musicologia e crítica kerman, j. musicologia. o que é crítica? musicologia e crítica

29
Musicologia e Musicologia e Crítica Crítica Kerman, J. Musicologia

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

137 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

Kerman, J.Musicologia

Page 2: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

O que é Crítica?O que é Crítica?

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

Page 3: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e CríticaO que é crítica?Conceituação filosófica

• O termo crítica provém do grego Krinein, que significa separar, julgar.

• A crítica é um julgamento de mérito: tal julgamento é estético, se contempla uma obra de arte; lógico, se contempla um raciocínio; intelectual, se contempla um conceito, uma teoria ou um experimento; moral, se contempla uma conduta.

• Esse julgamento de mérito é fruto de uma atividade da razão, esse poder de distinguir o verdadeiro do falso, que age como uma espécie de tribunal.

• Pertencendo à ordem de um ato de espírito que duvida antes de afirmar, a crítica pertence, então, à ordem da liberdade de espírito.

Page 4: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e CríticaO que é crítica?Larousse Cultural

Definições:Crítica:

• 2. Juízo, apreciação fundamentada em relação a uma obra;

• 3. Estudo e avaliação de obras de arte, de acordo com certos princípios de análise e julgamento estético;

Page 5: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• Um crítico de música é alguém que escreve comentários sobre música (incluindo música impressa, apresentações e gravações) e publica em livros, jornais ou internet. Alguns críticos de música também escrevem livros analisando estilos musicais e discutindo história da música, entrando no campo da musicologia.

O que é crítica?

Page 6: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Crítica Cotidiana Crítica Cotidiana e e

Crítica SignificativaCrítica Significativa

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

Page 7: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• Crítica Cotidiana é a crítica diária, não menos séria; a crítica diária literária, assim como nas outras artes, é mais transparente, a musical é bem mais complexa;

• Crítica Significativa é a crítica acadêmica;• A diferença é o público destinado.

Crítica Cotidiana e Crítica Significativa

Page 8: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

O problema“...a espécie de talento crítico sério que

gostaríamos de ver trabalhando na crítica diária é empregado, por assim dizer, em outros séculos; o grau de seriedade com que o musicólogo aborda seu trabalho raramente é satisfeito na rotina da crítica cotidiana.” (Pág. 151)

Crítica Cotidiana e Crítica Significativa

Page 9: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• “...a surpreendente influência da musicologia no nosso tempo,..., está intimamente relacionada com o declínio da crítica significativa. “

• “Não é mera coincidência que o prestígio, ... da primeira (Crítica Cotidiana) tenham aumentado, enquanto os da segunda (Crítica Significativa) tenham progressivamente entrado em declínio...” (Pág. 151)

Crítica Cotidiana e Crítica Significativa

Page 10: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

AutenticidadeAutenticidadeXX

Juízo de ValorJuízo de Valor

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

Page 11: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• “...a “autenticidade” da musicologia funciona como uma espécie de substituto dos juízos de valor...” (Pág. 152)

• A “autenticidade” (de texto ou de obra) substitui a avaliação.” (Pág. 152)

• Tendência à musicologia. Profissionais atraídos para o campo da musicologia

• Uma questão de peso.

Autenticidade x Juízo de Valor

Page 12: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Thurton Dart e a interpretação Thurton Dart e a interpretação Histórica.Histórica.

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

Page 13: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• “O movimento do seu trabalho foi do geral para o particular.” (Pág. 156)

• Manteve-se distante da História (como construção intelectual), e também da crítica.

• “A investigação de fontes e a prática em execução eram uma área, a resposta musical uma outra, e precisavam manter-se cuidadosamente separadas.” (Pág. 157)

Thurtson Dart

Page 14: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• The Interpretation of Music (A Interpretação da Música): “Tarefa do Editor”;

• Antiintelectualismo.

Thurtson Dart

Page 15: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Iain Fenlon e Anthony NewcombIain Fenlon e Anthony Newcomb

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

Page 16: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• “O anuário Early Music History (História da Música antiga), que ele está coordenando, “visa encorajar os melhores estudiosos ingleses, americanos e europeus, seja no estudo de manuscritos, trabalho analítico, iconografia e crítica textual, seja no das relações entre música e sociedade.” (Pág 159)

• Nenhuma menção à critica.

Iain Fenlon

Page 17: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• Trabalhos semelhantes: Fenlon sobre a música na Mântua quinhentista, e Newcomb na vizinha Ferrara.

