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Colégio Estadual Padre Réus – Ensino Fundamental e Médio. Município: Pérola D'Oeste-Pr. NRE: Francisco Beltrão-Pr. PROJETO POLÍTICO - PEDAGÓGICO. Pérola D'Oeste, Outubro/2010. 1

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Colégio Estadual Padre Réus – Ensino Fundamental e Médio.

Município: Pérola D'Oeste-Pr.

NRE: Francisco Beltrão-Pr.

PROJETO POLÍTICO -

PEDAGÓGICO.

Pérola D'Oeste, Outubro/2010.

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SUMÁRIO

I – APRESENTAÇÃO ................................................................................................03

II – INTRODUÇÃO ....................................................................................................04

III – OBJETIVOS .......................................................................................................07

IV – MARCO SITUACIONAL .....................................................................................08

V – MARCO CONCEITUAL ......................................................................................13

VI – MARCO OPERACIONAL ...................................................................................23

VII – PLANO DE AÇÃO.. ...........................................................................................39

VIII–REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................42

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I - APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico é uma Proposta Pedagógica que nasce de uma

realidade que pergunta, e é a busca de uma resposta; da construção da identidade

do Colégio e da organização do trabalho escolar.

Pressupõe a opção e o compromisso com a formação do cidadão, objetivando

orientar as práticas pedagógicas.

O Projeto do Colégio Estadual Padre Réus – Ensino Fundamental e Médio foi

construído com a participação da comunidade escolar, em vários momentos de

reflexão, onde toda contribuição possibilitou um conhecimento mais abrangente

sobre a dinâmica do Colégio.

A Construção deste projeto político-pedagógico vai contribuir para estabelecer

novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas, tentando corresponder as

necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar.

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II – INTRODUÇÃO

O Colégio Estadual Padre Réus – Ensino Fundamental e Médio está

localizado no Município de Pérola D’Oeste sob o código nº 1920, na área urbana, a

100 Km do NRE de Francisco Beltrão, código: 12, sendo o único Estabelecimento

de Ensino Médio, tendo como código: 00068. Nosso município situa-se na região

Sudoeste do Paraná com extensão de 6.250m2 (seis mil, duzentos e cinquenta

metros quadrados) e com aproximadamente 8.000(oito mil) habitantes. A base

econômica do Município é a agricultura minifundiária e pequenos pecuaristas.

A Entidade Mantenedora do Estabelecimento é a SEED (Secretaria de Estado

da Educação).

Em março de 1964, iniciou o funcionamento do Grupo Escolar Padre Réus,

com ensino de 1ª a 4ª séries do Primário, mantido pelo governo do Estado do

Paraná.

Em sua história podemos salientar que o primeiro nome deste

estabelecimento foi: Grupo Escolar Padre Réus. Em 1982 passou a ofertar o Ensino

de 2º Grau denominado então Colégio Estadual Padre Réus – Ensino de 1º e 2º

Graus, pela Resolução 1.686 de 25 de junho de 1982, com os cursos Magistério e

Básica em Comércio. O reconhecimento do Estabelecimento e do Curso de 2º Grau

Regular se concretizou com a Resolução nº 8.416, de 20 de dezembro de 1984.

Em 1989 foi implantado o C.B.A. (Ciclo Básico de Alfabetização). A partir de

11 de setembro de 1991 com a municipalização de Ensino de 1ª a 4ª séries

conforme a Resolução nº 2.940/91, o Colégio Estadual Padre Réus passou a ofertar

apenas o Ensino de 2º Grau, com os Cursos de Magistério, Auxiliar de Contabilidade

e Técnico em Contabilidade. O reconhecimento desta última habilitação se deu

através da Resolução nº 57 de 07 de janeiro de 1992. Em 1994 houve a junção

deste Colégio com a Escola Estadual Padre Anchieta através da Resolução nº

445/94, ofertando então o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries.

A partir do ano letivo de 1997, o curso de Educação Geral teve sua

implantação gradativa e foi autorizado a funcionar pelo prazo de 02(dois) anos,

através da resolução nº 2.316/97. A denominação Colégio Estadual Padre Réus –

Ensino Fundamental e Médio foi autorizada pela Resolução nº 3.120/98, de 11 de

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setembro de 1998. O reconhecimento do Ensino Médio deu-se através da

Resolução nº 3.483/99, de 1º de outubro de 1999.

O Colégio teve seu Regimento Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº

407/2001 de 27/11/2001.

Atualmente o Estabelecimento oferta o Ensino Médio (1ª a 3ª série) em três

turnos e o Ensino Fundamental em dois turnos, totalizando aproximadamente 700

alunos.

Oferta a escolarização de jovens e adultos (EJA) com a finalidade de dar

continuidade aos estudos no Ensino Fundamental e Médio, assegurando-lhes

oportunidades apropriadas, considerando suas características, interesses, condições

de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas, coletivas e/ou

individuais.

Também é ofertado o CELEM como um curso básico, permitindo aos alunos

informações gerais sobre a atualização contribuindo para a formação social dos

estudantes enquanto cidadãos.

O Colégio se encontra numa área de 10.000m2, distribuído em três blocos

distintos. Possui:

•01 laboratório de Informática, contendo 20 computadores Paraná Digital e 16

computadores Proinfo.

• 01 laboratório de Química, Física e Biologia, 03 microscópios, 02 estojos de

lâminas permanentes, vidrarias, reagentes químicos, planetário, acervo

bibliográfico.

•01 sala de vídeo,

•12 salas de aula, todas com TV Pendriwe,

•01 quadra esportiva polivalente coberta,

•02 saguões cobertos,

•01 sala de professores com 02 computadores Proinfo e TV,

•02 secretarias, equipadas com computadores,

• 01 biblioteca, com um acervo de 5.200 livros, destes, aproximadamente

50% são de literatura,

• 01 cozinha,

• 01 lavanderia, 5

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• 02 almoxarifados,

• 01 sala de material esportivo,

• 01 sanitário para professores,

• 08 sanitários masculino e 08 sanitários feminino,

• 01 sanitário masculino e 01 sanitário feminino, adaptados,

• 01 sala de direção,

• 01 sala coordenação pedagógica,

• 01 depósito de merenda,

• 01 sala para aulas de recursos,

• 01 sala para aulas de apoio,

• 01 sala para CAEDV,

• 01 sala para CAES.

O quadro de recursos humanos é composto de: direção, direção auxiliar, 60

professores, 16 funcionários e 100 horas para professores pedagogos.

Como Equipe de Apoio contamos com o Conselho Escolar, APMF(Associação

de Pais, Mestres e Funcionários) e Grêmio Estudantil.

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III - OBJETIVOS

• Garantir a qualidade de ensino, prevista na Lei e gradativamente melhorar

o desempenho dos alunos.

• Assegurar condições de infra-estrutura adequadas ao ensino e a

permanência do aluno no Colégio.

• Garantir adequações ao atendimento de qualidade aos alunos com

necessidades especiais.

• Redimensionar os mecanismos de gestão democrática, fortalecendo as

instâncias colegiadas, como espaços de decisão coletiva.

• Valorizar e integrar professores e funcionários, melhorando as relações

inter-pessoais.

• Estimular e valorizar a ética e a democracia dentro do Colégio.

• Promover a criação e sustentação de um ambiente propício à participação

plena no processo social e democrático dos professores, funcionários,

alunos e pais.

• Organizar e oportunizar aos professores temas relevantes como: avaliação,

inclusão, conselho de classe e demais temas solicitados e/ou necessários,

na modalidade de formação continuada.

• Incentivar e conscientizar os alunos e pais de salas de recursos e apoio

sobre os benefícios que esses programas oferecem.

• Estabelecer parcerias que tragam benefícios aos alunos.

• Estimular os professores para uso do Laboratório de Química, Física e

Biologia, dada a importância do mesmo para apropriação do conhecimento

científico dos alunos.

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• Oferecer aos alunos inclusos um ambiente escolar propicio ao desempenho

de suas potencialidades, com professores especializados e materiais

pedagógicos necessários, como também ambiente físico adequado.

• Integrar toda comunidade escolar, através de eventos culturais, esportivos,

sociais e cívicos.

IV – MARCO SITUACIONAL

Concebemos o mundo como um espaço historicamente construído pelo

homem que sofre constantes mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais e

que é resultado da evolução tecnológica. No contexto dessa evolução, o homem é o

ser essencial que interage socialmente em seu meio e, para entender e

acompanhar, é necessário assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício

da cidadania, oferecendo-lhe meios para progredir nos estudos e no trabalho.

