mude sua mente
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MUDE SUA MENTEAndré Valongueiro
Todos os direitos reservados
© 2014 Mude.nu
Este eBook é gratuito e foi disponibilizado em
http://mude.nu
Versão 1.0 - 29 de maio de 2014
ACADEMIA DE PILOTOS
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ÍNDICEAPRESENTAÇÃO 04
CAPÍTULO 01 07A mente do Piloto
CAPÍTULO 02 10Você: a fonte de todo o problema
CAPÍTULO 03 16Mude o foco do receber para o dar
CAPÍTULO 04 19Finja que você já é Piloto
CAPÍTULO 05 22Um mundo amigável
CAPÍTULO 06 25O hábito de estar sempre presente
CONCLUSÃO 33
ÍNDICE
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Todos os problemas que nós temos começam na mente. A solução para todos os
nossos problemas, portanto, passa pela transformação da mente.
Mudar a sua mente é o objetivo do guia que você possui em mãos.
Este guia supõe que você já possua o seu Plano de Voo completamente preparado;
com todos os seus Princípios, Destinos, Áreas de Responsabilidade, Metas, Pro-
jetos, Desafios, Próximos Passos e Hábitos estruturados de acordo com o método
criado por mim e ensinado detalhadamente no Guia Prático para Implementação
do Plano de Voo.
O Guia Prático para Implementação do Plano de Voo foi entregue ao término do
primeiro da série de vídeos em que estou explicando como eu mudei radicalmente
a minha vida. Se você ainda não o tem, recomendo que assista ao primeiro vídeo
da série, faça o download do guia e então comece a preparar o seu Plano de Voo.
O Plano de Voo é um pré-requisito indispensável para o bom aproveitamento
deste livro, que será totalmente focado em fazer você abandonar a mentalidade
de Passageiro para assumir cada vez mais a cadeira de Piloto da sua própria vida.
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
5
Lembre-se também de utilizar este livro em conjunto com os demais guias, sobre
corpo, produtividade, dinheiro e relacionamentos. Com todos sendo usados em
conjunto, sua vida irá progredir em bloco, sem deixar nada para trás.
Boa leitura e bons voos!
APRESENTAÇÃO
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APRESENTAÇÃO
PRINCÍPIOSPRINCÍPIOSÁREAS
DESTINOS
METAS
PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS
PASSOÚNICO
PASSOSCÍCLICOS
PROJETO
LUGARTEMPODINHEIROPRIORIDADE
DESAFIO TMIRECOMPENSA
SIM NÃO
DESCARTE
ARQUIVE
ALGUM DIA
PASSOSMÚLTIPLOS
HÁBITO
POSSOAGIR?
SEU PRÓXIMOPASSO!
ROTINA
GATILHO
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No Guia Prático para Implementação do Plano de Voo, falei bastante sobre a dife-
rença entre Passageiros e Pilotos.
Esses foram termos criados por mim para representar dois tipos de identidades
comuns entre nós, humanos.
Passageiros são pessoas que estão fazendo coisas que estão muito distantes do seu
verdadeiro potencial. São as identidades que se deixam levar pelos acontecimen-
tos da vida, que estão sempre reagindo.
Os Passageiros encaram a vida como se o mundo lhes devesse alguma coisa: ape-
gam-se ao desejo de ter conforto, poder e dinheiro, mas se frustram ao ver que a
vida não está oferecendo tudo de bandeja para eles. Sempre que os fatores exter-
nos não colaboram, os Passageiros sentem-se mal.
Do outro lado – exercendo o seu pleno potencial e fazendo coisas que estão muito
próximas da sua capacidade máxima – estão os Pilotos. Essas identidades carre-
gam a postura de comandar a própria vida. Assumem toda a responsabilidade e
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 01
A MENTE DO PILOTO
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todos os riscos, pegam o volante com as próprias mãos e levam o veículo para onde
desejam, independente das configurações externas.
Você já deve ter lido ou ouvido metáforas semelhantes. A mais comum é a do
Guerreiro e da Vítima. Eu prefiro Passageiro e Piloto por dois motivos:
1. Primeiro porque ser um Guerreiro pressupõe que você está em guerra com
algo ou alguém. Eu não sei você, mas eu não gosto de visualizar a minha vida
como um campo de guerra
2. Segundo porque sendo um Piloto você pode traçar rotas para direcionar o boe-
ing da sua vida para os Destinos que você mesmo definiu
Não se engane. Todos nós temos as identidades do Passageiro e do Piloto. Em
alguns momentos agimos como destemidos Pilotos. Em outras ocasiões, atuamos
como relutantes Passageiros.
Quem não conhece alguém que é genial em determinada área de sua vida, mas
um verdadeiro bosta em outra?
O objetivo deste livro é evitar essas oscilações, é fazer com que você fique o mais
tempo possível com a identidade de Piloto, cumprindo o seu Plano de Voo da ma-
neira mais eficaz possível.