• A diferença é que Newcomb se concentrou na música, e Fenlon sobre o mecenato.

• “Pelos padrões de Fenlon, Newcomb trata a música de um modo puramente “internalista”, prestando atenção insuficiente às condições sociopolíticas que a produziram. Pelos padrões de Newcomb, tais “relações entre música e sociedade”, conforme Fenlon pôde abordar sem entrar na própria música, devem ser necessariamente superficiais.” (Pág. 160)

Fenlon e Newcomb

Page 18: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Inglaterra e EuaInglaterra e Eua

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

Page 19: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• Na Inglaterra: A preocupação de Donald Mitchell sobre a crítica aprofundou-se em 30 anos.

• Nos EUA: tensão entre Musicologia e Analise teve o efeito de aprofundar o envolvimento de alguns musicólogos com a música em si. A musicologia deixou se influenciar.

• Discípulos de Dart que foram para os EUA “se sentiram em casa”.

Inglaterra e EUA

Page 20: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Ataques contra o positivismoAtaques contra o positivismo

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

Page 21: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• “A profile for American Musicology”: artigo em descontentamento com exposição de Palisca e outros, na série “Humanistic Scholarship Americana”;

• “Evidence and explanation” (pesquisa de Mendel)

• “A Profile for American Musicology” foi escrito contra o backround de obras acadêmica em outros campos humanistas –clássicos, história da arte e,especialmente estudos literários.

Ataques contra o positivismo

Page 22: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• Crítica Teatral: História Operística• Por que não houve um reconhecimento

análogo da crítica nos círculos músico-acadêmicos?

• “...o historiador de arte também deve ser um crítico.”

Critica Literária X Critica Musical

Page 23: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• Qual é o modelo apropriado para o historiador de música?

• Treitler atraiu a atenção do historiador de música para duas formas expositivas de história:

• A Sincrônica em contraste à Diacrônica.• Treitler entende por crítica uma forma

abrangente daquilo que uma obra significa em todos os seu contextos.

Page 24: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• Pesquisa sobre Beethoven: documentos históricos.

• Detalhamento espantoso dos documentos.• "a aquisição de informação sobre técnica de

composição", por Allen Forte. Porém,o material é de difícil compreensão,exigindo muita perícia.

Page 25: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• Estudo por Christopher Reynolds sobre esboços das chamadas Variações Heróica, Opus 35(o modelo para o finale da sinfonia Heróica), que nasceu da difícil hesitação do compositor entre dois diferentes cadernos de esboços.

• "No autógrafo do allegro de abertura da sonata para cello e piano em Lá Maior, Opus 69, toda a seção de desenvolvimento foi remodelada: Beethoven inverteu sistematicamente os papéis dos dois instrumentos dialogantes, riscando antigas leituras e sobrepondo-lhes outras na própria pagina.“ pag.191

Page 26: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• "Mas, ainda que se disponha senão de um ou dois rascunhos para alguma composição ou, melhor dizendo,apenas de um autógrafo corrigido, mesmo assim pode existir algo de significativo a ser aprendido a respeito da música.“ pag.193 mostrando a importância do estudo.

• Entrada no séc.XX, com a criação de revistas sobre música, que entretanto não investigaram muitos esboços, mas aprofundaram-se em análise, bibliografia, biografia, crítica e prática de execução.

Page 27: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• A análise é uma construção mental formalista com sérias limitações para a crítica,mas tem finalidade de validar um repertório a que se atribui valor elevado, dar um significado a esse valor e grandiosidade.

• The Classical Style. Um tema reaparece continuamente: manipulação da linguagem musical, com valores estruturais como equilíbrio, simetria, e valores mais ligados ao sentimento, como encanto, elegância, desespero...

Page 28: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

• Aborda a linguagem emocional e volta-se mais para o tema que para a estrutura.

• "Estilo antes em termos ideais do que em termos normativos"pag.210.

• O estilo seria demarcado pelo contexto e sentimento comum da época além das possibilidades existentes num dado período.

Page 29: Musicologia e Crítica Kerman, J. Musicologia. O que é Crítica? Musicologia e Crítica

Musicologia e CríticaMusicologia e Crítica

Robert, Fábio e MatheusMusicologia

Prof: Daniel Quaranta

I.A.D. – Instituto de Artes e DesignUfjf – Universidade Federal de Juiz de Fora