museus guggenheim

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UMA PUBLICAÇÃO GABRIEL BACELAR - ANO 06 - Nº 14 BAOBÁ Árvore que fascina os pernambucanos MUSEUS GUGGENHEIM 50 anos de Arte Moderna pelo mundo RALI DAKAR 2010 Aventura e emoção na Argentina e Chile SUAPE Momento de confluência para a economia do Estado LANÇAMENTOS Conheça os empreendimentos da marca Gabriel Bacelar

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UMA PUBLICAÇÃO GABRIEL BACELAR - ANO 06 - Nº 14

BAOBÁÁrvore que fascina os pernambucanos

MUSEUS GUGGENHEIM50 anos de Arte Moderna pelo mundo

RALI DAKAR 2010Aventura e emoção

na Argentina e Chile

SUAPEMomento de confluência

para a economia do Estado

LANÇAMENTOSConheça os empreendimentos

da marca Gabriel Bacelar

MATÉRIA ESPECIAL

EditorialCONSELHO EDITORIAL

COORDENAÇÃO | bruno bacelar

MARKETING | kithyanne véras

COMERCIAL | bruno figueiredo

COMUNICAÇÃO | carla guerra

GABRIEL BACELAR CONSTRUÇÕES

PRESIDENTE | gabriel bacelar

DIRETOR COMERCIAL | durval bacelar

DIRETOR TÉCNICO | bruno bacelar

EDITOR | djalma nascimento jr.

PROJETO GRÁFICO, REDAÇÃO

EDITORAÇÃO, TRATAMENTO DE

IMAGENS E FINALIZAÇÃO

DIREÇÃO DO PROJETO | carla guerra

FOTOGRAFIA | marcelo marona

REDAÇÃO | djalma nascimento jr., carla guerra e

bruno souto maior

COORDENAÇÃO COMERCIAL | juliane oliveira

DIAGRAMAÇÃO | joão paulo ferreira

REVISÃO | djalma nascimento jr

GABRIEL BACELAR | Rua Buenos Aires, 69 - Espinheiro

CEP: 52.020-180

Recife-PE - Brasil | Fone: 81 3366.3000

E-mail: [email protected]

CARLOTA COMUNICAÇÃO | Rua Amélia 373,

Galeria Graças Center

Salas 104 e 105

52020-150, Graças, Recife - PE

A Revista Gabriel Bacelar é propriedade da Construtora

Gabriel Bacelar, editada pela Carlota Comunicação, com

distribuição dirigida. A publicação é aberta a colabora-

dores e não se responsabiliza por conceitos emitidos em

textos assinados, em respeito à liberdade de expressão e

por qualquer conteúdo publicitário e comercial de terceiros.

Tudo de bom em viagens, gastronomia, arquitetura,cultura e empreendimentos imobiliários do Recife

Ano 06 - Nº 144

Para anunciar 81 3091.5068 81 8728.2132

[email protected]

CAPA

14

MATERIA ESPECIAL

ECONOMIA

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DOCE VIDA

ARTE E CULTURA

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DECOR

GASTRONOMIA

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ESPECIAL

EMBARQUE

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A CIDADE

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NOVIDADES

ENCONTRE

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CRONOGRAMA DE OBRAS64

Sumário06

Além de revelar em primeira mão as novidades em lançamentos e aspectos de destaque dos empreendimentos da Gabriel Bacelar Construções, a revista

que o leitor tem em mãos trata também de viagens, gastronomia, economia, urbanismo, arquitetura de interiores, dicas de moda, de consumo e de cultura. Nem tudo o que é bom está aqui, mas o que se en-contra nas páginas seguintes é tudo de bom. Nesse sentido, esta 14ª edição da publicação começa com um relato da história dos museus Guggenheim no mundo, enfocando suas origens, seus projetos arqui-tetônicos e as obras que expõem.

Na sequência, são reveladas as principais caracterís-ticas de dois lançamentos da Gabriel Bacelar Cons-truções: os edifícios Sky, em Boa Viagem, e Saint Guilherme, no Rosarinho. Com essa mesma finali-dade, outros dois projetos também serão abordados na publicação: o Sainte Daniela, no Rosarinho, e o Sainte Camila, na Madalena. Em uma outra matéria, o Condomínio Jardins, a ser entregue nos próximos meses, tem suas qualidades de sustentabilidade ambiental relatadas com todos os detalhes.

Para continuar com o que é bom, a Revista Gabriel Bacelar traz matérias exclusivas sobre viagens, história e aventura, a exemplo daque-las que tratam do Expresso do Oriente e do Rali Dakar na América do Sul. Em economia, o Com-plexo Industrial e Portuário de Suape é retratado em seu momento de consolidação e de geração de novas expectativas positivas. Em se tratando de aspectos do cotidiano do Recife e de Pernam-buco, os baobás da cidade e do Estado são mos-trados em toda a sua força e beleza. Para uma ideia sobre o que vestir na próxima estação, as tendências da moda para o inverno também são objetos de destaque nas páginas seguintes.

O cronograma das obras dos empreendimentos GB, os estilosos hotéis design, a importância da doação de medula óssea para milhares de pessoas no mundo, as dicas de decoração de ar-quitetos do Recife e o empreendedorismo gastro-nômico dos restaurantes Entre Amigos e Ilha dos Navegantes são outras matérias com as quais o leitor é brindado nessa edição. Uma boa leitura a todos.

AÇÃO DO BEMAÇAO DO BEM

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IMPORTADOS58

MODA

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Ano 06 - Nº 14

Desde que foi fundada, em 1937, a Fundação Salomon R. Guggenheim tem dedicado às artes plásticas uma atenção como nenhuma outra instituição privada jamais o fez. A partir do “Museu de Pintura não-objetiva” fundado naquele

mesmo ano em Nova York pela entidade, rebatizado em 1952 com o nome de Solomon R. Guggenheim e transferido de endereço em 1959, outros três foram adicionados ao circuito artístico internacional. Hoje, integram a família as unidades de Veneza (Itália), de Bilbao (Espanha) e de Berlim, a capital alemã. O objetivo tem sido apenas um: proporcionar ao maior número de pessoas possível a apreciação da arte moderna.

Nascido em 1861, na Filadélfia, Salomon Robert Guggenheim deixou os prós-peros negócios da família de lado aos 58 anos de idade para dedicar-se inte-gralmente a colecionar arte. Inaugurou a Fundação Salomon R. Guggenheim juntamente com a amiga e conselheira Hilla Rebay, baronesa e artista plástica alemã. Inicialmente, o Museu de Pintura não-objetiva ficava num showroom de automóveis em Manhattan, na Rua 54. Apenas em 1956, depois de 13 anos de conversas, mais de 700 esboços e seis plantas diferentes, a construção do atual prédio teve início a partir de um polêmico projeto de Frank Lloyd Wright, sendo concluída três anos depois, no nº 1071 da 5º Avenida.

A escolha de Frank Lloyd Wright para elaborar o projeto de um novo pré-dio para o Museu de Pintura não-Objetiva teve origem principalmente nos anseios de Robert Guggenheim. O colecionador queria que o edifício não pudesse ser de modo algum comparado a qualquer outro museu existente. Pelo contrário, entendia que, na medida em que a arte se transformara radi-

calmente nos últimos 200 anos, o perfil dos espaços para as suas exposições também deveria ser diverso dos tradicionais.

Contemporâneo de Robert Guggenheim, o arquiteto Frank Lloyd Wright já era uma lenda viva quando fora convidado para reelaborar o Museu de Pin-tura não-objetiva. Responsável por mais de mil projetos, com cerca de 500 dos quais executados, Wright foi um dos maiores propaladores da arquite-tura orgânica, desdobramento da arquitetura moderna, que a redimensiona e se contrapunha ao international style europeu. Em 1991, O American Institute of Architects conferiu postumamente a Wright o título de “Maior arquiteto americano de todos os tempos”.

Desde que foi inaugurado, o edifício do museu Solomon R. Guggenheim em Nova York é tão criticado quanto elogiado. Na época em que foi apre-sentado ao público, muitos artistas questionaram a viabilidade de expor quadros num prédio circular. Dai, talvez, o sucesso maior das instalações e exposições de esculturas.

Inicialmente, foram expostas no Solomon R. Guggenheim obras abstracio-nistas como Kandinsky, Fernand Léger e Robert Delaunay. Depois, voltando no tempo, houve mostras de grande sucesso de Paul Cézane, Paul Gauguin, Edouard Manet, Vincent van Gogh e Picasso, entre outros. Foi a exposição de esculturas do arquiteto Frank Gehry em 2001, no entanto, que levou o maior público ao museu.

Guggenheim em Nova Iorque

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Museus Guggenheim: 50 anos de arte moderna pelo mundo

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adequar ao moderno, o velho prédio teve suas instalações reformuladas pelo arquiteto americano minimalista Richard Gluckman.

A proposta da unidade de Berlim é manter um programa de exposições dinâmicas de arte moderna e contemporânea que, ao mesmo em que con-temple artistas consagrados, abra espaços para novos talentos, das mais diversas gerações e nacionalidades. Entre estes estão William Kentridge, Jeff Koons, Gerhard Richter, James Rosenquist, Andreas Slominski, Hiroshi Sugimoto.

Em 2005, o então presidente da Fundação Guggenheim, o filantropo Peter B. Lewis, renunciou ao posto defendendo que a entidade “se concentrasse mais em Nova York e menos em se dipsersar pelo mundo inteiro”. Ele, que havia sido o maior doador da história do museu, deve ter tido for-te influência em seus sucessores. Afinal, diversos projetos expansionistas foram descartados ou colocados de molho, como foi o caso da proposta para a unidade do Rio de Janeiro e de Guadalajara, no México. Apesar das negociações com diversos países, como a França, o Japão e a Romênia, atualmente há apenas uma nova filial em obras em Abu Dhabi (Emirados Árabes), com previsão de conclusão em 2013.

Guggenheim em Veneza

Guggenheim em Berlim

VenezaO segundo museu ainda em funcionamento da Fundação veio de uma sobri-nha de Robert Guggenheim, Peggy, que na década de 70 doou à instituição suas obras e sua casa em Veneza, o Palazzo Vernier de Leoni. Com a sua morte, em 1979, a coleção foi reordenada e vem sendo continuamente ampliada.

Hoje, integram a colecção permanente do Peggy Guggenheim Museum de Veneza obras-primas do Cubismo, Futurismo, Pintura Metafísica, Abstra-cionismo europeu, o Surrealismo, e o Expressionismo abstrato americano. Entre os artistas mais representativos ali expostos estão Picasso, Braque, Duchamp, Léger, Brancusi, Severini, Balla, Delaunay, Kupka, Picabia, Mondrian, Kandinsky, Miró, Giacometti, Klee, Ernst, Magritte, Dalí, Pollock, Rothko, Calder, Moore e Marini.

Em 1948, Peggy já era uma das maiores colecionadoras de arte moderna do mundo, e decidiu comprar o Palazzo Venier dei Leoni, no Grande Canal de Veneza, onde fixou residência. Em 1949, a sobrinha de Robert parecia seguir os passos do tio e realizou uma exposição de esculturas em seu jar-dim. Em 1951, colocou sua coleção à disposição do público.

O Prédio do Vernier dei Leoni provavelmente foi construído a partir da década de 1750 pelo arquiteto Lorenzo Boschetti, o mesmo da igreja de São Barnabé, também em Veneza. A obra foi inacabada, e ainda não se sabem os motivos: provavelmente falta de dinheiro para manter a proposta original. O projeto inicial, mostrando uma mistura de neopalladianismo e formas do barroco, é transmitido apenas por meio de gravuras de Giorgio Fossati e um modelo de madeira, hoje no Museu Correr. O que se vê atual-mente do Pallazo é apenas um resquício ou esboço da ideia.

Na década de 1990, o então diretor da Fundação Salomon R. Guggenheim, Thomas Krens, imprimiu um novo ritmo a ao expansionismo dos museus da instituição iniciado com o palácio de Veneza no final dos anos 70. Em 1997, por exemplo, abriu as últimas unidades que, somadas aos de Nova York e Veneza, até o momento promovem exposições. A primeira delas foi inaugurada em Bilbao, a partir de financiamento da construção pelo go-verno espanhol.

