas,alguns destes, incluídos em unidades de conservação,que se tornaram ilhas de vegetação limitadas em seufluxo gênico e sujeitas aos efeitos de borda: comoplantas invasoras, aumento da freqüência de incêndios,dentre tantos outros (FELFILI, 2000; KELLMANet al., 1998; OLIVEIRA-FILHO et al., 1997). Naatualidade, as unidades de conservação são as áreasmais freqüentemente estudadas e, geram oconhecimento usado para a elaboração de estratégiaspara o seu manejo adequado. Trata-se aqui doexercício da legalidade, tal qual consta na Lei 7.511de 07/07/1986 (SILVA JÚNIOR, 2001), que inclui afunção das matas de galeria na efetiva proteção dosmananciais hídricos, dos solos, da flora e da faunaassociada.

A ocorrência das matas de galeria estáconfinada aos fundos dos vales que definem seuslimites, os quais ocorrem geralmente com o campolimpo e, menos freqüentemente, com outrascomunidades na região (FELFILI et al., 1994). Ascomunidades florestais respondem a gradientesambientais e se constituem assim laboratórios naturaisonde, as relações vegetação-ambiente podem seravaliadas (SILVA JÚNIOR, 1995, 1998, 2001).Segundo Felfili et al. (2001a), as matas de galeriacontribuem com 33% da riqueza fanerogâmica noBrasil Central, apesar de ocuparem área de cerca deapenas 5% do território.

No Distrito Federal estão incluídos tributáriosde três grandes bacias hidrográficas no Brasil, a baciados rios Araguaia-Tocantins, do rio São Francisco edo rio Paraná. Oliveira-Filho & Ratter (1995, 2000)concluíram que a florística das matas de galeria noDF se assemelha àquela das florestas da bacia do rioParaná. Recentemente, a comparação de 21levantamentos florísticos realizados em matas degalerias no DF mostrou que independentemente dagrande bacia hidrográfica a que pertençam, os níveisde fertilidade e umidade dos solos, regem os gruposem níveis de maior similaridade nessas matas. Dentrode sub-grupos, inundáveis ou não, a proximidadegeográfica foi fator importante para a similaridadeentre matas (SILVA JÚNIOR et al., 2001).

O presente estudo foi conduzido na mata doPitoco que pertence à Reserva Ecológica do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (RECOR) e tevepor objetivo os estudos florísticos, fitossociológicos eestrutural das matas de galeria no Brasil Central. Osresultados são importantes para comparaçõesflorísticas e estruturais, e para a elaboração de planosde recuperação e manejo desses ambientescomplexos.

2 MATERIAL E MÉTODOS

A Reserva Ecológica do IBGE (RECOR) (15°56' S e 47° 56' W) ocupa 1300 ha em altitudesvariáveis entre 1048 e 1160 m. A área esteveprotegida do fogo e outros grandes distúrbios porcerca de 20 anos (PEREIRA et al., 1989, 1993). ARECOR, em conjunto com o Jardim Botânico deBrasília (JBB) e a Fazenda Água Limpa (FAL-UnB),somam cerca de 10.000 ha da área core depreservação da APA dos ribeirões do Gama eCabeça-de-Veado e da Reserva da Biosfera doCerrado (UNESCO, 2000).

Segundo a classificação de Köppen, o climaé do tipo Aw. Os dados da estação meteorológicana RECOR no período de 1979 a 1985, indicamprecipitação média anual de 1436 mm,temperaturas máximas e mínimas de 26,3°C e15,8°C, respectivamente, e temperatura média de20,8°C (PEREIRA et al., 1989, 1993). Segundoos mesmos autores, nesse mesmo período, aumidade do ar no período das chuvas variou entre72 e 83% e na seca entre 58 e 67%, e a médiaanual foi de 73%. A evapotranspiração médiaanual foi de 1771 mm, o que invariavelmentecausa déficit hídrico.

Os Latossolos Vermelho e Vermelho-amarelocobrem cerca de 70% da superfície plana. Associadoscom as áreas dissecadas encontram-se Cambissolos,Gleissolos e Plintossolos (EMBRAPA, 1999).

Muitas das fisionomias típicas do Cerrado estãorepresentadas na RECOR. A vegetação associadaao interflúvio, cerrado sentido restrito, cerradão ecampos, soma 83,7% da reserva e a vegetaçãoassociada às áreas dissecadas com o campo limpoúmido e as matas de galeria cobrem a árearemanescente ou 16,3% do total (PEREIRA et al.,1989, 1993).

Page 3: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

Fitossociologia e estrutura diamétrica na mata... 149

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

O córrego do Pitoco nasce na RECOR econtribui para a micro-bacia dos córregos do Gamaque por sua vez deságua no Lago Paranoá, compondoa bacia do rio São Bartolomeu, integrante da baciado rio Paraná.

O estudo da comparação dos solos nas matasde galeria do Monjolo, Pitoco e Taquara, todas naRECOR (SILVA JÚNIOR, 1995), indicou que, emmédia, as 58 amostras do solo superficial (0-20 cm)amostradas na mata do Pitoco, mostraram os níveismais altos de Al, H + Al, K, Fe e silte, níveisintermediários de pH, Mg, Cu, CTC, saturação deAl, argila e areia fina; e os níveis mais baixos níveisde MO, Ca, P, Zn, Mn, V e areia grossa. Dentre astrês matas a do Pitoco foi considerada a mais secacom base na avaliação da inclinação do terreno local.O pH variou entre 4,3 e 5,7, com media de 4,8, emque a maioria das amostras (67,2%) foramclassificadas como muito ácidas (pH<5,0). Os altosníveis de matéria orgânica variaram entre 5,79 a23,41% (

= 11,23). O valor médio de Al foi 2,43cmol/kg e apenas 3,4% das amostras apresentaram

baixos níveis de alumínio trocável. A saturação deAl foi elevada para 98,3% das amostras entre asquais 96,5% delas foram classificadas como álicas.A acidez total foi alta para todas as amostras.Dentre estas, 89,6% apresentaram níveis muitobaixos de Ca+Mg (<3,0 cmol/kg) com a média de1,2 cmol/kg. O Ca representou, em geral, 43% dototal de Ca+Mg medido. Para o K, a variação foide 0,11 a 0,61 cmol/kg para os solo do Pitoco. Osníveis de P foram muito maiores que os valoresmédios anotados para os solos do cerrado, variandoentre 1,3 a 7,8 ( =3,25), conforme tabela que sesegue.