Porém, vivemos em uma sociedade capitalista, que tenta definir e ajustar com

precisão quais conhecimentos, os trabalhadores desta região devem ser portadores

para se inserirem no mundo do trabalho.

Nossa sociedade é discriminatória, exploratória, com falta de políticas

públicas em vários setores, principalmente na Educação. Todos estes ajustes e

descasos afetam as escolas e as políticas educacionais.

Nosso município tem sua economia estritamente agrícola, onde 12,71% da

população sobrevive com renda própria e os demais vivem com renda baixa e

média.

Nossos alunos recebem informações necessárias à sua formação, têm

acesso a conhecimentos atualizados porém, não têm perspectivas no mercado de

trabalho local por ser restrita a oferta do mesmo.

O Estabelecimento tem como prioridade a promoção do ser humano com uma

educação de qualidade, procurando acolher e atender os alunos dentro de suas

possibilidades, e, quando necessário for, como já se fez necessário, reclassificar

alunos com idade defasada desde que tenha conhecimentos básicos necessários

para frequentar a série para qual será promovido. Para as 5ªs séries é oferecido

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Sala de Apoio para alunos com dificuldades de aprendizagem e defasagem de

conteúdos.

Aos alunos com distúrbios de aprendizagem é oferecido Sala de Recursos

para atender suas necessidades.

Também contamos dois Centros de Atendimento Especializado para alunos

com deficiência de surdez e deficiência visual.

Participamos do Projeto Fera, Projeto Com Ciência, JOCOPS, Olimpíada de

Matemática e de Língua Portuguesa.

Segundo Saviani, 1982, “A dimensão política se cumpre na medida em que

ela se realiza enquanto prática pedagógica”.

Nesta dimensão política, temos o compromisso com a formação do cidadão

para que este interaja na sociedade capitalista que gera desigualdade social e

orientá-lo quanto ao direito de usufruir uma cidadania plena e com direitos iguais. A

função do Estabelecimento, dos professores e demais funcionários é fazer com que

a ação tenha real significado como mediação do processo humanizador do cidadão.

Através das DCES os professores estão sendo capacitados para contemplar

em seu fazer pedagógico a linha de Saviani (Histórico-crítica), mesmo porque,

dentro da atual conjuntura, não haveria o que questionar quanto ao não uso da

mesma. Carregamos conosco os resquícios e também uma estrutura arcaica a ser

adaptada. Vemos porém em nosso grupo, grandes avanços: um Ensino Religioso

que trabalha as diferenças religiosas, associando-as com exemplos práticos do dia-

a-dia. As Artes em todas as suas manifestações. A História como uma ação do

homem no tempo e no espaço, junto a ela, a Geografia. A Ciência quebrando seus

paradigmas. A Língua Portuguesa como instrumento deste processo analisando a

intenção de toda fala ou escrita. A Matemática quantificando, geometrizando,

medindo e organizando informações. Língua Estrangeira Moderna não apenas

instrumento de informação, mas sim, valorizando e respeitando à diversidade

cultural bem como percepções de mundo e respeito à diversidade cultural.

Político e pedagógico, são dimensões indissociáveis, porque propiciam a

vivência democrática necessária à participação de todos os membros da

comunidade escolar e o exercício da cidadania. O Colégio, como espaço motivador,

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aberto e democrático, valoriza e desenvolve a cultura através de projetos como:

Concurso de Poesias, Semana Cultural e Esportiva.

Cidadania e autonomia são hoje duas categorias estratégicas de construção

de uma sociedade melhor, em torno das quais há frequentemente consenso. Essas

categorias se constituem na base da nossa identidade nacional tão desejada e ainda

tão longínqua, em função do arraigado individualismo; “semeado” e de certa forma

imposto à população pela ideologia capitalista. O papel do professor como o de

todos profissionais do Colégio, com uma ação democrática, justa e humana na sua

práxis, é fundamental, transformando o obrigatório em prazeroso. Se não for na

essencial tarefa de educar, pelo menos no ofício de ensinar, de conduzir a

aprendizagem, transformando a informação em conhecimento, criando novos

conceitos, enfatizando o “ser” em lugar do “ter” e quem deve operar mudanças

somos nós, o coletivo.

O currículo contempla os conteúdos das disciplinas de Base Nacional

Comum, Sociologia e Filosofia e a Parte Diversificada (LEM até 25% da carga

horária) de modo que o cotidiano do aluno seja enriquecido, dando uma abrangência

ao processo do ensino aprendizagem.

Os funcionários da educação estão todos preparados para desempenharem

suas funções com capacitações de formação continuada.

Quanto aos educadores que atuam diretamente em sala de aula são

profissionais habilitados (pós-graduados), a maioria ansiosa em formar cidadãos

críticos, atuantes e bem preparados para a vida.

Os pais demonstram estarem satisfeitos com o trabalho realizado no Colégio

pela Direção, Vice-Direção, Professores, Equipe Pedagógica e Profissionais da

Educação, acreditando que são competentes, capacitados e amigos, formando no

Colégio uma grande família e preparando os alunos para o futuro. Cada vez que

solicitados dão sua parcela de contribuição e parceria.

Analisando o Conselho de Classe, observa-se que existem conceitos que se

constroem sobre ele, havendo aqueles que veem nos mesmos, características

positivas e os que se apresentam pessimistas; não vislumbrando saídas para as

numerosas questões presentes no trabalho escolar. Desenvolve-se assim um

processo contraditório entre o que ele é e o que deveria ser, entre o que ele tem

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desenvolvido e o que ele poderia desenvolver, enfim, entre suas limitações e suas

possibilidades.

A avaliação é entendida como processo abrangente, diagnóstico,

permanente, contínuo, formativo e cumulativo. Prioriza a construção do

conhecimento dos alunos, evidenciando as apropriações dos conteúdos das

disciplinas e os avanços obtidos na relação ensino-aprendizagem. Ela deve ter clara

função normativa e não podemos esquecer que as atividades de avaliação nunca se

esgotam em si mesmas. Não serve apenas para cumprir calendário e dar notas, mas

deve ser vista como uma oportunidade de reflexão sobre o próprio processo de

ensino e seu resultado. Não só para verificar o desenvolvimento dos educandos,

mas principalmente para verificar o rendimento das práticas pedagógicas

subsidiando os educadores para eventuais ajustes na programação e no

encaminhamento pedagógico de determinado tema e de determinada prática.

A sistemática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento

escolar é bimestral, onde prevalecem os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos, de acordo com o currículo e objetivos propostos, com os resultados

expressos em notas 0,0 à 10,0(zero à dez vírgula zero), sendo que a média mínima

para aprovação é 6,0(seis vírgula zero).

A recuperação de estudos para alunos com baixo rendimento escolar é

realizada de forma paralela ao longo da série e no período letivo, ela constitui-se

num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades

dos alunos.

O Colégio oferta a matrícula em regime de Progressão Parcial, orientando-se

pelo Regimento Escolar, sendo que o aluno que não obter aprovação final em até 3

(três) disciplinas, pode cursá-lo subsequente e concomitantemente às séries

seguintes.

Ao aluno impossibilitado de cursar a(s) disciplina(s) em horário compatível

com o da série, o Estabelecimento oferta Plano Especial de Estudos; mediante

documento comprobatório de trabalho.

O Colégio também está aberto para receber, alunos itinerantes (ciganos e de

circo) como também deficiente auditivo, visual e físico.

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A hora-atividade, é uma conquista dos nossos educadores que tem lhes

proporcionado momentos de estudo, para o aperfeiçoamento pessoal, correção de

atividades e de provas, atendimento individual de alunos e pais, além de organizar e

elaborar seu Plano de Trabalho Docente.

O Colégio Estadual Padre Réus – Ensino Fundamental e Médio, está

fundamentado e comprometido com a transmissão do conhecimento cientificamente

elaborado numa compreensão adequada entre o processo de socialização e

escolarização do aluno e que este seja descoberto e apropriado por ele com a

mediação dos professores, pois toda produção científica é fruto de um trabalho

coletivo.

O conhecimento é a ação ou o efeito de conhecer, através da ciência, de

informações, de notícias, de experiências, de vivências e de estudos.

