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Informativo da 16ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil - Niterói - RJ www.oab-niteroi.org NITERÓI n tícias Novembro de 2019 • Ano XIII • Nº 152 Especialistas reunidos pela Comissão de Assuntos Tributários analisaram propostas de emendas constitucionais que criam um imposto único e impostos seletivos. Página 5 Editoral: Tributos e Justiça Social / Página 2 Reforma Tributária e Constituição O advogado, professor de Direito Constitucional e defensor público aposentado Humberto Peña de Moraes foi homenageado pela OAB Niterói, através da Comissão de Advocacia Pública, presidida por Edson Pinto Júnior, por “seus relevantes serviços prestados à sociedade”. Na foto, Claudio Vianna, Roberto Vitagliano e Fernando Guedes com Humberto Peña. Página 7 Homenagem a Humberto Peña Luiz Carlos Hauly, ex-deputado autor de projeto de reforma tributária em 1998, diz que “o Brasil é um manicômio tributário e jurídico” A OAB Niterói lançou a “Cartilha Digital da Comissão OAB Vai à Escola”, em parceria com a Fundação Municipal de Educação, destinada a alunos do ensino fundamental das redes de ensino pública e privada do município. O objetivo é propiciar a discussão de temas como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bullying, mediação escolar, aprendizagem, ética, direitos civis, sociais e políticos. Página 7 Cartilha Digital da OAB Niterói leva o Direito à Educação A crescente indústria da moda abre oportunidade no mercado de trabalho para profissionais do Direito. Seguindo a tendência, a Comissão Fashion Law - Estudos em Direito da Moda, presidida por Dilma Resende (foto) promoveu sua primeira maratona jurídica. Página 4 Tendência da moda para advogados Claudio Fernandes Claudio Fernandes Claudio Fernandes

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Informativo da 16ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil - Niterói - RJ www.oab-niteroi.org

N I T E R Ó I

n tíciasNovembro de 2019 • Ano XII I • Nº 152

Especialistas reunidos pela Comissão de Assuntos Tributários analisaram propostas de emendas constitucionais que criam um imposto único e impostos seletivos. Página 5

Editoral: Tributos e Justiça Social / Página 2

Reforma Tributária e Constituição

O advogado, professor de Direito Constitucional e defensor público aposentado Humberto Peña de Moraes foi homenageado pela OAB Niterói, através da Comissão de Advocacia Pública, presidida por Edson Pinto Júnior, por “seus relevantes serviços prestados à sociedade”. Na foto, Claudio Vianna, Roberto Vitagliano e Fernando Guedes com Humberto Peña. Página 7

Homenagem a Humberto Peña

Luiz Carlos Hauly, ex-deputado autor de projeto de reforma tributária em 1998, diz que “o Brasil é um manicômio tributário e jurídico”

A OAB Niterói lançou a “Cartilha Digital da Comissão OAB Vai à Escola”, em parceria com a Fundação Municipal de Educação, destinada a alunos do ensino fundamental das redes de ensino pública e privada do município. O

objetivo é propiciar a discussão de temas como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bullying, mediação escolar, aprendizagem, ética, direitos civis, sociais e políticos. Página 7

Cartilha Digital da OAB Niterói leva o Direito à Educação

A crescente indústria da moda abre oportunidade no mercado de trabalho para profissionais do Direito. Seguindo a tendência, a Comissão Fashion Law - Estudos em Direito da Moda, presidida por Dilma Resende (foto) promoveu sua primeira maratona jurídica. Página 4

Tendência da moda para advogados

Claudio FernandesClaudio Fernandes

Claudio Fernandes

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N I T E R Ó I

2 EDITORIAL NOVEMBRO/2019 • WWW.OAB-NITEROI.ORG n tícias

Avenida Amaral Peixoto 507 - 10º andar Centro - Niterói - RJ - CEP 24.020-072 Telefone (21) 3716-8900 www.oab-niteroi.org http://twitter.com/oabnit