Árvores com DAP 5 cm foram amostradascom a aplicação de 250 pontos de amostragem pelométodo de quadrantes (COTTAM & CURTIS,1956), dispostos em linhas de amostragem alocadasem ambas as margens, ao longo de toda a extensãoda mata, desde as margens do córrego até a bordacom a vegetação do cerrado. A distância entre ospontos e as linhas de amostragem foi mantida em10 m.

Tabela 1

Médias para os parâmetros dos solos das matas de galeria do Pitoco (P), Monjolo (M) e Taquara (T) naReserva Ecológica do IBGE (RECOR), Distrito Federal.

Table 1

Average soil properties for the Pitoco (P), Monjolo (M) and Taquara (T) gallery forests in the IBGEEcological Reserve (RECOR), Distrito Federal, Brazil.

Matas de

pH OM Al H+Al Ca Mg Ca+mg K P Fé

Galeria (H2O)

(%) cmol/kg

cmol/kg

cmol/kg

cmol/kg cmol/kg cmol/kg ppm ppm

P 4,8 11,23

2,44 19,66 0,52 0,69 1,21 0,27 3,25 112,43

M 4,5 12,75

2,27 19,38 0,77 0,63 1,51 0,19 4,89 86,74

T 5,3 13,35

1,15 15,67 4,19 1,73 5,92 0,27 4,04 49,52

Matas de

Cu Zn Mn CTC TEB Al sat Clay Silt CS FS

Galeria ppm ppm ppm cmol/Kg

cmol/Kg % % % % %

P 0,86 2,79 21,33 21,14 5,37 320,71 54,69 19,29 7,74 18,28

M 0,87 2,98 23,01 20,98 1,60 336,11 59,31 16,15 8,31 16,24

T 0,74 5,58 47,99 24,27 107,50 154,54 50,76 16,81 14,31 19,00

Page 4: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

SILVA JÚNIOR, M. C. da et al.150

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

Na coleta de dados foram anotados os DAPs eas distâncias dos indivíduos, incluindo-se o raio dotronco (ASHBY, 1972), até os pontos de amostragem.Todos os pontos de amostragem e árvores amostradasforam identificados com placas numeradas. Ascoleções do material botânico foram depositadas nosherbários da Universidade de Brasília (UB), do IBGE(IBGE) e do Royal Botanic Garden em Edinburgo (E).

A curva do número de espécies em relação aonúmero de pontos de amostragem foi construída combase em Mueller-Dombois & Ellenberg (1974) paraavaliar se o tamanho da amostra foi suficiente paraavaliar a composição florística. O tamanho mínimoda amostra está relacionado com a heterogeneidadeda vegetação em cada localidade, e em teoria, acurva que representa uma amostra adequada formaum platô com o aumento do número de pontos deamostragem (KERSHAW, 1975).

Os índices de Shannon & Wienner (H ) e dePielou (eqüabilidade) (J ) estimaram a diversidade,de acordo com Pielou (1975). A distribuição do númerode indivíduos em classes de diâmetro foi utilizada paraavaliar o balanço atual entre mortalidade erecrutamento (LIOCOURT, 1898, citado porFELFILI, 1997; MEYER, 1952; MEYER et al., 1961).A avaliação dos parâmetros fitossociológicos foi feitade acordo com Mueller-Dombois & Ellenberg (1974):

- Densidade absoluta (n/ha) = número deindivíduos de uma espécie por hectare.

- Densidade relativa (%) = número deindivíduos de uma espécies (ni)/número total deindivíduos de todas as espécies (N)) x 100.

- Densidade total por hectare (DTA) = oquadrado da distância média (m2)/10,000 m2.

- Densidade por hectare (DA) = densidaderelativa (ni / N) x DTA.

- Dominância absoluta (área basal - cm2/ha) =área basal de uma espécie por hectare.

- Dominância relativa (%) = área basal totalde uma espécie (AB

i)/área basal de todas as espécies

(ABT) x 100. - Área basal total por hectare = dominância

relativa (ABi / ABT) x Densidade por hectare (DA) - Freqüência absoluta (FA) = porcentagem dos

pontos de amostragem em que uma espécie foi amostrada. - Freqüência relativa (%) = freqüência

absoluta de uma espécie/soma das freqüênciasabsolutas de todas as espécies x 100.

- Índice do Valor de Importância (IVI) =Densidade relativa + Dominância relativa +Freqüência relativa.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 A amostragem

A metade do número de pontos aplicados (125)foi suficiente para amostrar 84% das 99 espéciesencontradas (Figura 1). A inclusão de outros 125pontos, ou 500 indivíduos adicionais, resultou naadição de 16 (16%) espécies.

Para as matas de galeria, em geral, espera-sea estabilização tardia da curva devido a grandeheterogeneidade florística, em conseqüência dosgradientes ambientais impostos principalmente pelainclinação do terreno e suas conseqüências naumidade e fertilidade dos solos e também porquedurante o processo sucessional a riqueza em espéciespode aumentar e diminuir simultaneamente em partesdistintas e também (FELFILI, 1993, 1998; FELFILIet al., 1998; HARIDASAN et al., 1997; LEPS &STURSA, 1989; NÓBREGA, 1999; OLIVEIRA-FILHO et al., 1994; REZENDE et al., 1997; SILVAJÚNIOR, 1995, 1997, 1998; SILVA JÚNIOR et al.,1996, 1998; WALTER & RIBEIRO, 1997).

Conforme salientado por Leps & Stursa (1989)as comunidades em fases inicias de sucessão, compouca diferenciação de nichos, apresentam curvascom aumento contínuo do número de espécies.Entretanto, comunidades em fases tardias desucessão, com grande diferenciação de nichos,apresentariam curvas formando platôs. Este é o casoda comunidade de árvores amostrada na mata doPitoco, que vem sendo monitorada desde 1988, eapresenta baixos níveis de distúrbio e pequenasmudanças florísticas e estruturais neste período, oque sugere fase tardia no processo de sucessão.

