mudando o padrao mental.pdf

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  • Objetivos e estratgias

    A base de tudo

    Experimente pensar sobre uma pessoa que no tem nenhum objetivo, propsito, projeto, desejo, sonho, nada. O que ela far? Ela far nada ou assistir televiso. Quando ns temos objetivos, ento ns estamos agindo para alcan-los: um curso ou treinamento, um novo carro ou casa, um companheiro, beber gua, relaxar, adquirir algum conhecimento ou desenvolver alguma habilidade.

    Para alcanar nossos objetivos, ns usamos seqncias de aes chamadas estratgias: estudar desta ou daquela maneira, praticar algum tempo, ir aqui e ali, pesquisar na internet, existem virtualmente infinitas opes e combinaes. Outra alternativa combinar uma estratgia principal com algumas de apoio, que no so essenciais mas nos fazem ir mais rpido ou de maneira mais prazerosa.

    Assim, a essncia da inteligncia imaginar que a situao presente pode ser diferente, isto , os objetivos ou resultados desejados, e, usando conhecimentos e habilidades, escolher aes combinadas que materializaro o que foi imaginado, que faro a transformao da situao atual na desejada. As outras definies de inteligncia esto contidas nesta: o QI, por exemplo, se refere a estratgias de raciocnio lgico-dedutivo; a inteligncia emocional se refere ao gerenciamento de emoes para... atingir objetivos. Inteligncias lingstica, interpessoal, intrapessoal e outras como definidas por Gardner tambm tm implcito o uso das capacidades humanas para atingir resultados.

    O mais importante a notar aqui que temos essa capacidade de definir objetivos e as estratgias para atingi-los. No fundo, o fato de termos objetivos indica que queremos que algo seja diferente no mundo ou em ns mesmos e estamos agindo para que essa diferena se concretize.

    Mas algumas vezes a estratgia que adotamos no apropriada para o objetivo ou no compatvel com nossas capacidades do momento. Ou talvez ns no saibamos que estratgia usar. Pode ser simplesmente que algo possa ser feito mas no sabemos isto. Pode acontecer tambm que ns j conseguimos e no notamos. Todas essas possibilidades so oportunidades de melhoria, oportunidades de expandir a inteligncia: descobrir uma nova estratgia, adaptar uma existente, parar de tentar uma e tentar outra, usar uma estratgia diferente.

    Mas que tal as estratgias que usamos para pensar? Ser que temos escolhas nesta rea? Antes de voc ser um homem ou mulher, um pai ou uma me ou qualquer outra coisa, voc um pensador. Existem muitas alternativas aqui, tambm. Mude o qu, quando e como voc pensa e estar mudando sua experincia, seu comportamento e como voc se sente sobre tudo isso. Neste site voc vai encontrar muitas alternativas de como pensar para obter resultados especficos. Alguns deles foram inspirados por pessoas que sabiam pensar bem sobre algo e foram modeladas por outros (usando PNL). E eu espero que suas estratgias de pensamento e deciso atuais lhe dem a opo de considerar as novas!

    Neste site voc encontrar muitas possibilidades de estratgias para definir e alcanar objetivos, aprender e memorizar, criar, estratgias para sua percepo e muitas mais. Mais e melhores estratgias podem lhe proporcionar mais liberdade e efetividade de pensar, de decidir e de agir, o que resulta em maior paz, competncia, harmonia e melhor qualidade de vida em geral.

    Essencialmente isto tudo que ns precisamos: objetivos atraentes e estratgias efetivas para chegar l. Como expresso no livro Neurolinguistic Programming (Dilts e outros):

    "A mgica do sucesso questo de empregar as estratgias mais efetivas. A maioria das estratgias podem ser facilmente aprendidas ou modificadas para alcanar os objetivos que voc escolher".

    Como gerar idias diferentes, deliberadamente

    Uma estratgia fcil para voc criar

    Voc j se sentiu preso ou presa aos mesmos caminhos anteriormente percorridos, e apreciaria imensamente algo diferente? Voc gostaria de algo que estimulasse sua mente a

  • buscar o novo, o diferente? Ou ainda melhor, vrias coisas novas e diferentes, para que voc possa escolher a melhor?

    Vamos descrever aqui a tcnica de criatividade chamada "estmulo aleatrio", fcil de aplicar, que no exige aprendizado e que produz resultados imediatos. Ela se baseia na capacidade imensa que o nosso crebro tem de estabelecer relaes, ligaes, conexes entre tudo; de fato, fazemos isto todo o tempo, ligando o que vemos e ouvimos ao que conhecemos e estabelecendo conexes entre o que j sabemos. Nessa tcnica, ao invs de ficarmos sentados esperando a ma cair, vamos sacudir a rvore.