DIRETORIA 2019-2021 Presidente: Claudio Roberto Vianna; Vice-Presidente: Elio Ferreira de Souza; Secretária Geral: Eni Cezar de Campos Lima; Secretária Adjunta: Helga Lise Azevedo Mansur; Diretor-Tesoureiro: Ralph de Andrade Junior; Diretor Geral da ESA: José Carlos Oliveira dos Santos; Prerrogativas: Fernando Kopschitz Praxedes; Procurador-geral: Guilherme Braga Filho; Corregedor-geral: Fabio Ferreira Lucas; Diretor de Cultura e Eventos: Marcelo Antonio de Paulo Rei; Diretor Executivo: Hélio Consídera CONSELHEIROS: Adaucto D'Alencar Fernandes Neto; Agildo de Oliveira; Alcenir de Azevedo Junior; Alcione Gonçalves Marques; Alexandre Magno Sica Alexandre Magnus Barros da Silva; Alynne Marie de Faria da Silva; Ana Carolina Peixoto Conceição; Anderson Yuji Ito; Andréa Pires Jardim; Antônio Carlos Alcoforado da Luz; Antonio José da Costa Nazareth; Artur Poiava Martins; Benedicto de Vasconcellos Luna; Gonçalves Patrão; Carla Lorraine Nogueira; Pereira da Conceição; Claudia Sofia Ferreira da Silva Martins; Edder dos Santos Gonçalves Sobrinho; Edson Pinto Junior; Eduardo Guimaraes Martins Pereira; Eliane Regina de Araújo Martins Romêo; Fabio Ferreira Lucas Fabio Geraldo Veloso; Fabio Gomes Pereira Marchisiello; Fernanda de Tolla Souza Ramos; Fernando José Façanha Gaspar; Fernando Kopschitz Praxedes; Francisco Halisson Silva Brasil; Getúlio Arruda Figueiredo; Guilherme Braga Filho; Helio Consídera; Hugo Viana Barbosa; Iana Ferreira; Jocelin Marry Viana Nery da Silva; Jocimar Custodio Gomes; Joel Lima; Joimar Pereira Silva; José Antonio de Miranda Lucchi; José Carlos Alvarez; José Garcia Menezes Neto; José Ricardo de Oliveira Lessa; Karin Ferreira Dias Rangel; Laila Guimarães; Ferreira Falconi; Lidmar Sanchez Rabello; Manoel de Freitas Martins; Marcella Magalhaes Silveira; Marcelo Funes Netto; Marcelo Simão de Sá; Márcia Bernardino Anzolin Lichote; Marcia Neves Santiago; Marcio Carlos Cury; Márcio Ferreira Teixeira; Marco Antonio Condeixa da Costa; Marcos Vinicius Torres dos Santos; Marta Margarete Alves Muniz; Nanete Salazar da Mata; Nelson Ricardo Daher Prado; Nilson Henrique Magalhães Santos; Orlando Martins de Barros Filho; Paulino Pinheiro Baptista Neto; Pedro Ivo de Lima Breves; Pedro Paulo Nogueira Bravo; Roberto Gallart de Menezes; Rodney Gomes de Melo; Rodrigo Albuquerque Vidal; Rodrigo Pinheiro da Silva; Ronaldo Vinhosa Nunes; Rosa Maria Gomes Rodrigues; Sandro Rosas Freitas Caldas; Selma Corrêa Barbosa; Sibyan Da Silva Barros; Tereza Cristina Teixeira Vilas Boas; Ulysses Monteiro Ferreira; Vargas Vila Cruvello D’Avila; Veronica de Oliveira Lopes de Magalhães Costa; Vitor dos Santos Moreira OAB NOTÍCIAS: Editor: Gilberto Fontes (DRT-RJ 19057); Publicação: Nota Bene Editora e Comunicação ([email protected]); Diagramação: Stefano Figalo; Tiragem: 15 mil exemplares Impressão: Folha Dirigida. Distribuição: direcionada a advogados, estagiários, magistrados, professores e estudantes de Direito.

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Tributos e justiça socialA desigualdade social para ser vencida precisa urgentemente que o

sistema tributário nacional seja revisto, mas sem olvidar o direito eco-nômico e o direito constitucional.

O atual peso dos impostos não faz a arrecadação do país ser suficiente para que os entes federativos usem esses recursos na prestação de serviços básicos de saúde e de educação para a população, ou realizem investimentos. Como mudar isso?

Em importante debate sobre a Reforma Tributária, no qual a OAB Niterói reuniu advogados, professores, políticos, contadores, secretários e procuradores da Fazenda, destacou-se que 27% das grandes empresas nacionais não estão em dia com seus tributos, o mesmo ocorrendo com 49% das médias empresas, e com 65% daquelas de pequeno porte.

O fato, além de gerar cerca de R$ 345 bilhões de sonegação fiscal ao ano, acaba fazendo o Judiciário gastar 3% do PIB com 80 milhões de processos tributários tramitando na Justiça, segundo pesquisa feita em 2018 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O Congresso Nacional precisa se debruçar com muita atenção

sobre a Reforma Tributária. Deverá tirar o peso dos tributos dos ombros do empresariado, mas ao mesmo tempo permitir que o país cresça com maior e melhor distribuição de renda para a população

A fim de que o Brasil trafegue com segurança pelos trilhos demo-cráticos é esperado que o desenvolvimento nacional seja igual para todos, com justa distribuição de renda e correção de desigualdades sociais. É o que preconiza a Constituição de 1988, em seu artigo 3º. Nem mais, nem menos.