3.2 A diversidade florística

Os 1.000 indivíduos amostrados foramdistribuídos em 99 espécies. O índice de eqüabilidadede Pielou foi de 84% e o índice de diversidade deShannon & Weiner foi de 3,86 nats. ind-1, valor esteintermediário dentre aqueles anotados para matas degaleria no Brasil Central que variam entre 2,51 a 4,25nats. ind-1 (SILVA JÚNIOR et al., 1998).

Page 5: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

Fitossociologia e estrutura diamétrica na mata... 151

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

Figura 1 Curva do número de pontos de amostragem (250) versus o número de espécies amostradas (99) para amata de galeria do Pitoco na Reserva Ecológica do IBGE, Brasília, DF.

Figure 1

Species (99) versus number of points (250) curve for Pitoco gallery forest in the IBGE EcologicalReserve, Brasília, Federal District, Brazil.

3.3 As famílias

No total foram amostradas 46 famílias, entreas quais se destacam as dez mais ricas em espécies(R), com as maiores densidades por hectare (D), comas maiores áreas basais por hectare (AB), com osmais altos valores de importância (IVI) e consideradascomuns a abundantes por ocorrerem em 18 a 21 matasde galeria comparadas no DF (DF): Leguminosae(R, D, AB, IVI, DF), Vochysiaceae (R, D, AB, IVI),Rubiaceae (R, D, IVI, DF), Anacardiaceae (D, AB,IVI, DF), Euphorbiaceae (R, D, AB, IVI, DF),Lauraceae (R, D, AB, IVI, DF), Burseraceae (D,IVI), Moraceae (R, D, IVI, DF), Annonaceae (R, D,IVI, DF), Symplocaceae (AB, IVI), Cunnoniaceae(AB) e Icacinaceae (AB).

No contexto da comparação entre 21 matasde galeria no DF (SILVA JÚNIOR et al., 2001) outrasfamílias consideradas comuns ou abundantes porterem ocorrido em 18 das 21 localidades foram:Apocynaceae, Combretaceae, Dichapetalaceae,Hippocrateaceae, Icacinaceae, Melastomataceae,Myristicaceae, Myrsinaceae, Myrtaceae,Sapindaceae e Sapotaceae.

Leguminosae atingiu a mais alta importânciana área, principalmente por incluir 11 espéciesalgumas delas alcançando as primeiras posições em

importância como Copaifera langsdorffii (4a).eSclerolobium paniculatum var. rubiginosum (6a).Esses resultados corroboram as observações deHeinsdijk (1965) e Richards (1996) que encontraramLeguminosae como família dominante em diferentestipos de florestas na América do Sul. Goodland (1979)também indicou Leguminosae como uma das maisimportantes famílias do estrato arbóreo na vegetaçãodo cerrado. Tem sido sugerido que a capacidade dealgumas de suas espécies em fixar nitrogênio deveser muito importante para o sucesso na colonizaçãode áreas com solos pobres como é o caso daquelesno Brasil Central (LOPES, 1980). Estes resultadosconcordam com aqueles de muitos autores, emdiversas localidades no mundo, que indicam queespécies com habilidade em fixar nitrogênioestabelecem populações com alta densidade emhabitats pobres em nitrogênio como expressão de suacapacidade de competição (TILMAN, 1986).

Outras famílias que se destacaram com ummaior número de espécies foram Rubiaceae eLauraceae com seis espécies cada, Moraceae (5), eAnnonaceae, Euphorbiaceae e Vochysiaceae comquatro espécies cada.

Anacardiaceae, entretanto, alcança grandeimportância nessas comunidade principalmente devidoa contribuição de uma única espécies Tapirira

Núm

ero

de e

spéc

ies

Número de pontos de amostragem

Page 6: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

SILVA JÚNIOR, M. C. da et al.152

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

guianensis, a única também a ser amostrada nas 21matas de galeria no DF. Oliveira-Filho & Ratter (1995,2000) indicaram esta espécie como uma das maiscomumente encontradas nas matas de galeria noBrasil Central.

Outras famílias que se destacaram com ummenor número de espécies foram Burseraceae,Cunnoniaceae, Icacinaceae com uma espécie cadae Symplocaceae com duas espécies, embora comamplo predomínio de Symplocos mosenii (12a) sobreS. nitens (48a).

3.4 As espécies

Foram amostradas 99 espécies pertencentesa 88 gêneros (Tabela 2). A distância média entreárvores foi de 2,28 m que resultou na densidade totalde 1971 árvores.ha-1 e na área basal total de 38,8m².ha-1. As dez espécies mais importantes, excluindo-se o grupo das mortas que ocupou a 5ª posição, foram:Callisthene major, Tapirira guianensis, Protiumalmecega, Copaifera langsdorffii, Sclerolobiumpaniculatum var. rubiginosum, Pseudolmedialaevigta, Faramea cyanea, Emmotum nitens,Lamanonia ternata e Maprounea guianensis(Tabela 1).

Silva Júnior et al. (2001) listaram 378 espéciesarbóreas encontradas nas 21 matas de galeria noDF. As 99 espécies na mata do Pitoco contribuemcom 26,2% desse total o que evidencia suaimportância no contexto florístico das matas degaleria no DF. A similaridade florística de Sørensen,entre a mata do Pitoco e as outras 20 matas no DFvariou de 0,29 em relação a mata Cemave noParque Nacional de Brasília a 0,80 com a mata doTaquara, também na RECOR. Sete das 20comparações resultaram em índices menores que50%.

Estes resultados salientam a importânciaestratégica da proteção da mata do Pitoco na RECORuma vez que esta área contém mais de 25% dasespécies de matas de galeria encontradas no DF esua composição florística difere em mais de 50%daquela de outras sete matas no DF.