Pressupomos o conhecimento, as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram, personalizando as dinâmicas históricas que

representam; as reais necessidades do homem a cada momento. Isso implica,

necessariamente, nova forma de ver a realidade, mudando, muitas vezes a atuação

para obtenção do conhecimento e mudando também a forma de interferir na

realidade. Para o Colégio esta interferência traz consequências, delegando ao

mesmo, garantir a socialização do conhecimento. Cabendo também ao professor,

como objeto de trabalho, ter clareza com relação ao conhecimento disciplinar

específico.

É de suma importância, numa sociedade cada vez mais culta, cada vez mais

urbana e cada vez mais globalizada que a prática docente alcance sua finalidade e

objetivo que é a apropriação dos conhecimentos cientificamente elaborados.

Entendemos que a escolarização, frente a esta sociedade, é necessária para

enfrentar os desafios da vida cotidiana, também para o acesso ao mundo do

trabalho e consequentemente para fazer parte de uma sociedade democrática no

exercício da cidadania.

Portanto o processo de aprender, apropriando-se do conhecimento, torna-se

uma exigência para toda a vida.

A interação professor X aluno, aluno X aluno é a chave do processo de

aprendizagem e construção do conhecimento.

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V – MARCO CONCEITUAL

A LDB em seu artigo 14 determina:

“Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática

do ensino público na educação básica, de acordo com as peculiaridades e conforme

o seguinte princípio: participação dos profissionais da educação na elaboração do

projeto pedagógico da escola.”

Uma proposta pedagógica é um caminho, não um lugar... toda proposta

contém uma aposta. Nasce de uma realidade que pergunta e é também a busca de

uma resposta. É, pois, um diálogo. Toda proposta é situada, traz consigo o lugar de

onde fala e a gama de valores que a constitui, traz também as dificuldades que

enfrenta, os problemas que precisam ser superados e a direção que a orienta.

A proposta pedagógica é a busca de construção da identidade e de

organização do trabalho, em uma instituição histórica e socialmente situada,

constituída pelos pais, professores, alunos e funcionários, que se propõe a

desenvolver uma ação educativa, a partir de currículo, crenças, valores, desejos,

concepções. Estes definem seus princípios e vão delineando num processo de

avaliação contínua e marcada pelas suas metas, suas formas de organização e suas

ações.

É proposta política porque pressupõe a opção e o compromisso com a

formação do cidadão para um determinado tipo de sociedade. “A dimensão política

se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente

pedagógica”. (Saviani, 1982).

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Portanto cabe salientar que ao historicizar o Colégio, é imprescindível

compreender os processos das reformas, que em sua maioria, trazem implícito a

característica de adaptar as mudanças que surgem na sociedade, e

consequentemente, na escola que ainda está servindo em grande parte como

aparelho ideológico do Estado e de outras ideologias dominantes.

Analisando historicamente, percebe-se que a expansão da reprovação vem

junto com a expansão da escola para o povo (início no processo de universalização

da escola, no final do século XVIII), fruto da necessidade de consolidação da

burguesia enquanto classe. Portanto sua gênese está ligada a objetivos que não

são, na verdade, pedagógicos, mas político-ideológicos. O grande papel da

reprovação era colocar com a exclusão; eliminação de grande massa introjetando a

culpa pelo fracasso, resultando assim em evasão e desistência.

É importante salientar que, quando se busca uma nova organização do

trabalho pedagógico, está se considerando que as relações de trabalho no interior

do Colégio deverão estar calcadas nas atitudes de solidariedade, estudo,

reciprocidade e participação coletiva. É neste trabalho coletivo que se verifica todo

esforço de se gestar uma nova organização, levando em conta as condições reais

presentes no Colégio, propiciando a construção de novas formas de relação de

trabalho, com espaços sempre abertos à reflexão coletiva, que favoreça o diálogo e

a humildade entre os diferentes segmentos envolvidos com o processo educativo.

No projeto político pedagógico, ao dar essa nova identidade, o Colégio deve

contemplar a questão da qualidade de ensino, priorizando um fazer pedagógico,

onde o saber e as ações são questionados e analisadas pelo educando e educador,

construindo assim uma cidadania crítica e consciente. Galleano diz: “O homem é

aquilo que sabe, mas principalmente aquilo que ele faz para mudar o que sabe”.

Diante disso não dispensamos uma reflexão sobre o homem a ser formado, a

cidadania e consciência crítica.

Neste contexto o Conselho de Classe que é um órgão colegiado, constitui-se

num espaço de reunião de professores, direção e equipe pedagógica, “e a ele

atribui-se o papel de articular o trabalho docente, congregando as diversas

percepções dos profissionais sobre o aluno com o qual trabalham, na tentativa de

obter uma visão de totalidade” (Ângela I.L. de Freitas Dalben) tendo por objetivo

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avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os

procedimentos adequados a cada caso.

O que presenciamos na realidade, em contra-partida com a sociedade

capitalista, é um mundo que se edifica, se fortalece e se expande devido a disputa

de um mercado econômico desterritorializado e internacionalizado, não sendo mais

restrito às fronteiras de cada país e de cada continente. O avanço e a produção de

novas tecnologias, a globalização da economia e das comunicações, o

fortalecimento de moedas internacionais, a efetivação de uma sociedade da

informação e do conhecimento, o investimento na qualidade da educação escolar e

na formação do homem, estão se transformando em prioridades nacionais e até

mundiais.

Esta lógica gera expectativas que passam a exigir reformas no sistema de

ensino, impondo novos horizontes nos sistemas de formação do conhecimento e

capacitação de professores para atender a exigência desta realidade que aí está.

Quando se fala em capacitar, dizemos que é valorizar, investir e manter viva a

centelha do saber. Portanto mais do que aprender é sentir a promissora luz do

processo de crescimento dos professores e consequentemente dos alunos, através

do conhecimento.

Para Boff, “Conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela

ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto

representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o

conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente

a conversão do conhecimento em ação”. (2000, p. 82).

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa,

é sempre “intencionado”. Isto é, está sempre dirigido para alguma coisa” (2003, p,

59). Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como

destaca Severino, “educar contra-ideologicamente é utilizar, com a devida

competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que

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efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua

existência real”. (1988, p, 88).

“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do

conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos

alunos”. (Veiga, Ilma Passos, Projeto político da escola: uma construção coletiva –

1995, p. 27). Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e

generalizações, sendo para tanto, o objeto de trabalho do professor.

O professor sabe que quem se apropria do conhecimento é o aluno pela sua

ação, no entanto, enquanto organizador do processo de ensino-aprendizagem, tem

que ser, obrigatoriamente, ele o mediador desta ação. Na relação pedagógica, a

atividade primeira, habitual, é do professor, não na perspectiva de ficar nele, mas de

provocar e de propiciar a atividade do aluno.

A ação do professor é de transformação. Deve preparar o campo para a ação

do educando, bem como interagir com ele para desencadear sua ação, garantindo

sua apropriação.

O professor compreende que não é ele que deposita o conhecimento na

cabeça do educando. Por outro lado sabe também que não é deixando o educando

sozinho que o conhecimento “brotará” de forma espontânea. Quem constrói é o

sujeito (educando), mas a partir da relação com o professor, mediada pela realidade.

O aluno está no processo de formação, mas o professor, pressupõe-se, já

tem uma compreensão mais sintética do objeto de conhecimento. Portanto, cabe a

ele mobilizar os conhecimentos e fazer as intervenções solidárias necessárias.

Respeitar os alunos como cidadãos é franquear a todos a porta do universo

cognitivo e afetivo: o conhecimento significativo.

Como trabalho docente, a ação do professor deve visar:

• Provocar: colocando o pensamento do educando em movimento e

propondo atividades de conhecimento, criando situações em que os

interesses possam emergir e o aluno possa atuar.

• Dispor: de objetos, elementos, situações; dando condições para que o

educando tenha acesso a elementos novos, possibilitando a elaboração de

respostas aos problemas solicitados, dando indicações e oferecendo

subsídios.

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• Interagir: solicitando expressão e acompanhando o processo de

construção.

Todo o trabalho pedagógico favorece no educando a “reconstrução” das

relações existentes no objeto de conhecimento, enfim, a tarefa do professor é ajudar

o educando a tomar consciência das necessidades postas pelo social, colaborar no

discernimento de quais são as essenciais e na articulação delas com o objeto de

conhecimento em questão.

Veiga e Carvalho afirmam que:

“O grande desafio da escola, ao construir sua autonomia, deixando de lado

seu papel de mera “repetidora” de programas de treinamento, é ousar assumir o

papel predominante na formação dos profissionais”. (1994, p. 50).