O projeto do Museu Guggenheim em Bilbao, hoje um dos lugares mais visitados da Espanha, foi do arquiteto norte-americano Frank Gehry. A cons-trução efetivamente teve incício em 1992. A complexidade das formas é de

tal forma impressionante que, no início dos trabalhos, foram levantadas dúvidas quanto à possibilidade de sua execução. Coberto por superfícies de titânio, o bloco projeta curvas orgânicas por todos os lados, conforme gran-de parte da obra de Gehry. Quando observada do rio, a edificação lembra um gigantesco barco, numa referência à cidade portuária de Bilbao. Com 50 metros de altura, o átrio central se assemelha a uma flor em pétalas. Dele, partem passarelas com acessos aos três níveis de galerias.

A coleção permanente do Guggenheim de Bilbao complementa as coleções das demais instituições da Fundação e, ao mesmo tempo, se revela com toda uma identidade própria. Estão ali, por exemplo, trabalhos de alguns dos mais significativos artistas da segunda metade do século XX, a exem-plo de Eduardo Chillida, Yves Klein, Willem de Kooning, Robert Motherwell, Robert Rauschenberg, James Rosenquist, Clyfford Still, Antoni Tàpies e Andy Warhol.

Em cooperação com o Deutsche Bank, a Fundação Guggenheim abriu a partir de uma pequena galeria de Berlim, também em 1997, o Deutsche Guggenheim. O museu em solo alemão fica no piso térreo do Deutsche Bank na Unter den Linden, um edifício em arenito construído em 1920. Para se

Guggenheim em Bilbao

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de gás, três elevadores (sendo um de serviço), hall social com estar, terraço, local para obra de arte, piscina com deck, sauna, ducha, mini-cam-po gramado, churrasqueira, pista de caminhada, salão de festas com copa, banheiros e espaços reservados para fitness center, playground e ge-rador. O número de vagas de garagem vai variar entre duas e três por apartamento, dependendo do andar em que estes se encontram.

Os apartamentos contarão com hall social, sala de estar e jantar, varanda, banheiro social, qua-tro quartos (sendo três suítes e mais um social), cozinha, despensa, área de serviço e dependên-cias de serviço.

“As proporções do terreno, da rua Dr. Pedro de Melo Cahu, onde está localizado o empreendi-mento, com 2.410 m², permitiram que o pro-jeto contemplasse uma ampla gama de opções de lazer, como piscina, sauna, e mini-campo. O apartamento em si, com 163 m², possui excelente circulação, com todos os quartos e suítes com vista para o nascente. Empregaremos o que há de me-lhor em técnicas e materiais no Sky Boa Viagem”, comenta o diretor técnico da GB, Bruno Bacelar.

www.gabrielbacelar.com.br

Numa das localizações mais va-lorizadas da zona sul, entre os colégios Boa Viagem e Santa Ma-ria, a Gabriel Bacelar Construções

está lançando seu mais novo empreendimento: o Sky Boa Viagem. O nome é uma referência à amplitude azul da vista já definida e ao porte imponente do edifício. Ao todo, serão 30 pavi-mentos tipo, cada um com dois apartamentos de 163 m².

“A localização privilegiada do Sky, com o colégio Boa Viagem à frente, garante os visuais livres e uma ventilação abundante durante todo o ano. Todos os ambientes de permanência prolongada, como suítes e salas, tem ventilação cruzada, nor-deste e sudeste”, comenta o arquiteto Carlindo Lopes, que integra a equipe da ML&N, responsá-vel pelo projeto arquitetônico.

Na fachada em tonalidades verde-escuro e bran-co, o arquiteto destaca os planos contínuos de pele de vidro, que “possibilitam uma transpa-rência suave e equilíbrio entre os espaços cheios e vazios”.

No que se refere ao lazer e aos serviços das áreas comuns, a proposta do Sky impressiona: central

Sky Boa Viagem: há mais coisas entre o céu e a Terra

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Portfólio GB

Saint Guilherme nasce

O bairro do Rosarinho está a cada ano mais valorizado no mercado imobiliário do Re-cife. Aproveitando esse contexto, a Gabriel Bacelar Construções acaba de lançar o

Saint Guilherme, no Largo Visconde do Mauá, bem próximo a academias, clínicas, padarias, supermercados e restau-rantes.

O projeto do Saint Guilherme é integrado por uma única torre com 25 pavimentos tipo, além de semi-enterrado, tér-reo, um vazado e um dedicado exclusivamente ao lazer.

Na infraestrutura de serviços, os pavimentos semienter-rado, o térreo e o vazado abrigarão áreas de circulação e estacionamento, reservatório de água, local para bombas, estacionamento, guarita de segurança, terraço coberto, hall social com ambiente de estar, espaços reservados para lixo, central de gás e subestação aérea. Serão dois os elevadores de última geração, um social e outro para serviço. Cada apartamento terá duas vagas de garagens.

No pavimento de lazer, há atrações para todas as idades, entre as quais se destaca a piscina com deck e rampa de acesso, sala de jogos, salão de festas, terraço coberto e descoberto.

Como são em número de 25 os pavimentos tipo, e cada andar contará com dois apartamentos, o Saint Guilherme terá um total de 50 unidades. O apartamento possuirá sala com varanda e ambientes de estar e jantar, circulação, dois quartos sociais, uma suíte, um banheiro social, cozinha, área de serviço, depósito de serviço e dependências com-pletas.

“Seguindo as rigorosas premissas da Gabriel Bacelar, pro-jetamos um apartamento de concepção moderna, com uma ampla varanda gourmet com peitoril integral de vidro, e suíte do casal voltada para o nascente. Uma morada am-pla e flexível, com requintes que só um trabalho integrado de concepção e execução pode alcançar”, comenta um dos arquitetos responsáveis pelo projeto do Saint Guilherme, Sandro Gama.

“Recentemente tivemos uma experiência de lançar um novo empreendimento no Rosarinho, o Gran Parc, e o sucesso foi absoluto. Como as características dos apartamentos se assemelham, bem como o padrão de lazer e serviços, espe-ramos repetir com o êxito com o Saint Guilherme”, afirma o diretor comercial da GB, Durval Bacelar.

www.gabrielbacelar.com.br

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Varanda gourmet: item opcional

no contexto de um bairro em valorização

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Portfólio GB

Nunca uma árvore despertou tanto fascínio no pernambucano quanto o baobá. Talvez pela descrição poética de Antoine de Saint-Exupery do vegetal que ameaçava o planeta do Pequeno Príncipe, que permanece fixada no imaginário ico-

nográfico de quem o leu. Talvez por seu enorme porte, sua longevidade, as formas sinuosas de seu tronco. O fato é que Pernambuco é conhecido como o lugar fora do continente africano que mais tem baobás. Segundo um dos maiores estudiosos brasileiros do assunto, o engenheiro agrônomo Osvaldo Martins Furtado de Souza, estima-se que haja cerca de 80 desses organismos em nosso estado, entre mudas plantadas há pouco tempo e exemplares já seculares.

Martins Furtado, que é também membro da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, explica que o baobá atende pelo nome científico de Adansônia digitata. É o mais encorpado representante da família das Bom-báceas, do gênero Bombax, interjeição que significa admiração, espanto, estranheza, assombro. Adansônia vem de uma alusão ao botânico francês Michel Adanson (1727 – 1806), quem primeiro estudou a árvore. Digita-ta deve-se ao fato de que suas folhas apresentam lóbulos semelhantes a dedos.

O baobá é nativo da África, e é encontrado especialmente em Guiné Bissau, no litoral de Angola, em Moçambique, no Senegal, Zimbábue, Nongoma (KwaZulu), Transval, Botsuana, Halahari, bacia dos rios Limpopo e Oli-fantis e norte da Cordilheira Soutpansberg. Ainda nas palavras de Martins Furtado, a árvore possui um “tronco volumoso, com numerosas cavidades,

fendas ou protuberâncias, de onde partem galhos ascendentes terminando abruptamente, lembrando raízes. Folhas digitatas e caducas (que caem pe-riodicamente), flores brancas, solitárias, em forma de sino, com a abertura para baixo. Fruto capsular, oblongo, coberto com uma camada de pelos aveludados castanho-esverdeados, provido de sementes castanho-escuras, envolvidas por uma polpa branca”.

O gigantesco vegetal chega a medir 30 metros de altura e seu tronco pode alcançar um diâmetro de até 20 metros. A partir de técnicas de datação com carbono radioativo, os pesquisadores concluíram que há exemplares de baobá no continente africano com mais de mil anos de idade, um privilégio entre os organismos vivos. Esse fato, aliado ao aproveitamento de suas folhas e frutos na alimentação, bem como à capacidade de reservar água em seu interior, aplacando a sede dos animais nas grades secas, conferem ao baobá o portentoso apelido de Árvore da Vida. É, dessa forma, cultuado e respeitado como sagrado nas diversas religiões africanas.

Talvez pelo fato de o baobá possuir essa origem africana, além de um simpá-tico porte rotundo, a curiosidade de como veio parar no Brasil é comumente despertada nas pessoas. A partir daí, as melhores intenções promovem as mais engenhosas elucubrações. Câmara Cascudo, por exemplo, disse que as sementes da árvore foram trazidas pelos escravos. Alguns afirmam que fora Maurício de Nassau quem as trouxe, naquele distante primeiro século de Brasil. Outros contam que vieram com as árvores migratórias. Para Martins Furtado, no entanto, o mais provável é que tenham vindo na bagagem de admiradores anônimos do gigante vegetal. “Quando os escravos eram

Pernambuco, terra dos baobás exilados

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A Cidade

capturados e embarcados para o Brasil traziam apenas a nostalgia e a alma. Não traziam roupas, alimentos, não traziam nada, como é que iriam trazer mudas ou sementes de baobá?”, pergunta ele.

Para ilustrar sua teoria, o estudioso comenta que os historiadores Na-poleão Barroso Braga e José Antônio Gonsalves de Mello identificaram, por meio de uma nota publicada no dia 11 de maio de 1875, que pelo menos dois dos mais antigos baobás recifenses fo-ram provenientes de sementes trazidas do Senegal em 1872 pelo médico Joaquim D’Aquino Fonseca. Um desses primeiros baobás, segundo Matins Fur-tado, é o que hoje pode ser visitado na Praça da República.

E por ai começamos nossa visita pelos baobás de Pernambuco. Além do exemplar da Praça da República, provavelmente o mais conhecido dos habitantes da cidade, essas árvores estão situadas na Praça da Sudene (Santo Amaro), na rua Coro-nel Urbano Ribeiro Sena (Fundão), na rua Madre Loyola (Ponte d’Uchoa), nas ruas Professor Edgar Altino e Bandeira de Melo, (Poço da Panela), na Praça Chora Menino, atrás do Mercado da Encru-zilhada, no Parque da Jaqueira e nos bairros do Engenho do Meio, Curado, Bongi e Madalena. Fora do Recife, há outras espalhadas por todo o Estado, em municípios como Olinda, Ipojuca, Cabo, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Gravatá, Garanhuns, Sanharó, Tacaratu e Vicência.

“Eu tenho a impressão de que nós temos aqui em Pernambuco mais ou menos 80 pés de baobás plantados. Plantados e identificados. Porque, quando distribuímos nossas mudas aqui, nós exigimos que a pessoa dê o endereço do plantio e, um ano ou dois depois, nos diga como vai o desenvolvimento”, observa Martins Furtado.

A disseminação e principalmente a preservação dos baobás em Pernambuco deve-se à dedicação de cinco pessoas. Uma delas é o já citado Osvaldo Martins Furtado de Souza, que no ano passado foi agraciado com o IX Prêmio CREA-PE de Meio Ambiente, promovido pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquite-tura e Agronomia de Pernambuco. As outras quatro personalidades em defesa

do gigante africano são Napoleão Barroso Braga, José Pereira Leite, Irineu Renato Barbosa e Fernando Batista. Já fizeram um bocado pelo respeito à árvo-re. Além do plantio e da distribuição das dezenas de mudas, denunciaram atos de vandalismo contra suas raízes em artigos de jornais, apaziguaram arengas entre vizinhos por causa do tamanho do vegetal e chegaram a mudar um projeto de alargamento do Capibaribe para evitar a morte do exemplar da Ponte d’Uchoa.

Um dos maiores estudiosos do assunto no mundo, o professor de Sociologia e Antropologia da Universida-de de Charleston, na Carolina do Sul, Estados Unidos, John Rashford, que pesquisa as origens do imenso vegetal, deu um importante depoimento acerca dos defensores da Árvore da Vida em artigo publicado no Diário de Pernambuco, em 21 de janeiro de 2005. “Quando afirmo que Pernambuco é a terra dos bao-bás no Brasil, e o Recife o coração da espécie nesse país, isso se dá justamente devido aos esforços que

foram empreendidos e ainda são por essas pessoas”, escreveu Rashford.