3.5 A distribuição dos diâmetros

Foram estimados 1971 ind.ha-1, distribuídos emdezesseis classes de diâmetro (Figura 2). Na primeiraclasse de DAP (5-9,9 cm) ocorreram 50,6% dasárvores amostradas e 92% apresentaram DAP menorque 30 cm. A maior árvore registrada foi um indivíduomorto, seguido por Copaifera langsdorffii, com 68,4cm de DAP. Somente três espécies: Copaiferalangsdorffii, Lamanonia ternata e Richeriaobovata, foram amostradas com diâmetros maioresque 50 cm. As árvores amostradas em matas degaleria no Brasil Central raramente excedem os 100cm de diâmetro (FELFILI, 1997; SILVA JÚNIOR,1995). Nas matas do Monjolo e Taquara, também naRECOR, as maiores árvores vivas encontradas foramindivíduos de Lamanonia ternata e Copaiferalangsdorffii, respectivamente com DAPs de 88,9 e84,3 cm (SILVA JÚNIOR, 1995, 1999).

O níveis baixos de recrutamento entre classesforam apontados pelo quociente de Liocourt médio,calculado em 0,55. O recrutamento nas menoresclasses foi abaixo da média calculada (Figura 2)indicando alta mortalidade natural.

A estrutura diamétrica revelou que acomunidade arbórea é composta principalmente porárvores pequenas. Felfili (1997) encontrou na Matado Gama (FAL-UnB), vizinha à RECOR, 90% dasárvores com DAPs menores de 45 cm e o diâmetromáximo foi de cerca de 100 cm.

O padrão da curva em J invertido, com 52,1%das árvores na primeira classe de diâmetro (5-9,9cm) indica o balanço positivo entre recrutamento emortalidade e caracteriza a mata como auto-regenerante. As variações no quociente q (Figura2) indicam taxas de recrutamento e mortalidadevariáveis e a tendência para a distribuição balanceada,conforme sugerido por Harper (1990) e Meyer et al.(1961), para florestas naturais. A avaliação atualpossibilita comparações com os dados de remediçõesfuturas, para a melhor compreensão do equilíbriodinâmico na mata do Pitoco e sua relação com fatoresambientais.

Page 7: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

Fitossociologia e estrutura diamétrica na mata... 153

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

Tabe

la 2

– P

arâm

etro

s fito

ssoc

ioló

gico

s par

a as á

rvor

es am

ostra

das n

a mat

a de g

aler

ia d

o Pi

toco

na R

eser

va E

coló

gica

do

IBG

E, B

rasíl

ia, D

F. (o

nde:

N=n

úmer

o de

árvo

res,

DA

=den

sidad

e abs

olut

a, D

R=d

ensid

ade r

elat

iva,

AB

A=á

rea b

asal

abso

luta

, AB

R=á

rea b

asal

rela

tiva,

FR

=fre

qüên

cia r

elat

iva,

IVI=

indi

ce d

o va

lor d

e im

portâ

ncia

).

Tabl

e 2

– Tr

ees

phyt

osoc

iolo

gica

l par

amet

ers

reco

rded

at P

itoco

gal

lery

fore

st in

the

Rese

rva

Ecol

ógic

a do

IBG

E, B

rasí

lia, D

istr

ito F

eder

al,

Braz

il. (w

here

: N=

num

ber o

f tre

es, D

A=ab

solu

te d

ensi

ty, D

R=re

lativ

e den

sity

, ABA

=ab

solu

te b

asal

áre

a, A

BR=

rela

tive b

asal

are

a, F

R=re

lativ

efre

quen

cy, I

VI=

impo

rtan

ce v

alue

inde

x).

Con

tinua

...To

be

cont

inue

d...

Esp

écie

sFa

míli

asN

DA

DR

AB

AA

BR

FRIV

In/

ha%

cm2 /h

a%

%1

Cal

listh

ene

maj

or M

art.

Voc

hysi

acea

e62

122,

26,

2035

458

9,13

5,25

20,5

82

Tapi

rira

gui

anen

sis

Aub

let

Ana

card

iace

ae64

126,

16,

4021

417

5,52

5,59

17,5

03

Prot

ium

alm

eceg

a M

arch

and

Bur

sera

ceae

5410

6,4

5,40

1924

64,

965,

1415

,50

4C

opai

fera

lang

sdor

ffii

Des

f.Le

g.-C

aesa

lpin

ioid

eae

2855

,22,

8037

125

9,56

2,79

15,1

65

Mor

tas

*42

82,8

4,20

2552

16,

574,

3615

,13

6Sc

lero

lobi

um p

anic

ulat

um v

ar. r

ubig

inos

um (M

art.

ex T

ul.)

Ben

th.

Leg.

-Cae

salp

inio

idea

e36

71,0

3,60

2528

46,

513,

6913

,80

7Ps

eudo

lmed

ia g

uara

nitic

aM

orac

eae

5110

0,5

5,10

1005

82,

594,

6912

,38

8Fa

ram

ea c

yane

a M

uell.

Arg

.R

ubia

ceae

4690

,74,

6065

011,

674,

9211

,19

9Em

mot

um n

itens

Mie

rsIc

acin

acea

e23

45,3

2,30

1870

74,

822,

359,

4710

Lam

anon

ia te

rnat

a V

ell.

Cun

onia

ceae

1631

,51,

6021

466

5,53

1,68

8,81

11M

apro

unea

gui

anen

sis

Aub

let

Euph

orbi

acea

e24

47,3

2,40

1315

63,

392,

468,

2512

Sym

ploc

os m

osen

ii B

rand

Sym

ploc

acea

e20

39,4

2,00

1560

34,

021,

907,

9213

Jaca

rand

a pu

beru

la C

ham

.B

igno

niac

eae

2447

,32,

4077

612,

002,

236,

6314

Tapu

ra a

maz

onic

a Po

epp.

& E

ndl.

Dic

hape

tala

ceae

2549

,32,

5042

761,

102,

576,

1715

Byrs

onim

a la

xiflo

ra G

riseb

.M

alpi

ghia

ceae

2039

,42,

0045

811,

181,

905,

0816

Lica

nia

apet

ala

(E.M

ey.)F

ritsc

hC

hrys

obal

anac

eae

1427

,61,

4079

762,

051,

344,

8017

Oco

tea

acip

hylla

Mez

Laur

acea

e16

31,5

1,60

4508

1,16

1,79

4,55

18Xy

lopi

a em

argi

nata

Mar

t.A

nnon

acea

e17

33,5

1,70

4355

1,12

1,68

4,50

19Vi

rola

sebi

fera

Aub

let

Myr

istic

acea

e18

35,5

1,80

3026

0,78

1,79

4,37

20Sc

heffl

era

mor

otot

oni

(Aub

let)

D. F

rodi

nA

ralia

ceae

1631

,51,

6041

401,

071,

684,

3421

Oco

tea

spix

iana

Mez

La

urac

eae

1223

,71,

2060

431,

561,

344,

1022

Pera

gla

brat

a P

oepp

. ex

Bai

ll.Eu

phor

biac

eae

1631

,51,

6031

860,

821,

343,

7623

Myr

cia

rost

rata

DC

.M

yrta

ceae

1529

,61,

5021

810,

561,

563,

6324

Rich

eria

obo

vata

Pax

& K

. Hof

fm.

