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146-(2) urbanas em que as companhi.. distribuidoras possuam ins- de annazenagem a gmneI. 3. 0 disposto no numcro &I\IICrior niO 6 aplicavel re1ativa. mente ao petr61eo de i1uminqio. Art. 4. Todas as futuras aItilray3es aos precos por Ioca- lidade, para lodos os produtoa refinados do petroleo seriio estabelecidas por despacho do Minist&io da Industria e Energia. Art. 5. sao revogados todos os preeos liudos no Deereto n.· 12/87, de 2 de Fevereiro, hem como todas as disposi- nele contidas, que coDtrariem 0 disposto no presente decreto. Art. 6. Bste Decreto eotra em vigor a partir de 13 de Iulho de 1987. Aprovado pelo de Ministros. Publique-se, o Primeiro-Ministro, Mdrio Fernandes da Grtlfil Ma· chungo. Decreto n.. 18/87 de 1& de Julho A Constituicao da Republica, no seu artigo 8, estabelece qU'l a terra e os recursos naturals situados no solo e no sub. SO ,), nas liguas territoriais e Da plataforma continental de Mo>&tltbique. slio proprledads do Estado, competindo-lhe determinar as condieoes do lICU aproveitamento e do seu uso. COm a do reaime de uso lii aproveitamentQ da terra pela Lei n.· 6/79. de 3 de ] ulho. foram lan.. das as regras fundamentals para a econ6mica dos so- los e para a preserva,ao e conserva,ao des recursos natu- rals renovaveis, iA experiencia de trabalho acumulada nos doze anos de Independencia Nacional, e etlI particular. no quadro da lm- das Directivas do IV Congresso do Partido Frelimo, exige a e descentra1iza,ao de competen- cias para conceder 0 direito de uso e aproveitamento da terra para os diversos fins da actividade econ6mica e social e para assegurar a e dos recursos naturals mediante estabeleclnJento de zona de proteq:Ao de solos, liguas, flora e fauna. Assim, ao abrigo do disposte na alinea a) do artigo 31 da Lei n.· 6/79, de 3 de J ulho, 6 aprovado 0 Regulamento da Lei de Terras, em aneso, que faz parte integrante deste de- ereto. Aprovado pelo Conselho de Ministros. Publique-se. o Primeiro-Ministro, M6rio Fernandu da GraJ;Q Ma. chungo. Regullllllenio III lei de TerrIS CAPITULo I Defi."'II96es ARnoo I EntondImento daB ......... * utillzad. Para efeilos do presenle Rliigu\amento entende·se: A.ciderJe topoirli/ico Cursos de agua, eleva¢es ou depressoes, caminhos, ca· Dais, muros, infraestruturas. postes. nascentes de liguas, etc. I S£RlE-NIJMERO 18 Agregado familiar Conjunto de pesIOllS que, vivendo no mesmo nl1cleo ha- bitacional sob autoridade do chere de familia. casado ou em uniio de facto. os seus descendentes. aseendentes, cola- terals de oma OU de Dutra parte e os eventuais filhos man- tenham 1&908 resultantes de uma vida comum, formam uma familia. Areas livres Aquelas que ,sejam como tal identificadas pelos Servicos de Geografia e Cadastre, por Dio 'estarem abrangidas por qua1quer outra \icon.- de uso, por zona de protec,ao par- ciaI ou total ou por qualquer outro impedimento lega1mente fundamentado, de aeordo com 0 estabelecido no artigo 28. Bloco Conjunto de pareelas de terrene considerado num piano. CertificatIo Registo feito pela autoridade administrativa do distrito em face da declar do c..'ide do KgUi::gada familial em que se descreve e se procura localizar e identificar as por- y3es de terrene que explora ou ocupa com caracter perme- nente, mencionando: . - Constitui>io do agregado familiar; - .Arvores existentes; -Animals de que dispOe. C°nstrllrilo Bdiffcio. muro, canal ou outra obra, conclulda ou ainda em constru,ao. Demarcar de definir. com os meios tecnicos disponiveis, os limites de talhiio, pareela ou de terra para pasSagem de titulo ou de zonas de proteccao, com 0 dia· grama das coordenadas dos v6rtices. Empresa de eccmomia mist!! Bmpresa cujos capitals slio em parte do Estado e em parte privados, naclonais ou estrangeiros. . Entidade competente Aquela que por si s6 ou em coajunto com outras, tem 0 direito de praticar determinados aetos ou de tomar decis6es no ambito deste Regulamento. Entidade proeessadora Aquela que organiza os processes relativos a pedidos de licen.. do direito de uso e aproveitamento da terra ou de cria,ao de zonas de protee,ao. . EsbQfo PCfa desenbada representando etlI escaIa aproximada a de uma parcela, taIhio ou outra de ter· reno, contendo refetencias desenhadas ou =ritas tendentes a permitir locaIiz8·1a no Atlas Cadastral. Explo,-acao fairJliar Aetividade de da terra ou outra. visando res- ponder as necessidades do agrepdo familiar, uti1izando pre. dominantemente a capacidade de trabalho do agregado fa.

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146-(2)

urbanas em que as companhi.. distribuidoras possuam ins­ta1a~ de annazenagem a gmneI.

3. 0 disposto no numcro &I\IICrior niO 6 aplicavel re1ativa.mente ao petr61eo de i1uminqio.

Art. 4. Todas as futuras aItilray3es aos precos por Ioca­lidade, para lodos os produtoa refinados do petroleo seriioestabelecidas por despacho do Minist&io da Industria eEnergia.

Art. 5. sao revogados todos os preeosliudos no Deereton.· 12/87, de 2 de Fevereiro, hem como todas as disposi­~ nele contidas, que coDtrariem 0 disposto no presentedecreto.

Art. 6. Bste Decreto eotra em vigor a partir de 13 deIulho de 1987.

Aprovado pelo Co~J1to de Ministros.

Publique-se,

o Primeiro-Ministro, Mdrio Fernandes da Grtlfil Ma·chungo.

•Decreto n.. 18/87

de 1& de Julho

A Constituicao da Republica, no seu artigo 8, estabeleceqU'l a terra e os recursos naturals situados no solo e no sub.SO ,), nas liguas territoriais e Da plataforma continental deMo>&tltbique. slio proprledads do Estado, competindo-lhedeterminar as condieoes do lICU aproveitamento e do seuuso.

COm a promul~o do reaime de uso lii aproveitamentQda terra pela Lei n.· 6/79. de 3 de ] ulho. foram lan..dasas regras fundamentals para a ocupa~o econ6mica dos so­los e para a preserva,ao e conserva,ao des recursos natu­rals renovaveis,

iA experiencia de trabalho acumulada nos doze anos deIndependencia Nacional, e etlI particular. no quadro da lm­plemen~o das Directivas do IV Congresso do PartidoFrelimo, exige a atribui~ e descentra1iza,ao de competen­cias para conceder 0 direito de uso e aproveitamento daterra para os diversos fins da actividade econ6mica e sociale para assegurar a prese~o e conserv~o dos recursosnaturals mediante estabeleclnJento de zona de proteq:Ao desolos, liguas, flora e fauna.

Assim, ao abrigo do disposte na alinea a) do artigo 31 daLei n.· 6/79, de 3 de Julho, 6 aprovado 0 Regulamento daLei de Terras, em aneso, que faz parte integrante deste de­ereto.

Aprovado pelo Conselho de Ministros.

Publique-se.o Primeiro-Ministro, M6rio Fernandu da GraJ;Q Ma.

chungo.

Regullllllenio III lei de TerrISCAPITULo I

Defi."'II96esARnoo I

EntondImento daB .........* utillzad.

Para efeilos do presenle Rliigu\amento entende·se:

A.ciderJe topoirli/icoCursos de agua, eleva¢es ou depressoes, caminhos, ca·

Dais, constru~1ies. muros, infraestruturas. postes. nascentesde liguas, etc.

I S£RlE-NIJMERO 18

Agregado familiarConjunto de pesIOllS que, vivendo no mesmo nl1cleo ha­

bitacional sob ~ autoridade do chere de familia. casado ouem uniio de facto. os seus descendentes. aseendentes, cola­terals de oma OU de Dutra parte e os eventuais filhos man­tenham 1&908 resultantes de uma vida comum, formam umafamilia.

Areas livres

Aquelas que ,sejam como tal identificadas pelos Servicosde Geografia e Cadastre, por Dio 'estarem abrangidas porqua1quer outra \icon.- de uso, por zona de protec,ao par­ciaI ou total ou por qualquer outro impedimento lega1mentefundamentado, de aeordo com 0 estabelecido no artigo 28.

Bloco

Conjunto de pareelas de terrene considerado num piano.

CertificatIo

Registo feito pela autoridade administrativa do distritoem face da declara.~o do c..'ide do KgUi::gada familial emque se descreve e se procura localizar e identificar as por­y3es de terrene que explora ou ocupa com caracter perme-nente, mencionando: .

- Constitui>io do agregado familiar;-Habi~o;

- .Arvores existentes;-Produ~;

-Animals de que dispOe.

C°nstrllriloBdiffcio. muro, canal ou outra obra, conclulda ou ainda

em constru,ao.

DemarcarA~o de definir. com os meios tecnicos disponiveis, os

limites de talhiio, pareela ou po~ de terra para pasSagemde titulo ou defini~o de zonas de proteccao, com 0 dia·grama das coordenadas dos v6rtices.

Empresa de eccmomia mist!!Bmpresa cujos capitals slio em parte do Estado e em

parte privados, naclonais ou estrangeiros. .

Entidade competente

Aquela que por si s6 ou em coajunto com outras, tem 0

direito de praticar determinados aetos ou de tomar decis6esno ambito deste Regulamento.

Entidade proeessadora

Aquela que organiza os processes relativos a pedidos delicen.. do direito de uso e aproveitamento da terra ou decria,ao de zonas de protee,ao. .

EsbQfo

PCfa desenbada representando etlI escaIa aproximada aconfigura~o de uma parcela, taIhio ou outra po~o de ter·reno, contendo refetencias desenhadas ou =ritas tendentesa permitir locaIiz8·1a no Atlas Cadastral.

Explo,-acao fairJliar

Aetividade de explora~o da terra ou outra. visando res­ponder as necessidades do agrepdo familiar, uti1izando pre.dominantemente a capacidade de trabalho do agregado fa.

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15 DE /ULHO DE 19trl

miliar, mas tambern mao-de-obra assalariada quando forindispensavel, em consequencia da ausencia de mernbros doagregado farruhar, velhice, doenca ou outros como for deusa na regiao

Lei de terras

A Lei n.' 6/79, de 3 de Julbo

Logradauro

Porcao de terreno adjacente a urn edificio, indissociaveldo mesmo e que com aquela, forma uma unidade insepa­ravel

Mancha florestal

Areas determinadas de terreno cobertas predommante­mente por arvores e tambem por arbustos e outra vegetacao

Memoria descritiva

Peca escrita que regista tudo quanto exista na parcela deterrene cujo direito de usa e aproveitamento se requere,peca esta que deve documentar 0 requenmento nomeada­mente, ocupacao familiar, nquezas naturais, cursos de agua,infra-estruturas, servenrra e todas as benfeitonas existentes.