A formação continuada dos professores é uma necessidade, e para tanto é

preciso que se garantam formas e tempo para esta formação, dando condições para

que possam ter acesso às informações mais atualizadas na área da educação.

Cabe aos professores um estudo constante no conhecimento das DCES,

troca de experiências para o trabalho interdisciplinar e contextualizado, e relacionar

conteúdos X teoria X prática.

Machado assume a seguinte posição: “O processo de luta é visto como uma

forma de contrapor-se à dominação, o que pode contribuir para a articulação de

práticas emancipatórias”. (1989, p. 30).

Acreditamos ser o Plano de Trabalho Docente, o processo de provocar

transformações nas instâncias e nos níveis educacionais que, historicamente, tem

ditado o como, o porque, o para que, o quando e o onde planejar.

Num sentido mais específico Padilha (2001) afirma que “pensar o

planejamento educacional e, em particular o planejamento visando ao projeto

pedagógico da escola é, essencialmente, exercitar nossa capacidade de tomar

decisões coletivamente”.

Para completar, segundo Gandin (2000)...“o planejamento deve alcançar não

só que se façam bem as coisas que se fazem (chamaremos isso de eficiência), mas

que se façam as coisas que realmente importa fazer, porque são socialmente

desejáveis (chamaremos isso de eficácia)”.

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, que em seu

artigo 67, referindo-se sobre hora-atividade, diz que: “Os sistemas de ensino

promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes,

inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público[...]

VI – período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de

trabalho”.

Como princípio, a SEED entende que a hora-atividade, de acordo com as

possibilidades do estabelecimento de ensino, deve ser distribuída de forma a

favorecer o trabalho coletivo dos professores que atuam nas mesmas turmas e

séries dos diferentes níveis de ensino, ou por área de conhecimento, ou ainda com a

formação de grupos que favoreçam o trabalho interdisciplinar.

O compromisso do Colégio estar totalmente voltada para a educação básica é

obedecer ao capítulo II da LDB onde diz no:

“Art. 22. A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando,

assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

Ela também está organizada em séries, reclassifica alunos com idade

defasada, cumpre a carga horária mínima exigida, oferece estudos de recuperação

paralela, nos casos de baixo rendimento escolar oferece sala de Apoio e na

aprendizagem lenta oferece sala de Recursos, com acompanhamento especializado

aos alunos portadores de necessidades especiais, favorecendo assim uma análise e

valorização das potencialidades individuais.

O documento, “Diretrizes para avaliação” (SE/DF 2000), afirma que a “ação

avaliativa ultrapassa os limites quantitativos“ (op. cit., p.4), deve observar “quatro

dimensões: diagnóstica, processual, contínua, cumulativa e participativa” (op. cit.,

p.4) e apresenta os princípios norteadores “dessa nova prática avaliativa”, sucesso,

diferenças individuais, diferenças socioculturais, progresso contínuo, liberdade,

cooperação, diálogo e transformação social (op. cit., p.7).

Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma Base

Nacional Comum, a ser complementada pelos demais conteúdos curriculares

especificados nesta Lei e, cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por

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uma Parte Diversificada exigida pelas características regionais e locais da

sociedade, da cultura, da economia e clientela.

Não falamos mais em Administração Escolar e sim Gestão Democrática.

Nesta perspectiva, a direção do Colégio passa a ser um trabalho de equipe, com

ampla participação de todos os segmentos do Estabelecimento, propiciando uma

atuação conjunta no processo social escolar dos seus profissionais (professores e

funcionários), de alunos e pais, integrando e melhorando as relações inter-pessoais.

Mas o objetivo principal da gestão é a garantia dos meios de uma aprendizagem

efetiva e significativa dos alunos para o exercício pleno da cidadania.

No Brasil, a própria Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB) determinam a participação dos pais para a efetivação do processo

da gestão democrática nas escolas.

Segundo Heloísa Luck:

“a integração família-escola se torna emergencial, batendo à porta dos

estabelecimentos de ensino, para atender as necessidades de

democratização da sociedade em geral e das próprias escolas; pela

necessidade de entender diferentes perspectivas sociais e modos de vida;

pela urgência na prevenção do envolvimento da juventude com drogas e

violência; por ser também emergencial integrar o currículo escolar às

demandas da vida social e profissional de cada indivíduo. É fácil entender, a

partir de alguns conceitos-chave que guiam as novas perspectivas sociais,

como essa integração é fundamental. “No momento atual, o conceito de

cidadania se torna onipresente e caracteriza uma sociedade responsável por

si mesma madura e não dependente de um governo paternalista e

amplamente provedor; sabe-se, ou aprende-se às vezes de forma dolorosa,

que os problemas sociais podem atingir qualquer um – ninguém mais está

salvo das consequências das distorções e mazelas da sociedade, portanto

há que ter responsabilidade social; e está comprovado que somente os

processos participativos produzem um significado concreto e duradouro no

desenvolvimento social e individual”.

Também o Conselho Escolar é um meios de participação dos segmentos do

Colégio. É órgão colegiado composto por representantes da comunidade escolar,

que tem como atribuição deliberar sobre questões político-pedagógicas,

administrativas, financeiras, no âmbito do Colégio. Cabe também, analisar as ações

a empreender e os meios a utilizar para o cumprimento das finalidades do Colégio.

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O Conselho Escolar representa um lugar de participação e decisão, um espaço de

discussão, negociação e encaminhamento das demandas educacionais,

possibilitando a participação social e promovendo a gestão democrática. (Programa

de Fortalecimento dos Conselhos Escolares- Caderno 1 MEC- SEB).

O Grêmio Estudantil também é um órgão representativo de todos os alunos

matriculados no Colégio, eleitos democraticamente pelos discentes. Têm

participação importante na gestão democrática participando de projetos e do

cotidiano escolar auxiliando a direção.

A A.P.M.F. é pessoa jurídica de direito privado. É um órgão de representação

dos pais, mestres e funcionários do Colégio, não tendo caráter político partidário,

religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e

conselheiros.

Quanto aos recursos humanos que geralmente compõem a equipe de

trabalho numa escola, praticamente agrupam-se em três esferas:

- Administrativo: diretor(a), vice-diretor a), e secretários(as);

- Pedagógica: docentes, bibliotecários (a) e professores pedagogos;

- Serviços de Apoio: serventes e merendeiras.

Estes profissionais, das três esferas, exercem atividades que, por sua

natureza, estão diretamente relacionadas ao trabalho escolar, funções ligadas à

concepção e execução, efetivando assim a prática social e escolar, cada qual na sua

própria função.

Do ponto de vista do Colégio, é vital a padronização de alguns métodos para

que exista e funcione uma estrutura escolar. Exemplo: respeito hierárquico,

cumprimento de horários, zelo pelo patrimônio do Colégio, comprometimento,

liberdade de expressão, respeito mútuo, etc. Porém não podemos ignorar que a

inclusão aí está e nós devemos possibilitar espaço para o aluno diferente,

diversificando alguns métodos que os demais alunos devem seguir, ajudando-o a

encontrar um lugar escolar produtivo da forma como lhe é possível, também

encontrar respostas por outras vias, outras formas de conhecer e também de avaliar,

inclusive, respeitar as diferenças e pensar um lugar que lhe possibilite uma inserção

social produtiva. Assim,

“constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as

diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demostrando

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que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente

irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e

dos olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência as

origens familiares e regionais, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em

resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados,

convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de

direito. É chamado direito a diferença, o direito de ser, sendo diferente

(FERREIRA E GUIMARÃES, 2003, p. 37).

A Constituição de 1988 deixou claro que as pessoas com deficiência têm

direito a atendimento educacional especializado, e a LDB definiu que a educação

especial é uma modalidade de educação escolar que oferece o atendimento

educacional especializado previsto na Constituição, que também diz: “Toda a

unidade deve atender aos princípios legais e não pode excluir ninguém”.

Também, o documento promulgado no Brasil por decreto de 2001, reafirma

que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos e liberdades que as

demais.

Traduzindo este conjunto de reflexões para nossa realidade imediata, a

perspectiva da inclusão para TODOS os alunos está contemplada nos princípios

norteadores das ações da SEED, as quais apresentam como linha condutora a

universalização do acesso à escola pública gratuita e com qualidade para todos.

