mundo de sofia resumo

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RESUMO O MUNDO DE SOFIA, JOSTEIN GAARDER Profa. Dra. Luci Bonini

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Resumo do livro O Mundo de Sofia para os alunos do curso de Direito da UBC

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  • 1. RESUMO O MUNDO DE SOFIA,JOSTEIN GAARDER Profa. Dra. Luci Bonini

2.

  • "A capacidade de nos surpreendermos a nica coisa de que precisamos para nos tornar bons filsofos (...)J. Gaarder

3. Vamos resumir: um coelho branco tirado de dentro de uma cartola.

  • Todas as crianas nascem bem na ponta dos finos plos do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do nmero de mgica a que assistem. Mas conforme vo envelhecendo, elas vo se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho...

4. E ficam por l. L embaixo to confortvel que elas no ousam mais subir at a ponta dos finos plos, l em cima.

  • S os filsofos tm ousadia para se lanar nesta jornada rumo aos limites da linguagem e da existncia.

5.

  • Alguns deles ... berram para as pessoas que esto l embaixo...
  • Mas nenhuma das pessoas l de baixo se interessa pela gritaria dos filsofos.

6. N o r u e g a 7. O plano narrativo O mundode Sofia O livro O mundode Sofia: Sofia Amundsendias antes de completar 15 anos comea a receber umcurso de filosofiapor correspondncia O mundode Hilde:Hilde Knag,filha de um major da ONUem misso no Lbanorecebe um livro de filosofia de presentede seu pai no diade seu aniversrio de 15 anos O mundodos filsofos:a biografia e as idias dos principais filsofos da antiguidade e os atuais 8. Personagens Principais 9. O mundo de Sofia Amundsen

  • Norueguesa, 14 anos e 11 meses: cabelos pretos e compridos e olhos amendoados
    • Alberto Knoxseu professor de filosofia
    • Sua Me
    • Sua amiga Jorunn
    • Seus animais de estimao: Sherekan(o gato); Cachinhos dourados, Chapeuzinho Vermelho e Peter (os peixes), Tom e Jerry (os periquitos), Govinda (tartaruga)
    • Seu pai trabalha num navio petroleiro, por isso fica muito tempo fora de casa

10. Fiordes da Noruega I 11. O mundo de Hilde Knag

  • Hilde uma menina que vai fazer 15 anos e seu pai o major Albert Knag est fazendo-lhe uma presente: um livro de filosofia intitulado O Mundo de Sofia
  • Ao longo do livro ele insere vrias vezes cartes de aniversrio: os mais inusitados que Sofia j vira

12. Fiordes da Noruega II 13. O mundo dos filsofos

  • O autor vai descrevendo a vida e o pensamento de personagens reaistodos os filsofos e suas idias a respeito de como entender a realidade que nos cerca

14. O JARDIM DO DEN

  • Sofia era uma menina de quase quinze anos que morava com sua me pois o trabalho de seu pai o deixava ausente boa parte do tempo.Certo dia, quando vinha da escola, encontrou dois pequenos envelopes brancos, no simultaneamente. Em cada um havia uma indagao e elas levaram Sofia a refletir sobre a vida e a origem do mundo. Tambm recebeu um carto-postal que deveria ser entregue a uma pessoa que ela nem conhecia e cujo nome era Hilde

15. A CARTOLA

  • "a nica coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filsofos a capacidade de nos admirarmos com as coisas".
  • Depois diz que os bebs possuem esta capacidade mas, medida que crescem, vo perdendo-a. Deste modo, compara um filsofo a uma criana: tanto um quanto o outro ainda no se acostumaram com o mundo e no pretendem se acomodar com as coisas.

16. OS MITOS 17.

  • Os mitos surgiram da necessidade do homem justificar fenmenos como o crescimento das plantas, as chuvas, os troves, etc.
  • Tudo que ocorria aqui na Terra estava intimamente ligado ao que acontecia no mundo dos deuses.
  • Dessa maneira, secas, epidemias e outras coisas ruins eram reflexo de que as foras do mal triunfavam sobre as do bem e o inverso ocorria quando havia fartura e riqueza.

18. OS FILSOFOS DA NATUREZA 19.

  • Tales achava que a gua era um elemento de fundamental importncia. Dela tudo se originava e a ela tudo retornava.
  • Anaximandro no pensou como Tales. A seu ver, a Terra era um entre vrios mundos surgidos de alguma coisa, sendo que tudo se dissolveria nessa "alguma coisa" que ele denominava de infinito.
  • Anaxmenes (c. 550-526 a.C.) cria que o ar era a substncia bsica de todas as coisas. A gua seria a condensao do ar e o fogo, o ar rarefeito. Pensava ainda que se comprimisse mais ainda a gua, esta se tornaria terra.

20.

  • Para Parmnides, nada podia vir do nada e nada que existisse poderia se transformar em outra coisa.
  • Era extremamente racionalista e no confiava nos sentidos.
  • No acreditava nem quando via, embora soubesse que a natureza se transformava

21.

  • Herclito pensou que a principal caracterstica da natureza eram suas constantes transformaes.
  • Ele confiava nos sentidos. Sobre ele, podemos falar ainda que acreditava que o mundo estava impregnado de constantes opostos: guerra e paz, sade e doena, bem mal e que reconhecia haver uma espcie de razo universal dirigente de todos os fenmenos naturais.

22.

  • Para acabar com o impasse a que a filosofia se encontrava, Empdocles (c. 494-434 a.C.) fez uma sntese do modo de pensar de Herclito e Parmnides e com isso chegou a uma evoluo do pensamento.
  • Empdocles acreditava na existncia de mais de uma substncia primordial.
    • Para ser mais exato, havia quatro elementos bsicos: terra, ar fogo e gua e tudo existente era produto da juno disso, em propores diferentes. Achava tambm que o amor e a disputa eram duas foras que atuavam na natureza. O amor une e a disputa separa as coisas.