Que os defensores da Árvore da Vida tenham vida tão longa quanto os seres aos quais dedicam suas preocupações e esforços. Como lembrou Saint-Exupery, “e um baobá, se a gente custa a descobri-lo, nunca mais se livra dele”. Martins Furtado, o Senhor dos Baobás, que o diga. O agrônomo possui uma publicação intitulada “Pau-Brasil, esse ilustre desconhecido”, e insiste em divulgar as histórias e as qualidades desse outro nobre vegetal, que por sinal deu o nome ao nosso país. Está certo, mas esse é assunto para uma outra matéria. Fo

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Condomínio Jardins tem compromissocom sustentabilidade ambiental

Não é à toa que o Condomínio Jardins foi batizado com o nome que tem. No empreendimento, a ser entregue pela Gabriel Bacelar Construções nos próximos meses, o conceito de sustentabilidade foi levado a sério como em

poucos projetos residenciais já edificados em Pernambuco. Preservação de exemplares da mata original, economia de energia elétrica e redução no consumo de água foram algumas das propostas implementadas no decorrer das obras, num exemplo de alinhamento às novas tendências de responsabilidade ambiental na construção civil.

Desde a aquisição do terreno de 6,39 mil m² em que seria construído o Condomínio Jardins, no nº 291 da Rua Padre Roma, no bairro da Ja-queira, a Gabriel Bacelar Construções decidiu que a rica flora existente na área seria resguardada ao máximo. Com esse objetivo, foram contratados os serviços de três escritórios para a elaboração de estudos e projetos de preservação ambiental, replantio de árvores e paisagismo.

A proposta do Condomínio Jardins previa desde o início a ampliação dos tradicionais espaços reservados às crianças, com áreas também destina-das aos adolescentes e aos adultos, além de outras que possibilitasse o convívio comum entre as gerações. Assim, integram as áreas de lazer, por exemplo, piscinas com raias, trilha para caminhadas, mini-campo

gramado, praça, fonte e lugares próprios para salão de festas, fitness center, brinquedoteca, sauna, home cinema, lan house e até mesmo um ofurô.

O verde dos jardins no projeto paisagístico, naturalmente, está por todos os lados. Especificamente para essa finalidade, a GB contratou os serviços de Luiz Vieira Arquitetura de Paisagem, um dos escritó-rios mais renomados do Brasil e com atuação em empreendimentos de diversos portes, como o Portal de Gravatá, o Pestana Beach Resort (Natal), Hotel Porto Belo (Angra dos Reis) e o Templo Mórmon do Reci-fe. Para o Condomínio Jardins, Vieira aliou características tradicionais a outras não tão ortodoxas. Assim, há o clássico cultivo de espécies ornamentais, a iluminação externa, os gramados e o playground. Mas há também as cercas ao invés de muros, as áreas de chão de areia e o plantio de frutíferas, como a goiabeira e a pitangueira, que se somam às mangueiras e cajazeiras já existentes no terreno.

O projeto arquitetônico do empreendimento, elaborado por Rangel e Moreira Arquitetos Associados, foi o primeiro aprovado pela Prefeitura do Recife na Região a partir da edição da Lei dos 12 Bairros, que restringiu uma série de parâmetros urbanísticos, notadamente os de gabarito, em diversas áreas da cidade.

“Como o Jardins foi concebido para ser construído a partir de um condomí-nio, qualquer ideia nova com relação a sistemas ecologicamente corretos estava sujeita à aprovação dos proprietários. Nesse aspecto, a maior parte deles foi muito sensível às necessidades de preservação ambiental a partir de suas próprias casas”, comenta o diretor técnico da GB, Bruno Bacelar.

Assim, foi aprovada pelos condôminos, por exemplo a utilização do sis-tema de aquecimento, formado por 100 m² de coletores solares e dois tanques com capacidade para 5 mil litros em cada uma das duas torres do empreendimento. Um backup a gás garante que a temperatura da água nos reservatórios nunca caia a menos de 40 graus.

A economia de gás e energia elétrica com o aquecimento solar não é de se desprezar. Estima-se que uma família com cinco pessoas gaste cerca de R$ 120 por mês com banhos aquecidos a gás e R$ 200 com chuveiros elétricos. No que se refere à redução do impacto ambiental, no entanto, os ganhos são bem maiores. As usinas hidroelétricas, para serem implan-tadas, normalmente inundam grandes áreas verdes, devastando a flora e fauna em milhares de hectares. Por outro lado, a queima dos combustíveis fósseis, como é o caso do gás natural, resulta na produção de gás carbô-nico, que é consumido pelas florestas, mas que, em excesso, como ocorre hoje, torna-se o principal responsável pelo efeito estufa.

Outras propostas envolvidas no conceito de responsabilidade ambiental aprovadas e já implantadas para o Condomínio Jardins foram o reuso de águas pluviais para jardins e áreas comuns, o sistema de irrigação automatizado, a utilização de caixas de descarga com dois estágios, o emprego de luminárias especiais de baixo consumo e a automação do acionamento da iluminação das áreas comuns.

Cada um desses aspectos tem sua vantagem na economia de água ou de energia elétrica. As caixas de descarga contendo dois estágios de acionamento, por exemplo, são projetadas para permitir a escolha entre dois volumes de água: um maior, para a limpeza da bacia com dejetos sólidos, e outro menor para os líquidos. Segundo dados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) , a técnica sozinha é capaz de reduzir em até 20% o consumo da água em uma residência.

“Qualquer medida para a redução do consumo de energia ou água é bem-vinda nos dias de hoje. No caso do Condomínio Jardins, o que nos anima é o conjunto dos fatores que contribuem para tornar o empreen-dimento correto do ponto de vista ambiental. Esperamos que a experi-ência se multiplique nos próximos anos”, comenta Bruno Bacelar.

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Automação do sistema de aquecimento Acumuladores Térmicos de água quente

Placas para aquecimento através dos raios solares

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Matéria Especial

O complexo industrial portuário de Suape teve uma trajetória diametralmente oposta ao sig-nificado da expressão do tupi

que inspirou seu nome. Foram os índios Caetés, afinal, que chamaram de Suape o rio que mais tarde viria a ser denominado Massangana, cujo leito tortuoso se junta na foz aos do Tatuoca e Ipojuca. Ao que tudo indica, Massangana deriva da língua africana Kimbundu e quer dizer confluência. Suape, por sua vez, podia ser traduzido do tupi como “caminho incerto”. Diferentemente reto e certo, contudo, foi o destino daquele que se transformaria no maior conjunto de empreendimentos econômicos de Pernambuco.

Há mais de 40 anos, o então governador de Pernambuco Nilo Coelho determinou que fos-sem executados estudos de viabilidade para a implantação de um grande porto no litoral sul do Estado, entre os municípios de Cabo de

Santo Agostinho e Ipojuca. Algo nos moldes do conceito de integração entre porto e indústria já existentes em Kashima, no Japão e Mar-seille-Fos, na França. A idéia era diversificar a economia pernambucana, até aquele momento ainda bastante dependente da agricultura e pecuária.

O local escolhido não poderia ter sido melhor, por diversos fatores. Enquanto que no início da década de 1970 o Porto do Recife, numa região central da capital, começava a dar si-nais de sobrecarga, o maior distrito industrial de Pernambuco já começava a se formar no município do Cabo, principalmente às margens da BR-101. A 40 km de Recife e numa posi-ção privilegiada no Nordeste brasileiro, Suape fica a oito horas das rotas internacionais dos grandes transportadores da Europa e Estados Unidos. Outro aspecto digno de registro é que área imaginada para o novo empreendimen-to estava a pouco mais de 1 km da linha dos

arrecifes, que formam um quebra-mar natural. A profundidade marinha de aproximadamente 17 metros, por sua vez, permitia o acesso a grandes embarcações. Além disso, as terras na região eram extensas e intocadas, próprias para a desapropriação e implantação de um importante parque industrial.

O Plano Diretor do empreendimento veio entre 1973 e 1975, logo depois dos estudos iniciais. Em 1978, quando já haviam sido desapro-priados 13.500 hectares de terras, o governo Marco Maciel criou a empresa Suape Complexo Industrial Portuário, através da Lei nº 7.763. O Decreto Estadual nº 8.447, de 1983, aprovou as normas de uso do solo, uso dos serviços e preservação ecológica, de modo a garantir o uso racional da área com menor impacto am-biental possível. Ao todo, foram criadas dez zonas com finalidades específicas: uma indus-trial portuária, uma de processamento de ex-portação, três industriais, uma administrativa,

uma de preservação ecológica, uma agrícola e florestal, uma de preservação cultural e uma residencial.

Até 1991 foram investidos recursos públicos da ordem de R$ 144 milhões em trabalhos de infra-estrutura portuária, sistema de rodovias e ferrovias interno, redes de água e esgoto, energia elétrica, telecomunicações, obras complementa-res e um centro administrativo.

O primeiro molhe em pedras, para a proteção da entrada do porto interno, foi construído em 1984. A partir de então foram ofertadas duas instalações de acostagem de navios em forma de píer, uma para granéis líquidos e outra para múltiplos usos. Em abril desse mesmo ano foi realizado o primeiro embarque de álcool pela Petrobrás.

Somente em 1991 o cais de múltiplos usos en-trou em operação, movimentando carga geral

conteinerizada. Nesse ano, Suape foi incluído pela Secretaria Nacional dos Transportes, vincu-lada ao Ministério da Infra-Estrutura, entre os 11 portos prioritários do país para o direcionamento de investimentos federais em infraestrutura por-tuária. Em 1996, o reconhecimento junto ao exe-cutivo federal da importância de Suape tomou um corpo ainda maior quando foi incluído entre os 42 empreendimentos do programa “Brasil em Ação”.

Entre 1999 e 2004 os trabalhos de melhorias e ampliação da estrutura do complexo não para-ram. A etapa do Porto Interno, com 935 metros, foi concluída; a segunda etapa, com a dragagem de mais 1,3 milhão de m³, foi iniciada; a aveni-da portuária foi duplicada; o primeiro prédio de operações e o Centro de Treinamento do Comple-xo Industrial Portuário de Suape ficaram prontos. Ainda em 2004, foram firmados os protocolos de intenções para a instalação de um novo estaleiro no porto e o grupor argentino Arcor decidiu er-

guer, no local, um parque com quatro fábricas e uma central de distribuição. Na seqüência, ou-tras empresas de grande porte, como a Emplal, fabricante de embalangens plásticas, passaram a inaugurar unidades na área.

Em 2005, veio a pedra fundamental da Refinaria General José Ignácio Abreu e Lima, a partir de uma parceria entre a Petrobrás e a Petróleos da Venezuela S. A. (PDVSA). Segundo a Petrobrás, será a mais moderna refinaria construída no Bra-sil, pois será a primeira a adaptada a processar 100% de petróleo pesado, com o mínimo de impacto ambiental. Sua construção, já em cur-so, terá investimentos da ordem de 12 bilhões de dólares. A capacidade de refino será de até 230 mil barris por dia e estima-se que, até a conclusão, prevista para 2011, cerca de 10 mil empregos sejam gerados.

Em fevereiro de 2007, após os avanços das negociações e a assinatura de um contrato en-

Suape: o momento da confluência

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Economia

tre a Transpetro, subsidiária da Petrobrás, e o Estaleiro Atlântico Sul, começaram as obras de terraplanagem que estão inserindo Pernambu-co na reativação da indústria naval brasileira. O empreendimento, no qual foram investidos R$ 1,6 bilhão, é situado na Ilha de Tatuoca. Atualmente, a empresa já conta com 22 navios encomendados pela Transpetro e um casco de plataforma para a Petrobrás.

Desde que foi idealizada nos anos 60 do século passado, Suape não vê o tempo pa-rar. Um ou outro governo pode ter agido com maior ou menor celeridade e afina-mento com a política federal, o que garan-tiu a agilidade ou o atraso de determinada empreitada no projeto. Atualmente, Suape acumula investimentos públicos e privados - das 96 empresas instaladas e outras 16 em implantação em seu complexo portuário e industrial, estimados em nada menos que 15 bilhões de dólares.