“É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social,

econômica e cultural existente que lhe garante ser reconhecida como

instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos

(…) o grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino

que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de

vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de

todos” (PARANÁ, 2005)

A cultura é resultado de toda produção humana segundo Saviani, “para

sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os

meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da

natureza, criando um mundo humano ( o mundo da cultura )” (1992, p. 19).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita

cabe ao Colégio, aproveitar essa diversidade existente, para fazer dele um espaço

motivador, aberto e democrático.

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O trabalho é uma atividade que está na base de todas as relações humanas,

condicionando e determinando a vida.

No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e é

nesta dimensão que está posto a formação do homem.

Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o

entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material e sim, uma

atividade intencional que envolve formas de organização necessária para a

formação do ser humano.

A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma

sistematizada utilizando métodos. No decorrer da história, a ciência está sempre

presente para reproduzir ou transformar e a escola tem a função social de garantir o

acesso de todos aos saberes científicos produzidos pela humanidade.

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando–os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser

mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação

tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita

para constituir-se e transformar a realidade.

De acordo com Boff (2000, p.51) “cidadania é um processo histórico-social

que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e

de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de

passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino.”

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O

homem é antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a

realidade.

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,

transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do

grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada individuo engendra e que

oferece a sua comunidade”. (Pinto,1994).

Precisamos estar bem embasados nas concepções que estão

intrinsecamente relacionadas à educação e aprender a ter uma visão sistêmica de

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nosso aluno, de nossa classe e de nossa constituição escolar, promovendo o bem

estar do nosso educando que influenciará em seu contexto familiar e social.

Acreditamos que a conscientização familiar e uma escola verdadeiramente integrada

são um dos caminhos para a solução de grande parte dos problemas da

comunidade.

VI – MARCO OPERACIONAL

O Colégio Estadual Padre Réus – Ensino Fundamental e Médio tem como

prioridade proporcionar e contribuir para uma educação inovadora e critica,

respeitando as diferenças e buscando autonomia, levando o educando a entender e

interagir na sociedade que o rodeia, visando uma sociedade mais justa, solidária,

autêntica e saudável.

Dimensões Pedagógicas:

Nestas dimensões que haja a possibilidade de efetivação da finalidade da

educação/escola: formação do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo,

através de aulas organizadas de maneira que todos os alunos possam fazer

perguntas, dialogar e conversar sobre os assuntos apresentados, defender suas

ideias, mudar de opinião, criar e realizar atividades na sala de aula e no Colégio,

além de serem orientados e incentivados a trabalhar em grupo, desenvolver

pesquisas e experimentos.

Prática Pedagógica:

Na prática pedagógica atendemos todos os alunos, em especial os inclusos

(com deficiências), com apoio individualizado, observando que cada aluno precisa

de um tempo diferente para aprender, enfim, métodos diversificados para atender

diferentes necessidades.

O Colégio também participa do SAREH, Programa de Atendimento

Educacional Hospitalar e Domiciliar da Secretaria de Estado da Educação que tem

como objetivo o atendimento educacional à crianças, adolescentes, jovens e adultos

que se encontram impossibilitados de frequentar a escola. Em virtude de situação

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difícil de locomoção (atrofia muscular) atendemos uma aluna domiciliar, permitindo à

mesma a continuidade de sua escolarização.

Inclusão:

Em relação aos estudantes inclusos o trabalho é realizado tanto pelo

professor de cada disciplina, quanto pelo professor especializado que auxilia no

processo ensino aprendizagem.

A inclusão é um processo cheio de imprevistos, sem fórmulas prontas e que

exige aperfeiçoamento constante, que, antes de ser educacional é social portanto, é

uma conquista de toda a sociedade.

Procuramos oferecer serviços complementares, adotando práticas criativas na

sala de aula, adaptando o projeto pedagógico, revendo posturas para uma nova

filosofia educativa.

O Colégio enfrenta esse desafio da inclusão incentivando os alunos, dentro

de suas possibilidades, e potencialidades a participar de todas as atividades de sala

de aula; atividades recreativas, atividades esportivas, atividades extra-classe;

auxiliados por toda comunidade escolar.

Contemplamos também aos alunos educação para o campo através de:

estudos de textos, debates, palestras, vídeos, entrevistas sobre agricultura familiar já

que grande parte de nossos alunos vem da zona rural, com objetivo de despertar no

educando uma consciência nova na relação do homem para com a terra,

percebendo que nela e com ela pode-se ter uma vida digna.

Valorização e respeito quanto a cultura afro-brasileira, reconhecendo a

influência que temos desta cultura e os costumes trazidos para o nosso meio, são

heranças que estão implícitas nos nossos costumes diários, tanto social, econômico,

religiosos e linguístico.

Quanto a cultura indígena não há presença de reservas indígenas em nosso

município, porém, essa cultura é valorizada e contemplada na prática escolar

criando consciência e sensibilidade em relação a mesma.

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Sala de Recursos:

O Colégio foi contemplado com duas Salas de Recursos na área da Deficiência

Mental e Distúrbio de Aprendizagem para o ensino fundamental de 5ª a 8ª séries.

É um serviço especializado de natureza pedagógica que apoia e

complementa o atendimento educacional.

Esse atendimento é realizado partindo de alguns pressupostos básicos:

• Todo ser humano precisa de aceitação.

• A redução de ansiedade é indispensável para a superação das

dificuldades.

• As experiências gratificantes estimulam o desejo de prosseguir e a busca

da auto-realização.

O trabalho parte da necessidade e dificuldade de aprendizagens específicas

de cada aluno, observando as áreas do desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-

afetiva-emocional), sendo os conteúdos pedagógicos, para esses educandos,

trabalhados com metodologias e estratégias diferenciadas.

Apesar do resultado, quanto à aprendizagem defasada, ser em longo prazo, o

crescimento da auto-estima desses alunos é imediato e gratificante.

O Colégio se propõe a continuar a oferta da Sala de Recurso, sendo

acompanhada e estimulada pela equipe pedagógica e direção.

Centro Especializado:

Contamos com dois Centros de Atendimento Especializado na Deficiência

Visual e Surdez (CAEDV) e (CAES). É um serviço de apoio especializado de

natureza pedagógica, no Ensino Regular, para Educação Infantil, Ensino

Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.

Sala de Apoio:

Contamos também com duas turmas de Sala de Apoio à Aprendizagem.

Alunos das 5ªs Séries com conteúdos não apropriados recebem reforço através de

metodologias diferenciadas, nas disciplinas de Português e Matemática. O Colégio

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também se propõe a continuar ofertando essa modalidade de ensino, requerendo, a

SEED, através de requerimento no início do ano letivo para seu funcionamento.

CELEM:

O CELEM é um curso básico de Língua Espanhola, que além de atingir os

objetivos práticos, permite aos alunos informações gerais sobre a atualização

contribuindo para a formação social dos estudantes enquanto cidadãos.

Esse curso está sendo ministrado no estabelecimento, atendendo alunos,

professores, funcionários e membros da comunidade.

Educação de Jovens e Adultos (EJA):

O estabelecimento oferta a escolarização de jovens e adultos com a

finalidade de dar continuidade aos estudos no Ensino Fundamental e Médio,

assegurando-lhes oportunidades apropriadas, considerando suas características,

interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas,

coletivas e/ou individuais.

Formação de Docentes:

Contamos com uma turma do curso de Formação de Docentes de Educação

Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Modalidade Normal do Nível

Médio; do Colégio Estadual Julio Giongo Ensino Fundamental, Médio e Normal,

que terá seu desenvolvimento assegurado em todas as séries até o final, permitido

por demanda e pelo termo de compromisso assinado pelos alunos, pais e Colégio.

Conselho de Classe:

O Conselho de Classe é um dos momentos mais importantes do processo

educativo, faz parte da dinâmica escolar e só é passível de ser efetivado, quando os

elementos que o integram, o assumem conscientemente, colocando-o a serviço de

seus propósitos.

Nossa proposta é um contínuo estudo com os professores e equipe

pedagógica, organizando um Conselho de Classe que possa definir condutas e

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implementar decisões coletivas, segundo rumos estabelecidos pela concepção

predominante no grupo.

Adotar um sistema de avaliação do próprio Conselho de Classe para que

seus objetivos sejam alcançados.

O Conselho de Classe adotado pelo Colégio compreenderá as seguintes

fases:

1. Pré-Conselho.

1.1 Escolher um professor coordenador para cada turma, com a função de

coletar dados com os demais professores sobre a turma em questão, seus

pontos positivos, negativos, suas dificuldades – uma auto-avaliação –

realizada uma semana antes do Conselho de Classe.