Euph

orbi

acea

e6

11,8

0,60

8644

2,23

0,67

3,50

25M

atay

ba g

uian

ensi

s A

uble

tSa

pind

acea

e14

27,6

1,40

2233

0,58

1,34

3,32

26C

rypt

ocar

ya a

sche

rson

iana

Mez

Laur

acea

e13

25,6

1,30

1756

0,45

1,34

3,09

27Xy

lopi

a se

rice

a A

. St

. Hil.

Ann

onac

eae

1223

,71,

2025

740,

661,

233,

0928

Plat

ypod

ium

ele

gans

Vog

.Le

g.-C

aesa

lpin

ioid

eae

1223

,71,

2028

300,

731,

123,

0529

E. p

ubes

cens

Sch

ott.

& E

ndl.

Bom

baca

ceae

1121

,71,

1030

950,

801,

123,

0130

Gue

ttard

a vi

burn

ioid

es C

ham

. & S

chle

cht.

Rub

iace

ae12

23,7

1,20

1887

0,49

1,23

2,92

31Ba

uhin

ia ru

fa S

teud

.Le

g.-C

aesa

lpin

ioid

eae

1121

,71,

1021

000,

541,

232,

8732

Inga

alb

a W

illd.

Leg.

-Mim

osoi

deae

1121

,71,

1019

430,

501,

232,

8333

Che

ilocl

iniu

m c

ogna

tum

(Mie

rs) A

. C. S

mith

H

ippo

crat

eace

ae11

21,7

1,10

2285

0,59

1,12

2,81

Page 8: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

SILVA JÚNIOR, M. C. da et al.154

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

Tabela 2 – Continuação...

Table 2 – Continued...

Continua...

To be continued...

EspéciesFam

íliasN

DA

DR

ABA

ABR

FRIV

In/ha

%cm

2/ha%

%34

Siphoneugena densiflora BergM

yrtaceae10

19,71,00

20260,52

1,122,64

35M

ollinedia oligantha Perkins.M

onimiaceae

917,7

0,903005

0,770,89

2,5736

Cupania vernalis Camb.

Sapindaceae10

19,71,00

14940,38

1,122,50

37O

cotea corymbosa

Mez

Lauraceae9

17,70,90

26470,68

0,892,48

38G

uatteria sellowiana Schlecht.A

nnonaceae9

17,70,90

19670,51

1,012,41

39Pouteria ram

iflora Radlk.Sapotaceae

713,8

0,703322

0,860,78

2,3440

Gom

idesia lindeniana O. Berg.

Myrtaceae

917,7

0,901130

0,290,89

2,0841

Diospyros hispida A

. DC.

Ebenaceae9

17,70,90

13960,36

0,782,04

42Term

inalia glabrescens Mart.

Combretaceae

713,8

0,702523

0,650,67

2,0243

Sacoglottis guianensis Benth.H

umiriaceae

611,8

0,603097

0,800,56

1,9644

Micropholis rigida Pierre

Sapotaceae6

11,80,60

25960,67

0,671,94

45Alibertia m

acrophylla Schum.

Rubiaceae8

15,80,80

8260,21

0,891,91

46H

irtella glandulosa Spreng.Chrysobalanaceae

59,9

0,503212

0,830,56

1,8947

Vochysia tucanorum M

art.V

ochysiaceae7

13,80,70

10910,28

0,781,76

48Sym

plocos nitens (Pohl) Benth.Sym

plocaceae3

5,90,30

37950,98

0,341,61

49Lacistem

a hasslerianum Chod.

Lacistemataceae

611,8

0,60656

0,170,56

1,3350

Piptocarpha macropoda Baker.

Compositae

59,9

0,50821

0,210,56

1,2751

Cecropia lyratiloba Miq.

Moraceae

59,9

0,50542

0,140,56

1,2052

Guapira graciliflora (M

art. ex Schmidt) Lundell

Nyctaginaceae

59,9

0,50503

0,130,56

1,1953

Siparuna guianensis Aublet

Monim

iaceae5

9,90,50

2990,08

0,561,14

54Am

aioua guianensis Aublet

Rubiaceae4

7,90,40

11080,29

0,451,13

55Virola urbaniana

Warb.

Myristicaceae

12,0

0,103434

0,880,11

1,1056

Qualea dichotom

a (M

art.) Warm

.V

ochysiaceae3

5,90,30

17810,46

0,341,09

57Cordia sellowiana Cham

.Boraginaceae

47,9

0,40702

0,180,45

1,0358

Ouratea castaneaefolia Engler

Ochnaceae

47,9

0,40482

0,120,45

0,9759

Ocotea pom

aderroides (Meissner) M

ezLauraceae

35,9

0,301275

0,330,34

0,9660

Hieronym

a ferruginea Tul.Euphorbiaceae

47,9

0,40813

0,210,34

0,9461

Cybianthus gardnerii (A. D

C.) Agostini

Myrsinaceae

47,9

0,40279

0,070,45

0,9262

Qualea m

ultiflora Mart.