OCUpllfiio agricolaAquela que e realizada com actividades agricolas prepa­

ratorias e/ou complementares das mesmas e com respecti­vas mfra-estruturas

Ocupantes

As pessoas que residem em, e/ou utilizam terras sem dis­porem de autorizacao nos term os da Lei de Terras

PareelaPorcao de terreno incluida num plano e constituida por

urn conjunto de talhoes ou subdivisivel em numero nao de­terminado de talhoes ou lotos de acordo com regras apro­vadas,

Parques nacionais

Zonas de proteccao total, sujeitas a direccao e frscahza­~o publicas, reservadas para propagacao, proteccao e con­servacao da vida animal selvagem e da vegetacao expon­tanea e ainda para a conservacao de objectos de interesseestetico, geologico, histonco, arqueologico e outros de inte­resse cientifico.

Neles eproibido sobrevoar, cacar, abater ou capturar ani­mals, destruir ou colher plantas, salvo por inicrativa ou sobfrscahzacao das autoridades respecuvae

PicadaFaixa de terra de cada um dos lad os da paligonal que de­

fine os limites de uma parcela ou do talhao, que perrnite avisibilidade entre os vertices respectivos

Plano de explora~iio

Descricao do conjunto das sucessivas accoes, actividades,trabalhos, construcoes e procedimento-, que 0 requerente 50

compromete a realizar de acordo com determinado calen­dario como forma de usa e aproveitamento da terra

Plano directorDocurnento desenhado e escrito, legalmente aprovado pe­

las entidades competentes, que visa Iornecer, de modo inte­grado, orientacoes para 0 desenvolvimento sectorial ou geralde determiDada area geogrflfica ou funcional

146-(3)

Plano de urbanizaciio

Documento tecnico aprovado nos termos da LeI de Terrasque regula 0 desenvolvimento de urn aglomerado humano,a utilizacao de todo 0 terreno abrangido nos limrtes do rnes­mo, define as areas de proteccao e especifica todas as res­tricoes, condicionarnentos e encargos que estas imphcam

Planta topogrdfica

Peca desenhada representando 11 escala e de modo con­vencional 0 terreno abrangido por uma parcela ou talhaocom a notacao dos seus limites, altimetna, outros acidentestopograficos, construcoes, infraestruturas e ainda orienta-~s '

Requerente

Pessoa singular ou colectiva que pede, por escrito, hcencade uso e aproveitamento de terras ao abrigo da Lei deTerras,

Reservas condicionadas

Zonas de proteceao total onde e estabelecida a proibicaode cacar, abater e capturar ammais ou colher plantas, salvopara fins cientificos, mediante licenca especial ou em defesa

Reservas especiais

Zonas de proteccao total destinadas a proteger somentecertas especies de flora e fauna que denunciern declinio oucuja conservacao nao possa ser conseguida de outro modo.

Reservas naturais integraisZonas de proteccao total sujeitas 11 direccao e fiscalizacao

publicas, nas quais eestritarnente proibido sobrevoar, cacar,pescar, exercer qualquer exploracao florestal, agricola oumineira, realizar pesquisas, prospeccoes, sondagens, terra­planagens ou trabalbos destinados a modificar 0 aspectodo terreno ou da vegetacao, praticar actos que prejudiquemou perturbem a flora ou a fauna, mtroduzir especics zoolo­gicas ou botanicas, quer nacionais, quer rmportadas, tantoselvagens como domesticas, sendo proibido nelas entrar,transitar, acampar e efectuar investigacoes cientihcas, semliccnca especial das autoridades competentes

Talhiio

(lltirna subdivisao de terreno, resultante ou nao de urnplano, para fins de concessao de licenca de usa e aproveita.mento; e uma unidade indivisiveI.

Titular

Pessoa ou pessoas singulares ou colectivas que usufruemo direito de usa e aproveitamento de deterrninado terreno,ao abrigo da necessaria licenca,

TituloDocurnento emitido pelos Services de Geografia e Ca­

dastro ou peJos Conselhos Executivos nos termos da Lei deTerras e deste Regulamento, comprovativo do dtrelto deusa e aproveitamento de determinada por~o de terra

Utente

Pessoa que utiliza determinada porcao de terra em con­formidade com a lei de uso e aprovertamento

Zona de expansiio

Area de terreno sobre a qual podera verificar-se 0 cres­cimento de urn aglomerado humane, exploracao, acuvidadeou service.

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146-(4) 1 S£RlE - NOMERO 28

Aanoo 600mpet6ncla 8 MIr*troa ... lIOr8I

Compete aos Ministros:

a) Submeter ao Conselho de Ministros, atraves daComissao Nacional do Plano. a aprovacao dospianos. projectos ou propostas de cria~o, mo­dific~o e ex~o das zonas de prot~o

total ou parcial, dentro da sua esfera de atri-buir;3eS; .

b) Dar .parecer sobre pedidos de licenea de uso eaproveitamento da terra nas areas ou actividadesda sua esfera de jurisdi~o ou atribui~Oes. quandoexcedam a competencia dos Governos Provin­cWs.

Aanoo 7

Do Miniatro da Agtlcultln

Compete ao Ministro da Agricultura:

a) Fiscalizar se estli a ser devidamente executadoo Cadastro Nacional de Terms;

b) Administrar 0 Fundo Estatal de Tetras, atrav6ados Services Centrais de Geografia e Cadastro;

c), Autorizar a concessiio do direito de uso e apro­veitamento da terra para explora¢o agricola,exploracao peculiria e explora~o silvicola ouf1orestal, de areas superiores a 250. 500 e 1000ha,at! 2500,5000 e 10OOOha, respectivamente, foradas zonas de desenvolvimento agrario planifi·cado e das zonas de protee¢o;

d) Autorizar Iiceneas de uso e aproveitamento daterra de areas que excedam a competencia deGovernos Provinciais para outros ramos de acti­vidades a~ ao limite de 50 ha, mediante parecer

. dos Ministros colDpetentes;e) Intervir na cria¢o de zonas de protec¢o que

possam afectar terras agrarias ou as necessariaspara preservacao das aguas, solos, flora e fauna.

Compete aos Govemos Provinciais:

a) Autorizar a concessiio do direito de usa e apro­veitamento da terra para explora¢o agricola;pecuaria e silvicola ou fIorestal a~ 250. 500 e1000ha, respectivamente;

b) Autorizar a concessiio do direito de uso e apro­veitamento da terra nas zonas de desenvolvl­mento agrario p\anificado e nas zonas de pro­teccao parcial, de acordo com os termos econdicionamentos estabelecidos nos diplomas Ie­gais que criarem tais zonas;

c) Au'orizar liceneas de uso e aproveitamento rete­ridas no artigo 6. mediante parecer favoravel doServieo Provincial oompetente de areas at~ 10 ha;

dl Autorizar Iicenca de uso e aproveitamento de areasat~ 10 ha de oonformidade com os pianos apro­vados, em terrenos das zonas de proteceao par­cial referidas no artigo 45. aIlneas c). dl, e), g),j) e k) do n.O I, mediante parecer favodve! daentidade tutelar;

e) Submeter ao Conselho de Ministros para aprova­¢o, atraves da Comissao Nacional do Piano,pianos. projec'os ou propostas de cria¢o. modi.fica¢o ou extin¢o de zonas de proteccao totalou parcial de interesse da provincia;

CAPfI1]Lo n

SuJeitos

A1tnoo 2Quem pocIe obt., _

1. Pode ser titular do ~to de uso e aproveitamento daterra toda a pessoa sinsuIat ou colectiva com capacidadejuridica.

2. Os cidadaos nacionais podem ser titulares do direitode usa e aproveitamento, independentemente de terem ouniio domicDio na Repl1blica Popular de M~\Dbique.

3. As pessoas singulares ou colectivas estrangeiras podemser titulares do direito de uso e aproveitamento desde queestejam devidamente autorizadas a actuar no territ6rio daRepublica Popular de M~bique.

Aanoo 3

~Io de pedidoe de liemt

As pessoas singuIares ou colectivas niio serA autorizadoo direito de uso e aproveitamento sobre novas areas nomesmo distrito para 0 memo tipo de exploracao se niio ti­verem aproveitado as 4reas iniciais, nas condicoes estabe­lee- das no plano de explora~o aprovado, por motivos.quelhe forem imputtveis.

CAPfIULO ill

CompetAnci8s

Aknoo 4Do ConuIho de Mlnletroe

Compete ao Conselho de Ministros: ,\

a) Decidir sobre os pedidos de autoriza~o para atri·bui~o do direito de uso e aproveitamento daterra que excedam as compet!ncias de Ministrose Govemos de Provincia;

b) Decidir sobre pedidos de autoriza9fo para atri­bui~o da terra que devido a sua natureza eobjectives tenham de ser submetidos a su~ apre­ci~o por~ de legisl~o especial ou poros Ministros 0 julgarem conveniente.

Aanoo SD8 Comiulo Naclonal do Plano

1. Compete a Comissio Nacional do Piano:

a) Submeter a decisiio do ConseIho de Ministros pro­postas de cria~. a1tera9fo ou eXt1n~o de zo­nas de pro~o total OU parcial ou de centresurbanos;

b) Sempre que pela natureza das propostas que Ihe saosubmetidas se reconheca a necessidade de inter­ven9fo de outros ministerios cumprira ao Minis­tro do Piano soIlcitar 0 respective parecer.

2. Competeao Ministro do PIano:

a) Aprovar com Mimstre ou Ministros competentes aviabiliza~o econ6mica das zonas de desenvolvi­Mento planeado;

b) Aprovar conjuntalDente com os Ministros interesse­dos, regulamentos e normas destinados a realizaro baIan~ do Fundo Estatal de Terms.

r Aanoo 8Dos Governo. ProvincleIs

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15 DE IULHO DE 1987

f) Autonzar a concessao do dircito de uso e apro­veuamcnto da terra para habitacao ou paraverancro de acordo com as planes, regulamentose normas vrgcntes sabre a matena,

g) Dar parecer sobre a conccssao do drreito de usoe aprovcitarnento da terra CUJ3 competencia deau'onzacao ultrapassa a sua pr6pna, bern comosobre propostas de cnacao. rnodifrcacao ou extm­l'iio de zonas de prorccc.io, aprcsentadas poroutros 6rgaos do Estado para aprovacao doConselho de Mmistros

ARTIGO 9

Dos Consethos Executivos de Cidade

Aos Conselhos Executives de Cidade, alern do dispostono artigo 29 da Lei de Terras, compete.

a) Reahzar os servrcos de cadastro de conformidadecom regularnentos e mstrucoes tecnicas dos Ser­vices Nacionars de Gcografia e Cadastre, man.tendo-os actualizados,

b) Fiscahzar 0 cumpnrncnto da Lei de Terras e regu­lamentos pertmente, e cxcrcer 0 controlo daocupacao da terra dentro da area da sua juris­dicao;

c)Autonzar a concessao do direrto de uso e apro·veitamento da terra, nas areas abrangidas pelosplanes de urbaruzaciio, passar os titulos respec­tivos e requisitar as conscrvatorias de registopredial, os registos, averbarnentos e cancelamen­tos, nos termos legals:

d) Exereer as atnbuicoes referidas nos artigos 32 a 36da Lei de Terras em area da sua junsdicao

ARTIGO IO

Dos outros Conse'hos Executivos

I. Aos Conselhos Executives de Distrito, de Posto e deLocalidade, alern do disposto no artigo 30 da Lei de Terrase desde que possuam service de cadastro compete:

a) As funcoes atribuidas aos Conselhos Executives deCidade, nas areas dos centros urbanos que sejamsedes de distnto, de posto e de localidade e emoutros centros urbanos que nao possuam Con.selhos Executivos:

b) Proper ao Govemo da Provincia a criacao de zo­nas de proteccao parcial, para novos centros ur­banos ou modifrcacao dos existentes,

c) Proceder ao registo da ocupacao dentro da sua areaadministrativa para os fins estabelecidos nos ar­tigos 55 e seguintes deste Regulamento.