1.2 Um membro da equipe pedagógica, juntamente com o professor

coordenador da turma, fará um parecer dos alunos, estabelecendo

também os pontos positivos, negativos, as dificuldades encontradas – uma

auto-avaliação realizada uma semana antes do Conselho de Classe.

2. Conselho de Classe.

2.1 O professor coordenador fará os comentários sobre a turma.

2.2 A Equipe Pedagógica apresentará o gráfico sobre o rendimento

escolar dos alunos e parecer da turma, no geral.

2.3 Após os problemas ou as dificuldades detectadas (apontadas) buscar-

se-ão as possíveis soluções por todos os membros presentes no

Conselho de Classe.

3. Pós-Conselho

3.1 Após o Conselho de Classe haverá um novo encontro com a

presença da equipe pedagógica, professor representante em cada sala de

aula, para abordar e tentar solucionar as situações que foram discutidas

durante o Conselho de Classe, propondo soluções para resolver, a fim de

que os alunos também assumam a responsabilidade de melhoria no

andamento das aulas.

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Casos especiais serão tratados individualmente, e se necessário, com a

presença dos pais ou responsáveis.

A entrega de boletins ocorrerá por turmas (séries) ou de acordo com a

necessidade ou programação do Colégio.

Representantes de Turma:

Todas as séries têm alunos representantes eleitos democraticamente por

seus colegas de turma.

O aluno eleito representa a turma articulando-se, com a direção, equipe

pedagógica e professores, com objetivos de realizar reuniões periódicas com os

representantes valorizando e estimulando a participação dos mesmos no cotidiano

da escola.

Avaliação:

A avaliação continuará sendo entendida como processo abrangente,

diagnóstico, contínuo, formativo, cumulativo e processual com recuperações

paralelas de conteúdos, priorizando sempre o aspecto qualitativo do quantitativo,

mas que este quantitativo não fique a mercê.

A avaliação dará condições para que seja possível ao professor tomar

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

A avaliação do aproveitamento escolar incide sobre o desempenho do aluno

em diferentes situações de aprendizagem, onde o professor utiliza técnicas e

instrumentos diversificados, sendo que os alunos são submetidos a várias

oportunidades de aferição.

Os procedimentos utilizados pelos professores asseguram os parâmetros

indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a comparação entre si.

Portanto a individualidade do aluno e seu domínio dos conteúdos necessários

são assegurados nas decisões no processo de avaliação.

Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada

recuperações de conteúdos de forma paralela, ao longo do período letivo.

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Nas recuperações de conteúdos o professor considera a aprendizagem do

aluno no decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre as notas das

avaliações e recuperações, prevalecerá sempre a maior.

As recuperações de conteúdos paralelos são realizadas com o objetivo de

recuperar os conteúdos não assimilados no decorrer de cada bimestre.

A recuperação de conteúdos constitui um conjunto integrado ao processo de

ensino além de se adequar às dificuldades dos alunos.

O Colégio possui Plano Especial de Estudos para os alunos que cursam

disciplinas em dependência e que estiverem impossibilitados de cursar estas

disciplinas em horário compatível, estes deverão apresentar documento (carteira de

trabalho) que comprove a sua impossibilidade da frequência. Esse Plano de Estudo

é elaborado e coordenado pela equipe pedagógica que conta com uma série de

atividades que o aluno tem de cumprir bimestralmente durante o ano letivo tais

como: trabalhos e apresentações para o professor e ou para a turma e provas

escritas, com cronograma próprio.

Estes trabalhos seguem os conteúdos da disciplina em dependência.

O professor regente desse aluno tem em seu livro de registro espaço próprio

para este acompanhamento. As produções dos alunos ficam arquivadas na pasta

individual do aluno.

Para os demais alunos a frequência é em turno contrário e ele cumpre a

dependência como aluno regularmente matriculado na série. Após uma avaliação,

seja ela oral, escrita, trabalhos extra-classe, trabalhos em grupo, diagnosticado o

baixo rendimento, a recuperação será feito de imediato.

Quanto aos alunos vindos de outros estabelecimentos com disciplinas em

Dependência, terão que frequentar as aulas, cumprindo a frequência mínima exigida

(75%) e atingir a média mínima para aprovação (seis vírgula zero).

A organização do tempo escolar é em séries, da grade curricular em

disciplinas, 75% compreende a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada até

25%.

Tanto a Sociologia quanto Filosofia é ministrada pela disciplina específica e

também por projetos interdisciplinares.

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Quanto à evasão/desistência, que é uma das mais difíceis estruturas de

exclusão, infelizmente é a que se interioriza nos alunos.

Tanto a aprovação como a reprovação estão intimamente relacionadas à

concepção de educação.

O comodismo, fruto de um paternalismo que não constrói a cidadania está

deixando nosso aluno acomodado, sem perspectivas e sem sonhos de conquistar

uma vaga no mercado de trabalho.

Diante de tudo isso, analisamos que aprovar alunos descomprometidos,

relapsos, comete-se dupla injustiça; com os acomodados e principalmente com os

que lutam e estudam.

Para evitar tanta reprovação resultando em evasão/desistência revisaremos

constantemente nossa prática avaliativa, acompanhando o processo de construção

de conhecimento do aluno. Diagnosticar, investigar, tomar decisões, estabelecer um

diálogo educador-educando-contexto de aprendizagem, enfim, avaliar desta maneira

para que o aluno aprenda mais e melhor, evitando assim, reprovação e

consequentemente evasão.

Hora Atividade:

A hora-atividade é um grande avanço para a prática pedagógica, pois nela o

professor pode ler, pesquisar, planejar. Este momento propicia melhores condições

para um trabalho de troca de experiências e reciprocidade, também nas diversas

disciplinas para uma apropriação interativa.

A organização deste trabalho docente, em especial as ações que norteiam a

hora-atividade, é de responsabilidade do conjunto de professores, acompanhados

pela equipe pedagógica num processo de reflexão sobre as necessidades e

possibilidades do trabalho docente no Colégio.

Todo este tempo e espaço é aproveitado com maior número possível de

pares para estabelecer propostas, conteúdos, estratégias de planejamento, reuniões

pedagógicas de correção de tarefas de alunos, de estudos e reflexões sobre os

saberes curriculares e de ações, projetos e propostas metodológicas, de troca de

experiências, de atendimento de alunos e pais e outros assuntos educacionais de

interesse dos professores.

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Tendo em vista o grande número de professores atuarem em dois ou mais

estabelecimentos de ensino na rede estadual, não é possível organizar a hora

atividade em todas as disciplinas conforme o calendário previsto pelo N.R.E., mas o

Colégio tem evidenciado possíveis formas de organização que contemplam com

qualidade a hora-atividade. Contudo, todos os professores fazem sua hora-atividade

no próprio Colégio.

Professor Pedagogo:

Quanto à organização do trabalho pedagógico, mais específico, o trabalho do

professor pedagogo, será promover a integração entre professores da mesma área,

como também de várias disciplinas para enriquecimento e troca de experiências.

Também um constante acompanhamento dando apoio aos professores e alunos.

Maior atenção à recuperação paralela para que a mesma tenha como objetivo

principal a apropriação do conhecimento que tem valor absoluto no processo ensino-

aprendizagem e não somente para garantir a nota. Organizar formas de recuperação

envolvendo os professores das disciplinas, estudando e debatendo textos

apropriados. Todas essas ações serão trabalhadas, na modalidade de formação

continuada.

Refletindo ainda sobre o trabalho pedagógico faz-se necessário analisar

profundamente uma proposta educativa radicalmente democrática e coletiva,

rompendo com algumas práticas tradicionais na relação pedagógicas educador-

educando e pedagogo-professor. Busca-se uma educação para a democracia,

privilegiando um enfoque educativo que rompe com a fragmentação tradicional do

conhecimento. É tarefa fundamental do pedagogo se envolver com a prática

pedagógica. Enfim, que o pedagogo seja sustentação das necessidades do

professor.

Gestão Democrática:

Sua atuação é conjunta, de busca compartilhada, de parcerias na construção

do pensar e do fazer. Este espírito de agir coletivamente é a mola propulsora para

que o Colégio seja efetivado em sua prática política pedagógica.