Nesse início de 2010, a única coincidência de Suape com caminhos incertos do rio é a confluência. Convergência de fatores posi-tivos. Com o avanço das obras da Refina-ria, os trabalhos em curso no estaleiro, as obras de infra-estrutura que facilitarão o transporte pelos diversos modais - a exem-plo da Nova Transnordestina e da duplica-ção da BR-101, e ainda com os recentes incentivos da ZPE, o momento para Suape é mais promissor que nunca.

A crise econômica que teve seus piores momen-tos na passagem de 2008 para 2009 afetou o movimento de cargas em Suape no ano passado. No decorrer do exercício, foram movimentados 7,77 milhões de toneladas, contra 8,61 do pe-ríodo anterior.

Os números do segundo semestre de 2009, no entanto, quando foram movimentadas 4,3

milhões de toneladas contra 3,6 milhões de toneladas dos primeiros seis meses do ano, mostram que a situação está sendo revertida e que 2010 promete trazer de volta o crescimento. “O crescimento obtido no segundo semestre de 2009 apresenta uma nova perspectiva para o ano de 2010. Se mantivermos esse ritmo, a movimenta-ção de cargas atingirá um aumento entre 15% a 20%, alcançando até 9 milhões de toneladas”, comentou o secretário de De-senvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente de Suape, Fernando Bezerra Coelho.

Tendo em vista que as exportações e as im-portações de Pernambuco caíram 11,94% e 19,51% em 2009, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, parece que Suape as-sume cada vez mais sua vocação para um porto concentrador de cargas (hub port), sem deixar de oferecer alternativas para a cabotagem, mas se descolando dos re-sultados da balança comercial. Talvez por isso Suape tenha apresentado um número recorde de navios no ano passado, em que pese a queda na movimentação de cargas: foram 1.138 embarcações contra 1.042 de 2008.

De qualquer forma, do ponto de vista es-tratégico a exportação é prioridade para o Brasil. Nesse sentido, um importante passo foi dado no início de 2010 com a assinatura do decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que criou a Zona de Processamento de Exportação de Pernam-buco (ZPE).

A ZPE Suape, como é mais conhecida a proposta, se instalará às margens da BR-101, a 8 km do Porto de Suape. As indús-trias que se abrigarem em sua área, com 198,84 hectares, contarão com incentivos fiscais para a aquisição de insumos e bens de capital, sem a exigência de diversos tributos. Além disso, prevê-se ainda uma redução na burocracia das operações de comércio exterior.

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O maior rali do mundo

Pelo segundo ano consecutivo ocorrendo em terrenos inóspitos da América do Sul, o rali Dakar 2010 teve sua largada em 1º de

janeiro e a chegada aconteceu 17 dias depois. No percurso de cerca de 9 mil km em territó-rios chilenos e argentinos, a prova mais dura do automobilismo mundial teve novamente o espanhol Carlos Sainz e seu navegador Lucas Cruz como vencedores na categoria carros. A maior estrela da aventura, no entanto, ficou por conta do Volkswagen Race Touareg, cujos pilotos e co-pilotos ocuparam todas as três po-sições do pódio.

Além dos campeões espanhóis Carlos Sainz e Lucas Cruz, subiram ao pódio as duplas forma-das por Nasser Al-Attiyah (Catar) e Timo Got-tshalk (Alemanha) e Mark Miller (EUA) e Ralph Pichford (Nova Zelândia), segundos e tercei-

ros colocados, respectivamente. Concluíram a competição 57 carros, 88 motocicletas, 14 quadriciclos e 28 caminhões, totalizando 187 veículos, contra 360 que iniciaram a prova.

Em sua 32ª Edição, o rali Dakar 2010 saiu de Buenos Aires em direção ao norte da Argenti-na, passando por Córdoba e Fiambala, antes de sair do país. Já no Chile, o primeiro desafio foi cruzar a Cordilheira dos Andes, em altitudes de até 4 mil metros, o que exigia um esforço físico quase sobrenatural dos pilotos e navega-dores. No deserto do Atacama, as dunas foram cedendo espaço para terrenos pedregosos nas proximidades de Copiapo e Antofagasta. Dali a Iquique, percorrendo 483 km, os competidores enfrentaram os momentos mais difíceis da pro-va ao experimentar um dos terrenos mais secos do planeta, quando finalmente o retorno foi alcançado na costa do Pacífico.

Na volta a Buenos Aires, o Dakar 2010 cru-zou novamente o Atacama e passou por San-tiago e San Juan, rota na qual enfrentaram o Aconcágua antes de retornar ao território argentino. Até o final da prova, os competi-dores passaram ainda por cânions, estradas sinuosas, longas subidas e descidas, dunas e morros para saltos diversos entre San Ra-fael, Santa Rosa e a chegada em San Carlos de Bolívar, na capital.

Entre os brasileiros, o melhor colocado na classificação geral de carros, em 10º lugar, foi o piloto Guilherme Spinelli, acompanha-do do navegador português Filipe Palmeiro, da equipe Mitsubishi Brasil.

O Race Touareg pilotado por Carlos Sainz e Lucas Cruz foi desenvolvido especificamente pela Volkswagen Motorsport para participar Fo

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de competições off road. A maior parte da estrutura é formada por tubos de aço e a carroceria, com pouco mais de 50 kg, é completamente feita em fibra de carbono e resina.

O motor é um Volkswagen TDI Turbodíesel, com cinco cilindros e 280 cv. Com tração permanente nas quatro rodas e câmbio sequencial de cinco marchas, o carrão tem também suspensão independente e dois amortecedores em cada roda. Na estrada, o Race Touareg ultrapassa os 200 km/h.

HistóriaO Rali Dakar teve sua primeira edição inicia-da em 1978. Inicialmente, a largada sempre ocorria em Paris e a chegada em Dakar, daí a popularidade do nome Rally Paris-Dakar. Na década que se iniciou em 1990, no entanto, diversos fatores, notadamente os de ordem política, de segurança e outros envolvendo interesses dos patrocinadores fizeram com que os percursos da prova sofressem varia-ções constantes. Ente alguns desses motivos

adentra a América do Sul

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Doce Vida

de impedimentos esteve a instabilidade política na Argélia e decisão da prefeitura de Paris em 1994, quando a chegada da competição teve que ser movida da Champs-Élysées para o par-que da EuroDisney.

Assim, a competição cujo nome originalmente era Rally Paris-Dakar foi resumida a Dakar. Os trechos dos percursos variavam entre a capital do Senegal e Granada, Cairo, Arras (norte da Fran-ça), Barcelona, Lisboa e finalmente fora da África e da Europa com as edições de 2009 e 2010 en-tre Argentina (Buenos Aires) e Chile (Valparaíso e Antofagasta).

A decisão de realizar uma competição do Dakar fora da África e Europa decorreu de ameaças da rede terrorista Al Qaeda em 2008, quando a pro-va foi cancelada. Na ocasião, os organizadores também argumentaram que havia problemas de segurança em percursos da corrida na Mauritâ-nia, onde turistas franceses foram assassinados no final de 2007. A localização da próxima edi-ção do rali ainda não foi anunciada.

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O Museu do Homem do Nordeste, criado pelo sociólogo Gil-berto Freyre, reúne um acervo de cerca de 15 mil peças de caráter histórico, etnográfico e antropológico, que conduz à compreensão do modo de vida nordestino, desde as peças

dos índios do Nordeste às manifestações do universo mental e compor-tamental desse homem, proporcionando uma visão holística da cultura nordestina. O museu nasceu da fusão de três outros museus: o Museu de Antropologia (1961-1979), pertencente ao então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, o Museu de Arte Popular (1955-1966), ligado ao Governo do Estado de Pernambuco, e o Museu do Açúcar (1963-1977), do extinto Instituto do Açúcar e do Álcool.

O autor de Casa-Grande & Senzala e de outras obras basilares para a com-preensão da sociedade brasileira, defendeu, em 1924, a criação de museus regionais de caráter antropológico, afirmando ser fundamental “a funda-ção, no Brasil, particularmente no Nordeste, de museus de um tipo novo: que reunisse valores expressivos da cultura e do ethos de gentes brasileira-mente regionais”. Em contraposição à importância do seu acervo, a atual exposição de longa duração encontrava-se desatualizada, de acordo com normas da moderna museologia. O mobiliário e suportes não permitiam, por exemplo, a inclusão de outras coleções do acervo. A exposição necessita de novas orientações que expliquem ou interpretem o processo evolutivo da cultura do homem nordestino, aliada a uma reformulação estrutural do seu

projeto museográfico, incorporando iluminação dramática, recursos audio-visuais, mobiliário tecnicamente adequado à preservação do acervo exposto (interno e externo), recursos cenográficos, mapas e gráficos.

O Projeto de Revitalização da Exposição de Longa Duração, patrocinado pela Petrobrás e apoiado pelo Escritório de Arquitetura de Janete Costa, dá continuidade ao Projeto de Revitalização do Museu do Homem do Nordeste, iniciado em 2003, a partir das obras estruturais já realizadas no prédio que abriga o seu circuito expositivo, com recursos da Fundaj e do Finep, como alterações de fachada, do sistema de climatização, de iluminação e sistema elétrico, troca do piso e reforma do telhado.

Serviço:Museu do Homem do NordesteAvenida 17 de Agosto – 2187Casa Forte / Recife-PE Fone: (81) 3073.6340

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Doce Vida Arte e Cultura

Claude Monet

Paixão que virou museu

O Museu do Futebol é um museu do terceiro milênio e propõe uma narrativa linear, obtida com o uso de multimeios. São mais de seis horas de vídeos, centenas de fotografias e muita interatividade. A história do futebol é con-tada com base nos eixos temáticos: emoção, história e diversão. A curadoria de Leonel Kaz revela uma sequência de experiências visuais e sonoras que relacionam o esporte e a vida brasileira no século XX. O time contou ainda, com uma equipe de consultores liderada por João Máximo e que inclui os jornalistas Celso Unzelte e Marcelo Duarte. Assinada por Mauro Munhoz, a arquitetura visou transformar um espaço subutilizado no mais moderno museu do Brasil. E o desafio foi maior ainda quando se optou por preservar e expor a arquitetura original do estádio, fruto do perfil arquitetônico da dé-

cada de 1930, período em que foi construído o prédio. O projeto arquitetô-nico revela as estruturas do estádio, seu avesso e seus interiores. Cada sala deixa aparente a estrutura de concreto do teto e mostra seu conteúdo por entre o ziguezague das escadarias: a cobertura do Museu é a arquibancada. Fundado pelo presidente Getúlio Vargas, em 1940, como Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho e tendo sido palco de diversas comemorações de títulos e fatos históricos, como o gol “de bicicleta” de Leônidas da Silva, o Pacaembu tornou-se ideal para sediar o Museu do Futebol.

Serviço:Museu do FutebolPraça Charles Miller, S/NEstádio do PacaembuSão Paulo-SPFone: (11) 3664.3848

Pela primeira vez, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) apresenta uma instalação com o grupo completo de pinturas de Claude Monet. Uma vasta coleção que reúne acervos de colecionadores e museus, na qual inclui um mural denominado “Water Lilies”, 1914-1926, de painel único, dos lírios de água, no estilo japonês da lagoa particular de Monet, que cultiva-va em sua propriedade em Giverny, na França. Também há a “Passarela Japo-

nesa” (1920-1922) e “Agapanthus” (1914-26), descrevendo as plantas majestosas nas proximidades da lagoa. Estas pinturas têm preservado um encantamento especial do público do museu. Em cartaz até o dia 12 de abril de 2010.

Serviço:Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA)11 West 53 StreetNova Iorque - EUAImpressão, Sol Nascente - Claude Monet (1869)

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Sainte Daniela: boa localização e qualidadearquitetônica com padrão GB de construção

MoMA apresenta

Entre o Clube Náutico e o Parque da Jaqueira, numa das mais valoriza-das áreas da cidade do Recife, a Gabriel Bacelar Construções lança

nesse início de 2010 o edifício Sainte Daniela. A proposta promete atrair interessados em pratici-dade, conforto e, sobretudo, qualidade de vida.

A localização já é conhecida do recifense. O Sain-te Daniela ficará na Rua Desembargador Martins Pereira, que tem como vizinhos restaurantes, clí-nicas, academias, cafés, livrarias, supermercados e escolas, além do parque e do clube já citados. Estão nas redondezas, por exemplo, o Bompreço, a Pizzaria La Campanina, a taberna japonesa Quina do Futuro, a escola de idiomas ABA e a Livraria Jaqueira.