2. Ate os Conselhos Executives disporem de services decadastro pr6prios, os servicos provinciais de Geografra eCadastro. organizarao 0 nrocesso para dccisao superior au­vido 0 respective ConseIho Executive.

CAPITULO IV

Direitos e deveres

AltTIGO j j

Assocl~ao

1. 0 titular do direito de uso e aproveitamento da terrapode solicitar il enudade compelente autonzacao para seassociar a urn tereeiro na co-htulandade do direito.

146-(s)

2. Autorizada a associacao e constituida a co-titularidadedo drretto, a remincra de urn dos co-titulares do drreito s6podera ser admitida apes urn ano da sua constituicao

Nestes casos 0 titular ou titulares que continuarem a ex­ploracao assumem todas as obngacoes decorrentes do di­reito pe rante 0 Estado e terceiros.

3 Os Services de Geografia e Cadastro, uma vez con­cluldas as situacoes referidas nos numeros antenores, pro­cedem aos respecuvos registos e comunicam estas alteracoesil respecnva conservatoria do registo predial.

4. Nos casos em que haja co-titularidade do direito e ape­nas parte dos co-titulares se dissolva a outra parte pode re­querer que Ihe sejarn transfendos os direitos dos co-titularesdissolvidos, desde que assegure capacidade para assumir to­dos os direuos e obrigacoes da hcenca de uso e aproveita­mento da terra.

5. Com previa autorizacao da entidade concedente, e per­rrutida a dissolucao da sociedade titular com vista il fusao,cisao ou transferencia do direito de uso e aproveitamentoda terra.

ARTIGO 12

ConstituH;8o de hipoteca

o titular do direito de uso e aproveitamento da terra podeconsuturr hipoteca sabre as bens imoveis que, devidarnenteautonzado, edificou no terreno ou sobre os quais legalmentetenha adquirido 0 direito de propriedade.

ARTIGO 13

Atter"l;lio do plano de explora{:ilo

o titular pode, mediante a apresentacao de rnotivos justi­ficados, sohcitar it entidade competente, alteracoes ao planode exploracao anteriormente aprovado.

ARTIGO 14

Exclus6es no direito de explora~ao

o titular do direito de usa e aproveitarnento da terra terno direito de uulizar os materiais de construcao e os recur­sos naturais que se encontram no solo e subsolo das areasconcedidas desde que essa utihzacao nfio Ihe seja vedadapar legislacao especial e se efectue em conformidade com ostermos nela prescritos.

ARTIGO 15

Deveres do titular

Sao deveres do titular do direito de uso e aproveitamento:

a) Manter, por meio de picada, e es'acas, a defmicaodo perimetro do terreno em relacao ao qual foiconeedido 0 direito de uso e aproveitamento,

b) Respeitar os direuos de terceiros que unhzern areasexistentes no interior dos terrenos conccdidos,nomeadamente as servidoes de acesso de acordocom 0 estabelecido no plano de exploracao;

c) Garantir a conscrvacao das manchas florestais e ou­tros valores naturais existentes na area conce­dida;

aj Cumpnr os demais deveres e cofidl~eS estabeleci­dos no plano de exploracao;

e) Acertar a realizacao de trabalhos de pesquisa mi­neira dos terrenos que Ihe forem concedidos,desde que os prejuizos resultantes sejam mdemru­zados pelo interessado nessa pesquisa.

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146-(6)

CAPfl1JLO v

Tr~ do dlreIto, ,Aanoo 16

01_ doe __ meeiroe ...-.oree

1. Os herdeiros e/ou meeiros de direito de usa e aprovei­tamento, devem no prazo de seis meses ap6s a conclusacdo processo de sucessao, cleclarar expressamente que eStaodispostos a continuar com a explo~o e demonstrar quereunem as condieoes para a prosseguir de acordo com 0

pIano autorizado. '2. Os herdeiros e /ou meeiros podem solicitar altera.,ao

do pIano de explora.,ao como condi.,ag para prosseguiremcom a explora.,ao.

3. Quando os herdeiros ou co-utentes decidant pela divi­sao em suhstAnciado terreno e das heofeitorias nele existen­tes, esta nao podera efectivar·se com prejuizo da capacidadeprodutiva de explora.,ao.

4. Sendo possivel a divisio em suhstAncia e consentindo-ao Governo, mas havendo falta de acordo, os termos do pro-cesso serao os do PrOCllS$O Civil. I

5. Quando os herdeiros sejam de menor idade e demons­trem nao terem capacidade para satisfazer as oh~escontraidas pelo seu antecessor. podem as obriga"oes do ti­tular do direito de uso e aproveitamento serem assumidaspelo representante legal dos mesmos,

Aanoo 17

R~detr...-ao

Operada a transmissio do direito de usa e aproveita.mento, os Serv~ de Oqrafia e Cadastro procedem aoseu registo mediante pedido do interessado e comunicamesta altera.,ao II respectiva Conserval6ria do Registo Pre­dial.

Cll.PtrULOVI

Aanoo 18Extin910 do ..,. au~ do ...

1. 0 direito de uso e aproveitamenlO da terra extingue-senos casos previstos no artigo 34 da Lei de Terras.

2. 0 interessado pode solicitar II entidade concedente que,em lugar da extin.,ao do direito, \he seja reduzida a areainicialmente autorizada, apresentando novo plano de tra-.....11......ua.LLLV"'.

Aanoo 19

R~ de~ par inleIwse pUblico

1. Quando da revoga.,ao do direito pre~ na a1lnea b)do n.' 1 do artigo 36 da Lei de Terras, os utentes deveraoser prevenidos da sit~ com a anteeed&tcia de pelomenos seis meses, salvo casos de urg!ncia

2. A entidade beneficiada com a revoga.,ao do direitoDaI!ll1'R ao utente 0 valor das benfeitorias introduzidas queDie; forem posslveis remover, scm detrimento dos dem'aisprejuizos resullantes da l\lVoga.,ao.

3. 0 titular do direito de uso e aproveitamento que forafectado pelo disposto no n.' I deste artigo, pode solicitarnovo direito em terreno disponivel. suporlando a entidadereferida no n.' 2 as despeas do proceslO da nova~

I StRlE-NOMERO 28

CAPlnlLO vn

PrJzoa....:rlOo 20

Pruoe ....~.__

I. Os prazos para 0 uso e aproveitamento da terra refe­ridos no n.' 3 do artigo 10 da Lei de Terras alterados pelaLei n.· 1/86. de 16 de Abril. poderiio ser renovados auto­maticamente pot periodos suceSsivos de iguaI ou inferiordura.,ao.

2. 0 Estado s6 poderi. recusar a renova.,ao automAticaverificando-se as condi"oes eslabelecidas no artigo 36 daLei de Terms e sem prejulzo do disposto no n.· 2 do ar·tigo 19 deste Regulamento.

Aanoo 21

IntenUP9IO cia ••' 2 Ii doe pnzoa

1. Nao serio tidos em considera.,ao para a COIIlaBem dosprazos os periodos em que a utiliza.,ao do terreno, para osfins para que foi autorizado, nio se poder reaIizar par mo­tlvos nio imputliveis 80 titular.

2. Durante esta S\ISpeIlSio nio serio devidas as taxas es­tabeIecidas na licen~.

CAPlnJLO vmT_

Aanoo 22

oe"'ilRlplo1. Os litulares do direito de uso e aproveitamento nao

abrangidos pelo disposto nos n.·· I e 2 do artigo 9 da Leide Terras, pagari.o urna talI'a deacordo com OS vaIores quovierem a ser aprovados.

2. 0 Conselho de Ministros, em CIISOIi particulates, po­derli estabelecer, temporarlarnente. taxas preferenciais aumesmo isen.,ao de taxa&.

Aanoo 23

%£ ,.1tD1. As taxas e eventuais ajustamentos siin devidos a partir

da pubn~ do despacho que autoriza a Iicen~ de usa eaprovoitamento da terra.

2. Os valores das taxassiD IJlI&OS adiantadamente nos mo­ses do 1aneiro a MlII\lO de eada ano nos servi~ de Fman·>as da respectiva provincia.

Aanoo 24

~ dIl _ ••jlslw'.'1DS

1. As taxas e ajust..amentos serio estabelecidos pur Di..p10ma Ministerial conjunto dos Ministros do Plano, das Fi­nan>as e da Agricultura.

2. As taxas serio fixadas em fun.,ao do maier ou menordesenvolvimento decada provincia e a sua densidade demo­grUica; osajustamentos terIo em aten.,ao a maior ou menorfertilidade dos solos e a sua produtividade. bem como, fa·cilidade de irrip.,ao e proximidade de vias de aoesso e es­cosmento.

3. Nas zonas de clesenvolvimento agrtrio p1aneado quobeneficiem de infra'estruturas de regadio de propriedade doEstado os diplomas que as criarem estabeleceriio as taxase ajustamentos proprios e pedodo au periodos de~como factores para 0 incentivo da prod~o.

4. 0 reajustamento seti reallzado por perlodos de cincoanos, condiciooado lis circuDStAncias s6cio-econ6micas doperf0\10 em quo ocorra a, sua revisio.

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15 DE JULHO DE 1987

S. As taxas a fixar para fins agrarios terao por base 0

hectare e para outros fins 0 metro quadrado.6. As superficies de terra sobre exploracao mineira ficam

sujeitas a urna taxa de superflcie, tendo por urudade dearea 0 hectare, nao sendo aplicado 0 disposto no artigo 25

ARTIGO 25

Taxas nas ocup~oes mistas

1. No caso de utilizacao mista das areas concedidas, afixacao da taxa sera determinada caso por caso, de acordocom a proporeao de cada utihdade na ocupacao global doterreno.

2. As manchas de terrenos nao susceptiveis de qualqueraproveitamento incluidas na area para a qual foi concedidoo direito de uso e aproveitamento serao deduzidas paraefeito do calculo das taxas.