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Esta gestão necessita e promoverá ações de integração entre todos os

segmentos do Colégio e destes com os pais e toda comunidade escolar, através de

encontros, palestras, parcerias em eventos e amigos da escola. É necessário

também abrir discussões sobre melhorias no ambiente escolar para que este

privilegie a qualidade do ensino. É importante que os diferentes pontos de vistas

sejam avaliados por todos e através de consenso respeitar o que for melhor para o

Colégio

Em toda sociedade há diferenças culturais e de opiniões. É muito bom e

construtivo no ambiente escolar, porém, faz-se necessário respeitar estas diferenças

para que as mesmas não gerem conflitos no Estabelecimento.

A democracia na gestão escolar acontece também através das parcerias.

Refletindo sobre isso, o Colégio continuará buscando apoio nas diferentes

instituições, entidades, pessoa física e jurídica.

No aspecto cultural: palestras, teatros, esportes, arte, música, seminários,

grupos de estudos, intercâmbios, viagem, feiras e exposições.

Aspecto financeiro: transporte para viagem de estudo, visitas a centros

culturais, etc. Ajuda da comunidade em benefício a manutenção e melhoria da infra-

estrutura.

Propiciamos ambiente saudável onde professores, funcionários, alunos,

equipe pedagógica e diretores se respeitem, que todos se sintam valorizados.

Promoveremos palestras sobre comportamento humano para sanar problemas de

indisciplina.

As regras sobre convivência são claras, conhecidas e respeitadas por toda

comunidade escolar através de estudos e debates.

Os recursos humanos que compõem a equipe de trabalho do Colégio estão

em conformidade com a realidade e assim compostos: administrativa, pedagógica e

serviços de apoio.

Investir nos recursos humanos, valorizar, tornar atraente a carreira, motivar

quanto à qualidade, oferecer formação continuada, boas condições de trabalho,

acesso as modernas tecnologias e a recursos didáticos pedagógicos atuais é

compromisso primordial de uma gestão.

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Visto da importância de que tenhamos pessoas qualificadas para um bom

desempenho do estabelecimento e uma educação de qualidade, bem como

democrática, torna-se necessário as eleições, segundo a Lei 14.231/2003 que

dispõe sobre consulta para designação de diretores e diretores auxiliares dos

Estabelecimentos de Ensino:

Art. 3º. A consulta para designação de diretores e diretores auxiliares será

realizada de 3(três) em 3(três) anos, no mês de novembro do calendário civil,

através de voto por chapa, direto, secreto e facultativo dos membros da Comunidade

Escolar aptos a votar, sendo vedado o voto por representação.

Art. 4º. Estão aptos a votar os seguintes segmentos dos Estabelecimentos de

Ensino:

I – professores;

II – funcionários;

III – responsável perante a escola, pelo aluno menor de 16 anos, não votante;

IV – alunos matriculados no Ensino Médio e Educação Profissional;

V – alunos com, no mínimo 16(dezesseis) anos completos, até a data da

consulta, matriculados no Ensino Fundamental.

Art. 5º. Haverá em cada estabelecimento de ensino uma Comissão Eleitoral,

composta por dois representantes do segmento de representantes legais dos

alunos, quatro de professores, sendo dois da equipe pedagógica e dois docentes,

dois de funcionários e dois de alunos, eleitos por seus pares, em assembleias

convocadas pela direção especificamente para este fim.

Art. 8º. São requisitos para o registro da chapa:

I – pertencer ao quadro Próprio do Magistério, ao Quadro Único Pessoal ou

ao Quadro Próprio do Poder Executivo.

Art. 15. A gestão de Diretor e Diretor Auxiliar será de 3 (três) anos, com início

no primeiro dia útil do ano civil subsequente, sendo admitidas duas reconduções

consecutivas.

Baseado na Lei complementar 123/2008, os funcionários prestam

atendimento ao público de forma pronta e cordial, zelando pelo ambiente escolar,

preservando, valorizando e integrando o ambiente físico, garantindo o bom

andamento de ensino, participando de cursos, capacitações, reuniões, seminários e

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outros encontros correlatos às funções exercidas, agindo como educador na

construção de hábitos e preservação como também manutenção do ambiente físico,

atuando como educador junto a comunidade escolar mediando e dialogando.

Os funcionários precisam não somente saber fazer o que fazem, mas

sistematizar e institucionalizar suas identidades profissionais. Estamos num tempo

de transição, construindo e organizando essas novas identidades, esses novos

perfis, pois

(…) criar uma nova cultura não significa apenas fazer individualmente

descobertas originais; significa também, e, sobre tudo, difundir criticamente

verdades já descobertas, socializá-las por assim dizer; transformá-las,

portanto em base de ações vitais.

Conselho Escolar:

É constituído pela direção do Colégio e um representante de cada setor: dos

professores pedagogos, da equipe administrativa, dos professores atuantes em sala

de aula por grau e modalidade de ensino, dos alunos por grau e modalidade de

ensino, dos pais ou responsáveis por alunos regularmente matriculados no Ensino

Fundamental e Médio, um representante da A.P.M.F. e um representante da A.P.P..

O Conselho Escolar desempenha funções consultiva, deliberativa, avaliativa e

fiscalizadora da gestão pedagógica, administrativa e financeira. Portanto, constituem

espaços de desafio, inclusão, diferenciação e aprendizagem. Partindo de problemas

concretos vividos pela comunidade, pais e alunos passam a compreender a vida

escolar e a melhorar a qualidade de sua participação, melhorando assim a qualidade

do Colégio.

Metas:

• Reuniões mensais com calendário e cronogramas próprios.

• Estudo do estatuto do Conselho, do Regimento do Colégio, do ECA, do

PPP.

• Reuniões extraordinárias quando for necessário.

• Valorizar o Conselho estimulando sua participação ativa na vida do

Colégio (eventos, projetos, etc.)

• Divulgação a todos das decisões tomadas.

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• Ações que permitam a integração de segmentos e membros da

comunidade para apoio ao Colégio.

• Comunicação periódica de resultados de desempenho educacional do

Colégio, mediante órgãos da imprensa, comunicação aos pais e murais.

Formação Continuada:

Ao buscar uma educação de qualidade, temos de partir do pressuposto, que

os envolvidos no processo educativo necessitam qualificar-se continuamente para

que também possam efetuar as mudanças necessárias.

A SEED oportuniza a capacitação através de cursos.

O Núcleo Regional de Educação capacita, enviando a programação para

encontros pedagógicos semestrais, temas variados, na modalidade de Formação

Continuada.

Também são oferecidas palestras, grupos de estudos e oficinas. Além desta

capacitação, é necessário desenvolver políticas de valorização dos professores,

visando a melhoria das condições de trabalho e de salários. Como capacitação

oferecida pelo Colégio; Fica disponível bimestralmente,

Aos professores:

• Organizar documentos sobre indisciplina, avaliação, ensino

aprendizagem...

• Promover momentos de leitura em hora atividade sobre os mesmos;

• Planejamento e encontros pedagógicos;

• Oportunizar a participação em cursos, grupos de estudos, palestras.

Aos alunos:

• Palestras bimestrais sobre diversos temas, como: meio ambiente,

sexualidade, drogas, saúde; ministrados por psicólogos e especialistas nos

determinados assuntos.

Aos pais:

• Encontros semestrais para debater temas como: família, educação,

sexualidade, drogas, adolescência, saúde, nutrição.

Aos funcionários:

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• Participação em palestras e grupos de estudo ofertados pelo Colégio e

capacitação da SEED.

Grêmio Estudantil:

• Participação em palestras de auto-estima, motivação, sexualidade...

• Cursos e projetos.

A.P.M.F. e Conselho Escolar:

• Participação mensal em palestras, cursos, estudo do estatuto e

documentos.

Ser professor/educador bem formado e informado hoje, é viver intensamente

o seu tempo, com consciência e sensibilidade; transformando a informação em

conhecimento e em consciência crítica, mas principalmente formando pessoas.

Segundo Libaneo, 1994... a educação é uma prática social que acontece

numa grande variedade de instituições e atividades humanas (na família, na escola,

no trabalho, nas igrejas, nas organizações políticas e sindicais, nos meios de

comunicação de massa, etc.).

Nesta afirmação de Libaneo, a parceria dos pais com o Colégio é muito

importante, principalmente na cobrança das tarefas escolares, no incentivo pela

leitura e o valor pelo estudo.