“Externamente, o Sainte Daniela segue um con-ceito atual de fachada, linhas discretas e elegan-tes, que traduzem a sobriedade da construtora, transferindo para o cliente um status só encon-trado em prédios de maior porte. Uma marcação que sobe pela parte posterior da construção e culmina na coberta, verticaliza a obra e delimita um coroamento que caracteriza a função de la-zer da cobertura”, explica a arquiteta Têca Lôbo, da Gama Arquitetura, empresa responsável pelo projeto. O empreendimento atrai não só pelo contexto urbano, mas também por suas qualidades ar-quitetônicas e o padrão GB de construção. Ao todo, serão 28 pavimentos, sendo 25 tipos, um semienterrado, um térreo e um vazado. O terreno ocupa uma área de 1.346,60 m².

Na infraestrutura de lazer e serviços, haverá ter-raços coberto e descoberto, dois elevadores de última geração, local para central de gás, duas vagas de garagens por apartamento, piscina com deck, sala para relax, espaço para sauna, lava-bos, salão de festas com copa e salão de jogos.

Nos pavimentos tipo, haverá dois apartamentos por andar, cada qual com 102,25 m². Interna-mente, distribuem-se harmonicamente a sala com ambientes de estar e jantar, a varanda, três quartos (sendo uma suíte), banheiro social, co-zinha, área de serviço, depósito e dependências de serviço.

“A localização do imóvel, somada às característi-cas de área e planta do apartamento, bem como aos atrativos de lazer, farão do Sainte Daniela um empreendimento bastante interessante a quem procura conforto e praticidade”, comenta o diretor comercial da GB, Durval Bacelar.

Para o diretor técnico da GB, Bruno Bacelar, o know-how da construtora em projetos similares fez com que a mesma atingisse um elevado nível de excelência para a empreitada. “Já trabalha-mos com diversos empreendimentos semelhan-tes e todos tiveram uma aceitação muito boa por parte dos clientes. Não há segredo: precisamos somar fatores como boa localização, modernida-de arquitetônica e alta qualidade em técnicas e materiais construtivos, e tudo isso já está con-templado na proposta do Sainte Daniela”, diz o diretor.

www.gabrielbacelar.com.br

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Arte e Cultura Portfólio GB

Um apartamento com poucos móveis sem comprometer a circula-ção, tornando-se prático e funcional. Esta foi a encomenda que a proprietária do imóvel – um apartamento de 168 m², localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife - solicitou a arquiteta Ana Cristina Cunha. O apartamento foi reformado no início da obra do edifício, desde o layout sugerido, pisos, revestimentos e acabamentos, procurando seguir à risca as solicitações da cliente. Para isso, a arqui-teta procurou dosar os espaços sem modismo e ostentações, fazendo

uso de uma cartela de cores claras com toques escuros, ressaltando ainda a base neutra utili-zada nos pisos e parede. A utilização de vidros e espelhos reflexivos nos móveis dos quartos foi de suma importância para a concepção dos mesmos. Esses materiais auxiliam a ampliar os espaços e dão um toque de sofisticação, além da iluminação.

Praticidade e funcionalidade em projeto de Ana Cristina Cunha

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ona Para realizar com maestria este trabalho, o arquiteto Maury

Santana apenas ouviu o desejo da cliente, que era simples-mente criar e executar um projeto de ambientação para todo o imóvel: um apartamento de 320 m², localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O conceito criativo do projeto se baseou na utilização de peças novas, nas cores mais neu-tras possíveis, pois a cliente possui um rico acervo particular de obras de arte, que incluiu, entre elas, peças de mobiliário

e quadros. Dessa forma, os diferencias do projeto ficam por conta da inserção de peças com linhas retas dentro de um contexto que apresenta moveis datados do século passado, para que só estes se destaquem na ambientação geral. O tempo para execução do projeto foi de quatro meses.

Inserção de peças com linhas retas norteia a ambientação proposta por Maury Santana

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Ilha dos Navegantes é sinônimo de empreendedorismo e qualidade na zona sul

O grupo de restaurantes que co-meçou há 29 anos com o Ilha da Kosta já se tornou sinônimo de empreendedorismo e hoje

integra a cultura gastronômica do Recife. O mais recente deles, o Ilha dos Navegantes, fundado em maio do ano passado, reúne entre suas prin-cipais características o ambiente aconchegante, a simpatia e o profissionalismo da equipe de colaboradores e uma variedade de pratos de fru-tos do mar poucas vezes encontradas na capital pernambucana.

Mesmo com petiscos como esondidinho de carne de sol, carpaccio de carne, filé mignon com fritas e caldinho de feijão, vêm do mar os principais ingredientes dos pratos mais pedidos do Ilha dos Navegantes. Até mesmo a culinária japonesa, já consagrada pelos clientes do restaurante Ilha

pido no meio do expediente. Entre estes há o filé ou a posta de pescada amarela, o filé de salmão, filé de tilápia ou o mesmo peixe na brasa.

Nas massas e risotos, servidos com generosidade para duas pessoas, destaque para o Espaguete ao Molho Pomodori e Fruti di Mare e o Risoto de Frutos do Mar.

Embora a variedade de opções seja grande, as vedetes da casa são mesmo as moquecas. Há opções do prato preparado com peixe (pescada amarela), camarão, lagosta e até mesmo siri mole. A mista, com pescada amarela e cama-rões, pirão, arroz e farinha de dendê, é uma das mais elogiadas.

O cardápio foi montado pelo proprietário da casa, Severino Lucena, em parceria com o chef paulista Fo

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Sushi, do mesmo grupo, se faz presente em igua-rias de salmão, polvo e atum, como os sushis, sashimis, uramakis, tekamakis e temakis.

Ainda nos petiscos, no entanto, os frutos do mar já se apresentam em caldinhos de camarão, peixe e sururu, bolinhos de bacalhau do Porto, casquinhos de caranguejo e filés de agulha, além de gratinados e ensopados diversos.

Nas entradas, até mesmo as verduras ou le-gumes se mesclam aos sabores dos oceanos, a exemplo da Salada de Bacalhau à Portuguesa, com azeitonas pretas, ovos cozidos e pimentões regados no azeite extra virgem.

O Ilha dos Navegantes oferece pratos grelhados para uma pessoa, com duas opções de acompa-nhamentos, uma boa pedida para o almoço rá-

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Gastronomia

O Ilha da Kosta II, também em Boa Viagem, foi o segundo restaurante dos irmãos. Inaugurado em 1984, seguiu a tendência que se instalava no Brasil de atendimento self-service. Hoje é anexado ao Ilha do Goiamum, aberto em 1999, e ao Ilha Sushi, fundado em 2001 numa área adjacente.

A lanchonete Ilha Burguer e a Ile de Crepe são os outros dois estabelecimentos do grupo. A situa-ção geográfica das casas, todas em Boa Viagem e próximas umas às outras, facilita a gestão e a logística de fornecimento. Hoje, os três filhos de Biu trabalham nos restaurantes, bem como um sobrinho. O grupo emprega atualmente 225 funcionários nas suas sete casas.

Luciano Rosa. A fórmula é a mesma para todos os restaurantes do grupo: o que vale é a recei-ta simples, preparada da forma consagrada e clássica, com ingredientes selecionados e de primeira qualidade. Nada de pratos mui-to requintados ou caros. “Não adianta você querer ser sofisticado, a linha nossa é essa”, comenta Lucena.

O Ilha dos Navegantes possui projeto arqui-tetônico de Pedro Mota. Outros arquitetos, no entanto, trabalharam na proposta, a exemplo de Lorena Pontual, que fez a ambientação. O lugar tem capacidade para 300 pessoas sen-tadas de forma confortável. Funciona das 11h da manhã às 2h da madrugada de domingo à quinta. Às sextas e sábados, abre de 11h da manhã às 4h da madrugada.

Trabalho e sucesso no restaurante e bar Entre Amigos

Num exemplo poucas vezes visto no mundo da gastronomia, um dos restaurantes mais movimen-tados do Recife na atualidade

surgiu em 1994, numa modesta banca de revis-tas. Hoje, passados 16 anos, e já com duas ca-sas, uma em Boa Viagem e outra no Espinheiro, o Entre Amigos integra o circuito da boa mesa na cidade com uma receita de sucesso que alia descontração, boa comida e profissionalismo no atendimento.

Originalmente, vem da carne de caprino o sucesso inicial do Entre Amigos. Atualmente, no entanto, o cardápio dos dois restaurantes contempla, além do bode, pratos com aves, carnes nobres (a exemplo do filé, da picanha e da maminha) e ainda variadas opções em frutos do mar.

Nas entradas, há alternativas como caldinho de feijoada, ensopado de caranguejo, creme de aspargos, carpaccio de vitela, tábuas de frios e a famosa Salada Mestre Capiba, com maionese de batata, sardinhas à portuguesa, batata pa-lha e verduras à Juliana. Os caldos, ensopados, cremes, frios e saladas também são servidos em variadas opções de ingredientes.

Nos pratos principais, o bode ou suas peças mais nobres são preparados de várias maneiras: per-nil, picanha, superbode assado, aos molhos (de hortelã, catupiry ou maracujá), ao funghi, guisa-do, em paelha e na buchada. O pernil do capri-no, com feijão verde, arroz-de-carreteiro, batatas aos murros, farofa de jerimum, pirão de queijo e geléia de menta, está entre os mais pedidos.

As demais carnes, como as aves, a bovina e a suína, recebem influências da cozinha interna-cional e da regional. Assim, por exemplo, há desde o clássico filé à chateaubriand (com arroz à grega e batata duchese), passando pelo frango à cubana (com peito de frango, banana à mila-nesa, arroz à grega e batatas fritas), até chegar à uma suculenta picanha de porco completa (fei-jão, arroz, macaxeira cozida e pirão de queijo).Fo

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Trabalho e visãoSeverino Lucena, chamado carinhosamente de Biu pelos amigos e funcionários dos seus restaurantes, nasceu em Frei Miguelino e veio para o Recife aos 14 anos de idade, em 1977. Na capital, começou a trabalhar como ajudante de cozinha na cantina Star, juntamente com o irmão e hoje sócio, José Inácio.

No final de 1981, o Ilha da Kosta, que então exis-tia havia cerca de um ano no mesmo local onde hoje se encontra, foi vendido a Biu e a José Inácio. O antigo proprietário era o mesmo dono do Ilha de Kos, onde Biu havia trabalhado depois da cantina, já como garçom. “O mais difícil foi começar novo, errando e acertando. Depois, quando adquirimos certa experiência na gestão, o desenvolvimento veio de forma mais constante”, diz ele.

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Gastronomia

Os frutos do mar seguem a tendência internacio-nal, porém com um toque da cozinha nacional. Ao lado de receitas consagradas, como o bacalhau à portuguesa (posta refogada com batatas, verduras puxadas no azeite e arroz) e o polvo à espanhola, convivem iguarias como a nossa tradicional mo-queca mista (com arroz branco e pirão) e o filé de surubim na brasa, esse mais para um fruto fluvial brasileiro. Na unidade de Boa Viagem, desde o co-meço de 2010 os clientes também têm opções da cozinha japonesa e almoço em sistema self-service de segunda a sexta.

Normalmente, os pratos vêm para duas ou mais pessoas, mas há também porções individuais em bodes, carnes, aves e frutos do mar. Nos petiscos, a picanha de bode, o Pernil baby bode (farofa de cenoura, cebola francesa e pirão de queijo), a ca-labresa com fritas e a Charque desfiada acebolada (com pirão de queijo) estão entre os mais aprecia-dos. Aos sábados, a feijoada do Entre Amigos tem ganhado adeptos cada vez mais assíduos.

Esforço e dedicaçãoQuando, em 1994, o então garçom de churras-caria Raimundo Dantas e seu cunhado, o fun-cionário público Roberto Farias, compraram uma

banca de revistas em Boa Viagem, mal podiam imaginar o que o futuro reservava para o negó-cio. O lugar, na mesma rua em que hoje está o estabelecimento de Boa Viagem, começou a ser frequentado por amigos que saiam da praia e paravam para uma cerveja e um naco de bode assado, então trazido da Paraíba.

Aos poucos, mais e mais gente aparecia para provar a iguaria caprina, até então pratica-mente inexistente na cidade. O restante do terreno da pequena banca foi então utilizado para sediar um pequeno bar, que em 2000 foi ampliado com a partir da aquisição, dois anos antes, da casa ao lado, na esquina. Em 2003, os sócios adquiriram o casarão onde montaram a unidade do Espinheiro, com capacidade para 500 pessoas.