Para isso, você precisa entender que o cérebro humano é plástico, ou seja, ele se
adapta a situações que se repetem constantemente.
Se você entende o modus operandi do Piloto e começa a intencionalmente agir
de acordo com essa identidade, repetidas vezes, o seu cérebro vai moldar-se e logo
logo terá internalizado esse novo modo de pensar.
A maneira como você define a sua identidade determina como será a sua vida. E o
lado bom da história é que você pode criar a sua identidade de acordo com a visão
CAPÍTULO 01
9
de futuro que você tem sobre quem gostaria de se tornar. Exatamente como fez ao
traçar os seus Destinos no Plano de Voo.
A única coisa sobre a qual temos controle é o nosso mundo interior: podemos de-
cidir o que os eventos externos significam e o que fazer quando eles acontecem. Se
você consegue agir, pensar e sentir como o tipo de identidade que deseja ter, acaba
se tornando essa pessoa.
Mas, para ter essa mudança de mentalidade, você precisa aceitar que, definitiva-
mente, não é um ser racional.
Por que em alguns momentos agimos como Piloto e em outros como Passageiros?
Por que de vez em quando nossas ações nos dirigem aos Destinos que desejamos
e às vezes nos levam ao sentido contrário?
A resposta está no que eu vou chamar aqui de emoções, que podem ser entendi-
das como o nosso modelo de condicionamento mental, armazenado no sistema
límbico. Simplificando: trata-se do modo como o nosso cérebro está acostumado a
perceber e reagir aos estímulos externos.
Gostamos de pensar que somos governados pelo neocórtex, a área do cérebro re-
sponsável pela razão. Mas isso, infelizmente, não é verdade. Não somos seres de
lógica.
Se fôssemos, não haveria um ser humano fumando, alimentando-se mal, mago-
ando os outros ou procrastinando. A verdade é que a maioria das decisões que
tomamos são direcionadas pelas emoções, que antecedem ao pensamento e, por-
tanto, à lógica.
Nos próximos capítulos, vamos entender como podemos acelerar nosso processo
de mudança baseando-nos nesses conceitos.
CAPÍTULO 01
10
Quando se pede para uma pessoa listar os seus problemas, geralmente ouve-se
uma lista de fontes externas: o chefe, o salário, o trânsito, o governo, outras pessoas,
o clima, o marido ou a esposa.
A verdade, no entanto, é que não são essas as fontes do nosso sofrimento. Nem o
chefe, nem o trânsito, nem o governo nem qualquer outra coisa tem a capacidade
de entrar em sua mente e fazer você sofrer.
O que causa o sofrimento é a maneira como nós decidimos reagir em relação a
essas fontes exteriores. Elas são apenas catalisadoras para acionar um sofrimento
que já existe dentro de nós.
Se você aceita essa verdade, reduz todos os problemas da sua vida a um só: você
mesmo. Descobre, enfim, que a fonte do seu sofrimento está nas suas aflições men-
tais.
A boa notícia é que, uma vez identificada a fonte, você pode trabalhar diretamente
nela. Se a fonte do sofrimento está na mente, a fonte da felicidade também está.
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 02
VOCÊ: A FONTE DE TODO O PROBLEMA
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Nós somos tão felizes quanto decidimos ser.
Em vez de perder tempo tentando mudar o governo, o chefe ou a esposa, trabalhe
na transformação da sua própria mente.
Mas como mudar a percepção da mente?
Se você perguntar para as pessoas qual o seu principal objetivo na vida, a maior
parte delas dirá que a finalidade é simplesmente ser feliz.
Faz sentido. Uma pessoa feliz fica de bem com a vida, torna-se maior do que os
seus problemas, encontra o equilíbrio e a paz necessária para aproveitar o máximo
da vida, dia após dia.
O grande problema é que 90% das pessoas condicionam a felicidade à realização
de algum objetivo.
“Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”
~ Carlos Drummond de Andrade
Funciona mais ou menos da seguinte forma, a começar da adolescência:
Quando meu corpo se desenvolver, eu serei feliz. O corpo se desenvolve, mas che-
ga a época do vestibular. Então, quando eu entrar na faculdade, eu serei feliz. Já
na faculdade, sente-se a falta de um carro. Mas assim que eu comprar um, serei
feliz.
Só que o que eu queria não era entrar na faculdade, e sim sair dela. Assim que
me formar, serei realmente feliz. Ou melhor, quando arrumar o meu emprego. E
me casar. E tiver um filho. Quando eu me aposentar, aí sim serei feliz! Mas antes
preciso ver um neto nascer…
CAPÍTULO 02
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E assim a vida passa.
Qual o grande equívoco que faz tanta e tanta gente desperdiçar a vida correndo
atrás de algo que não cessa nunca?