23.

  • Anaxgoras (c.500-428 a.C.) declarava que as coisas eram constitudas por pequenas partculas invisveis a olho nu. Estas podiam se dividir, mas mesmo na pequena parte existia o todo.
  • Ele denominava estas partes minsculas de sementes ou grmens.
  • Tambm imaginou uma fora superior, a inteligncia, responsvel pela criao das coisas.
  • Foi o primeiro filsofo de Atenas, mas foi expulso da cidade acusado de atesmo.
  • Interessava-se por astronomia, explicou que a Lua no possua luz prpria e como surgiram os eclipses.

24.

  • Demcrito (460-370 a.C.) foi o ltimo filsofo da natureza.
    • Ele imaginou a constituio das coisas por partculas indivisveis, minsculas, eternas e imutveis e as chamou de tomos. Estes, a seu ver, possuam vrios formatos, se diferenciavam entre si e podiam ser reaproveitados.
    • Com os conhecimentos atuais, sabe-se que Demcrito estava certo em grande parte de sua teoria, mas errou ao falar que os tomos so indivisveis.
    • Analogia ao brinquedo Lego.
    • Demcrito foi um filsofo que valorizou a razo e as coisas materiais. No acreditava em foras que interviessem nos processos naturais.
  • Achava tambm que sua teoria atmica explicava nossas percepes sensoriais e que a conscincia e a alma tambm se constituam de tomos. Ele no cria numa alma imortal.

25. ZEUS E HERAo pai dos deuses e sua esposa O Partenon GregoAtenas 26. SCRATES 27.

  • Na cidade de Atenas primeiramente surgiram os sofistas homens que criaram uma crtica social .
  • Scrates foi contemporneo dos sofistas. Ele tambm se ocupava das pessoas e de suas vidas, levando-as a refletirem por si mesmas sobre coisas como os costumes, o bem e o mal.
  • Mas ele diferia dos sofistas por no se considerar um sbio, no cobrava por seus ensinamentos e tinha a convico de que nada sabia.
  • Reconhecia que havia muita coisa alm do que podia entender e vivia atormentado em busca do conhecimento.
  • Scrates ousou mostrar as pessoas que elas sabiam muito pouco. Para ele o importante era encontrar um alicerce seguro para os conhecimentos.
  • Ele era um racionalista convicto. Em 399 a.C. foi acusado de corromper a juventude e de no reconhecer a existncia dos deuses.
  • Foi julgado, considerado culpado e condenado morte

28. PLATO 29.

  • Plato acreditava na dualidade humana: o homem possui um corpo (que flui) e uma alma imortal (a morada da razo).
  • Ele tambm achava que a alma j existia antes de vir habitar nosso corpo (ela ficava no mundo das idias) e que quando passava a habit-lo, esquecia-se das idias perfeitas.
  • Tambm pensava que a alma desejava se libertar do homem e isso propiciava um anseio, uma saudade, que chamou de Eros (amor).

30. ARISTTELES 31.

  • Aristteles (384-322 a.C.) foi aluno da Academia de Plato.
  • Seu projeto filosfico est no interesse da natureza viva.
  • Utilizava-se da razo e tambm dos sentidos em seus estudos.
  • No acreditava que existisse um mundo das idias abrangedor de tudo existente; achava que a realidade est no que percebemos e sentimos com os sentidos, que todas as nossas idias e pensamentos tinham entrado em nossa conscincia atravs do que vamos e ouvamos e que o homem possua uma razo inata, mas no idias inatas.

32. O HELENISMO

  • O final do sc. IV a.C. at por volta de 400 d.C
  • Alexandre foi uma figura importante nesta poca, pois ele conseguiu a derradeira e decisiva vitria sobre os persas e tambm uniu o Egito e todo o Oriente, at a ndia, civilizao grega.
  • A partir de 50 a.C. Roma, que tinha sido provncia da cultura grega, assumiu o predomnio militar e comeou o perodo romano tambm conhecido como final da Antigidade.
  • O helenismo foi marcado pelo rompimento de fronteiras entre pases e culturas.
  • Quanto religio houve uma espcie de sincretismo; na cincia, a mistura de diferentes experincias culturais; e a filosofia dos pr-socrticos e de Scrates, Plato e Aristteles serviu como fonte de inspirao para diferentes correntes filosficas.

33. Os Cnicos 34.

  • A filosofia cnica foi fundada em Atenas por Antstenes (discpulo de Scrates) por volta de 400 a.C.
  • Os cnicos diziam que a felicidade podia ser alcanada por todos
  • Achavam que as pessoas no deviam se preocupar com o sofrimento (prprio ou alheio) nem com a morte.
  • O principal representante desta corrente filosfica foi Digenes (discpulo de Antstenes).

35. Os Esticos

  • A filosofia estica surgiu em Atenas por volta de 300 a.C. e seu fundador foi Zeno
  • Os esticos consideravam as pessoas como parte de uma mesma razo universal e isto levou idia de um direito universalmente vlido, inclusive para os escravos.
  • Eram monistas (negavam a oposio entre esprito e matria) e cosmopolitas.
  • Interessavam-se pela convivncia em sociedade, por poltica e acreditavam que os processos naturais (morte, por exemplo) eram regidos pelas leis da natureza e por isso o homem deveria aceitar deu destino.
  • O imperador romano Marco Aurlio (121-180), o filsofo e poltico Ccero (106-43 a.C.) e Sneca (4 a.C.-65 d.C.) foram alguns que seguiram o estoicismo.