ARTiGO 26

Suspensilo das taxas

I. 0 titular do direito de uso e aproveitamento que, de­vido a condicoes fora do seu contrclc e responsabihdade.nao poder cumprir com as condieoes do plano de explora­\'50, pode requerer a isencao do pagamento das taxas ateurn periodo de tres anos, it entidade que autonzou 0 respec­tivo direito de usa e aproveitamento

2. A entidade que autorizou 0 direito de uso e aprovei­tarnento rnandara proceder it vistoria e em face do seu reosultado podera autonzar a isencao e/ou determmar a redu­\'50 da area inicialmente autorizada.

CAPtTULO IX

Processo

ARTIGO 27

Servi~os de apolo 0 fonnul~ilo de pedidos

I. Os Services de Geografiae Cadastro manterao nas pro­vincias seccoes de atendimento e informacao aos interessa­dos em requerer a concessao do dtrerto de uso e aproveita­mento da terra a qual tera as seguintes funcocs:

a) Informar e esclarecer sobre leis e regulamentos apli­caveis aos casas particulares apresentados;

b) Explicar 0 modo e forma do requerimento e demaisdocumentos necessaries para a instrucao do pro­cesso;

c) Esclarecer sobre as encargos relativos ao processoda concessao e taxas pelo direito de uso e aprovei­tamento;

t!) Informar sobre as possibilidades e formas de recla­macao e recurso do interessado cm relacao it de­negaclo de dircito ou pretensao legitimas domesmo

2. A ~o de atendimento e informaciio mantera urn li­VTO de registo de audiencias a cidadaos que tenham sohci­tado intorrnacoes para obtencao dum terreno determinado,onde sera apontado 0 nome, data e tipo de mformaeoes soli­citadas pelo interessado.

3. Estas seccoes estarao na posse das informacoes relati­vas ao territ6rio da respectiva provincia, que possarn cons­tituir beneficios, impedrmentos ou restricoes it concessaodo direito de uso e aproveitamento

ARTiGO 28

Verifrcac;50 cia viabilidade do pedido

I. Compete aos Servil'os de Geografia e Cadastro, antcsde receber qualquer pedldo do dirello do uso e aproveita·

146-(7)

mento da terra, verificar de imediato se a area pedida estalivre, se e propria para a pre lend Ida exploracao ou ocupa­\'50, se e viavel 0 seu lancamento e registo provisorio noAtlas Cadastral e ainda se existern irnpedimentos que 0 in­viabihze, informando destes factos 0 interessado, por escritoe no proprio pedrdo,

2. Compete aos services que tutelam 0 sector ou sectoresde actividades para os quais foi pedido 0 terreno, inforrnarde imediato 0 pretendente ou os Services de Geografia eCadastro sabre a viabJlidade tecnica e financerra do reque­rente ~ vi~hlll(hHip. r1n nl::mn cit" pxnlnr:H']in e n C:l~rtpT&_"~-. - .'''4_&u", ~ L"'A_.'~ __ -··r·_·-],-- - .... -_._-~--

apropriado da terra para 0 fim em vista, para garanur queo pedido esteja em conformidade com as onentacoes e pla­nos de desenvolvimento existentes,

ARTIGO 29

Entrega do protons6os

I. as pedidos para a concessao do direito de uso e apro­veitamento de terrenos, sao entregues nos Servicos de Geo­grafia e Cadastro da respectiva provlncia,

2 Os pedidos para concessiio do drreito de uso e apro­veilamento cuja autorizacao compita ao MIDIStro da Agri­cultura sao encaminhados para os Services Centrais de Geo­grafia e Cadastro.

3 Nos casos de concessao do direito de uso e aproveita­mento em zonas abrangidas por pianos de urbanizacao, 0

pedido e entregue no Conselho Executive que tiver jurisdi­~ao sobre a zona em causa nos term as do arngo 31 do pre·sente Regulamento, na parte aplicavcl,

4. as pedidos de concessao do direito de usa e aproveita­menta sao sempre dirigidos it entidade competente para au­torizar 0 direito.

ARTiGO 30Ajustamento do torreno pretendido

As areas solicitadas serao sempre justifrcadas no planode exploracao quanto it dirnensao e forma, que se procurarasejam sernpre inseridas no conjunto dos restantes utentesde forma que a utilizacao global da terra seja coerente nessaregiao.

ARTIGO 3t

Instru~llo do pedido

o pedido de concessao do direito de uso e aproveita­mento da terra deve ser acompanhado dos segumtes do·cumentos:

a) Esboco da localizacao do terreno,b) Memoria descriuva,c) Plano de exploracao:t!) Prova de capacidade financeira e tecnica para a

realizacao do plano de exploracao, quando asareas pretendidas forem superiores a 100 ha. Nocaso do terreno pretendido se situar em zonas dedesenvolvimento planeado, os pianos devem estarcompatibilizados com os objectives e directrizesaprovados pelo servico responsavel pela execucaodessa zona de desenvolvimento;

e) GUIa comprovativa de deposito para pagamento dasdespesas com a instrucao do processo, demarca­\'50, publicacao de edrtais, titulo, registos e vista­lias

ARTIGO 32

Ocup~ao precaria ime<flllta

I. Os Serviryos de Geografia e Cadastro informarao 0

administrador do respectivo dlstnto do pedido de concessaodo direito de uso e aproveitarnento, mencionando a identi·

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146-(8)

dade do requerente, localiza~o do terreno e tipo de explo­ra¢o pretendida, remetendo os respectivos editais para re­clamacoes pelo prazo de trinta dias a contar da data da afi­xa.ao.

2. Recebido 0 requerimenlo e verificado pelos Servicesde Geografia e Cadastro a sua conformidade com 0 estabe­lecido no artigo 28, 0 requerente recebe 0 duplicado do reoquerimento com 0 esboco e plano que lhe confere a facul­dade de imediatamente iniciar, a titulo precario, a utiliza\'iiodo terreno,

3. A ocup~o precaria nao confere ao ocupante quais..quer direitos ate ser proferido despacho de autorizacdo.

M:noo 33

InfonnaI:l5es complemelita.es e dec",lo

1. 0 requerimento entregue nos Services de Geografia eCadastre com os documentos que 0 acompanham depots derecebido e informado, e enviado aos services do Estado narespectiva sede provincial que exercem tutela sobre a acti­vidade que 0 requerente pretende realizar, para informarsobre a viabilidade do piano de exploraedo proposto,

Nos caws de pedidos de concessao de uso e aproveita­mento que impliquem util~o mlsta, a entidade compe­tente que exerca tutela sobre a utiliza¢o dominante, ternobriga.ao de coordenar COllI as outras entidades que tute­lam sectores incluidos no pedido.

2. Nos casos que os servi,.os para dar infonna.ao sobre 0plano estejam dependentes da entidade competente, sera 0

requerimento, com as infOnlla\Xies prestadas, submetido noprazo de trinta dias, directamente a entidade que compitadecidir.

3. Nos restantes casos 0 processo informado 6 devolvidono prazo de trinta dias aos Services de Geografia e Cadas­tro que 0 submetera a decislio nos quinze dias seguintes.

AItll00 34DemaIClJ9Io e /iQen~

1. Autorizada II concessao do direito de uso e aproveita­mento os Services de Geografia e Cadastro devem demar­car a Area em rela~o aquaI foi concedido 0 direito.

2. Feita a demarc¥o 0 respectivo titulo sera emitidopela entidade processadora,

3. Nao prejudica a passagem do titulo quando a area de­marcada nao u1trapasse 5 % da Area autorizada.

AItll00 35Divlslo doe __ ciemsIeados

1. 0 terreno depois de demarcado nao 6 dlvisivel quandoda divisao resulte prejuizo para sua utilidade econ6mica.

2. Nos terrenos urbanos. a divisao depende do que forestabeiecido nos pIanos de urbaniz~o e regulamentos 08­

peciais.AItll00 36

Prova plene em jufzo .

o titulo do direito de uso e aproveitamento da terra fazprova plena em juizo e fora dele dos faclos que nele este­jam inscritos.

A1tTlOO 37Conte6do do tllulo e leu regleto

1. 0 titulo do direito de usa e aproveitamento contera osseguintes elementos:

0) Identifica~o da entidade que 0 autorizou;b) Data do despacho de autoriza.ao da concessao do

direito;c) Iden~o do titular;

I S£RJE - NOMERO 28

tf) Def/ni.ao geometrica da area concedida com as res­pectivas coordenadas e mirnero de identifica.aoda parcela no registo cadastral;

e) Prazos a que estiver sujeito 0 direito de uso e apro­veitamento e outras condi\Xies especiais;

f) Tipo ou tipos de explora9io para que foi concedidoo direito;

g) Taxas devidas pela coneessiio do direito de uso eaproveitamento;

h) Data e local da emissao:nAssinatura do responsivel pelos services que passam

o titulo e respectiva chancela.

2. As transmisslies do direito de uso e aproveitamento,associa~ na titularidade, renovaeoes de prazos, encargosou 6nus e outras legalmente realizadas, serao averbadas notitulo.

3. 0 titulo 6 passado conforme 0 modelo I anexo a esteregulamento.

ARnoo 38

I_qlo do imposto de SIIIo nCla procOSIOS

Todos OS documentos, incidentes e termos do processo,incluindo OS documentos de demarcaeao, delirnitacao e ti­tulo, sao isentos do imposto de selo, safvo os requerimentos,reclamacoes e impugna\XieS.

CAPfI1.JLo x

Zonas dB pro~

ARnon 39

Criaqlo • dsIIIIIqlo

1. As zonas de proteccso serio criadas por diploma legalfundamentado em plano. projecto ou proposta que defini­rao os respectivos limites e as restri\Xies e condicionamen­tos a observar e indicarao a entidade ou entidades respon­saveis por zelar pela respectiva pneserva.ao. conservacao edefesa.

2. Os pianos de desenvolvimento ffsico, plano de urbani­za~ e dum modo gerai todas as 9.C¢es de pianeamentoflsico. envolvendo grandes Iireas de terrenos hem como osprojectos de portos, aeroportos, barragens, albufeiras, Iinhasde caminho de ferro. linhas de alta tensao, estradas, valas,canals, e outros que envolvam a necessidade de proteccaode certas areas, definirao os limites em que tal proteccaose deve exercer e enumerarao as restri~ e condiciona­mentos do uso e aproveitamento que nas mesmas devam serobservados.

3. Os limites das grandes zonas de prot~o serao defi­mdos. setnpre que possivel. poi' acideiites top0gr'-Jicos.

4. Os limites das zonas de protee.ao que nao permitamlivre acesso ao publico serao demarcados e assinalados pormeio de esracas, marcos, picadaS ou mesm 0 por veda.ao,conforme as exigencias t6cnicas de pro~ pretendida.

S. Junlo dos caminhos de acesso ao interior destas zonasserao alixadas tabuletas explicativas das restri\Xies.

6. Os Cliplomas que criarem estas zonas indicarao obriga­toriamente 0 nfunero de cadastro que as identifica.

7. Antes de constitui.ao das zonas de protec9io deveraoser inventariadas as riquezas e a ocu~o existente e ava­liada a justa indemniza~o devida aos utentes a deslocar,se 0 respectivo uso e aproveitaDlenlo niio for compativelcom os fins para que foi criada. Os eneargos das desloca­\XieS serao da responsabilidade da entidade ou organismointeressado.