    A estratgia consiste em escolher uma palavra relacionada ao que queremos e depois escolher aleatoriamente uma outra, ligando-as com a palavra po e observando as conexes que surgem. A palavra po vem de possibilidade, hiptese, suposio, podendo tambm ser vista como as iniciais de possibilitar operao. Siga os seguintes passos:

    1. Escolha uma palavra que representa a situao alvo ou uma direo: "aprender", "emprego", "esposa".

    2. Providencie uma palavra aleatria (um substantivo). No a escolha voc mesmo, j que queremos evitar o pensamento existente. A palavra pode ser sorteada das seguintes maneiras:

    a) Use um dicionrio. Pense em um nmero de pgina (por exemplo, 1347 no Aurlio) e uma posio nessa pgina (por exemplo, 9). Para isso voc pode usar tambm o ponteiro de segundos de um relgio. Abra o dicionrio na pgina 1347 e procure a nona palavra. Se ela no for um substantivo, continue at achar um.

    b) Feche os olhos e coloque a ponta do dedo sobre uma pgina de um jornal, revista ou livro. Escolha a palavra mais prxima do dedo.

    3. Ligue as duas palavras pela palavra po: "desemprego po programa", "disciplina po exame". Registre as idias produzidas pela provocao.

    Aplicada a este site, uma das boas idias produzidas, com a palavra aleatria "invalidez", foi a de uma seo sobre pessoas que vo alm de seus limites presumidos, como aquela sem braos que pinta segurando o pincel com os lbios. Veja outros exemplos de idias geradas por meio desta tcnica, para o tema "aula":

    Aula po lbio: Para chamar a ateno dos alunos ou fazer graa, manter os lbios se movendo enquanto deixa de emitir sons, como se estivesse mudo. Aperfeioar a dico. Para mulheres, aumentar os lbios com batom para os tornar mais atrativos e fazer com que os alunos tenham mais ateno. Dar uma aula inteira sem falar nada.

    Um exemplo do criador da tcnica e papa da criatividade, Edward de Bono: cigarro po flor conduziu idia de colocar sementes de flores nos filtros dos cigarros, para que quando um cigarro seja jogado fora em um jardim ou em um parque dele nasam flores.

    A idia do estmulo aleatrio a provocao e a busca de novas e diferentes linhas de pensamento. Para preservar esse esprito, siga as seguintes diretrizes:

    - No d passos demais: isto sugere isso... que leva quilo... e que me faz lembrar de...

    - Use a palavra como ela vem e no rearranje as letras, nem pegue uma parte dela para dar outra palavra. Isto simplesmente mudar a palavra aleatria para encontrar uma que se encaixe melhor nas idias que voc j tem, perdendo-se o efeito provocativo.

    - No decida que a palavra atual no utilizvel, partindo imediatamente em busca de outra. Assim, voc estar somente esperando por uma palavra que se encaixe nas idias existentes.

    Para obter o estmulo aleatrio voc pode usar tambm imagens e objetos, embora palavras normalmente possam ser mais ricas (so informaes "empacotadas") e mais prticas de usar. Saiba mais desta e vrias outras tcnicas no livro indicado abaixo.

    .

    Processamento de imagens

    "Voc um gnio criativo. Seu gnio criativo to completo que ele parece, para voc e para os outros, algo que se realiza sem esforo. No entanto, ele supera todos os esforos mais

  • valorosos dos mais velozes supercomputadores atuais. Par invoc-lo, voc s precisa abrir seus olhos" (Donald D. Hoffman)

    No livro Inteligncia Visual - Como Criamos o que Vemos, Donald D. Hoffman demonstra toda a complexidade de ver. Ele parte do princpio de que, se uma imagem tem duas dimenses, altura e largura, e captada na retina, cujo tecido fotossensvel tambm tem duas dimenses, ento a imagem no olho tem infinitas interpretaes possveis em 3D. Toda a tridimensionalidade que vemos construda a partir de imagens de duas dimenses, e isto exige a aplicao de vrias regras (mais de 30) para interpretar adequadamente as imagens percebidas. As imagens 3D que vemos, para resumir, so o resultado de imenso e intenso processamento inteligente de imagens, que ocupa quase metade do crtex cerebral. Este espao pequeno para fazer jus ao livro; como uma experincia simples, veja exemplos de como seu sistema visual constri algo que no est l (a faixa azul e o crculo vermelho - um fotmetro nada indica nos espaos vazios).

    A capacidade de construir o mundo com base em fraes de imagens percebidas uma fasca dos recursos de que voc dispe para processar imagens. Tambm de olhos fechados nossa capacidade de processar imagens fenomenal. Por exemplo, e s para comear, feche os olhos; note que sabe onde est e onde esto vrios objetos do ambiente. A partir de lembranas, voc constri todo um mundo interior. Agora "queira" ver o que est em outro cmodo prximo: na mesma hora voc acessa as imagens. Agora faa de conta que est na Lua; pa, j est l!