36. A morte de Sneca 37. Os Epicureus

  • Por volta de 300 a.C. Epicuro (341-270 a.C.) fundou em Atenas a escola dos epicureus que desenvolveu mais ainda a tica do prazer de Aristipo e a combinou com a teoria atmica de Demcrito.
  • Epicuro ensinava que o resultado prazeroso de uma ao devia ser ponderado, por causa dos efeitos colaterais.
  • Achava tambm que o prazer a longo prazo possibilitava mais satisfao ao homem. Ele se utilizava da teoria de Demcrito contra a religio e superstio.
  • Os epicureus quase no se interessavam pela poltica e sociedade e sua palavra de ordem era "Viver o momento carpe diem

38. O Neoplatonismo

  • O neoplatonismo foi a mais importante corrente filosfica da Antigidade.
  • O neoplatnico mais importante foi Plotino (c. 205-270). Ele via o mundo como algo dividido entre dois plos
    • numa extremidade estava a luz divina, Uno ou Deus
    • Na outra reinavam as trevas absolutas.
  • A seu ver, a luz do Uno iluminava a alma, ao passo que a matria eram as trevas. O neoplatonismo exerceu forte influncia sobre a teologia crist.

Plotino 39. O Misticismo Agostinho de Hiponamstico cristo 40.

  • Uma experincia mstica significa experimentar a sensao de fundir sua alma com Deus.
  • que o "eu" que conhecemos no nosso "eu" verdadeiro e os msticos procuravam conhecer um "eu" maior que pode possuir vrias denominaes: Deus, esprito csmico, universo, etc.
  • Encontra-se tendncias msticas nas maiorias religies do mundo:
    • Na mstica ocidental ( judasmo, cristianismo e islamismo ), o mstico diz que seu encontro com um Deus pessoal. Na oriental ( hindusmo, budismo e religio chinesa )
    • importante notar que essas correntes msticas j existiam muito antes de Plato e que pessoas de nossa poca tm relatado experincias msticas como uma forma de experimentar o mundo sob a perspectiva da eternidade.

41. DOIS CRCULOS CULTURAIS

  • Os indo-europeus
    • Primitivos que viveram h mais ou menos quatro mil anos nas proximidades dos mares Negro e Cspio. De l, espalharam-se por diversos lugares: Ir, ndia, Grcia, Itlia, Espanha, Inglaterra, Frana, Escandinvia, Leste Europeu e Rssia, formando o crculo cultural indo-europeu.
  • Dentre outras coisas, pode-se dizer que sua cultura era marcada pelo politesmo, a viso era o principal sentido para eles e acreditavam que a histria era cclica.
  • As duas grandes religies orientais hindusmo e budismo so de origem indo-europia.
  • O mesmo vale para a filosofia grega. Nessas religies, enfatiza-se a presena de Deus em tudo (pantesmo).
    • Outro ponto importante a crena de que o homem pode chegar a uma unidade com Deus por meio do conhecimento religioso.
    • No Oriente, a passividade e a vida reclusa so vistas como ideais religiosos e em muitas culturas indo-europias acredita-se na metempsicose ou transmigrao da alma.

42.

  • Os semitas
  • Eles so originrios da pennsula da arbica e tambm se expandiram para extensas e diferentes partes do mundo.
    • As trs religies ocidentais judasmo, o cristianismo e o islamismo tm base semita.
  • De modo geral, o que se pode dizer dos semitas que eram monotestas, possuam uma viso linear da histria, a audio desempenhava papel preponderante e proibiam a representao pictrica.
  • Quanto histria, interessante saber que, para eles, ela comeou com a criao do mundo por Deus e Este tinha o poder de intervir em seu curso.
    • Em relao s imagens, ainda so proibidas no judasmo e no islamismo, mas no cristianismo so permitidas devido influncia do mundo greco-romano.

43. Israel 44.

  • Agora vamos examinar o pano de fundo judeu do cristianismo.
  • A histria a seguinte: houve a criao do mundo e a rebelao do homem contra Deus (Ado e Eva) e a partir de ento, a morte passou a existir na Terra.
  • A desobedincia do homem a Deus atravessa toda a histria contada na Bblia. No Gnesis h a meno do pacto feito entre Deus e Abrao e seus descendentes que exigia a obedincia rigorosa aos mandamentos de Deus.
  • Esse pacto foi mais tarde renovado com a entrega das Tbuas da Lei a Moiss no monte Sinai.

45. Jerusalm 46.

  • Naquela poca, os israelitas viviam havia muito tempo como escravos no Egito, mas foram libertados e levados de volta a Israel onde se formou dois reinos Israel (ao Norte) e Jud (ao Sul)
  • O povo judeu no entendia o motivo de tanta desgraa e atribua isso ao castigo de Deus sobre Israel devido sua desobedincia.
  • Ento comearam a surgir profecias sobre o Juzo Final e tambm sobre a vinda de um "prncipe da paz" que iria restaurar o antigo reino de Davi e assegurar ao povo um futuro feliz.
  • Esse messias viria para restituir a Israel a sua grandeza e fundar um "Reino de Deus".

47. Jesus 48.

  • No contexto de toda essa efervescncia nasceu Jesus Cristo.
  • Naquela poca, o povo imaginava o messias como um lder poltico, militar e religioso.
  • Outros, duzentos anos antes do nascimento de Jesus, diziam que o messias seria o libertador de todo o mundo.
  • Mas Jesus apareceu com pregaes diferentes das que vigoravam e admitia publicamente no ser um comandante militar ou poltico.
  • E mais, dizia que o Reino de Deus era o amor ao prximo e aos inimigos.

49.