CLAUDIO VIANNA

Presidente da OAB Niterói

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3NOVEMBRO/2019 • WWW.OAB-NITEROI.ORGN I T E R Ó I

n tícias CAMPANHA DE PREVENÇÃO

A OAB Niterói abraçou a cam-panha “Outubro Rosa com Alerta Feminino”, dedicada à conscien-tização e prevenção do câncer de mama. A Comissão OAB Mu-lher, presidida por Helga Mansur, promoveu palestras de médicos especialistas e depoimentos de ex-pacientes.

Segundo dados do Instituto Na-cional do Câncer (Inca), referentes a 2018, cerca de 59.700 novos casos surgiram no Brasil, devendo levar a morte 14.206 mulheres. Com 499.028 habitantes, no últi-mo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Niterói conta com 267.878 mu-lheres, o maior percentual do Es-tado do Rio de Janeiro entre os 92 municípios: 53,68%.

A médica mastologista Tereza Cypreste, fundadora e diretora-

técnica da Associação dos Amigos da Mama de Niterói (ADAMA), e membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), lembrou

ser fundamental o autoexame e o diag-nóstico precoce pa -ra o sucesso do tra-tamento.

  – A mamografia deve ser feita a partir dos 40 anos, já o pre-ventivo ginecológico e a ultrassonografia transvaginal ou pél-vica devem ser feitos sem limite de idade, até quando a mulher conseguir ir ao mé-dico – explicou.

A mastologista ressaltou que, além do câncer de mama,

o de colo do útero apresenta cerca de 16 mil novos casos a cada ano, provocando mais de cin co mil mortes. 

Segundo a especialista o câncer de mama também afeta os homens numa escala de um para cada cem mulheres. Eles também devem fa-zer exames periódicos no masto-logista e mamografia. A cada ano quase 200 homens morrem no País por conta desse tipo de câncer.

Ana Tereza Basílio, vice-presi-dente da OAB-RJ, contou como superou o câncer de mama, que sofreu há seis anos:

– Fiz seções de quimioterapia durante seis meses porque já tinha metástase regional. O nó-dulo diminuiu para dois centí-metros e o retirei em cirurgia, sem a necessidade de fazer uma plástica reparadora. Acho funda-mental que a gente possa com-partilhar estas experiências para mostrar que há, sim, solução. Há, sim, tratamento. Não é o fim do

mundo. Eu sou uma prova de que o câncer não é o fim do mundo, nem o fim da vida. Hoje, consigo levar uma vida mais saudável do que antes da doença, nunca parei de trabalhar durante o tratamento – comemora.

Paulo Gonçalves, fisioterapeuta oncológico coordenador da cam-panha Outubro Rosa em Niterói, disse que o movimento começou a surgir em 1990 quando aconte-ceu a primeira Corrida da Cura, realizada em Nova York, e desde em então, é promovida anual-mente na cidade. No Brasil, as campanhas acontecem desde 2002, e a partir de 2011 incluem o câncer de colo do útero.

O pastor Carlos Henrique Fer-reira Gomes, da Igreja Presbite-riana Betel de Niterói, enfocou a superação da doença pela fé, afir-mando estar cientificamente pro-vado o valor da importância da fé em todo processo terapêutico. Lembrou que já existe na UFF a disciplina optativa sobre medicina e espiritualidade.

Claudio Fernandes

Mastologista Tereza Cypestre recomenda a mamografia a partir dos 40 anos

OAB Niterói abraça Outubro Rosa em defesa da mulher

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A importância da indústria da moda mundial, que movimenta cerca de 1,2 trilhão de dólares, ganhou foco atrativo para a advocacia com o surgimento do Direito da Moda. “É um Direito que não é novo, mas um conceito criado em 2006 por Susan Scafidi, advogada norte-ame-ricana, executiva e comentarista de moda em TVs, rádios e nos princi-pais jornais e revistas dos Estados Unidos”, disse Dilma Resende, pre-sidente da Comissão Fashion Law – Estudo em Direito da Moda, ao abrir a palestra sobre Indústria e Mediação no Direito da Moda.