    A partir do momento em que temos sensores para luz (os olhos, claro) natural termos processos internos para tratar as imagens resultantes dessa percepo. Processamos as imagens internas para vrios propsitos: lembrar, fantasiar, criar, planejar, projetar o futuro, enfim, viver. E tudo isto tambm complexo, embora nossas capacidades inatas tornem tudo quase sempre fcil.

    Vamos experimentar algumas habilidades bsicas. Primeiro, imagine um objeto geomtrico simples, como um crculo. Faa mentalmente modificaes nesse objeto:

    - Mude a cor da circunferncia.- Mude a cor interna.(Esclarecimento: voc no precisa "tentar" fazer o que pedido, o ato de compreender

    o que est sendo pedido j faz acontecer!)- Faa o crculo girar num sentido e noutro.- Aumente e reduza o tamanho do crculo.- Mova o crculo para baixo e para cima, para a esquerda e para direita, para mais longe

    e para mais perto.- Distora o crculo, transformando-o em uma elipse, depois em uma esfera

  • Agora, pegue uma lembrana emocionalmente neutra: um sapato, uma cadeira. Faa o mesmo que fez para o objeto geomtrico, uma operao de cada vez. Varie tambm o brilho, faa a imagem ficar em preto-e-branco, depois ponha cores novamente. Chegue o sapato bem perto do nariz e observe se h algum cheiro...

    Voc deve ter notado que as imagens internas so semelhantes a filmes. Quando se lembra de algo, tipicamente v um filme passando na sua mente. Lembre-se por exemplo de uma situao bem agradvel que vivenciou.

    H outras capacidades correlatas. Uma delas a habilidade de repetir um trecho de lembrana vrias vezes. Lembra-se daquela vez em que sentiu vergonha por algo que fez? Talvez no se lembre de ter ficado passando no cinema interno o mesmo filme chato tantas vezes... O mesmo vale para episdios legais, como uma boa jogada que fizemos (ficar repetindo tais filmes uma boa estratgia para alimentar nosso ego...). Outra habilidade a combinao de imagens vistas em algo novo. Por exemplo, imagine-se com o cabelo espetado. Imagine um jacar comendo um tomate bem grande. Voc pode tambm distorcer trechos de imagens: imagine uma pessoa dentua e torne seus dentes ainda mais salientes. Sua capacidade de processar imagens to fantstica que, se quiser, pode imaginar que est em outro tempo e em outro lugar de uma forma to realstica que at pode reagir como se fosse tudo real.

    Assim como na TV, as imagens e filmes internos tm um contedo (o que est representado: coisas, objetos) e uma estrutura (como est representado: posio, cor, distncia, brilho). Quando voc imagina algo, o algo est em uma certa posio no seu campo mental, tem ou no cores, est longe ou perto. J est demonstrado que muito do que sentimos est mais relacionado estrutura do que ao contedo. Para comprovar isto, lembre-se de algo medianamente desagradvel. Experimente variar a estrutura da representao: mais e menos brilho, cor e preto e branco, mais ou menos perto. Para algumas pessoas a distncia e o brilho fazem grande diferena, enquanto que para outras a cor e o foco que predominam. Tente desfocar uma lembrana incmoda e verifique se para voc faz diferena. Agora, se quiser ficar assustado (eu fiquei), feche os olhos e imagine que as paredes do ambiente esto entortando ou derretendo!

    A linguagem que as pessoas usam reflete em geral a estrutura que esto adotando internamente. Quando algum diz ter um "futuro brilhante", por exemplo, quando diz que "deu um branco" ou "no vejo uma sada" ou ainda "Fulano tem uma aura", est descrevendo literalmente sua experincia interna. Voc j teve, por exemplo, uma "queda de expectativa"? Ou ter sido uma "quebra"? Esse tipo de descrio no metfora.

    Qual a utilidade desses conhecimentos? Podemos resumir as aplicaes prticas com uma palavra: auto-liderana. Sabendo que reage estrutura e no ao contedo das imagens, voc pode intencionalmente alterar a sua formatao para sentir com mais ou menos intensidade, conforme o caso. Voc pode aumentar o brilho do seu futuro, para se motivar mais. Uma pessoa pode produzir internamente imagens horrveis e com aparncia de reais, como aps ver um filme de terror eficiente. Ao invs de descrever o que est passando como "medo", ela pode descobrir quais imagens est gerando internamente e intervir nelas para aliviar ou eliminar a reao. Para esquecer algo, a pessoa pode apagar as imagens das lembranas, embora isto possa prejudicar o aprendizado. s vezes efetuar uma mudana duradoura pode requerer estratgias mais elaboradas, como as da Programao Neuro-lingstica (PNL).

    Se voc gostou deste tema, e para ter uma idia ainda melhor de como as imagens internas nos afetam e das possibilidades de obter resultados lidando com elas, veja as matrias da seo Inteligncia Emocional. Uma capacidade um poder, e um poder, assim como uma faca, pode ser mais ou menos bem usado.

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