  • Ele no considerava indigno conversar com prostitutas, funcionrios corruptos e inimigos polticos do povo e achava que estes seriam vistos por Deus como pessoas justas bastando para isso que se voltassem para Ele e Lhe pedisse perdo. Jesus acreditava que ns mesmos no podamos nos redimir de nossos pecados e que nenhuma pessoa era reta aos olhos de Deus.
  • Ele foi um ser humano extraordinrio. Soube usar de forma genial a lngua de seu tempo e deu a conceitos antigos um sentido novo, extremamente ampliado.

50.

  • Tudo isto acrescentado a sua mensagem radical de redeno dos homens ameaava tantos interesses e posies de poder que ele acabou sendo crucificado.
  • Para o cristianismo, Jesus foi o nico homem justo que viveu e o nico que sofreu e morreu por todos os homens.

51. Paulo Ainda que eu falasse as lnguas dos homens e dos anjos, e no tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistrios e toda a cincia, e ainda que tivesse toda a f, de maneira tal que transportasse os montes, e no tivesse amor, nada seria. 52.

  • Alguns dias depois da crucificao e enterro de Jesus, comearam a surgir boatos sobre sua ressurreio.
  • Pode-se dizer que a Igreja crist comeou naquela manh de Pscoa.
  • Paulo disse: "Pois se Cristo no ressuscitou, ento todo nosso sermo vo; v toda a vossa crena".

53.

  • A partir de ento todas as pessoas podiam ter esperana na "ressurreio da carne".
  • Os primeiros cristos comearam a espalhar a "boa-nova" da redeno pela f em Cristo.
  • Poucos anos depois da morte de Jesus, o fariseu Paulo se converteu ao cristianismo e suas viagens missionrias pelo mundo greco-romano transformaram o cristianismo numa religio universal.

54. O Arepago era um celebre tribunal de Atenas que funcionava numa colina consagrada a Marte, de onde o seu nome. Solon (594 a.C) aumentou consideravelmente as suas atribuies, e os areopagitas foram chamados a punir o roubo,a impiedade a imoralidade; a reprimir o luxo, a preguia, a mendicncia; a velar pela educao das crianas e at penetrar no lar domstico para dele banir a discrdia e assegurar-se da legitimidade dos meios de vida de cada cidado 55.

  • Quando esteve em Atenas, ele fez um discurso do Arepago que falava do Deus que os atenienses desconheciam e isso provocou um choque entre a filosofia grega e a doutrina da redeno crist.
  • Apesar de tudo, Paulo encontrou nessa cultura um slido apoio, ao chamar ateno para o fato de que a busca por Deus estava dentro de todos os homens.

56.

  • Em Atos dos Apstolos est escrito que depois de seu discurso, foi vtima de zombaria por parte de algumas pessoas, quando estas o ouviram dizer que Cristo havia ressuscitado dos mortos. Mas tambm houve os que se interessaram pelo assunto.
  • Depois, Paulo prosseguiu em sua tarefa missionria e passadas algumas dcadas da morte de Cristo j existiam comunidades crists em todas as cidades gregas e romanas mais importantes.

57. O Credo

  • Paulo no foi importante para o cristianismo apenas por suas pregaes missionrias.
  • Dentro das comunidades crists, sua influncia era muito grande pois as pessoas tambm queriam uma orientao espiritual.
  • Pelo fato de o cristianismo no ser a nica religio nova daquela poca, a Igreja precisava definir claramente a doutrina crist, a fim de estabelecer seus limites em relao s demais religies e evitar uma ciso interna.

58.

  • Surgiram assim as primeiras profisses de f, os primeiros credos que resumiam os princpios ou os dogmas cristos mais importantes como o que dizia que Jesus havia sido Deus e homem ao mesmo tempo e de forma plena e que realmente tinha padecido na cruz.

59. A IDADE MDIA 60.

  • Santo Agostinhodividiu o mundo entre bem e mal, mesclou sua concepo filosfica com a de Plato e a do cristianismo ("cristianizou Plato"); achava que o mal era a ausncia de Deus e que a "boa vontade era obra de Deus".
  • Santo Toms de Aquinofoi o filsofo quem "cristianizou Aristteles".
    • Achava que existiam dois caminhos para se chegar a Deus: a revelao crist e a razo e os sentidos. Acreditava que Deus havia se revelado ao homem atravs da Bblia e da razo.

61. O RENASCIMENTO 62.

  • Neste perodo, o homem voltou a ocupar o centro de todas as coisas (antropocentrismo) ao contrrio do que ocorria na Idade Mdia (teocentrismo).
  • Por isso fala-se do humanismo do renascimento.
  • A Igreja aos poucos foi perdendo seu poder e monoplio no que se refere transmisso do conhecimento.
  • O humanismo do renascimento foi muito marcado pelo individualismo.

63.

  • A nova viso do homem centrava-se no interesse pela anatomia e nas representaes dos nus humanos.
  • O homem, a partir desta concepo, no existia apenas para servir a Deus, mas a ele prprio.
  • Vale ressaltar que no Renascimento desenvolveu-se um novo mtodo cientfico o princpio vigente era o da investigao da natureza mediante a observao e a experimentao mtodo emprico.

64. O BARROCO 65.

  • A designao barroco tem sua origem numa palavra que significa "prola irregular."
  • Na arte do barroco houve a valorizao das formas opulentas, cheias de contrastes.
  • Do ponto de vista poltico, o sc. XVII foi uma poca de contrastes: de um lado guerras e de outro o surgimento de potncias na Europa como a Frana.
  • No aspecto social, a principal caracterstica foram as diferenas de classes.

66.

  • A arquitetura trazia formas sobrecarregadas de ornamentos que ocultavam as linhas da estrutura.
  • Um correlato disso na poltica seriam os assassinatos, as intrigas e as conspiraes.
  • Dentre os principais representantes desta poca destacam-se: William Shakespeare, o poeta dramtico espanhol, Caldern de la Barca e Ludvig Holdberg (j trazia traos do Iluminismo).

