na pós-modernidade bauman questiona

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Na Pós-Modernidade, Bauman Questiona (Modernidade Líquida) 1. Somos livres? Há uma diferença entre o que se quer fazer e o que se pode, entre expectativa e ação, pois há limitações dentro daquilo que queremos realizar. A liberdade não é plena. A sociedade limita o potencial de ação do homem que vive em sociedade. 2. Criamos laços comunitários? 3. Somos indivíduos? O Estado já não toma mais a responsabilidade sobre a vida do indivíduo e abriu mão de decidir pelas pessoas o destino de suas vidas, como funcionava antigamente. A sociedade transferiu as decisões para o indivíduo. O homem individualizado toma as decisões sobre sua nacionalidade, sobre sua sexualidade, sobre sua religião, sobre seu gênero, sobre sua carreira, etc. A escolha está nas mãos do indivíduo. Esse potencial de troca é algo relativamente recente na história humana. Já não são mais questões constituintes da personalidade do homem. Com a liberdade de atuação nesses quesitos, perdemos as garantias de seguranças que já eram estabelecidas com o nascimento. Hoje em dia a segurança já não é certa, pois nada mais lhe define. Entramos em um processo d tentativa de construção de identidade, correndo o risco de não alcançarmos nunca esse patamar de segurança.

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Na Pós-Modernidade Bauman Questiona

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Page 1: Na Pós-Modernidade Bauman Questiona

Na Pós-Modernidade, Bauman Questiona(Modernidade Líquida)

1. Somos livres?Há uma diferença entre o que se quer fazer e o que se pode, entre expectativa e ação, pois há limitações dentro daquilo que queremos realizar. A liberdade não é plena. A sociedade limita o potencial de ação do homem que vive em sociedade.

2. Criamos laços comunitários?

3. Somos indivíduos?O Estado já não toma mais a responsabilidade sobre a vida do indivíduo e abriu mão de decidir pelas pessoas o destino de suas vidas, como funcionava antigamente. A sociedade transferiu as decisões para o indivíduo. O homem individualizado toma as decisões sobre sua nacionalidade, sobre sua sexualidade, sobre sua religião, sobre seu gênero, sobre sua carreira, etc. A escolha está nas mãos do indivíduo. Esse potencial de troca é algo relativamente recente na história humana. Já não são mais questões constituintes da personalidade do homem. Com a liberdade de atuação nesses quesitos, perdemos as garantias de seguranças que já eram estabelecidas com o nascimento. Hoje em dia a segurança já não é certa, pois nada mais lhe define. Entramos em um processo d tentativa de construção de identidade, correndo o risco de não alcançarmos nunca esse patamar de segurança.

4. Temos escolha de não sermos indivíduos?A única real expectativa que a sociedade tem sobre nós é a de tentarmos fazer com que sejamos algo da nossa vida.

5. Somos críticos?Bauman fala que existem indivíduos críticos, de pensamento crítico, intelectuais que contestam a sociedade, mas na prática, na hora de fazer com que a sociedade seja transformada. O problema não é produzir pessoas críticas, mas sim sua capacidade de transformar essa sociedade. O próprio Bauman é incapaz de mudar a sociedade em que vive, porém sua incapacidade é a de mobilizar massas. O nosso inimigo atual é o crescente individualismo na formação de

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pessoas críticas e um Estado malandro na hora de sofrer diante das críticas. O poder, hoje em dia, é controlado não apenas por aqueles que se mantém nos órgãos públicos, mas também e principalmente por aqueles que comandam o capital grosso no país, grupos de interesse que comandam o Estado. Somos uma sociedade que está formando indivíduos e não cidadãos. Cada vez menos somos capazes de cuidar das nossas reivindicações e aplicá-las nos interesses do coletivo.

6. Somos felizes?A busca da felicidade é constante, porém não somos continuamente felizes. A sociedade se isenta da responsabilidade de te entregar aquilo que ela promete como o que seria a felicidade. A busca pela felicidade depende completamente do indivíduo e a sociedade apenas nos bombardeia com estereótipos do que seria o ideal de felicidade. Se não conseguimos, se estamos longe disso, não somos felizes. No entanto, essas metas são irrealistas e a culpa acaba caindo em cima de nós.

7. Como lidamos com os nossos problemas?Achamos bodes expiatórios para jogarmos a culpa. Culpamos a mulher que faz magia negra, culpamos o menor incapaz que é amarrado no poste, tomamos rivotril, prozac, para conseguirmos lidar com as frustrações que a sociedade nos causa.

8. Quem é responsável por nós?Nós somos responsáveis por nós mesmos. Apesar da liberdade ser limitada, ainda assim, nos dias de hoje, há uma maior autonomia do indivíduo diante das escolhas de sua vida.