— Foi a primeira professora a oferecer um curso formal de Direito da Moda em uma faculdade, fun-dando o Fahion Law Institute. O Brasil adotou a prática em 2010. Um advogado especialista em Di-reito Civil, que é contratado por uma grande marca ou não, precisa ter um conhecimento mínimo da indústria da moda, que envolve o Direito Trabalhista e o do Consu-midor, o e-commerce, o compi-lance, a compra e devolução de

produtos pela internet, e a questão da propriedade intelectual. A me-diação no Direito pode ser aplicada na indústria da moda para solução das demandas surgidas — afirmou Dilma Resende.

Patrícia Jardim Carvalho, ad-vogada e delegada da Comissão Fashion Law, especialista em em-preendedorismo, também destacou a importância de profissionais do Direito estarem presentes na in-

dústria da moda: — O Direito da Moda trata de

questões jurídicas sérias neste setor e não na badalação de grifes e looks news. As pessoas precisam rever quando se fala em Direito da Moda. Muitos advogados já começam a se especializar neste ramo do Direito. O Brasil tem o quarto maior parque industrial de produção em todos os segmentos de moda, que gera tam-bém um impacto ambiental na sus-

tentabilidade do consumo. É o se-gundo setor que mais emprega no mundo inteiro e em nosso País, ocupa 75% de mão de obra femi-nina. Mais de US$ 53 bilhões foram movimentados em 2018 em todo mundo, algo realmente muito rele-vante. O Direito da Moda é muito mais que uma vestimenta. Esse mercado já passa de US$ 1,2 trilhão, uma movimentação muito forte sig-nificativa no PIB da economia mun-dial e o Brasil não fica de fora disso — disse Patrícia Carvalho.

A advogada Alcilene Mesquita destacou que a mediação pode ser utilizada na indústria da moda como já acontece em outros atividades:

— O advogado pode atuar na área consultiva e preventiva, com espaço e rentabilidade muito boa. É um novo nicho para os profis-sionais do Direito atuarem na re-solução de conflitos mediando de-mandas entre marcas, franquias, fornecedores, colaboradores, con-sumidores. O meio mais utilizado para resolver esses conflitos é mé-todo extrajudicial feito pela me-

diação, negociação e até mesmo conciliação inicialmente. São mé-todos alternativos de solução de conflitos, uma forma onde um ter-ceiro vai harmonizar as partes. O mediador vai restabelecer o diálogo e tentar unir as partes em conflitos amigavelmente. Se não conseguir resolver pela mediação outra opção é a arbitragem, mas vai ocorrer uma sentença judicial, onde um ganha e outro perde, não há acordo — ressaltou Alcilene Mesquita.

Indústria da moda abre nova tendência para profissionais do Direito

Com palestra do juiz titular da 4ª Vara da Justiça Federal em Ni-terói Willian Douglas, dia 19 de novembro, às 18h, no Plenário José Danir Siqueira do Nasci-mento, a Comissão de Igualdade Racial, presidida pelo advogado Ricardo de Oliveira Rodrigues, vai lembrar o Dia da Consciência Negra no Brasil.

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro no Brasil, foi instituído por líderes gaúchos que questionaram a legi-timidade da data da Abolição da Escravatura para comemorar a li-berdade dos negros, lembrando a morte de Zumbi dos Palmares, re-vela Ricardo Rodrigues.

— Nós não temos muito a co-memorar mesmo com a libertação porque não somos inseridos na sociedade brasileira através das

políticas públicas. Quando trou-xeram os europeus ao Brasil após a abolição, houve um sistema de cotas para os brancos com a doa-ção de terras, coincidindo com a tese do embranquecimento da po-pulação brasileira. Foi proposital o aquecimento da imigração por europeus, suíços para Nova Fri-burgo, e italianos para o interior de São Paulo, não qualificados, que se juntaram aos negros e aos nordestinos que fugiam da seca do Nordeste para o Rio de Janeiro, nessa grande miscigenação — disse Rodrigues.

Segundo o presidente da Comis-são, muito se questiona sobre as cotas raciais nos concursos públicos. “Se trata de uma tentativa de repa-ração a um trabalho prestado no Brasil colônia, e no império, que não foi recompensado. A reparação

nunca ocorrerá, impossível que se retorne ao status quo do negro antes da diáspora africana”, afirma.

— A escravidão negra foi cal-cada numa tentativa de inferiori-zação a sua intelectualidade, ao

trabalho, sempre estereotipando negativamente. Não há do que se falar em inferioridade, de supre-macia branca, para contagiar as pessoas negras de que as cotas são necessárias — enfatiza.