Vochysiaceae

23,9

0,201655

0,430,22

0,8563

Hym

enaea courbaril var. stilbocarpa (H

ayne) Y.T. Lee &

Langenh.Leg.-Caesalpinioideae

35,9

0,30825

0,210,34

0,8564

Aniba heringerii Vattim

oLauraceae

23,9

0,201458

0,380,22

0,8065

Styrax guianensis A.D

C.Styracaceae

35,9

0,30329

0,080,34

0,7266

Salacia elliptica G. D

on.H

ippocrateaceae3

5,90,30

2860,07

0,340,71

67M

iconia sellowiana Naud

Melastom

ataceae3

5,90,30

1700,04

0,340,68

68Kielm

eyera coriacea M

art.G

uttiferae3

5,90,30

3470,09

0,220,61

69D

albergia foliolosa Benth.Leg.-Faboideae

23,9

0,20394

0,100,22

0,5270

Laplacea fruticosa (Schrad.) Kobuski

Theaceae2

3,90,20

2390,06

0,220,49

71M

yrsine umbellata

Mart.

Myrsinaceae

23,9

0,20229

0,060,22

0,48

Page 9: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

Fitossociologia e estrutura diamétrica na mata... 155

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

Tabe

la 2

– C

ontin

uaçã

o...

Tabl

e 2

– C

ontin

ued.

..E

spéc

ies

Fam

ílias

ND

AD

RA

BA

AB

RFR

IVI

n/ha

%cm

2 /ha

%%

72C

asea

ria

sylv

estr

is S

w.

Flac

ourti

acea

e2

3,9

0,20

197

0,05

0,22

0,47

73Eu

plas

sa in

aequ

alis

(Poh

l) En

gler

Prot

eace

ae2

3,9

0,20

155

0,04

0,22

0,46

74Fe

rdin

andu

sa sp

ecio

sa P

ohl

Rub

iace

ae2

3,9

0,20

154

0,04

0,22

0,46

75C

ardi

opet

alum

cal

ophy

llum

Sch

lech

t.A

nnon

acea

e2

3,9

0,20

123

0,03

0,22

0,46

76M

icon

ia p

eper

icar

pa D

C.

Mel

asto

mat

acea

e2

3,9

0,20

112

0,03

0,22

0,45

77M

yrsi

ne c

oria

cea

R. B

r.M

yrsi

nace

ae2

3,9

0,20

940,

020,

220,

4578

Aspi

dosp

erm

a sp

ruce

anum

Ben

th. e

x M

uell.

Arg

.A

pocy

nace

ae2

3,9

0,20

790,

020,

220,

4479

Vite

x po

lyga

ma

Cha

m.

Ver

bena

ceae

12,

00,

1053

50,

140,

110,

3580

Lafo

ensi

a pa

cari

St.

Hil.

Lyth

race

ae1

2,0

0,10

513

0,13

0,11

0,34

81Si

mar

ouba

am

ara

Aub

l.Si

mar

ouba

ceae

12,

00,

1047

40,

120,

110,

3382

Eryt

hrox

ylum

sp.

Eryt

hrox

ylac

eae

12,

00,

1034

80,

090,

110,

3083

Psid

ium

long

ipet

iola

tum

Leg

rand

Myr

tace

ae1

2,0

0,10

299

0,08

0,11

0,29

84Ti

bouc

hina

can

dolle

ana

(DC

.) C

ogn.

Mel

asto

mat

acea

e1

2,0

0,10

250

0,06

0,11

0,28

85Eu

geni

a ur

ugua

iens

is C

amb.

Myr

tace

ae1

2,0

0,10

181

0,05

0,11

0,26

86M

icon

ia c

uspi

data

Nau

din

Mel

asto

mat

acea

e1

2,0

0,10

125

0,03

0,11

0,24

87So

roce

a gu

illem

inia

na G

aud.

Mor

acea

e1

2,0

0,10

120

0,03

0,11

0,24

88M

ouri

ri g

lazi

ovia

na C

ogn.

Mel

asto

mat

acea

e1

2,0

0,10

112

0,03

0,11

0,24

89M

acha

eriu

m a

cule

atum

Rad

diLe

g.-F

aboi

deae

12,

00,

1094

0,02

0,11

0,24

90M

icon

ia c

hart

acea

Tria

naM

elas

tom

atac

eae

12,

00,

1087

0,02

0,11

0,23

91Fi

cus c

itrifo

lia P

. Mill

er

Mor

acea

e1

2,0

0,10

690,

020,

110,

2392

Cal

ophy

llum

bra

silie

nse

Cam

bess

.G

uttif

erae

12,

00,

1059

0,02

0,11

0,23

93M

. tom

ento

sa (A

uble

t) D

C.

Myr

tace

ae1

2,0

0,10

580,

010,

110,

2394

Ilex

inte

grifo

lia M

art.

Aqu

ifolia

ceae

12,

00,

1056

0,01

0,11

0,23

95C

ouss

area

hyd

rang

eifo

lia B

enth

. & H

ook.

Rub

iace

ae1

2,0

0,10

490,

010,

110,

2296

Gua

rea

guid

onia

(L.)

Sleu

mer

Mel

iace

ae1

2,0

0,10

490,

010,

110,

2297

Cec

ropi

a pa

chys

tach

ya T

réc.

Mor

acea

e1

2,0

0,10

420,

010,

110,

2298

Andi

ra v

erm

ifuga

Mar

t. ex

Ben

th.

Leg.

-Fab

oide

ae1

2,0

0,10

400,

010,

110,

2299

Dim

orph

andr

a m

ollis

Ben

th.

Leg.

-Mim

osoi

deae

12,

00,

1040

0,01

0,11

0,22

100

Orm

osia

stip

ular

is D

ucke

Leg.

-Fab

oide

ae1

2,0

0,10

390,

010,

110,

22T

otai

s99

esp

écie

s46

fam

ílias

1000

1970

,710

0%38

8 22

710

0%10

0%30

0%

Page 10: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

SILVA JÚNIOR, M. C. da et al.156

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

Figura 2

Distribuição dos diâmetros e quocientes q de Liocourt para 1000 árvores amostradas na mata de galeria doPitoco na Reserva Ecológica do IBGE, Brasília, DF.

Figure 2

Diameter distribution and Liocourt s q quotient for 1000 trees sampled at Pitoco gallery forest, in theIBGE Ecological Reserve, Brasília, Federal District, Brazil.

4 CONCLUSÕES

Este trabalho destaca a Mata de galeria doPitoco como possuidora de uma expressiva riquezaflorística, 99 espécies arbóreas (DAP=5 cm),pertencentes a 46 famílias. Ressalta também suaelevada diversidade florística, com o índice deShannon & Weiner anotado em 3,86 nats. ind-1 e oíndice de eqüabilidade de Pielou de 84%.