67. DESCARTES 68.

  • Nasceu em 1596.
  • Foi o fundador da filosofia dos novos tempos e o primeiro grande construtor de um sistema filosfico que foi seguido por Spinoza e Leibniz, Locke e Berkeley, Hume e Kant.
  • Sistema filosfico uma filosofia de base cujo objetivo encontrar respostas para as questes filosficas mais importantes.
  • Uma coisa que ocupou a ateno de Descartes foi a relao, entre corpo e alma. Sua obra mais importante Discurso do Mtodo, onde explica, entre outras coisas, que no se deve considerar nada como verdadeiro.
  • Ele queria aplicar o mtodo matemtico reflexo da filosofia e provar as verdades filosficas como se prova um princpio de matemtica, ou seja, empregando a razo.

69.

  • Em seu raciocnio, Descartes objetiva chegar a um conhecimento seguro sobre a natureza da vida e afirma que para tanto deve-se partir da dvida.
  • Ele achava importante descartar primeiro todo o conhecimento constitudo antes dele, para s ento comear a trabalhar em seu projeto filosfico. Achava tambm que no devamos confiar em nossos sentidos.
  • Era, portanto, racionalista.
  • Uma das concluses a que chegou foi a de que a nica coisa sobre a qual se podia ter certeza era a de que duvidava de tudo.
  • Acreditava na existncia de Deus como algo to evidente quanto o fato de que algum que pensa era um ser, um Eu presente.
  • Achava que o homem era um ser dual: tanto pensa como ocupa lugar no espao.
  • Morreu aos 54 anos, mas mesmo aps sua morte continuou a ser uma figura de grande importncia para a filosofia.

70. SPINOZA

  • Foi um filsofo holands que recebeu influncias de Descartes.
  • Ele pertencia comunidade judaica de Amsterd, mas foi excomungado por heresia. Contestava o fato de que cada palavra da Bblia fosse inspirada por Deus e dizia que quando a lemos temos que faz-lo com uma postura crtica.
  • Seu sustento provinha do polimento de lentes e isso tem um significado simblico, pois a tarefa de um filsofo justamente ajudar as pessoas a ver a vida de um modo novo. Em sua filosofia fundamental enxergar as coisas sobre a perspectiva da eternidade.
  • Era pantesta, ou seja, achava que Deus estava presente em tudo que existia.
    • Em relao tica, ele a entendia como a doutrina de como deve-se viver para ter uma boa vida.
    • Tambm era racionalista e pretendeu mostrar que a vida do homem governada pelas leis da natureza. Achava que o homem tinha que se libertar de seus sentimentos e sensaes para s ento encontrar a paz e ser feliz.
    • Ele era monista (acreditava somente numa natureza material, fsica).
    • Considerava Deus, ou as leis da natureza, a causa interna de tudo o que acontecia.
    • Ele tinha uma viso determinista e defendeu de forma enrgica a liberdade de expresso e a tolerncia religiosa.

71. LOCKE

  • Acreditava que todos os nossos pensamentos e nossas noes nada mais eram do que um reflexo daquilo que um dia j sentimos ou percebemos atravs de nossos sentidos.
  • Antes de sentirmos qualquer coisa nossa mente era como uma tbula rasa, uma lousa vazia.
  • Ele estabeleceu a diferena entre aquilo que se chama de qualidades sensoriais primrias e secundrias.
    • Por qualidades sensoriais primrias Locke entendia a extenso, peso, forma, movimento e nmero das coisas.
    • As secundrias eram as que no reproduziam as caractersticas verdadeiras das coisas e sim o efeito que essas caractersticas exteriores exerciam sobre os nossos sentidos.
  • Locke chamou a ateno para o conhecimento intuitivo ou demonstrativo.
  • Ele acreditava que certas diretrizes ticas valiam para todos e que era inerente razo humana saber da existncia de um Deus.

72. DAVID HUME

  • Sua filosofia considerada at hoje como a mais importante filosofia emprica.
  • Ele achava que lhe cabia a tarefa de eliminar todos os conceitos obscuros e os raciocnios intricados criados at ento.
  • Queria retornar forma original pela qual o homem experimentava o mundo.
  • Constatou que o homem possua impresses de um lado, e idias, de outro e atentou para o fato de que tanto uma quanto outra poderiam ser ou simples ou complexas.
  • Ele se preocupou com o fato de s vezes formarmos idias e noes complexas, para as quais no h correspondentes complexos na realidade material.
    • Era dessa forma que surgiam as concepes falsas sobre as coisas. Ele estudou cada noo, cada idia, a fim de verificar se sua composio encontrava correlato na realidade. Ele achava que uma noo complexa precisava ser decomposta em noes menores.
    • Era assim que pretendia chegar a um mtodo cientfico de anlise das idias do homem. No mbito da tica e da moral, Hume se ops ao pensamento racionalista.
    • Os racionalistas consideravam uma qualidade inata da razo humana o fato de ela poder distinguir entre o certo e o errado. Hume, porm, no acreditava que a razo determinasse as aes e pensamentos de uma pessoa.

73. GEORGE BERKELEY 74.

  • Foi um bispo irlands. Ele cria que a filosofia e a cincia de seu tempo constituam uma ameaa para a viso crist do mundo.
  • Alm disso, achava que o materialismo, cada vez mais consistente e difundido, colocava em risco a crena crist de que Deus criou e mantm vivo tudo existente na natureza.
  • Ao mesmo tempo, porm, Berkeley foi um dos mais coerentes representantes do empirismo. Ele dizia que tudo que existia era s o que percebamos e que aquilo que percebamos no era matria ou substncia.