N I T E R Ó I

4 DIREITO DA MODA

IGUALDADE RACIAL

NOVEMBRO/2019 • WWW.OAB-NITEROI.ORG n tícias

Alcilene Mesquita, Dilma Resende e Patrícia Jardim Carvalho no debate sobre mediação no Direito da Moda

Advogadas, estilistas, confeccionistas e especialistas em marketing, professores, entre outros profissionais da moda, participaram da 1ª Maratona promovida pela Comissão de “Fashion Law” – Estudos em Direito da Moda, presidida por Dilma Resende. As delegadas da Comissão, Patrícia Jardim Carvalho e Diana Bezerra falaram sobre a legalização de empresas de moda, e a responsabilidade em contratos de consumo. Lara Rocha destacou os efeitos do uso do Big Data na indústria da moda, e Dayana Molina, estilista e representante da Fashion Revolution Brasil, disse como atua o movimento no país. Aline Bittencourt, professora da Universidade Anhanguera Niterói, destacou empreendedorismo, gestão e negócios, e Thais Muniz, graduada em Moda, relatou a importância das mídias sociais para o empreendedor. Encerrando o encontro, Alexandre Nunes, coordenador do curso de Moda da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), falou sobre o crescente interesse pelos cursos de Moda e suas demandas.

Maratona jurídica de ‘Fashion Law’

OAB lembra o Dia da Consciência Negra

Claudio Fernandes

Ricardo Rodrigues diz que não há o que comemorar, ‘pois o negro não está inserido na sociedade’

Claudio Fernandes

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Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostram que R$ 345 bilhões dei-xam de entrar no Erário por conta da sonegação fiscal ao ano, afe-tando a arrecadação da Fazenda Pública e impedindo os entes fe-derativos de usarem esse dinheiro em prol da população. Cerca de 27% das grandes empresas nacio-nais e multinacionais não estão em dia com seus tributos, 49% das médias empresas e 65% das de pequenos portes.

Para debater a questão, a Co-missão de Assuntos Especiais Tri-butários, promoveu seminário com o foco na Reforma Tributária, com a participação de advogados tribu-taristas, professores, políticos, se-cretários e procuradores da Fazenda e contadores, que analisaram , as propostas apresentadas pelas PECs 45 e 110 que criam um imposto único IBS e IVA, acrescidos de impostos seletivos, em substituição ao ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins.

Luiz Carlos Hauly, economista, ex-deputado federal e autor do projeto original da reforma tribu-tária quando era parlamentar em 1998, base da PEC 210 em trami-tação no Congresso Nacional disse que hoje o Direito Tributário se encontra com a economia.

— O Brasil é um manicômio tributário e jurídico, um frankens-tein funcional que anda e se mo-vimenta nas empresas, mata os empregos e salários, e poder de compra de milhões de pessoas. Tudo começou há 52 anos com a Emenda Constitucional do governo militar quando a discussão no mun-do era pela criação de um imposto único, e o Brasil já tinha, antes disso, o IR e consignações. A única novidade nesses 30 anos foi a cria-ção da CPMF, uma coisa tupiniquim que acabou não prosperando. O nosso sistema tributário é anárquico e caótico. O PIB de 2019 está com o mesmo tamanho de 2012. Somos a 9ª economia mundial e o pior sistema tributário do planeta atrás da Venezuela. Em 1988 a União estados e municípios tinham 32% do IR e 32% do IPI, eram os dois fundos de participação. Nós con-

seguimos dos constituintes aumentar para 47% do IR e do IPI também. Hoje, com a reforma tributária, queremos dar 50% aos estados e aos municípios. No ano passado, o IPVA arrecadou R$ 44,5 bilhões, só nessas aplicações vamos dar metade R$ 22,2 bilhões aos entes municipais — diz Hauly.

Para Gilson Pacheco Bomfim, procurador da Fazenda Nacional, “as PECs 45 e 110 são propostas que na verdade não importarão numa efetiva reforma tributária, mas sim numa tributação de bens e serviços. A PEC 110 avança um pouco mais, a PEC 45 fica centrada numa mera mudança na tributação de bens e serviços”.

Luiz Claudio Rodrigues, secre-tário de Fazenda do Estado do Rio

de Janeiro, ao falar sobre os reflexos da reforma, disse que o principal entrave para o nosso crescimento econômico é a nossa carga tributária muito alta, que chega a 36% do PIB, mas por outro lado a despesa pública é de 43%. Em sua opinião, o “IVA não é bom instrumento de arrecadação, temos que achar uma outra ferramenta”.