A falha é óbvia, porém não é fácil de ser consertada.
Quem conseguir dominar a própria mente para atingir uma mudança de pensam-
ento tão grande, terá abertas as portas da felicidade.
Não fique esperando algo acontecer para ser feliz. Seja feliz agora, neste momen-
to. A felicidade está dentro de você, não em objetos exernos. Você só tem que
libertá-la.
Como fazer isso?
Não há outro meio se não “desprogramar” o próprio cérebro para conquistar essa
mudança de pensamento. É preciso mudar alguns conceitos, enxergar as coisas
sob outra ótica.
Primeiro, admita que – se você não está feliz agora – sua vida está fora de equilí-
brio. E o que causa esse equilíbrio, o que nos impede de ser feliz agora?
Acredito piamente que seja o fato de não estarmos presentes. Se estivéssemos vi-
vendo o agora, e não pensando na nossa próxima compra ou na nossa próxima
conquista, poderíamos agradecer e aproveitar verdadeiramente o que já temos.
Não que não devamos ter Metas, Projetos e Desafios. Eles são importantes, são
parte fundamental da locomativa que nos leva à frente na vida.
A razão pela qual nós sofremos é o desejo fora de hora, o hábito de estar sempre
querendo antecipar o futuro, querendo mais e mais, sem aproveitar o momento
CAPÍTULO 02
13
presente.
Para nos tornarmos mais presentes, é preciso libertar-se do apego ao desejo. Se
entendermos que todas as coisas são impermanentes, inclusive nós mesmos, es-
taremos livres do “eu quero”. Desapegue-se de estar sempre querendo algo mais e
deixando de viver o momento presente, deixando de viver a vida.
“Enquanto se lava a louça, deve-se somente lavar a louça.
O que quer dizer: enquanto se está lavando louça, deve-se estar totalmente
cônscio do fato de que se está lavando louça.
A princípio pode parecer uma tolice: por que dar tanta importância a coisa
tão simples?
Se, ao lavarmos a louça, ficarmos com o pensamento voltado apenas para
a xícara de chá que saborearemos a seguir, a tarefa se torna um fardo. Pro-
curaremos automaticamente limpar a louça às pressas para nos livrar da
chateação e não estaremos “lavando a louça por lavá-la”.
E mais, nós não estaremos vivos durante o tempo em que a estivermos la-
vando.
Estaremos na verdade sendo incapazes de reconhecer o milagre da vida en-
quanto à beira da pia. E se não somos capazes de lavar a louça por lavar, é
pouco provável igualmente que seremos capazes de saborear o chá a seguir.
Pois ao tomar o chá, estaremos com o pensamento voltado para outras coi-
sas, inconscientes do fato de que temos uma xícara nas mãos. Dessa forma
estaremos sendo sugados para fora da realidade presente – e incapazes de
viver em totalidade um minuto sequer. (Thich Nhât Hanh)
CAPÍTULO 02
14
Faça comigo um exercício de reflexão. Pense que, neste exato momento, você tem
tudo o que sempre desejou. Uma mansão de um milhão de dólares, um carrão, as
roupas da moda, um visual de capa de revista.
Você seria feliz por causa disso?
Será que não dá para ser feliz com o que você já tem? Se você está lendo ou ou-
vindo este texto, tem olhos e/ou ouvidos para captar as belezas do mundo.
O que você precisa para ser feliz é estar realmente presente no momento em que
está vivendo. Pare de esperar pela felicidade quando ela já está aí, na sua cabeça,
apenas esperando para ser colocada para fora.
Com o passar dos anos, nossos corações vão endurecendo e nós passamos a clas-
sificar como “piegas” as grandes virtudes da humanidade.
Imagine por um momento como seria a sua vida se você realmente se colocasse
ativamente para fazer a diferença para si mesmo e para todos que o rodeiam.
Você falaria apenas a verdade, usando palavras leves e elogiosas. Jamais entraria
em uma discussão ou xingaria alguém. Respeitaria o meio-ambiente, os seres vivos
e seria cortês com os demais. Teria uma profissão honesta e viveria em estado de
constante atenção para os próprios pensamentos, focado no que está fazendo, uma
coisa de cada vez.
Você entenderia que tudo é impermanente e está sujeito a mudanças. Praticaria
todos os dias renúncia, desapego, boa vontade, benevolência, generosidade, mora-
lidade, meditação, reverência, gratidão, respeito, altruísmo, transferência de méri-
to, alegria pelo sucesso alheio.
Uma vida assim poderia ser uma vida ruim? Você estaria espalhando o amor e a
felicidade por todo canto. Encontraria na moderação o equilíbrio necessário para
CAPÍTULO 02
15
aproveitar a vida ao mesmo tempo em que conquista os seus objetivos. Tudo flu-
iria com naturalidade.
