municÍpio de castro verde cÂmara...

1/13 Reunião da CMCV de 19.06.2013

MUNICÍPIO DE CASTRO VERDE CÂMARA MUNICIPAL

ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE, REALIZADA NO DIA 19 DE JUNHO DE 2013. Nº. 14/2013 Estiveram presentes para o efeito os eleitos: Francisco José Caldeira Duarte, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde, José Francisco Colaço Guerreiro, António José da Luz Paulino e Paulo Jorge Maria do Nascimento, na qualidade de Vereadores. Faltou à presente reunião o Sr. Vereador António João Fernandes Colaço, cuja falta foi justificada por estar gozar um período de férias.

ABERTURA DOS TRABALHOS Dada a existência de quórum, foi pelo Sr. Presidente declarada aberta a reunião, pelas 15,20 horas.

PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA

Não foi abordado qualquer assunto no âmbito deste período.

ORDEM DO DIA

Aprovação da ata da reunião anterior: Atendendo que foi distribuída, previamente, a todos os presentes, cópia da ata da reunião anterior, foi dispensada a sua leitura, pelo que o Sr. Presidente a colocou à consideração dos restantes membros e, não havendo qualquer proposta de alteração, submeteu-a a votação, nominalmente, tendo a mesma sido aprovada, por unanimidade.

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Expediente: Tomou a Câmara conhecimento do seguinte expediente recebido:


“E - mail” da CORTIÇOL - Cooperativa de Informação e Cultura dando conhecimento da eleições dos seus novos corpos sociais.

Oficio da Escola Superior de Tecnologia e Gestão em que o seu Diretor, o Sr. Luís Miguel Tavares, apresenta os seus cumprimentos ao cessar as mesmas funções.

“E-mails” do Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português dando conhecimento da intervenção do seu Deputado Bruno Dias acerca da privatização dos CTT e o processo de encerramento de estações correios, da audição pública sobre o mapa judiciário e acesso dos cidadãos à justiça, e das propostas que apresentou relativamente ao orçamento retificativo em matéria de Poder Local.

Os documentos acima referidos constituem anexos à presente ata com os nºs. 1 a 5.

DIVISÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS 1. - Revisão do Estudo de Viabilidade Económica Financeira no âmbito do Contrato de Gestão entre o Estado Português, os Municípios associados da AMGAP - Associação de Municípios

pios para a Gestão da Água Pública do Alentejo e a AGDA-Águas Públicas do Alentejo SA.: Apreciou a Câmara a seguinte proposta apresentada pelo Sr. Presidente: “Em 16 de junho de 2009, a Câmara Municipal de Castro Verde, decidiu por unanimidade, propor à Assembleia Municipal, a adesão do Município à parceria público-publico do sistema Plurimunicipal de águas e saneamento em conjunto com 20 (vinte) outros Municípios do Alentejo, tendo o assunto sido apreciado e decidido favoravelmente em sessão extraordinária da Assembleia Municipal de 06 de julho do mesmo ano. Na sequência desta decisão, a Câmara Municipal em reunião ordinária realizada em 02 de setembro de 2009 e a Assembleia Municipal, em sessão ordinária realizada em 16 de Setembro, aprovaram a integração do Município de Castro Verde na Associação de Municípios para o mesmo fim, designada por AMGAP - Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública no Alentejo. No âmbito da parceria supra referida foi constituída a empresa AgdA - Águas Públicas do Alentejo SA, cuja constituição se reparte por 49% de capital social da AMGAP e 51% das Adp - Águas de Portugal. No âmbito da revisão do EVEF - Estudo de Viabilidade Económica Financeira, foi apresentada uma simulação de faturação de componente fixa da tarifa, com um ponderador de aplicação dos cenários C1 e C2, relativamente à água de abastecimento e referente ao ano de 2014, em que C1 tem por base a população residente e C2 o alojamento. (cf. doc. anexo). A Comissão de parceria bem como a Assembleia Intermunicipal da AMGAP aprovara, os novos pressupostos da tarifa fixa - 50% e 50% população, a aplicar à faturação de água para abastecimento em 2014. Neste contexto, permitam-me propor a V. Exªs. que decidam favoravelmente sobre a aplicação da Revisão EVEF, no âmbito do contrato de Parceria e Contrato de Gestão entre o Estado e os Municípios associados da AMGAP e a ADGA, tendo em conta os novos pressupostos de tarifa fixa - 50% de água de abastecimento em 2014, e bem assim remeter-se a presente proposta à Assembleia Municipal de Castro Verde, para apreciação e decisão no mesmo sentido.”


Apreciado o assunto, deliberou a Câmara, por unanimidade e nominalmente, aprovar a proposta apresentada pelo Sr. Presidente e submete-la à apreciação e votação da Assembleia Municipal. Ficam anexos à presente ata os documentos que constituem a presente proposta, dando-se, por isso, como aqui integralmente transcritos. 2. - Aumento de capital social na AGDA - Águas Públicas do Alentejo SA: Apreciou a Câmara a seguinte proposta apresentada pelo Sr. Presidente: “Em 16 de junho de 2009, a Câmara Municipal de Castro Verde, decidiu por unanimidade, propor à Assembleia Municipal, a adesão do Município à parceria público-público do sistema Plurimunicipal de águas e saneamento em conjunto com 20 (vinte) outros Municípios do Alentejo, tendo o assunto sido apreciado e decidido favoravelmente em sessão extraordinária da Assembleia Municipal de 06 de julho do mesmo ano. Na sequência desta decisão, a Câmara Municipal em reunião ordinária realizada em 02 de setembro de 2009 e a Assembleia Municipal, em sessão ordinária realizada em 16 de setembro, aprovara, a integração do Município de Castro verde na Associação de Municípios para o mesmo fim, designada por AMGAP - Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública no Alentejo. No âmbito da parceria supra referida foi constituída a empresa AgdA - Águas Públicas do Alentejo, SA, cuja constituição se reparte por 49% de capital social da AMGAP e 51% da Adp - Águas de Portugal, e cujo capital social é atualmente de 500.000,00 € (245.000,00 € constituído pelos Município, entre os quais o Município de Castro Verde). Em 2011 foi aprovado pela Assembleia Intermunicipal da AMGAP, EIM o reforço de capital social da AgdA, SA, no valor de 2.500.000,00 € a constituir pela Adp, SA e pelos Municípios integrantes, cabendo aos 21 Municípios, o total de 1.225.000,00 € na repartição propostas pelo quadro em anexo e a concretizar em 2012. Recentemente foi discutido e aprovado por unanimidade em Assembleia Intermunicipal da AMGAP o novo Plano de Investimentos, bem como o EVEF correspondente, tendo sido comunicado a todos os associados a necessidade de concretização durante o último trimestre de 2012, do aumento do capital social supra referido. Face ao exposto, permitam-me propor a V. Exªs. a aprovação da transferência para a AMGAP do valor de 50.075,35 €, para aumento do capital social da AgdA, e bem assim, em caso de aprovação da presente proposta, submete-la a apreciação e deliberação da Assembleia Municipal.” Apreciado o assunto, deliberou a Câmara, por unanimidade e nominalmente, aprovar a proposta apresentada pelo Sr. Presidente e submete-la à apreciação e votação da Assembleia Municipal. Fica anexo à presente ata o documento que constitui a presente proposta, dando-se, por isso, como aqui integralmente transcrito. 3. - Autorização para abertura de conta bancária: Submeteu o Sr. Presidente à apreciação da Câmara a seguinte proposta:


“Considerando os processos de consulta que iniciamos tendo em vista a aplicação de um capital disponível de 200.000,00 € (duzentos mil euros); Considerando que a melhor proposta apresentada, dentro das várias instituições bancárias convidadas, foi a do Banco Espirito Santo; Considerando que para fazer o depósito em causa poderá existir a possibilidade de necessitarmos abrir nova conta; Considerando, segundo o art.º 21º do nosso regulamento do sistema de controlo interno, que a competência para a abertura de contas bancárias tituladas pelo Município é do Órgão Executivo; Assim, para que possamos dar sequência ao processo, proponho a V. Exªs. autorização de abertura da conta necessária no respetivo Banco.” Apreciado o assunto, deliberou a Câmara, por unanimidade e nominalmente, autorizar o Sr. Presidente abrir a conta bancária para os fins acima referidos. 4. - Emissão de parecer prévio para celebração de contrato de aquisição de serviços: Apreciou a Câmara a seguinte proposta: Considerando que a obrigação prevista no art.º. 2º. da Portaria nº.16/2013, de 17 de Janeiro, que é aplicada aos serviços abrangidos pelo âmbito da aplicação da Lei nº.12-A/2008, de 27 de Fevereiro, onde estão incluídas as autarquias locais, proponho a celebração de um contrato mencionado no quadro em anexo, por forma a cumprir o nº.2 do art.º 3º. da referida Portaria. Refere-se a presente proposta à celebração de um contrato de aquisição de serviços de sistemas de cobranças por multibanco, por ajuste direto (regime geral), por um período de um ano, até ao montante de 5.000,00 €. Apreciado o assunto, deliberou a Câmara, por maioria, com as abstenções dos Srs. Vereadores José Francisco Colaço Guerreiro e António José da Luz Paulino, emitir parecer prévio favorável para celebração do contrato de prestação de serviços em causa. 5. - Desistência de processo relativo visto do Tribunal de Contas: Apreciou a Câmara a seguinte proposta apresentada pelo Sr. Presidente: “Considerando a decisão proferida pelo Tribunal de Contas, relativamente ao empréstimo solicitado na altura, para a construção do projeto “Centro Escolar nº.2 de Castro Verde”, cf. doc. anexo e remetida através do oficio com a Refª. DECOP/UAT.2/2711/2012, de 12-06-2012; Considerando que a parte sobrante, que corresponde àquela que faltava pagar à altura, não tem expressão, representando um montante de 15.447,86 €; Considerando que embora não concordemos com o argumento do Tribunal de Contas, não vamos contestá-lo;


Considerando que o Processo nº.49/2012 para chegar ao seu término é necessária uma decisão formal da nossa parte; Assim, face ao exposto, proponho a V. Exª. que se desista do pedido, na medida em que o valor em causa não justifica a manutenção do pedido de financiamento e se comunique a mesma ao Tribunal de Contas.” Apreciado o assunto, deliberou a Câmara, por unanimidade e nominalmente desistir do pedido em causa, conforme proposto pelo Sr. Presidente. 6. - Alienação de lotes de terreno para construção urbana: Submeteu o Sr. Presidente a apreciação da Câmara o relatório final de análise das propostas apresentadas ao concurso público para alienação de lotes de terreno para construção urbana, aberto por deliberação tomada na reunião do executivo municipal, realizada no dia 24 de Abril do ano corrente, e decorrido o período de audiência prévia dos interessados. Apreciado o assunto, deliberou a Câmara, por unanimidade e nominalmente, homologar o relatório em causa, elaborado pelo respetivo júri do referido concurso, adjudicando a alienação dos lotes de terreno conforme proposto no mesmo relatório final. 7. - Alienação de lote de terreno para construção urbana: Apreciou a Câmara a seguinte proposta apresentada pelo Sr. Presidente: “De harmonia com a deliberação tomada pela Câmara Municipal, na sua reunião realizada a 24 de Abril de 2013, foi aprovada a abertura de concurso público para a alienação de lotes de terreno para construção urbana (habitação/comércio/garagens), em diversas localidades do concelho, bem como o respetivo programa de concurso. Considerando que:

Após o encerramento do concurso, a Associação de Solidariedade Social “Seara de Abril”, pessoa coletiva nº.506 226 964, com sede na Rua 4 de Dezembro nº.4, em Santa Bárbara de Padrões, manifestou interesse na aquisição de um lote de terreno que integra o Grupo 3 - Loteamento Municipal de Santa Bárbara de Padrões: Referência E do referido concurso, para uso de garagem com a área de 32,06 m2, sito na Rua da Papoila, em Santa Bárbara de Padrões;

Que após o término do concurso resultaram lotes sem atribuição;

Que ficou previamente estabelecido no nº.2 do art.º 12 do programa de concurso, se posteriormente ao término do concurso, resultar lotes sem atribuição, pode a Câmara Municipal aceitar candidaturas no prazo de um ano, que preencham os requisitos deste concurso, e proceder a uma venda direta de acordo com o valor de venda estipulado e aos quais serão aplicáveis as disposições do programa de concurso.

Proponho que a Câmara Municipal de Castro Verde delibere, no uso da competência prevista na alínea f) do nº.1 do artigo 64º e da alínea d) do nº.7 da Lei nº.169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº. 5-A/2002, de 11 de Janeiro, autorizar a alienação do referido lote (Lote 29) à Associação Seara de Abril, pelo valor da sua proposta, no valor de 1.000,00 € (mil euros).


Apreciado o assunto, deliberou a Câmara, por unanimidade e nominalmente, alienar à Associação de Solidariedade Social “Seara de Abril”, o lote de terreno em causa, nos termos propostos pelo Sr. Presidente.

DIVISÃO DE OBRAS, GESTÃO URBANISTICA E AMBIENTAL 1. - Projeto de execução da ETAR de Castro Verde

Declaração de interesse público municipal: Na sequência do pedido formulado pela empresa Águas Públicas do Alentejo e das informações da Divisão de Obras, Gestão Urbanística e Ambiental, deliberou a Câmara, por unanimidade e nominalmente, atribuir Declaração de Utilidade Pública Municipal à construção da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Castro Verde.

DIVISÃO DE AÇÃO SOCIAL, CULTURA E DESPORTO 1. - Atribuição/renovação de cartões sociais: Em face da informação nº.414/2013 e respetiva documentação anexa, elaborada pela Divisão de Ação Social, Educação, Cultura e Desporto, deliberou a Câmara, por unanimidade e nominalmente, o seguinte:

Conceder cartões sociais a: Adelino Brito Pereira, residente em Santa Bárbara de Padrões; e a Aura da Assunção Guerreiro Jorge, residente em Castro Verde, ambos no escalão A.

Renovar os cartões sociais de Isabel Maria Guerreiro, residente em Castro Verde, de Joana Antónia dos Santos e de Deolinda Santos Batista, residentes em, Casével, todos no escalão A.

7. - Participação no 9º. Festival Terras Sem Sombra: Apreciou a Câmara o pedido de apoio solicitado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja para levar a efeito o 9º. Festival Terras Sem Sombra, com espetáculos agendados na Basílica Real de Castro Verde no dia 22 do corrente mês. A Câmara, segundo proposta do Senhor Presidente, deliberou por unanimidade e nominalmente, apoiar a iniciativa com a atribuição de um subsídio no montante de 10.000 €, bem como o apoio logístico habitual, autorizando o respetivo pagamento. 8. - Utilização das piscinas municipais por jovens da Associação de Respostas Terapêuticas - ART: Foi presente o pedido formulado pela Associação de Respostas Terapêuticas - ART, para que um grupo de 25 jovens e 5 monitores possam frequentar as piscinas municipais de Castro Verde durante a presente época balnear de Verão. Apreciado o pedido, deliberou a Câmara, por unanimidade e nominalmente, autorizar o solicitado gratuitamente.


Não participou na apreciação e votação desta decisão o Sr. Vereador José Francisco Colaço Guerreiro em virtude de fazer parte dos órgãos sociais da mesma Associação. 9. - Concessão de apoio de candidatura ao PRODER, da Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º. de Janeiro, de Castro Verde: Foi presente o ofício da Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º. de Janeiro, de Castro Verde, no qual dá conta da decisão tomada relativa à apresentação de uma candidatura aos apoios previstos no Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), designadamente na Ação nº. 3.2.2 “Serviços Básicos para a População Rural”, composta por duas áreas distintas, sendo a primeira relativa a obras de recuperação/remodelação das instalações da sua sede e segunda relativa à aquisição de instrumentos musicais para a sua Escola de Música e respetiva Banda Filarmónica. Adianta a mesma instituição que em conformidade com os orçamentos apresentados, o investimento a candidatar ao referido programa ascende a 173.385,19 € (IVA incluído) sendo que 90.596,93 € correspondem à aquisição de instrumentos e 82.788,26 € às obras de recuperação/remodelação, e que de acordo com a Portaria nº.521/2009, de 14 de Maio, que regula o citado programa, a taxa de financiamento é de 75%, sendo da responsabilidade da entidade beneficiária a garantia dos restantes 25% do investimento total, o que corresponde a 43.346,30 €. Face ao exposto, considerando que a Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º. de Janeiro só pelos seus próprios meios não consegue garantir a totalidade do valor a suportar, solicita junto desta Câmara Municipal um apoio financeiro, que desejava na ordem dos 20% do valor total do investimento, para a realização deste projeto que irá contribuir parta o bom desenvolvimento da coletividade e das suas atividades. Sobre o pedido em apreciação, o Sr. Vereador Paulo Nascimento proferiu o seguinte parecer/proposta: A Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º. de Janeiro, solicita â Câmara Municipal de Castro Verde apoio no âmbito da comparticipação da candidatura a apresentar ao programa PRODER, Ação 3.2.2. “Serviços Básicos para a População Rural”, tendo como objeto a intervenção em duas áreas distintas:

Obras de Recuperação/remodelação da sede.

Aquisição de instrumentos Musicais. A solicitação, que se anexa, enquadra-se no protocolo de cooperação celebrado entre esta Autarquia e a Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º. de Janeiro, na alínea a), do ponto 2, da cláusula 1ª. 2. - “A CMCV” comparticipará igualmente a SRF 1º.de Janeiro na manutenção das respetivas instalações, e ainda na aquisição de equipamentos e bens próprios que se tomem necessários à prossecução dos objetivos da coletividade.

a) O montante destes subsídios será deliberado pela CMCV, caso a caso, mediante solicitação devidamente fundamentada.


Importa ter presente que na altura de lançamento do PRODER, a Câmara Municipal de Castro Verde, considerando importante o aproveitamento das verbas afetas a este programa, associou-se à ESDIME na realização de ações de informação no concelho junto de potenciais beneficiários, tendo deliberado mesmo em reunião ordinária, do dia 25 de Novembro de 2009, a adjudicação à empresa “Iniciativa Positiva” a elaboração das candidaturas das associações sem fins lucrativos sedeadas no concelho, caso o desejassem, com o objetivo de permitir reunir as condições técnicas necessárias para operacionalizar a apresentação de candidaturas. Numa primeira fase do PRODER, pelas regras do próprio programa, um conjunto de associações não pôde apresentar candidaturas. Posteriormente, após alteração do PRODER, surgiu esta possibilidade, pelo que a SRF 1º. de Janeiro prepara agora apresentação de candidatura e solicita apoio financeiro à autarquia de 34.677,00 € (20% do investimento total) para fazer face a parte da comparticipação da verba não financiada. Imposta referir que, efetivamente, após um período de encerramento da sede da SRF 1º. de Janeiro ao público, a mesma voltou a abrir, apresentando algumas intervenções de melhoramento e manutenção ao nível das instalações que eram prioritárias (remodelação de bar, pintura, arranjo de alguns telhados, etc.), pelo que importa dar continuidade a esta operação, que se reveste de urgência em algumas áreas. Importa igualmente referir que, durante o período de encerramento da sede ao público, a coletividade manteve ativa a Escola de Música e a Banda Filarmónica, participando sempre que solicitado nas iniciativas culturais promovidas pelas autarquias do concelho e assumindo a programação de um conjunto de atividades. Atendendo ao papel social que a Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º de Janeiro representa na história da comunidade castrense, importante espaço de vontade coletiva que permitiu o acesso a realidades culturais e recreativas fundamentais em contextos sociais diferentes da atualidade; Atendendo ao papel que continua a prestar, mantendo no ativo uma filarmónica de excelente qualidade e uma escola direcionada ao ensino gratuito da música junto dos jovens; Sabendo que a reabilitação da vertente recreativa terá que passar obrigatoriamente pela melhoria das instalações proporcionando melhores condições de estar e conforto, processo que já se iniciou; Atendendo a que a SRF 1º de Janeiro se encontra em situação de cumprimento do Protocolo de Colaboração celebrado com a Câmara Municipal de Castro Verde, parece-nos importante que esta autarquia responda positivamente ao solicitado, contribuindo para o reabilitar da sociedade, uma das coletividades mais importantes da história do concelho, e para viabilizar o aproveitamento de um financiamento ao PRODER. Em caso de deliberação positiva, deve pois esta autarquia proceder à emissão de declaração para integrar o corpo da candidatura. Apreciado o assunto, deliberou, a Câmara, por unanimidade e nominalmente pronunciar-se favoravelmente sobre o mesmo pedido, conforme parecer/proposta proferida pelo Sr. Vereador Paulo Nascimento, bem como autorizar o pagamento do apoio financeiro em causa, no montante de 34.677,00 €.


10. - Acordo de colaboração com a Associação de Solidariedade Social “Seara de Abril”: Neste ponto da Ordem de Trabalhos expôs o Sr. Presidente as seguintes considerações:

“No concelho de Castro Verde estão actualmente em actividade quatro IPPS’s que têm como principal objecto de actuação o apoio a idosos, tanto na resposta social de internamento como nas respostas sociais de Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário.

Nesta última década, em particular no âmbito dos Quadros Comunitários de Apoio e do QREN, os apoios disponibilizados à construção e ampliação de espaços e projectos de apoio aos idosos e às associações que têm esse fito como principal objecto, têm sido de extraordinária importância para o desenvolvimento deste sector na vida local e, em particular no nosso concelho. Neste contexto,

- o Lar Jacinto Faleiro consolidou o seu já “histórico” Lar de 3ª Idade com a ampliação do número de camas oferecidas, para além de continuar a desenvolver o projecto de Centro de Dia e Apoio Domiciliário;

- a Fundação Joaquim António Franco e seus Pais, para além da construção de uma Unidade de Cuidados Continuados, desenvolveu um projecto de Lar, que veio reforçar a já existente resposta social a nível de Centro de Dia e SAD, projecto esse que está neste momento a ser complementado com uma 2ª Fase, também ela objecto de co-financiamento comunitário. Com estas duas instituições, a Autarquia celebrou Acordos de Colaboração que integraram a atribuição de uma comparticipação para investimento num montante equivalente ao produto do número de

camas sociais criadas (14 e 15 respectivamente) por 2 vezes o valor da Retribuição Mínima Mensal (RMM=485,00 € em 2012), a pagar durante 10 anos:

- o Lar Frei Manoel das Entradas, em complemento às respostas sociais de Centro de Dia e Apoio Domiciliário que desenvolve para as populações das freguesias de Entradas, Santa Bárbara de Padrões, S.Marcos da Ataboeira e algumas localidades de Castro Verde tem actualmente em construção o seu Lar de Terceira Idade, para a qual obteve igualmente um co-financiamento comunitário e o apoio financeiro da autarquia até ao montante equivalente à contrapartida nacional necessária.

- a Associação Seara de Abril está a preparar a entrada em funcionamento da sua resposta social de internamento na freguesia de Santa Bárbara dos Padrões, tendo como espaço de referência o Lar de Santa Bárbara, equipamento construído pela Câmara Municipal de Castro Verde, com o apoio de financiamento comunitário.

Face a este cenário, o concelho de Castro Verde perspectiva-se como um território em que se deverá desenvolver uma estratégia concertada de actuação que potencie a existência destes serviços, em complementaridade com um conjunto interessante de infraestruturas e serviços de apoio à actividade dos idosos, que poderá maximizar os serviços já existentes. Desta forma, a actividade em torno dos apoios geriátricos, para além do aumento exponencial da qualidade de vida dos nossos cidadãos mais velhos, assume-se como um dos vectores de desenvolvimento social e económico mais importante do nosso concelho, até pelo seu papel de criador de emprego, e em particular, feminino.

Estando todos os projectos ancorados à existência de um espaço físico com a resposta social de internamento, que sempre apesar das grandes dificuldades que as IPSS’s tiveram que contornar, estão neste momento construídos ou em vias disso, coloca-se agora a questão do seu funcionamento.


Naturalmente que a responsabilidade maior no apoio a iniciativas desta natureza deveria ser, em primeira instância, do Poder Central. Contudo, tanto a actual crise financeira, razão maior para justificar todos os problemas e pretexto para todas as decisões, assim como a atitude de cada vez maior demissão do Governo em assegurar a comparticipação nas despesas de funcionamento destas instituições, garantindo a todos os cidadãos, sem excepção, uma velhice digna e tranquila, não deixa outra alternativa senão a de ser o Poder Local a assumir algumas competências que, em primeira instância, não são suas. Torna-se relevante, para não dizer imprescindível, garantir a intervenção do Poder Local nesta área, sob pena de ficarmos com instalações de qualidade, mas encerradas aos utentes. No entanto, em paralelo, não nos devemos esquecer do actual quadro administrativo-financeiro de profundas dificuldades e incertezas com que os municípios se deparam. Não apenas do ponto de vista legislativo, mas igualmente ao nível do modelo de enquadramento da intervenção económico-financeira dos municípios, severamente condicionado pelo Poder Central. Contudo, estamos conscientes da sua importância e, acima de tudo, da sua pertinência num quadro de desenvolvimento estratégico em que a criação e funcionamento de equipamentos de apoio à Terceira Idade são um dos vectores a consolidar com vista à criação de mais emprego e ao crescimento económico da nossa região.

Não obstante essa premissa, é necessário assumir que esta decisão implica uma gestão municipal cuidada e obriga a uma criteriosa definição de estratégias e prioridades a estabelecer no futuro. Resta a certeza de que este é um caminho assumido por este município na procura de melhores condições de vida para as nossas populações.

O quadro actual mostra-nos que no concelho de Castro Verde nos encontramo perante realidades distintas (IPSS’s com “patrimónios” diferenciados, fontes de receita diversificadas, acordos de colaboração celebrados – ou não - com a Segurança Social, etc.). Como tal a intervenção municipal nesta matéria, concretamente nos apoios financeiros para assegurar a sustentabilidade destas instituições em matéria de serviços e apoios aos idosos, terão necessariamente de ser distintos.

Temos protocolos celebrados com o Lar Jacinto Faleiro e a Fundação Joaquim António Franco de Casével (atribuição de um subsídio anual ao funcionamento, correspondente ao resultado do produto do

valor da Retribuição Mínima Mensal (RMM=485,00 €) pelo número de camas sociais efectivamente criadas

(14 e 15 respectivamente) e ambas as instituições, com as dificuldades com que todos nos deparamos, têm demonstrado a sua capacidade de cumprir os objectivos que prosseguem.

O Lar de Entradas está em construção, perspectivando-se a sua conclusão para meados de 2014.

Concluída que está a construção do Lar da 3ª Idade de Sta. Bárbara e protocolada com a Associação Seara de Abril a sua gestão - face à ausência de resposta por parte do Estado, em matéria de acordos com a SS, - entendemos que a prioridade que se coloca hoje é a de criar as condições mínimas para que o equipamento construído pela Câmara Municipal em Sta. Bárbara para dar resposta às necessidades diagnosticadas, possa entrar em funcionamento no mais curto espaço de tempo.

É nesse sentido que é apresentada a presente proposta de Acordo de Colaboração com a “Associação Seara de Abril”.

A equidade de tratamento dos idosos mais carenciados que recorrem a este tipo de serviços está garantida. (Considerando a existência ou não de acordos com a SS, os regulamentos internos e o valor de referência considerado por cada IPSS, os preços praticados em função das tipologias disponíveis – camas sociais e camas em regime livre – etc.)


O enquadramento, tipologia e montantes das comparticipações da autarquia às IPSS’s em matéria de apoio à 3ª Idade deverá ser tratada oportunamente com vista à sua uniformização tendencial, em função das características e situação concreta de cada unidade. Em paralelo, começa a impor-se de forma cada vez mais premente uma avaliação ponderada da situação global no concelho e, procurar, em conjunto, sem quebrar a autonomia e características próprias de cada instituição, soluções para garantir a sua sustentabilidade e proporcionar mais e melhores serviços que visem a qualidade de vida dos seus utentes, ou seja, da população do nosso concelho”. Posteriormente, submeteu o Sr. Presidente à apreciação da Câmara a seguinte minuta do protocolo de colaboração que pretende celebrar com a Associação de Solidariedade Social “Seara de Abril”, com sede em Santa Bárbara de Padrões, no Largo 1º de Maio nº.4: “Considerando que: É atribuição dos Municípios a área da Ação Social, em cooperação com instituições de solidariedade social e em parceria com a administração central, através de programas ou projetos de âmbito municipal ou regional, designadamente nos domínios do combate à pobreza e à exclusão social, conforme o disposto no art.º. 23º da Lei nº.159/909, de 14 de Setembro; O Concelho de Castro Verde não apresentava e não apresenta uma cobertura total do seu território ao nível da distribuição da valência de internamento de idosos, sendo uma das necessidades inventariadas no âmbito do Plano de Desenvolvimento Social; A não existência de iniciativas de âmbito privado para a construção de equipamentos desta natureza levou a que o Município de Castro Verde se candidatasse ao INALENTEJO - 2007-2013, para construção de uma infraestrutura adequada às necessidades do Concelho, numa das freguesias mais povoadas do concelho, ao que foi obtido uma comparticipação de 80% do seu investimento total na construção do equipamento destinado a Lar de Idosos, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário, na Freguesia de Santa Bárbara de Padrões, nomeadamente na sua sede administrativa; O baixo rendimento das famílias e as reformas baixas do universo de potenciais utentes do Lar de Idosos, obriga a uma intervenção ativa do Município de Castro Verde na dignificação das condições de vida dos mais idosos, para a qual esse equipamento e a sua oferta são o que de melhor se pode proporcionar num final de vida; A Autarquia não tendo vocação para a gestão de um equipamento desta natureza, nem tal sendo compatível com um modelo de gestão de Direito Público a que está obrigada, mas podendo e devendo aproveitar o financiamento inscrito no INALENTEJO para esse fim, decidiu entregar a gestão do mesmo à Associação de Solidariedade Social Seara de Abril, pessoa coletiva nº.506226964, com sede em Santa Bárbara de Padrões, no Largo 1º. de Maio nº.4, e com uma relação muito profunda com a população dessa freguesia; Se assistiu a uma quase total desresponsabilização da Administração Central no âmbito das atribuições sociais e não se vislumbra, num horizonte próximo, a existência de qualquer parceria com vista ao financiamento das atividades e despesas com os idosos que a instituição venha a ter; Apenas o Município de Castro Verde, em colaboração com a Associação Seara de Abril, pode ser de forma imediata, a entidade que de alguma maneira, e embora com muito esforço, possa desenvolver um trabalho de apoio efetivo aos idosos;


É ética, cívica e moralmente obrigatório que os Municípios defendam os grupos mais fragilizados da nossa sociedade e, dentro das suas competências e atribuições, defendam e cultivem a universalidade do direito a uma velhice com dignidade e conforto. Assim face ao exposto, e entre: A Câmara Municipal de Castro Verde, adiante dignada de CMCV, com sede na Praça do Município, Pessoa Coletiva nº.501135960, representada pelo seu Presidente, Francisco José Caldeira Duarte; e A Associação de Solidariedade Social Seara de Abril, pessoa coletiva nº.506226964, com sede em Santa Bárbara de Padrões, no Largo 1º. de Maio nº.4, aqui representada pela Presidente da Direção, Ana Luísa Marques Fatana; Estabelece-se o presente acordo que se regula pelas seguintes cláusulas:

Cláusula primeira O presente acordo de colaboração visa definir as condições em que a CMCV apoiará até 50% das camas disponíveis no Lar (23 (vinte três) camas de internamento social, para idosos, naturais e/ou residentes no concelho há mais de três anos, por parte do Lar, bem como as obrigações das partes decorrentes desta cooperação.

Cláusula segunda Por cama de internamento social entende-se, consensualmente, aquela cujo funcionamento obedece à regras definidas pela Segurança Social.

Cláusula terceira A CMCV apoiará pelo valor de 355,00 € mês e por cama, enquanto a Segurança Social não assinar um protocolo de apoio a esta entidade.

Clausula quarta

O presente acordo de colaboração entra em vigor depois de assinado pelas partes e tem a duração de um ano, sendo renovado sucessivamente e de modo automático, pelo período estritamente necessário, enquanto a Segurança Social não vier a comparticipar.” Relativamente a este assunto o vereador António José Paulino, afirmou que esta é a única forma de abrir o Lar de Santa Bárabara, pois a ausência de acordos de cooperação com a tutela inviabilizaria a abertura, pois não existe procura de utentes com capacidade financeira que suportassem os custos de funcionamento, atendendo às baixas reformas que o Estado paga. Afirmou ainda que este executivo, ou o que sair das próximas eleições deverá rever os acordos para as camas sociais existentes com as outras IPSS, pois a manterem-se os atuais haverá


diferença de tratamento em termos de subsídios. Sugeriu que o critério seja igual, ou seja , que sejam subsidiadas 50% das camas sem acordo, ficando as IPSS de fazer todos os esforços para solicitar à Segurança Social a celebração de acordos com o Estado, pois esta autarquia não poderá fazer este esforço financeiro eternamente. Se o Lar Jacinto Faleiro e a Fundação Joaquim A. Franco estão consolidados em termos financeiros, o mesmo já não acontece com o Lar Frei Manoel das Entradas, pois se não houver um acordo semelhante estará em causa certamente a abertura do futuro Lar. Passada a votação, deliberou a Câmara aprovar, por unanimidade e nominalmente, o Acordo de Colaboração com a Associação Seara de Abril, nos termos propostos.

APROVAÇÃO EM MINUTA Desta reunião se lavrou minuta, a qual foi aprovada por unanimidade da Câmara, para que produzam efeitos imediatos as respetivas deliberações, não tendo participado o Sr. Vereador António José da Luz Paulino, em todos os assuntos, à exceção do ponto 10 relativo à Divisão de Ação Social, Cultura e Desporto.

ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS Não havendo mais nada a tratar, foi encerrada a reunião pelas 17,45 horas, da qual se lavrou a presente ata e submetida a votação foi aprovada e assinada por todos os membros presentes, e por mim, Fernando Colaço Sebastião, Coordenador Técnico da Secção Administrativa, que a secretariei.

municÍpio de castro verde cÂmara...

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