Giovanna Victer, presidente do Fórum Nacional de Secretários Municipais de Fazenda e Finan-ças (FNP) e secretária de Fa-zenda de Niterói, ressaltou a di-ficuldade dos entes municipais de manter a qualidade dos servi-ços públicos com o que arrecadam com o IPTU e ISS. “Agora como ente municipal a gente tem que manter a preocupação com a saú-

de, a educação, a segurança pú-blica, que tradicionalmente eram responsabilidade dos estados”, acrescentou Giovanna Victer

Nilson Nogueira, subsecretário municipal de Fazenda de Niterói, ressaltou que o Brasil tributa mais o consumo do que a renda, colo-cando um peso maior aos mais po-bres que têm menos renda do que os ricos. Advertiu que “unificar todos os impostos não é simples as-sim como a reforma pretende”.

Marcio Tributarista, presidente da Comissão de Assuntos Especiais Tributários, destacou “a existência de 80 milhões de processos tribu-tários tramitando na Justiça, se-gundo pesquisa de 2018 do CNJ”. Ocorre “um gasto excessivo com a execução fiscal, que dura entre

10 e 15 anos em média, e 3% do PIB é consumido pelo Judiciário, enquanto na Argentina é 0,13%”, ponderou o advogado.

Bianca Xavier, mestre e doutora em Direito Tributário pela FGV, disse que “o salvador da pátria será a reforma do Imposto de Ren-da, que tem mais propostas que tratam efetivamente de uma mo-dificação na tributação. Fazer a reforma de uma vez só é compli-cado, é difícil, tem todo um con-texto econômico, contratos firma-dos serão impactados”, adverte.

Elizabeth Guimarães, advoga-da e gerente do setor jurídico do Sindicato de Lojistas do Rio de Janeiro (Sindlojas), tratou do obstáculo econômico das empre-sas com a alta carga tributária no Brasil. Lembrou que no pas-sado o empresário tinha como fim o crescimento do País. “Hoje, ele não está mais preparado para abrir seu negócio, e só cuida da gestão tributária para pagar im-postos; é obrigado a conhecer 27 leis estaduais, 5.570 leis mu-nicipais, além de centenas de fe-derais, e também com as obri-gações acessórias da folha de pagamento de funcionários. Ele tem dificuldades com as súmulas trabalhistas do Judiciário, além da informalidade dos camelôs, a concorrência de produtos pi-ratas que não pagam impostos em frente a sua vitrine, e ainda a preocupação com insegurança pública — lamenta.

O seminário teve como convi-dado Bruno Lessa, advogado e vereador do PSDB em Niterói, presidente da Comissão Perma-nente de Desenvolvimento Eco-nômico e vice-presidente da Co-missão de Orçamento e Finanças da Câmara Municipal de Niterói, que criticou a grande concentração de recursos com a União.

Também convidado, Gilcimar Gomes da Conceição, contador e membro da Comissão de As-suntos Especiais Tributários da OAB Niterói, que defendeu a criação de uma regra única que dê segurança jurídica e tributária ao empresário e contribuinte.

Especialistas dizem o que esperam da Reforma Tributária

5IMPOSTOS X JUSTIÇA SOCIALNOVEMBRO/2019 • WWW.OAB-NITEROI.ORGN I T E R Ó I

n tícias

Bianca Xavier: Imposto de Renda será o salvador

Marcio Tributarista: ações consomem 3% do PIB

Luiz Carlos Hauly: país é um frankenstein funcional

Gilson Bomfim: PECs propõem mudar pouco

Elizabeth Guimarães: gestão tributária atrapalha

Luiz Claudio Rodrigues: carga tributária muito alta

Nilson Nogueira: unificar impostos não é simples

Gilcimar Gomes: falta segurança tributária

Bruno Lessa: concentração de recursos com a União

Giovanna Victer: município faz papel do Estado

Fotos: Claudio Fernandes

Entes municipais têm dificuldade de manter qualidade de serviços com o que arrecadam. Giovanna Victer, secretária de Fazenda

O nosso sistema tributário é anáquico e caótico. O PIB de 2019 está igual ao de 2012. Luiz Carlos Hauly, economista

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N I T E R Ó I

6 NOVA COMISSÃO NOVEMBRO/2019 • WWW.OAB-NITEROI.ORG n tícias

A OAB Niterói é novamente pioneira dentre as Subseções do País ao criar a Comissão de Di-reito da Criança, Adolescente e Adoção (CDCAA). Ela é presidida por Felipe Fernandes, e tem como os delegados Ana Carla Vargas Lopes Ferraz Del Picchia, Chris-tiane Soares de Souza Barbosa, Daniele Cosendey Collier de Oli-veira Pereira, Júlia Silva Fernan-des de Lima, Ludmila Coelho

Miranda Marcel Maciel da Veiga Macedo e Maria José Paz Dantas Fernandes de Lima.