O mais maravilhoso em relação a manter e cultivar em si o sentimento de felici-
dade – por mais egoísta que possa parecer – é que você será amplamente retribuí-
do.
Quando você sorri para alguém, o que acontece? Recebe de volta um sorriso. Já
quando fecha os punhos para uma luta, geralmente recebe de volta um soco na
cara.
Espalhe a felicidade e ela retornará para si, pois a vida é um eco. Suas mais signifi-
cativas metas e seus maiores projetos começarão a se realizar uma vez que você se
colocar nesse estado de espírito elevado.
Já outros desejos podem simplesmente sumir. Você vai perceber que não precisa
ter os peitos da Pamela Anderson, a bunda da Mulher Melancia ou a barriguinha
da Gisele Bündchen para ser feliz. Que o seu carro o leva para os mesmos lugares
que uma Ferrari levaria. Que sua casa o abriga da chuva e do sol do mesmo modo
que a mansão de Michael Jackson.
Libertar-se desse tipo de desejo pode ser mais enriquecedor do que ganhar na
Mega Sena.
Ser feliz é uma decisão sua. Todo o material que você precisa está dentro de sua
mente. Basta acordar e se conscientizar sobre isso para usá-lo com maestria. Não
perca mais tempo.
CAPÍTULO 02
16
Uma das razões pelas quais o Passageiro tem tanto sofrimento é a nossa tendência
a querer sempre receber.
Queremos receber mais atenção, mais elogios, mais fama, mais dinheiro. Vivemos
e percebemos o mundo como se ele fosse centrado em nós mesmos.
Quando vemos uma fotografia em que estamos presentes, olhamos primeiramente
para nossa própria imagem. Vivemos e agimos considerando o que os outros vão
pensar de nós, como se nosso desempenho fosse o centro das atenções dos demais.
Uma maneira bastante eficiente de reduzir o sofrimento e ampliar a felicidade é
mudar o nosso foco. Em vez de estar querendo sempre receber, sempre sugar algo
da situação em que estamos, devemos procurar dar mais do que receber.
Isso deve ser uma prática constante na vida de um Piloto.
Digo prática porque, para a maioria de nós, não é “natural” oferecer mais do que
receber. Estamos fortemente habituados a querer tirar vantagem, buscar algo,
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 03
MUDE O FOCO DO RECEBER PARA O DAR
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conseguir alguma coisa.
Oferecer sua plena presença, procurar dar mais do que receber, pode gerar mu-
danças significativas na sua vida e na vida das pessoas que mantêm contato com
você.
O maior erro que você pode cometer é ficar tão vidrado no seu próprio Plano de
Voo que só passa a agir visando a si mesmo, esquecendo as demais pessoas ao seu
redor.
Nos relacionamentos com os outros, dar atenção e fazer a outra pessoa sentir-se
especial é a chave para a construção de novas amizades.
Nos casos amorosos, isso é ainda mais verdade. Tudo o que um parceiro preci-
sa é de atenção. Amor incondicional é você amar o outro sem colocar nenhuma
condição para isso. Em vez de “vou amá-la se ela demonstrar interesse”, a postura
adequada seria “vou amá-la não importa o que aconteça”.
Na carreira, oferecer mais do que receber é o caminho mais exato para ser bem-su-
cedido. As boas empresas oferecerão os melhores cargos para aqueles funcionári-
os que estão ali pensando em dar o melhor de si e não para aqueles que pensam
apenas no quanto vão ganhar em troca. Trabalhe oferecendo o seu melhor, sem
condicionar isso a nada, e veja os resultados aparecerem.
No trato com o dinheiro, a regra também vale. Todos os grande empreendimentos
obtiveram êxito ao focar em oferecer o melhor aos clientes. Praticamente todas as
pessoas bem-sucedidas financeiramente doam parte de seus ganhos para quem
precisa. Se você não tiver condições de dar dinheiro, dê outras coisas de valor: seu
tempo em trabalhos voluntários, sua atenção, suas habilidades.
Na saúde é a mesma coisa. Quem faz uma dieta ou exercícios pensando apenas
no que vai obter como resultado, perde toda a jornada rumo aquele resultado.
CAPÍTULO 03
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Geralmente, essas pessoas abandonam o processo no meio do caminho, pois estão
querendo receber resultados espetaculares sem oferecer esforço em troca.
TROQUE CARÊNCIA POR COMPAIXÃO
Querer receber sempre é um ciclo vicioso que reflete todas as carências da identi-
dade do Passageiro.
Tornamo-nos um buraco negro que está sempre querendo sugar mais, nunca sa-
tisfeito com o que já recebeu e nem um pouco preocupado em oferecer nada em
troca.
O experimento que proponho neste livro é você mudar sua postura de sugador
para doador, de Passageiro para Piloto.
Force-se a adotar uma postura mais aberta e generosa, sem esperar nada em troca.