A distribuição dos 1971 ind.ha-1 em dezesseisclasses de diâmetros revelou uma mata compostaprincipalmente por árvores pequenas, 92% delasapresentaram DAP menor que 30 cm, com umbalanço positivo entre recrutamento e mortalidade oque a caracteriza como auto-regenerante.

Estes resultados evidenciam a sua relevânciano cenário da conservação dessas comunidades noBrasil Central.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASHBY, W. C. Distance measurements in vegetation study.Ecology, Durham, v. 53, p. 980-981, 1972.

COTTAM, G.; CURTIS, J. T. The use of distancemeasurements in phytosociological sampling. Ecology,Durham, v. 37, p. 451-460, 1956.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISAAGROPECUÁRIA. Sistema brasileiro de classificação desolos. Brasília; Rio de Janeiro, 1999. 412 p.

FELFILI, J. M. Structure and dynamics of a gallery forestin Central Brazil. Oxford: University of Oxford, 1993.

FELFILI, J. M. Diameter and height distributions of a galleryforest community and some of its main species in centralBrazil over a six-year period (1985-1991). Revista Brasileirade Botânica, São Paulo, v. 20, p. 155-162, 1997.

FELFILI, J. M. Determinação de padrões de distribuição deespécies em uma mata de galeria no Brasil Central com autilização de técnica de análise multivariada. Boletim do HerbárioEzechias Paulo Heringer, São Paulo, v. 2, p. 35-48, 1998.

FELFILI, J. M. Crescimento, recrutamento e mortalidadenas matas de galeria no Planalto Central. In: CAVALCANTI,T. B.; WALTER, B. M. T. Tópicos atuais em botânica.Brasília: EMBRAPA, 2000. p. 152-158.

FELFILI, J. M.; FILGUEIRAS, T. S.; HARIDASAN, M.;SILVA JÚNIOR, M. C.; MENDONÇA, R.; REZENDE, A.V. Projeto biogeografia do bioma cerrado: vegetação esolos. Cadernos de Geociências do IBGE, Rio de Janeiro,v. 12, p. 75-166, 1994.

Núm

ber d

e in

diví

duos

/ha

Centro das classes de diâmetro (cm)

q1=0,38q2=0,57q3=0,58q4=0,70q5=0,52q6=0,44q7=0,72q8=0,87q9=0,42q10=0,33média=0,55

Page 11: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

Fitossociologia e estrutura diamétrica na mata... 157

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

FELFILI, J. M.; MENDONÇA, R.; WALTER, B. M. T.; SILVAJÚNIOR, M. C.; NÓBREGA, M. G. G.; FAGG, C. W.;SEVILHA, A. C.; SILVA, M. A. Flora fanerogâmica das matasde galeria e ciliares do Brasil Central. In: RIBEIRO, J. F.;FONSECA, C. E. L.; SOUZA-SILVA, J. C. Cerrado:caracterização e recuperação de matas de galeria. Planaltina,DF: [s.n.], 2001a. v. 1, p. 195-209.

FELFILI, J. M.; SILVA JÚNIOR, M. C.; FILGUEIRAS, T. S.;NOGUEIRA, P. E. Comparison of cerrado (sensu stricto)vegetation in central Brazil. Ciência e Cultura, Viçosa, v.50, n. 4, p. 237-243, 1998.

FELFILI, J. M.; SILVA JÚNIOR, M. C.; RESENDE, A. V.;HARIDASAN, M.; FILGUEIRAS, T. S.; MENDONÇA, R.;WALTER, B. M. T.; NOGUEIRA, P. E. O projeto biogeografiado bioma cerrado: hipóteses e padronização dametodologia. In: GARAY, I.; DIAS, B. Conservação dabiodiversidade em ecossistemas tropicais. Petrópolis: [s.n.],2001b. p. 157-173.

GOODLAND, R. J. Análise ecológica da vegetação docerrado. In: FERRI, M. G. (Ed.).

Ecologia do cerrado. Belo Horizonte: Itatiaia, 1979. p. 61-160.

HARIDASAN, M.; SILVA JÚNIOR, M. C.; FELFILI, J. M.;REZENDE, A. V.; SILVA, P. E. N. Gradient analysis of soilproperties and phytosociological parameters of somegallery forests of the Chapada dos Veadeiros . In:ENCINAS, J. I.; KLEINN, C. Proceedings of theinternational symposium on assessment and monitoringof forests in tropical dry regions with special referenceto gallery forests. Brasília: EDUNB, 1997. p. 259-276.

HARPER, J. L. Population biology of plants. London:Academic, 1990. 892 p.

HEINSDIJK, D. A. Distribuição dos diâmetros nas florestasbrasileiras. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura, 1965.(Boletim 11, Setor de inventários florestais).

KELLMAN, M.; TACKABERRY, R.; RIGG, L. Structure andfunction in two tropical gallery forest communities:implications for forest conservation in fragmented systems.Journal Applied Ecology, Oxford, v. 35, p. 195-206, 1998.

KERSHAW, K. A. Quantitative and dynamic plant ecology.London: Edward Arnold, 1975.183 p.

LEPS, J.; STURSA, J. Species-area curve, life historystrategies, and succession: a field test of relationships.Vegetatio, [S.l.], v. 83, p. 249-257, 1989.

LOPES, A. S. Solos sob o cerrado: característicaspropriedades e manejo. Piracicaba: Instituto da Potassa eFosfato, 1980. 162 p.

MEYER, H. A. Structure, growth and drain in balanceduneven-aged forest. Journal of Forestry, [S.l.], v. 50, p. 85-92, 1952.

MEYER, H. A.; RECKNAGEL, A. B.; STEVENSON, D. D.;BARTTO, R. A. Forest management. 2. ed. New York:Ronald, 1961.282 p.

MUELLER-DOMBOIS, D.; ELLENBERG, H. Aims andmethods of vegetation ecology. New York: J. Willey & Sons,1974.

NÓBREGA, M. G. G. Fitossociologia e comunidades na matade galeria Cabeça-de-Veado, no Jardim Botânico deBrasília, Brasília, DF. 1999. 67 f. Dissertação (Mestradoem Ciências Florestais) - Universidade de Brasília, Brasília,DF, 1999.