A posse da comissão foi durante evento sobre a “Visibilidade das crianças acolhidas”, que contou com o apoio do Quintal de Ana, do IBDFAM Núcleo Niterói, e da Associação do Movimento de Ado-ção do Rio de Janeiro.

– A função dessa nova Comis-são é servir como tradutora da

complexidade do tema e de sua importância para a sociedade, que precisa entender como fun-ciona o mecanismo da adoção – disse Claudio Vianna, presidente da OAB Niterói.

Felipe Fernandes destacou a sensibilidade da atual diretoria da entidade de inserir a palavra Ado-ção na nova Comissão. “Trata-se de um tema importantíssimo para a sociedade”, acrescentou.

Sávio Bittencourt, Silvana do Monte Moreira, Claudio Vianna, Bárbara Toledo e Felipe Fernandes

Sávio Bittencourt, procurador do Ministério Público estadual, abrindo a palestra sobre Adoção, anunciou que o MP está criando um projeto-piloto, chamado “Quero uma Família”, onde pessoas já habilitadas à adoção possam ver as crianças com mais transparências”.

— Acho que falta estrutura nas varas da Infância e Juventude. Nós temos que ter um outro olhar para as crianças institucionalizadas, precisamos permitir um encontro de amor. Encontrar modos sem ofender e humilhar, sem expor a criança como mercadoria, sem correr risco de falsas promessas e esperanças, ter a visibilidade sem números ou iniciais dos nomes — disse o procurador.

Silvana do Monte Moreira, presidente da Comissão de Direito da Criança e Adolescente da OAB-RJ, achou importante ter a adoção junto à Comissão da OAB Niterói, anunciando um projeto da Seccional para o Rio de Janeiro que também promove maior visibilidade das crianças levando os interessados na adoção a interagir com elas.

Bárbara Toledo, fundadora do Quintal de Ana, grupo de apoio à adoção, defendeu que toda criança tem direito a ter uma família. Disse que o acolhimento institucional forma barreiras impedindo a vi-sibilidade das crianças, em nome da segurança delas. Defendeu ser preciso dar dignidade e humanidade que elas merecem.

MP PROPÕE VISIBILIDADE E MAIS AMOR

Direitos da criança e do adolescente somados à cultura da adoção

Foto: Claudio Fernandes

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Planejamento estratégico, networ-king e coaching são ferramentas importantes para o profissional da advocacia administrar o seu cotidiano, tanto para os recém-formados ou para quem já está no mercado de trabalho. O tema foi apresentado em palestras pela Comissão OAB Jovem, presidida por Fernanda Lopes.

José Miguel Rodrigues, mestre em Ciências Contábeis pela Uerj, abordou “Planejamento estraté-gico: regimes tributários possíveis na advocacia Simples Nacional, lucro presumido e lucro real”.

Marcio Tributarista, presidente da Comissão Especial de Assuntos Tributários da OAB Niterói, res-

saltou a importância de o advo-gado saber utilizar as novas ferra-mentas de trabalho criadas pela tecnologia digital.

Fabiane Andrade, PhD em Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra, falou sobre “Coaching na Advocacia uma ferramenta para o sucesso”, para os jovens advoga-dos que acabam se formar e pas-saram no Exame de Ordem, e para aqueles que já estão no mer-cado e constroem uma carreira ao longo do tempo. “O coaching nada mais é que um processo de ressignificação, permite que se estabeleça uma meta como abrir um escritório de advocacia ou fazer um concurso público, colo-car essas metas e objetivos em

prática, fazer uma escolha, saindo de estado de inércia. A mão do su-cesso tem cincos dedos: caráter, vocação, talento, esforço e disci-plina. A carreira da advocacia é muito brilhante quando se gosta do que faz – disse Fabiane Andrade.

A OAB Niterói lançou a “Cartilha Digital da Comissão OAB Vai à Escola”, em parceria com a Fun-dação Municipal de Educação, des-tinada a alunos do ensino funda-mental das redes de ensino pública e privada do município. O objetivo é propiciar a discussão de temas como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bullying, me-diação escolar, aprendizagem, ética, direitos civis, sociais e políticos.