75.

  • Acreditava tambm que todas as idias tinham uma causa fora da conscincia, mas que esta causa no era de natureza material e sim de natureza espiritual.
  • Segundo Berkeley, portanto, a alma podia ser a causa das prprias idias, mas s outra vontade, s outro esprito podia ser a causa das idias que formavam o mundo material.
  • Ele dizia que tudo vinha do esprito "onipotente por meio do qual tudo existia". Afirmava que tudo que vamos e sentamos era um efeito da fora de Deus, pois Ele estava presente no fundo de nossa conscincia e era a causa de toda a multiplicidade de idias e sensaes a que estvamos constantemente sujeitos.
  • Este esprito, no qual tudo existia era o Deus cristo

76. ILUMINISMO 77.

  • Movimento que caracterizou o pensamento europeu do sculo XVIII, baseado na crena do poder da razo e do progresso, na liberdade de pensamento e na emancipao poltica.
  • Muitos dos filsofos do iluminismo francs tinham visitado a Inglaterra, que em certo sentido era mais liberal do que a Frana. A cincia natural inglesa encantou esses filsofos franceses.
  • De volta a sua ptria, a Frana, eles comearam pouco a pouco a se rebelar contra o autoritarismo vigente e no tardou muito a se voltarem tambm contra o poder da Igreja, do rei e da aristocracia.
  • Eles comearam a reimplantar o racionalismo em sua revoluo. A maioria dos filsofos do Iluminismo tinham uma crena inabalvel na razo humana.

78.

  • A nova cincia natural deixava claro que tudo na natureza era racional. De certa forma, os filsofos iluministas consideravam sua tarefa criar um alicerce para a moral, a tica e a religio que estivesse em sintonia com a razo imutvel do homem.
  • Os filsofos desta poca diziam que s quando a razo e o conhecimento se difundissem era que a humanidade faria grandes progressos.
  • A natureza para eles era quase a mesma coisa que a razo e por isso enfatizavam um retorno de homem a ela.
  • Falavam tambm que a religio deveria estar em consonncia com a razo natural do homem. O iluminismo foi o alicerce para a Revoluo Francesa de 1789.

79. KANT 80.

  • Achava que tanto os sentidos quanto a razo eram muito importantes para a experincia do mundo e concordava com Hume e com os empricos quanto ao fato de que todos os conhecimentos deviam-se s impresses dos sentidos.
  • Concordava com os racionalistas, a razo tambm continha pressupostos importantes para o modo como o mundo era percebido.
  • Explicava que o espao e o tempo pertenciam condio humana sendo propriedades da conscincia, e no atributos do mundo fsico.
  • Ele afirmava que a conscincia se adaptava s coisas e vice-versa acreditava que a lei da causalidade era o elemento componente da razo humana e que era eterna e absoluta, simplesmente porque a razo humana considerava tudo o que acontecia dentro de uma relao de causa e efeito.

81.

  • H limites bem claros para o que o homem podia saber e achava que o ser humano jamais poderia chegar a um conhecimento seguro a respeito da existncia de Deus, de que o universo era ou no infinito, etc.
  • Outro pensamento era o de que a razo operava fora dos limites daquilo que os seres humanos poderiam compreender.
  • Existiam dois elementos que contribuam para o conhecimento do mundo: a experincia e a razo. Achava que o material para o conhecimento era dado atravs dos sentidos que se adaptava, por assim dizer, s caractersticas da razo.

82. O ROMANTISMO 83.

  • O Romantismo comeou na Alemanha, em fins do sculo XVIII, como uma reao parcialidade do culto razo apregoado pelo iluminismo e durou at meados do sculo passado.
  • Suas palavras de ordem eram: sentimento, imaginao, experincia e anseio.
  • No Romantismo, o indivduo encontrava caminho livre para fazer sua interpretao e professava uma glorificao quase irrestrita do "eu". Os romnticos acreditavam que s a arte era capaz de aproximar algum do indizvel. Alguns levaram essa reflexo s ltimas conseqncias e chegaram a comparar o artista com Deus.
  • Costumava-se dizer que o artista possua uma espcie de imaginao criadora do mundo e em seu xtase artstico seria capaz de experimentar um estado em que as fronteiras entre sonho e realidade desapareceriam.
  • Os romnticos sentiam-se atrados pela noite, pelo crepsculo, por antigas runas e pelo sobrenatural. Interessavam-se muito pelo que se chama de lado oculto da vida: o obscuro, o misterioso, o mstico.
  • O Romantismo foi sobretudo um fenmeno urbano. Precisamente na primeira metade do sculo XIX, a cultura urbana vivia um perodo de apogeu em muitas regies da Europa.

84.

  • Dizia-se que, para o artista a ociosidade era o ideal e a indolncia, a primeira virtude do romntico e que era seu dever viver a vida, ou imaginar-se distante dela.
  • Uma das caractersticas mais importantes deste perodo era o amor pela natureza e por sua mstica.
  • O Romantismo tambm foi uma reao viso do mundo mecanicista do iluminismo. Isto significa que a natureza voltou a ser vista como um todo, como uma unidade.
  • Devido ao fato de o Romantismo ter trazido consigo uma reorientao em tantos setores, costuma-se distingui-lo de duas formas: Romantismo Universal e o Nacional.
  • No primeiro, os romnticos se preocupavam com a natureza, a alma do mundo e com o gnio artstico.
  • No segundo, eles interessavam-se sobretudo pela histria do povo, sua lngua e tambm pela cultura popular.