Em última análise, pense que ser generoso é muito melhor do que ser carente.
Não se preocupe com o que a vida tem a oferecer para você e sim com o que você
tem para oferecer à vida. Dê atenção às pessoas, elogie o que merece ser elogiado
(mesmo pequenas coisas), ofereça sua presença, faça mais do que a sua obrigação,
doe tempo, atenção ou dinheiro.
Quando você dá o melhor de si, sente-se satisfeito. Você não espera nada das pes-
soas, não está mais preocupado em receber. Você deixou de ser egoísta.
No final, você provavelmente receberá muito mais do que recebia quando adotava
o papel do sugador. Mas perceberá que o prazer maior vem de oferecer-se aos
outros.
CAPÍTULO 03
19
Você pode estar pensando que tudo o que eu disse até agora faz sentido, mas que,
na prática, você não é assim generoso e assertivo.
Eu preciso, então, relembrar você sobre o conceito de plasticidade cerebral. Nossa
mente se molda àquilo a que é repetidas vezes submetida.
A melhor maneira para você assumir cada vez mais a identidade de Piloto é
começar a agir, intencionalmente, mesmo até que forçadamente, como um Piloto.
Todos nós assumimos um ou vários personagens para nossas relações sociais. As
características desses personagens são criadas ao longo do tempo, com base nas ex-
periências que temos, que por sua vez são frutos de nossas trocas com o ambiente
e com as outras pessoas.
Quase sempre ficamos presos a essas características como se elas fossem coisas
realmente nossas. Dizemos que fulano é tímido, que sicrano é enfezado ou que
beltrano é triste.
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 04
FINJA QUE VOCÊ JÁ É PILOTO
20
A verdade, entretanto, é que essas não são características intrinsecamente suas,
mas sim do papel que você está desempenhando naquele momento. Você pode
brincar com elas, bagunçar conceitos, assumir novas características.
Se você acha que com você é diferente, lembre-se apenas de como sua personali-
dade, seus trejeitos, até mesmo o seu vocabulário é diferente quando você está no
trabalho e quando está entre amigos. Quando está conversando com seus pais (ou
filhos) e quando está conversando com um estranho. Quando está dentro de casa
ou quando está em um consultório médico.
Quando ficamos demasiadamente presos ao personagem, acabamos traçando al-
guns objetivos para “mudar de mentalidade”.
Dizemos que queremos ser mais extrovertidos, ou mais dispostos, ou menos im-
pacientes. Só que, mantendo os mesmos hábitos que tínhamos anteriormente,
acabamos sem conseguir “adotar” essas novas características.
Uma saída engenhosa para essa situação é você fingir ser quem deseja ser. Essa
técnica é conhecida em inglês como “Fake it till you make it” (Finja ser até você
fazer) ou “Act as if” (Aja como se).
Digamos que você é um rato de escritório e quer mudar a sua vida e ser um surfista
despreocupado com a vida. Mudança radical, não? Como fazê-la?
Interprete o personagem do surfista.
Primeiro, veja o que os surfistas fazem. Depois, comece a fazer igual, repetidas
vezes, mesmo que pareça completamente antinatural.
Se você comprar uma prancha, assinar revistas de surfe, ler livros sobre o assunto,
fizer amigos surfistas e – principalmente – pegar onda todo dia, o que acontecerá
daqui a um ano? Alguém terá como dizer que você não é um surfista?
CAPÍTULO 04
21
Isso vale também para a mentalidade de Piloto. Se você de início finge que é fo-
cado no momento presente, que é generoso, que coloca as outras pessoas à frente
de você mesmo, que dá sempre o seu melhor... mesmo não “sendo realmente” um
Piloto, qual a diferença para alguém que “realmente é”?
Pense no objetivo que você quer atingir, imagine-se como o tipo de pessoa que já
atingiu esse objetivo ou que já criou esse hábito, e finja ser essa pessoa. Em pouco
tempo, você “realmente” será.
No início, como tudo na vida, isso requer algum esforço. Mas, com o passar do tem-
po, os hábitos vão entrando na sua rotina e você em breve estará agindo daquela
maneira de forma natural. Aquele será o seu “novo eu”.
CAPÍTULO 04
22
“A maior decisão que você nunca vai fazer na sua vida é se você vive em um uni-
verso amigável ou hostil”, disse certa vez Albert Einstein.
A frase retoma um dos grandes tópicos da filosofia: a natureza intrínseca do ser
humano é boa ou má?
Quando vemos o noticiário, é fácil ter certeza de que o ser humano tem uma má
índole por natureza. São tantos casos de assaltos, estupros, homicídios e outros
crimes hediondos que não sobra muita esperança para a tese do bom selvagem.
Só que a imprensa não reflete a vida real. São justamente os casos de exceção que
se tornam notícias.