O engenheiro Alessandro Marlos Gonçalves, da EAD Global, de-senvolveu a cartilha digital sob a forma de um aplicativo para as plataformas IOS e Android de smartphones. O lançamento foi feito durante homenagem aos “Pro-motores da Educação e Cidadania”, no Dia do Professor, evento reali-zado em parceria com a Câmara Municipal de Niterói por indicação legislativa do advogado e vereador Leandro Portugal

A presidente da Comissão OAB Vai à Escola, Alcilene Mesquita, disse que “para existir cidadania é preciso cada cidadão ter responsa-bilidade perante a sociedade e ter consciência de seus deveres e di-reitos; é pensar e agir com solida-riedade e com participação”.

Durante o evento, o vereador Leandro Portugal agraciou com Moções de Aplausos educadores, colégios e políticos que promovem a educação e a cidadania.

O presidente da OAB Niterói, Claudio Vianna, destacou que essa “valorização das pessoas que fazem a Educação é um importante reco-nhecimento daqueles que são res-ponsáveis pelo nosso futuro”.

Os agraciados com Moção de Aplausos foram: Centro de Ensino Professora Alcina Rodrigues Lima; Colégio Especial Solange Dreux; a vice-presidente da OAB-RJ, Ana Basílio; o presidente da OAB Ni-

terói, Claudio Vianna; presidente da FME, Bruno Ribeiro; secretário municipal de Governo, Comte Bi-ttencourt; secretária municipal de Educação, Flavia Monteiro de Bar-ros Araújo; presidente do IFEC, Raymundo Stelling; deputado Wal-deck Carneiro; diretoras de escolas municipais Rosemary Ishikiriyama e Tatiana Esteve; psicóloga Laura Kastrup; professores Evelyn dos Santos Souza, Roberto Segal, Ulis-ses Moreira, Nair Zuchini; advo-gados Leonardo Sales Castro, Dilma Resende, Ellena Nascimento, Lilian Vieira dos Santos e Simone Mendes Simão Oliveira.

7EM DEFESA DA ESCOLA NOVEMBRO/2019 • WWW.OAB-NITEROI.ORGN I T E R Ó I

n tícias

‘OAB Vai à Escola’ lança Cartilha Digital

Guilherme Valadares, Claudio Vianna, Alcilene Mesquita e Beatriz Archanjo

Claudio Fernandes

Estratégias para o escritório funcionar bem

Homenagem ao mestre Humberto Peña

O advogado, professor de Direito Constitucional e defensor público aposentado Humberto Peña de Mo-raes foi homenageado pela OAB Ni-terói, através da Comissão de Advo-cacia Pública, presidida por Edson Pinto Jr, por “seus relevantes serviços prestados à sociedade”. Participaram da solenidade toda a diretoria da Sub-seção, personalidades do mundo ju-rídico, familiares e amigos.

Coube ao ex-presidente da OAB Niterói Fernando Guedes entregar uma placa de prata ao homenageado. Disse estar honrado em “homenagear esse mestre de todos os mestres”. O arcebispo emérito de Niterói, Dom Alano Maria Peña, fez uma oração abençoando o primo Humberto, e todos os presentes.

– A OAB Niterói, ao ensejo do 31º ano da promulgação da Constituição da Federal, homenageia Humberto Peña de Moraes, que se empenhou juntamente com o saudoso jurista e defensor público José Fontenelle Tei-xeira da Silva, ainda em meados da década de 70, para instituir em caráter pioneiro, no âmbito da Federação, a Defensoria Pública do antigo Estado do Rio de Janeiro, como um órgão estatal vocacionado a assistir os hi-

possuficientes, garantindo-lhes aces-so ao Judiciário – disse Edson Pinto.

O presidente da OAB Niterói, Clau-dio Vianna, lembrou das aulas mi-nistradas pelo professor em seu Curso de Direito Constitucional. “Ele nos tranquilizava quando achávamos que a matéria era complicada e, no final, a gente aprendia tudo”, acrescentou.

Roberto Vitagliano, ex-defensor público, elogiou a ética e a cidadania de Humberto Peña. “Quando a gente tinha dúvidas de uma situação, ele nos dizia qual era a forma correta de agir. Ele é um dos pilares mestres da Defensoria Pública”, disse.

O subprocurador da Defensoria Pública Marcelo Leão elogiou a retidão de caráter de Humberto Peña, que conheceu na primeira turma da Escola de Defensoria Pública. Ricardo Oliveira Martins, procurador do MPRJ, tam-bém destacou a integridade e a ele-gância do homenageado.

Ao agradecer, em nome da fa-milia, a homenagem feita a seu pai, o defensor público Guilherme Peña de Moraes disse se sentir privile-giado por ter assistido uma insti-tuição (a Defensoria Pública) ser criada em grande parte pelo trabalho de Humberto Peña.

Humberto Peña, ao lado de familiares, recebe a homenagem da OAB

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