85. KIERKEGAARD 86.

  • Ele se ops intensamente aos pensamentos de Hegel e disse que a filosofia da unidade dos romnticos e o historicismo de Hegel tinham tirado do indivduo a responsabilidade pela sua prpria vida.
  • Para Kierkegaard, mais importante do que a busca de uma verdade era a busca por verdades que so importantes para a vida de cada indivduo.
  • Ele dizia tambm que a verdade era subjetiva no no sentido de que era totalmente indiferente o que pensamos ou aquilo em que acreditamos, mas que as verdades realmente importantes eram pessoais.
  • Kierkegaard achava que havia trs possibilidades diferentes de existncia e as denominou de estgio esttico, estgio tico e estgio religioso.
    • Quem vive no estgio esttico vive o momento e visa sempre o prazer.
    • O estgio tico, marcado pela seriedade e por decises consistentes, tomadas segundo padres morais.
    • Quem vive no estgio religioso prefere a f ao prazer esttico e aos mandamentos da razo. Para Kierkegaard, o estgio religioso era o cristianismo

87. HEGEL 88.

  • Ele reuniu e desenvolveu quase todos os pensamentos surgidos entre os romnticos.
  • Hegel tambm empregou o conceito esprito do mundo, mas lhe atribuiu um sentido diferente do de outros romnticos.
    • Quando falava de esprito ou razo do mundo, ele estava se referindo soma de todas as manifestaes humanas.
  • Ele dizia que a verdade era basicamente subjetiva e contestava a possibilidade de haver uma verdade acima ou alm da razo humana.
  • Achava tambm que as bases do conhecimento mudavam de gerao para gerao e, por conseqncia, no existiam verdades eternas.
    • Ele dizia que a razo era algo dinmico e que fora do processo histrico no existia qualquer critrio capaz de decidir sobre o que era mais verdadeiro e o que era mais racional.
  • Acreditava que quando se refletia sobre o conceito de "ser" no tinha como deixar de lado a reflexo da noo oposta, ou seja, o "no ser" e que a tenso entre esses dois conceitos era resolvida pela idia de transformar-se.

89.

  • Hegel atribuiu uma importncia enorme quilo que chamou de foras objetivas: a famlia e o Estado. Ele achava que o indivduo era a parte orgnica de uma comunidade e que a razo ou o esprito do mundo s se tornavam possveis na interao das pessoas e dizia tambm que o Estado era mais que o cidado isolado e mais que a soma de todos os cidados.
  • Hegel achava impossvel desligar-se da sociedade por assim dizer.

90.

  • Para ele, quem dava as costas sociedade na qual vivia e preferia encontrar-se a si mesmo era um louco.
    • Ele falava que no era o indivduo que encontrava a si mesmo, mas o esprito do mundo e tentou mostrar que este retorna a si em trs estgios:
      • em primeiro lugar, o esprito do mundo se conscientiza de si mesmo no indivduo (chama-se de razo subjetiva);
      • depois, atinge um nvel mais elevado de conscincia na famlia, na sociedade e no Estado, (chama-se de razo objetiva); e enfim atinge a forma mais elevada de autoconhecimento na razo absoluta. E esta razo absoluta eram a arte, a religio e a filosofia, sendo esta ltima a mais elevada da razo. S na filosofia era que o esprito do mundo se encontraria.
  • Desse ponto de vista, a filosofia podia ser considerada o espelho do esprito do mundo.

91. MARX 92.

  • Foi um filsofo materialista e seu pensamento tinha um objetivo prtico e poltico.
  • Foi tambm um historiador, socilogo e economista.
  • Ele achava que eram as condies materiais de vida numa sociedade que determinavam o pensamento e a conscincia e que tais condies eram decisivas tambm para a evoluo da histria.
  • Dizia que no eram os pressupostos espirituais numa sociedade que levavam a modificaes materiais, mas exatamente o oposto: as condies materiais determinavam, em ltima instncia, tambm as condies espirituais.

93.

  • Alm disso, achava que as foras econmicas eram as principais responsveis pela mudana em todos os outros setores e, conseqentemente, pelos rumos do curso da histria.
  • Para Marx, as condies materiais sustentavam todos os pensamentos e idias de uma sociedade sendo esta composta por trs camadas: embaixo de tudo estavam as condies naturais de produo que compreendiam os recursos naturais; a prxima camada era formada pelas foras de produo de uma sociedade, que no era s a fora de trabalho do prprio homem, mas tambm os tipos de equipamentos, ferramentas e mquinas, os chamados meios de produo; a terceira trata das relaes de posse e da diviso do trabalho, chamada de relaes de produo de uma sociedade.

94.

  • Para ele, o modo de produo determinava se relaes polticas e ideolgicas podiam existir.
  • Marx falava que toda a histria era a histria das lutas de classes. Pensava a respeito do trabalho humano falando que quando o homem labutava, ele interferia na natureza e deixava nela suas marcas e vice-versa.
  • Marx foi a pessoa que deu grande impulso ao comunismo.

95.

  • Ele atacava fortemente o sistema capitalista que vigorava em todo mundo e achava que seu modo de produo era contraditrio.
    • Para ele, o capitalismo era um sistema econmico autodestrutivo, sobretudo porque lhe faltava um controle racional.
    • Ele considerava o capitalismo progressivo, isto , algo que aponta para o futuro, mas s porque via nele um estgio a caminho do comunismo.
  • Segundo Marx, quando o capitalismo casse e o proletariado tomasse o poder, haveria o surgimento de uma nova sociedade de classes, na qual o proletariado subjulgaria fora a burguesia.
    • Esta fase de transio Marx chamou de ditadura do proletariado.
  • Depois disso a ditadura do proletariado daria lugar a uma sociedade sem classes, o comunismo e esta seria uma sociedade na qual os meios de produo pertenceriam a todos.
    • Em tal estgio, cada um trabalharia de acordo com sua capacidade e ganharia de acordo com suas necessidades.