Grêmio Estudantil:

É um órgão representativo de todos os alunos do Colégio, eleitos

democraticamente pelos discentes. O Grêmio Estudantil faz o elo de ligação entre

direção, educadores e alunos, ouvindo e fazendo reivindicações, elaborando

projetos em benefício dos alunos e do Colégio. Além do apoio e incentivo às

atividades culturais, sociais e esportivas, promovidas pelos alunos, existe a efetiva

participação dos mesmos na vida da comunidade escolar.

Para eleição do Grêmio Estudantil, são formadas chapas compostas por

alunos dos três turnos e dos dois níveis de Ensino. Estes são eleitos pelo voto direto

de todos os alunos matriculados e com frequência ativa.

A.P.M.F. (Associação de Pais, Mestres e Funcionários):

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É Órgão de representação dos pais, mestres e funcionários do Colégio. A

sua atuação parte de ações de assistência ao educando, assinatura de convênios,

promoção de palestras, eventos culturais, sociais, etc. Sua atuação é voluntária, por

isso há necessidade de motivação, integração entre seus membros com a Direção e

Conselho Escolar. Através dela também se consegue parcerias que trazem muitos

benefícios para o Colégio.

A eleição da A.P.M.F. acontece através de assembléia, onde é composta

uma chapa ou mais a qual é aclamada ou votada pela comunidade escolar,

permanecendo por um mandato de dois anos.

Calendário Escolar:

Já o recebemos elaborado pela SEED, cabendo ao Colégio cumprir fielmente

os dias letivos, ficando alguns dias organizados juntamente com o município: dia do

padroeiro, dia do município e dia do motorista.

A organização de turmas é heterogênea, e os professores distribuídos

conforme as especificidades inerentes à estrutura curricular escolar do Ensino

Fundamental e Médio.

Espaço Educativo Interno e Externo:

Interno, existe um saguão muito bom, utilizado para reuniões, palestras e

outros eventos do Colégio, porém, sua utilização é somente para grupos pequenos.

Como espaço externo, temos um excelente bosque e que poderá, através de

projetos, ser melhorado. O mesmo é muito utilizado pelos professores onde também

ministram suas aulas. Contamos ainda com um salão no Centro de Formação Cristã,

para eventos com grande número de público, cedido pela igreja católica.

Casa Familiar Rural:

O Colégio Estadual Padre Réus – Ensino Fundamental e Médio, serve de

Escola Base para Casa Familiar Rural, localizada na linha Vista Alegre,

contemplando todos os atendimentos solicitados pelos professores; aos respectivos

alunos matriculados e que frequentam a Casa Familiar Rural.

Avaliação Interna:

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Numa perspectiva de transformação, o Colégio tem algumas diretrizes de

avaliação interna. Todos os setores da comunidade escolar avaliam e são avaliados,

através de questionários. Isso para torná-la crítica, criativa, democrática e em

constante aperfeiçoamento.

A prioridade do Colégio é de desenvolver o conhecimento de forma dinâmico,

criativo e questionador, modificando muitas vezes sua própria prática fragmentada e

individualista.

Na construção deste Projeto Político-Pedagógico vivenciamos intervenções

significativas que nos auxiliaram no trabalho. A Formação Continuada, o debate com

pais, alunos e profissionais envolvidos contribuiu na caracterização da realidade

escolar, possibilitando-nos um conhecimento mais abrangente sobre a dinâmica do

Colégio. Possibilitou-nos também, um conhecimento maior das relações pessoais

que se estabelecem no espaço escolar, as concepções de conhecimento, cultura,

trabalho, ciência, cidadania, sociedade, educação.

Esse Projeto não é algo pronto e acabado. Encontra-se em permanente

construção servindo de base para posteriores reflexões. Portanto, todas as ações a

serem realizadas serão avaliadas semestralmente por toda comunidade escolar,

através de momentos de reflexão e discussão com a comunidade escolar; e através

de questionários.

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VII - PLANO DE AÇÃO

2010

Pensar em um “PLANO DE AÇÃO” para a escola implica em fazer uma

reflexão sobre educação, escola, sujeitos envolvidos, sociedade, enfim, refletir sobre

que escola temos e o que deseja o coletivo que a compõe.

Vivemos numa sociedade injusta, tendo como pano de fundo a desigualdade

em todos os âmbitos.

Os valores mudam, a tecnologia se acelera, e o que hoje vale, amanhã não é

mais.

Pode-se dizer que mudaram as formas de convivência, os valores e os

conhecimentos necessários às novas gerações, mas não mudou o fato de que toda

sociedade complexa possui uma instituição própria, voltada para socialização,

transmissão e produção de saberes considerados a determinado tempo e lugar.

A constituição (Art. 205) e a LDB (Art. 2º), ao estabelecer os fins da educação

definem uma função social para a escola: a de promover o pleno desenvolvimento

do educando, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Assim sendo, a escola como agente de transformação vai se construindo na

relação com a sociedade, articulando-se com seus membros e refletindo sobre suas

ações e suas conquistas.

Neste contexto destaca-se o Projeto Político Pedagógico em sua importância

como o instrumento de todo direcionamento da escola: o ensinar, o aprender e todas

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as ações que acontecem no seu âmbito, empreendidas pelo coletivo, no sentido de

dar significado e qualidade a todo processo educativo.

A escola não está só, não deve andar sozinha e sim, caminhar em direção a

outra forma de gestão, por isso, ela será mais forte na medida que estiver apoiada

na comunidade voltada para ela. Estamos em tempo de atuação conjunta, de busca

compartilhada, de parcerias na construção do fazer e pensar. Este espírito de agir

com o outro é a mola propulsora para que a escola seja efetivada em sua prática,

sempre em direção às necessidades e expectativas dos nossos alunos, à procura da

superação conjunta das barreiras que aparecem no decorrer do processo de ensinar

e aprender, esse é o entendimento de uma gestão democrática.

Portanto, o compromisso do colégio é com a permanecia do aluno, com êxito,

no estabelecimento, para que ele possa tornar-se cidadão comprometido com as

mudanças sociais, solidário, ético, responsável.

AÇÕES

1º Bimestre:

• Início das aulas com a presença de pais, professores, funcionários, direção,

equipe pedagógica.

• Reunião com a comunidade escolar para elaborar o Plano de Ação 2010.

• Reunião com o Conselho Escolar – estudo do Estatuto – uma reunião mensal,

durante o ano letivo.

• Reuniões da Equipe Pedagógica: organização do Conselho de Classe.

• Conselho do Classe.

• Entrega de boletins com Palestra para os pais.

2º Bimestre:

• Replanejamento

• Semana do Meio Ambiente: atividades pedagógicas e palestras.

• Festa Junina.

• Palestra: Prontidão Escolar Preventiva.

• Reunião da Equipe Pedagógica.

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• Encontro Pedagógico.

• Jogos Escolares – JOCOP'S.

• Olimpíada de Português.

• Palestra para alunos: Patrulha Escolar.

• Conselho de Classe.

3º Bimestre:

• Entrega de Boletins com Palestra – Patrulha Escolar.

• Reunião professores da EJA.

• Olimpíada da Matemática.

• Olimpíada de Português.

• Palestra para alunos – Dengue.

• Reunião da Equipe Pedagógica.

• Conselho de Classe.

• Teatro: Prevenção ao uso de Drogas.

4º Bimestre:

• Entrega de boletins – reuniões com pais.

• Semana Vocacional – 3ª Séries.

• Reunião Pedagógica.

• Conselho de Classe.

• Semana Cultural e Esportiva.

• Formatura.

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VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DCES (Diretrizes Curriculares Estaduais).

IASP (Instituto da Ação Social do Paraná). Estatuto da Criança e do Adolescente.

Curitiba- Pr – Fevereiro, 2006.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Constituição Federal, República Federativa do

Brasil, 1988.

NISKIER, Arnaldo. LDB: a nova Lei da Educação: tudo sobre a Lei de Diretrizes

e Bases da educação Nacional: Uma vista crítica. 6ª edição atualizada, Rio de

Janeiro: Consultor, 1996.

NOVA ESCOLA. Revista do Professor – 2003 – nº 165.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 25ª ed. Cortez, São Paulo – 1991.

(Coleção: Polêmicas do nosso tempo).

VASCONCELLOS, Celso dos S. – Avaliação – Concepção Dialética – Libertadora

do Processo de Avaliação Escolar.

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VEIGA, Ilma A. P., Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção

possível. 20ª ed. Campinas, Sp:Papirus, 1995 – (Coleção Magistério: Formação e

Trabalho Pedagógico).

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