Em 2009, o Entre Amigos de Boa Viagem cres-ceu mais uma vez, com a aquisição de uma outra propriedade vizinha. Com projeto dos arquitetos Alexandre Mesquita e Alexana Vilar, os mesmos que assinaram a unidade do Espinheiro, o es-tabelecimento foi também modernizado e con-ta com novidades como o pé direito ampliado, grandes janelas de vidro, venezianas metálicas

ajustáveis para controlar a insolação, mini-play-ground para as crianças, ar refrigerado na parte inferior e mais amplitude no espaço superior. Ali, capacidade atual é para 780 clientes sentadas.

Com 250 funcionários nas duas casas, entre gar-çons, cozinheiros, auxiliares, gerentes, caixas e nutricionistas, os proprietários do Entre Amigos também contam com o apoio e o trabalho dos filhos e esposas no negócio. “Somos o que pode ser chamada de uma empresa tipicamente fa-miliar. Existe uma característica nos restaurantes em geral que é a rotatividade muito grande dos colaboradores, com a família por perto há uma segurança maior”, comenta Roberto Farias.

O horário e os dias de funcionamento do Entre Amigos, de 11h30 até o último cliente em todos os dias do ano, com exceção da sexta-feira da Paixão, reflete um pouco a filosofia dos proprie-tários. “Procuramos sempre ter muita dedicação, e ao mesmo tempo inovar, mas mantendo a qualidade do atendimento, porque as pessoas procuram sempre o que é novo, mas querem o que é bom”, diz Roberto Farias.

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Sainte Camila agrega o modernoa características já consagradas

O bairro da Madalena possui entre suas principais características uma localização estratégica na ci-dade do Recife. Estando próxima à região central, sem, contudo, nela estar integrado, possui corre-

dores de acesso às zonas oeste, norte e sul da capital pernambu-cana. É justamente ali, mais precisamente na rua José Higino, que a GB lança o Sainte Camila, um residencial feito sob medida para quem quer praticidade e simplicidade na vida.

A localização do Sainte Camila é privilegiada. Próxima a escolas, restaurantes, academias, supermercados, clínicas e hospitais, o empreendimento ficará bem perto do tradicional Mercado da Ma-dalena, hoje transformado em atração turística do Recife.

Num terreno com 1.598,12 m², o Sainte Camila será composto de um pavimento semi-enterrado, um térreo, um vazado e outros 23 tipos. Em cada andar haverá três unidades de apartamento.

Nas áreas comuns haverá rampas de acesso para pedestre e outra para veículos, hall social, guarita de segurança, central de gás, ze-ladoria, locais específicos para medidores, duas vagas de estacio-namento por apartamento e dois elevadores de última geração.

No que se refere às atrações de lazer, destaque para a piscina com deck e local para ducha, jardins com paisagismo, salão de festas com sala e copa, sala de ginástica, banheiros, sala de jogos, es-paço para churrasqueira, playground para bebês, playground para crianças e mini-campo.

Os apartamentos com terminações em números ímpares possuirão área privativa de 91,46 m². Já os de final par terão 91,57 m². Em todas as unidades haverá sala de estar e jantar, varanda, dois quartos sociais, banheiro social, suíte, área de circulação, quarto de serviço, banheiro de serviço, área de serviço, cozinha e infraestrutu-ra para air-split. Os de números pares contarão ainda com varanda na suíte e despensa.

“O Sainte Camila é um empreendimento baseado no conceito dos clássicos imóveis de três quartos com uma suíte, que se adequa como poucos a diversas finalidades. Sentimos que o mercado não deixa de procurar esse tipo de apartamento, e agregamos a essas características já consagradas o que há de mais moderno em lazer, paisagismo e técnicas construtivas”, comenta o diretor comercial da GB, Durval Bacelar.

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Gastronomia Portfólio GB

Passado e presente

A impressão do charme, a sensação de conforto e o sentimen-to de emoção foram algumas das principais características que marcaram o legendário Expresso do Oriente desde sua inauguração, em 1883. Mesmo tendo

suas rotas mudadas por diversas ocasiões, alguns trajetos e reminiscências daquele que um dia foi considerado o trem mais luxuoso do mundo ainda podem ser usufruídos no continente europeu, mesmo que como um reflexo do que o empreendimento real-mente significou em seu passado histórico.

O dia 4 de outubro de 1883 marcou a inauguração pela francesa Compagnie Internationale des Wagon-Lits do primeiro serviço de transporte terrestre de passageiros ligando a Europa ao Sudeste Asiático. A idéia, materializada no Express d’Orient, foi concebi-da pelo fundador da empresa, George Nagelmackers.

Inicialmente, a composição partia duas vezes a cada semana da estação parisiense de Gare de l’Est com destino a Giurgiu, na Romênia. No ca-minho, passava por Estrasburgo, Munique, Viena, Budapeste e Bucareste.

Em Giurgiu, os passageiros cruzavam o Danúbio a barco e tomavam um outro trem até Varna, onde finalmente embarcavam em um ferry boat que os levava a Istambul pelo Mar Negro.

O número de saídas do Express d’Orient de Paris até Viena crescia constantemente, chegando a partidas di-árias em 1885. Em 1889, a linha férrea até Istambul foi finalmente concluída e o serviço diário de Paris foi estendido até Budapeste. Nesse mesmo ano, o trem passou a seguir por três vezes a cada semana de Bu-dapeste à capital da Turquia. Em 1891, o nome dado às composições que integravam a já famosa rota de passageiros foi rebatizado como Orient Express. Fo

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nas rotas do Orient Express

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Com a 1ª Guerra Mundial, o percurso do Expresso do Oriente foi interrompi-do de 1914 a 1918. Já em 1919, com a inauguração do túnel Simplon li-gando a Suíça à Itália, uma rota alternativa para Istambul se tornou viável, o que resultou no serviço Simplon Orient Express. Este partia de Paris e pas-sava por Lausanne, Milão, Veneza e Trieste, de onde seguia para se alinhar, em Belgrado, a uma outra opção de trajeto. A vantagem, para os Aliados, era que o território alemão era evitado, ainda que a ferrovia passasse pela Áustria, conforme assegurado pelo Tratado de Saint-Germain-em-Laye.

Nos anos 30 do século passado, ao Expresso do Oriente foi anexado ainda um outro serviço: o Alberg Orient Express, que saia de Paris, passava por Budapeste, Zurique e Innsbruck, de onde partiam vagões para Bucareste e Atenas. Nessa mesma década, o Simplon Orient Express passou a atender também a Londres, por meio de uma parceria da empresa francesa com a inglesa British Southern Railway. A fama de um trem luxuoso que cruzava caminhos exóticos e longínquos crescia em todo o mundo.

Na 2ª Guerra Mundial, no entanto, os serviços do Expresso do Oriente, então no seu ápice de movimentação de passageiros, foram novamente interrompidos. Ao voltarem à normalidade, em 1945, enfrentaram outros problemas com o fechamento de fronteiras devido a conflitos entre nações como Iugoslávia, Grécia, Bulgária e Turquia. A Cortina de Ferro que passou a isolar os países do Leste Europeu também prejudicou a frequência nos velhos e charmosos trens, visto que muitas nações incentivavam a formação de suas próprias companhias, em detrimento das locomotivas e vagões da Wagon-Lits.

O ano de 1962 marcou o declino mais acentuado do Expresso do Oriente. A rota original, o Alberg Orient Express e Simplon Orient Express foram todos substituídos por um serviço mais lento e bem menos pomposo, chamado Direct Orient Express, com partidas diárias de Paris a Belgrado, pela mes-ma rota do Simplon. Dali, por duas vezes a cada semana, seguia rumo a

Istambul e Atenas. Em 1976, o trajeto até Atenas foi abandonado. No ano seguinte, 1977, no dia 19 de maio, o Direct partiu na última viagem da Wagon-Lits entre Paris e Istambul pelo Expresso do Oriente.

O Expresso do Oriente já havia se tornado célebre em todo o mundo e objeto de admiração e inspiração a artistas e escritores. Em 1932, o best seller Graham Greene, por exemplo, publicou o livro “O Expresso do Oriente”, uma de suas primeiras obras. Dois anos depois, Agatha Christie lançou o romance policial “As-sassinato no Expresso do Oriente”, cujo protagonista, o detetive Hercule Poirot, solucionava um crime praticado no Simplon Orient Express. Em 1974, a história da Rainha do Crime saiu da lietratura e foi aos cinemas no filme honônimo de Sidney Lumet, com Albert Finney, Ingrid Bergman e Sean Connery, entre outros astros e estrelas.

Apesar dos serviços da Wagon-Lits no Expresso do Oriente até Istambul terem sido encerrados em 1977, a malha ferroviária européia crescera de tal forma que parte da rota original do famoso trem foi reativada e aproveitada. Até 2001, ainda havia um serviço com o mesmo nome de Orient Express. Este ia de Paris a Budapeste e Bucareste, de onde seguia para todo o lado por vagões de outros pa-íses operados pela Wagon-Lits. Em 2001, o trajeto já estava restrito, no entanto, ao trecho Paris – Viena. Com a inauguração do trem de alta velocidade da TGV entre Paris e Estrasburgo em 2007, o que sobrou do passado do Expresso Oriente passou a atender apenas ao percurso entre Estrasburgo e a capital austríaca.

Hoje o Expresso do Oriente original, ou que dele restou, já não chega mais sozinho ao Oriente. Mas ainda integra uma das formas mais convenientes de

transporte terrestre de passageiros entre a França e a Áustria, quando usado em conjunto com trens mais modernos. Parte diariamente da Gare de Strasborug, no leste francês, e chega a Viena cerca de dez horas e trinta minutos depois. Há fun-cionários da Wagon-Lits nas composições atualmente, mas estas são operadas pela alemã DB e austríaca OBB.

O que mais se aproxima da atualidade dos velhos e charmosos trens do Expresso do Oriente é o serviço oferecido pela empresa Orient-Express, que em nada tem a ver com a Wagon-Lits, e atua nos ramos de hotéis, resorts, trens, turismo e restaurantes em todo o mundo. Apenas no Brasil, são pertencentes ao grupo o Copacabana Palace e o Hotel das Cataratas, em Iguaçu. Em 1982, a companhia inaugurou o roteiro Venice-Simplon Orient Express, a partir de luxuosos vagões Pullman fabricados nas décadas de 20 e 30 e devidamente restaurados.

Hoje, a Orient-Express possui roteiros por todos os continentes, inclusive uma viagem anual pela clássica rota do Expresso do Oriente, de Paris a Istambul, passando por Budapeste e Bucareste. A viagem dura seis dias e cinco noites e o preço, por pessoa em cabine dupla, com refeições e apoio de hotéis nas paradas, é de aproximadamente 9 mil dólares. Os vagões decorados num clima Art Déco possuem requintes como cabines suítes, salões de jantar, boutique e bares. Para mais informações, visite o site www.orient-express.com.

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A Associação das Empresas do Mer-cado Imobiliário de Pernambuco (Ademi) realiza a 3ª edição do Salão Imobiliário de Pernambuco

entre os dias 10 e 14 de março, no Pavilhão do Centro de Convenções. O evento se consolidou como sucesso de público e vendas por reunir num mesmo espaço as mais diversas oportuni-dades e facilidades para a aquisição de imóveis residenciais e empresariais no Recife. Em 2010 ocupará uma área de 14 mil m² e contará com a participação de 35 empresas associadas. Ape-nas a Gabriel Bacelar Construções, por exemplo, apresentará quatro lançamentos de empreendi-mentos nos bairros de Boa Viagem, Madalena, Jaqueira e Rosarinho.

No ano de 2009, o crescimento das vendas de imóveis novos no mercado imobiliário em Per-nambuco chegou a 31,2% em comparação a 2008, segundo dados da Pesquisa do Índice de Velocidade de Vendas (IVV) realizada pela Fe-deração das Indústrias de Pernambuco (FIEPE). O mesmo estudo mostra que o bom momento continua: desde 1995, o mês de dezembro não apresentava um desempenho tão bom quanto o observado em 2009.