OLIVEIRA-FILHO, A. T.; RATTER, J. A. A study of theorigin of Central Brazilian forests by the analysis of plantspecies distribution patterns. Edinburgh Journal of Botany,Edinburgh, v. 52, p. 141-194, 1995.

OLIVEIRA-FILHO, A. T.; RATTER, J. A. Padrões florísticosdas matas ciliares da região dos cerrados e a evolução daspaisagens do Brasil Central durante o quaternário tardio.In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. de F. (Orgs.).Matas ciliares: bases multidisciplinares para estudo,conservação e restauração. São Paulo: [s.n.], 2000. p. 73-89.

OLIVEIRA-FILHO, A. T.; VILELA, E. A.; GAVILANES, M.L.; CARVALHO, D. A. Effect of flooding regime andunderstorey bamboos in the physiognomy and tree speciescomposition of a tropical semideciduous forest inSoutheastern Brazil. Vegetatio, [S.l.], v. 113, p. 99-124, 1994.

Page 12: NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE, DF - Agência Embrapa de ... de GaleriaID... · FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DIAMÉTRICA NA MATA DE GALERIA DO PITOCO, NA RESERVA ECOLÓGICA DO IBGE,

SILVA JÚNIOR, M. C. da et al.158

Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 147-158, abr./jun. 2005

OLIVEIRA-FILHO, A. T.; VILELA, E. A.; GAVILANES, M.L.; CARVALHO, D. A. Effects of past disturbance andedges on tree community structure and dynamic within afragment of tropical semideciduous forest in south-easternBrazil over a five-year period (1987-1992). Plant Ecology,[S.l.], v. 131, p. 45-66, 1997.

PEREIRA, B. A. S.; FURTADO, P. P.; MENDONÇA, R. C.;ROCHA, G. I. Reserva ecológica do IBGE (Brasília, DF):aspectos históricos e fisiográficos. Boletim da FBCN, Riode Janeiro, v. 24, p. 30-43, 1989.

PEREIRA, B. A. S.; SILVA, M. A.; MENDONÇA, R. C.Reserva ecológica do IBGE (Brasília, DF): lista das plantasvasculares. Brasília: IBGE, 1993.

PIELOU, E. C. Ecological diversity. New York: J. Wiley &Sons, 1975.

REZENDE, A. V.; FELFILI, J. M.; SILVA, P. E. N.; SILVAJÚNIOR, M. C.; SILVA, M. A. Comparison of galleryforests on well-drained soils in Veadeiros Plateaux,Goiás, Brazil. In: ENCINAS, J. I.; KLEINN, C.Proceedings of the international symposium onassessment and monitoring of forests in tropical dryregions with special reference to gallery forests.Brasília: EDUNB, 1997. p. 365-378.

RICHARDS, P. W. The tropical rain forest. Cambridge:Cambridge University, 1996.

SILVA JÚNIOR, M. C. Tree communities of the galleryforest of the IBGE Ecological Reserve, Federal District,Brazil. 1995. 257 f. Thesis (Doctor in Ecology Forestry) -University of Edinburgh, Edinburgh, 1995.

SILVA JÚNIOR, M. C. Relationships between the treecommunities of the Pitoco, Monjolo and Taquara galleryforests and environmental factors. In: ENCINAS, J. I.;KLEINN, C. Proceedings of the international symposiumon assessment and monitoring of forests in tropical dryregions with special reference to gallery forests. Brasília:EDUNB, 1997. p. 287-298.

SILVA JÚNIOR, M. C. Comunidades de árvores e sua relaçãocom os solos na Mata do Pitoco, Reserva Ecológica do IBGE,Brasília-DF. Revista Árvore, Viçosa, v. 22, p. 29-40, 1998.

SILVA JÚNIOR, M. C. Composição florística,fitossociologia e estrutura diamétrica na mata de galeriado Monjolo, Reserva Ecológica do IBGE, DF. Boletim doHerbário Ezechias Paulo Heringer, Brasília, DF, v. 4, p.30-45, 1999.

SILVA JÚNIOR, M. C. Comparação entre matas de galeriano Distrito Federal e a efetividade do código florestal naproteção de sua diversidade arbórea. Acta BotânicaBrasílica, Brasília, v. 15, n. 1, p. 111-118, 2001.

SILVA JÚNIOR, M. C.; FELFILI, J. M.; SILVA, P. E.N.; REZENDE, A. V. Análise florística de matas degaleria no Distrito Federal. In: RIBEIRO, J. F. Cerrado:matas de galeria. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998.p. 52-84.

SILVA JÚNIOR, M. C.; FELFILI, J. M.; WALTER, B. M.T.; NOGUEIRA, P. E.; RESENDE, A. V.; MORAES, R.O.; NÓBREGA, M. G. G. Análise da flora arbórea deMatas de Galeria no Distrito Federal: 21 levantamentos.In: RIBEIRO, J. F.; FONSECA, C. E. L.; SOUSA-SILVA,J. C. Cerrado: caracterização e recuperação de Matasde Galeria. Planaltina: EMBRAPA Cerrados, 2001. p.142-191.

SILVA JÚNIOR, M. C.; FURLEY, P. A.; RATTER, J. A.Variations in tree communities and soils with slope in GalleryForest, Federal District, Brazil. In: ANDERSON, M. G.;BROOKS, S. M. Advances in hill slope processes. Bristol:J. Wiley & Sons, 1996. p. 451-469.

TILMAN, D. Resources, competition and dynamic of plantcommunities. In: CRAWLEY, M. J. (Ed.). Plant ecology.Oxford: Blackwell. 1986. p. 51-76.

UNESCO. Vegetação no Distrito Federal: tempo e espaço.Brasília, 2000. 74 p.

WALTER, B. M. T.; RIBEIRO, J. F. Spatial floristicpattern in gallery forest in the cerrado region, Brazil.In: ENCINA, J. I.; KLEINN, C. Proceedings of theinternational symposium on assessment andmonitoring of forests in tropical dry regions withspecial reference to gallery forests. Brasília: EDUNB,1997. p. 339-349.