Ninguém noticia que um jovem deu flores para a namorada, que um homem aju-
dou um deficiente visual a atravessar a rua ou que um empresário doou 10% de
seus ganhos para um orfanato. Essas informações são corriqueiras e não vendem
jornal.
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 05
UM MUNDO AMIGÁVEL
23
Um teste fácil de se fazer é perguntar a si mesmo: das pessoas com quem você con-
vive, quantas são más e quantas são de boa índole? Todo mundo afirma que seus
amigos e suas famílias são formados majoritariamente por pessoas boas. Sendo
assim, como crer que o ser humano é mau por natureza?
A verdade é que todos temos por conta que somos nós mesmos pessoas de boa
índole. Mesmo criminosos conseguem arrumar razões para tentar justificar que o
que crime que cometeram foi por um motivo justo. Isso só mostra que não há um
caráter absoluto nos fatos. Mostra que o que vale mesmo é a percepção.
O universo é hostil ou amigável? A grande pegadinha da pergunta de Einstein é
que ambas as respostas estão certas.
Se você acha que o universo é um ambiente hostil, assim ele será. Se decidir que
é amigável, também assim será. A opção que você fizer será certa para você. E é
essa opção que vai direcionar seus pensamentos, suas emoções e suas ações. Por
consequência, vai afetar diretamente os resultados que você obtém na vida.
“Cada um de nós vê nos outros o que temos em nossos corsçōes” ~ Emerson
O fato é que não existe uma realidade absoluta na qual o universo pode ser zero ou
um. O que chamamos de mundo ou universo, na verdade, é apenas o seu mundo,
a sua percepção de mundo.
Em filosofia, diz-se inclusive que, quando uma pessoa morre, não está morrendo
apenas um ser humano. Está morrendo na verdade todo o mundo que é visto por
meio da percepção daquela pessoa.
Claro que essa ideia não é compartilhada por todos. Existem filósofos que são con-
trários à chamada Teoria do Bom Selvagem, de Rousseau, e dizem que os homens
são maus por natureza. E existem aqueles que creem de coração que o ser humano
é naturalmente bom.
CAPÍTULO 05
24
O maior exemplo vivo talvez seja o atual Dalai Lama, que lança o exemplo de
um bebê para mostar que – no estado natural da mente – somos repletos de com-
paixão.
Apesar de serem concepções válidas, a ideia de que o mundo na verdade nada
mais é do que a nossa visão – extremamente fragmentada – de mundo é a mais
correta. Sendo assim, a decisão de tomar o universo e sobretudo as outras pessoas
como amigáveis é uma opção muito mais inteligente para a sua própria felicidade.
O que você deve fazer ao assumir a identidade de Piloto? Na minha concepção,
você deve esperar o melhor das pessoas e doar-se de coração para que elas obte-
nham o melhor de suas vidas.
CAPÍTULO 05
25
Neste último capítulo, gostaria de falar sobre o hábito mais importante que você
pode desenvolver para mudar a sua mente. Estou falando do hábito de estar sem-
pre no momento presente.
Como falei anteriormente, a não ser que você esteja doente ou em uma situação
de perigo, estar no momento presente é a melhor forma de ficar longe do sofri-
mento, das aflições mentais.
Só que isso não é algo fácil de se fazer. Quase sempre, nós estamos pensando no
que vem a seguir, no futuro, em qualquer coisa que não seja exatamente o que
estamos fazendo no momento.
De vez em quando, alguma coisa nos prende a atenção e nós entramos no que os
especialistas chamam de estado de fluxo, ou estado de plena atenção.
Isso acontece quando estamos produzindo algum trabalho interessante, por exem-
plo. Tão interessante que nem vemos o passar das horas.
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 06
O HÁBITO DE ESTAR PRESENTE
26
Acontece também quando temos toda a nossa atenção voltada para um filme, um
show de rock ou para a final de um campeonato de futebol.
Nesses momentos, estamos tão focados naquilo que esquecemos todo o restante.
Ao sairmos desse estado de atenção plena, o cérebro parece estar mais relaxado.
Infelizmente, no entanto, é mais comum que nossa mente esteja sempre distraída
em pensamentos aleatórios, antecipando problemas futuros, ou até revivendo des-
gostos passados.
Por sorte, há algumas maneiras de treinarmos o hábito de estar sempre presente. A
mais eficaz delas parece ser a meditação.
Como espero que já tenha ficado claro neste ponto do livor, o verdadeiro sofri-
mento não vem de fatores externos e sim da nossa reação a eles. Se controlamos
nossa reação ou mesmo não reagirmos, não vai importar o que os outros façam ou
o que aconteça no mundo. Estaremos em paz conosco mesmos.
A prática da meditação, entre outras coisas, visa a descondicionar a mente para
que paremos de reagir cegamente. Não há nela nada de místico, transcedental ou
sobrenatural.