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/5 DE /ULHO DE /987

ARTIGO 40

Zonas de protec~lio com objecbvos mUltip/os

l. Sempre que uma zona de proreccao envolva objecrivosau fins de utihzacao da competencra de mais de um minis­terio, as interesses respectivos serao considerados no decretade criacao.

2. as encargos consequentes serao rateadas pelas minis­terios interessadas

ARrIGO 41

Zonas de protec~lio total

Consideram-se zonas de proteccao total'

a) as parques nacionais,b) As reservas narurais mtegrais;cl As reservas condicionadas:d) As reservas especrais

ARTIGO 42

Pianos de diwlgac;lio

Para efeitos do disposto no n > 2 do arugo 24 da Lei deTerras, serao elaborados planos gerais e reg.onais destina­dos a proteccao da natureza pelos orgaos da adrmmstracaopublica responsaveis, devenda as seus agentes infarmar aspopulacoes do alto sigrufrcado e alcance das medidas que seadoptam para que a Iiscalizacao e a vigilancia sejam eticaz­mente exercidas cam a parncipacao popular

ARTIGO 43

Indormizac;ilo pel. criac;ll-o de zonas de protec~lio

as titulares cujo direito de uso e aproveitarnento seja pre­judicado pela cnacao de zonas de proteccao, serao indemni­zados pelo valor das benfeitonas que nao possam ser rerno­vidas, sem detrimento de paderem receber 0 direito de usoe aproveitamento de novas areas drsponiveis, se nao dese­jarem reahzar 0 aprovertarnento que eventualmente venhaa ser previsto na zona de proteccao

ARTIGO 44

Zonas de proteccac da natureza

As zonas de proteccao da natureza sao estabclecidastendo em vista os seguintes objecuvos

l. Quanta a atmosfera

12) Evitar a poluicao atmosferica com produtos toxicosou outros que afeclem a vida dos solos, aguas,flora e fauna;

b) Estabelecer cortmas de vegetacao a volta de centrospapulacionais.

2. Quanto aos solos:

a) Prevenir a erosao do solo e melhorar as tetras ondeela Ja se tenha venficado;

b) Criar defesas contra a desloca~o de areias, dunasao longo da costa maritima e melborar os localsque tenham sido prejudicados;

c) Cultivar racionalmente os solos de fonna a melho­rar a sua produtividade:

tl) Proibir actividades agricolas, pecuarias e florestaisque ofendam as regras de proteccao dos solos. daflora e das aguas:

e) Prevenir contra 0 apaulamento das terras e dissemi­na<;iio de lixos e produtos preiud'ciais a saude ousua acurnula<;iio sem resguardo apropriado.

146-{9)

3 Quanto as aguas,

a) Conservar e corrigir os depositos e cursos de agua;b) Conservar e melhorar 0 revestimento vegetal do solo

e das galerias Ilorestais ao longo das margens dosdepositos e cursos de agua;

c) Proteger os depositos c cursos de agua contra qual­quer especie de poluicaoque possa afectar a Vidabiologica do meio ou a dos que deles se servem,

4. Quanto a flora.

a) Assegurar a manutencao de biotipos aos quais estaJigada a sobrevivencia de especies animais ou ve­getais:

b) Manter povoamentos representativos dos tipos fun­damentais dos diversos dominios florestais;

c) Evitar a destruicao de macicos florestars considera­dos de interesse nacional ou cientifico,

tl) Realizar a investigacao cientifica no estudo de epi­fitias e outras doencas, promovendo as medidasde saneamento convenientes;

e) Desbastar as manchas florestais que se tarne neces­sario realizar para saneamento. defesa contra in­cendios e outros de interesse publico:

f) Repovoar com especies adequadas as regioes jul­gadas convenientes;

g) Estabelecer estacoes experimentais de estudo de me­todos e tecnicas para a eseolha e hibridacao dasesoecies vegetars mais apropriadas para cada reogiao,

5 Quanto a fauna'

a) Conservar a fauna selvagem, como elemento bioe­cologico e de desenvolvimento para utilizacao dohomem, evitando contudo que desta resultem pre­juizos aquela:

b) Estabefecer a defesa do homem e dos animais do­rnesticos contra os ataques de arumais selvagensou agentes patologicos de que estes sejam porta­dores ou transmissores,

c) Realizar a investigacao cientifica para estudo dasdoencas das especies selvagens, promovendo asmedidas sanitarias convenientes;

d) Estabelecer zonas de proteccao e coutadas sujeitas aregime especial;

e) Organizar e fiscalizar a migra<;iio da fauna ou suasdeslocacoes acidentais e adopcao de medidas ne­cessarias;

f) Abater os animais selvagens que se tamar neeessa­rio realizar, por motivo de sanidade, defesa deeulturas ou outros de interesse publico;

g) Repovoar cmegeucamente as regioes julgadas favo­ravels:

h) Estabelecer estacoes experimentais de domesticacaoe hibridacao de animais selvagens.

ARTIGO 45

Zonas de protee~Do parcllll

I, Consideram-se zonas de proteccao parcial. scm pre­ju(zo das situ09iies previstas nos artigos 27 e 28 da Lei deTerras, as seguintes:

a) a leito das aguas interiores, das 4guas teTritoriais.a zona economica excJusiva e a plataforma con­tinental submarina;

b) 0 Ieito das aguas territoriais a partir da qual sernede a linha da baixa-mar ao longo da costa atealinha das maxlmas preia-mares;

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146-(10)

c) Faixa da orla maritima contada da linha das maxi­mas preia-mares ate 100 ill para 0 interior doterritorio, medida no plano horizontal;

d) Faixa de terreno de dois quil6metros de largura aolongo da fronteira terrestre;

e) Terrenos situados numa zona continua e no con­torno de quaisquer baias, estuaries ou esteirosate 100 m, medidos da linha das maximas preia­-mares;

f) Terrenos de ilhas e ilhotas, farmados ao longo dacosta maritima, na foz dos rios ou nos leitos dascorrentes navegaveis ou flutuaveis:

g) Lagos e cursos de agua navegaveis com os respec­tivos leitos ou alveos e outros aproveitaveis paraa producao de energia ou planes de irrigacao,bern como os terrenos com eles confinantes, si­tuados numa zona continua de 50 m do nivel nor­mal das aguas, medidos no plano horizontal;

'k) As nascentes de agua importantes, em especial asminero-medicinais e uma faixa de terreno de100 m de largura que as envolva;

i) Leitos das valas de irrigacao, drenagem e condutasde agua pertencentes ao Estado e as faixas de ter­reno com elas confinantes com a largura de 5 m:bern como uma faixa de terreno a volta das res­pectivas instalacoes:

1') Os terrenos ocupados pelas vias ferreas de interessepublico e pelas respectivas estacoes, com umafaixa confinante de 50 m de cada lade do eixo davia e de 100 m confinante com 0 perimetro dasestacoes;

k) Os jazigos minerais e outras riquezas naturais exis­tentes no solo e subsolo; sao exceptuadas as ro­chas e terras comuns vulgarmente empregadasnas construcoes e outras obras.

2. Os terrenos ocupados por estradas nacionais de La or­demcom uma faixa de 30 m de largo de cada lade a partirda berma e por outras vias' de cornunicacao com uma faixamarginal de 15 m tambem de cada lado das bermas.

'3. No caso de existencia de cais, molhes, muros ou su­porte-de aterros ou de as margens terem conformacao queimpeca a determinacaoda linha marginal das aguas, a faixade 100'm sera contada a partir das cristas de coroamentoou da orla acessivel do terreno marginal, conforme os casos."'4. Entende-se por lago ou rio navegavel a parte ou 0 todo

q\te'.dtIrante o' ano ouno maior periodo dele, esteja acoma­dado anavegacao com fins comerciais e, porflutuavel 0 quepetn11teapetlas 'aderivacao 'de objectosflutuaveis com 0

Mesmo:··fim~ "5. As faixas de terrenoque envolvam pontes. tuneis, cru­

zamento de vias e outras obras de arte; as extensoes de terre­nos a volta das instalacoes portuarias, aeroportos, antenas,estacoes, postos ou cabos de telecomunicacoes e meteoro­16gicos; as faixasde terreno a volta das instalacoes e aolange de condutores aereos, superficiais, subterraneos e su­baquaticos, sao os que constarem dos respectivos projectosou regulamentos aprovados, devendo estar assinalados noterreno e protegidos com vedacao.. .6. Os services responsaveis pelos aer6dromos e aeropor­Cos devem dar conhecimento as autoridades com compe­tencia para autorizar licenca de usa e aproveitamento daterra dos condicionamentos a impor na utilizacao da terra,de forma a garantir a seguranca das camadas aereas, os res­pectivos cones de saida e aproximacao, bern como dos ter-renos destinados a sua expansao e seguran98. '

7. A ocupacao temporaria ou definitiva de parcela deterrenos nas zonas definidas nos numeros anteriores s6 pode

I SERlE - NOMERO 28

ser autorizada quando essa ocupacao seja reconhecida im­prescindivel para a realizacao da respectiva actividade emereca parecer favoravel dos services responsaveis pelasua proteceao e defesa.

ARTIOO 46

Encargo das demar~oes e indemniza~oes

Os trabalhos de delimitacao e demarcacao das zonas deproteccao bem como os de conservacao, colocacao de tabu­letas e todas as actividades de preservacao, conservacao evigilancia bem como eventuais indemnizacoes sao da res­ponsabilidade e constituem encargo das entidades que pro­puseram a cria~o das zonas.

CAPITULO XI

Explor~o familiar

ARTIOO 47

Area de ocupavao familiar

1. A ocupacao da terra para fins agrarios, visando satis­fazer as necessidades do agregado familiar nao carece deautorizacao quando realizada fora das zonas de proteccaoe de planos de desenvolvimento agrario, devendo todaviaser coordenada pela autoridade local quando esta necessi­dade se imponha.

2. A ocupacao da terra nas condicoes fixadas no mimeroanterior e gratuita,

ARTiOO 48

Limite de fIreas oeupaveis

1. As areas destinadas a cada agregado familiar, para cul­turas permanentes ou anuais, e de 0,25 ha em terreno de re­gadio e de 1 ha em terreno de sequeiro, por cada pessoa doagregado.

2. Serao previstas areas complementares se for praticadaa agricultura itinerante nao excedente a urn total de 10 ha.

3. Nas terras destinadas a pastagens, a cada agregado fa­miliar sera atribuida area para 0 pascigo do seu gado.

4. Se as areas disponiveis nao forem suficientes para osefeitos dos n.08 1 a 3 deste artigo, os quantitativos serao re­duzidos conforme deliberacao a tomar pelo Conselho Exe­cutivo da respectiva localidade, posta administrativo oudis­trito, tendo em conta as realidades sociais, economicas eculturais dos habitantes da regiao.