96. DARWIN 97.

  • Darwin foi um cientista que, mais do que qualquer outro em tempos mais modernos, questionou e colocou em dvida a viso bblica sobre o lugar do homem na criao.
  • Ele achava que precisava se libertar da doutrina crist sobre o surgimento do homem e dos animais, vigente em sua poca. Darwin nasceu em 1809 na cidade de Shrewsbury.
  • Em um de seus livros publicados,Origem das espcies , defendeu duas teorias ou idias principais: em primeiro lugar dizia que todas as espcies de plantas e animais existentes descendiam de formas mais primitivas, que viveram em tempos passados.
  • Ele pressups, portanto, uma evoluo biolgica. E
  • m segundo, Darwin explicou que esta evoluo se devia seleo natural. Um dos argumentos propostos por ele para a evoluo biolgica era o fato de existir depsitos de fsseis estratificados em diferentes formaes rochosas.
  • Outro argumento era a distribuio geogrfica das espcies vivas (ele havia visto com seus prprios olhos que as diferentes espcies de animais de uma regio distinguiam-se umas das outras por detalhes mnimos).

98.

  • Darwin no acreditava que as espcies eram imutveis, s que lhe faltava uma explicao convincente para o modo como se processava a evoluo.
  • O que ele tinha era um argumento para a suposio de que todos os animais da Terra possuam um ancestral comum: a evoluo dos embries dos mamferos, mas continuava sem explicar como se processava a evoluo para as diferentes espcies.
  • Enfim chegou a uma concluso: a responsvel era a seleo natural na luta pela vida, ou seja, quem melhor se adaptava ao meio ambiente, sobrevivia e podia garantir a continuidade de sua espcie."As constantes variaes entre indivduos de uma mesma espcie e as elevadas taxas de nascimento constituem a matria-prima para a evoluo da vida na Terra. A seleo natural na luta pela sobrevivncia o mecanismo, a fora propulsora que est por trs desta evoluo. A seleo natural responsvel pela sobrevivncia dos mais fortes, ou dos que melhor se adaptam ao seu meio".

99. FREUD 100.

  • Freud nasceu em 1856 e estudou medicina na Universidade de Viena.
    • Ele achava que sempre havia uma tenso entre o homem e o seu meio.
    • Para ser mais exato, um conflito entre o prprio homem e aquilo que o seu meio exigia dele.
  • Ele descobriu o universo dos impulsos que regiam a vida do ser humano. Com freqncia, impulsos irracionais determinavam os pensamentos, os sonhos e as aes das pessoas.
  • Tais impulsos irracionais eram capazes de trazer luz instintos e necessidades que estavam profundamente enraizados no interior dos indivduos.

101.

  • Freud chegara a concluso da existncia de uma sexualidade infantil por meio de sua prtica como psicoterapeuta.
  • Ele tambm constatou que muitas formas de distrbios psquicos eram devido a conflitos ocorridos na infncia.
  • Aps um longo perodo de experincia com pacientes, concluiu que a conscincia seria mais ou menos como a ponta de um iceberg que se elevava para alm da superfcie da gua.
  • Sob a superfcie ou sob o limiar da conscincia, estava o subconsciente ou inconsciente. A expresso inconsciente significava, para Freud, tudo o que reprimimos.

102. NOSSO PRPRIO TEMPO 103.

  • Hilde estava gostando bastante do presente que ganhara de seu pai e no parava a leitura por nada. Esquecia-se at de comer. Ela refletia sobre tudo que lia e sempre chegava a concluses que s vezes nem entendia. Ento voltou a ler.
  • Sofia estava voltando para casa e no meio do caminho lhe aconteceram coisas estranhas. Quando chegou a sua casa, passaram alguns instantes at que sua me retornasse tambm. As duas foram limpar o jardim para a festa de Sofia. Na manh seguinte, Alberto ligou e marcou um encontro no "Caf Pierre" para falar sobre o existencialismo.

104.

  • O existencialismo tem como ponto de partida nica e exclusivamente o homem. Vale ressaltar que todos os filsofos existencialistas eram cristos.
  • Jean-Paul Sartre foi um de seus principais representantes.
  • Ele ainda fez um comentrio sobre a revoluo tecnolgica por que o mundo passava.
  • Depois dessa explicao, foram at uma biblioteca que ficava ali perto e Alberto deu de presente a Sofia um livro.

105. AGRANDEEXPLOSO 106. 107.

  • Hilde escutava atentamente seu pai falar sobre o universo.
  • Sofia e Alberto tambm estavam ali, ouvindo tudo.
    • Seu pai lhe falou sobre a origem do universo, a teoria do Big Bang, que foi uma grande exploso csmica ocorrida h bilhes de anos atrs, sobre astronomia, gravidade, inrcia e falou que na noite de Ano Novo antes dele viajar para o Lbano foi que decidira escrever-lhe o livro de filosofia. Hilde estava encantada.
  • Enquanto isso, Alberto e Sofia, que estavam perto do lago, foram at o barco e o soltaram.
  • Hilde no entendeu e ento se lembraram do episdio do livro em que Sofia toma emprestado o bote de seu professor e resolveram nadar juntos at o barco.

108. Kristiansand (Noruega) paisagens 109. Jostein Gaarder

  • Nasceu em Oslo, Noruega em 1952
  • Estudou teologia e lnguas escandinavas na universidade
  • O seu trabalho mais conhecido O Mundo de Sofia, publicado em 1991
    • traduzido para 53 lnguas

110. Referncia

  • Jostein Gaarder. O Mundo de Sofia, cia das letras. So Paulo.1997
  • Wikipedia. Enciclopdia livre
  • www.omundodosfilosofos.com.br