É nesse contexto de otimismo que os organizado-res do Salão Imobiliário de Pernambuco esperam atrair cerca de 15 mil potenciais compradores de imóveis em busca de boas oportunidades e faci-lidades. Na estrutura da exposição, por exemplo, haverá uma área financeira com serviços de ins-tituições como a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Consórcio Embracon. Uma unidade avançada do Cartório de Ofícios e Notas Ivanildo Figueiredo, por sua vez, estará à disposição dos interessados para agilizar a formalização dos negócios. Praça de alimentação, espaço infantil e posto médico com UTI móvel serão outros as-pectos da infra-estrutura.

“O que nós estamos fazendo, desde a primeira edição dessa ação coletiva de mercado, é facilitar a aquisição imobiliária, oferecendo uma gama variada de opções num só local e todas as in-formações e comparações necessárias para uma compra segura”, comenta o presidente da Ademi e coordenador do evento, Marcelo Gomes.

3º Salão Imobiliário de Pernambuco oferece diversidade epraticidade para os interessados na aquisição de imóveis

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Especial

No ano passado, a 2ª edição do Salão Imo-biliário de Pernambuco movimentou R$ 155 milhões, com 836 unidades de imóveis vendi-das. Entre os destaques expostos pela Gabriel Bacelar Construções na ocasião estavam os empreendimentos Saint Raphael, Saint Lucia, Giardino Beira Rio e o empresarial The Plaza.

Para 2010, a Gabriel Bacelar Construções pretende superar o as negociações do ano pas-sado. Para tanto, conta com os lançamentos Saint Guilherme (3 quartos, sendo uma suíte,

no Rosarinho - matéria na página 12), Sainte Camila (3 quartos, sendo uma suíte, na Mada-lena - matéria na página 41), Sainte Daniela (3 quartos, sendo uma suíte, no Rosarinho - matéria na página 31) e o Sky Boa Viagem (4 quartos, sendo três suítes, em Boa Viagem - matéria na página 10). Além desses projetos, oferecerá ainda unidades de outros empreendi-mentos concluídos ou em andamento.

“No stand da GB, vamos oferecer o máximo de conforto e atenção para apresentar nossos

empreendimentos ao público de forma clara e tranquila, dirimir todas as dúvidas que possam surgir e, naturalmente, fechar bons negócios”, diz o diretor comercial, Durval Bacelar.

O 3ª Salão Imobiliário de Pernambuco tem entrada franca, mas é recomendável que o visitante faça um pré-cadastro pela internet, no site www.salaoimobiliariodepe.com.br. O horário de funcionamento é das 15h às 22h nos dias 10, 11 e 12 de março, e das 10h às 22h nos dias 13 e 14.

Edifício Sky Boa ViagemEdifício Sainte Camila Edifício Sainte Daniela

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Edifício Saint Guilherme Av. Conselheiro Aguiar, 1914 | Boa Viagem - Recife - PE 81 3465.4053 | 3327.9726 | www.lojahabitare.com.br

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Analice e Humberto ZirpoliArquitetos

Empresa Associada

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Doação de medula óssea:

Se você não puder salvar uma vida, ao menos terá feito da tentativa a sua parte

Doar é um exercício de compaixão e de amor ao ser humano. Seja ao ceder um bem material, um tempo, um sorriso, uma atenção especial, seja na concessão de uma parte de seu próprio corpo, o gesto é sempre gratificante para quem o pratica e, muitas vezes,

vital para o que dele se beneficia. A doação de medula óssea para transplantes mostra que o pernambucano está a cada dia mais consciente da importância desse ato. Empresas, governos e a população em geral têm contribuído de forma crescente para diminuir o sofrimento e a espera de milhares de enfermos por um procedimento que, embora simples, pode salvar suas vidas.

O transplante de medula óssea é uma das mais eficientes formas de tratamento complementar para algumas doenças que afetam as células do sangue, como certos tipos de leucemia e a anemia aplástica grave. O procedimento, que consis-te na substituição de uma medula óssea deficitária ou doente por células normais, visando sua reconstituição saudável, também é indicado em determinados casos de mieloma múltiplo e linfomas.São dois os principais tipos de transplantes de medula: os autogênicos, quando o

material transplantado advém do próprio indivíduo recepetor; ou os alogênicos, quando as células ou a medula provêm de um doador. Há ainda a possibilida-de de que o procedimento seja feito a partir de células precursoras de medula óssea obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de um cordão umbilical.

Para que haja um transplante bem sucedido de medula óssea, é necessária a total compatibilidade tecidual entre o doador e o receptor. Tal compatibilidade tecidual é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6. Essa análise é feita em testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e do receptor, chamados exames de histocompatibilidade. As chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (de mesmo pai e mesma mãe) vão de 25% a 30%.

Caso não haja um doador entre irmãos ou parentes próximos, como um dos pais, as chances caem para 1 em cada 100 mil potenciais doadores e a solução normalmente é a pesquisa por um indivíduo compatível entre os grupos étnicos Fo

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semelhantes. No Brasil, a mistura de raças dificulta a localização de doa-dores, problema este que é reduzido em outros países. Devido a esse tipo de dificuldade, foram criados em todo o mundo os Bancos de Doadores de Medula, nos quais voluntários de todas as origens são cadastrados e tem seus dados cruzados com os de pacientes em todo o planeta. Em 2009, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) ultrapassou a marca de 1 milhão de potenciais doadores, ficando atrás apenas dos Esta-dos Unidos (que tem 5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões).

“O REDOME é a única chance para pacientes que não encontram doadores entre seus familiares. As campanhas espontâneas feitas em Pernambuco ajudam, mas o ideal seria que a população unisse força para tornar o movi-mento isolado em algo maior, em apoio à Associação dos Amigos do Trans-plante de Medula Óssea (ATMO), por exemplo”, afirmou a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Zilda Cavalcanti.

Para participar do REDOME, basta ter idade entre 18 e 55 anos e boa con-dição de saúde. O cadastro é feito com a coleta de uma amostra de sangue (05 ml) utilizada no exame que diagnostica características genéticas impor-tantes para a verificação da compatibilidade entre o doador e o receptor.

Depois de catalogados os dados do doador, a compatibilidade é verifica-da cada vez que surge um novo paciente à procura de transplante. Se há compatibilidade, o doador será informado e consultado para decidir sobre a doação, que é um procedimento seguro, realizado em um hospital, sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que coordena o REDOME, dos transplantes de medula realizados no ano de 2000, apenas 10% dos doadores foram brasileiros localizados por meio do sistema. Em 2009, esse percentual passou para 70%. O crescimento no número de pro-cedimentos no Brasil entre 2008 e 2009 foi de 4,93%. Em 2008, foram realizados 1.459 transplantes deste gênero no país, contra 1.531 registra-dos em 2009. Apenas em Pernambuco, no ano passado, foram 128.

Os transplantes de medula óssea em Pernambuco são realizados desde se-tembro de 1999. Hoje, há dois espaços do Sistema Único de Saúde (SUS) com essa finalidade, dispondo de 20 leitos: a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) e o Real Hospital Português (RHP). Até o momento já ocorreram mais de 800 transplantes de medula no Esta-do. A média mensal atual é de cerca de dez procedimentos, o que posiciona Pernambuco no 4º lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Os habitantes do Recife que desejam se candidatar a doadores de medula, podem procurar O laboratório HLA Diagnóstico, que fica na Rua Gonçalves Maia, 113, na Boa Vista, ao lado do Consulado Americano. Para mais informações, os interessados devem entrar em contato com a instituição pelos telefones (81) 3421.3387 e 3423.5156, ou pelo e-mail: [email protected].

nada a perder e tudo a ganhar

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Ação do Bem

Inverno 2010, com jeitinho brasileiro

Os grandes eventos de moda que lançam tendências no Brasil trouxeram para o próximo inverno, a sisudez e a seriedade, marcando a maior parte dos desfiles, arriscando em cortes austeros, mode-lagens rígidas e styling seco na passarela. As tendências, porém, estavam todas lá. Com mangas

que insistem em ser vedetes, pernas ainda de fora em comprimentos curtíssimos disfarçados em meias-calça de todos os tipos, brilhos e mais brilhos e tudo o mais que a imaginação dos estilistas permitiu ousar. Novos

tempos e novos rumos, com uma moda mais duradoura, com pitadas aqui e ali de fantasia.

Mangas, mangas e mais mangasNa cola dos lançamentos e tendências internacionais, amar as mangas so-bre todas as coisas é o mandamento principal. Retas e futuristas (aparece-ram nas grifes Reinaldo Lourenço e Osklen), arredondadas e bufantes, (Ale-xandre Herchcovitch, Samuel Cirnansck e Ronaldo Fraga), sutis e elegantes (Huis Clos) e até mesmo imensas e alegóricas como o desfile da Amapô e André Lima, as mangas são definitivamente o destaque desta estação.

Comprimentos curtosToda a sensualidade que restou à moda do próximo inverno ficou focada nas pernas nuas, com os comprimentos curtíssimos da estação. Não é novidade, mas é moda que continua. Prepare-se e não cobice as pernas alheias, ainda dá tempo de deixar as suas coxas firmes para a estação mais fria. Para ajudar no visual, lance mão das meias-calça que vieram fortes, também.

Efeito meia-calçaPara ajudar quem não tem mais 15 anos ou está um pouco acima do peso, sim, porque para quem estiver muito acima do peso, talvez não seja uma solução, as meias-calças apareceram aos montes. Coloridas, estampadas,

trabalhadas e com brilho. As leggings também estiveram muito presentes nas passarelas, e contrabalanceiam os volumes da parte superior do corpo.

Texturas mil (lãs, tricôs, rendas, peles falsas e neoprene)Ainda refletindo as influências dos desfiles internacionais, as matérias-primas usadas nas confecções das peças primam por expressar qualidades táteis diversas, exploradas na multiplicidade de aspectos têxteis e suas misturas. O material mais importante foi a lã, que apareceu em diversas formas: pesada ou leve, em “tweeds” ou feltros, e com tratamentos, como o metalizado. O tricô, herói da semana carioca, também esteve presente nas passarelas de São Paulo. As rendas e transparências também tiveram papel importante nos desfiles mais glamourosos, assim como as peles, que cum-prindo com o mandamento “não matarás”, foi toda sintética. Mas, o couro está forte na estação e apareceu trabalhado e vazado. O veludo molhado também apareceu, porém, causou alguns “muxoxos”. Os bordados pesa-dos causaram emoção, mas dificilmente serão produzidos para a venda. Os materiais também vieram com pegada tecnológica e esportiva, sendo o neoprene o material da hora. Materiais inusitados como cadarços e as experimentações têxteis também foram vistos.

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Moda

BrilhosSeguindo a cantilena internacional, os brilhos foram vedetes das passarelas. Afora aqueles que são continuidade de outras estações, como os cetins, os paetês e os metalizados. O que “causou” mesmo nas passarelas foram os brilhos pesados, de pedras ou de cristais.

Momento VestidoO vestido imperou como peça mais importante das coleções. É certo que as saias também marcaram presença forte, mas o objeto de desejo da maioria dos fashionistas ao sair dos desfiles era mesmo o vestido. Amplo, assimétri-co, volumoso, com babados ou drapeados, surgiram curtos ou na altura do joelho, dando uma opção a quem não quer mostrar muito as pernas.

Militar + esportivoAs modelagens e detalhes do vestuário militar continuam a sustentar as linhas de alfaiataria e de sarja da maioria das coleções. Agora elas apare-cem misturadas com recortes de esporte, notadamente os de mergulho e o de ciclismo.

Ankle bootsAs ankle boots também estão dando um novo rasante nas passarelas, de-pois de terem aparecido há algumas estações. Cuidado com elas, pois não favorecem muito a silhueta.