Primeiro, aprende-se a focar a mente. O meditante senta, fecha os olhos e começa
a observar apenas uma pequena área do corpo. Por exemplo, logo abaixo das nari-
nas, onde o ar passa para entrar e sair do nariz.
Tente fazer isso e em poucos segundos perceberá que seus pensamentos já foram
para outro canto.
Quando perceber que já está distraído, gentilmente, traga de volta a atenção e vol-
ta a observar o ar. Não se trata de um exercício de respiração e sim de observação.
CAPÍTULO 06
27
O jogo continuará por muito tempo: você foca nas narinas, a mente foge para
outro canto. Você a traz de volta e ela foge novamente.
Então, é você que comanda sua mente ou ela que comanda você?
Só isso já mostra como não estamos no comando dos nossos pensamentos, como
podemos ser escravos das nossas reações. Com consistência, entretanto, você vai
evoluir um pouco a cada dia e conseguir ter mais controle sobre o foco da sua
mente. Aí estará pronto para passar para o segundo passo: não reagir aos eventos.
Também meditando, você começará a “escanear” o corpo, da ponta dos pés à ca-
beça, da cabeça à ponta dos pés. Procurará por sensações. Quando encontrá-las,
sua missão é apenas observá-las.
Não se apegue a elas, não reaja, não se envolva, apenas observe e perceba como
elas vão embora, surgem e desaparecem continuamente. A cada dia, você treinará
mais e mais para não reagir aos eventos. Estará pronto então para agir com efetivi-
dade, com o distanciamento necessário.
O que os mestres da meditação descobriram é que, quando uma impureza surge
na mente, duas coisas começam a acontecer simultaneamente no nível físico.
Uma é que a respiração perde o seu ritmo normal. Outra é que, num nível mais su-
til, uma reação bioquímica começa no corpo, resultando numa sensação. Se apre-
ndermos a observar a respiração e as sensações, saberemos quando está surgindo
uma impureza na mente. E aí poderemos observá-la passar sem que nos afete.
QUATRO COISAS DE QUE VOCÊ PRECISA PARA MEDITAR
O hábito da meditação é um dos mais poderosos para manter uma mente cen-
trada, com efeitos em praticamente todas as áreas da vida.
CAPÍTULO 06
28
Embora muitas vezes pareça algo místico, a meditação na maioria das linhagens
de ensinamento é algo bastante prático. A simplicidade, entretanto, não significa
facilidade.
Nada pode ser mais simples do que sentar contra a parede e prestar atenção na
respiração ou em algum outro ponto, todavia poucas coisas são mais difíceis do
que manter a mente focada em um único ponto por certo período de tempo.
Sendo assim, o que você precisa para começar a meditar? Apenas quatro coisas:
1. Um Professor
Você não aprende a pilotar um avião apenas lendo livros sobre como pilotar aviões,
certo?
Aprender a “pilotar” a mente é a mesma coisa. Não basta ler alguns posts ou livros
sobre o assunto. O ideal é ter um professor, de uma linhagem reconhecida (ou seja,
um professor ordenado por um outro professor, que por sua vez foi instruído por
outro mestre…).
Um bom mestre irá indicar o caminho, passar instruções, tirar dúvidas, mostrar
onde você pode estar errando.
2. Um lugar
É possível meditar em qualquer lugar, mas a criação de um espaço próprio, com a
iluminação e o silêncio adequados, ajuda bastante.
Separe um espacinho no chão da sua casa e deixe sempre uma almofada de medi-
tação já pronta para a prática. No fim da tarde e no começo da manhã a ilumina-
ção é a ideal, nem escura nem muito clara.
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No começo da manhã, quando o mundo ainda está acordando, o barulho é menor
e a prática fica mais simples de ser feita.
3. A postura adequada
Em Mente Zen, Mente de Principiante, o autor Shunryu Suzuki diz que a postura
correta é o próprio zazen (meditação japonesa).
No caso, ele está se referindo a sentar na almofada com a coluna ereta, os olhos
semi-abertos, pernas cruzadas e mãos formando um mudra (uma sobre a outra,
com os polegares tocando-se levemente).
Dois fatores são fundamentais na postura: a coluna ereta e os joelhos firmes no
chão. Mais uma vez, o professor irá instruir sobre a postura correta.
4. A disciplina necessária
Meditação só tem efeito se for um hábito. Meditar hoje por dez minutos e daqui a
duas semanas por outros quinze não terá praticamente nenhum efeito.
Uma boa ideia é procurar um grupo de prática na sua cidade, que se reúna com
uma certa freqüência.
Se você tem um celular que baixa aplicativos, procure por timers de meditação.
São aplicativos simples, basicamente um cronômetro que dispara um alerta ao
final de certo tempo.
5. O relaxamento
Por fim, mas não menos importante, a prática da meditação não pode ser um fardo
na sua vida. Você deve praticá-la sem esforço.