. ARnoo 49,

Tndnllho.-nioassalariado

Nio se considera trabalho assalariado para efeitos do dis­posta no presente capitulo:

a) Aquele que e realizado por elementos estranhos aoagregado familiar que sao empregues quando.por razoes diversas, nomeadamente doenca, in­capacidade fisica, migracao ou velhice, 0 agre­gado familiar esta privado de realizar .trabalhosuficiente para obter 0 seu sustento;

b) Aquele que e realizado em certas epocas do anacomo ajuda mutua entre os camponeses.

ARnoo 50

Transferlncia do agreg3CIo famJliar

A transferencia doagregado familiar da area de ocupa­~o para outras6 pode ser decidida por expressa declaracaoda conveniencia do Estado ou de interesse publico.

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/5 DE JULHO DE /987

ARnoo SI

R-meClMento • registo das ocupac;llea

I. Qualquer transferencia dos agregados familiares esem­pre precedida por urn Jevantamento das ocupacoes familia­res, feita pela entidade interessada na transferencia e confir­mada pela autoridade admirnstrativa da area

2. 0 levantamento deve conter a descricao de cada umadas ocupaeoes familiares a transferir nao se contando asareas desbravadas.

ARTIOO S2

Pagwnonto !rivio cia indeImi~o • novas ....

1. A transferencia 56 sera iniciada apes 0 pagamento daindemnizacao e com a garanua de ser mantido ao deslocadoo mesmo nivel econ6mico com a atribuieao de novas areasde valor equivalente na mesrna ou em outra zona.

2. As despesas da deslocacao sao suportadas pela enti­dade interessada nas transferencias

ARnoo S3

AYlIIll'l'lo dB ind....,.~

1. A indemniza9iio a pagar aos agregados familiares atransferir, sera calculada com base nos prejuizos avaliadospor uma comissao a cnar no acto da declaracao referidano artigo 50 deste Regulamento

2. A comissao tern como ponto de referencia a descricaofeita no levantamento referido no artigo 51 deste Regula­mento

ARTIOO 54Enqulldl.._o ....... pI.,1fIcadaa

1. 0 enquadrarnento dos agregados familiares operadono ambito de pianos de desenvolvimento agrario ou outros,legalmente aprovados, que incidam nas areas por eles ocupa­das, nao da direito as indemruzacoes referidas nos artigosanteriores mas a compensacso em material de constru~o.

instrumentos de trabalho e 0 rnais que for previsto no res­pectivo plano.

2. Os agregados familiares que nao desejarem enquadrar­-se nos pIanos de desenvolvimento aprovado, receberao asindemnizacoes pecunianas correspondentes a compensacoesem materiais

ARnoo S5

o;reitg • tltulo 0 certificlldo

1. Os representantes dos agregados £amiliares que pos­SUiU!1 habi;a~o pr6pria e outra, infra-estruturas de caraetcrdefinitrvo, tern 0 direito de pedir, nos termos do n.' 2 doartigo 34 deste regulamento, 0 respective titulo de uso eaproveitarnento da area onde se situam aquelag benfeitorias.

2. Os representantes dos agregados familia res interessadosem obter urn certiftcado ou titulo de ocupacao familiar,podern sollcita-lo il autoridade administrativa do respectivedistrito.

3. 0 certiftcado ou titulo comprova a ocupaeao doagregado familiar produz efertos perante 0 Estado.

AR.noo 56

~Io do cer1tficado ou lfIUfo

I Para obtencao do ceruficado ou titulo de ocupa~o

iamiiiar os representantes dos agregados famiiiares devemmanifeslar, verbal mente. porante 0 Conselho Executivo doOistrito onde se situam. 0 seguinte

a) Identifica~o do seu agregado familiar;b) Localidade onde possui a sua habi~o e outras

146-{1I)

obras de caracter permanente, materiais usadosna sua construeao e valor das mesmas,

c) Areas aproximadas ocupadas com pomares, agri­cultura, pousio e outras actividades econ6micas;

tI) Natureza dos produtos habitualmente cultivados,e) Nameroe especies de animais que possui

2, Estes elementos devem ser confirmados pela autoridadeadministrativa da respectiva localidade, lestemunhados pordois vizinhos.

ARnoo 57

Auto do decI"'l'lo 0 cortificado OIl tltuto

1. No momento da deelaraeao verbal mencionada no ar­tigo anterior sera lavrado em hvro proprio existente no Con­seIho Executivo do Distrito, urn auto com as declaracoesque sera devidamente autenticado.

2. 0 certificado ou titulo de ocupacao familiar e urndocumento com OS indicatives referidos no artigo 56passado pelo ConseIho Executive do Dis'rito conformeo Anexo II

3. 0 certificado ou titulo tern numeracao propria pur lo­calidade que corresponde ao mimero de ordem do auto,seguido da nurneracao geral a atnbuir para todos os ceru­ficados passados pelo Conselho Executivo do Distnto

4. 0 certificado ou titulo e feito em tnphcado, sendoo original entregue ao titular e uma copia enviada aoService de Geografia e Cadastro da Provincia

ARnoo 58

ClI1lficado olHigot6rio nas zonas de proteel'1o

1. Nas zonas de proteccao ou reservas existentes OU ademarcar, as ocupacoes familiares nelas localizadas sao in­ventariadas pela entidade responsavel pela zona de protec­~o OU reserva e confirmada pela autondade adrninistrativada lirea, nao se aplicando nestes casos 0 n," 3 do dispostano artigo 60.

2. Com base neste inventario sera entregue a cada agre­gado pela autoridade administrativa da area um certificadode ocupa~o familiar.

ARTIOO S9

Os agregados familiares quando ocupam areas que exce­dam 0 limite estabeIecido no artigo 48 deste Regulamentoou n80 desejam cumprir os candicionamentos estabelecidasDO n.' 1 do artigo 54 devem requerer uma exploracao deeconomia privada au a sua integracao ern qualquer explo­~o colectiva, cumprindo os formalismos necessaries

ARnoo 60

Abandono do t..,.ono oeupado

1. 0 abandono do terreno ocupado pelo agregado fami­liar durante um periodo continuo, superior a dois anos, semmotivo justificado, implicata a perda a favor do Estado dasbenfeitorias existentes no terrene sem qualquer direito aindemniza¢o.

2. 0 abandono da sempre lugar ao cancelamento do cer­hficado ou titulo casos estes existam,

3. 0 perfodo de dois anos sera contado a partir da datade entrada no Conselho Executivo do Distrito do auto deverifica~o do abandono, elaborado no local por agentedo Conselho Executivo com a presen", de dois vizinhoscomo testemunhas

4. 0 facto de verifica~o do abandono referido neste ar·tigo nao emotivo que impe", a reocupa~o do terreno peloproprio agregado se 0 mesmo se encontrar livre

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146-(12)

CAPtlVLO XU

Cada8'1ro e JlI'C)C«eo

AJmoo 61

~ NIlcI...... de Tema •~ Eatatal

1. 0 Cadastro Naci~ • Terras 6 ~lizado pela Direc­~ Nacional de Geografia ~ Cadastto e conttm OS da40snecessaries ao conheciJnenlO da si~o do Fundo f!~ta1

de Terras e a realiza~o dos respectivos bal~s. '2. As autori2ll~ do clireito de uso e aproveltamento da

terra para qualquer fiJ1J, _ como a c1'ia9io,'modil~o'ou extin¢o das zonas de protCC¢o ou quaisquer outras si­tuacoes legals que coedleioaam ou restrinjam a utDiza~

de quaisquer terrenos, sio ~rigatoriadlente registados nocadastro, simultaneamente com a pa~gem dos ,respee­tivos tltulos ou com a pub~o dos respectivos diplomasquando seja caso disso. '

3. Os processes de cadaItro sao organizados nos Servi·cos Provinciais de Geog\'lI& e Cadastro ou nos respectivosConselhos Exeeutivos, .

4. Os originais destes proeessos sao arquivados no TomboNacional de Terras dentro de urn mas ap6s a data do tltulodo uso e aproveitamento, do certificado no caso das explo­ra~es familiares, ou ainda dos diplomas aludidos no n.· 2.

5. Os processos duplicados sao arquiVados nos ServieosProvlnciais de Geografia e 'Cadastro.

6. Uma oopia do proceao de cadaslro das terras. cuiodireito de uso e aproveitamento tenha sido autorizado eeloConselho de Ministros. e do processo de terrenos submetidosa regime de protCC¢o total ou parcial, seriio enviadas as di­~ nacionais interessadas.

AIlTlGO 62

o p..- d. cadMtro

o processo de cadastre conterl1 obrigatoriamente:

1. ldentifica~o da pCSSOlI. pessoas ou eptidade que ocupa,usa, aproveita ou dettm responsabilidade de gestiio sobreo terrene,

2. Identif~ da autori9ade ou 6rglo que eutorizou aIicen~ do direito de usa'e ~roveitamento ou criou a zonade pro~o.

3. Fins para que toi l:Olll:tldida a \icen~ de usoe lIf~OYei­

.lDl'Ilto do terreno, nWnM>.• data ·do. tlllllO,.. data~ tormo

.da 8Iltre!gado mCSIDQ.au A para que fQl. CQnslitllf~a zonade pro~ e condiciOQa'lM,"~ coiJseguenles, hem COIDOrefe~ do diploma Jeeafda SI\ll cria9Io. .

4. PoligolUll definidora 4os'limites do tenmo e nWDerodo respectivo tegisto do ~ento JlO Atlas Cadastral.

5. Prazos para ocupa~ au explora~o, caso existam.6. Descri¢o das riquezas naturais e outras benfeitorias

existentes no terreno, bem conto da sua aptidiio.

AIlnoo 63

Reg/sto cia IplIdIo ~~

Amoo 64Pruo pen! ~Io do ClIIIIe8trO

1. As altera~ 80S cIadbs cadastrais que ~ veriACaremserio obrigatoriamente fOl'llleCilias peJa. autoridade eompe·tellte para efeitas de saIJl:ianamento.

1 StRlE - NrJMERO 28

2. 0'Cadastro Nacional de Terras devent estar actuali·zado 1S anos ap6s a data da pu'~o deste regulemeato,

AIlTlllO 6$

TombO NolcIao," dll T_

1. NaD~ Nacional de Geografia e Cadastro sedestabelecido 0 TOmbo NadOllal de Terns com a fun¢o dearquiVar e manter actualizada e em condi~ de segllfllll9lcontra 0 fogo, humldade, rqdbo e outros riscas, os originaisdos quintes doc:umentos:

0) Os PJOCll'Sos lepis de ocupa~o de terras;b) Os pro.:essos legais de cria¢o, altera~o ou extin­

~o das zonas de protec¢o;c) Os ptocessos legais de atribui¢o da jurisdi~o de

tertas a 6rgios do Estado ou entidades estatais;tf) Documenta~o sobre as delimita~ das fronteiras;e) IIIforma~o completa sobre a triangula¢o geode­

sica e topogrMica;f) DoclUJlenta¢o que possa interessar a hist6ria da

cartografia.

2. A Comissao Nacional do Plano det~rminani os prazose a natureza da documenta~ referida no numero anterior,existenles em diversos servleos, que devern ser enviados aoTombo Nacional de Terras.

CAPtTIJLO xmR.-Isto

AIlTlllO 46R9to n. eao., iiIl60lIi PredIeI

1. Autorizada B concessiio do direito de uso e aproveita­mento e antes de se entregar 0 titu 10 referido no n.· 2 doartigo ~4 ao interessado, os Servi~ de Geografia e Ca·dastro ou os Conselhos ElrI:cutivos devem oficiosamenteprombver a inscri¢o, do direito concedido na Conserva­tMa do Registo Predial cia respectiva Area.

2. A inscri¢o a que se refere 0 mlmero anterior sent feitarnedian'e a aprCICDta¢o do referido titulo do direito deuso e aproveitamento.

AIl'l'lOO 6-7

"l\tII~ doe '....-Os Servi~ de Geograf!a '6 Cadastro e os Conselhos Exe­

cutivos uas suas1'teis ail jurlldijlo, dariio conhecimento as~tiY8f.=.~tiN~.R.elisto.. Mal~.a1tera¢es.4\1#~ . . !IUIU, lI1II ~o 80S t1tulos.~ ill d:Udrlos para C[Ue proceda aal~ dosr~ nessu' canservat6rias.

AIlTlOO 63

R-al8lD PNdI"As Conservat6rias do Registo Predial ficam obrigadas a

comunicar todos os registos e averbamentos que realiza~

aos Se~os de CWografia e Cada!ltro ou aos Conselhos Exe­eutivos. eoiifofme Oi C&i6i.

CAPtnJLO XlV

Rid.,,,, • IWCIftO

AaTllIo ""-a_solo. __ admlnlSlratlvo

1. 0 requerente ou titular,do direito do uso e aproveita·menlo pode apr_Rlar reel.m~o contra a denega~o dapretensio ouvi(jfa~o de dilieltOll legftimos. praticados porlI8*ifes ou 6Jli0i' cia adlnidmCl0 estataI,

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15 DE lULHO DE 1987

2 Em caso de recusa de provimento da reclamacao peloorgao ao nivel do qual a mesma for apresentada, 0 reela­mante pode mterpor recurso adrmnistrativo para 0 orgaohierarquicamente superior ao que recusou a reclamacao.

Awnoo 70

Reeurso aos tribunals

I. Esgotada a possibrhdade do reeurso administrativepode 0 mteressado recorrer aos Tribunais Comuns cornpe­tentes de acordo com as lers vigentes para conhecer destesrecursos

2. As deliberacoes do Conselho de Mirustros nao sao sus­ceptiveis de recurso,

CAPITULO XV

Infrac~6es e penalidades

ARTIGO 71

Obrig~iio de indemn;zar

A mfra~o das disposicoes estabelecida, na Lei de Terrase neste Regu!amento conduz a obrigacao de indemruzar oslesados.

ARTIGO 72

Consequ6nCIa das falsas declara~6es

As falsas declaracoes constantes da memoria descritivadonde resulte perigo de prejuizc para 0 Estado ou para ter­ceiros, implica a anulacao da licenca de uso e aproveita­mento com perda dos depositos Iegais a favor do Estado,alem da responsabilidade crinunal a que houver Ingar

ARTIGO 73

Multas e coimas

As infraccoes aLei de Terras e ao presente Regulamento,independentemente do dever de indemnizacao consagradona lei geral, serao punidas nos termos seguintes:

a) A deterioracao dos solos por erosao, escavamento,apaulamento, sahruzacao e outras contarninacoes,serao punidas com a multa correspondente a dezvezes a taxa de ocupacao correspondente a areadeteriorada,

b) 0 atraso na devolucao das terras ocupadas tempo­rariamen:e scm as recuperar para 0 usc a queestao destinadas, e punido com a multa corres­pondente aos meses ern atraso, avaliada em dezvezes a taxa;

c) A poluicao ou destruicao de mananciais de aguas.rIOS e lagos. represas e albufeiras, de desvio oudestruicao dos lettos e margens, e punida cornmulta Igual ao dobro do valor da respectivarecupera,ao a determinar pela ComISsao de Ava­Ilal'3o Provmcial. scm preJuizo doutras sanl'6esque venham a ser estabelecidas.

d) A deterioral'3o da vegetal'3o. em especial de arvo­res de interesse industrial. de madeiras preciosas.frutiferas e das espeeles raras ou sob prolecc;aoespecial. sera punida com multa correspondentea dez vezes 0 valor das arvores destruidas. alemda responsabilidade criminal a que houver lugar;

e) A destruil'3o ou deslocal'iio de marcos de fronteira.de tnangulal'3o. de demarcal'3o cadastral e deqUalsquer outros que sirvam de [Xlntos de refe­rencia ou apolO. e pumda com a multa carres-

146-(13)

pondente a cern vezes 0 custo da reposicao,alem da aplicacao das disposicoes previstas nalei penal;

J) As accoes inerentes a determmadas actividadesminerais e outras devidamente aurorizadas, ficarnsujeitas as regras de recuperacao e recornposicaodos solos e vegetacao a estabelecer nos respec­tivos eontratos, acordos ou regulamentos e aspenalidades referidas nos nurneros anteriores, soserao aphcadas se a recuperacao e reflorestacaodos solos deteriorados niio forem iniciadas econcluidas nos prazos estabelecidos

ARnoo 74

RequlsilOll do aulo de nolle",

I. 0 auto de nolicia elevantado nos termos e com as for­malidades seguintes:

a) Descricao dos factos que constituem a infraccao eindicacao dos preiufzos havidos e dos presu-miveis infractores; ~ -

b) Indicacao do dia, hora, local e circunstancias emque foi cometida ou constatada a mfraccao;

e) Identifrcacao do agente que presencia a mfraccao,bern como a identificacao de duas testemunhas,que passam pronunciar-se sobre os factos consti­tutivos da infraccao.

2. Sao competentes para levan tar os respectivos autos deinfraccao os agentes delegados dos services administrativosde locahdade, posta ou distrito, assim como os representan­tes dos services ou entidades publicas que tenham fun0esrelativamente a boa conservacao dos solos. aguas, flora efauna.

3 0 auto de noticias deve ser assinado pelo agente queconstatou a intraceao, pelas testemunhas e pelo infractor sequiser.

ARnoo 75

Fo~ probat6ria

o auto de noticia Ievantado nos termos do artigo ante­rior faz fe em juizo ate prova em contrario

ARnoo 76

Remessa do auto de notl'cia

1. Os autos de intraccoes que ofend am as disposicoes re­gularnentares das ZODas de proteccao serao encaminhadospara 0 administrador do distrito que os submetera a deci­slio dos services responsavels pelo cumprunento das dispo­si0es que tenham sido ofendidas

2. 0 auto de noticia levantado por ofensa dos planes deexploral'3o. sera entregue ao respectivo administrador dodistrito que 0 remetera sem demora a autoridade queexerce 0 conttolo da licen" do dHeito do uso e aproveita­mento.

3. Esta autoridade notificara 0 infractor para proceder aopagamento da multa e indemnizal'iio devidas. no prazo detrinta dias.

ARnoo 77

Pagarnento COersiVD

o nao pagamento nos termos prescrilos no artigo anleriorimphca a remessa do auto de nolicia e demais expedienteao Tribunal Popular Distrital para cumprunento coersivo.nos termos do artigo 8. n.' 2 e 3 e arligo 9. do Decreto·LeiD.' 28/75. de 1 de MaI>O.

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146--(14)

AaTlOO 78

DeVIl' '" colllb~

1. Os utentes de uso 0 aproveitamonto da terra ou os seusrepresentantes nlio poderiio obstar ao exercicio das fuoyOesdos agentes relativamente ao estipulado na Lei de Terras eneste Regulamento, designadamente DO que se refere a vis­torias e modo de cumprimento das clausulas contratuais,

2. A mobservancia do disposto no mimero anterior ~punida como crime de desobediencia.

AaTlOO 79

Dlspoa~ flnl*ActwIIiZ89lo cia ocu~.._

I. Os actuais utentes da terra ficam em tudo submetidosa disciplina da Lei de Terras e do presente Regu)amento

2. As concessoes definitivas por aforamento, arrenda­mento e outras de propriedade de terrenos, dadas antes de25 de Junho de 1975 e quo nos termos das disposi~es le­gais vigentes nao hajam sido nacionalizadas, confiscadas,declaradas abandonadas ou por qualquer modo interven­cionadas pelo Estado, serio validadas com os condiciona­lismos decorrentes no artigo 10 da Lei de Terras 0 precei­tos constantes deste Regufamento,

3. as titulares abrangldos pelo disposto nos n.· 4 0 5 doartigo 10 da Lei de Terras, devem solicitar eventuais altera­>Oes. nomeadamente em rela~o as Areas ocupadas, so­guindo-se 0 processo normal de pedido de Iicen~ de uso eaproveitamento da terra para fins econ6micos. Para examee valid~o os interessados devem apresentar-se no prazode tres anos a contar da vigencia deste Regulamento. como titulo, no Servi~ de Geografia e Cadastro da respectivaArea ou nos Conselhos Executivos competentes,

4. as actuais utentes da terra que nao tam qualquer tituloque legitime a ocupa\'lio e cuja utiliza\'lio est4 sujeita a prazo.devem no periodo de Ires anos a contar da data da vigen­cia deste Regulamento, apresentar no Servi~ de Geogra­fia e Cadastro da ~va Provincia ou no ConselhoExecutivo competente, requerimento • pedir a licen~ deuso e aproveitamento.

5. A validade dos titulos de propriedade de terras abran·gidas pelo n.· 2 do artigo 10 da Lei de Terras. sera feita emqualquer tempo pela apiical'io de uma sabrecarga de vali.da.lio no titulo em causa e 56 sera feita se os dados do titulocorresponderem com a realidade factual.

6. as pretendentes que tenbam perJdenles ou correndoseus trfunites pedidos de ocupa\'iO de terras. devem, noprazo de urn ano a contar da data da vigencia deste Regu­lamento, solicitar 0 prosseguimento da sua pretenslio, findoo qual. sem que 0 tenham feito. considerar·se-ao os pedi.dos desertos e mandados arquivar e os eventuais dep6si­los em dinbeiro. se entretanto nlio tiverem sido levantados.seriio declarados perdidos a favor do Estado.

7. Passariio igualmenle • constituir receita. do Estado. osdep6sitos em dinbeiro cxistentes em processos indeferidos,anulados ou mandados arquivar. se a devolu\'lio dos mes­mos nlio for requerida dentro do prazo referido no nlimeroanterior.

AaTlOO aoActuallzal;lo cIae a«IP8l1llee .......ocl.

1. Os servi\'OS do Bstado. empresas estatais. cooperativas,colectividades culturais. desportivas. sociais e outras refe­ridas nas allneas. a). b) e c) do artigo 9 da Lei de Terras.

I StRIE-NOMERO 28

que detem 0 usa e aproveitamento de terrenos, slio obriga­dos no perlodo de um aDO. a contar da data da vigenciadeste Regulamento a organizar a respectiva documenta\'ionos termos regulamentares, para que os Servi\'OS de Geogra­fia e Cadastro da Provincia ou dos Conselhos Executivoscompetentes. conforme os casas. possam promover a sualegalizal'io e reaIizar os registos respectivos.

2. A lalta de cumprimento do disposto no mlmero ante­rior determina 0 olio recoohecimento ou a anulal'iio da con­eesslio ou ocupa\'lio do terrene em causa e a sua livre dis­posil'iio para outros fins.

AaTlOO 81

1.srlIIIz8910 de OCUP8l1llee .....~

Os utentes que nverem ocupado um terreno de boa ft naconvicl'io que olio prejudicavam interesses de tercelros enele tenham implantado benfeitorias quando, por fo~ dodisposto no artigo 79 forem legalizar a SUa ocupaeao e soconstatar que hi uma sobreposi\'lio de clireitos ou nlio con­venha aOS interesses do Estado conceder 0 terrene em causa,ser-lhes-apermitido 0 usa e aproveitamento em outros terre­nos podendo transferir as suas benfeitorias para os novasterrenos.

AaTlOO 82

Orgloclacmc:lJi89lo

1. J~to dos services centrais e provinciais de Geografiae Cadastro e por conv~o destes, sempre que necessario,funcionara um 6rgao com~o de concilial'iio e resolul'ioamigtvel de conf1itos decorrentes da aplical'io da Lei deTerras 0 dos regulamentos coni cia relacionados.

2. Este 6rglo sera composto por representantes dos so-gulntes organismos:

- Procuradoria da Republica;- CoDtissiio Nacional do PIano; ,- Ministtrio da Agricullura.

3. a 6rgio integrari ainda representantes dos sectoresque estiverem envolvidos no c:onflito em causa.

4. Em caso de acordo dos elementos em conflito com asolul'io proposta pelo 6rgio. 0 despacbo de concordlnciatem fo~ vincuJat6ria e definitiva para as partes interve­nientes.

AaTIOO 83A~ cia __ regutsn..,,,,,_

Os Ministros, com responsabi1idade na execul'io da Leide Terra.~ e do presente Regulamento, devem aprovar nor.mas regulamentares. no Ambito da sua ac~o, necess8rias aimplemental'iio da Lei de Terras 0 seu Regulamento. pre­cedidas de parecer da Comissiio Nacional do PIano.

AaTlOO 84

As dllvidas a que a execu>io do presente Regulamentoder lugar siio resolvidas por despacbo do Minimo da Agri­cultura.

Aa11llO 85

o presente Regulamento entra em vigor DO dia 25 deSetembro de 1987. 25.· anivers6rio do desencadeamentoda Lut • Armada de Libertal'io Nacional Dia das Fol9ISPopulares de Libertal'io de M~bique.

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/5 DE /ULHO DE /987

ANEXO 1

,------".•._----,

REPOBlICA POPULARDE

MOCAMBIQUE

11TUlO DEusa E APROVIOITAMBVTO OA TERRA

ProvIncia de

Distrito d.

PoIto Adminiltratlvo de

Nome do TituJa.r

146-(15)

All.TIGO •

DISPOSI(GES LE6A1S

Lei cia TerTa n.0 6/79. de 3 de JlAho

T~llea cia Lei

&RTIOO 5

Dbw.toa doe tltulanl

I. Os tirulares do direito de usa e aproveitamentotem a faculdade de reurar da terra as uulrdades de­termmadas no plano de exploraeao, unplantar asinfra-estruturas e eqtnpamento necessaries a prosse­~o do tim vrsado, bern como utihzar a terra paratms ccmplementares ou secundarios.

2. 0 Estado garante aos urularea a defeea contra aviol.!'Ao dos dlreuos que lhes sao definidos pel.presente lei

1 Os utulares do direito de U5() e aproveitameotodevem-

oj Utilizat racionalmente as terras, om confor­mrdade com 0 plano de explora~o uuli­zado;

b) Desenvolver as suas actrvtdadea de lonna aolio prejudiear 01 IDteresseo do Eatado ou deoutrOfJ utentc:s

2. As empresas e entidades que utilizem, para finsDlo agrarios, tertas de agricultura e florestas, siDobrig:a.du a recuperar poe sua conte, a aptidlo das

respectivas terru para seran aproveuadas na agn­eultura C silvicultura.

3 Os utentes devem tomar medidas eficientes para aconservalrio e eleva9io da fernhdade da terra e asse­gurar que seja evitada a erosao des solos.

4. As empresas e entidades industnaia 510 obrigadasa emprecnder medidaa que impeeam a contamin~o

• polui!'Ao das tcmlS au aguas

ARll00 7

Ruponeabilklilidee

o nio eumprimento dos deveres meecronadcs no ar­ngo antenor da lugar a responsabilidade cvu e en­mina.l.

------------,

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/

1~16)

I PARTE

nTULO n.' ..T_ do titulo de U80 e lIlH'O-.nto dB _

Nome do titular: ..portador do Bilbete do Identidado n.' • emitidopelo Arciuivo de Identillc:al'llo ~ , ~doem I .j.", natural de: ProvinCIa Distrilo .

.- . - ,. ~ , ..Despacho de autoriza~ de USa e aproveitamento:Data . ./.. I • ao abriBo da ailnea .... do artigo ...do Regulamento aprovado pur Decreta n e ..... ,.. ,constante na fdlha ..... • do proceslO legal D.- ••. .,irea .. ... loealizal'llo: Provincia Distritc .Fins de aproveitamento: .. . , _ .

.... ,.. . -" Lieenca 6 concedida pelo perlodo de ., .. .com !:\ taxa anual de "," ,. ..",,,, ...... ", _, .. ,

....................... , ..Servieo emissor do presente titulo . . .....Local e data da e.miJd.o: .

o(A_.Iura)

(Chancela ou ..10 bronco)

IT PARTE

DI_ IB'lI Iclentin- • poel~ • 0 oontomop8IlmetnI

SeRlE - NOMERO 28

>

I PARTEANOTACOES COMI'LEMENTARES AO nTULO

IT PARTE

La"'"

8 § g

II• II i !~i I.o<aIlo

~i.

• I• . I·.. ...... .. ....... ....... ..... .. .. .......

... .. ... ...... .. ... ...... ....... ....... .. .., ..... ... ...... .. .... .... ... .. .... ........ .. .. .. ..... .... ...." .. .... ..... ...... ...... ....... ..... +.. ....... .. ....... .. .. ...... ... ...

... ...... .. .. ... ........ . .. .. .... ...... ... .. ... ..... ... ...

.... ." ....... ....... ." ........ .. ......... ..' .. ....... , ...... ..... ...... ..

. , , .. 1· 1 ·1 ·.. ' ..·.. ' ·1 ·.... . .

Area deman:ada . .. ..Area roservada para .. ..Area reeewada para eatndao .

Area concedida .. ..

B!k::ALA:

I""'liuda na Carta: .A EacaIa: .p....a: ..

CONFR.ONTACOBSConfronta a partir do SuIoesuiDdo por Oeste com .

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15 DE JUUlO DE 1987

ill PARTE

Extractos das inscrtcses e averbamentos [eitos noConservarorio do Reguto Predial de ..ocerca do predlo descnto no 11 parte

N":,rol Imcn_ I A verbamenlOllonl<m

.......

.. ....

...

... .... .. . .... .. ... .. .

...

.

...

.. .. ... ...

Cadaslro

Processo n'

Parcela Do-

Folha n."

EscaIa 1:

Conserwt6ria

Predro n.- .

Livro B

Fclhas

OESCRICAO

146-(17)

ANEXO II

REPOBLICA POPULARDE

MOC;:AMBIQUE

TfrULO DE usa E APROVEITAMENTO DA TERRA

Provincia de

Drstrtto de

Posto Admmiscauvo de

Localidade

Nome do Chefe do Agregado Familiar

Registo n "Livre n.0

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, D1SP05IC6ES LE6AIS I

lei cia Terra n." 8/79. de 3 de JuhI

TI'lNClII9llM cia ....

I. Os titulam do dInIIo do UIO 0 aprovdlomeaIotern 0 focu1dade do rotlIV da terra 'Os utilidades do­terminadaa no plano do explon\'lo. implantar as iJt.fra-estruturas 0 equi_to n....-no • PfOIIOCUI'iodo fim visado, bem oomo uli1izar a terra para filiicomplemeutares ou S"'C',M6riOS.

2. 0 Estado garonto aoo titulara a dot_ contraa viola\'lo dOl direillla .... Ihoo 010 dofenidao pe\alei..

"'"00 •DI¥erw .. tllUl..

I. Os titulaRs do cIINIto do _ 0 apmveitamenlodevem:

0) Uti1izar racionabQente as torras, om conforml.,dade com 0 plano;

b) Desenvol_ as .... octividad. do forma 0nlo prejudioar 01 interellm do Eslado OIlde outros uteIItDI.

2. As empresas 0 entldadeo que utjJlpm para fino010 apirioo, tema do aaricu111b'a 0 floreaa, 010obrigadas a rocuperar pat' sua cotIIa. a optidlo desrespectivas term para _ apl'OVlliladas no asricul'lura 0 silvicu1tura.

I PARTE

Er.lK1o do 8Ulo do dill.~_ ..r.tdo 110-'1110 B7n.·ZdoR....- ... T_

NOIll. do chefo do &pelado famiII»... ,...........BUb.te do Idontidade Do' •

Localidado ondo pooouI IIabital'io 0 outras bentoito­riasl

Aress oc:upadas CDm:

Agricu1tura .

PecuAria .. .

Outros .. , .

Consolbo Executlvo do Dlslrito do .. .

aoI, .

o Presidente do Conselbo Eucutlvo

Ass ..(Cbsncela OIl selo bnnco)

1 SIRIE -NOMERO 18

3. Os uklnlel d__".;:; oficienlel para• conlOl'V&\'lO 0 o\eval'io 4a ' terra 0asseaurar quo IOja evilada a ..... dol ........

4. AI em~ 0 entldadollnd6s1riais 010 ob.......a empreeDd~r medidu que Im~ a coatamin·~oo po1uil'io des tl:lTU OIl .......

o nlo cwnprimento dOl d.-es mencionadOl noiiitijO aiiteiiOt di. iupr a teiipcJllAoilidade civil e erieminaI.

....................................................................

Page 18: n.·extwprlegs1.fao.org/docs/pdf/moz21785.pdfcom a notacao dos seus limites, altimetna, outros acidentes topograficos, construcoes, infraestruturas e ainda orienta-~s ' Requerente

15 DE JULHO DE 1987

II PARTE

ESBOCO OU PLANTA DA OCUPACAO

,

Escala

Area aproxrmada

Localizacgc na carta

Coefrontaczes a parur do Sui, seguindo per Oeste

com

As coordenadas constam do Processo Tecnico 0.0

ill PARTE

ANOTACOES COMPlEMENTARES

\1 \P\ m \IOl;"\lIIIQl E

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