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oHermés no Brasil, Luxo e SofisticaçãoUma das marcas que mais concentram o conceito de luxo no mundo e des-pertam, hoje, o desejo de muitos pode ser visitada em São Paulo. No espa-ço de 169 m², no Shopping Cidade Jardim, os brasileiros vão encontrar as 17 linhas de produtos da grife francesa, inclusive, segundo a assessoria de imprensa da grife, os produtos carro chefe da marca. O projeto arquitetô-nico é assinado pela agência parisiense RDAI, responsável por projetar as lojas da marca em todo o mundo. Reconhecida internacionalmente pela produção de artigos de luxo, a marca foi fundada por Thierry Hermès, em Paris, em 1837, como uma oficina de arreios. Em 1880, quando o filho do fundador assumiu o controle da empresa, a Hermès foi uma das pioneiras

Made In BrazilAs fitinhas coloridas do Nosso Senhor do Bonfim agora enfei-tam também os braços dos europeus, que aderiram as pulsei-rinhas de tecido como um novo hit entre os fashionistas. De acordo com o Jornal “O Estado de São Paulo”, de 4 de março, as fitinhas, conhecidas na França como “porte bonheur”, po-dem desembarcar em dois templos da moda parisiense, uma loja de departamentos e uma butique caríssima. Os paninhos baianos acabaram supervalorizados por vendedores de loji-nhas badaladas de Paris e Londres. Seu preço pode variar de 0,50 euro (R$ 1,20) a 5 euros (R$ 12,20). Customizadas, são vendidas com o apelo “desenho Saint-Tropez”, em lojas como a Spirit Wire, na Côte d’Azur, entre 11 euros (R$ 26,90) a 25 euros (R$ 61,10).Fo

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a se estabelecer na Rue du Faubourg Saint-Honoré, onde está localizada até hoje, endereço das mais sofisticadas lojas da cidade e da residência oficial do presidente da França. Os 172 anos que se passaram desde o surgimento da Hermès a consolidaram como uma grife famosa pelos couros, pelas estamparias e pela alta qualidade de produção de suas peças. Suas bolsas, lenços e gravatas de seda, por exemplo, se destacam como ícones de elegância e bom gosto. Os responsáveis pela criação na marca são os estilistas Jean Paul Gaultier, desde 2004, à frente do feminino, e Veronique Nichanian, desde 1988, uma das poucas mulheres no mundo da moda a comandar a criação masculina de uma grande marca.

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Novidades Fashion

Treino IntensoO melhor tênis para exercícios intensos. O Optigon 2 da Adi-das oferece o que existe de mais moderno em estabilidade e desempenho. O FORMOTION™ proporciona liberdade para movimentos velozes e estáveis, e a entressola fitFOAM™ se ajusta perfeitamente aos pés.

Clima CoolConforto com frescor e respirabilidade é o conceito por trás da camiseta sem manga Clima 365 da Adidas. Com uma malha que proporciona maior ventilação e Clima Cool respirável, ela man-tém a pele seca, confortável e com mais energia no momento em que o treino fica mais intenso.

Africa Fan Shoulder Bag Com projeto desenvolvido e realizado com materiais tecnológicos de última geração, os sacos Fan usam aplicativos gráficos elaborados com apoio dos símbolos nacionais de países africanos.

v1.10 BallA alta performance da bola foi desenvolvida para o relevo sintético e pisos duros. O sistema closed-cell que apresenta um amortecimento com aderentes microcelulares acrescenta jogabilidade ao produto. Oferece também proteção à superfície do PU, reduzindo o desgaste e prolongan-do a vida da bola. A construção handstitched proporciona um desempe-nho profissional e garante uma reação explosiva fora do pé.Fo

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Bolsa MulberryA inglesa Mulberry foi fundada em 1971 e ganhou aclamação mundial por sua produção perfeita nos detalhes. Aproveitar a habilidade dos artesãos locais e utilizando uma vasta gama da mais alta qualidade de couros e peles exóticas, é uma marca da Mulberry na sua linha de bolsas elegantes, como o Bayswater e Roxanne, que ganharam status fashion clássico. Preço: $ 1.150 (Bayswater).

Sandália Diane von FurstenbergDiane von Furstenberg eleva às alturas os so-nhos das mulheres com alongamento e estilo. A gladiadora de pelica se adéqua às mais di-versas ocasiões sociais e executivas passeando entre terninhos e shorts sem a menor cerimônia. Preço: $ 295

Anel Roberto CavalliO fabuloso anel em ouro tom bronze gravado com gran-de pedra coral dispensa comentários. Uma peça eterna, moderna em suas linhas e com meticuloso trabalho de gravação fazem parte da coleção do renomado estilista. Preço: $ 340Fo

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Óculos Victoria BeckhamVictoria Beckham estreia com luxo em seus acessó-rios de moda com os óculos gato em acetato trans-parente e insere sua marca em “V” nos detalhes do braço, registrando sua personalidade, marca de sucesso. Preço: $ 495

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Hoteis com Design

Com opções para todos os bolsos e gostos, hoje a hospedagem em hoteis de design tornou-se um hábito de quem gosta de agregar valor à sua passagem pelas cidades do mundo. Hospedar-se em hoteis de design torna-se uma aventura de

bom gosto e conhecimento da cultura arquitetônica de profissionais que

se especializaram nesse nicho de mercado. De objetos de arte e design a mobiliário especialmente escolhido, passando por suítes diferenciadas, a experiência torna-se um valor a mais para quem gosta de viajar. Apresen-tamos seis hoteis, em alguns lugares do mundo, para você escolher. Tenha uma boa viagem.

The Henry Jones Art HotelUma propriedade restaurada com a supervisão do urbanista Brian Ris-by, localizada na cidade portuária de Hobart, na Tasmânia, Austrália (fundada em 1820 com armazéns enfileirados e uma fábrica de ge-

leias), deu lugar ao Henry Jones Art Hotel. Nesse processo, muitos elementos da estrutura original foram recuperados e depois usados como alicer-ce no novo empreendimento. Tijolos, objetos e até uma escada centenária foram integrados à decoração assinada pelo escritório local Morris-Nunn & Associados. Muitas paredes saíram de cena dando lugar às divisórias de vidro, outras ganharam pinturas alegres, com tons amarelos e vermelhos marcantes. Os 50 quartos são amplos, avarandados e convidativos. Os móveis são do designer Kevin Perkins, que nasceu na região. Ele utiliza materiais naturais e de texturas suaves. O hotel também possui áreas sociais planejadas para atender seu público eclético. No restaurante Atrium, o romantismo envolve as mesinhas co-locadas ao ar livre, já no Henry’s Harbourside, a informalidade dita o toque contemporâneo às especialidades da cozinha australiana.www.thehenryjones.com

Costa LantaA 70 quilômetros da província de Krabi, na Tai-lândia, o resort deixou de lado o luxo ostensivo para dar vazão ao conceito casual-chic plane-jado pelo arquiteto tailandês Duangrit Bunnag. As 22 acomodações foram projetadas em linha reta, como grandes caixas abertas, com janelas retráteis, permitindo que a iluminação e a ven-tilação fossem abundantes, sendo discretamente posicionadas na parte de trás do hotel, numa área privativa cercada por árvores nativas e interconectadas por pontilhões de madeira. Em cada uma das instalações, para suavizar as altas temperaturas, Bunnag também inseriu materiais leves e ecologicamente corretos, como o piso de concreto polido, as madeiras extraídas de regiões de manejo sustentável e a coloração branca, li-vre de pigmentos nocivos ao meio ambiente. O restaurante ocupa um dos bangalôs com vista privilegiada para o mar, onde são servidos pratos bem elaborados da culinária natural.www.costalanta.com

Art’otel BudapestDesign e história pontuam essa iniciativa pionei-ra, inaugurada em 2000, localizada às margens do rio Danúbio e a poucos passos do parlamento húngaro, em Budapeste, Hungria. Os quatro prédios de estilo barroco, construídos no século 18 e com sete andares cada, foram restaurados e integrados à nova proposta. Com um quê de galeria, os espaços de circulação ganharam 579 obras do acervo do artista contemporâneo nor-te-americano Donald Sultan. Nas 165 suítes, ricamente concebidas, o conforto atemporal e os hits tecnológicos estão em perfeita consonância. Com serviços de ponta, o hotel oferece ainda sete salas, num total de 350 m², para conferências e reuniões corporativas, amparadas por ambientes exclusivos para degustar uma xícara de café e conferir os e-mails.www.parkplaza.com/artotelbudapesthu

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Murano MarrakeshCravado num pedacinho do deserto do Marrocos, entre frondosas árvores, está o Murano Resort. A dupla francesa Christine Derory e Raymond Morel adotou a sensibilidade do design europeu para criar 30 quartos e outros ambientes modernos e acolhedores. A estética regional não foi esquecida e é preservada em todos os lugares. A fachada mourisca manteve o vermelho típico e o arque-ado oval das janelas. Dentro, as paredes levam estuque branco para minimizar os graus elevados do exterior, mas para quem não resiste ao calor escaldante, a dica é aproveitar a piscina e toda a estrutura que o bar oferece. Por sinal, as peças dessa parte do hotel foram desenhadas pela agência francesa La Cox e produzidas com as mais avançadas técnicas do mercado pela indústria da região. Os itens ganharam versão especial para se encaixarem no décor tradicional do restaurante.www.muranoresort.com

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Jia BoutiqueLocalizado em Hong Kong, na China, o Jia Boutique foi aberto, em 2004, pelo empresário Yenn Wong e contou com a expertise de Philippe Starck, que assinou a arquitetu-ra, o mobiliário e os acessórios. Nesse endereço, o briefing priorizou a natureza e a sustentabilidade como temas prin-cipais, alinhavando a forma e o conforto. Numa única torre de 25 andares, com 54 quartos, cozinha contemporânea, lobby, salas comuns e áreas privativas com alta tecnologia, a equipe da Yoo Design Studio, by Starck, foi encarregada de aplicar o estilo de vida sofisticado europeu ao corre-corre costumeiro dos asiáticos. O desenho limpo, as cores claras e as soluções embutidas – minimalismo total – são vistos nas duas coberturas de mais de 1.500 m². Nos dormitórios, o branco se tornou escape para a agitação, mesmo esforço adotado nas salas de banho feitas de mármore. De tão ex-clusivo, o hotel foi eleito o melhor na categoria design do continente asiático.www.jiahongkong.com/JIA.html

Hotel FoxO hotel design inaugurado, em 2005, em Copenha-gue, na Dinamarca, apostou na curadoria de Die Gestalten Verlag para garimpar o inventismo de 21 jovens talentos das artes gráficas, da ilustração e do grafite mundial. O objetivo foi se diferenciar no meio da multidão. O resultado foi uma composição nada habitual, que estampa o estilo de vida peculiar da capital dinamarquesa. Na região do Hall Square, os 61 apartamentos exibem interiores singulares, precedidos pelo lounge encantador. No check-in, os hóspedes são apresentados ao conceito do empreen-dimento e escolhem uma das suítes disponíveis atra-vés do sinal de “não perturbe”. Cada ambiente conta com uma decoração exclusiva, indo da art déco aos mangás japoneses. No restaurante de Anders Barsoe, uma série de sofás rebaixados obriga a algumas acrobacias antes de provar as versões repaginadas da culinária local.www.hotelfox.dk

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Pensando na comodidade e no conforto de seus clientes, a construtora Gabriel Bacelar permite

o acompanhamento do estágio das obras dos empreendimentos através do site www.gabrielbacelar.com.br. Para os interessados em visitar as obras, é necessário apenas agendar a visita, que acontece sempre às quintas-feiras, das 7h30 às 11h30, junto ao Serviço de Atendimento ao Cliente GB, através do fone (81) 3366.3000 ou e-mail [email protected].

LEGENDA DE SITUAÇÃOLançamentoFundaçãoEstrutura e AlvenariaAcabamento

Gran Parc Rosarinho04 quartos (2 suítes) - 115,08m² ou 03 quartos (1 suíte) - 95,69m² Rua Amaro Coutinho, 623 (esquina com a Av. Santos Dumont)

GB Living Club Espinheiro

03 quartos (1 suíte) - 60m²Rua Gomes Pacheco, 382(esquina com a Rua Marquês do Paraná)

Saint Raphael

03 quartos (1 suíte)90,49m²Rua José de Holanda, 425 – Torre

Unique

03 suítes (02 reversíveis e 1 master com varanda) - 95,60m²Rua Carlos Pereira Falcão, 82 – Boa Viagem

Saint Lucia

03 quartos (1 suíte)104,99m²Rua Barão de Itamaracá, 430 – Espinheiro

Giardino Beira Rio

04 quartos (2 suítes) 133,00m² Av. Beira Rio, 80 – Madalena

The PlazaEscritórios Automatizados32 a 418m²Rua General Joaquim Inácio, 830 – Ilha do Leite

Jardins

04 suítes (01 master) 200,44m² Rua Padre Roma, 291 – Jaqueira

Gran Parc Jaqueira

03 quartos (1 suíte) 100,88m²Rua Dr. José Maria, 900 – Jaqueira

Boulevard Residence

02 quartos (1 suíte)51,88m² a 54,82m²Rua Professor José Brandão, 410 – Boa Viagem

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Cronograma de Obras