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Obviamente, isso não significa que você só deve praticar quando der vontade, nem
que deve praticar sem dar o melhor de si mesmo.
Relaxar, ou praticar sem esforço, significa que a prática da meditação, o ato em si
de sentar e meditar, deve surgir naturalmente no seu dia, sem você ter que ficar se
esforçando ou gastando energia ou se culpando por fazer ou não fazer aquilo.
Se não for dessa forma, você só vai conseguir meditar - ou fazer qualquer outro
hábito - gastando muita energia e força de vontade. Essas são coisas que se esgot-
am, que não são sustentáveis de se manter a longo prazo. Mesmo que você seja tão
autodisciplinado que consiga, o sentimento vai ser de luta, de uma guerra contra
você mesmo.
E eu já falei no começo do livro que encarar a vida como uma guerra não é a ma-
neira mais inteligente de se viver.
Assumindo a postura de Piloto na forma como descrita neste livro, baseada na
compaixão, a prática da meditação vai surgir naturalmente na sua vida. O que
você precisa é apenas criar o ambiente correto: separar um espaço na sua casa,
definir um horário, preparar a almofada no dia anterior. O contexto deve favore-
cer a sua prática.
15 MINUTOS OU 24 HORAS?
Se você treinasse durante 15 minutos por dia para fazer X e durante as 15 horas e
45 minutos restantes em que você passa acordado treinasse para fazer o oposto, o
que aconteceria?
Este é um erro que muitas pessoas cometem com a prática da meditação. Nos 15
minutos em que estão formalmente meditando, buscam direcionar a mente a um
único ponto, trabalhando no foco e na atenção plena.
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No restante do dia, parece que tudo leva a mente a treinar para o oposto.
Nas ruas, há anúncios por todos os lados. Na TV, centenas de canais e mesmo em
uma única tela, por cima do vídeo, aparecem letras e chamadas de outras coisas.
Na internet, são e-mails, tweets, hiperlinks, mensagens de Facebook, banners. O
mundo todo parece ser feito para nos distrair.
O que você tem a fazer é levar o treinamento da atenção plena para todas as ativi-
dades que faz durante um dia. Se você já leu o guia “Mude sua produtividade”,
sabe que eu sugiro o foco e a atenção plena para todas as tarefas que você vai fazer,
sobretudo usando a técnica do timebox.
“Se puder praticar mesmo distraído, você estará bem treinado”
~ Geshe Chekhawa
Uma mente bem treinada está focada mesmo em atividades simples como lavar
a louça suja. O ritual de sentar e meditar é a prática formal, mas ela deve ser con-
tinuada em tudo o que fazemos.
Existem algumas atividades que nos colocam em um estado de fluxo que nos de-
ixa 100% focados, mergulhados no que estamos fazendo, mesmo durante horas.
Quando estamos nesse estado de fluxo não nos sentimos cansados, mesmo que
fiquemos horas sem comer nem beber nada. Só percebemos quando a bexiga não
aguenta mais ou quando nos levantamos e sentimos os músculos das pernas se
alongarem.
A verdade é que um estado similar pode ser atingido nas pequenas atividades do
dia-a-dia, desde que nos condicionemos a tanto. Para isso, é necessário treino e
disciplina. Sempre que percebermos a mente distraída demais, trazê-la de volta
gentilmente ao que estamos fazendo.
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Em termos mais práticos, podemos adotar a estratégia de quando for fazer UMA
coisa, fazer ESSA coisa. Se estou escrevendo um post, não preciso estar com a
TV ligada. Se estou vendo TV, não preciso estar cutucando o Facebook. Se estou
no Facebook, não preciso estar com outras 32 abas abertas. Se estou com 32 abas
abertas, pelo menos devo ler uma de cada vez.
A constatação final é que nunca transformaremos uma mente dispersa enquanto
a proporção for de 15 minutos focados para 15 horas distraídas.
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Mudar a forma como pensamos e agimos é simples e possível, mas está longe de
ser fácil.
Eu comecei o meu processo de mudança quando já tinha cerca de 26 anos. Nos
últimos cinco anos, tenho trabalhado diuturnamente para descondicionar hábi-
tos e modos de pensar que cultivei nos 26 anos anteriores e que hoje considero
equivocados.
No começo, me frustrava bastante ao tentar mudar e não conseguir. Muitas e mui-
tas vezes pensei em desistir.
Até que notei que o importante não é somente a mudança final, mas toda a jor-
nada de transformação que envolve esse processo de mudança.
Em outras palavras, eu não precisava chegar ao final da viagem para me sentir
satisfeito. Eu podia ser feliz somente por já estar na estrada, caminhando para o
Destino que eu mesmo havia traçado.
Espero sinceramente que este guia tenha te ajudado a modificar um pouco o seu
modo de ver a vida, para que você abandone paulatinamente a mentalidade de
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO